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3 Aulão Spaece 2016

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2016
Coordenação Pedagógica
Janielle Morais
III Aulão Spaece
D(4) Interpretar textos não verbais e textos que articulam elementos verbais e não verbais.
Disponível em: <http://universomutum.blogspot.com/html>. Acesso em: 20 jun. 2009. (P050409A9_SUP)
CREDO, MUTUM, MEU FILHO!
COMO PODE SER TÃO DISTRAÍDO
E NÃO VER O QUE ESTÁ BEM
À FRENTE DO SEU NARIZ?
NÃO SEI A QUEM
VOCÊ PUXOU, VIU?
AI!
(P050409A9) A expressão do menino, no último quadrinho, indica que ele está
A) assustado, porque o pai ia cair no precipício.
B) chateado, porque o pai chamou a sua atenção.
C) preocupado com o que o pai lhe disse.
D) sentindo dor por causa da batida forte.
Caso de recenseamento
O agente do recenseamento vai bater na casa de subúrbio longínquo, aonde nunca
chegam as notícias.
– Não quero comprar nada.
– Eu não vim vender, minha senhora. Estou fazendo o censo da população e lhe peço o
favor de me ajudar.
– Ah moço, não estou em condições de ajudar ninguém. Tomara eu que Deus me ajude.
Com licença, sim?
E fecha-lhe a porta.
Ele bate de novo.
– O senhor, outra vez?! Não lhe disse que não adianta pedir auxílio?
– A senhora não me entendeu bem, desculpe. Desejo que me auxilie mas é a encher esse
papel. Não vai pagar nada, não vou tomar nada. Basta responder a umas perguntinhas.
– Não vou responder a perguntinha nenhuma, estou muito ocupada, até logo!
A porta é fechada de novo, de novo o agente obstinado tenta restabelecer o diálogo.
– Sabe de uma coisa? Dê o fora depressa antes que eu chame meu marido!
– Chame sim, minha senhora, eu me explico com ele.
(Só Deus sabe o que irá acontecer. Mas o rapaz tem uma ideia na cabeça: é preciso preencher
o questionário, é preciso preencher o questionário, é preciso preencher o questionário).
– Que é que há? – resmunga o marido, sonolento, descalço e sem camisa, puxado pela mulher.
– É esse camelô aí que não quer deixar a gente sossegada!
– Não sou camelô, meu amigo, sou agente do censo...
– Agente coisa nenhuma, eles inventam uma besteira qualquer, depois empurram a
mercadoria! A gente não pode comprar mais nada este mês, Ediraldo! 
[...]
ANDRADE, Carlos Drummond. Caso de recenseamento. In: Para gostar de ler. v. 2. Crônicas. São Paulo: Ática, 1995. p. 30-31. (P090022B1_SUP)
02. (P090023B1) Ao final desse texto, percebe-se que a dona da casa
A) desconhecia o que era censo.
B) detestava ver estranhos à porta.
C) evitava receber visitar conhecidas.
D) tinha muito medo do marido.
D2 – Inferir informação em texto verbal.
Cegonha “míope” vê cara-metade e choca-se com painel publicitário
Da AFP
Em Varsóvia (Polônia)
Uma cegonha “míope”, que parecia estar desesperadamente à procura de um companheiro, chocou-se em pleno voo com um grande painel publicitário onde figurava outra cegonha, ferindo levemente uma das asas, informou nesta quinta-feira o jornal polonês Zycie.
A ave voava majestosamente pelo céu da periferia de Varsóvia, quando acreditou avistar sua “cara-metade” pousada no painel. Mas a realidade era outra...
Um pouco tonta devido ao golpe, a cegonha levantou-se, começou a andar e acabou entrando em uma loja de roupas.
Os funcionários, impressionados, chamaram a guarda municipal, que levou a solitária e romântica ave para o jardim zoológico da capital polonesa.
