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A Natureza Entra em Cena - As Organizações Vistas como Organismos

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UFAM – UNIVERSIDADE FEDERAL DO AMAZONAS
FACULDADE DE ESTUDOS SOCIAIS (FES)
Prof. Daniel Reis Armond de Melo
Resenha Acadêmica Descritiva
MORGAN, Gareth. Imagens da Organização: Versão Executiva. 2. Ed. – 4° reimpressão. São Paulo: Atlas, 2002.
Capítulo 3 – A Natureza Entra em Cena: As Organizações Vistas como Organismos.
Essa metáfora tenta nos apresentar a organização como um sistema, com situações sempre inter-relacionadas, e também que nas organizações, assim como na natureza, aquele que sobrevive é que evolui e melhor se adapta. Além disto, essa metáfora supõe que diferentes organizações se dão melhor em ambientes favoráveis, assim como algumas espécies de animais em seus habitats naturais.
Morgan adentra em quando as necessidades organizacionais foram se destacando na história da administração. De início, a administração sendo vista apenas como uma questão de controlar e dirigir as pessoas em suas tarefas, através de metas e objetivos. Com o tempo, essa visão se mostrou limitada e logo deixamos de lado a visão mecanicista da administração e começamos a dar importância ao fator humano e à organização informal. 
Com relação à organização informal, o autor cita a experiência de Hawthorne e a teoria da motivação de Maslow e as suas contribuições e importância para o fator psicológico da organização.
Com isso, foi visto que era necessária uma teoria que intercalasse as necessidades do indivíduo e os interesses da organização. Um dos meios de interdependência entre os recursos humanos e tecnológicos é chamado de sistema sociotécnico, que diz que um sempre tem influência sobre o outro.
A metáfora da organização vista como organismo tem relação direta com a teoria dos sistemas, que trata a organização como um organismo vivo e têm a sua origem na biologia. O sistema aberto da organização consiste em uma troca constante com o ambiente: fornecedores, clientes, concorrentes, entre outros. O literato também nos dá alguns conceitos importantes para se entender a organização vista como organismos, por exemplo: homeostase, entropia, entropia negativa, variedade, equifinalidade, e evolução do sistema.
O literato também nos apresenta a definição da teoria da contingência, que trata da adaptação da organização ao ambiente. Nessa teoria é abordada a ideia de que não há uma forma ideal de organizar, isso depende dos tipos de tarefas e de ambiente. Evidencia-se, ainda, as divergências entre a organização mecanicista e a organização orgânica, baseadas em uma análise de Burns e Stalker realizadas em quatro empresas: a fábrica de rayon, empresa de engrenagem de cambio, empresa de rádio e televisão e empresa de eletrônica.
Morgan pondera cinco tipos de organização, segundo Mintzberg, sendo estas: máquina burocrática e forma divisionalizada, que são eficazes somente em ambientes estáveis; a burocracia profissional, onde o ambiente é moderadamente estável porém demanda uma certa autonomia do pessoal; estrutura simples, que é efetiva quando há ambiente instável e tarefas simples; e a adhocracia, que surge quando a organização está fadada a ser temporária, como uma equipe de projeto P&D.
Com relação à interação organização–ambiente, os estudiosos da administração defendem duas vertentes. A primeira em relação à teoria da contingência e a outra trata da organização como órgãos, a teoria dos sistemas.
Por fim, o autor denota as vantagens e limitações dessa metáfora. Sobre as vantagens, tem-se que: as organizações devem estar atentas ao ambiente externo; sobrevivência e evolução são pontos centrais; a inovação da organização orgânica se sobressai ao mecanicismo e burocracia; entre outros. No que se refere às limitações: organizações não são organismos e elas não se limitam a essa ideia; além do fator concreto da organização há também a criatividade humana; que a maioria das organizações não funcionam de forma unificada; e também que essa metáfora pode tornar-se um tipo de ideologia, o que não deve acontecer.
Brenda Cortez de Menezes
Acadêmica do curso de Administração da Universidade Federal do Amazonas

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