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Bianca Leal LucianeAleixo Lucimar Benato Mariza Ventura A Base dos Relacionamentos Íntimos AS BASES DOS RELACIONAMENTOS ÍNTIMOS Erickson considerava o desenvolvimento dos relacionamentos íntimos a tarefa crucial no período adulto jovem a necessidade de estabelecer relacionamento saudáveis fortes, estáveis estreitos e carinhosos, é um forte motivador de comportamento humano. As pessoas se tornam íntimas e permanecem íntimas por meio de revelações compartilhadas, receptividade às necessidades do outro e aceitação, e respeito mútuos. Os Relacionamentos íntimos requerem autoconsciência: empatia, capacidade de comunicar, emoções, resolver conflitos e manter compromissos; e, se o relacionamento e potencialmente sexual tomar decisões sobre sexo. Amizade As amizades durante o período adulto jovem podem ser menos estáveis do que nos períodos anteriores e posteriores devido a frequência com que as pessoas desta idade mudam de cidade, ainda assim muitos adultos jovens mantem amizades de longa distancia de alta qualidade e comprometidas (Johnson et al., 2009). As amizades nesse período tendem a centrar-se nas atividades de trabalho e de parentalidade e na troca de confidencias e conselhos, algumas amizades são extremamente intimas e apoiadoras, outras são marcadas por conflitos frequentes, algumas melhores amizades são mais estáveis do que laços com um amante ou um cônjuge. As mulheres normalmente tem mais amizades intimas do que os homens. Os homens são mais propensos a compartilhar informações e atividades não confidenciais, com os amigos (Rosenbluth e Steil, 1995). As mulheres tem mais tendencia a conversarem com suas amigas sobre seus problemas conjugais e a receber conselhos e apoio (Helms, Crouter e McHale, 2003). Muitos adultos jovens incorporam os amigos a suas redes familiares escolhidas. Esses amigos íntimos e apoiadores são considerados parentes fictícios, em outras palavras, a família psicológica da pessoa. Nos últimos anos, o uso dos sites de relacionamentos como o facebook por adultos jovens aumentou substancialmente, algumas pessoas tem argumentado que essas redes sociais podem ser prejudiciais, mas há indicações de que elas também oferecem vantagens. Por exemplo o Facebook e usado com frequência para manter e fortalecer conexões com amigos e familiares através de distancias geográficas (Subrahmanyam et al.,2008) Por outro lado, um numero cada vez maior de adultos jovens hoje não tem confidentes íntimos, de acordo com um estudo longitudinal, durante um período de 19 anos, o número de pessoas que disse não ter alguém com que discutir assuntos importantes quase triplicou. Os declínios foram mais acentuados entre pessoas educadas de classe media, que podem manter contato com amigos e familiares por e-mail ou telefone, mas não pessoalmente. (McPherson, Smith-Lovin e Brashears,2006). Amor De acordo com a teoria triangular do amor, de Robert J. Stenberg (1995, 1998b, 2006), a maneira pela qual o amor se desenvolve e uma historia. Os amantes são seus autores, e a historia que eles criam reflete suas personalidades e suas concepções de amor. De acordo com Sternberg (1986; 1998a, 2006), os três elementos, ou componentes, do amor são: intimidade, paixão e compromisso. Intimidade, o elemento emocional, envolve autorrevelação, que leva à ligação, ternura e confiança. Paixão, o elemento motivacional, baseia-se em impulsos interiores que traduzem a excitação fisiológica em desejo sexual. Compromisso, o elemento cognitivo, é a decisão de amar e permanecer com a pessoa amada. O Grau em que cada um dos três elementos esta presente determina que tipo de amor as pessoas sentem. Desamor Os três componentes do amor – intimidade, paixão e compromisso – estão ausentes. Isso descreve a maioria das relações interpessoais, que são simplesmente interações casuais. Amizade Intimidade é o único componente presente. Há intimidade, compreensão, apoio emocional, afeição, ligação e calor humano. Não há paixão nem compromisso. Paixão A paixão é o único componente presente. Este é o “amor à primeira vista”, uma atração física e excitação sexual fortes, sem intimidade ou compromisso. A paixão pode acender-se repentinamente e, do mesmo modo, extinguir-se – ou, dadas certas circunstâncias, às vezes pode durar um longo tempo. Padrões de amor Compromisso é o único componente presente. O amor vazio é encontrado com frequência em relacionamentos duradouros que perderam tanto a intimidade quanto a paixão, ou em casamentos arranjados. Amor romântico Intimidade e paixão estão presentes. Os amantes românticos são atraídos um pelo outro fisicamente e estão emocionalmente ligados. Entretanto, não estão mutuamente comprometidos. Amor companheiro Intimidade e compromisso estão presentes. Este é uma amizade comprometida, de longo prazo, que ocorre com frequência em casamentos nos quais a atração física se esgotou, mas os parceiros se sentem mutuamente íntimos e tomaram a decisão de permanecer juntos. Amor Vazio Paixão e compromisso estão presentes sem intimidade. Este é o tipo de amor que leva a um namoro- -relâmpago, no qual o casal assume um compromisso com base na paixão sem se permitir o tempo necessário para desenvolver intimidade. Este tipo de amor geralmente não dura, apesar da intenção inicial de comprometer-se. Amor verdadeiro Os três componentes estão presentes neste amor “completo”, pelo qual muitas pessoas se esforçam, especialmente nos relacionamentos amorosos. É mais fácil atingi-lo do que mantê-lo. Ambos os parceiros podem mudar o que desejam da relação. Se o outro parceiro também mudar, o relacionamento pode sobreviver de uma forma diferente. Se o outro parceiro não