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Finanças Pessoais - Estratégias de Investimentos

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UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL 
ESCOLA DE ADMINISTRAÇÃO 
CURSO DE ESPECIALIZAÇÃO EM FINANÇAS 
 
 
 
 
 
 
 
DIOVANE JOSE PEREIRA 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
FINANÇAS PESSOAIS – ESTRATEGIAS DE INVESTIMENTOS 
 
 
 
 
 
 
 
 
Porto Alegre 
2010 
 
DIOVANE JOSÉ PEREIRA 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
FINANÇAS PESSOAIS – ESTRATÉGIAS DE INVESTIMENTOS 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Trabalho de Conclusão do curso de 
Especialização em Finanças apresentado ao 
Programa de Pós Graduação da Escola de 
Administração da Universidade Federal do Rio 
Grande Do Sul, como requisito parcial para a 
obtenção do título de Especialista em Finanças. 
 
 
Orientador: Dr. Gilberto de Oliveira Kloeckner 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Porto Alegre 
2010 
 
Diovane Jose Pereira 
 
 
 
 
 
 
FINANÇAS PESSOAIS – ESTRATÉGIAS DE INVESTIMENTOS 
 
 
 
 
Conceito final: 
Aprovado em ........ de ..........................de.......... 
 
 
 
BANCA EXAMINADORA 
___________________________________ 
Prof. Dr. ..................................... – Instituição 
___________________________________ 
Prof. Dr. ..................................... – Instituição 
___________________________________ 
Prof. Dr. .................................... – Instituição 
___________________________________ 
Orientador – Prof. Dr. ............... – Instituição 
 
RESUMO 
 
 
O presente trabalho apresentará procedimentos para desenvolver um 
planejamento financeiro pessoal eficaz que traga tranqüilidade financeira ao 
investidor. Apresentamos neste trabalho diversos tipos de investimentos de 
diferentes rentabilidades e nível de risco. Não pretendemos dizer qual é o melhor 
investimento, mas qual se aproxima melhor ao perfil de cada investidor. Para isto 
definimos três tipos de investidor: conservador moderado e agressivo que auxiliara a 
tomada de decisão e na escolha de suas aplicações. Pretendemos também 
desenvolver a cultura de poupar o que é bastante simples, mas exige grande 
disciplina, pois guardando pequenas quantias mensais e aplicando estes recursos 
de forma correta trará a tranqüilidade financeira desejável. 
 
Palavras-chave: planejamento financeiro pessoal, investimentos, perfil do 
investidor. 
 
 ABSTRACT 
 
This paper presents procedures to develop an effective personal financial planning 
that will bring tranquility to the financial investor. We show here a number of different 
types of investment returns and risk level. We do not intend to say what is the best 
investment, but which better approximates the profile of each investor. For this, we 
have defined three types of investors: conservative, moderate and aggressive. This 
will help decision making and choice of applications. We also intend to develop a 
culture of saving that is simple but requires great discipline - keeping small amounts 
monthly and applying these resources properly will bring the desired financial ease. 
 
Keywords: personal financial planning, investments, investor's profile. 
 
LISTA DE FIGURAS 
 
 
 
Quadro 1 – Valor a economizar para atingir R$ 1.000.000,00 aos 60 anos .............. 18 
Quadro 2 – Estrutura Financeira ............................................................................... 20 
Quadro 3 – Avaliação de uma Empresa .................................................................... 44 
Quadro 4 – Classificação de perfil de investidor ....................................................... 46 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
SUMÁRIO 
 
 
1 INTRODUÇÃO ......................................................................................................... 8 
1.1 PROBLEMA DE PESQUISA ................................................................................. 8 
1.2 OBJETIVOS .......................................................................................................... 9 
1.2.1 Objetivo Geral ................................................................................................... 9 
1.2.2 Objetivos Específicos ...................................................................................... 9 
1.3 METODOLOGIA .................................................................................................... 9 
 
2 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA .................................................................................. 10 
2.1 FINANÇAS PESSOAIS ....................................................................................... 10 
2.1.1 Conscientização ............................................................................................... 11 
2.1.2 Compromisso ................................................................................................... 11 
2.1.3 Estratégias de Crescimento ............................................................................. 12 
2.3 PLANO DE INVESTIMENTO .............................................................................. 12 
2.3.1 Poupança e Investimentos ............................................................................... 14 
2.3.2 Poupar com Sabedoria ..................................................................................... 17 
2.4 ADOÇÃO DA FILOSOFIA DE INVESTIMENTOS ............................................... 21 
2.5 PRODUTOS E SERVIÇOS DAS INSTITUIÇÕES FINANCEIRAS ...................... 21 
2.5.1 Clube de Investimentos .................................................................................... 22 
2.6 FUNDOS DE INVESTIMENTOS ......................................................................... 23 
2.6.1 Funcionamento ................................................................................................. 24 
2.6.2 Custos Cobrados .............................................................................................. 24 
2.6.3 Risco em Fundos de Investimentos ................................................................. 25 
2.6.4 Transparência na Gestão do Fundo ................................................................. 26 
2.6.5 Tipos de Fundos de Investimentos ................................................................... 26 
2.6.5.1 Fundo de Certo Prazo ................................................................................... 27 
2.6.5.2 Fundos Referenciados .................................................................................. 27 
2.6.5.3 Fundos de Renda Fixa .................................................................................. 28 
2.6.5.4 Fundos Cambiais .......................................................................................... 28 
2.6.5.5 Fundo de Ações ............................................................................................ 29 
2.6.5.6 Fundos de Dívida Externa ............................................................................. 30 
 
2.6.5.7 Fundos Multimercados .................................................................................. 31 
2.7 Investimentos em Renda Fixa ............................................................................. 32 
2.7.1 Caderneta de Poupança ................................................................................... 32 
2.7.2 Títulos Públicos ................................................................................................ 33 
2.7.2.1 Tesouro Direto ............................................................................................... 34 
2.7.2.2 Como Escolher um Título .............................................................................. 35 
2.7.3 LTN................................................................................................................... 35 
2.7.4. LFT .................................................................................................................. 36 
2.7.5 Certificado de Depósito Bancário – CDB.......................................................... 36 
2.7.5.1 Riscos de Investimentos................................................................................ 37 
2.7.6 Debêntures ....................................................................................................... 38 
2.8 Investimentos em Renda Variável ....................................................................... 39 
2.8.1 Tipos de Investidores ....................................................................................... 39 
2.8.2 O que são ações .............................................................................................. 40 
2.8.2.1 Tipos de Ações .............................................................................................. 41 
2.8.2.1.1 Ordinárias ................................................................................................... 41 
2.8.2.1.2 Preferenciais .............................................................................................. 41 
2.8.3 Primeiros Passos ............................................................................................. 42 
2.8.3.1 Sociedade Corretoras e Títulos e Valores Mobiliários ................................... 42 
2.8.3.2 Avaliação ....................................................................................................... 43 
2.8.4 Investimentos em Ações .................................................................................. 43 
 
3 ANÁLISE DOS DADOS ......................................................................................... 45 
3.1 PERFIL DO INVESTIDOR ................................................................................... 45 
3.1.1 Conservador ..................................................................................................... 47 
3.1.2 Moderado ......................................................................................................... 47 
3.1.3 Agressivo .......................................................................................................... 48 
 
4 CONSIDERAÇÕES FINAIS ................................................................................... 49 
 
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ......................................................................... 50 
 
 8 
1 INTRODUÇÃO 
 
 
A crescente sofisticação dos instrumentos e produtos financeiros faz com que 
estes elementos sejam os de maior destaque entre novos investidores. As 
movimentações e visualizações de novos investimentos e de oportunidades de 
obtenção de lucro em aplicações financeiras crescem a cada dia, elevando o 
potencial de crescimento, incentivo à poupança e a busca de produtos no mercado 
financeiro. 
Dentro deste contexto, a insatisfação com a situação financeira pessoal é 
comum. Decisões sobre o futuro pessoal como trocar de carro, a decoração da casa 
ou viajar são importantes uma vez que a forma como se usará o dinheiro e o tempo 
que cada um desses projetos levará para ser realizado são questões que devem ser 
analisadas e planejadas. Por isso, deve-se pensar na obtenção de uma receita 
diferente do rendimento habitual para se alcançar maiores retornos financeiros. 
No Brasil, são encontrados vários produtos e serviços distribuídos em 
diversas instituições. Mas para que o retorno financeiro seja alcançado, é necessário 
que se conheçam as melhores alternativas de investimentos. Atualmente, maior 
parte da população em geral aplica seus recursos na caderneta de poupança 
deixando de avaliar outras opções de investimentos. 
 
 
1.1 PROBLEMA DE PESQUISA 
 
 
Diante desse contexto e levando em consideração o questionamento de 
amigos, parentes e pessoas em geral, percebi que este trabalho seria importante 
auxilio na escolha de alternativas estratégicas de investimentos. Esta pesquisa 
busca orientar o planejamento financeiro de longo prazo com base no perfil do 
investidor e os riscos inerentes. 
 
 9 
1.2 OBJETIVOS 
 
1.2.1 Objetivo Geral 
 
 
Desenvolver estratégias e procedimentos para potenciais investidores, 
contribuindo para que sejam dados os passos iniciais aos investimentos, 
incentivando-os e promovendo uma mudança para melhoria de seu futuro financeiro. 
 
 
1.2.2 Objetivos Específicos 
 
– Desenvolver estratégias de investimentos de longo prazo. 
– Apresentar procedimentos de análise de investimentos. 
– Sugerir carteiras de investimentos. 
 
 
1.3 METODOLOGIA 
 
 
Este trabalho teve como objetivo elaborar uma pesquisa bibliográfica e 
documental buscando estratégias e procedimentos para potenciais investidores. 
Segundo Oliveira (1999, p.114), o trabalho descritivo procura abranger aspectos 
gerais e amplos de um contexto. O estudo descritivo possibilita o desenvolvimento 
de um nível de análise em que se permite identificar as diferentes formas dos 
fenômenos, sua ordenação e classificação. É um tipo de estudo que permite ao 
pesquisador a obtenção de uma melhor compreensão do comportamento de 
diversos fatores e elementos que influenciam determinado fenômeno. 
 
