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Medidas de compensação a renúncias de receita e ao aumento de despesas obrigatórias de caráter contínuo. Reserva de contingência, cuja forma de utilização e montante, definido com base na receita corrente líquida, serão estabelecidos na Lei de Diretrizes Orçamentárias, destinada ao atendimento de passivos contingentes e outros riscos e eventos fiscais imprevistos. 18 TROCANDO IDEIAS Assim, envolvidos em textos legais, encerramos a nossa aula. Esperamos que muitos dos assuntos abordados já sejam do conhecimento de vocês, afinal, quem está no Curso de Ciências Contábeis não tem como escapar de buscar amparo para as suas atividades empresarias na legislação vigente. Lembrando: elas mudam a todo o instante. Como pretendíamos, realizamos com os conteúdos um paralelo entre a administração empresarial e a administração pública, evidenciando suas nuances, suas características, suas semelhanças e principalmente a diferenças mais sensíveis. Embora a legislação da administração pública pareça um pouco distante, ela nos atinge enquanto “consumidor dos serviços públicos”. Nas próximas aulas, muitos desses assuntos voltarão a ser abordados para que sejam reforçados e também para que possamos entender sua aplicabilidade. E agora, você já pode emitir um parecer sobre as semelhanças e diferenças da administração empresarial e a administração pública? NA PRÁTICA Para refletir, vamos deixar algumas questões para você pensar em como elas podem ser respondidas na prática, afinal, você já é ou deseja ser um gestor: Você sabe quanto sua empresa espera faturar no próximo ano? E nos três próximos anos? Qual sua projeção de custos e quais serão as despesas operacionais? Como vai investir seus lucros? Ou melhor, quanto espera ter de lucro? Vai expandir, adquirir mais maquinário, contratar mais pessoas? E que retorno espera ter com estas ações e investimentos? Todas essas respostas só serão respondidas depois da elaboração de um bom orçamento empresarial. 19 FINALIZANDO Fizemos uma retrospectiva dos conceitos iniciais de projeto de investimento e orçamento empresarial. Analisamos na área pública o que representa o planejamento público: metas na previsão de arrecadação, bem como as metas e previsão das despesas. Em seguida, analisamos a estrutura do projeto empresarial, seu escopo e suas variáveis, e a estrutura do planejamento público, que está centrada no Plano Plurianual (PPA), na Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) e na sua aplicação através da Lei Orçamentária Anual (LOA). Estudamos, ainda, a própria execução orçamentária, em seu conceito de receita × despesa, nos setores empresarial e público. Por último, fizemos um retrospecto da legislação e regulamentação do orçamento público, pois sua aplicabilidade está restrita, exclusivamente, e apenas no que a lei determina. Saiba mais Vamos deixar a seguir um glossário para que possa entender melhor alguns termos utilizados no desenvolvimento dos conteúdos. Glossário Constituição Federal: É a principal lei em vigor no país. A atual foi promulgada em 5 de outubro de 1988. Estabelece as principais bases para a formulação, aprovação e execução dos orçamentos públicos. Contingenciamento: Mecanismo que permite ao Executivo retardar a execução ou não executar despesas previstas no orçamento. Na prática, ele pode tornar sem efeito decisões orçamentárias consolidadas em lei. Despesa: É tudo aquilo que se “despende”, isto é, se gasta. Despesas correntes Gastos feitos para manter as atividades da administração pública, como pessoal, juros da dívida, material de consumo, pagamento de água, luz, energia e qualquer outra despesa que não contribua para ampliar os serviços prestados por um órgão público. 20 Despesas de capital: Despesas com obras, compra de máquinas e equipamentos, aquisição de imóveis, investimentos e outras que contribuam para expandir de alguma forma as atividades prestadas pela administração pública. Empenhar: É o ato por meio do qual um gestor público autoriza a realização de uma despesa prevista no orçamento. Ente da Federação: A União, cada estado, o Distrito Federal e cada município Exercício: Período de execução do orçamento, correspondente a um ano, ou seja, de 1.º de janeiro a 31 de dezembro de cada ano. Gestor Público: Quando se fala de orçamento, considera-se “gestor público” como sendo todo servidor público investido de autoridade para executar despesas. Meta Fiscal: É o resultado financeiro que o governo espera obter depois de somadas as receitas previstas e abatidas as despesas a pagar. Orçamento Efetivo: É o orçamento total constante da Lei Orçamentária Anual menos os valores previstos para refinanciamento da dívida pública. Plano Plurianual (PPA): É uma espécie de síntese de tudo aquilo que a administração pública federal pretende realizar nos próximos quatro anos, incluindo metas para cada área de atuação. Proposto pelo Executivo, entra em vigor após discussão e aprovação no Congresso Nacional. Receita: Conjunto de rendimentos da administração pública. Receita correntes: Aquelas que resultam da tributação ou do próprio exercício da atividade econômica do governo, como as receitas provenientes de impostos, taxas e contribuições, da locação ou venda de patrimônio e da prestação de serviços. Receita Corrente Líquida: Somatório das receitas tributárias, de contribuições, patrimoniais, industriais, agropecuárias, de serviços, de transferências correntes e outras receitas também correntes. A receita corrente líquida será apurada somando-se as receitas arrecadadas no mês em referência e nos onze anteriores, excluídas as duplicidades. Receita de Capital: Aquela que, pelo critério econômico, resulta da transformação de ativos físicos ou financeiros em moeda, ou deriva da contratação de empréstimos ou financiamentos, desdobrando-se em: operações de crédito, alienação de bens, amortização de empréstimos, transferências de capital e outras receitas de capital. 21 Restos a pagar: São as despesas orçamentárias empenhadas mas não pagas até o dia 31 de dezembro. Elas representam obrigações a pagar no exercício seguinte. Risco fiscal: Qualquer fator que pode vir a afetar as contas públicas. Todos os riscos fiscais devem estar explícitos na LDO, que também deve indicar as providências que podem ser tomadas para afastá-los ou enfrentá-los. 22 REFERÊNCIAS BRASIL. Constituição (1988). Diário Oficial da União, Brasília, DF, 5 out. 1988. Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/constituicao.htm >. Acesso em: 11 set. 2017. ______. Lei n.º 4.320, de 17 de março de 1964. Diário Oficial da União, Brasília, DF, 17 mar. 1964. ______. Lei Complementar n.º 101, de 4 de maio de 2000. Diário Oficial da União, Brasília, DF, 5 maio 2000. Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/LCP/Lcp101.htm>. Acesso em: 11 set. 2017. CRUZ, F. da et al. Lei de Responsabilidade Fiscal comentada. São Paulo: Atlas, 2001. MACEDO, J. de J. et al. Análise de projeto e orçamento empresarial. Curiitba: IBPEX, 2013.