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TJ-MA
TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO MARANHÃO
Pós-edital
HISTÓRIA DO MARANHÃO
HISTÓRIA DO MARANHÃO
Livro Eletrônico
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HISTÓRIA DO MARANHÃO
História do Maranhão
Prof. Daniel Vasconcellos
História do Maranhão ................................................................................11
França Equinocial: expedição de Daniel de La Touche ....................................13
Fundação de São Luís ...............................................................................18
Batalha de Guaxenduba.............................................................................19
A invasão Holandesa .................................................................................25
A expulsão dos Holandeses ........................................................................27
O Estado do Maranhão e Grão-Pará: a Revolta de Bequimão – Causas – 
Companhia de Comércio do Maranhão e Grão-Pará – Os objetivos da Revolta ...29
A Revolta de Bequimão (1684) ...................................................................30
Companhia de Comércio do Maranhão e Grão-Pará .......................................35
Período do Império: adesão do Maranhão – A Independência do Brasil – Causas 
da não adesão: a Batalha do Jenipapo .........................................................39
A Batalha de Jenipapo ...............................................................................40
A Balaiada: caracterização e causas do movimento .......................................43
Período Republicano: adesão do Maranhão à República ..................................46
A Revolução de 1930 no Maranhão..............................................................53
O Vitorinismo e a Greve de 1951 ................................................................58
O Vitorinismo ...........................................................................................58
Greve de 1951 .........................................................................................62
Os principais fatos políticos, econômicos e sociais ocorridos no Maranhão na 
segunda metade do século XX ....................................................................63
Política maranhense ..................................................................................63
Economia do Maranhão .............................................................................69
Questões sociais .......................................................................................74
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HISTÓRIA DO MARANHÃO
História do Maranhão
Prof. Daniel Vasconcellos
Cultura....................................................................................................77
Resumo ...................................................................................................84
Questões de Concursos .............................................................................88
Gabarito ................................................................................................ 114
Gabarito Comentado ............................................................................... 115
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HISTÓRIA DO MARANHÃO
História do Maranhão
Prof. Daniel Vasconcellos
Daniel Vasconcellos é Pós-graduado em Docência do Ensino Superior pela Facul-
dade Darwin (2013). Graduado em História pelo Centro Universitário de Patos de 
Minas - UNIPAM (2003). Possui mais de 15 anos de experiência em docência nas 
áreas de História, Filosofia, Sociologia, Geografia e Metodologia Científica, no En-
sino Médio, Superior e em Preparatório para Vestibulares e Concursos. Atua como 
professor concursado da Secretária de Estado da Educação do Distrito Federal.
Apresentação
Olá, querido(a) aluno(a), tudo bem?
O Tribunal de Justiça do Estado do Maranhão (Edital TJ MA) divulgou no 
Diário Oficial do Estado o edital de abertura do concurso para provimento de 63 va-
gas. Trata-se de uma excelente oportunidade para que você consiga a tão sonhada 
aprovação, a estabilidade empregatícia e toda a gama de vantagens que poderá 
valer-se na condição de servidor público. Não é mesmo uma boa notícia?
Nesse sentido, ao elaborar esse material, o objeto primordial é que você alcance 
plenas condições de GABARITAR A PROVA DE HISTÓRIA.
A organização do certame é de responsabilidade do Fundação Carlos Chagas 
(FCC), uma das mais tradicionais do país, o que favorece o melhor entendimento 
de como os conteúdos deverão ser abordados.
Assim, nosso curso será inteiramente focado na FCC. Abordaremos a forma 
como os conteúdos serão cobrados e alguns “macetes” para que você, querido(a) 
aluno(a), consiga resolver com tranquilidade e confiança as questões de His-
tória do Maranhão.
Devemos ressaltar que a FCC é uma banca habitual na elaboração das provas 
de concursos para todo o país, tanto para órgãos públicos, quanto para a iniciativa 
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História do Maranhão
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privada e outras organizações, deixando um vasto banco de dados para estudo. 
Nesse sentido, poderemos analisar, em detalhes, as questões de História do Ma-
ranhão produzidas pela FCC. Além disso utilizaremos questões de outras bancas 
que se assemelham ao “modelo” cobrado na prova, sempre com uma abordagem 
coerente com o conteúdo listado no edital.
Por falar em conteúdo, o edital valoriza, e muito, a tão rica e significativa 
História do Maranhão. Não é para menos. Registros de povoamento na região 
remontam pelo menos 9.000 anos. O Maranhão foi motivo de disputas entre espa-
nhóis, portugueses, holandeses e franceses. Tão importante a ponto de influenciar 
os destinos do país, os destinos de países europeus. Realmente, não é para menos! 
Daí a necessidade de esmiuçarmos temas tão regionais e ao mesmo tempo tão ex-
pressivos para a história do Brasil.
Além disso, você, meu(minha) querido(a) aluno(a), precisa ter como re-
quisito o conhecimento da História da sociedade a qual deverá servir, ze-
lar. Você será membro do Tribunal de Justiça do Estado do Maranhão, Estado da 
Federação que possui uma população com características culturais muito específi-
cas. Como poderá intervir em uma sociedade que você não conhece? Não é apenas 
uma disciplina cobrada para “encher linguiça”, para testar sua alfabetização. É uma 
necessidade lógica muito bem trabalhada na seleção pela FCC.
Assim, é muito importante que você tenha um grande estofo de conhecimento 
sobre a História do Maranhão, conhecimento esse que possibilitará que você te-
nha um alto índice de acertos nas questões ou, melhor ainda, que você gabarite 
a prova e encaminhe com solidez a sua aprovação em um cargo público.
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História do Maranhão
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Para tanto, a base que norteará todo o nosso curso será o diálogo, favorecen-
do uma boa interação entre aluno(a) e professor e a resolução oportuna das 
eventuais e possíveis dúvidas que por ventura surgirem.
Antes, porém, peço licença para uma breve apresentação.
Me chamo Daniel Vasconcellos, sou de Patos de Minas, interior de Minas Gerais. 
Pouco antes de me formar em História, coisa de um ano antes, 2003, comecei a 
trabalhar como professor no ensino médio. Tomei gosto pela coisa. Gosto do que 
faço, amo a docência. Foi muito rápido, quando percebi já atuava em cursinhos 
preparatórios para concursos públicos, vestibulares e no ensino médio da rede par-
ticular no interior de Minas. Passei a ministrar também aulas de Filosofia, Sociologia 
e Geografia. Não faltava trabalho.
Tive a sorte de ser “engolido” pelo sistema particular de ensino e re-
cebia um salário razoável, pelo menos pra quem desejava uma vida pacata no 
interior. Com isso não criei o interesse por concurso público. Era feliz: trabalhava 
com o que gostava, mas... os ventos mudaram. Em 2013, após perder minha maior 
carga horária de trabalho, resolvi ir para Brasília, onde ainda resido.
Entre agosto e dezembro de 2013 tentei os concursos do Ministério do Trabalho, 
Câmara dos Deputados e Secretaria de Educação do Distrito Federal. Fiquei muito 
mal quando não vi meu nome aprovado no concurso da Câmara. Me sentia prepa-
rado, mas não era a minha área. A concorrência era enorme para um salário de R$ 
18.000. Três meses de preparação é muito pouco tempo. Para um concurso deste 
porte eu já deveria estar me preparando. Tudo é planejamento e disciplina.
Mas o negócio é levantar a cabeça, estudar mais e focar no próximo. Em 
dezembro fiz as provas para a Secretaria de Educação, em fevereiro saiu o resulta-
do e em julho já estava fazendo o que gosto de novo! Mas o melhor de tudo: fazen-
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História do Maranhão
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do o que gosto, ganhando bem e com estabilidade!!! A estabilidade é a cereja 
do bolo do serviço público. Não existe mais aquela pressão de todos os finais de 
anos letivos em que ficávamos apreensivos sem saber ao certo se teríamos empre-
go no ano seguinte. Em apenas um ano minha vida deu uma guinada radical e hoje 
só me arrependo de não ter buscado os concursos públicos antes.
Se existe algo que eu possa passar com essa experiência é que não se pode 
perder tempo! Você precisa se dedicar, mas com planejamento, sem de-
sespero. Esse material foi feito com muito carinho para que seu tempo seja otimi-
zado, para que você não perca tempo com o que não tem possibilidade aparecer na 
prova. Vamos ajudá-lo(a) a alcançar seu objetivo, e digo mais, num curto espaço 
de tempo.