Disponível em: <http://www.uol.com.br/bichos/notícias/atp>. Acesso em: 1 jan. 2011. (P050341ES_SUP)
03. (P050344ES) Qual é o assunto desse texto?
A) O voo majestoso de uma ave.
B) O acidente com uma cegonha.
C) A publicidade nas grandes cidades.
D) A procura de um amor.
D5 – Identificar o tema ou assunto de um texto.
Vulcões
 
Quando um vulcão entra em erupção, dele sai um material derretido de cor avermelhada. Mas como é que pinta a lava?
A lava vem do magma, que por sua vez vem daquela camada da Terra chamada manto. [...]
No manto, o magma encontra-se em altíssimas temperaturas... O magma contém muitos gases e tem pouca mobilidade. A consistência dele é igual a de um brigadeiro. Quando o magma atinge a superfície, já está mais fluido, que nem um doce de leite que acaba de sair do fogo. Na superfície, os gases do magma escapam para a atmosfera. Podemos dizer então que a lava é o magma sem os gases e sob a pressão do ar atmosférico.
C.H.C. n. 23, SBPC, ago./set. 1991. Fragmento. (P060055B1_SUP)
04. (P060056B1) No trecho “... como é que pinta a lava?”, a palavra destacada significa
A) aparece.
B) colore.
C) derrete.
D) pressiona.
D3 – Inferir o sentido de palavra ou expressão.
A morte da tartaruga
O menininho foi ao quintal e voltou chorando: a tartaruga tinha morrido. A mãe foi ao quintal com ele, mexeu na tartaruga com um pau (tinha nojo daquele bicho) e constatou que a tartaruga tinha morrido mesmo. Diante da confirmação da mãe, o garoto pôs-se a chorar ainda com mais força. A mãe a princípio ficou penalizada, mas logo começou a ficar aborrecida com o choro do menino. “Cuidado, senão você acorda o seu pai”. Mas o menino não se conformava. Pegou a tartaruga no colo e pôs-se a acariciar-lhe o casco duro. A mãe disse que comprava outra, mas ele respondeu que não queria, queria aquela viva! A mãe lhe prometeu um carrinho, um velocípede, lhe prometeu uma surra, mas o pobre menino parecia estar mesmo profundamente abalado com a morte do seu animalzinho de estimação. 
[...] FERNANDES, Millôr. Fábulas Fabulosas. 7ª ed. Rio de Janeiro: Nórdica, 1963. Fragmento. (P090494A9_SUP)
05. (P090494A9) O que motivou a narrativa foi
A) a morte da tartaruga.
 B) a promessa da mãe. 
C) o choro do menininho. 
D) o aborrecimento da mãe.
D11 – Reconhecer os elementos que compõem 
uma narrativa e o conflito gerador.
Caso de recenseamento
O agente do recenseamento vai bater na casa de subúrbio longínquo, aonde nunca chegam as notícias. 
– Não quero comprar nada. 
– Eu não vim vender, minha senhora. Estou fazendo o censo da população e lhe peço o favor de me ajudar.
 – Ah moço, não estou em condições de ajudar ninguém. Tomara eu que Deus me ajude. Com licença, sim?
 E fecha-lhe a porta.
 Ele bate de novo.
 – O senhor, outra vez?! Não lhe disse que não adianta pedir auxílio?
 – A senhora não me entendeu bem, desculpe. Desejo que me auxilie mas é a encher esse papel. Não vai pagar nada, não vou tomar nada. Basta responder a umas perguntinhas.
 – Não vou responder a perguntinha nenhuma, estou muito ocupada, até logo! A porta é fechada de novo, de novo o agente obstinado tenta restabelecer o diálogo.
 – Sabe de uma coisa? Dê o fora depressa antes que eu chame meu marido!
 – Chame sim, minha senhora, eu me explico com ele. (Só Deus sabe o que irá acontecer. Mas o rapaz tem uma ideia na cabeça: é preciso preencher o questionário, é preciso preencher o questionário, é preciso preencher o questionário).
