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Resumo Filosofia e Educação

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Resumo Filosofia e Educação
AULA 1:
· Candau afirma que na sociedade atual o desempenho e papel dos professores está sendo repensado e questionado.
· Libâneo: influência da tecnologia e seus usos na sociedade atual. Em uma sociedade altamente tecnológica a função de professor ainda deve ser exercida? O autor afirma que sim, porém os docentes precisam se reinventar diante desses novos tempos.
· Transformações sociais perpassam por profundas modificações a partir da revolução tecnológica, globalização e sociedade da informação. A docência e as escolas precisam acompanhar essas mudanças sociais.
· Dentro disso, é preciso que cada vez mais os professores repensem o papel político-social da docência em uma sociedade de capitalismo tecnológico neoliberal.
· Necessidade de uma docência ética, democrática, que valorize a diversidade, a inclusão e que transmita princípios morais e éticos.
Libâneo:
· As tecnologias da informação e comunicação devem facilitar o trabalho do educador.
· Ensino tecnológico vs ensino tradicional.
· Tecnologia se torna essencial e aliada do ensino-aprendizagem.
· Educadores que utilizam as tecnologias e se beneficiam de seu uso devem ser críticos e instigarem o pensamento crítico em seus alunos.
· Os educandos tem que saber analisar as informações que buscam na internet de forma crítica e reflexiva e o educador está aí para auxiliar quanto a isso.
· Ensino convencional e ensino tecnológico devem se complementar.
· Libâneo e Lelis: teoria e prática são inseparáveis.
· Ensino não pode se resumir somente a transmissão do conhecimento.
· Educador tem uma função de prática social e política. O docente tem que ser crítico e político e fazer seus educandos se reconhecerem e pensarem enquanto sujeitos políticos, críticos, históricos e de direitos.
· Docente emancipador, democrático, que instiga seus alunos a serem autônomos, que passa valores e princípios éticos e morais. O educador deve ser ético.
· Libâneo: Pragmatismo moral (praticidade em uma sociedade capitalista com economia de mercado que visa somente o lucro) e relativismo ético (princípios parecem ser relativos em uma sociedade onde capital e lucro tem mais importância). O educador não pode levar isso em consideração e deve passar para seus alunos valores éticos, princípios e morais de inclusão, respeito, diversidade etc.
AULA 2:
· Na Grécia Antiga surgiu a educação como uma atividade estruturada.
· Paidéia: formação integral do homem grego.
· Poetas eram tidos como os educadores do povo. As formas de viver, pensar, os ideais heroicos, vinham dos poetas. Transmitiam maneiras de pensar e ver o mundo.
· A cultura em torno dos poetas foi deixada de lado, pois a cultura da população grega foi se modificando, saindo do pensamento mítico para o pensar sobre política, justiça, virtude e retórica e a argumentação dos sofistas.
Sofistas:
· Os primeiros profissionais pagos da educação. Educadores, mas não propriamente docentes.
· Instruíam os cidadãos que podiam pagar a arte do bem falar, a retórica e a argumentação.
· Ensinavam seus discípulos a argumentar sobre as questões que estavam em voga na Grécia Antiga, como: ética, política e justiça. Ex.: O que é virtude? O que é ser justo? O que é heroico? O que é belo? Etc.
· Indagavam sobre o conhecimento e o que seria ter conhecimento, o que é conhecer?
· Sofistas conhecidos: Protágoras e Górgias.
· Relativismo: não há verdade absoluta, pois tudo é relativo.
· Ceticismo: não tem como haver conhecimento, já que todas as concepções criadas não tem fundamento.
· Os sofistas acreditavam que não havia verdade absoluta e nem conhecimentos falsos ou verdadeiros, só havendo as opiniões de cada indivíduo. Não há verdades, somente opiniões.
· Os sofistas questionavam a existência de verdades únicas, ensinavam o bem falar e a persuasão através da retórica.
Sócrates:
· Crítica aos sofistas. Ele questiona o ceticismo e o relativismo, a técnica do bem falar e o fato dos sofistas negarem a busca pela verdade. O objetivo dos sofistas era o contrário do que Sócrates considerava como docência. Para ele a docência era um dom e deveria transmitir valores éticos, morais e instigar a busca pela verdade. Ele acreditava que a busca da verdade partia do autoconhecimento. O primeiro passo, para Sócrates, seria conhecer a si mesmo e questionar quem você é, quais são seus valores. É preciso se conhecer antes de questionar qualquer coisa.