Você verá, meu(minha) caro(a) aluno(a) que o sacrifício vale muito! Não 
vá se sentir culpado por não dedicar o tempo que seria justo à sua família e a seus 
amigos. Aquele encontro fica pra depois, e vai ser muito mais prazeroso porque 
carregado da alegria pela conquista do seu esforço!
Então vamos!!! Bora buscar seu cargo! Conte comigo em tudo o que for preciso 
para alcançar seu objetivo.
Muito bem, feitas as apresentações, vamos aos detalhes do concurso e do cur-
so:
Detalhes do Edital:
Concurso: Tribunal de Justiça do Estado do Maranhão (Edital TJ/MA)
Banca organizadora: Fundação Carlos Chagas (FCC)
Cargo(s): Técnico, Analista e Oficial de Justiça
Escolaridade: Nível médio e superior
Inscrições: de 05 de agosto a 28 de agosto de 2019.
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HISTÓRIA DO MARANHÃO
História do Maranhão
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Valor da inscrição: R$ 70,00 ou R$ 100,00
Número de vagas: 63
Remuneração: até R$ 9,1 mil
Data da prova objetiva: 29 de setembro de 2019
Curso: História do Maranhão:
•	 França equinocial: expedição de Daniel de La Touche.
−	 Fundação de São Luís.
−	 Batalha de Guaxenduba.
•	 A invasão holandesa.
−	 Expulsão dos holandeses.
•	 O Estado do Maranhão e Grão-Pará: a Revolta de Bequimão. Causas. Compa-
nhia de Comércio do Maranhão e Grão-Pará. Os objetivos da Revolta
−	 A Revolta de Bequimão.
−	 Companhia de Comércio do Maranhão e Grão-Pará.
•	 Período do Império: adesão do Maranhão. A Independência do Brasil. Causas 
da não adesão: a Batalha do Jenipapo.
−	 A Batalha de Jenipapo
•	 A Balaiada: caracterização e causas do movimento.
•	 Período Republicano: adesão do Maranhão à República.
•	 A Revolução de 1930 no Maranhão.
•	 O Vitorinismo e a Greve de 1951.
•	 Os principais fatos políticos, econômicos e sociais ocorridos no Maranhão na 
segunda metade do século XX.
−	 Política maranhense
−	 Economia do Maranhão
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HISTÓRIA DO MARANHÃO
História do Maranhão
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−	 Questões sociais
−	 Cultura
Metodologia:
A ideia do curso é que você não precise utilizar nenhum outro material 
além deste para se preparar para as questões de História. Cada detalhe do curso 
foi meticulosamente preparado para sanar todas as dúvidas que puderem surgir.
Na parte teórica você encontrará uma narrativa leve e objetiva, com intuito 
de que consiga enxergar, compreender a História do Amapá como um processo. 
Variados exemplos, esquemas e mapas mentais serão utilizados para que 
consiga criar links cognitivos. Você, em curto espaço de tempo, conseguirá ler 
uma alternativa e perceber o seu erro por um pequeno detalhe, saberá identificar 
a única alternativa lógica para o Universo da História do Maranhão.
Ao final de cada aula, os principais pontos dos temas estudados serão reunidos 
em um RESUMO. É ele o responsável para que você não tenha que voltar a ler as 
aulas incontáveis vezes. Esse resumo terá a função de fazer você recordar o que 
fora estudado como uma cadeia códigos que se conecta com sua memória, 
fazendo se lembrar, inclusive, de como o assunto poderá ser cobrado.
Além disso, as questões de História do Maranhão elaboradas pela FCC se-
rão comentadas para que você entenda o “jeito” da banca. Uma lista de exer-
cícios com questões sobre o tema também o(a) ajudará na fixação do conteúdo.
Detalharemos cada fato relevante à compreensão do processo, mas isto só terá 
sentido na medida em que ajudá-lo(a) a resolver as questões, a fazer bem a prova. 
Não vamos perder tempo com detalhes menores já que o objetivo não é que você 
escreva um artigo científico sobre “A Influência da Revolução Científica Moderna 
sobre o Governo de Maurício de Nassau em Pernambuco”.
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HISTÓRIA DO MARANHÃO
História do Maranhão
Prof. Daniel Vasconcellos
Não se preocupe, ao final do curso você estará muito bem preparado para rea-
lizar uma excelente prova.
Suporte
A dúvida é o princípio do conhecimento. Questionar, indagar... é assim que a 
humanidade chegou no atual estágio de desenvolvimento. Por isso, questione. Não 
tenha receio em perguntar.
Caso a dúvida não seja sanada de maneira firme, objetiva, o processo de apren-
dizagem pode ser comprometido. Por isso, não hesite em questionar. Estarei à dis-
posição para sanar quaisquer dúvidas que tiver.
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HISTÓRIA DO MARANHÃO
História do Maranhão
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HISTÓRIA DO MARANHÃO
Querido(a), a história do Maranhão começa com o “descobrimento” das terras 
da nação, em 1500. Na época do Descobrimento do Brasil, o atual Estado do Ma-
ranhão era povoado por diferentes tribos indígenas. Os primeiros habitantes do 
Maranhão faziam parte de dois grupos indígenas: os tupis e os jês.
Os tupis habitavam o litoral. Já os jês habitavam o interior. Os dois povos indí-
genas que pertencem ao grupo tupi são os guajajaras e os urubus. Os guajaja-
ras e os urubus apenas foram pacificados no século XX. Os dois povos indígenas 
do grupo jê são os timbiras e os sacamecras. Diversas tribos do Piauí entraram 
no Maranhão. Isso ocorreu no século XVIII. Naquela época, esses povos indígenas 
piauienses escaparam para evitar que os brancos os caçassem.
Não existem notícias feitas com exatidão a respeito das primeiras expedições 
que começaram a explorar a costa maranhense. Reza a crença que, em 1500, 
o espanhol Vicente Yáñez Pinzón já navegara por toda a costa norte do 
Brasil. A viagem feita por Pinzón na costa norte do Brasil tem origem em Pernam-
buco e destino na foz do rio Amazonas. No meio da viagem, o navegador espanhol 
já atravessou o litoral do Maranhão.
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HISTÓRIA DO MARANHÃO
História do Maranhão
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Figura 1. Mapa Terra Brasilis, 1519, autoria do Português Lopo Homem.
O mapa Terra Brasilis, da imagem acima, é de domínio público. Nele, apare-
cem escritos alguns nomes de acidentes geográficos da costa maranhense. A partir 
de 1524, os franceses começaram a frequentar o litoral do Maranhão. A explicação 
para o motivo dessa frequência é que o litoral do Maranhão foi esquecido pelos 
portugueses. Naquele lugar, os franceses trocavam com os indígenas produtos da 
região por objetos que trouxeram da Europa.
Em 1531, Martim Afonso de Sousa chegou ao Brasil. Esse homem foi o coman-
dante da primeira expedição que começou a colonizar a região. O militar e nobre 
português exigiu que Diogo Leite fosse responsável pela exploração do litoral norte. 
Diogo Leite aproximou-se da foz do rio Gurupi. Atualmente, o rio Gurupi serve de 
divisa entre os Estados do Maranhão e do Pará. A divisa entre os dois atuais esta-
dos brasileiros ficou por muito tempo conhecida como “abra de Diogo Leite”.
Em 1534, quando Dom João III dividiu a Colônia Portuguesa no Brasil 
em Capitanias Hereditárias, os portugueses ainda não chegaram a colonizar o 
Maranhão. Um ano depois, o monarca português concedeu a terra a três fidalgos 
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HISTÓRIA DO MARANHÃO
História do Maranhão
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que eram homens de sua confiança. Foram eles: João de Barros, Fernando Álvares 
de Andrade e Aires da Cunha. Ambos os primeiros idealizaram seu plano para a 
tomada de posse da capitania. Os dois donatários encarregaram sua execução a 
Aires da Cunha.