 – Que é que há? – resmunga o marido, sonolento, descalço e sem camisa, puxado pela mulher.
 – É esse camelô aí que não quer deixar a gente sossegada! 
 – Não sou camelô, meu amigo, sou agente do censo... 
– Agente coisa nenhuma, eles inventam uma besteira qualquer, depois empurram a mercadoria! A gente não pode comprar mais nada este mês, Ediraldo!
 [...] ANDRADE, Carlos Drummond. Caso de recenseamento. In: Para gostar de ler. v. 2. Crônicas. São Paulo: Ática, 1995. p. 30-31. (P090022B1_SUP)
06. (P090023B1) Ao final desse texto, percebe-se que a dona da casa 
A) desconhecia o que era censo. 
B) detestava ver estranhos à porta.
C) evitava receber visitas em casa.
D) tinha muito medo do marido.
D8 – Formular hipóteses sobre o conteúdo do texto.
07. (P090022B1) Nesse texto, a repetição da expressão “é preciso preencher o questionário,” (ℓ. 17-18) evidencia que o agente é
 A) grosseiro. 
B) impulsivo. 
C) insistente. 
D) responsável.
D3 – Inferir o sentido de palavra ou expressão.
Qual é a fórmula dos blockbusters?
Uma pessoa pacata tem seu cotidiano modificado, enfrenta novos desafios e sai transformado em alguém mais legal. Soa familiar? Essa é a estrutura narrativa de 9 a cada 10 sucessos de bilheteria. É a jornada do herói, diretamente da mitologia para Hollywood.
 Foi no fim dos anos 80 que um americanochamado Christopher Vogler teve a sacada. Trabalhando como consultor de roteiros para a Disney, ele redigiu um guia prático para que os roteiristas encaixassem personagens e cenas em modelos repetidos nas narrativas mitológicas. Quando a receita deu certo para sucessos como A Bela e a Fera e O Rei Leão, virou padrão da indústria cinematográfica. 
Transformado em guru, Vogler fez do seu guia um livro, A Jornada do Escritor, onde explica melhor o que tem a ver os 12 trabalhos de Hércules e as missões aparentemente impossíveis de Luke Skywalker ou de Rocky Balboa. Sua teoria é um extrato pop do pensamento de Joseph Campbell, estudioso dos padrões que se repetem nos mitos de todas as culturas. Para Campbell e para Vogler, personagens clássicos (o jovem herói, seu mestre, seu inimigo) e situações clássicas (o chamado para a aventura, o grande desafio, a lição mais importante) correspondem a clichês que nossa mente usa para compreender o dia a dia. E dessa familiaridade viria a popularidade dessas histórias.
 Roteiros baseados nessa estrutura já têm meio-jogo ganho, porque refletem questões universais: “viajo de carona pela Europa ou passo minha vida batendo cartão na firma?”, “caso ou compro um abadá pra micareta?”. O medo da morte, por exemplo, é traduzido no roteiro pela fase da “provação suprema”, quando o herói se depara com seu medo mais profundo. E mesmo os 10% de blockbusters que não seguem a fórmula à risca devem a ela. “Até diretores como Tarantino e Scorsese seguem essa fórmula para alcançar sucesso de bilheteria”, aponta Sérgio Alpendre, crítico de cinema da Folha e da revista eletrônica Contracampo. “Mas, no caso deles, há sempre uma modificação na dosagem de ingredientes e temperos, para que os filmes também provoquem uma reflexão.” 
SANTOS, Alexandre Carvalho dos. Superinteressante, 274 ed., jan. 2010, p. 36. (P090260B1_SUP) 
OBS.: O termo “blockbuster”, hoje, tem conotações positivas, indicando grande sucesso, especialmente para filmes, livros ou shows, mas a sua origem não é nada agradável. O próprio nome, traduzido ao pé da letra, “blockbuster”, “arrasa-quarteirão”, dá um indício. Durante a Segunda Guerra Mundial, as bombas pesadas com explosivos de alta potência, capazes de destruir um quarteirão inteiro, eram chamadas de “blockbusters”. (http://www.teclasap.com.br)
08. (P090263B1) No título desse texto, a opção pelo uso de um estrangeirismo gera
 
A) curiosidade. 