· Sócrates instigava seus discípulos a reconhecerem a sua falta de conhecimento: “Só sei que nada sei”. Ele questionava a si mesmo e a sua própria ignorância, fazendo isso a partir da ironia, visando ironizar os que demonstravam saber sobre tudo e ainda levar seus discípulos a questionarem a si mesmo e as questões da época.
· Docência socrática: interação, participação, dialética e produção conjunta do conhecimento entre educador e educando. Ambos produzem conhecimento de maneira colaborativa através das perguntas e respostas, onde o docente não é somente portador e transmissor do conhecimento. O docente aprende junto com o seu aluno.
· O docente deve perguntar para que o discente busque e chegue a verdade.
· A dialética de Sócrates utiliza a maiêutica, que é o parto de ideias, pois por meio do questionamento ele pretendia parir as ideias de seus alunos e construir o saber com os seus educandos.
AULA 3:
· Paidéia: ideal de formação do homem na Grécia Antiga.
· Areté: excelência, superioridade e virtude. Faz parte do idealismo na Grécia Antiga.
· Os sofistas são formadores da areté política, já que buscavam a excelência na arte do bem falar, na retórica, na argumentação e na oratória, independente do assunto a ser discutido.
· A retórica dos sofistas não se compromete em argumentar sobre a verdade, mas sim convencer e persuadir aqueles que estavam ouvindo referente aos temas discutidos nas assembleias. O que importava era persuadir e por isso a verdade era relativizada.
· Paideia socrática (paidéia interior): autoconhecimento, reflexão e questionamentos por meio das indagações do educador.
Platão:
· Discípulo de Sócrates.
· Sociedade governada por sábios: reis-filósofos.
· Crianças sendo educadas pelo Estado.
· Educação fornecida pelo Estado igual para todas as crianças até os 20 anos completados, quando ocorreria a separação, segundo a qual cada um desses indivíduos iria para as camadas social que lhe cabem segundo a alma/natureza revelada no processo educativo das crianças.
· Alma de bronze: agricultura, artesanato e comércio.
· Alma de prata: guerreiros do exército.
· Alma de ouro: filósofos sábios que deveriam governar o Estado. Segundo Platão, para os filósofos, as cidades deveriam ser governadas com eles, que são os mais sábios, tornando as cidades mais justas.
· Paidéia em Platão: educação na areté, tendo em vista a necessidade de uma sociedade mais justa e virtuosa a partir da governabilidade dos reis-filósofos. Estado ideal com cidadãos ideais.
· Somente a filosofia pode levar a justiça política e social.
· Platão concorda com Sócrates nos seguintes pontos: o processo educativo nunca se esgota e a educação contribui para o processo de consciência do indivíduo.
AULA 4:
· Etimologia da palavra filosofia: amor à sabedoria.
· O surgimento do termo “filosofia” foi atribuído a Pitágoras. Para ele, a filosofia se trata das perguntas, das respostas, do estranhamento, do desejo de entender etc. É a busca pelo conhecimento humano e pela sabedoria filosófica que deve levar a compreensão daquilo que procuramos. A sabedoria e o pensar filosófico são sistemáticos, ou seja, não se tratam de meras opiniões, mas sim de ideias e significados que podem ser percebidos através de argumentações exatas e legítimas.
· A filosofia na Grécia Antiga abrangia todo o conhecimento abarcado naquele período, que possuía paradigmas da matemática, astronomia, biologia, psicologia etc. A filosofia deseja abarcar todo o entendimento possível sem que fosse necessário dividir especificadamente cada linha de conhecimento.
· A princípio, a filosofia surgiu para explicar questões sobre a naturezae a origem e as modificações do mundo. Depois, se ocupou dos questionamentos humanos como a ética, a moral, a estética etc. A filosofia trabalhou com tantas questões que esses saberes tiveram que ser separados, virando áreas autônomas.
· Atitude filosófica é de questionamento: o quê? Por quê? Como? (ou ideia ou valor). E os indagamentos sobre inúmeras temáticas que intervém nas nossas vidas: homem, verdade, virtude, liberdade, valores, justiça etc.
· Campos de investigação da filosofia: ética (filosofia moral), filosofia política, estética (juízo estético, valor e avaliação de arte), lógica (métodos e princípios de argumentação), teoria do conhecimento (epistemologia ou filosofia do conhecimento), ontologia (estudos sobre a estrutura da realidade).