Aires da Cunha veio ao Brasil, no mesmo ano da doação. Durante a viagem, 
dez veleiros, 900 homens de armas e 130 a cavalo estavam a caminho. Mas a 
frota afundou nas costas maranhenses devido a violento temporal e o capitão 
faleceu, assim como a maior parte dos integrantes. Os sobreviventes fundaram 
um núcleo de povoamento denominado Nazaré e passaram a explorar o terreno 
através dos acidentes geográficos fluviais. Entretanto, os indígenas não lhes favo-
receram essa ocupação. Do núcleo de povoamento, não restou nada. Quando essa 
povoação foi destruída, os portugueses abandonaram-na.
Em 1539, foi a vez de outro fidalgo lusitano denominado Luís de Melo da Sil-
va. Esse homem também teve seu navio afundado no litoral maranhense. Entre-
tanto, retornou para Portugal em 1554. João de Barros, em 1555, mandou seus 
descendentes João e Jerônimo para a donataria. Naquela época, os franceses já 
tinham entrado ali. De acordo com narrativa de Jerônimo dirigida ao monarca por-
tuguês, estiveram na capitania 17 naus de franceses. Os franceses edificaram, 
com materiais de construção da época, casas de pedra e faziam comércio com os 
indígenas.
França Equinocial: expedição de Daniel de La Touche
Caro(a) aluno(a), a França Equinocial representou a segunda tentativa dos fran-
ceses de se fixarem no Brasil, na região maranhense, entre os anos de 1612 a 1615.
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HISTÓRIA DO MARANHÃO
História do Maranhão
Prof. Daniel Vasconcellos
A origem do nome está relacionada com o território de conquista, posto que 
estava próximo da linha do Equador, antes denominada linha Equinocial. Esse 
evento ocorreu após a França Antártica, colônia francesa que durou cerca de quinze 
anos no Rio de Janeiro.
Desde a chegada dos portugueses na América, outros povos europeus vinham 
disputando as terras encontradas com intuito de explorá-las. Nesse ínterim, Portu-
gal, a maior potência marítima europeia dos séculos XV e XVI, disputava territórios 
da América, ao lado da Espanha. Os espanhóis saíram na frente quando Cristóvão 
Colombo alcançou o Caribe em 1492.
Ademais, franceses e holandeses, procuraram se estabelecer na costa da colô-
nia portuguesa na América durante o século XVI e XVII. Diversas foram as tentati-
vas, no entanto, os portugueses defenderam o território combatendo as invasões.
Precisamos lembrar que, num primeiro momento, Portugal não fixou colonos no 
território. A atividade se limitava em comercializar o pau-brasil com os indígenas 
através do escambo. Porém, com o assédio à região, a Coroa portuguesa começou 
a enviar pessoas com o intuito de povoar e estabelecer uma colônia.
Povoar a terra foi uma tática importante encontrada pela Coroa Portuguesa a 
fim de consolidar a presença lusitana no território. Dessa maneira, se evitavam as 
invasões que aumentavam cada vez mais diante da ânsia dos povos europeus pela 
exploração e conquista.
Nesse momento, a França passava por momentos difíceis,com embates entre 
os protestantes e católicos. Assim, os protestantes que estavam sendo perseguidos 
pela Igreja Católica e a coroa francesa, encontraram na América portuguesa um 
reduto mais tranquilo.
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HISTÓRIA DO MARANHÃO
História do Maranhão
Prof. Daniel Vasconcellos
Quando os franceses aqui chegaram, em 1555, se apossaram da cidade do Rio 
de Janeiro e erigiram um forte na Baía de Guanabara, o atual forte Villegagnon.
Estava fundada, assim, a primeira colônia francesa no país: a França Antár-
tica, pelo francês calvinista Nicolas Durand Villegagnon. No contexto em que 
os franceses se apossaram do Rio de Janeiro, esta não passava de uma possessão 
registrada nos mapas luso-espanhóis e fundamentado no Tratado de Tordesilhas 
(1494). A maioria das Capitanias Hereditárias (1534) haviam fracassado pouco 
tempo depois de seus estabelecimentos. O Governo Geral, instaurado nos idos 
de 1549 não dava conta da administração daquelas regiões. O norte era tido como 
verdadeiro sertão (lugar longínquo), onde diferentes nações europeias e indígenas 
empreendiam trocas comerciais em larga escala.
Em 1560, os portugueses se prepararam para expulsar os invasores franceses 
do Rio de Janeiro, com apoio dos índios Tamoios. No entanto, não saíram vitorio-
sos, sendo derrotados durante o governo do terceiro governador geral do Brasil, 
Mem de Sá, em 1567. Os franceses somente foram do Rio de Janeiro em 1570, na 
batalha de Cabo Frio.
Dadas as dificuldades de acesso luso e a facilidade de comércio com os indíge-
nas, os franceses empreenderam o estabelecimento colonial e a posse dos territó-
rios indígenas no Maranhão.
A partir da expulsão do Rio de Janeiro, os franceses resolveram ocupar outra 
parte do território colonial português. Na época, o rei da França era Henrique IV, 
a quem La Touche teria convencido sobre a importância de tomar posse das regiões 
não ocupadas pelos portugueses.
La Touche conhecia bem a região pois, em 1604, havia explorado as costas da 
Guiana com o navegador Jean Mocquet. Porém, Henrique faleceu deixando como 
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sucessor seu filho Luis XIII, ainda criança. A viúva de Henrique, Maria de Médici, 
assumiu a regência e, de religião católica, impediu a expedição pelas diferenças 
religiosas com La Touche, que era calvinista.
Depois de algumas barganhas na corte, tendo angariado fundos com o almiran-
te François de Rossilly, Senhor Almers (líder católico), e o senhor de Sancy, Nicolau 
de Herley, La Touche partiu de Cancale, em Março de 1612, com uma caravela e 
duas naus: “Saint-Anne”, “Régente” e “Charlote”, tripuladas por 500 homens, 
entre eles frades capuchinhos, viajando por cinco meses completos, enfrentando 
os dissabores do mal tempo. Chegou, em setembro do mesmo ano, à “Montanha 
dos Canibais”, um ponto elevado na Ilha Grande, domínio dos Tupinambás.
Com o patrocínio da Coroa Francesa, Daniel de La Touche e Charles des 
Vaux fundaram a França Equinocial, em março de 1612, cuja capital recebeu o 
no de São Luís, em homenagem ao rei e ao santo patrono da França.
Figura 2. Busto de Daniel de La Touche, em frente à Prefeitura de São Luís.
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As trocas voluntárias que já se processavam a mais de um século com os nati-
vos, foi substituída pelo domínio da terra e da mão de obra indígena pelos france-
ses.
As tribos indígenas e os franceses já estavam familiarizados uns com os outros, 
pois navegantes vindos da França já rondavam a região. O próprio La Touche este-
ve por ali duas vezes.
Os indígenas, por sua vez, apelidaram os franceses de papagaios amarelos, 
pois estes eram loiros e tagarelas como as aves. Um Tupinambá chamado de Mom-
boréuaçu chegou à conclusão de que, semelhante aos portugueses, os franceses 
estavam começando a se fixar na terra, desrespeitar os costumes de seu povo e 
ainda querendo-lhes escravizar. Os resultados desse empreendimento arriscado foi 
o despontar de grandes conflitos de caráter local com os grupos indígenas que não 
aceitavam tais medidas.
Apesar de ser de religião calvinista, Daniel de La Touche trazia frades capuchi-
nhos (franciscanos) na sua esquadra que rezaram a primeira missa pela fundação 
da cidade. Em três anos, o território francês se expandiu para os atuais estados do 
Pará, Amapá e Tocantins.
Os portugueses, neste momento, estavam ligados aos espanhóis pela União 
Ibérica. No entanto, não se descuidavam dos negócios da colônia e é preciso lem-
brar que os espanhóis eram históricos inimigos dos franceses.
Assim, em 1615, uma expedição luso-espanhola alcançou São Luís e empre-
endeu o processo de reconquista dos territórios. Liderados por Jerônimo de Al-
buquerque e Alexandre de Moura, os portugueses expulsaram os franceses e 
tomaram o Forte de São Luís. Aliados aos Tupinambás, empreenderam o processo 
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de efetivação de territórios a oeste e fundaram, em 1616, o Forte do Presépio 
que deu origem à cidade de Belém, capital do Pará.
Criaram o Estado do Maranhão, com administração independente do Estado do 
Brasil e estabeleceram uma relação direta com a metrópole que teve fim apenas 
com o processo de Independência do Brasil (1822).