B) distanciamento. 
C) embaraço. 
D) requinte.
D8 – Formular hipóteses sobre o conteúdo do texto.
09. (P090262B1) No trecho “... ele redigiu um guia prático para que os roteiristas encaixassem personagens...” ( . 5-6), a expressão destacada expressa 
A) consequência. 
B) finalidade. 
C) proporção. 
D) tempo.
 
D19 – Reconhecer o efeito de sentido decorrente da 
escolha de palavras, frases ou expressões.
10. (P090043A8) O que torna esse texto engraçado é que Gabi 
A) acha que a mãe está brincando. 
B) confundiu o que a mãe disse. 
C) gosta de plantar bananeira. 
D) resolveu desafiar a sua mãe.
D22 – Reconhecer efeitos de humor e ironia.
Os namorados
Um pião e uma bola estavam numa gaveta em meio a um monte de brinquedos. Um dia o pião disse para a bola:
 – Devíamos namorar, afinal, ficamos lado a lado na mesma gaveta. Mas a bola, que era feita de marroquim, achava que era uma jovem dama muito refinada e nem se dignou a responder à proposta do pião. 
No dia seguinte, o menino, a quem todos esses brinquedos pertenciam, pintou o pião de vermelho e branco e pregou uma tachinha de bronze no meio dele. Ficava maravilhoso ao rodar. 
– Olhe para mim agora! – o pião disse para a bola. – O que você acha, não daríamos um belo casal? Você sabe pular e eu sei dançar! Como iríamos ser felizes juntos!
 – Isso é o que você acha – a bola retrucou – Você por acaso sabia que minha mãe e meu pai eram um par de chinelos marroquim, e que eu tenho cortiça dentro de mim? 
– Mas eu sou de mogno – gabou-se o pião. – E ninguém menos que o próprio prefeito quem me fez, num torno que tem no porão. – E foi um grande prazer para ele. 
– Como vou saber se o que está dizendo é verdade? – perguntou a bola.
 – Que nunca mais me soltem se eu estiver mentindo! – o pião respondeu.
 – Você sabe falar muito bem de si – admitiu a bola. – Mas terei de recusar o convite porque estou quase noiva de uma andorinha. Toda vez que pulo no ar, ele põe sua cabeça para fora do ninho e pergunta “você vai, você vai?”. Embora eu ainda não tenha dito que sim, já pensei nisso; e é praticamente o mesmo que estar noiva. Mas prometo que nunca o esquecerei. 
ANDERSEN, Hans Christian. Os mais belos contos de Andersen. São Paulo: Moderna, 2008, p. 74. Fragmento. (P120142ES_SUP)
11. (P120146ES) Os personagens principais desse texto são o 
A) menino e a andorinha. 
B) menino e a jovem dama. 
C) pião e a bola. 
D) pião e o prefeito. 
E) prefeito e o pião.
D11 – Reconhecer os elementos que compõem 
uma narrativa e o conflito gerador.
12. (P120143ES) No trecho “Embora eu ainda não tenha dito que sim,...” (ℓ. 18-19), o pronome em destaque refere-se
A) ao pião. 
B) à bola. 
C) ao menino. 
D) ao prefeito. 
E) à andorinha.
D14 – Reconhecer as relações entre partes de um
 texto, identificando os recursos coesivos que 
contribuem para sua continuidade.
13. (P120243A9) Há evidências da linguagem informal em:
 A) “E aí, galera?”.
 B) “Quem é você?”. 
C) “A internet é fantástica!”. 
D) “Não falo com estranhos!”. 
E) “Sou seu vizinho há dois anos.”