 
 10 
2 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA 
 
 
2.1 FINANÇAS PESSOAIS 
 
 
Em finanças pessoais, o planejamento financeiro é um instrumento que serve 
como guia para que investidores possam visualizar de forma detalhada sua vida 
financeira. Ele irá mostrar a situação atual em que cada investidor se encontra, 
traçando o caminho a ser atingindo e os obstáculos a serem encontrados durante a 
busca do objetivo estabelecido com a bem-sucedida evolução de ativos1. 
Frankenberg (1999, p. 31) conceitua: 
 
Planejamento financeiro pessoal significa estabelecer e seguir uma 
estratégia precisa, deliberada e dirigida para a acumulação de bens e 
valores que irão formar o patrimônio de uma pessoa e de sua família. Essa 
estratégia pode estar voltada para curto, médio ou longo prazos, e não é 
uma tarefa simples de atingi-la. 
 
Macedo Jr. (2007) diz que o conceito de planejamento financeiro é discutido 
há muito tempo, sendo definido como o processo de gerenciar finanças a fim de se 
atingir a satisfação pessoal visando não apenas ao sucesso material, e sim o 
pessoal e profissional. 
Cerbasi (2005) afirma que o momento de mudar o futuro é agora, pois se for 
deixado para amanhã, no dia seguinte se estará mais pobre. Para isso, nada será 
simples – que exigerá um trabalho duro, economias disciplinadas e um padrão de 
vida abaixo da mediocridade. Planejar o orçamento pessoal permite que o investidor 
visualize de forma organizada como estão suas contas hoje e como elas ficarão num 
determinado período de tempo à frente. Qualquer pessoa pode ter um orçamento 
bem elaborado, sem maiores dificuldades, com as projeções e definições de renda e 
despesas, adquirindo, assim, uma tranquilidade futura própria e de sua família. 
Conscientização, objetivos, compromisso e estratégias de crescimento são 
alguns dos fatores que farão o investidor refletir sobre suas necessidades de fazer 
sobrar recursos a cada dia. O planejamento financeiro pessoal deve ser feito com 
 
1 Ativos: bens e direitos. 
 11 
muita determinação e disciplina para um futuro financeiro organizado e estável. Tudo 
isso parece simples e fácil para a maioria das pessoas, mas este é um processo 
longo e cheio de obstáculos pelo caminho. Cultivar o hábito de poupar para um 
consumo futuro, ou mesmo para a satisfação de uma necessidade ou até para os 
imprevistos de nossa vida é extremamente importante para o processo de 
enriquecimento. 
 
 
2.1.1 Conscientização 
 
 
É de extrema importância haver conscientização para o início de um plano 
financeiro. Sem que o novo investidor reserve parte de seus rendimentos mensais 
para efetuar aplicações, torna-se lento o retorno financeiro. Por isso, deve-se 
planejar para crescer. A conscientização para elaboração de um planejamento 
financeiro deve ser feita a qualquer momento e o quanto antes possível para que os 
recursos sejam bem direcionados e aproveitados. 
MacedoJr. (2007) afirma que o ideal é que o planejamento financeiro seja 
feito quando a situação financeira é favorável e não apenas quando se encontram 
dificuldades com a organização dos recursos – situação que gera cortes e situações 
de desgaste familiar. 
 
 
2.1.2 Compromisso 
 
 
A partir de agora, o investidor terá metas a serem cumpridas, objetivos para o 
futuro a serem alcançados e o compromisso para atingir a independência financeira. 
Cerbasi (2005) afirma que conquistar e manter a independência financeira são 
objetivos simples dese definir, mas não tão simples de alcançar, dependendo 
apenas do investidor decidir o que irá fazer para alcançar aquilo que deseja, 
independentemente da renda financeira mensal. 
 
 12 
2.1.3 Estratégias de Crescimento 
 
 
O investidor que não puder economizar nada porque suas despesas são 
maiores que as receitas deve primeiramente cortar os desperdícios e os gastos 
supérfluos, guardando os trocados e as pequenas quantidades de valores em um 
local diferente de um banco ou aplicação – um cofrinho é um bom começo. 
Executando esta simples tarefa, o investidor dará o primeiro passo para seu objetivo. 
Lechter (2005) menciona: quantas vezes ouvimos alguém dizer que é preciso 
ter dinheiro para ganhar mais dinheiro? Isso não é inteiramente verdade, embora 
precisemos ter dinheiro para sermos bem-sucedidos. Isso não quer dizer que 
devemos ter dinheiro para fazer dinheiro. 
O mesmo autor afirma que se pode dizer que o dinheiro adquirido é um ativo 
e, ao aplicá-lo, haverá expansão dos recursos. A capacidade de levantar capital para 
iniciar qualquer investimento é o elemento essencial para o futuro sucesso financeiro 
pessoal. Pode-se conhecer um ótimo investimento, com retorno acima do esperado, 
mas se o primeiro passo não for dado, não possuirá os recursos necessarios para 
investir e garantir sua autossuficiência finanecira. 
 
 
2.3 PLANO DE INVESTIMENTO 
 
 
Ao investir, não é preciso ser um expert para obter vantagens em 
oportunidades reais. Mas para investir com confiança, rentabilidade, sucesso e 
consistência e ser capaz de ter vantagens nas oportunidades, primeiro o investidor 
precisa se certificar se todas as suas necessidades financeiras e responsabilidades 
estão reunidas. 
 Segundo Cerbasi (2005) comece com a seguinte orientação: reserve 
suficientes quantias para casos de emergência, certifique-se que você está 
completamente seguro, saia das dívidas e mantenha-se assim, determine seu plano 
de tempo e comece a investir com metas. 
Inúmeras são as questões para se planejar adequadamente os investimentos 
financeiros e para isso, se faz necessário uma correta adequação do planejamento 
 13 
financeiro, pois será através desta ferramenta que o investidor poderá visualizar o 
quanto ele poderá investir e assim, planejar os seus investimentos. Zaremba (2007), 
estabelece que um plano de investimento nada mais é do que um esforço 
consciente e ordenado de aplicar seu dinheiro. 
Frankenberg (1999) nos diz que um plano financeiro pessoal é seguir uma 
estratégia de investimento para se acumular bens e valores para a formação do 
patrimônio pessoal e familiar e que, independentemente do prazo, não é algo 
simples de se executar. 
Zaremba (2007, p. 39) reafirma: 
 
Para que um plano de investimento tenha sucesso é preciso que seus 
objetivos estejam claros e que conheça bem a própria personalidade. Além 
disso, por definição, o sucesso na área de investimentos é uma tarefa que 
requer tempo para amadurecer. Porém se o investidor for daqueles que 
esperam resultados rápidos, talvez não seja o caso de montar qualquer 
plano de investimento duradouro. Em muitos momentos, investir é um jogo 
de espera, no qual é preciso mais paciência do que dinheiro para ter 
sucesso. 
 
Conforme o Guia de Orientação e Defesa do Investidor CVM (2004), 
importante assegurar o bem-estar financeiro de sua família e, para isso, não é 
preciso ser um expert em investimentos, bastando apenas começar a investir sem 
preocupação quanto à quantia inicial. 
Frankenberg (1999) afirma que o plano financeiro não é um conceito rígido 
e inflexível. É possível se estabelecer as próprias regras do planejamento as quais, 
uma vez estabelecidas, devem ser mantidas, lutando-se com determinação para 
alcançá-las. 
Antônio (2007, p.32) enumera em dez o número de mandamentos para 
sucesso financeiro: 
 
1. Trabalhar, trabalhar e trabalhar. 
2. Economizar, economizar e economizar. 
3. Pensar como rico. 
4. Não desprezar nenhum centavo. 
5. Amar o dinheiro e respeitá-lo (ele não aceita desaforo). 
6. Escolher uma pessoa rica e tê-la como referencial (Quando estiver 
desanimado, lembre-se dele). 
7. Não reclamar de dificuldades nem da crise (Crise, somos nós que a 
fazemos). 
8. Não escolher o serviço. Fazer todos. 
9. Não invejar os ricos, tornar-se um deles. 
10. Não reclamar do Governo. Governo é você. 
 
 14 
De acordo com o Guia de Orientação e Defesa do Investidor CVM (2004), 
“está comprovado que as pessoas, até mesmo aquelas com poucos recursos, 
quando se empenham nessa jornada, alcançam a segurança financeira almejada”. 
Frankenberg (1999, p.31) define: 
 
Tranqüilidade econômico-financeira como uma expressão bastante 
subjetiva, que traduz o estado de satisfação de uma pessoa ao alcançar um 
objetivo por ela mesmo definido como o montante suficiente para manter um 
determinado padrão de vida. Conceitos como riqueza, conforto, qualidade 
de vida, bem-estar, sucesso, renda, fortuna, etc, definem exatamente a 
mesma idéia. Conscientemente, o indivíduo estabelece uma linha de 
conduta, o que amplia bastante suas possibilidades de concretizar esse 
sonho. 
A ajuda de profissionais competentes e escolhidos criteriosamente, 
como contadores, advogados, gerentes de contas de instituições 
financeiras, planejadores financeiros, pode melhorar muito o desempenhos 
da planificação a longo prazo, pois eles agregam critérios técnicos e 
experiência à perseguição dos objetivos do indivíduo, do casal ou mesmo 
de um grupo familiar. 
 