Desse modo, a tentativa francesa de estabelecer aquela colônia contribuiu para 
a criação do Estado do Maranhão, uma outra colônia portuguesa na América, com 
administração e características próprias que a diferenciaram, inclusive em termos 
históricos, da outra colônia portuguesa chamada Estado do Brasil.
Os franceses, contudo, jamais desistiram de fixar uma colônia na América do 
Sul. Finalmente, conseguiram fazê-lo no território que hoje é a Guiana Francesa, 
com a fundação de Caiena em 1637.
Fundação de São Luís
São Luís é a única cidade brasileira fundada por franceses, no dia 8 de setem-
bro de 1612.
Os franceses chegaram ao Maranhão no dia 26 de julho e aportaram numa ilha 
denominada pelos índios de Upaon-mirim, que, na língua indígena, quer dizer “ilha 
pequena”. A ilha de Upaon-mirim não era o ponto final da jornada, lugar desabitado 
e localizado a cerca de doze léguas da Ilha Grande ou Upaon-Açu, como os aborí-
gines chamavam a atual ilha de São Luís.
O senhor Daniel de La Touche enviou uma expedição à ilha Grande sob o co-
mando do senhor Des Vaux, para averiguar como seriam recebidos pelos nativos. 
A recepção foi acolhedora, pois,como vimos, já havia contatos anteriores com os 
nativos.
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A expedição teria partido para a Ilha Grande, onde foi festivamente recebido, 
não só pelos nativos, mas também por alguns náufragos franceses que viviam na 
ilha, entre os quais o capitão Gérard e o compatriota Du Manoir, responsável pela 
recepção grandiosa aos seus patrícios.
Quando a expedição chegou a Upaon-Açu realizaram a celebração da primeira 
missa, em 12 de agosto de 1612. Em seguida, fizeram a busca de um local para a 
construção do forte de “São Luís”. No dia 8 de setembro de 1612 era fundada 
a cidade de São Luís, uma ilha e também capital do Maranhão.
Batalha de Guaxenduba
A Batalha de Guaxenduba foi um confronto militar ocorrido em 19 de novembro 
de 1614, próximo de onde hoje se localiza a cidade de Icatu, no estado do Mara-
nhão, entre forças portuguesas e tabajaras, de um lado, e francesas e tu-
pinambás, de outro. A batalha foi um importante passo dado pelos portugueses 
para a expulsão definitiva dos franceses do Maranhão, a qual viria a ocorrer 
em 4 de novembro de 1615. A expulsão dos franceses possibilitou que grande 
parte da Amazônia passasse para domínio português e, posteriormente, brasileiro.
Ciente da presença dos franceses ao norte da capitania do Maranhão, Gaspar 
de Souza envia tropas de Pernambuco. Em 23 de agosto de 1614, Diogo de 
Campos parte do Recife com 300 homens e, no Rio Grande do Norte, se junta 
a Jerônimo de Albuquerque, que leva consigo um grande contingente de indígenas.
A expedição portuguesa com 500 homens liderados pelo capitão-mor 
Jerônimo de Albuquerque acampa na barra do rio Perejá (Periá) com a intenção 
de buscar um local para edificar uma fortificação, enfrentando falta de alimentos 
e de água de qualidade. Um grupo de 14 exploradores portugueses descobre um 
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local adequado para a construção de um forte, e a expedição novamente zarpa em 
2 de outubro de 1614.
Em 26 de outubro, chegam a uma área chamada de Guaxindubá pelos indíge-
nas, na margem direita da Baía de São José, entre muitas ilhas e canais estreitos. 
Ali, na praia de Guaxenduba, sob a orientação do engenheiro Francisco Frias de 
Mesquita é construída uma fortificação de forma hexagonal à qual é dado o nome 
de Forte de Santa Maria, a cerca de 20 km da atual sede do município de Icatu, 
diante das posições francesas no Forte de São José de Itapari, instalados em 
São José de Ribamar.
Uma vez estabelecidos, os portugueses passam a trabalhar na construção e vi-
gilância do forte e no reconhecimento da região. Num primeiro contato com os por-
tugueses, alguns indígenas da Ilha diziam que a mesma estava cheia de franceses, 
outros, que eles haviam ido embora.
Em 30 de outubro, um grupo de indígenas da ilha matou quatro índias e um ín-
dio que acompanhavam os portugueses, fazendo-os desconfiar dos nativos e acre-
ditar que haviam sido enviados pelos franceses para reconhecer seus navios. Nos 
dias do final de outubro, os portugueses no forte de Santa Maria e na ilha de 
Santana observam o movimento de navios franceses na Baía de São José e o 
desembarque de peças de artilharia.
Em 10 de novembro de 1614, o sargento-mor do Estado, Diogo de Campos, 
após se desentender com Jerônimo de Albuquerque, envia um grupo de marinhei-
ros para defender as embarcações que estavam ancoradas ou encalhadas no estu-
ário, pedindo que ficassem vigilantes.
Na madrugada de 11 de novembro, os franceses, guiados por Monsieur de Pi-
sieu, Monsieur du Prat e François Rasilly, se aproximam dos navios silenciosamen-
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te. Quando percebem o ataque, os marinheiros tocaram as trombetas e alertaram 
os soldados do forte, que disparam a artilharia sem cessar, entretanto, não gerou 
nenhum efeito nos franceses. Os marinheiros abandonam e deixam livres as em-
barcações, das quais três são capturadas pelos franceses: uma caravela, um pata-
cho Abaeté de guerra e um barco que estavam mais afastados da terra.
Na manhã de 19 de novembro de 1614, os soldados portugueses notaram que, 
ao lado do forte de Santa Maria, o mar estava repleto de embarcações a vela e à 
remo se aproximando da costa. Para atacá-los no desembarque, Diogo de Campos 
dirigiu-se à praia com 80 soldados portugueses, mas, percebendo que o número de 
inimigos era muito maior, retrocedeu.
Logo, havia centenas de combatentes na praia. Os franceses dispunham de 200 
soldados, muitos dos quais eram fidalgos, em duas tropas, levando coletes de aço, 
espadas e mosquetes de grande qualidade. Contavam com 50 canoas e 2500 ín-
dios, incluindo 2 mil índios de Tapuitapera (atualmente Alcântara) e 100 índios de 
Cumã (atual Guimarães).
Daniel de la Touche, comandante dos franceses, estava no mar com mais 200 
soldados liderados pelo cavaleiro François Rasilly. Foi iniciada uma longa troca de 
tiros e nesse primeiro encontro, foram mortos um soldado português e dois fran-
ceses.
Os franceses desembarcaram pelo mar. Sob o comando de Monsieur de La Fos-
-Benart, cerca de 400 tupinambás que lutavam pelo lado francês receberam a or-
dem de fortificar o máximo que pudessem seu topo: construíram, ao todo, 7 trin-
cheiras com pedras grandes, fortificando todo o espaço entre a maré e o topo 
do outeiro, de modo que as canoas que chegavam ficavam parcialmente ocultas.
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Por um caminho secreto, Jerônimo de Albuquerque subiu o morro com 75 sol-
dados e 80 arqueiros, enquanto Diogo de Campos atacava os franceses e indígenas 
que desembarcavam. Em terra, saltou de uma canoa com um trombeta (mensagei-
ro), que levava o brasão de armas reais da França e uma carta em francês escrita 
por Daniel de La Touche, a qual dizia que os portugueses deviam se render em 4 
horas ou seriam massacrados. Diogo de Campos percebeu que a carta era uma 
tentativa dos franceses de ganhar tempo e obter informações sobre o estado das 
tropas portuguesas.
A esta altura, o grupo de soldados e arqueiros que acompanhava Jerônimo de 
Albuquerque já havia chegado à primeira trincheira. Os índios que a defendiam 
com os franceses eram uma grande multidão, e neles, os portugueses não perdiam 
um tiro.
Daniel de La Touche observava do mar que o exército francês sofria pesadas 
baixas: em menos de uma hora, a área ao redordo forte de Santa Maria estava 
repleta de mortos franceses e indígenas. Ravardière mandou para próximo da praia 
os navios mais velozes para prevenir maiores danos à sua tropa, mas, sob o bom-
bardeio da artilharia portuguesa, foi forçado a desistir. Havendo os portugueses 
dominado o outeiro fortificado, Diogo de Campos ordena que eles ateiem fogo a 
todas as canoas que estavam abicadas na base do morro.