D23 – Identificar os níveis de linguagem e/ou as marcas
 linguísticas que evidenciam locutor e/ou interlocutor.
Desafio e resposta
“As árvores querem ficar quietas. Mas o vento as balança.” O provérbio chinês sintetiza o desafio enfrentado pelos jornais. Com o avanço da mídia eletrônica, os impressos pareciam resvalar para segundo plano na ordem dos meios de comunicação de massa. A notícia em tempo real foi vista como risco para a informação apurada, escrita com rigor e divulgada com exigências estéticas capazes de atrair o leitor. Não faltou quem anunciasse a morte dos periódicos. O papel não teria condições de competir com a rapidez e facilidades oferecidas pela internet. 
Profecias catastróficas não constituem novidade no mundo cultural. A fotografia mataria a pintura. Não matou. A televisão mataria o rádio. Não matou. O videocassete mataria o cinema. Não matou. O jornal mataria o livro. Não matou. A internet mataria o jornal. Não matou. O tempo se encarregou de provar que os agouros não passavam de vaticínios de Cassandra. A razão: ao contrário da visão míope dos que rejeitam convivências, o novo agrega, não exclui.
 Com a certeza de que as novas mídias ampliam as possibilidades do jornal, o Correio Braziliense promoveu ousada reforma editorial.
 Correio Braziliense, 21 jun. 2009. Fragmento. (P120503A9_SUP)
14. (P120503A9) O trecho em que se destaca a tese do autor é: 
A) “O provérbio chinês sintetiza o desafio enfrentado pelos jornais.”. (ℓ. 1-2) 
B) “A notícia em tempo real foi vista como risco para a informação apurada,...”. (ℓ. 3-4) 
C) “Não faltou quem anunciasse a morte dos periódicos.”. (ℓ. 5-6) 
D) “Profecias catastróficas não constituem novidade no mundo cultural.”. (ℓ. 8) 
E) “... o novo agrega, não exclui.”. (ℓ. 12-13)
D15 – Identificar a tese de um texto.
Clarissa
 [...] – Prrr-pi-pi-pi!
 Clarissa vai dar de comer às galinhas. Com a mão esquerda, segura a ponta do avental, que forma um bojo fofo onde o farelo e os grãos de milho se aninham. 
Tardinha. A sombra da casa vai ao poucos avançando sobre o pátio. O céu empalidece. Com a mão direita, Clarissa lança no ar punhados de milho e farelo, no gesto de quem semeia.
 Num cacarejar miúdo, as galinhas vêm correndo, sacudindo as asas, e começam a dar bicadas a esmo, sôfregas; arranham o chão, comprimem-se, amontoam-se, disputando os grãos. No meio delas, os pintinhos arrepiados e encolhidos piam desconsoladamente, perdidos no aglomerado de penas, bicos e patas.
 – Não se apressem! – grita Clarissa – tem pra todos!
 E cobre o chão de grãos dourados.Ri, com a impressão de que está jogando fora ouro, muito ouro. No fundo do pátio, um peru preto passeia dum lado para outro, lento, indiferente ao espetáculo tumultuoso. Por que será que não vem? Falta de apetite? Ou orgulho? Clarisssa cantarola:
 – P’ru! P’ru! P’ru!
 Solene como um rei, o peru continua imperturbável, enquanto as galinhas disputam o milho a bicadas violentas. Agora um galo de crista escarlate entra no grupo com um tufão, abrindo caminho à força de empurrões.
 – Bruto – pensa Clarissa. – Um homem deve ser delicado com as mulheres...
 Oh! Mas o galo não entende a língua dos homens. E no mundo do galinheiro decerto não há etiqueta.
 Clarissa acocora-se. “Acabou-se o que era doce, quem comeu se arregalou-se.” Agora ela pode olhar tranquilamente toda a bicharia do quintal: já cumpriu a obrigação.