· É importante destacar que as problemáticas filosóficas não são resolvidas de forma científica, como em outras áreas. O objeto de estudo da filosofia precisa do pensar, da argumentação, do conhecimento dos indivíduos e não de um experimento em laboratório. Afinal, a atitude filosófica se baseia nos questionamentos e na tentativa de respondê-los.
AULA 5:
· Linguagem filosófica: argumentativa e discursiva, o contrário da linguagem narrativa mítica, que visa explicar os fenômenos da natureza por meio do misticismo, não sendo uma linguagem aberta a questionamentos.
· Logos: discurso e razão, oposição do termo mythos, se baseia em questionamentos, discussões, argumentos e explicações pertinentes oriundas da razão. Logos vem do verbo legein, que significa contar, juntar ou reunir. O logos é a racionalidade sobre as coisas, a razão a ser contada e compartilhada para a compreensão.
· Saber mítico oposto ao saber filosófico.
· Physis: estudo da natureza e dos fenômenos naturais.
· Causalidade: explicações feitas a partir de relações causais e da busca de uma causa anterior a um fenômeno que o explique, que se liga a outras causais. Dessa forma, uma causa se ligaria a outra e as explicações chegariam a ser infinitas e inexplicáveis. Para evitar que isso aconteça, existe a noção de arché.
· Arché: evita que as explicações cheguem ao infinito, já que a arché se encontra nas origens, evidenciando os princípios (básicos e fundamentais) que explicariam um todo, tornando a realidade única e ainda sendo um evento natural, sem recorrer ao sobrenatural e aos mitos.
AULA 6:
Platão: RACIONALISMO-INATISMO
· Segundo ele, o mundo pode ser dividido em: sensível (esfera inferior) e inteligível (mundo das ideias, esfera superior).
· Mundo sensível: opiniões, multiplicidade, ilusão. Platão também chama esse mundo de mundo das sombras ou aparências. As sombras são sombras ou cópias de coisas do mundo real.
· Mundo inteligível: esse mundo se encontra acima do mundo sensível, se tratando de ideias gerais e imutáveis. As ideias gerais, segundo Platão, não se modificam e tampouco podem ser alteradas, não se alterando como as coisas do mundo sensível.
· Exemplo de diferenças entre o mundo sensível e o mundo inteligível: no mundo inteligível as ideias de casa, beleza, justiça, permanecem sempre iguais e não são mutáveis, fazendo parte da realidade, enquanto que no mundo sensível tudo isso pode ser diferente, não ser permanente ou simplesmente não existir.
· O mundo inteligível também é supra-sensível, a partir do momento que as ideias imutáveis que constam nele podem ser transferidas para o mundo sensível, demonstrando que as ideias são eternas assim como a nossa alma. Segundo Platão, nossa alma já conheceu essas ideias, então elas também se tratam de uma recordação do que já vivenciamos. Por isso, o conhecimento para ele provém e é também uma recordação e reconhecimento de nossa alma. Se conhecemos é porque lembramos de uma verdade já vivenciada, ou seja, ao nascer já podemos ser conduzidos a verdade que se encontra em nossa alma, que ultrapassa o mundo sensível para o mundo inteligível, das ideias.
· O filósofo ajuda os indivíduos a saírem do mundo das sombras, das cópias e adentrarem no mundo da verdade, no mundo inteligível. Ideias inatas. E são justamente essas ideias e essas verdades que nos levam aos pensamentos e questionamentos filosóficos.
Aristóteles: RACIONALISMO-INATISMO
· Crítica as ideias de Platão. Para Aristóteles só podemos adquirir conhecimento por meio da indução, numa operação mental que vai do particular para o geral. Segundo ele, a indução nos leva a conclusões científicas, gerais e universais a partir do âmbito particular.
· Para Aristóteles o conhecimento é adquirido por estágios cumulativos, onde para cada estágio ser alcançado, precisou passar por um estágio anterior aquele. Esses estágios são: sensação, percepção, imaginação, memória, linguagem, raciocínio e intuição. A intuição é intelectual e não acontece por meio dos sentidos, da imaginação ou do raciocínio (por provas e atos comprovados). A intuição é a condição para todas as demonstrações de provas e raciocínios e se trata do conhecimento final, puro, para as causas ou princípios.
· O estágio mais superior para ele está no mais abstrato, nas causas primárias e universais, a metafísica ou filosofia primeira.