Com todas as canoas em chamas, os franceses restantes em terra não tiveram 
como fugir e tudo o que puderam fazer foi se recolher na fortificação no topo do 
outeiro. Entre eles estavam Monsieur de la Fos Benart e Monsieur de Canonville. 
Ao final da batalha, próximo ao outeiro, muitos dos soldados portugueses se pu-
nham à frente dos mosquetes dos inimigos, que ainda resistiam. Turcou, que era 
o intérprete dos franceses na comunicação com os índios, foi baleado pelos portu-
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gueses, e com ele, Monsieur de la Fos Benart, líder dos indígenas que lutavam com 
os franceses.
Sem orientação, os índios restantes, mais de 600, começaram a fugir, descendo 
o outeiro e a eles se misturaram os soldados franceses, que não possuíam mais 
pólvora para atirar.
Após a Batalha de Guaxenduba, as tropas francesas restantes no Maranhão es-
tavam recolhidas no Forte de São Louis. Para ganhar tempo, Ravardière propôs 
uma trégua aos portugueses e sua proposta foi aceita, ficando estipulado que um 
oficial português e um francês fossem à França e um oficial português e um fran-
cês fossem a Portugal, para procurar nas cortes desses países uma solução para o 
conflito.
Com o cessar-fogo anunciado, portugueses, franceses e nativos permaneceram 
em paz. Em outubro de 1615, chega ao Maranhão o capitão-mor de Pernambuco, 
Alexandre de Moura, trazendo um reforço de tropas e mantimentos. Por ser de pa-
tente superior, assumiu o comando geral das tropas portuguesas. Sob seu coman-
do, os portugueses violaram o tratado feito com os franceses e intimaram Daniel de 
la Touche a abandonar o Maranhão em 5 meses, comprometendo-se a indenizá-lo.
Como garantia de sua palavra, Ravardière entrega o Forte de Itapari. Três me-
ses depois, chegaram da Europa Diogo de Campos e Martim Soares, trazendo mais 
tropas portuguesas e ordens terminantes da corte para os franceses abandonarem 
definitivamente o Brasil.
Em 1º de novembro de 1615, Alexandre de Moura ordenou que o Forte de São 
Luís fosse cercado e desembarcou suas tropas na ponta de São Francisco.
Em vez de indenizar os franceses, como fora combinado, os portugueses os 
embarcaram de volta para a França em dois navios, apenas com o que lhes era 
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indispensável. Alguns franceses ficaram no Maranhão, como Charles Des Vaux, 
que ajudava na comunicação com os nativos; os que permaneceram eram em sua 
maioria ferreiros.
Em janeiro de 1616, Daniel de La Touche foi levado à força para Pernambuco, 
onde recebeu uma indenização e perdão do governador-geral, para evitar que se 
juntasse a outros corsários franceses e os liderasse novamente. Em 1619, ao exigir 
o aumento da pensão estipulada pela Coroa portuguesa, foi preso em Lisboa, per-
manecendo encarcerado por três anos na Torre de Belém.
No livro “História da Companhia de Jesus na Extinta Província do Maranhão e 
Pará”, de 1759, o padre José de Moraes relata a aparição de Nossa Senhora da 
Vitória entre os batalhões portugueses. É recorrente, na literatura histórica, en-
contrar-se a expressão “Jornada Milagrosa” sobre essa aparição que animou os 
soldados durante todo o tempo da batalha e transformou areia em pólvora e seixos 
em projéteis. Nossa Senhora da Vitória é considerada a padroeira de São Luís e a 
Catedral da Sé da cidade recebe seu nome.
Questão 1 (FCC/PM-MA/SOLDADO/2006) No início do século XVII, os franceses 
tentaram organizar uma colônia no Brasil. Para isso, fundaram a chamada de Fran-
ça Equinocial, no Maranhão. Identifique os fatos históricos associados a essa colo-
nização.
I – Contrariando as determinações do rei francês, Daniel de La Touche autorizou 
a difusão da religião dos protestantes entre os indígenas no Maranhão.
II – Com o objetivo de fixar a colonização no Brasil, os franceses construíram o 
forte que denominaram de São Luís, em homenagem ao rei francês.
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III – Um dos ordenamentos instituídos na França Equinocial era a conversão da 
população ao cristianismo, segundo determinação do rei da França.
IV – Os franceses fundaram a França Equinocial para garantir a posse das terras 
do Maranhão, conforme determinava as normas do Tratado de Tordesilhas.
É correto o que se apresenta APENAS em
a) I e II.
b) I e III.
c) II e III.
d) II e IV.
e) III e IV.
Letra c.
Os franceses se fixaram em São Luís objetivando o acesso ao comércio de produtos 
da região. Para tanto, construíram o forte de São Luís como meio de defesa para 
garantir a posse da terra. Daniel de La Touche recebeu apoio da coroa francesa 
para realizar a incursão ao Maranhão, mas deveria impor o catolicismo aos locais, 
o que torna falsa a afirmativa I. A afirmativa IV também é falsa pois o Tratado de 
Tordesilhas, celebrado entre Espanha e Portugal, garantia as terras do Maranhão 
aos portugueses.
A invasão Holandesa
Querido(a), chamamos Invasões Holandesas as incursões da República das 
Províncias Unidas (Holanda) no Nordeste Brasileiro:
•	 Bahia em 1624
•	 Pernambuco em 1630
•	 Maranhão em 1641
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Os holandeses criaram uma empresa que seria responsável por recuperar o 
comércio do açúcar invadindo o nordeste brasileiro: a Companhia das Índias 
Ocidentais. Após serem derrotados em Salvador, tiveram a sorte de encontrar 
e saquear um navio espanhol carregado de prata sul-americana! Com o capital, 
se prepararam para voltar ao Brasil, agora em Pernambuco, onde conseguiram 
triunfar. Os brasileiros e portugueses até tentaram montar uma resistência, 
no chamado Arraial do Bom Jesus, mas foram traídos por Domingos Calabar e 
caíram diante das tropas holandesas.
Em 1637 a, W.I.C. (Cia. Das Índias Ocidentais) enviou Maurício de Nassau 
para administrar os negócios na Nova Holanda (Pernambuco).
Nassau governou percebendo que teria que atuar de forma pacífica com os se-
nhores de engenho. Ao invés de pressioná-los, proibiua agiotagem praticada por 
agentes holandeses e conseguiu empréstimos para os senhores de engenho. 
Como “mimo” ainda concedeu a liberdade religiosa dos católicos. Ocorre que os 
Holandeses eram calvinistas (religião cristã protestante) e costumavam impor seu 
credo em suas colônias. Ainda promoveu obras de urbanização no Recife.
Era um humanista, influenciado pelo Renascimento Cultural e, por isso, esti-
mulou as ciências e as artes. Construiu um observatório astronômico, criou o 
jardim botânico. Trouxe grandes mestres da pintura flamenga como Albert Eckout e 
Frans Post. Convidou diversos artistas e cientistas para um grande projeto que ele 
mesmo definiu como “exploração profunda e universal da terra”.
Entretanto, esses gastos com a colônia provocaram desavenças com a W.I.C. 
A Cia. Das Índias Ocidentais era uma empresa que visava o lucro maximizado. Foi 
para isso que Nassau foi chamado a governar. Por isso, em maio de 1644 Maurício 
de Nassau retorna a Holanda.
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Os holandeses seriam expulsos de Pernambuco em 1654, quando ocorrera a 
Insurreição Pernambucana (1645-1654)
Em 1641, aportou em São Luís uma esquadra holandesa formada por 18 
embarcações, com mais de mil militares, sob o comando do almirante Jan Cor-
nelizoon Lichtardt e pelo coronel Koin Handerson.
O principal objetivo dos holandeses seria a expansão da indústria açucareira na 
região. Antes da invasão em São Luís, os holandeses já haviam invadido grande 
parte do nordeste brasileiro e tomado outras cidades como Salvador, Recife e Olin-
da.
Os holandeses investiram contra São Luís e amedrontaram os moradores, o que 
fez a cidade ficar deserta. Foi feito prisioneiro o governador da cidade, o fidalgo 
português Bento Maciel Parente, e também foi hasteada a bandeira holandesa. 
