Buscar

Ead br Historia economica geral 3 O contexto da Primeira Guerra Mundial

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 42 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 42 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 42 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

22/10/2020 Ead.br
https://uniritter.blackboard.com/bbcswebdav/institution/laureate/conteudos/NEG_HIECOG_19/unidade_3/ebook/index.html#section_1 1/42
introdução
HISTÓRIA HISTÓRIA 
ECONÔMICA GERALECONÔMICA GERAL
Me. Carla Fabiana de Andrade Gonçalves Iori
I N I C I A R
22/10/2020 Ead.br
https://uniritter.blackboard.com/bbcswebdav/institution/laureate/conteudos/NEG_HIECOG_19/unidade_3/ebook/index.html#section_1 2/42
Introdução
A história econômica é uma complexa teia de relações que encontra na Primeira Guerra
Mundial um ponto crucial. Nessa dimensão, as potências mundiais estão interligadas e
dispostas a apostar milhares de vidas humanas em nome de mercados e crescimento. No
pós-guerra, a con�guração mundial mudou! Os Estados Unidos se bene�ciam e passam a
ser o novo centro da economia/mundo. Vimos que foi um notável período de
prosperidade americana, devido aos créditos acumulados no período da guerra junto aos
países aliados. Contudo, revelou-se um crescimento arti�cial, uma vez que o país do Tio
Sam se viu impossibilitado de continuar a sustentar níveis de consumo interno por uma
absoluta escassez de capitais, os quais haviam se transformado em estoque ou em
investimentos externos. Foi a Crise de 1929, a maior da história do capitalismo.
22/10/2020 Ead.br
https://uniritter.blackboard.com/bbcswebdav/institution/laureate/conteudos/NEG_HIECOG_19/unidade_3/ebook/index.html#section_1 3/42
A noção de imperialismo, conforme Saes e Saes (2013), apareceu no século XIX em
conexão com a expansão territorial das principais potências europeias e, em especial, com
o chamado neocolonialismo: o amplo movimento de conquista e criação de colônias em
vastas áreas do mundo, sobretudo na África e Ásia, no �nal do século.
O termo “imperialismo” se fortaleceu no desfecho do século XIX. A constituição de
impérios era a política que predominava como ação de várias potências europeias (e
ainda dos Estados Unidos e Japão). Destarte, o modo de expressar essa política colonial,
ImperialismoImperialismo
22/10/2020 Ead.br
https://uniritter.blackboard.com/bbcswebdav/institution/laureate/conteudos/NEG_HIECOG_19/unidade_3/ebook/index.html#section_1 4/42
consoante à forma de análises dessa realidade de forma crítica, constitui-se em
imperialismo. Nas palavras de Saes e Saes (2013, p. 294),
assim, as noções de império e Imperialismo �caram associadas à dominação
que um Estado exerce sobre outro Estado ou nação. Por isso, o imperialismo foi
identi�cado, antes de mais nada, com a expansão colonial do �nal do século
XIX.
Uma síntese dos principais domínios coloniais e de sua abrangência pode ser visualizada
na Tabela 3.1, a seguir.
Tabela 3.1 - Impérios coloniais do mundo (1914) 
Fonte: Friedlander e Oser (1957 apud SAES; SAES, 2013, p. 296).
Saes e Saes (2013) nos apresentam que a grande potência colonial era a Inglaterra, que
englobava tipos variados de territórios: se a Índia era a 'joia da coroa' (somando grande
22/10/2020 Ead.br
https://uniritter.blackboard.com/bbcswebdav/institution/laureate/conteudos/NEG_HIECOG_19/unidade_3/ebook/index.html#section_1 5/42
área e população), as colônias 'brancas', mas semi-independentes, como Canadá, Austrália
e Nova Zelândia, contavam com a enorme área do império colonial britânico. A França,
como a Grã-Bretanha, controlava um território colonial muito maior do que o da
metrópole, abrigando uma população também bastante superior. Já os extensos
territórios coloniais alemães não comportavam população tão densa. A Bélgica, cujo
território metropolitano é muito limitado, tinha em sua única colônia, o Congo, área muito
superior à área da metrópole e o dobro da população metropolitana. A Holanda
mantivera colônias bastante populosas na região asiática. Já Portugal tinha na África, em
especí�co Angola e Moçambique, suas principais áreas coloniais. A Itália teve uma
aventura colonial de pouco sucesso. E para os Estados Unidos a área colonial tinha
reduzida expressão.