 
2.3.1 Poupança e Investimentos 
 
 
A conscientização para que se poupe pequena parte dos rendimentos 
mensais e posterior investimentos em produtos do mercado financeiro é o primeiro 
passo para que se possa projetar, no longo prazo, o alcance e a realização das 
necessidades adequadas ao padrão de vida almejado. Macedo Jr. (2007, p. 40) 
expõe: 
 
Depois de fazer o raio X de sua vida financeira, voçê se torna capaz 
de poupar. De certa forma, poupar significa desafiar a morte. Quando você 
deixa de consumir hoje, em função de um consumo posterior, está 
acreditando que viverá até esse determinado momento futuro. 
Ainda assim, fazer sobrar um pouco todo o mês é necessário e 
interessante por diversas razões. Permite que você acumule dinheiro para 
um consumo futuro sem pagar juros e que faça reservas para eventuais 
emergências. Poupando, você terá economias para educação dos filhos, 
aposentadoria, reforma da casa, compra do primeiro imóvel, bem como para 
outros projetos. 
Além disso, guardar parte da renda regularmente é um instrumento 
útil para fazer o dinheiro trabalhar para você, em vez do contrário. Isso 
ocorre porque, ao poupar, você se torna capaz de fazer investimentos e 
usufruir a renda que estes geram. 
Porém, mais importante do que todos os motivos anteriores, a 
formação de uma boa poupança o ajuda a ter tranqüilidade e paz de espírito 
para realmente aproveitar as coisas boas da vida. 
 15 
 
O Guia do Investidor CVM (2004) afirma que, em primeiro lugar, deve-se 
separar parte da renda para uma aplicação e somente fazer despesas e adquirir 
algum passivo após a realização deste investimento. Muitas pessoas acham mais 
fácil fazer este tipo de poupança por meio de débito automático em conta corrente 
do banco, pois, dessa forma, elas nunca são tentadas a gastar seus recursos antes 
de reservarem parte de suas receitasa si próprias. 
Oliveira (1980) afirma que qualquer pessoa sabe o que é poupança e 
investimento e que, para a maioria, poupar é economizar. Já investir é fazer 
aplicação dos recursos em algo que seja lucrativo. Saliente-se que a poupança é um 
ato de abstenção em que o indivíduo deixa de consumir parte de sua renda, criando 
uma expectativa de que esta abstenção reverta no futuro com atribuição de um 
maior valor. E, enquanto a poupança serve a uma fase inicial e atende aos 
imprevistos, o investimento ultrapassa esse limite e sua base é obter um 
crescimento e um maior rendimento. 
 
Investir é aumentar o estoque de riqueza. No entanto, o que é um 
investimento para um indivíduo pode não ser para a comunidade como um 
todo. Se, por exemplo, um indivíduo compra um imóvel, está investindo. 
Para a comunidade não houve investimento mas apenas a transferência de 
propriedade. O estoque de riqueza do indivíduo foi aumentado. Portando, 
para ele houve investimento. O estoque de riqueza da comunidade não foi 
aumentado, logo não houve investimento. (OLIVEIRA, 1980 p. 11) 
 
Em termos mais simples e práticos, admitimos que investir é empregar 
recursos, próprios ou de terceiros, com o objetivo de obter ganhos em determinado 
período. No Guia do Investidor CVM (2004), encontramos a referência que nos diz 
que devemos conhecer a situação financeira pessoal atual e analisá-la. Não 
devemos nunca iniciar uma jornada sem saber exatamente por onde estamos 
começando e obter segurança neste caminho financeiro. 
Oliveira (2007) faz referências para que as pessoas façam a programação 
de seus gastos diários não saindo de casa sem saber realmente a necessidade de 
se adquirir algum bem. Se quisermos economizar, devemos ficar em casa. Macedo 
Jr. (2007, p. 40) menciona que: 
 
Se dinheiro não é sinônimo de felicidade, a falta de dinheiro e as 
dívidas são certamente boa parte do caminho para a infelicidade. Mas tome 
cuidado: poupar é muito bom, porém, poupar demais é ruim. Pior do que não 
 16 
poupar é poupar demais. Quem poupa mais do que precisa está deixando de 
aproveitar a vida e, possivelmente, gerando forte fonte de preocupação para 
o futuro. Além do mais, pode ser que o poupador não viva o suficiente para 
aproveitar suas economias. 
 
No Guia do Investidor CVM (2004), encontram-se as definições de 
poupança e investimento, apresentadas a seguir: 
 
Poupança: Normalmente é a aplicação dos recursos em lugares 
(produtos) seguros que permitam fácil acesso ao seu dinheiro, a qualquer 
momento que precisar. Os principais tipos de produtos de poupanças são 
as cadernetas de poupança e os certificados de depósito bancário. A opção 
por poupar é mais atraente em função da segurança que oferece, mas 
existe um inconveniente para essa segurança e disponibilidade imediata 
(liquidez): os seus recursos recebem um salário baixo (pouco rendimento). 
Investimento: Quando você “investe”, há um risco maior de perder 
seu dinheiro do que quando você “poupa”. Mas, ao mesmo tempo, você tem 
a oportunidade de ganhar mais. Os investidores podem se proteger contra 
esse risco adicional, distribuindo seu dinheiro em vários investimentos 
(diversificação de suas aplicações), de modo que se os seus recursos 
diminuírem em um deles, os outros provavelmente irão compensá-lo acima 
das perdas. Essa estratégia denominada “diversificação”, pode ser 
facilmente resumida como: “não coloque todos os ovos em uma só cesta”. 
[grifos do autor] 
 
O processo de poupança e investimento é a operacionalização dos recursos 
do investidor junto com a instituição administradora, colocando funcionamento as 
decisões adotadas e discutidas se elas são adequadas para que o investimento dos 
recursos poupados seja bem sucedido. Zaremba (2007, p. 38) explica que: 
 
O primeiro item de um plano de investimento é o esforço para poupar, 
devido a uma razão muito simples: você precisa de dinheiro para poder 
investir. Assim, o ato de poupar deve ser considerado um hábito. Trata-se de 
um remédio de ação de longo prazo para sua saúde financeira. 
A capacidade de poupar, contudo, varia de acordo com o nível de 
renda e as necessidades pessoais e familiares de cada um. Essa capacidade 
pode ser avaliada e maximizada com a utilização da ferramenta “orçamento 
doméstico”. Entretanto, um bom alvo é poupar 10% dos seus rendimentos. 
Em outras palavras, não há segredos para se realizar um plano pessoal de 
poupança. As regras desse jogo chamam-se “força de vontade” e “disciplina”. 
Inicialmente, o valor base dos recursos poupados será o principal 
componente de seus ativos. No entanto, depois de alguns anos de 
acumulação, eles passarão a crescer mais em função dos juros e dividendos 
recebidos em suas aplicações e valorização de investimentos em ativos de 
risco no mercado financeiro. [grifos do autor] 
 
O Portal do Investidor (2007) diz que poupar e investir são duas atitudes 
relacionadas. Sem poupança, é muito difícil acumular recursos para realizar 
 17 
investimentos. Por outro lado, um investimento inadequado ao perfil do investidor 
pode resultar em prejuízos e, assim, comprometer os recursos poupados. 
Oliveira (1980) finaliza que, após análise dos conceitos de poupança e 
investimento, resta apenas verificar os fatores que afetam as decisões de poupar e 
investir, sendo possível dizer que aqueles que poupam não são os mesmos que 
aqueles que investem e as decisões sobre poupança se fundamentam em 
considerações distintas daquelas que fundamentam as decisões de investir. 
 
 
2.3.2 Poupar com Sabedoria 
 
 
A poupança com sabedoria deve ser encarada pelo investidor como um meio 
de ser guardar recursos que irão ser utilizados para a aposentadoria na data 
planejada sem depender do sistema público de previdência. Em relação a isso, 
Frankenberg (1990, p.39) menciona que: 
 
Esse pensamento tão antigo quanto profundo, produto da sabedoria 
popular, deveria ser um dos seus lemas da vida. Com ele, você jamais 
cometerá os erros irremediáveis e sempre achará uma solução capaz de 
evitar o desespero em momentos de dificuldade. 
 
Macedo Jr. (2007, p. 41) nos ensina que: 
 
A poupança é a semente de seu trabalho. Quando investe, você está 
plantando seu futuro e construindo sua árvore de dinheiro. Se você adubá-la 
corretamente, poupando de forma sistemática e investindo, poderá ter renda 
para sempre sem depender da venda do seu tempo para ganhar dinheiro. 
Poderá trabalhar e fazer aquilo que realmente o faz feliz. 
 
Oliveira (1980) define que a poupança depende basicamente de três 
fatores: (I) da capacidade de poupar; (II) do desejo de poupar; (III) das 
oportunidades de poupar. A capacidade de poupar diz respeito ao nível de renda de 
quem está poupando. O desejo de poupar são as motivações que o investidor possa 
sentir para poupar e que estimulem o desejo de poupar e as oportunidades de fazê-
lo fazem referência aos instrumentos de captação dos recursos oferecidos. O 
investidor deverá repensar suas prioridades e rever orçamentos para que seus 
recursos poupados se perpetuem, criando o hábito da poupança. Os recursos 
 18 
poupados com sabedoria representam um amanhã para o sucesso e independência 
financeira. 
De acordo com o site Portal do Investidor, poupar exige a avaliação objetiva 
das despesas, a fixação de metas e, principalmente, muita persistência, a fim de 
manter-se economizando pelo tempo necessário até que sejam alcançados os 
objetivos que motivaram a poupança. Salviano (2007) define que: 
 
 Poupar com sabedoria nem sempre significa obter o rendimento 
máximo. A escolha cuidadosa da instituição financeira que vai cuidar de seu 
dinheiro é importante, mesmo que seja preciso perder rendimento para 
garantir a segurança. Estar atento à atuação da instituição financeira - aos 
seus relatórios periódicos e a mudanças na legislação - é parte essencial do 
controle de suas poupanças. É preciso verificar se os juros creditados estão 
dentro do previstonos serviços cobrados pela instituição, analisar e verificar 
constantemente os extratos bancários é uma forma de se ter certeza que não 
está sendo lesado. Falar com seu gerente para ver se existe alguma forma 
de aumentar o rendimento sem incorrer em maior risco é um dever de cada 
poupador. 
 