mudar, o relacionamento pode se dissolver. Fonte: Baseado em Sternberg, 1986. Amor instintivo Estilos de Vida Conjugais e não Conjugais Em muitos países ocidentais, as normas atuais para estilos de vida socialmente aceitáveis são mais flexíveis do que eram durante a primeira metade do século XX. As pessoas casam mais tarde, quando se casam; mais pessoas tem filhos fora do casamento, se tiverem filhos; e mais pessoas rompem seus casamentos. Algumas pessoas permanecem solteiras, algumas casam novamente, e outras vivem com um parceiro de qualquer sexo. Algumas pessoas casadas com carreiras distintas têm casamentos itinerantes, as vezes chamados de convivência a distancia (Adams,2004). Em síntese não existe o tal casamento ou família “típicos” Vida de Solteiro A proporção de adultos e jovens de 25 a 34 anos nos Estados Unidos que ainda não se casaram quase triplicou entre 1970 e 2005. Para mulheres, o aumento foi de 9% para 32%, e para homens de 15% para 43%. Alguns adultos jovens permanecem solteiros porque não encontraram os parceiros certos; outros são solteiros por opção . Mais mulheres hoje se sustentam sozinhas, e há menos pressão social para casar. Nos últimos 40 anos, mais adultos homossexuais assumiram sua orientação sexual e estão vivendo abertamente. Entretanto, embora os casais homossexuais, possam receber menos apoio de amigos e familiares, eles podem compensar isto com amigos, grupos sociais e organizações amigáveis a comunidade LGBT. Desde Julho de 2011, o casamento entre casais homossexuais é legal em sete países europeus (Suécia, Noruega, Holanda, Bélgica, Espanha, Portugal e Islândia), na África do Sul, no Canadá, na Argentina e na Cidade do México. Grande parte da oposição ao casamento homossexual esta correlacionada com a orientação politica: aproximadamente 72% dos democratas apoiam o casamento homossexual, enquanto 81% dos republicanos se opõem a ele. Relacionamentos Homossexuais Concubinato É um estilo de vida em que um casal não-casado envolvido em um relacionamento sexual vivem juntos, no que às vezes se chama de união consensualou informal. Os casais que vivem em concubinato também tendem a ser menos religiosos, menos tradicionais, a ter menos confiança em seus relacionamentos, a aceitar mais o divórcio a ser menos negativos e agressivos em suas interações com seus parceiros românticos, e a comunicar-se menos eficazmente. O concubinato após divórcio e mais comum do que o concubinato pré-conjugal e pode funcionar como uma forma de seleção do parceiro para um novo casamento. Casamento Na maioria das sociedades, o casamento é considerado a melhor forma de garantir uma criação ordenada dos filhos. Ele permite uma divisão dos afazeres em uma unidade de consumo e trabalho. Idealmente, ele oferece intimidade, amizade, afeição, realização sexual, companheirismo e oportunidade de crescimento emocional. Satisfação Conjugal/Sucesso do Casamento Um dos fatores mais importantes no êxito conjugal é um senso de compromisso. O êxito no casamento está intimamente associado com como os parceiros comunicam- se, tomam decisões e lidam com os conflitos Paternidade/Maternidade O primeiro bebê marca uma transição importante na vida dos pais. Essa nova pessoa totalmente dependente muda as pessoas e muda os relacionamentos. Com o desenvolvimento das crianças, os pais também se desenvolvem. Os casais de hoje tendem a ter menos filhos do que nas gerações anteriores e a tê-los mais tarde na vida. Os bebês podem beneficiar-se com a facilidade que os pais mais velhos têm para criar os filhos e com sua disposição em investir mais tempo nisso. Embora ter filhos possa inegavelmente satisfazer numerosas necessidades, a pesquisa sugere que poucas pessoas pensam seriamente nos aspectos envolvidos quando decidem tornar-se pais. Quando o Casamento Chega ao Fim Nos Estados Unidos, a duração média de casamentos que terminam em divórcio é de 7 ou 8 anos (Kreider, 2005). O divórcio, muito frequentemente, leva a um novo casamento com um novo parceiro e à recomposição de uma família, que inclui filhos biológicos ou adotados por um ou ambos os parceiros antes do casamento atual. Mulheres com curso universitário, que anteriormente tinham as opiniões mais permissivas sobre o divórcio, tornaram-se mais conservadoras, enquanto mulheres com níveis educacionais mais baixos tornaram-se mais permissivas e portanto mais propensas a se divorciar (Martin e Parashar, 2006). O declínio na taxa de divórcio pode refletir níveis educacionais mais altos bem como a idade mais tardia para o primeiro casamento, ambos os fatores estando associados com estabilidade conjugal (Popenoe e Whitehead, 2004). Também pode refletir o aumento na coabitação, que, quando termina, não envolve divórcio (A. Cherlin em Lopatto, 2007). Os adolescentes, as pessoas que não concluíram o ensino médio e as pessoas não religiosas têm os índices de divórcio mais elevados (Bramlett e Mosher, 2001, 2002; Popenoe e Whitehead, 2004) Por que os casamentos fracassam? As razões citadas com mais frequência eram incompatibilidade e falta de apoio emocional; para as mulheres divorciadas mais recentemente, presumivelmente mais jovens, este incluía uma falta de apoio da carreira. Agressão do cônjuge estava em terceiro lugar, sugerindo que a violência doméstica pode ser mais frequente do que geralmente se pensa (Dolan e Hoffman, 1998; Referencia Bibliográfica Papalia, Diane E. Desenvolvimento Humano/ Diane E. Papalia, Ruth, Duskin Feldman, com Gabriela Matorell; tradução : Carla Filomena Marques Pinto Vercesi... [et al.] ; [revisão técnica: Maria Cecilia de Vilhena Moraes Silva...et al.]. -12.ed.- Porto Alegre: AMGH, 2013
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