Cabe aqui uma re�exão: quais causas teriam estimulado as principais nações
industrializadas a promoverem a anexação de amplos territórios ultramarinos?
Nos países colonizadores foram apresentadas, à época, algumas justi�cativas
para o domínio de povos "atrasados". Por exemplo, atribuía-se às nações
desenvolvidas (e brancas) o dever de transmitir aos povos atrasados as
conquistas da civilização europeia. Sob uma aparência humanitária, estava
implícito nesse "dever" a noção de que as raças brancas (europeias) deveriam
dominar os povos "atrasados" em razão de sua superioridade física, intelectual e
cultural. Razões de ordem religiosa também foram levantadas: levar o
cristianismo aos povos da África e da Ásia era uma missão a ser cumprida pelos
europeus. Embora não se possa atribuir aos missionários uma pressão efetiva
para a expansão colonial, é inegável que a possibilidade de ampliar sua área de
ação dependia da conquista de novos territórios (SAES; SAES, 2013, p. 296).
As transformações da produção industrial, nas últimas décadas do século XIX, criaram a
necessidade de fontes de novas matérias-primas e insumos industriais, muitos deles
encontrados nas áreas que foram objeto de colonização ou em áreas formalmente livres,
porém fortemente ligadas às áreas industriais. Por exemplo: o petróleo, embora
explorado na época, principalmente nos Estados Unidos e na Rússia, já tinha um atrativo
importante nas reservas do Oriente Médio.
Temos aqui um possível fator explicativo da ordem econômica para entender o
imperialismo. Consoante ao evidente desejo de vários países se a�rmarem como
potências mundiais, dava-se a emergência e a consolidação, no �nal do século XIX, dos
novos países industriais em condições de competir com a Grã-Bretanha. Este aspecto
político do colonialismo, no �nal do século XIX, permite entender por que colônias que
tinham pouquíssimo a oferecer em termos econômicos às metrópoles foram mantidas
como tal por longos períodos.
22/10/2020 Ead.br
https://uniritter.blackboard.com/bbcswebdav/institution/laureate/conteudos/NEG_HIECOG_19/unidade_3/ebook/index.html#section_1 6/42
Muito mais relevante era a conhecida prática de oferecer aos eleitores a glória,
muito mais que reformas onerosas; e o que há de mais glorioso que conquistas
de territórios exóticos e raças de pele escura, sobretudo quando normalmente
era barato dominá-los. De forma mais geral, o imperialismo encorajou as
massas, e, sobretudo, as potencialmente descontentes, a se identi�carem ao
Estado e à nação imperiais, outorgando assim, inconscientemente, ao sistema
político e social representado por esse Estado justi�cação e legitimidade
(HOBSBAWM, 1995, p.105-106).
A busca de campo de investimento em países independentes, porém não industrializados,
sugere que o impulso para a expansão externa das principais potências industriais não se
limitava à conquista de colônias. Por isso, a análise do imperialismo, na perspectiva
econômica, não deve se restringir ao colonialismo: é importante uma visão ampliada da
economia mundial do período. Nesse sentido, é preciso investigar as razões econômicas
que, ao lado das outras ordens, sustentaram a expansão externa das economias
industrializadas do �nal do século XIX e início do século XX.
Nesse panorama, é importante que você seja apresentado às polêmicas a respeito do
imperialismo entre os marxistas. Podemos citar aqui Rosa Luxemburgo e Lênin. Para eles,
o imperialismo expressava a crescente di�culdade do capitalismo em manter as condições
para a acumulação de capital. Para Rosa Luxemburgo, as contradições do
desenvolvimento do capitalismo levariam, inevitavelmente, à sua destruição. Lênin, mais
propriamente, via o imperialismo como “capitalismo de transição, ou, mais propriamente,
de capitalismo agonizante” (Lênin, 1982, p. 69).
22/10/2020 Ead.br
https://uniritter.blackboard.com/bbcswebdav/institution/laureate/conteudos/NEG_HIECOG_19/unidade_3/ebook/index.html#section_1 7/42
As polêmicas em torno do imperialismo re�etem, em grande medida, em um momento
crítico na história do capitalismo,do qual a Primeira Guerra Mundial é expressão notória,
e no movimento socialista.