· Segundo Aristóteles, não há ideias em si mesmas, mesmo que elas sejam concretas, como os objetos. O conhecimento surge por meio do raciocínio e separa a ideia, para partir das características particulares e permanecer com as características gerais. Dessa forma, uma ideia não pode se manter isolada, já que existe um conjunto comum as ideias, como, por exemplo: a ideia de casa ou de árvore é comum a todas as outras.
Descartes: RACIONALISMO-INATISMO
· Descartes fundamenta o princípio do conhecimento na dúvida. E a partir do momento que ele passa a duvidar de tudo e da realidade e existência das coisas e de seu conhecimento, precisava ao menos de uma certeza. Essa certeza se pautou na existência dele mesmo, já que Descartes não poderia duvidar de sua própria existência e de seu pensamento. Assim, a dúvida se tornou a primeira e única certeza de Descartes. Ele foi cético e colocou em dúvida todo o conhecimento, colocando como única certeza o seu pensamento e a sua existência: “Duvido, logo penso”. Devido a isso, a racionalidade humana provava a existência do homem, e daí a frase “Penso, logo existo”.
· Segundo Descartes, mesmo que a racionalidade seja compartilhada por todos os indivíduos, ainda assim há erros e engano com relação ao nosso conhecimento. Para ele, isso acontece pois não usamos a nossa intelectualidade como deveríamos. Ele então propôs um método, que utilizava o inatismo presente em todas as pessoas por meio das certezas mais básicas e óbvias, como por exemplo: as ideias de liberdade, infinito e perfeição. Descartes afirmava que essas ideias inatas são perceptíveis para nós porque não conseguimos ter uma experiência palpável com elas. Uma outra ideia inata citada por Descartes está na sua célebre frase “Eu penso, logo existo”.
· O método de raciocínio de Descartes para não haver erros com relação ao que teorizamos seguia algumas regras. A primeira delas era a evidência, pois o que devemos aceitar como verdade deve ser provado, dessa forma o que não é evidente para nós não deve ser aceitável. A segunda regra se refere a análise, pois deve dividir o nosso objeto de estudo em quantas partes for possível, para estudar minuciosamente tudo, obtendo assim menos chance de erro. A terceira regra é a síntese, que visa organizar o pensamento sobre o que estamos estudando partindo do mais simples até o que é mais complexo, para que uma coisa possa ser deduzida através de outra. Por último, a quarta regra é examinar tudo o que foi estudado, para se ter certeza de algo não foi deixado de lado e de que tudo foi realmente visto.
· O método de estudo de Descartes para que não hajam erros em nosso raciocínio se inspira na exatidão científica da matemática.
Locke: EMPIRISMO
· Locke, discordando de Descartes, confiava na racionalidade humana. A princípio, ele compara a razão a um papel em branco que precisa ser preenchido para que as ideias venham. E segundo Locke, essas ideias surgem por meio daexperiência sensível e dos dados sensoriais. As experiências por meio das sensações que temos do mundo e as reflexões que fazemos levam as nossas ideias. Essa percepção de Locke sobre como as nossas experiências de mundo e na sociedade formam as nossas ideias e a nossa razão se chama empirismo. O empirismo afirma que nossos saberes e conhecimentos provém da experiência sensível.
· Segundo Chauí: no racionalismo a experiência sensível pode ser utilizada como base para o conhecimento, mas a partir de regras, normas e princípios que atestem. No empirismo, a nossa razão vai depender do que vivenciamos diante das experiências sensíveis.
· Para Locke, então, o conhecimento provém da experiência sensorial, sendo ela a origem do conhecimento, enquanto que para Descartes a própria razão é a fonte do conhecimento.
Kant: EMPIRISMO
· Kant analisa sobre quanto conhecimento a mente humana pode alcançar antes de obter experiências e afirma que o conhecimento provém da experiência, no entanto, somente a experiência não nos traz conhecimento. As ideias inatas presentes em cada um de nós garantem as experiências.
· A razão, a princípio, é vazia e é preciso passar pelas experiências para que nossa mente comece a ter conteúdo para chegar ao conhecimento. Sendo assim, a razão tem o necessário para adquirir o conhecimento e organizar esses conteúdos através das experiências que vivenciamos.
· Então, segundo Kant, o conhecimento não depende unicamente da razão e nem unicamente da experiência, mas sim do entendimento (o modo como nossa mente organiza tudo que adquirimos proveniente da experiência) e da sensibilidade (tudo que captamos pelas percepções sensível e sensoriais). O entendimento e a sensibilidade se complementam e fazem a nossa mente ter uma experiência real.