A cidade toda foi saqueada, igrejas e cerca de cinco mil arrobas de açúcar foram 
roubados. Isso tudo resultou numa paralisação da economia maranhense. A pro-
dução da capitania era baseada na comercialização de tabaco, cravo, algodão, 
aguardente, açúcar, sal, azeite, couro, farinha de mandioca, baunilha entre outros 
produtos.
A expulsão dos Holandeses
Após a expansão dos holandeses para o interior além da ilha de São Luís, foram 
em busca do controle sobre outros engenhos maranhenses. Os portugueses esta-
vam insatisfeitos, então iniciaram em 1642 os movimentos de revolta e de mobili-
zação para tentar expulsar os holandeses das terras maranhenses. Começou então 
uma guerrilha que durou cerca de três anos e em consequência causou a destruição 
da cidade de São Luís.
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A insurreição começou em 30 de setembro de 1642. Os colonos toma-
ram o Forte do Calvário, localizado na foz do rio Itapicuru, e exterminaram toda a 
guarnição holandesa que ocupava o local. Durante um ano foram travadas batalhas 
entre holandeses e colonos, comandados pelo sargento-mór Antônio Teixeira de 
Melo. Em 28 de fevereiro de 1644, as debilitadas tropas holandesas foram 
obrigadas a fugir do Maranhão, partindo para o Ceará e, em seguida, para 
o Rio Grande do Norte.
Finalmente depois de uma violenta batalha que levou a morte de muitas pesso-
as, em 1644 os holandeses foram expulsos do Maranhão, após ocuparem 
São Luís por 27 meses.
No ano seguinte eclodiu a Insurreição Pernambucana, que contou, em sua etapa 
final, com a aliança entre os moradores de Pernambuco e os portugueses. Depois 
de diversas batalhas, os holandeses foram derrotados em 1654.
Em 1661, na cidade holandesa de Haia, Portugal e Holanda assinaram um acor-
do que estabelecia uma indenização devida aos holandeses pelos investimentos 
feitos no Brasil.
Encerrada a ocupação holandesa no Brasil, restava à colônia a herança dos com-
promissos estabelecidos pela metrópole portuguesa com a Coroa inglesa, outra for-
ma de dominação colonial. Isso porque, tanto na luta contra os holandeses quanto 
nas disputas contra os espanhóis pelo trono, os portugueses contaram com o apoio 
dos ingleses. Em consequência, Portugal e Brasil tornaram-se dependentes 
do capital inglês.
Outra grave consequência da expulsão dos holandeses foi a concorrência 
promovida por eles na produção de açúcar. Utilizando os conhecimentos acu-
mulados no Brasil, passaram a produzir açúcar em suas possessões nas Antilhas 
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com custos mais baixos e melhor qualidade, provocando a decadência da produção 
açucareira no Nordeste do Brasil.
Alguns historiadores afirmam que a expulsão holandesa também contribuiu para 
o surgimento do nativismo pernambucano, já que a província seria o palco de 
boa parte das revoltas posteriores contra a metrópole portuguesa.
O Estado do Maranhão e Grão-Pará: a Revolta de Bequi-
mão – Causas – Companhia de Comércio do Maranhão e 
Grão-Pará – Os objetivos da Revolta
O Estado do Grão-Pará e Maranhão foi uma unidade administrativa portuguesa 
na América do Sul. Criado com a denominação de Estado do Maranhão em 13 de 
junho de 1621, por Filipe II de Portugal (ou Filipe III da Espanha), no Norte da 
América Portuguesa (atual Brasil), e renomeado Estado do Maranhão e Grão-
-Pará em 1654, e Estado do Grão-Pará e Maranhão em 1751, o qual foi dividido 
em 1772.
No seu período áureo, sua extensão territorial abrangia os atuais estados do 
Maranhão, Piauí, Pará, Amazonas, Amapá e Roraima.
Em 1621, é criado o Estado do Grão-Pará e Maranhão (com capital em São 
Luís), separado do estado do Brasil (com capital em Salvador), cuja criação ti-
nha o objetivo de melhorar o contato da região com sua metrópole, além de 
incentivar a coleta das “drogas do sertão”, o cultivo da cana, algodão, café 
e do cacau, além da vinda de colonos.
Em 1637, uma expedição comandada por Pedro Teixeira partiu de Belém até 
chegar a Quito, no Equador. Ao voltar, tomou posse, em nome de Portugal, de todas 
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as terras na margem esquerda do Rio Napo até o Oceano Atlântico, ou seja, quase 
toda a Amazônia.
Nas décadas seguintes, foram explorados os principais afluentes do Amazonas 
devido à procura das chamadas “drogas do sertão”, como a canela, a baunilha, 
o cravo, o urucu e o cacau. Sertanistas, religiosos, tropas de resgate, tropas 
de guerra, contratadas para vencer a resistência dos índios ou escravizá-
-los, subiam e desciam rios, montandofeitorias, explorando a floresta, pescando, 
num esforço que resultaria mais tarde em uma ocupação efetiva da região. Na 
segunda metade do século XVII é criada a Companhia Geral do Comércio do Grão-
-Pará e Maranhão, para fomento da região, com a introdução de escravos negros.
A união com o Maranhão é desfeita em 1774, ao mesmo tempo em que a região 
sofria com uma estagnação da economia local. À época da independência, o Grão-
-Pará é uma das regiões onde há conflito armado contra o domínio português.
A Revolta de Bequimão (1684)
A Revolta de Beckman, também conhecida como Revolta dos Irmãos Beckman 
ou Revolta de Bequimão, ocorreu no Estado do Maranhão, em 1684. É tradicio-
nalmente considerada como um movimento nativista pela historiografia em His-
tória do Brasil.
Como vimos, o Estado do Grão Pará e Maranhão foi criado à época da Dinastia 
Filipina, em 1621, compreendendo os atuais territórios do Maranhão, Ceará, Piauí, 
Pará e Amazonas. Essa região subordinava-se, desse modo, diretamente à Coroa 
Portuguesa. Entre as suas atividades econômicas destacavam-se a lavoura de cana 
e a produção de açúcar, o cultivo de tabaco, a pecuária (para exportação de couros) 
e a coleta de cacau. A maior parte da população vivia em condições de extrema 
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pobreza, sobrevivendo da coleta, da pesca e praticando uma agricultura de subsis-
tência.
Rebeliões Nativistas: são rebeliões entre colonos ou em defesa do interesse das 
elites coloniais.
•	 Revolta dos Beckman de 1684;
•	 A Guerra dos Emboabas de 1708 e 1709;
•	 A Revolta de Felipe dos Santos de 1720;
•	 A Guerra dos Mascates. 1710 e 1711.
Rebeliões Separatistas: visam a independência em relação a Portugal.
•	 Inconfidência Mineira 1789;
•	 Conjuração Baiana 1798;
•	 Insurreição Pernambucana de 1817. (A Insurreição Pernambucana 1645-
1654 é a que expulsou os holandeses.)
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Desde meados do século XVII, o Estado do Maranhão enfrentava séria crise 
econômica, pois desde a expulsão dos Holandeses da Região Nordeste do 
Brasil, a empresa açucareira regional não tinha condições de arcar com os 
altos custos de importação de escravos africanos.
Neste contexto, teve importância a ação do padre Antônio Vieira (1608-1697) 
que, na década de 1650, como Superior das Missões Jesuíticas no Estado do 
Maranhão, implantou as bases da ação missionária na região: pregação, batismo 
e educação, nos moldes da cultura portuguesa e das regras estabelecidas pelo Con-
cílio de Trento (1545-1563).
Posteriormente, pela lei de 1º de abril de 1680 a Coroa determinava a abo-
lição da escravidão indígena, sem qualquer exceção, delimitando, mais adiante, 
as respectivas áreas de atuação das diversas ordens religiosas.
Para contornar a questão de mão de obra, os senhores de engenho locais or-
ganizaram tropas para invadir os aldeamentos organizados pelos Jesuítas 
e capturar indígenas como escravos. Estes indígenas, evangelizados, constitu-
íam a mão de obra utilizada pelos religiosos na atividade de coleta das chamadas 
drogas do sertão. Diante das agressões, a Companhia de Jesus recorreu à Coroa, 
que interveio e proibiu a escravização do indígena, uma vez que esta não trazia 
lucros para a Metrópole.
