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Aprendizagem e Auto-Organização - As Organizações Vistas como Cérebros

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UFAM – UNIVERSIDADE FEDERAL DO AMAZONAS
FACULDADE DE ESTUDOS SOCIAIS (FES)
Prof. Daniel Reis Armond de Melo
Resenha Acadêmica Descritiva
MORGAN, Gareth. Imagens da Organização: Versão Executiva. 2. Ed. – 4° reimpressão. São Paulo: Atlas, 2002.
Capítulo 4 - Aprendizagem e Auto-Organização: As Organizações Vistas como Cérebros
Neste capítulo, Morgan nos traz a metáfora das organizações como cérebros e nos faz questionar se é possível criar organizações que aprendem. O autor utilizou uma linguagem mais complexa, pelo fato de nós, seres humanos, não entendermos como o cérebro funciona em sua totalidade.
Segundo Daniel Dennett, o cérebro é descentralizado e consiste em um conjunto de atividades diferentes e paralelas, nas quais podem ser complementares e, em decorrência disso, transformar-se em um padrão coerente.
O autor aborda a metáfora da organização como um cérebro por três pontos de vista: como cérebros processadores de informações, como sistemas complexos capazes de aprender e como sistemas holográficos.
Ao abordar as organizações como cérebros processadores de informações, Morgan cita referências da abordagem sistêmica da administração, mais especificamente sobre cibernética, nos trazendo, por exemplo, conceitos de internet e intranet. Depois ele nos fala que, por a organização ser um processador de informações, foram desenvolvidas ferramentas de processamentos de grandes números de dados. Esse tipo de suporte técnico tem relação com a teoria matemática, que não é uma das teorias administrativas, mas sim uma linha de pensamentos diversificados envolvendo vários enfoques das ciências exatas que são utilizadas como ferramentas nas organizações. As grandes organizações da atualidade não conseguem processar tamanha informação sem esse suporte.
Morgan ainda foca nas organizações da atualidade, onde algumas não têm fronteiras físicas e não se limitam a estar interligadas fisicamente. Através da informática essas barreiras de tempo e espaço são relativas. O autor ainda apresenta algumas ferramentas utilizadas nas organizações, como: Just in Time (JIT) e E-commerce.
Sobre as organizações que aprendem, a preocupação é no modo de fazer as organizações aprenderem como o cérebro. Adentra-se no conceito de cibernética, dizendo que “a cibernética caracteriza os processos de troca de informações através dos quais máquinas e organismos se envolvem em comportamentos auto reguladores que mantêm estados estáveis”. Esse auto regulamento pode ser feito através do feedback negativo, onde o sistema aprende pelo fator de eliminação. O feedback negativo elimina erros, fazendo com que determinado objetivo seja alcançado iniciando ações corretivas.
Ainda sobre esse assunto, Morgan relata que as organizações que aprendem têm que se antecipar às futuras possibilidades, e isso depende diretamente da criatividade dos membros da organização, de inovar quando se enxerga que é necessário. Morgan fala que, assim como o cérebro não funciona de um modo pré-determinado, as organizações devem ser descentralizadas e devem estar preparadas para a mudança.
Nas organizações como cérebros holográficos, apesar de ser um tipo de organização emergente, há alguns princípios onde podemos analisar como deve funcionar esse tipo de organização: “Todo” nas “partes”; redundância; variedade; especificações mínimas e aprender a aprender.
E por fim Morgan fala sobre as vantagens e limitações da metáfora. Sobre as vantagens: fornece direção para se criar organizações capazes de aprender; a informática ajuda a desenvolver inteligência; nova teoria da administração com base em auto-organização, e outras. Já sobre as limitações: pode haver conflito entre aprendizado organizacional e poder; e a ideia de aprender por aprender pode tornar-se uma ideologia.
Brenda Cortez de Menezes
Acadêmica do curso de Administração da Universidade Federal do Amazonas

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