· Entendimento da razão e conhecimento humano em Descartes, Locke e Kant trabalha com a subjetividade.
A crítica a subjetividade de Heidegger: EMPIRISMO
· Heidegger coloca que o nosso entendimento de mundo e nossa relação com a realidade pode ser explicada pelas percepções que temos diante das nossas vivências. A maneira como nos manifestamos no mundo demonstra como enxergamos a realidade e lidamos com as nossas experiências.
· A compreensão humana vem das nossas experiências.
· O mundo faz parte também daquilo que nos constitui enquanto seres humanos e no que somos no mundo. Mundo e seres humanos são inseparáveis.
· A relação entre um sujeito e o objeto cognoscível leva a uma relação mais original e primária, na qual as nossas experiências agregam conhecimento e nos servem dentro do que conhecemos como mundo.
AULA 7:
Teoria política em Platão:
· Para Platão, somente os mais sábios deveriam exercer cargos políticos, já que somente eles teriam a noção do que é mais justo, tornando a sociedade mais justa. Modelo aristocrático de poder, que como afirma Platão seria uma aristocracia do espírito, até porque não se trata de uma aristocracia voltada para a soberania somente daqueles que obtém poder econômico, mas sim para o poder daqueles que tem mais conhecimento e saber.
· Segundo ele, os seres humanos são estruturados por almas. A alma desejante (fica no baixo-ventre), a alma irascível e colérica (fica no peito) e a alma racional (na cabeça, representa os pensamentos e as vontades).
· O homem justo é aquele onde que tem a alma racional mais forte que as almas desejante e irascível, colocando moderação a alma desejante e coragem a alma colérica. Isso também se aplica a pólis: os sábios devem governar garantindo a segurança de defesa e financeira, mas também colocar moderação e coragem em sua governança, afim de assegurar o poder e a preservação da pólis.
· Para Platão, assim como os humanos, a sociedade também possui uma estrutura, que é social. A política não necessita dos mitos e das divindades, já que é da natureza humana uma ordem social com leis e justiça, onde a política é fundamentada.
· Para Platão, os governantes devem ser justos e virtuosos para que as cidades sejam justas.
Teoria política Aristotélica:
· Obra A Política: “O homem é um animal político”.
· Aristóteles concorda com Platão no fato de que a política deve se fundamentar na ética. Ambos articulam que um homem virtuoso deve exercer sua virtude na pólis e em sua relação com a sociedade, já que os homens não são serem devem viver isolados.
· A política aristotélica compartilha com a teoria platônica o fato de que os homens possuem uma meta e um fim e a política também. Aristóteles afirma que o ser humano alcança seu fim ao se tornar bom e ainda chegar ao grau mais alto do bem humano, que é a felicidade. O ser humano pode atingir esse bem mais elevado por meio de virtudes como a generosidade, a coragem, a imparcialidade etc. Isso faz dos homens seres justos, triunfantes e realizados. O fim do Estado é uma sociedade justa, feliz e satisfeita.
· Discordando de Platão, que colocava que os mais sábios deveriam governar e as crianças deveriam receber educação do Estado e serem separadas de seus pais, Aristóteles afirma que o Estado deve educar para encorajar as virtudes nos homens, pois isso formaria bons governantes e bons cidadãos.
· Outro ponto destacado por Aristóteles é a qualidade dos serviços públicos, que devem prestar um bom trabalho para a população (assembleias, tribunais, recolhimento de impostos, distribuição de riquezas etc). Ele afirma também que a educação deve ser um dever do governo, por isso a educação deve ser pública. O Estado também deveria se apropriar dos meios de produção e comandar e intervir na economia. O governo deveria intervir nas condutas econômicas da população.
· E como podemos considerar uma cidade como justa? Para Aristóteles, o poder político é um bem que deve ser considerado participável e não um bem a se partilhar. Isso quer dizer que o poder político não se distribui.
· No Estado, há duas justiças: a justiça distributiva e a justiça participativa. O Estado considerado justo por Aristóteles é aquele que difere e efetua ambos os tipos de justiça.
· Sobre uma distribuição justa dos bens econômicos, o filósofo afirma que o Estado deve fazer essa distribuição de maneira a igualar os desiguais, também considerando o mérito de cada um, fazendo uma justiça distributiva. Pelo fato de as pessoas serem diversas, não se pode distribuir de maneira igualitária e devido a isso é preciso tornar os desiguais, iguais, ao distribuir de maneira desigual. Por isso também o Estado não deve cobrar os impostos aos cidadãos de maneira igual, cobrando mais dos ricos, que tem mais dinheiro do que dos pobres.