Quanto mais cedo comecar a poupar, menor deve ser o capital aplicado 
mensalmente para atingir R$ 1.000.000,00 ao 60. O quadro baixo ilustra tal 
afirmação com explemplo citado por Luquet. 
 
Idade Atual Taxa de 8% a.a Taxa de 10% a.a Taxa de 12% a.a 
25 R$ 466,73 R$ 294,22 R$ 183,18 
35 R$ 1.100,12 R$ 810,82 R$ 593,05 
45 R$ 2.962,06 R$ 2.509,76 R$ 2.121,08 
60 R$ 5.551,72 R$ 5.003,41 R$ 4.505,92 
Quadro 1 – Valor a economizar para atingir R$ 1.000.000,00 aos 60 anos 
Fonte: Luquet (2007, p. 19) adaptado pelo autor. 
 
As taxas acima desconsidaram inflação, tributos. Na caderneta de 
poupança, temos taxa de 6% a.a. 
 
 
 19 
2.3.4 GASTAR COM PRUDÊNCIA 
 
 
Para se atingir o objetivo deste subtítulo, o investidor deve considerar seu 
orçamento pessoal elaborado como a principal ferramenta de controle dos seus 
gastos. Frankenberg (1999, p.39) afirma que: 
 
Gastar com prudência significa saber diferenciar o que é essencial do 
que é supérfluo. Avaliar com cuidado se determinado eletrodoméstico, uma 
roupa, um produto alimentício é necessário ou apenas capricho dispensável 
é uma capacidade que nem todos possuem. Quem não sabe fazer isso pode 
se arrepender algumas horas após a compra, mas o estrago estará feito. 
 
Se policiar para não ultrapassar os limites dos próprios ganhos é uma 
grande dificuldade para a maioria das pessoas. As formas de pressão da sociedade 
em que vivemos são enormes, e são poucos os que conseguem resistir a elas. 
Conforme o site Portal do Investidor, “reduzir despesas pode significar desde 
simples cuidados para evitar o desperdício até o esforço, por vezes árduo, no 
sentido de conter gastos”. 
O padrão de vida que o investidor possuía antes da conscientização para a 
sua independência financeira deve ser amplamente analisado, podendo ser 
determinante na contenção de despesas e gastos desnecessários. Segundo Macedo 
Jr. (2007, p.38): 
 
Tome um cuidado especial com os gastos que você faz para gerar 
status. Esta é uma forma de respeito da sociedade para com seus indivíduos. 
Porém, o verdadeiro status advém daquilo que somos e não daquilo que 
temos. Lógico que, se você tem um carro muito caro, um escritório belíssimo 
e se veste com roupas de grife, as pessoas tendem a tratá-lo melhor. Porém, 
tente compreender quais as conseqüências para sua vida em gastar muito 
tempo tentando ganhar dinheiro para comprar esses símbolos exteriores de 
riqueza. 
 
De acordo com o Guia do investidor CVM (2004), se o indivíduo estiver 
gastando toda a sua receita e nunca tiver sobra de recursos para poupar ou investir, 
será preciso encontrar meios de cortar suas despesas. Ao observar onde está 
gastando seus recursos, ele ficará surpreso ao perceber como aqueles pequenos 
gastos diários, que pode deixar de fazer, se acumulam no decorrer de um ano. Essa 
última observação é de extrema importância, pois são nos pequenos gastos que 
 20 
deixamos fortunas de lado, em, talvez, produtos ou serviços que são superficiais e 
não farão sequer falta alguma, o que pode ocasionar um atraso de anos para o 
alcance da independência financeira. 
Como dito anteriormente, assuntos que tratam de conscientização e objetivos 
de um planejamento financeiro pessoal revelam que se deve mudar algumas 
atitudes e adotar outras novas quando se quer mudar a vida financeira para melhor. 
Sendo assim, abaixo segue um quadro para controle de suas despesas mensais de 
uma família com duas pessoas. 
 
Estrutura financeira: 
RECEITAS OUTRAS DESPESAS 
Salário R$ 2.000,00 Cinema / Teatro R$ 80,00 
TOTAL DE RECEITAS R$ 2.000,00 Restaurantes R$ 100,00 
 Vestuário R$ 80,00 
DESPESAS Lazer R$ 100,00 
GASTOS FIXOS Manutenção da casa R$ 70,00 
Luz R$ 60,00 SUBTOTAL R$ 250,00 
Água R$ 40,00 
Telefone R$ 80,00 
Gás R$ 20,00 
Prestação da casa R$ 300,00 
IPTU R$ 20,00 TOTAL DE DESPESAS R$ 1.800,00 
Alimentação R$ 400,00 
Transporte R$ 240,00 
Plano-saúde R$ 90,00 
Previdência R$ 120,00 
SUBTOTAL R$ 1370,00 Saldo para aplicação financeira R$ 200,00 
 
Quadro 2 – Estrutura Financeira 
Fonte: Elaborado pelo autor 
 
 
 21 
2.4 ADOÇÃO DA FILOSOFIA DE INVESTIMENTOS 
 
 
A realidade financeira da maioria das pessoas é demasiadamente difícil de 
se enfrentar por conta de uma constante escassez de recursos. Por isso a 
necessidade de uma filosofia de investimento que invista parte de seus recursos 
para resguardar sua renda futura. Os sonhos deveriam ser transformados em 
objetivos e este é justamente um fato que algumas pessoas jamais tentam realizar. 
Fica difícil torná-los realidade sem determinação e vontade para ultrapassar 
obstáculos que geralmente necessitam de algum investimento financeiro para a 
realização, e é por isso que devemos planejar a situação financeira do amanhã, 
adotando no nosso dia a dia estratégias para o alcance dos objetivos financeiros. 
Salviano (2007) explica que: 
 
Não existe mágica para formar poupança ou patrimônio. Por mais 
pequena que seja sua renda atual, é imprescindível você se disciplinar para 
não gastar tudo o que ganha. É fundamental reservar uma parcela de sua 
renda para formar poupanças e ou investimentos que irão garantir sua 
tranqüilidade financeira almejada em momentos de dificuldades. 
 
Deve-se adotar uma disciplina de investimentos e segui-la firmemente, não 
desviando dos objetivos estabelecidos. 
 
 
2.5 PRODUTOS E SERVIÇOS DAS INSTITUIÇÕES FINANCEIRAS 
 
 
 Os produtos e serviços financeiros são praticamente todos iguais, mudando 
apenas em detalhes, formas de utilização dos produtos. Alguns nomes podem 
mudar, mas, enfim, a essência do produto ou serviço é a mesma. O investidor 
encontrará no mercado financeiro brasileiro ações, fundos de investimentos, 
certificados de depósitos bancários, cadernetas de poupança e outros produtos e 
serviços como em todos os mercados financeiros no exterior. 
 
 22 
2.5.1 Clube de Investimentos 
 
 
 Trata-se de uma modalidade de investimento de aplicação financeira criada 
por um grupo de pessoas que desejam investir em conjunto seus recursos em 
qualquer produto do mercado financeiro estabelecidos no estatuto do clube. 
 Macedo Jr. (2007, p.105), diz que “as pessoas que fazem parte de um clube 
de investimento, terá um incentivo para que sejam feitos investimentos mensais e 
não apenas de uma vez, atingindo melhores resultados e diminuindo os riscos”. 
Cabe ressaltar que todo o Clube de Investimento deve ter no mínimo 51% dos 
montante dos recursos aplicados em ações. Os 49% restantes poderão ser 
investidos em outras modalidades de investimentos. Os participantes podem opinar 
sobre qualquer mudança de regras regidas pelo estatuto do Clube, ocorrendo 
reunião da Assembléia Geral para discussão dos assuntos. Macedo Jr. (2007, 
p.103), expõe as principais vantagens de se participar de um clube de investimento: 
 
O investidor poderá influenciar a gestão da carteira – se o investidor 
optar por um fundo, a participação na gestão dos investimentos será bem 
mais restrita; 
Qualquer pessoal pode aplicar, mesmo que não tenha alto valor de 
recursos. São, no mínimo, três e, no máximo 150 participantes. Quando os 
clubes são criados por pessoas com elo comum como funcionários de uma 
empresa, por exemplo, não é estipulado limite de participantes. 
A carteira é mais flexível e bastante diversificada, podendo ser 
ajustada aseu perfil e ao de seus colegas investidores. 
A taxa de administração é mais baixa porque a estrutura de gestão é 
mais simples que a de um fundo. 
Os custos são menores, pois não há encargos com auditorias e fiscalizações 
da CVM. 
 
Um clube de investimento possui a capacidade de reunir membros, com certo 
grau de afinidade, para que, juntos, aprendam como funciona o mercado de ações, 
de títulos e demais produtos financeiros. A partir do momento em que os 
participantes do clube de investimento começam a trocar ideias entre si, observando 
as mudanças ocorridas no mercado financeiro, entendendo a importância de se 
encarar os investimentos com uma visão de longo prazo, começa-se a se colocar em 
prática a finalidade e objetivo principal de um clube de investimento: a união de 
forças. Juntos, os participantes de um Clube de Investimento terão as mesmas 
condições de comprar ou vender ações, como fazem os grandes investidores. 
 23 
2.6 FUNDOS DE INVESTIMENTOS 
 
 
 Podemos utilizar como exemplo para um melhor entendimento do que são 
fundo de investimentos o de um grupo de pessoas que se reúne e decide comprar 
algo em conjunto, sendo o valor da compra dividido entre os compradores de acordo 
com o capital disponibilizado para a finalização do processo de compra. 
 Santos (1999) explica que os fundos de investimentos podem ser 
administrados por bancos, sociedades de financiamento e de investimento e 
sociedades corretoras de títulos e valores mobiliários. 
 Lima, Galardi e Neubauer (2006, p.101), definem “um fundo de investimento 
sendo um conjunto de investidores que visam um objetivo comum. Evidentemente o 
objetivo do aumento do capital investido”. 
 Podemos também comprar um fundo de investimento como um condomínio. 
Como todo condomínio, a Assembleia de Cotistas é o órgão decisório e a ela cabe 
aprovar o balanço social do fundo bem como definir certas funções administrativas 
que um fundo necessita para ser aprovado pela Comissão de Valores Mobiliários. 
 Macedo Jr. (2007, p.89) explica que: 
 
Existem milhares fundos de investimentos no mercado brasileiro. 
Cada um possui política de investimento e composição de carteira próprias, 
que varias das opções mais conservadoras às mais arrojadas. Os fundos 
podem investir em ações, CBD’s, debêntures, títulos públicos e derivativos. 
O investidor pode escolher o fundo que tenha política de investimento 
adequada a seus objetivos. Mas é indispensável acompanhar os 
investimentos do fundo em tempos em tempos, para avaliar se eles 
continuam atendendo suas necessidades, que podem mudar com o passar 
do tempo. 
 