Para solucionar esta questão, a Coroa instituiu a Companhia do Comércio do 
Maranhão (1682), em moldes semelhantes ao da Companhia Geral do Comércio 
do Brasil (1649). Pelo Regimento, a nova Companhia deteria o estanco (monopó-
lio) de todo o comércio do Maranhão por um período de vinte anos, com a obriga-
ção de introduzir dez mil escravos africanos (à razão de quinhentas peças por 
ano), comercializando-os a prazo, a preços tabelados.
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Além do fornecimento destes escravos, deveria fornecer tecidos manufaturados 
e outros gêneros europeus necessários à população local, como por exemplo o ba-
calhau, os vinhos, e a farinha de trigo. Em contrapartida, deveria enviar anualmen-
te a Lisboa pelo menos um navio do Maranhão e outro do Grão-Pará, com produtos 
locais. O cacau, a baunilha, o pau-cravo e o tabaco, produzidos na região, seriam 
vendidos exclusivamente à Companhia, por preços tabelados.
Para obtenção da farinha de mandioca necessária à alimentação dos africanos 
escravizados, era permitido à Companhia recorrer à mão de obra indígena, remu-
nerando-a de acordo com a legislação em vigor. Graças à intercessão do Governa-
dor Francisco de Sá de Meneses, apenas os jesuítas e franciscanos ficaram livres do 
monopólio exercido pela Companhia.
Sem conseguir cumprir adequadamente os compromissos, a operação da Com-
panhia agravou a crise econômica e fez crescer o descontentamento na região:
•	 os comerciantes locais sentiam-se prejudicados pelo monopólio da Compa-
nhia;
•	 os grandes proprietários rurais entendiam que os preços oferecidos pelos 
seus produtos eram insuficientes;
•	 os apresadores de indígenas, contrariados em seus interesses, reclamavam 
da aplicação das leis que proibiam a escravidão dos nativos;
•	 a população em geral, protestava contra a irregularidade do abastecimento 
dos gêneros e os elevados preços dos produtos.
A Companhia passou a ser objeto de acusações de não fornecer anual-
mente o número de escravos estipulado pelo Regimento, de usar pesos e me-
didas falsificados, de comercializar gêneros alimentícios deteriorados e de praticar 
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preços exorbitantes. Esses fatos, somados às isenções concedidas aos religiosos 
conduziria a uma revolta.
Após alguns meses de preparação, aproveitando a ausência do Governador Fran-
cisco de Sá de Menezes, em visita a Belém do Pará, a revolta eclodiu na noite de 
24 de fevereiro de 1684, durante as festividades de Nosso Senhor dos Passos.
Sob a liderança dos irmãos Manuel e Tomás Beckman, senhores de enge-
nho na região, e de Jorge de Sampaio de Carvalho, com a adesão de outros proprie-
tários, comerciantes e religiosos insatisfeitos com os privilégios dos Jesuítas, um 
grupo de sessenta a oitenta homens mobilizou-se para a ação, assaltando 
os armazéns da Companhia.
Já nas primeiras horas do dia seguinte os sediciosos tomaram o Corpo da 
Guarda em São Luís, integrado por um oficial e cinco soldados. Partiram dali, com 
outros moradores arregimentados no trajeto, para a residência do Capitão-morBaltasar Fernandes, que clamava por socorro, sem sucesso. Beckman intimou-lhe 
a voz de prisão e suspensão do cargo, acrescentando, como que por chacota, que 
para tornar-lhe aquela mais suave o deixava em casa entregue à guarda da sua 
própria mulher, com obrigações de fiel carcereira.
Por sua vez, em 1685 no Brasil, os revoltosos ocuparam o Colégio dos Mascates 
e expulsaram os jesuítas que viviam ali. Por cerca de um ano, Manuel Beckman 
controlou uma junta revolucionária e governou a Província do Maranhão.
Por fim, em 15 de maio de 1685, o novo governador, Gomes Freire de An-
drade, no comando de tropas portuguesas, desembarca na cidade, onde 
não encontra resistência. Ele reempossa as autoridades e, com a confirmação 
das acusações feitas à Companhia do Comércio do Maranhão, solicita o fim de suas 
atividades.
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Já os líderes da revolta, Manuel Beckman e Jorge de Sampaio, serão pre-
sos, julgados e condenados à morte pela forca, enquanto os outros envolvidos 
são condenados à prisão perpétua.
Questão 2 (FCC/PM-MA/SOLDADO/2006) Em 1684, eclodiu uma revolta de pro-
prietários de terra no Maranhão, conhecida por Revolta de Bequimão. Os revoltosos 
posicionaram-se
a) contra o monopólio da companhia de comércio e contra os jesuítas.
b) contra a escravidão dos africanos e dos indígenas maranhenses.
c) a favor da catequização dos indígenas realizada pelos jesuítas.
d) a favor do monopólio real sobre a exploração dos produtos da região.
e) contra a expulsão dos jesuítas determinada pela coroa portuguesa.
Letra a.
Querido(a), como vimos, a Revolta de Bequimão foi resultado do monopólio da 
companhia de comércio, pelo não cumprimento do fornecimento de mão de obra 
escrava, e da interferência dos jesuítas, que proibiam a escravização de indígenas.
Companhia de Comércio do Maranhão e Grão-Pará
A Companhia Geral de Comércio do Grão-Pará e Maranhão ou Companhia Geral 
do Grão-Pará e Maranhão foi uma empresa privilegiada, de carácter monopolista, 
criada pelo Marquês de Pombal, na segunda metade do século XVIII, em Portugal. 
Confirmada pelo Alvará Régio de 7 de junho de 1755, destinava-se a controlar e fo-
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mentar a atividade comercial com o Estado do Grão-Pará e Maranhão, fortalecendo 
a prática do mercantilismo no reino.
Querido(a), não confunda a Companhia do Comércio do Maranhão (1682) 
com a Companhia do Comércio do Maranhão e Grão-Pará (1755). A primeira 
acabamos de estudá-la quando tratamos da Revolta de Bequimão. A segunda foi 
criada pelo Marquês de Pombal.
Diante da proibição da escravidão indígena no Estado do Grão-Pará e Maranhão, 
a Companhia teve a sua origem numa petição, encaminhada em 1752 pela Câma-
ra Municipal de São Luís do Maranhão ao governador e capitão-general, Francisco 
Xavier de Mendonça Furtado, para que fosse criada uma sociedade autorizada 
a explorar o comércio de importação de escravos africanos. Como vimos, 
a falta de mão de obra escrava, obrigação não cumprida pela Companhia do Co-
mércio do Maranhão, foi o principal motivo da Revolta de Bequimão de 1682.
O governador acolheu de bom grado a ideia e, após ter conseguido o apoio dos 
cidadãos mais influentes de Belém do Pará, encaminhou-a com sua aprovação ao 
seu meio-irmão, o Marquês de Pombal.
No Reino, no âmbito da vasta reestruturação administrativa que promovia à 
época, Pombal atraiu, para a ideia, grandes comerciantes das praças de Lisboa e do 
Porto. Desse modo, fundava-se a Companhia, a 7 de agosto de 1755.
O objetivo da Companhia era vender escravos africanos em grande es-
cala nas capitanias do Grão-Pará e Maranhão, com isso desenvolvendo a agri-
cultura e fomentando o comércio. Para esse fim, recebeu diversos privilégios, como: 
o monopólio por vinte anos do tráfico de escravos e do transporte naval de outras 
mercadorias para aquelas capitanias; dispor de navios da Armada Real para a es-
colta de seus navios de transporte; o reconhecimento de que os seus funcionários 
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estavam oficialmente a serviço de El-Rei; prioridade para as suas mercadorias nas 
alfândegas; foro especial para as suas causas; entre outros. Esses privilégios foram 
posteriormente ampliados pelo chamado “Alvará Secreto” de 1757, ano anterior ao 
em que zarparia a primeira de suas frotas para o Brasil (1758).
Esse grande número de facilidades e prerrogativas concedido à Companhia por 
parte do Estado foi criticado pela Companhia de Jesus, prejudicada em suas explo-
rações comerciais na região. Como exemplo, o padre Manuel Ballestre, de seu púl-
pito em Lisboa, afirmou: “quem entrar nesta Companhia não entrará na de Cristo, 
nosso Redentor.” Essa fala custou-lhe o desterro sumário da Corte.