· Segundo Aristóteles, artesãos, agricultores e comerciantes não deveriam se enquadrar na categoria de cidadãos, pois não teriam tempo para a vida política.
· Política como possibilidade de uma vida feliz e justa por meio de um Estado justo.
· Para um Estado ser justo, as instituições estatais devem ser justas e virtuosas.
· Platão e Aristóteles: indivíduos são seres políticos e sociais.
AULA 8
Teoria contratualista:
· A visão contratualista defende o caráter não religioso e racionalista da origem do poder. O contratualismo visava questionar os poderes vigentes enfatizando a origem da soberania e seu fundamento racional. Essa ideia focava não no direito divino dos reis, mas sim na maneira como o poder dos reis era legitimado pelo povo por um pacto social, ou seja, um contrato social, feito em comum acordo
· A partir das ideias contratualistas se constituiu a diferença da ideia de comunidade para a de sociedade A ideia de comunidade se trata de indivíduos que vivem em grupo e tem valores, crenças e costumes semelhantes, enquanto que a noção de sociedade se refere a uma série de pessoas que decidiram em comum acordo, passar seus direitos naturais a um soberano que comandasse o Estado garantindo ordem e justiça.
Teoria contratualista de Hobbes:
· Para Hobbes, se os homens vivessem de forma natural (no estado de natureza), sem estarem em uma sociedade organizada, viveriam constantemente em guerra e com medo, pois se não há governo, não há também garantias de direitosou justiça. Por isso, os indivíduos escolheriam renunciar a sua liberdade natural em favor de um poder soberano e centralizado que representaria a todos.
· A mudança desse estado natural para um Estado ou sociedade civil seria fundamentada em um pacto ou contrato social. Os homens passariam seus direitos naturais aquele que seria seu representante no poder, para que esse representante aplicasse as leis, a justiça etc. Então, por segurança, os indivíduos renunciam a um estado natural em favor de um Estado Absoluto que pudesse garantir seus direitos e organizar a sociedade. Os homens, assim, transferem seus poderes ao Estado e ao seu soberano.
· O Estado passaria a assegurar a propriedade privada de seus cidadãos.
· O Estado é um corpo político e um corpo artificial. Corpo artificial (pessoa artificial se pensarmos no soberano) porque foi criado pelos indivíduos.
· Soberano no concepção de Hobbes: rei, aristocracia ou uma assembleia democrática.
Rousseau:
· Para Rousseau, os indivíduos também viveriam em liberdade, como bons selvagens, segundo o próprio, onde não há conflitos e nem violências. Essa situação muda quando começa o conceito de propriedade privada, já que segundo ele a origem da propriedade privada forma um estado sociedade e de lutas e conflitos. (obs.: o estado de sociedade abordado por Rousseau equivaleria ao estado de natureza exposto por Hobbes).
· Os conflitos que se estabelecem no estado de sociedade fazem com que os homens façam um contrato ou pacto social, fazendo com que se exerça um poder soberano e a autoridade política. A partir disso, é instituído um Estado Civil que visa terminar com os conflitos do estado de sociedade (comparando com Hobbes, há uma diferença nessa questão, já que a sociedade civil surge para terminar com os conflitos do estado de natureza).
· Segundo Rousseau, a legitimação do contrato social é feita através do conceito de direito natural ou jusnaturalismo. Dentro desse conceito, todos somos livres por natureza, com direito a vida e ao que seja necessário para a nossa sobrevivência. Dentro disso, o pacto ou contrato social só se tornaria válido se houver liberdade igualmente a todos os homens e se o consentimento na transferência dos direitos naturais a um poder soberano for feita de maneira voluntária e espontânea. Se todos os indivíduos são livres, eles têm direito e poder de transferir o seu direito natural e também o seu poder para que um soberano governe. É a partir daí que se institui o pacto e o contrato social, onde os homens passam a viver mediante a um direito positivo, que se concebe com leis e normas que o soberano estabelece ao povo.
· É por meio de uma vontade geral criada pelos indivíduos que se cria o pacto social e, assim, o Estado Civil.
· Soberano na concepção de Rousseau: a soberania provém do povo, por meio da vontade geral. O contrato social feito pelos homens faz com que eles mesmos criem e denominem-se como povo.

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