Lima, Galardi e Neubauer (2006, p.101) afirmam que “melhor rentabilidade, 
acesso aos grandes mercados, falta de tempo por parte dos investidores, diluição 
dos custos são fatores que fazem um investidor aplicar recursos em fundos de 
investimentos”. 
 Cerbasi (2005, p.137) define os prós e contras dos fundos de investimentos: 
 
a) Prós – é uma forma de investir em papéis seguros aos quais uma pessoa 
física de recursos limitados não teria acesso. 
b) Contras – Quando administrados por grandes bancos de varejo (onde a 
maioria possui conta corrente), em geral oferecem baixa rentabilidade e taxas 
de administração abusivas e raramente explicitadas aos clientes. Há casos 
 24 
de taxas de administração que corroem até um terço de toda a rentabilidade 
anual do fundo. Taxas superiores a 1% ao ano devem ser abominadas, pois 
há alternativas bem melhores no mercado. 
 
 
2.6.1 Funcionamento 
 
 
O investidor, ao aplicar os seus recursos financeiros em um fundo de 
investimento, estará adquirindo certa quantidade de cotas2 que representarão o 
patrimônio do fundo de investimento. Lima, Galardi e Neubauer (2006) mencionam 
que: 
 
Ao ingressar em um fundo de investimento, os investidores ficam sujeitos a 
deveres e direitos, que objetivam um tratamento eqüitativo entre todos. Cada 
fundo de investimento tem seu conjunto de direitos e deveres, que devem vir 
expressos nos prospectos e nos regulamentos dos fundos. 
 
 
2.6.2 Custos Cobrados 
 
 
 As taxas que podem ser cobradas pelo administrador do fundo de 
investimento são: a taxa de administração e, em alguns tipos de fundos, a taxa de 
performance. Macedo Jr. (2007) explica que a taxa de administração é um 
percentual fixo, cobrado sobre o patrimônio do fundo. Explica também que “a taxa de 
performance é sobre um referencial e será cobrada quando o gestor do fundo 
ultrapassar uma marca pré-estabelecida para a cobrança desta taxa, sendo cobrada 
pelo percentual de rendimento excedente”. 
 Deve-se avaliar muito bem a taxa cobrada pelos gestores dos fundos de 
investimentos pois, independentemente do ganho (ou perda) que o investidor terá, 
as taxas estarão sendo cobradas. Por isso, a escolha do fundo e da instituição que 
 
2 Quando alguém investe em um fundo está, na realidade, adquirindo uma quantidade de cotas, que 
representam uma parte do patrimônio deste fundo, determinando sua proporção em relação a ele. 
Este fator acabou originando o termo cotista para o investidor do fundo de investimento. Como a cota 
é que irá definir a participação do investidor no fundo, a rentabilidade (%) da cota será igual para todos 
os investidores, independentemente do valor investido. 
 25 
fará a administração é fundamental na hora da escolha deste produto de 
investimento financeiro. 
 
 
2.6.3 Risco em Fundos de Investimentos 
 
 
 É essencial que o investidor em fundos de investimento tenha a exata noção 
dos riscos que está correndo de não obter o que esperava ao investir seus recurso. 
Macedo Jr. (2007, p.) explica que os fundos de investimentos possuem vantagens e 
desvantagens. Quando um investidor resolve delegar suas decisões de 
investimentos a um terceiro, está dando a ele um mandato, ou seja, irá dizer ao 
gestor o que ele pode ou não fazer com seu dinheiro. A CVM e a Anbid3 criam 
classificações-padrão para esses mandatos. Assim, antes de aplicar seus recursos, 
o investidor deve procurar saber se seu gestor pode ou não aplicar em ações, em 
renda fixa ou em outras opções. 
 Quando o investidor for escolher um fundo de investimento, ele não deve 
apenas dar atenção e se impressionar cos resultados passados obtidos pela 
administradora do fundo, pois os ganhos passados não garantem o rendimento 
futuro. É importante fazer a escolha do fundo adequada ao perfil de investidor, saber 
se o fundo possui um histórico consistente de bons ganhos e ler atentamente o 
prospecto do fundo. Com isso, o investidor saberá onde estarão seus recursos e 
decidirá com mais certeza onde irá investir, diminuindo assim seus riscos. 
 
 
 
3 ANBID – Associação Nacional dos Bancos de Investimento é a principal representante das 
instituições que atuam no mercado de capitais brasileiro e tem por objetivo buscar seu fortalecimento 
como instrumento fomentador do desenvolvimento do país. 
 
 26 
2.6.4 Transparência na Gestão do Fundo 
 
 
Nesses tempos em que a governança corporativa4 está avançando nos 
mercados acionários, cabe aqui estabelecer também os mesmos critérios para os 
gestores de fundos de investimento. Infelizmente, a transparência na gestão dos 
fundos de investimentos negociados no mercado brasileiro ainda é negligenciada em 
função de certos argumentos de que a asserção é baseada em conceitos de 
espionagem. A comissão de valores mobiliários (2008) já informa o nivel de risco 
dos fundos de investimento, permitindo que o investidor possa inferir o risco de 
crédito que ele corre ao adquirir cotas desse fundo. 
 
 
2.6.5 Tipos de Fundos de Investimentos 
 
 
 A Resolução 409 da CVM trouxe alterações significativas nas classificações 
dos fundos. O objetivo da nova classificação é simplificar o processo e tornar claro 
ao investidor o tipo de fundo ao qual está se associando e o tipode risco que pode 
existir. São sete as novas categorias: 
 
 
 
4 Trata-se de um sistema pelo qual as sociedades são dirigidas e monitoradas, envolvendo os 
acionistas e os cotistas, Conselho de Administração, Diretoria, Auditoria Independente e Conselho 
Fiscal. As boas práticas de governança corporativa têm a finalidade de aumentar o valor da sociedade, 
facilitar seu acesso ao capital e contribuir para a sua perenidade. 
 27 
2.6.5.1 Fundo de Certo Prazo 
 
 
Os fundos de investimento dessa categoria possuem a sua carteira de 
investimentos composta por títulos de renda fixa cujo prazo seja inferior a 365 dias, 
possuindo assim um prazo médio da carteira menor. Macedo Jr. (2007, p.93) define: 
 
São considerados os mais conservadores, com cotas menos 
sensíveis às oscilações das taxas de juros. Investem em títulos públicos 
federais ou privados de baixo risco com prazo máximo a decorrer de 375 
dias. O prazo médio da carteira é de, no máximo, 60 dias. Podem ser títulos 
de renda fixa, pós ou pré-fixados, e geralmente sua rentabilidade está 
atrelada à taxa de juros usada nas operações entre os bancos, o CDI5. 
 
 
2.6.5.2 Fundos Referenciados 
 
 
 Os fundos de investimentos dessa categoria têm por objetivo de rentabilidade 
proporcionar uma rentabilidade atrelada a um indexador financeiro e a sua carteira 
de investimento deverá ser composta (95%) por títulos de renda fixa que tenham 
rentabilidade atrelada a esse indicador financeiro. Macedo Jr. (2007, p.94) define: 
 
 
Os mais conhecidos são os referenciados DI, que acompanham a 
variação diária das taxas Selic e CDI e se beneficiam em um cenário de alta 
de juros. Esses fundos investem, no mínimo 80% em títulos públicos 
federaisou em títulos de renda fixa privados de baixo risco. No mínimo, 95% 
de sua carteira é composta por ativos que acompanham a variação de seu 
indicador de desempenho. 
 
 
 
5 De forma a garantir uma distribuição de recursos que atenda ao fluxo de recursos demandados pelas 
instituições, foi criado, em meados da década de 1980, o CDI. Os Certificados de Depósito 
Interbancário são os títulos de emissão das instituições financeiras que lastreiam as operações do 
mercado interbancário. Suas características são idênticas às de um CDB, mas sua negociação é 
restrita ao mercado interbancário. Sua função é, portanto, de transferir recursos de uma instituição 
financeira para outra. Em outras palavras, para que o sistema seja mais fluido, quem tem dinheiro 
sobrando empresta para quem não tem. 
 28 
2.6.5.3 Fundos de Renda Fixa 
 
 
 Cerbasi (2007, p.136) conceitua como um “fundo no qual participantes 
compram as cotas de uma instituição com base em títulos emitidos pelo governo, 
características de CDB e taxas preestabelecidas”. Lima, Galardi e Neubauer (2006, 
p.117) dizem que: 
 
Neste tipo de fundo, é exigido que, no mínimo 80% da carteira esteja 
relacionada diretamente (através de títulos de renda fixa públicos e/ou 
privados) ou através de derivativos, à variação da taxa de juros doméstica ou 
de índice de inflação, ou ambos. 
Estes fundos poderão ser de curto ou longo prazos (neste último 
caso, quando o prazo médio de sua carteira for superior a 365 dias). Se o 
fundo for considerado de longo prazo, não poderá ser utilizada a cota de 
aventura. 
 