 Que cara engraçada têm as galinhas! Dois olhinhos miúdos como contas, o bico, as penas, os pés. E por que será que chamam pé-de-galinha às rugas que as pessoas que estão envelhecendo têm no canto dos olhos? Por que será também que quando o céu está cheio de nuvens finas, tremidas e compridas, transparentes como um véu, dizem que o céu está cheio de rabos-de-galo? Tudo na vida é tão engraçado...
 [...] VERÍSSIMO, Érico. Clarissa. São Paulo: Globo, 1999. Fragmento. *Adaptado: Reforma Ortográfica. (P110036B1_SUP)
15. (P110038B1) No trecho “... jogando fora ouro, muito ouro.” ( . 11-12), a palavra “ouro” tem o sentido de
 
A) caro. 
B) disputado. 
C) duro. 
D) nutritivo. 
E) raro.
D3 – Inferir o sentido de palavra ou expressão.
As buscas via internet
Estudo realizado pela universidade de Buenos Aires, na Argentina, mostra como os estudantes procuram informações na rede mundial
 A tecnologia está cada vez mais presente na vida de todos. Tanto é assim que pela primeira vez na história o Pisa (sigla em inglês para Programa Internacional de Avaliação Comparada, a famosa prova realizada com jovens de 15 anos pela Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico, a OCDE) vai incluir, neste mês de maio, um teste para ser respondido com o auxílio do computador. As 27 questões serão aplicadas apenas em 17 países (dos quase 60 que fazem o Pisa), justamente para medir a capacidade de encontrar informações e construir conhecimento utilizando a rede mundial. 
No entanto, o uso de computadores na escola ainda não está tão disseminado em nosso país (e em muitos de nossos vizinhos). Pesquisa divulgada no mês passado mostrou que 63% dos estudantes brasileiros dizem que o lugar mais habitual para acessar a internet é a escola. Porém esses mesmos jovens afirmam que metade dos professores não utiliza nem recomenda a rede. E apenas um em cada dez entrevistados aprendeu a usar a ferramenta com um educador. 
GROSSI, Gabriel Pillar. Nova Escola, maio 2009, p. 94. (P120035CE_SUP)
16. (P120035CE) Qual é a principal informação desse texto? 
A) A ajuda de um educador foi fundamental para o aprendizado dos entrevistados. 
B) A capacidade de construir conhecimentos utilizando a rede mundial aumentou.
C) A metade dos professores ignora a utilização da rede para pesquisa. 
D) O acesso à internet pelos estudantes brasileiros é feito, habitualmente, na escola. 
E) O Pisa realizará um teste que será respondido com o auxílio do computador.
D7 – Diferenciar a informação principal das secundárias em um texto.
Texto 1 - São Bernardo I
Sou um homem arrasado. Doença! Não. Gozo perfeita saúde. Quando o Costa Brito, por causa de duzentos mil réis que me queria abafar, vomitou dois artigos, chamou-me doente, aludindo a crimes que me imputam. O Brito da Gazeta era uma besta. Até hoje, graças a Deus, nenhum médico me entrou em casa. Não tenho doença nenhuma. 
O que estou é velho. Cinquenta anos pelo S. Pedro. Cinquenta anos perdidos, cinquenta anos gastos sem objetivo, a maltratar-me e a maltratar os outros. O resultado é que endureci, calejei, e não é um arranhão que penetra esta casca espessa e vem ferir cá dentro a sensibilidade embotada. 
Cinquenta anos! Quantas horas inúteis! Consumir-se em uma pessoa a inteira sem saber para quê! Comer e dormir como um porco! Levantar-se cedo todas as manhãs e sair correndo, procurando comida! E depois guardar comida para os filhos, para os netos, para muitas gerações. Que estupidez! Que porcaria! Não é bom vir o diabo e levar tudo?
 [...] As janelas estão fechadas. Meia-noite. Nenhum rumor na casa deserta. 
Levanto-me, procuro uma vela, que a luz vai apagar-se. Não tenho sono. Deitar-me, rolar no colchão até a madrugada, é uma tortura. Prefiro ficar sentado, concluindo isto. Amanhã não terei com que me entreter.