Ao mesmo tempo, de São Luís, o bacharel em direito João Tomaz de Negreiros, 
instigado pelo vice-provincial dos jesuítas e procurador das Missões no Maranhão, 
padre Bento da Fonseca, peticionou à Coroa Portuguesa expondo o descontenta-
mento dos comerciantes locais, que se sentiam lesados pela concorrência desleal.
Pombal considerou a petição ofensiva e o seu desagrado traduziu-se na deten-
ção do bacharel, do religioso, e de alguns dos comerciantes signatários da petição. 
Ao mesmo tempo, o governador e capitão-general recebeu ordens de não mais 
admitir qualquer ataque contra a Companhia, nomeadamente se originado de inte-
resses particulares eventualmente prejudicados.
Todos os envolvidos deveriam ser punidos, tornando-se objeto de devassa. 
A mesma prática deveria ser aplicada aos padres que se aproveitassem do púlpito 
para instigar o descontentamento entre a população.
Apesar das críticas, a ação da Companhia trouxe grandes benefícios a 
São Luís: o comércio com a metrópole, antes incipiente, floresceu. Se, até então, 
o movimento resumia-se a um navio por ano para a Metrópole, entre 1760 e 1771 
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setenta e um navios dali partiram para o reino, transportando, em seus porões, 
cargas de algodão, arroz, cacau, gengibre, madeira e outras.
Com relação ao movimento de escravos, calcula-se que, até 1755, data de sua 
criação, ingressaram apenas três mil africanos no Estado do Grão-Pará e Maranhão. 
Entre 1755 e 1777, esse número saltou para doze mil. A aquisição dessa mão de 
obra em Cacheu, Bissau e Angola era financiadapela Companhia.
Maria I de Portugal extinguiu o monopólio no início da década de 1780, no con-
texto da chamada “Viradeira”, extinguindo a própria Companhia em 25 de fevereiro 
de 1778. A sua liquidação, entretanto, arrastou-se ao longo das décadas, sendo 
concluída apenas em 1914.
Viradeira é uma designação que se dá ao período que se iniciou a 13 de março 
de 1777 com a nomeação por D. Maria I de novos Secretários de Estado, em subs-
tituição do marquês de Pombal. Neste período, deu-se uma progressiva quebra 
do controle estatal sobre muitas das áreas econômicas, com a extinção de alguns 
dos monopólios mercantis estabelecidos por Pombal, e permitiu-se uma retoma da 
influência da Igreja e da alta nobreza sobre o Estado. Muitos dos presos políticos 
foram libertados e muitos nobres foram reabilitados, incluindo alguns a título pós-
tumo.
No que se refere à Universidade de Coimbra, muitos professores e alunos foram 
expulsos sob diversas acusações ligadas à heresia, como enciclopedismo, natura-
lismo e deísmo. Francisco de Melo Franco, um dos expulsos, escreveu O reino da 
estupidez em represália.
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Questão 3 (CESPE/PREFEITURA DE SÃO LUÍS-MA/PROFESSOR DE NÍVEL SU-
PERIOR HISTÓRIA/2017) A primeira companhia privilegiada de comércio, surgida 
em 1755, voltada ao desenvolvimento da região Norte, e que pretendia oferecer 
preços atraentes para os produtos que a região deveria exportar para o mercado 
europeu, foi instituída pelo Marquês de Pombal e denominada
a) Companhia Geral do Comércio do Brasil.
b) Companhia Geral do Comércio do Grão-Pará e Maranhão.
c) Companhia Geral de Pernambuco e Paraíba.
d) Companhia das Índias Ocidentais.
e) Companhia Comercial do Governo Geral.
Letra b.
Querido(a), não confunda a Companhia do Comércio do Maranhão (1682) com a 
Companhia do Comércio do Maranhão e Grão-Pará (1755). A primeira estudamos 
quando tratamos da Revolta de Bequimão. A segunda foi criada pelo Marquês de 
Pombal objetivando o comércio intercontinental de escravos africanos.
Período do Império: adesão do Maranhão – A Indepen-
dência do Brasil – Causas da não adesão: a Batalha do 
Jenipapo
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No dia 7 de setembro de 1822, o imperador Dom Pedro I, com o conhecido 
“Grito do Ipiranga”, proclamou definitivamente a Independência do Brasil. Curioso 
é o fato do Maranhão só ter aderido à Independência praticamente um ano 
depois, ou seja: em 28 de julho de 1823.
O motivo da resistência e da não adesão imediata maranhense ao Império, 
à época, era por conta da elite que dominava o Maranhão. O grupo não aceitava 
as ordens vindas do Rio de Janeiro, capital do Brasil Imperial, por ter interesse em 
continuar com as relações com Portugal por conta das situações política e 
econômica.
O almirante britânico Lorde Thomas Cochrane aportou em São Luís em julho 
de 1823, após ter apoiado a independência da província da Bahia, com o intuito de 
aumentar a presença inglesa no Atlântico Sul.
No Maranhão, a adesão só aconteceu no dia 28 de julho, na Bahia foi 2 de julho 
e no Pará, 15 de agosto. Isso mostra como tínhamos projetos diferentes no país 
naquele momento. No caso do Maranhão, os interesses quanto a exportação, 
a manutenção da escravidão e as relações políticas eram muito mais vin-
culados a Portugal do que aquela ideia nova de união com o Rio de Janeiro.
A Batalha de Jenipapo
No dia 13 de março de 1823 ocorreu uma batalha decisiva para a indepen-
dência do Brasil: A Batalha do Jenipapo. Cearenses e maranhenses se juntaram 
ao povo do Piauí para lutar contra resistentes tropas portuguesas lideradas pelo 
Major João José da Cunha Fidié.
A data é geralmente esquecida nas aulas de história do ensino fundamental e 
médio. Apesar de ter sido de grande importância para todo o país, não é facilmente 
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encontrada em livros sobre o assunto. Mesmo no estado onde aconteceu a batalha, 
o Piauí, poucas pessoas têm conhecimento sobre a grandeza dela, mas alguns his-
toriadores e alguns políticos já estão tentando mudar a situação e já está em curso 
a implantação da Batalha do Jenipapo na disciplina de História.
Figura 3. Óleo sobre tela retratando o conflito
A batalha aconteceu às margens do Rio Jenipapo, onde atualmente encon-
tramos a cidade Campo Maior, no Piauí. A batalha se iniciou após terem sido des-
cobertas as intenções do comandante das tropas portuguesas: manter a 
região sob o domínio português para abafar os movimentos de independência 
que se desenvolviam na área.
Os brasileiros decidiram então impedir que o plano dos portugueses fosse rea-
lizado e travaram uma luta entre o Império do Brasil e o Reino Unido de Portugal.
Do lado brasileiro estavam pessoas simples, lavradores, artesãos, escravos, 
roceiros, vaqueiros, etc. Enquanto do lado português haviam soldados bem treina-
dos, bem armados e a cavalo.
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A batalha do Jenipapo é conhecida como uma das mais sangrentas batalhas 
realizadas no solo brasileiro, isso se deve ao fato de que os brasileiros não foram 
para a luta com armas de guerra, e sim com facões, machados, porretes e armas 
artesanais. Cerca de 200 brasileiros foram mortos e outros 542 foram feitos 
prisioneiros por Portugal, enquanto 116 portugueses morreram e 60 fica-
ram feridos.
Os brasileiros perderam a batalha, mas fizeram a tropa mudar de percurso e 
evitaram que o exército português fosse até a capital, onde, por não haver exército 
de prontidão, seria muito fácil tomar o comando de tudo. Ali os portugueses perde-
ram a esperança de ter uma colônia na América, sendo afastados definitivamente 
das terras brasileiras. A Batalha do Jenipapo assegurou a unidade territorial 
do Brasil.
Embate, que foi crucial para o processo de emancipação do Brasil, é lembrado 
até hoje como um gesto de coragem, onde o bem da maioria se sobrepôs ao medo 
de perder a vida. Em 1973 foi criado um monumento na cidade de Campo Maior 
para homenagear as pessoas que se sacrificaram na Batalha do Jenipapo, que com-
pletou 196 anos em 2019.
Questão 4 (FCC/PM-MA/SOLDADO/2006) A Batalha do Jenipapo foi um movi-
mento
a) contra as forças nacionalistas que lutavam pela independência política do Brasil.
b) decisivo para a consolidar a independência e a configuração geográfica do Brasil.

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