Uma vantagem, mas na qual o investidor deverá prestar bastante atenção, é 
que, neste tipo de fundo, a instituição administradora não poderá cobrar a taxa de 
performance, somente a de administração. Este item é de grande importância na 
escolha para destinação dos recursos, pois a taxa de administração pode ser mais 
elevada, fazendo com que os gestores das entidades prefiram a participação dos 
investidores neste tipo de fundo de investimento. 
 
 
2.6.5.4 Fundos Cambiais 
 
 
 Os fundos dessa categoria têm a sua carteira de investimentos composta por 
(80%) títulos de renda fixa que tenham como objetivo de rentabilidade proporcionar 
a variação de preços de uma determinada moeda estrangeira. Macedo Jr. (2007, p. 
94) afirma: 
 
Esses fundos mantêm, no mínimo, 80% do seu patrimônio investido 
em ativos que sejam relacionados à variação de preços de uma moeda 
estrangeira ou a uma taxa de juros (cupom cambial). Os mais conhecidos 
são os fundos Cambiais Dólar, que seguem a variação da cotação da moeda 
norte-americana. Como estão sujeitos aos custos de taxa de administração, 
Imposto de Renda e variação da taxa de juro, esses fundos não refletem 
exatamente a cotação da moeda estrangeira em questão. 
 29 
Cerbasi (2005, p.139), conceitua: “são fundos que pagam seus juros em 
dólar. Possui baixos juros, perdendo para as demais aplicações, porém quando o 
dólar sobe, o investidor recebe os juros mais a variação cambial”. É um tipo de fundo 
que possui seus riscos vinculados à desvalorização da moeda estrangeira. 
 
 
2.6.5.5 Fundo de Ações 
 
 
 Cerbasi (2005) diz que estes são fundos que possuem ações e tentam 
acompanhar o desempenho das principais ações do mercado ou de um segmento 
específico, como, por exemplo, o setor das empresas de energia elétrica. Os fundos 
dessa categoria têm a sua carteira de investimentos composta por 67% (no mínimo) 
em ações de empresas negociadas em Bolsa de Valores. Lima, Galardi e Neubauer 
(2006, p.117) dizem: 
 
Neste tipo de fundo, é exigido que no mínimo 67% da carteira de 
ações seja admitida para negociação no mercado a vista em bolsa de valores 
ou balcão organizado. É indicado aos investidores que não necessitam de 
liquidez imediata e toleram volatilidade. 
 
Macedo Jr. (2007) conceitua que são indicados para longo prazo. Possuem 
as oscilações do preço dos papéis que compõem sua carteira. Existem muitas 
instituições que possuem este tipo de fundo, com isso, muitos gestores com 
diferentes filosofias de investimentos os administram e uma grande diferença na 
composição da carteira do fundo faz com que eles tenham muitas diferenças que 
devem ser adequadas ao risco que o investidor está disposto a enfrentar. 
 Enquanto nos fundos de renda fixa a principal atenção deve estar voltada 
para a taxa de administração cobrada, no caso dos fundos de ações a questão é 
outra. É preciso avaliar a capacidade de gestão. Muito se diz no mercado financeiro 
que os resultados passados não refletem os resultados futuros, mas este é um fator 
que se deve levar em consideração antes do desprendimento dos recursos. 
Zaremba (2007, p.114) afirma que: 
 
 
 30 
A qualidade da gestão se reflete na escolha das empresas que farão parte do 
fundo e no giro dado à carteira. Fundos que se propõem a replicar o 
resultado do Ibovespa6 não precisam de capacidade de gestão alguma. 
Basta compor uma carteira que “imite”, da forma mais próxima possível, a 
composição do índice. No caso desses fundos, a taxa de administração 
deveria ser sempre bem baixa porque não é necessário remunerar talentos 
para reproduzir um dado índice. 
 
Cerbasi (2005, p.141) define elementos positivos e negativos neste tipo de 
investimento: 
 
a) Prós – São a forma mais simples de negociar ações, exigindo mais o 
entendimento de como se comportam a economia e o mercado do que o 
conhecimento das empresas em si. 
b) Contras – Taxas de administração, exposição a riscos econômicos e 
políticos e grande instabilidade de comportamento, o que exige muita 
experiência dos investidores. 
 
 
2.6.5.6 Fundos de Dívida Externa 
 
 
 Os fundos desta categoria têm a sua carteira de investimento composta por 
(80%) por títulos emitidos pelo governo brasileiro negociado no mercado 
internacional. Macedo Jr. (2007) afirma que tais fundos possuem, no mínimo, 80% 
de seu patrimônio em títulos brasileiros negociados no exterior. Os 20% restantes 
podem ser aplicados em outros títulos de crédito transacionados no mercado 
internacional. Lima, Galardi e Neubauer (2006, p.118) consideram “osfundos de 
dívida externa, um fundo de alto risco”. 
 
 
6 É o valor atual, em moeda corrente, de uma carteira teórica de ações constituída em 02/01/1968 
(valor-base: 100 pontos), a partir de uma aplicação hipotética*. Supõe-se não ter sido efetuado 
nenhum investimento adicional desde então, considerando-se somente os ajustes efetuados em 
decorrência da distribuição de proventos pelas empresas emissoras (tais como reinversão de 
dividendos recebidos e do valor apurado com a venda de direitos de subscrição, e manutenção em 
carteira das ações recebidas em bonificação). Dessa forma, o índice reflete não apenas as variações 
dos preços das ações, mas também o impacto da distribuição dos proventos, sendo considerado um 
indicador que avalia o retorno total de suas ações componentes. 
 31 
2.6.5.7 Fundos Multimercados 
 
 
São fundos de nível de risco médio ou alto, que investem em diversas classes 
de ativos (renda fixa, ações, câmbio, índices de preço e derivativos), podendo ou 
não ter alavancagem7. Seu objetivo é a busca de retorno no longo prazo, através de 
deslocamentos táticos entre as diversas classes de ativos. Os Fundos 
Multimercados não possuem intervalos de alocação predeterminados, ou seja, um 
fundo multimercado poderá estar aplicado em 30% em renda variável em um dia e 
zerar totalmente a posição no dia seguinte. Lima, Galardi e Neubauer (2006, p.118) 
conceituam: 
 
Seu objetivo é formar um mix de ativos e benchmarks, mediante 
estratégia de investimento diversificada, sem a necessidade de concentração 
em qualquer um deles. Em sua carteira, podem existir títulos de renda fixa e 
ações. Quanto maior for a quantidade de ações, maior será a volatividade. É 
considerados um fundo de médio risco, e as instituições financeiras o 
recomendam ao investidor que não necessita de liquidez imediata. 
 
Zaremba (2007) define que os multimercados possuem grande importância e 
crescimento, atrelado aos novos produtos e grande quantidade de gestores 
especializados nesses fundos. 
 Os fundos dessa categoria obtêm a sua rentabilidade fundamentalmente a 
partir de operações de derivativos financeiros. Os derivativos financeiros são 
contratos que visam a simular um conjunto de operações de modo a permitir que o 
gestor do fundo possa alavancar o patrimônio do fundo em uma determinada 
estratégia de investimento. Zaremba (2007, p.88) diz que: 
 
 
O objetivo básico de tais fundos é superar o rendimento da taxa selic por 
meio de operações de arbitragem nos mercados de juros, câmbio e ações. O 
 
7 A Alavancagem define o grau de utilização dos recursos de terceiros para aumentar as 
possibilidades de lucro, mas também aumenta o grau de risco da operação. No caso de uma empresa, 
quanto maior for seu grau de endividamento, maior será sua alavancagem (podendo ser positiva ou 
negativa em termos de resultados). No caso do mercado de fundos, trata-se de fazer um investimento 
maior que o patrimônio do fundo. Um exemplo é comprar um lote de ações pagando somente parte de 
seu valor nos mercados de opções, a termo e futuro. Se ocorrer uma variação desses papéis, o 
investidor é extremamente beneficiado, pois a quantia inicialmente investida é reduzida, e seu retorno 
é bem mais acentuado. O inverso é verdadeiro: se ocorrer uma desvalorização desses papéis, o valor 
das opções compradas será drasticamente reduzido. 
 32 
fundo terá sua posição principal em títulos governamentais e fará posições 
de arbitragem ou direcionais sempre que o gestor julgar existir margem para 
ganho a um nível de risco aceitável. 
 
 
2.7 INVESTIMENTOS EM RENDA FIXA 
 
 
 Os investimentos em renda fixa são caracterizados de fixos, pois, no 
momento da aplicação dos recursos, o investidor já pode dimensionar seus ganhos 
futuros. São aplicações financeiras estáveis e, por isso, são considerados 
investimentos conservadores e de menor risco. Castro (1979, p. 92) diz que “são 
aqueles que contêm um componente de remuneração periódica determinada 
contratualmente”. 
 Pinheiro (2007) menciona que ao se efetuar um investimento em renda fixa, o 
investidor estará adquirindo um título de dívida. Trata-se um contrato por meio do 
qual o investidor fará um empréstimo em dinheiro ao emissor do papel que, em 
troca, lhe paga quantias fixas a intervalos regulares, que são o pagamento de juros, 
até uma data específica, a data do vencimento do papel, quando então é feito um 
pagamento final, o resgate do título. Podemos ainda definir os investimentos em 
renda fixa como um tipo de rendimento obtido por um investimento em títulos do 
mercado financeiro. 
 
 
2.7.1 Caderneta de Poupança 
 
 
 É a modalidade de investimento que possui a maior tradição e a mais 
conservadora do mercado. Permite ao investidor aplicar pequenas somas com 
rendimentos a cada 30 dias. Macedo Jr. (2007, p.112) afirma que “é a forma de 
investimento mais conservadora e com a mais baixa rentabilidade ao longo de sua 
história. Rende apenas cerca de 0,5% ao mês mais TR8”. 
 
