Buscar

RESENHA LIVRO - Milton Santos por uma outra globalização

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 4 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

1 
 
 
Modelo Relatório ou Resenha - ATIVIDADES COMPLEMENTARES (ATCs) 
CURSO BACHARELADO EM ADMINISTRAÇÃO – LINHA DE FORMAÇÃO 
ESCPECÍFICA EM ADMINISTRAÇÃO 
 
 
 
 
Nome: MATHEUS LIMA DE OLIVEIRA _ RA: 
 
 
 
Tipo de atividade 
 
Livro (x) filme ( ) peça teatral ( ) congresso ( ) feira técnica ( ) visita técnica 
Exposição ( ) projeto de pesquisa ( ) ADOs ( ) grupo de estudos 
monitoria ( ) projeto de pesquisa ( ) Voluntariado ( ) Outros ( ) Descrever: 
 
 
 
RESENHA 
 
 
FILME - Milton Santos por uma outra globalização 
 
 
 
Milton Santos, em seu livro “Por uma outra globalização, do pensamento único à 
consciência universal” começa introduzindo, no primeiro capítulo, a ideia da existência, 
ou da possível existência, de três tipos de “mundos” dentro de um só, e suas 
respectivas características e ideologias, que ele vai analisar no decorrer do livro. 
Fundamentado num pensamento marxista, mas não em um “Marxismo ortodoxo”, ele ajuda a 
compreender as crises e a estrutura desse mundo dito global, suas técnicas e a política em 
uso, controlada por uma minoria hegemônica. 
 
No capítulo um, o primeiro mundo citado, que ele compara a uma fábula, é aquele mundo 
unificado e homogêneo, que nos fazem crer os grupos hegemônicos, através de 
propagandas em massa de incentivo ao consumo, na qual se impõe a ideia de que a 
globalização facilita e beneficia a vida de todos. Certamente, a realidade do mundo é 
muito diferente. E, esse mundo real, Santos caracteriza como perverso, onde há a 
valorização d e bens finitos, materiais e o acúmulo de riquezas é incentivado, assim como 
o consumo, gerando competitividade e sentimentos egoístas e excludentes, 
acentuando as desigualdades. e finalmente, o terceiro mundo é como esse mundo 
perverso poderia ser, se as bases da globalização fossem usadas com outro propósito 
político e social. 
 
No capítulo dois, o autor explica essas bases, ditas anteriormente, que estruturam a 
globalização. A internacionalização do capital é possível graças a uma “unidade da 
técnica”, a “convergência d os momentos” (unidade do tempo), ao “conhecimento do 
planeta e a u m “motor único”, que é a m ais valia. Mas essa estrutura só funciona a 
partir das ações das grandes empresas e dos Esta dos, e são esses agentes que 
determinam para que fim essas bases serão utilizadas. 
A unidade da técnica se fez possível graças à técnica da informação, que é dominada 
pelos grupos hegemônicos, e atinge a todos, direta ou indiretamente, pois permite a 
convergência dos momentos e o conhecimento de mundo. A informação e a unidade das 
técnicas também permitem que esses grupos fragmentem a produção para atingir todo o 
território terrestre, uniformizando a percepção de tempo. Assim, o mercado pode 
funcionar em todos os lugares simultaneamente, criando um sistema financeiro também 
universal, com um motor único, que é a mais valia, e no qual as empresas 
competem entre si para obter maior lucro e poder e, no qual a exploração do 
proletário se faz presente. Pode-se perceber aí também a crítica ao sistema e à 
política vigente que o autor faz durante todo o livro 
 
No capítulo três, ele fala sobre a tirania da informação, que é utilizada pelas grandes 
empresas em benefício próprio, manipulando a massa, através da publicidade, que 
produz fábulas e mitos e fazem essa massa acreditar que a globalização proporciona 
vantagens nunca ante s vistas, como, por exemplo, a ideia de aldeia global, em que a 
comunicação se faz possível em escala planetária, a ideia de espaço-tempo contraído, 
devido à velocidade da informação, velocidade esta, que não é desfrutada por todos. E 
também a ideia de que a globalização está eliminando as fronteiras existentes entre os 
países. Porém, as barreiras alfandegárias estão aí, e provam o contrário. 
 
No quarto capítulo, Milton Santos fala do território e de que maneira a globalização o afeta. A 
com partimentação do território, na época do Imperialismo, a exemplo do texto, se dava 
a través da política d os Estados e, por não disporem das tecnologias da informação, 
as práticas políticas e econômicas eram m ais territoriais, por isso havia a preservação 
e o respeito a os costumes e a cultura local. Com a fluidez da globalização, o território 
passa a ser utilizado por empresas multinacionais, que o fragmentam conforme seus 
interesses e de acordo com as regras hegemônicas, criando uma cultura de massa, 
estimulando a competitividade e modificando as relações sociais no local, provocando 
alienação. Assim, desorganizam esses espaços e geram sentimentos egoístas, baseados na 
verticalidade, não mais na horizontalidade. 
 
 
No capítulo cinco, Milton Santos diz que a globalização é um período histórico, como 
qualquer outro, e que há “variáveis ascendentes” que passam a se destacar, abrindo 
portas para um novo período, e “variáveis descendentes”, indicando um possível final 
de era, na qual a credita que o homem seja o motor da construção do mundo, não 
mais o capital. A tomada de consciência dos pobres e as críticas às técnicas hegemônicas e 
às políticas excludentes são exemplos dessas variáveis. Outro fator que indica uma nova era 
é a crise do sistema, devido à crescente desigualdade, que traz a necessidade de buscar a 
verdadeira razão, fazendo oposição à racionalidade hegemônica, que beneficia somente os 
grupos hegemônicos. É nesse contexto, mais precisamente no item 22, que o autor relaciona 
o “Just in time” e o cotidiano. O Just in time representa um espaço e um tempo 
hegemônicos, no qual prevalecem as técnicas e a racionalidade também hegemônicas, 
impostas através de uma política institucional. Já o cotidiano representa o espaço e 
tempo de todos, então se faz necessário uma política que atenda a todos, também chamada 
de “política dos de baixo”. Essas duas políticas se confundem e geram comportamentos 
contraditórios na sociedade. 
No sexto e último capítulo, o autor diz que esse período histórico é um período popular, no 
qual a cultura popular vem se destacando, fazendo oposição à cultura de massa, que é 
submissa ao mercado global e atende a seus interesses. Os “de baixo”, por não terem 
recursos para se adaptarem a cultura de massa, criam a própria cultura, onde há a 
valorização do cotidiano e de bens infinitos e passam a questionar e criticar a racionalidade 
hegemônica. As empresas acabam tendo que se adaptar a essa cultura local e as divisões 
de trabalho passam a ser baseadas na solidariedade, em uma visão esperançosa de que o 
homem passa ria a ser o centro do mundo, não mais o dinheiro. Uma globalização de baixo 
pra cima, não o contrário. Onde as técnicas seriam utilizadas por uma política em benefício 
da humanidade.

Outros materiais