 RAMOS, Graciliano. São Bernardo. 13. ed. Martins Fontes: São Paulo, 1970. p. 241-246. * Adaptado: Reforma Ortográfica
Texto 2 - São Bernardo II
A leitura de São Bernardo leva o leitor a considerar, de fato, duas faces do narrador do romance: a primeira é a do narrador-fazendeiro, a segunda, a do narrador-escritor. O narrador-fazendeiro é um explorador, que faz de tudo para preservar e ampliar a fazenda São Bernardo. [...] Esse fazendeiro é símbolo do chamado “capitalismo selvagem” – mais do que um indivíduo, ele é a propriedade exploradora voltada exclusivamente para o lucro. Já o narrador-escritor é diferente: tem uma consciência que problematiza a existência do fazendeiro. Este não deixa também de ser uma vítima desse sistema de exploração, embora reconheça que as coisas não poderiam ser diferentes. Como ele próprio diz, no segmento final do romance [...] foi a “profissão”, isto é, o modo de vida de fazendeiro explorador que o fez assim. 
ABDALA JUNIOR, Benjamin. O romance social brasileiro. São Paulo: Scipione, 1993. p. 41. Fragmento. (P120029ES_SUP)
17. (P120029ES) No Texto 1, infere-se que o homem encontra-se 
A) aflito. 
B) apático. 
C) desanimado. 
D) frustrado. 
E) insensível.
D2 – Inferir informação em texto verbal.
Atividade industrial e espaço geográfico 
A indústria moderna consiste numa forma – diferente do artesanato e da manufatura – de transformar matérias-primas em produtos elaborados.
 Em primeiro lugar, na indústria, há uma grande divisão do trabalho e, por conseguinte, a especialização do trabalhador. Já no artesanato, não há nenhuma divisão; na manufatura, uma divisão primária, muito simples. 
Em segundo lugar, na atividade industrial, são as máquinas, em geral funcionando a partir de modernas fontes de energia (calor, eletricidade), que ditam o ritmo do trabalho; no artesanato, há apenas o uso de ferramentas. E, na manufatura, o uso de máquinas simples, mas o ritmo do trabalho ainda depende das mãos do artesão. 
VESENTINI, José William. In: Programa Gestão da Aprendizagem Escolar. Brasília: Ministério da Educação Secretaria da Educação Básica, p. 62, s/d. (P120411B1_SUP)
18. (P120479B1) De acordo com esse texto, uma das características do artesanato é
A) a apresentação uma divisão primária do trabalho. 
B) a transformação matérias-primas em produtos elaborados. 
C) a utilização de máquinas simples. 
D) o ritmo do trabalho conforme a produção manual.
 E) o uso majoritário de ferramentas.
D1 – Localizar informação explícita.
No Brasil, jovens são metade dos desempregados 
DA FOLHA ONLINE 
Os jovens de 15 a 24 anos enfrentam cada vez mais dificuldades para entrar no mercado de trabalho e sofrem mais com o desemprego que o restante da população. 
Em 2005, 49,6% dos desempregados eram jovens, contra participação de 47,6% em 1995, de acordo com estudo divulgado ontem pelo economista Marcio Pochmann, professor da Unicamp, com dados do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). Dos 8,9 milhões de desempregados no país em 2005, 4,4 milhões tinham entre 15 e 24 anos - a população jovem somava 35,1 milhões em 2005. 
A taxa de desemprego subiu mais para as mulheres do que para os homens: 77,3% e 57,7%, respectivamente. 
Fonte: Disponível em: http://www.folha.uol.com.br Acesso em 15/06/2007 
Em “A taxa de desemprego subiu mais para as mulheres do que para os homens: 77,3% e 57,7%, respectivamente”, as palavras destacadasindicam
(A) oposição. 
(B) explicação. 
(C) alternância. 
(D) comparação.

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