8 Sigla para Taxa Referencial de Juros. A TR foi criada no Plano Collor II com a intenção de ser uma 
taxa básica referencial dos juros a serem praticados no mês. Em 1990, foi usada como índice 
econômico de correção monetária, o que gerou protestos e ações na Justiça. Durante a fase mais 
aguda da Inflação Brasileira, havia ainda a TRD – Taxa Referencial Diária. 
http://pt.wikipedia.org/wiki/Plano_Collor
http://pt.wikipedia.org/wiki/Justi%C3%A7a
 33 
 Fortuna (2002) diz que este é um investimento que tem tradição pela sua 
facilidade de investimento. É possível efetuar aplicações de pequenos valores e se 
conseguir uma rentabilidade após a data de aniversário (mensal) da aplicação. 
Mesmo com uma baixa taxa de rentabilidade mensal, a caderneta de poupança é 
um investimento muito procurado, sendo uma forma encontrada para a proteção ou 
para reservas de capital. Cerbasi (2005, p.135), define algumas características da 
caderneta de poupança: 
 
• Qual seu risco? Ao contrário do que muitos pensam, a poupança tem 
algum risco. Se o banco em que você tem poupança quebrar, há um 
fundo criado pelos bancos que serve como uma espécie de seguro e 
devolve até 20 mil reais a correntista prejudicado. 
• Prós: é o único investimento sobre o qual não incide Imposto de 
Renda, possui baixo risco, a taxa é igual em todos os bancos e é de 
conhecimento público. 
• Contras: oferece baixa rentabilidade, perdendo para a maioria das 
aplicações de baixo risco do mercado. 
 
Zaremba (2007) salienta que o investidor que optar pela caderneta de 
poupança terá garantia e comodidade, lembrando que risco menor e pouco trabalho, 
significam normalmente ganhos inferiores. Fortuna (2002, p.252), afirma que “os 
bancos, em função da concorrência, vêm criando alternativas e facilidades para a 
poupança, que viabilizem um aumento da liquidez e facilidade de movimentação das 
cadernetas”. 
 
 
2.7.2 Títulos Públicos 
 
 
São papéis emitidos pelos poderes públicos federais, estaduais ou 
municipais. Um dos principais objetivos dessa emissão é os governos poderem 
financiar as suas dívidas, pagando remuneração com taxas prefixadas ou pós-
fixadas. As instituições financeiras interessadas compram esses títulos, 
emprestando recursos aos governos e colocam esses papéis nas carteiras dos 
fundos de investimento, remunerando o investidor. Os riscos dos títulos públicos é o 
risco dos governos não honrarem os compromissos assumidos. 
 
 
 34 
2.7.2.1 Tesouro Direto 
 
 
 Tesouro Direto ou Títulos Públicos são papéis emitidos pelos poderes 
públicos federais, estaduais ou municipais. Um dos principais objetivos dessa 
emissão é os governos poderem financiar as suas dívidas, pagando remuneração 
com taxas prefixadas9 ou pós-fixadas10. Macedo Jr. (2007, p.114) define o seguinte: 
 
Tesouro Diretoé um programa de venda de títulos públicos a pessoas 
físicas via Internet, desenvolvido pelo Tesouro Nacional em parceria com a 
Companhia Brasileira de Liquidação e Custódia. Comprando esses “papéis”, 
o governo passa a ser seu devedor e se compromete a pagar o empréstimo 
mais os juros decorrentes dele na chamada data de vencimento ou resgate 
do título. Essa é uma forma de a União regular a oferta de moeda no 
mercado e também de conseguir recursos para financiar atividades do 
governo federal, como educação, saúde e infra-estrutura. 
 
Zaremba (2007) explica que o Tesouro Direto está disponível para os 
investimentos de qualquer pessoa física ou jurídica. Está ao alcance da maioria dos 
investidores por oferecer aplicação a partir de R$ 200,00. 
 Esta modalidade de investimento pode ser uma ótima escolha de curto, médio 
ou longo prazo devido ao seu baixo custo, boa rentabilidade e pela sua liquidez que 
é quase imediata. Se o investidor necessitar fazer o resgate dos seus títulos 
públicos, poderá fazer a qualquer tempo pelo seu valor de mercado, uma vez que o 
Tesouro Nacional garante a recompra de seu título. 
 Macedo Jr. (2007, p.114-115) enumera sete vantagens do Tesouro Direto: 
 
Baixo Custo – Alguns títulos custam menos de R$ 1 mil. Mas o valor mínimo 
que você precisa desembolsar para investir no Tesouro Direto é inferior a 
R$ 200,00, porque você pode adquirir apenas uma fração de, no mínimo, 
20% do preço total de um título. 
Liquidez do investimento – O resgate dos títulos é feito automaticamente na 
data do vencimento, mas estes podem ser colocados à venda antes, pelo 
preço de mercado. 
Rentabilidade elevada – Os rendimentos são superiores aos das demais 
aplicações financeiras equivalentes disponíveis no mercado. 
Segurança – O risco que de a União não pague os títulos é muito baixo, ou 
seja, esse investimento é 100% garantido pelo governo federal. 
 
9 Taxa pré-fixada não possui variação ou correção, ou seja, o valor da parcela permanece inalterada 
do início ao fim e já está tudo definido. 
10 Taxa pós-fixada, trata-se de possíveis correções de inflação que recairão sobre as parcelas 
advindas. Quer dizer refazer acordo. Normalmente se refaz um contrato em alguma clausula, podendo 
ser de juros ou prazos estendidos para facilitar o pagamento ou recebimento. 
 35 
Opções de investimento – Cinco tipos de títulos, com taxas pré ou pós-
fixadas e datas de vencimento a curto, médio e longo prazos. 
Diferencial – Reduzidas taxas de administração e de custódia e Imposto de 
Renda cobrado somente no momento da venda, vencimento do título ou dos 
pagamentos dos juros intermediários. 
Comodidade e fácil acesso – Tudo realizado com segurança via Internet. 
 
Existem muitas vantagens de se efetuar investimento no tesouro direto. É 
uma transação bastante simples que deverá fazer parte da carteira de investimento 
dentro de um organizado planejamento financeiro. 
 
 
2.7.2.2 Como Escolher um Título 
 
 
 Para saber qual título público o investidor fará seu investimento, ele deverá 
analisar os títulos divididos entre os pré-fixados (rentabilidade definida no momento 
da compra) e os pós-fixados (rentabilidade definida no vencimento). Entre os pré-
fixados, uma boa alternativa é a compra de LTN – Letras do Tesouro Nacional, e 
entre os pós-fixados encontramos como uma boa opção de investimentos é a LFT – 
Letras Financeiras do Tesouro. 
 
 
2.7.3 LTN 
 
 
 Lima, Galardi e Neubauer (2006) conceituam a LTN como um título emitido 
pelo Tesouro Nacional para cobertura do déficit orçamentário, antecipar receitas e 
atender determinações legais. Como a taxa que o investidor receberá no vencimento 
já é definida no momento da compra do título, a LTN se torna um bom investimento 
para as economias do investidor que possui um objetivo concreto próximo. 
Fortuna (2002, p. 69) diz que “é um título prefixado sem fator de remuneração 
e os juros a serem pagos estão implícitos no deságio do título quando de sua 
emissão e pagos quando de seu resgate pelo valor nominal ou de face”. 
Macedo Jr. (2007, p. 119) explica o seguinte: 
 
 36 
As LTN são lançadas sempre tendo R$ 1 mil como valor de 
face, que é o valor que o Tesouro pagará por esse título em data 
futura. Então se comprar uma LTN 010109 saberá que, no dia 1º de 
janeiro de 2009, receberá do Tesouro Nacional o valor de R$ 1 mil. 
 
O valor da compra do Título desembolsado pelo investidor será menor que R$ 
1 mil para que o investidor receba a taxa de juros da operação. 
 Lima, Galardi e Neubauer (2006) afirmam que a LTN possui atualização de 
seu preço de mercado, a data do vencimento é definida na compra do título e o 
investidor receberá o valor pré-definido somente no vencimento. Além da segurança 
e liquidez total, garantidas pelo Governo, as LTN são consideradas disponíveis no 
balanço das empresas. 
 
 
2.7.4. LFT 
 
 
 Lima, Galardi e Neubauer (2006) conceituam a LFT como um título emitido 
pelo Tesouro Nacional para cobertura do déficit orçamentário, antecipação de 
receitas e atender determinações legais. O rendimento da LFT é determinado de 
acordo com a taxa acumulada no período no mercado SELIC. Já o resgate é 
definido pelo valor nominal, acrescido do respectivo rendimento, desde a data-base 
do título. Macedo Jr. (2007, p.122) define que: 
 
Esses títulos são uma boa opção para investidores 
conservadores, que não toleram aplicações que variam muito. Se 
você pretende comprar a casa própria, por exemplo, e não quer sofrer 
com flutuações no valor de suas economias, esses títulos são a 
melhor alternativa de investimento. 
 
Fortuna (2002) diz que a LFT é emitida em oferta pública, leilões ou 
diretamente pelos investidores. 
 
 
2.7.5 Certificado de Depósito Bancário – CDB 
 
 
 
 Os CDBs são uma das principais alternativas de investimento no mercado 
brasileiro. Os CDBs são títulos emitidos por bancos, que podem ser vistos como um 
 37 
depósito bancário, já que ao comprar o CDB você na verdade está emprestando o 
dinheiro para o banco, e recebendo em troca o pagamento de juros. Lima, Galardi e 
Neubauer (2006) definem CDB como um dos principais instrumentos de captação de 
recursos pelas instituições financeiras e repassados aos clientes da instituição 
através de empréstimos bancários. 
 Macedo Jr. (2007, p.129) conceitua: 
 
Os Certificados de Depósito Bancários (CDB) são títulos 
emitidos pelos bancos, que pagam taxas de juros no vencimento. 
Comprar o CDB é como se você estivesse emprestando dinheiro ao 
banco. O banco paga determinada taxa de juros para você e usa esse 
dinheiro para conceder empréstimos para outras pessoas, cobrando 
delas uma taxa de juros maior. A taxa de juros pode ser pré ou pós-
fixada. 
 
Zaremba (2007) explica que CDB é uma aplicação para médios e grandes 
investidores, pois estes poderão conseguir uma taxa mais alta que o pequeno 
investidor devido ao montante aplicado. Assim, o investidor deve pesquisar e 
negociar taxas com as instituições financeiras, pois, nos casos em que se consegue 
a taxa plena de uma CDB, ele terá um rendimento financeiro maior que os fundos de 
investimentos fixos, já que não haverá a taxa de administração. 
 
 
2.7.5.1 Riscos de Investimentos 
 
 
 Ao aplicar seu dinheiro em um CDB, o maior risco é de que o banco que 
emitiu o CDB fique inadimplente, ou seja, que o banco quebre antes de pagar seus 
clientes. Lima, Galardi e Neubauer (2006, p.137-138) definem três riscos deste 
produto financeiro: 
 
• Risco de Crédito: ocorre quando se contrata um CDB com 
uma instituição financeira que entra em liquidação 
extrajudicial, não conseguindo, dessa forma, honrar o título, 
Este risco é minimizado através da proteção do Fundo 
Garantidor de Crédito, que garante até R$ 20.000,00. 
• Risco de Mercado: mudanças nas taxas de juros, o que pode 
ser minimizado através da possibilidade de resgate 
antecipado. 
• Risco deLiquidez: conforme mencionado, é um título que 
prevê transferência de titularidade, é negociável e pode ser 
resgatado antecipadamente em certas modalidades. 
Portanto, seu risco de liquidez é bastante reduzido. 
 38 
 No vencimento do CDB, você recebe um crédito automático em sua conta 
corrente, já descontado o pagamento de imposto de renda sobre o rendimento bruto 
do CDB no período. 
 
 
2.7.6 Debêntures 
 
 
 São títulos emitidos por empresas de capital aberto e geralmente são 
destinados ao financiamento de projetos de investimentos da sociedade. Lima, 
Galardi e Neubauer (2006) conceituam debêntures como sendo papéis de médio e 
longo prazo que conferem ao seu detentor (debenturista) um direito de crédito contra 
a empresa. 
 Fortuna (2002, p. 254) afirma que “elas garantem ao comprador uma 
remuneração certa num prazo certo, não dando, como rege, o direito de participação 
nos bens ou lucros da empresa”. Macedo Jr. (2007, p.131) define: 
 
Quando empresas precisam tomar empréstimos no mercado, 
emitem esses títulos de renda fixa. Se você compra debêntures, está 
emprestando dinheiro para a empresa que as emitiu. As companhias 
podem fazer lançamentos de debêntures de forma particular ou 
pública. O prazo de vencimento e a remuneração são 
preestabelecidos e os ativos da empresa que emitiu os títulos podem 
ser dados como garantia. 
 
Quando se adquire debêntures, o investidor estará adquirindo uma dívida da 
empresa; por isso, deve escolher bem a empresa deste investimento para que não 
corra o risco da empresa não cumprir sua dívida. Se a escolha dos títulos for de 
grandes empresas que possuem suas ações com grandes volumes de negócios na 
Bolsa de Valores de São Paulo, isso dificilmente irá acontecer, fazendo com que o 
investidor tenha um menor risco nesta aplicação. 
Zaremba (2007) diz que é um ativo sofisticado e possui muito mais variáveis a 
serem consideradas pelo investidor, fazendo parte também de um bom produto de 
poupança. 
 
 
 39 
2.7.6.1 Tipos de Debêntures 
 
 
 Zaremba (2007, p.84) evidencia os dois tipos de debêntures: 
 
a) Simples – a dívida por elas representadas é resgatável 
exclusivamente em dinheiro. 
b) Conversíveis em ações – são resgatáveis em dinheiro ou, à 
opção do debenturista, conversíveis em ações da sociedade 
emitente. No caso desse tipo de debêntures, são estabelecidas, 
além das condições de remuneração e resgate, os termos para a 
conversão em ações. 
 
 
2.8 INVESTIMENTOS EM RENDA VARIÁVEL 
 
 Muitos pontos devem ser considerados quando o investidor decide optar 
pelos investimentos em renda variável, e o principal deles é que, para isso, o 
investidor deve estar plenamente capacitado a este tipo de investimento, pois estará 
mais sujeito às oscilações de mercado, investindo com suas decisões. 
 
 
2.8.1 Tipos de Investidores 
 
 
 O investimento em ações é um investimento de longo prazo. Porém, podemos 
encontrar diversos tipos de investidores que atuam de maneiras diferentes no 
mercado de ações. Zaremba (2007, p.127) descreve alguns deles: 
 
a) os especuladores – giram muito suas carteiras, procurando maximizar 
seus ganhos mediante uma série de operações de compra e venda 
distintas; 
b) os com visão de longo prazo – que aplicam recursos com objetivo de 
valorização ao longo do tempo e fazem suas compras de acordo com 
análises fundamentalistas baseadas na projeção de resultados futuros das 
empresas das quais pretendem se tornar sócios; 
c) os afoitos – que compram e vendem com base em dicas ou 
acontecimentos específicos; 
d) os adeptos exclusivos da análise gráfica – que tomam suas decisões 
apenas considerando os gráficos do comportamento das diversas ações 
oferecidas no mercado; 
e) os temporários – que apenas procuram o mercado quando está em claro 
processo de alta. 
 40 
Macedo Jr. (2007) define apenas dois tipos de negociantes na Bolsa: 
especuladores – é aquele que compra e vende para lucrar no curto prazo, e os 
investidores – é aquele que compra a ação e quer o que a empresa tem a lhe dar. 
Com esta definição, podemos complementar que os especuladores pensam 
somente em obter lucros com as ações e seu valor no mercado e os investidores 
querem que as empresas lucrem para que o capital nelas investido cresça no 
mesmo sentido. 
Zaremba (2007, p. 128) diz que: 
 
Investimento em ações é um investimento de longo prazo. Tenha isso 
sempre em mente. No entanto, se você gosta de especular, tudo bem, isso 
também faz parte do jogo, mas saiba que correrá sempre um risco maior de 
perder dinheiro. Sugiro concentrar 90% dos recursos em ações de 
empresas sólidas e bem geridas, e deixar o tempo fazer o resto. Os outros 
10% podem ser dedicados a sua “necessidade” de dominar o mercado. 
 
 
2.8.2 O que são ações 
 
 
 Ações é um pedaço de uma empresa. Quando o investidor coloca seus 
recursos em ações, ele estará se tornando um sócio da empresa, pois terá uma 
parte dela em seu nome. Macedo Jr. (2007) define que para uma empresa crescer, 
ela abre o seu capital, oferecendo suas ações no mercado, adquirindo mais sócios e 
com isso, conseguindo mais recursos para investimentos. 
 Assaf Neto (2001) diz que ações constituem-se em títulos da menor fração do 
capital social de uma empresa (sociedade anônima, sociedade por ações ou 
companhia). O acionista não é um credor da companhia, mas um co-proprietário e 
sócio da entidade, com direito a participação em seus resultados. Uma ação de uma 
empresa não possui prazo de resgate, podendo ser convertida em dinheiro a 
qualquer momento, colocando-a em uma negociação no mercado. O investidor 
pode, sempre que desejar, alterar sua participação acionária, desfazendo-se de 
títulos possuídos ou mesmo vendendo as ações de uma empresa e adquirindo 
outras. 
 Cerbasi (2005, p.140) conceitua: 
 
 41 
Participações nos resultados da empresa, que distribuem dividendos 
(partes de seus resultados) quando ocorrem lucros. No instável mercado 
brasileiro, muitas vezes se negociam ações muito mais pelo potencial de 
valorização de seu preço no mercado do que pelo próprio dividendo. 
 
 
2.8.2.1 Tipos de Ações 
 
 
 As ações são classificadas basicamente em dois tipos: ordinárias e 
preferenciais. 
 
 
2.8.2.1.1 Ordinárias 
 
 
 Lima, Galardi e Neubauer (2006) definem as ações ordinárias como a ação 
que dá direito a voto nas Assembleias, voto que terá valor de acordo com a 
quantidade de ações de posse do investidor. 
 Assaf Neto (2001) define que são as ações que possuem direito a voto em 
assembleias de acionistas das empresas. Os acionistas ordinários podem eleger e 
destituir os membros da diretoria e do Conselho Fiscal da companhia; decidir sobre 
o destino dos lucros; reformar o estatuto social; autorizar emissões de debêntures a 
aumentos de capital social, votar contas patrimoniais, etc. 
 
 
2.8.2.1.2 Preferenciais 
 
 
Assaf Neto (2001) diz que prioridade no recebimento de dividendos e 
prioridade no reembolso do capital investido na sociedade no caso de sua falência 
são características das ações preferenciais. Lima, Galardi e Neubauer (2006, p.125) 
conceituam: 
 
É a ação que tem preferência na distribuição dos lucros e no 
reembolso do capital, no caso de liquidação da sociedade. Os acionistas 
detentores deste tipo de ação normalmente recebem um percentual superior 
de remuneração em relação às ações ordinárias, mas não tem direito a 
 42 
voto. Caso a empresa, durante três anos consecutivos, não distribua 
dividendos por qualquer motivo, as ações preferenciais passam a ter direito 
a voto. 
 
 
2.8.3 Primeiros Passos 
 
 
 Investimento em ações é algo bastante simples. No entanto, o investidor deve 
aprender como avaliar os valores fundamentais e os financeiros de uma empresa e 
investir de acordo com suas convicções. Macedo Jr. (2007) enumera estratégias 
mais recomendadas para um investidor: 
 
a) Investir regularmente; 
b) reinvestir todos os lucros e dividendos; 
c) escolher

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