Se, de início, a noção de imperialismo se associou à criação dos impérios coloniais, a
seguir ganhou conotação mais ampla e polêmica, procurou relacionar o impulso para a
expansão das grandes potências com as características mais gerais de sua economia e
sociedade. Nacionalismo, protecionismo, colonialismo, exportação de capitais e
concentração do capital são elementos que, de certo modo, condicionaram as relações
entre as potências europeias ao �m do século XIX, em um ambiente de crescente con�ito
entre elas, o que culmina na de�agração da Primeira Guerra Mundial.
praticarVamos Praticar
No século XIX, século em que a Inglaterra consolidou sua dominação na Índia, os ingleses
enfrentaram uma revolta de nacionalistas indianos conhecida como Guerra dos Cipaios (1857–
1859). Embora os cipaios — soldados nativos treinados nos moldes militares europeus — tenham
sido massacrados, a guerra trouxe como consequência a possibilidade de os indianos
participarem da administração pública do país. Consolidado o domínio inglês, a Índia se tornou
um excelente ganho estratégico e militar para a Inglaterra dominar outras partes do Extremo
Oriente, como, por exemplo, a Birmânia (atual Mianmar), a Nova Zelândia, a Austrália e parte da
China.
Considerando que o contexto asiático obedeceu ao esquema neocolonialista, assinale a
alternativa correta sobre em que consistia essa prática realizada pelas principais potências
europeias.
a) O amplo movimento de conquista e criação de colônias em vastas áreas do mundo,
sobretudo na África e Ásia, no �nal do século.
b) A busca por riquezas metálicas (ouro e prata) e dominação política nas colônias
conquistadas no século anterior.
c) A busca por igualdade social em toda con�guração geopolítica mundial.
22/10/2020 Ead.br
https://uniritter.blackboard.com/bbcswebdav/institution/laureate/conteudos/NEG_HIECOG_19/unidade_3/ebook/index.html#section_1 8/42
d) A intenção de realizar um processo de uni�cação mundial imperial. De modo que,
juntas, as potências teriam o controle das �nanças internacionais.
e) A intenção de reorganizar o comércio internacional tendo o dólar como lastro
monetário.
22/10/2020 Ead.br
https://uniritter.blackboard.com/bbcswebdav/institution/laureate/conteudos/NEG_HIECOG_19/unidade_3/ebook/index.html#section_1 9/42
O nosso estudo está objetivado na atividade humana, em suas múltiplas dimensões, na
perspectiva da mudança ao longo do tempo. Em outras palavras, você está trilhando o
caminho, caro(a) leitor(a), que discorre sobre os fatos sociais. Até aqui você já deve ter
percebido que estamos “costurando” os episódios e formando conjuntura(s)
gradativamente. Isso exige muito cuidado e dedicação, sobretudo neste ponto que
chegamos. Concordamos com Sondhaus (2013) que a Primeira Guerra Mundial e o acordo
de paz, que pôs �m a ela, constituíram uma revolução global. Foram questões além das
relacionadas a fronteiras e territórios. A guerra também revolucionaria as relações de
poder dentro das sociedades europeias.
Não podemos perder de vista que o nosso trabalho envolve a descrição de como os
homens se esforçaram (e se esforçam) ao longo dos séculos para satisfazer as
necessidades materiais. Nesse sentido, qual a perspectiva econômica da Primeira Guerra
Mundial? Para Rezende Filho (2010, p. 188), embora haja uma série de motivos políticos
ideológicos que tenham levado as nações europeias à formação de dois blocos
antagônicos de alianças militares, as razões subjacentes da Primeira Guerra Mundial
(1914–1918) foram de ordem econômica. E implicaram um impacto no sistema capitalista
de forma brutal. Mais especi�camente, a busca agressiva por mercados de investimentos
privilegiados e o enorme crescimento econômico da Alemanha, que ameaçava
transformá-la na potência hegemônica europeia, forneceram as razões primárias para o
que Rezende (2010) denomina “guerra para uma redivisão de mercados em nível
mundial”.
A Primeira Guerra Mundial e aA Primeira Guerra Mundial e a
Conferência de VersalhesConferência de Versalhes
22/10/2020 Ead.br
https://uniritter.blackboard.com/bbcswebdav/institution/laureate/conteudos/NEG_HIECOG_19/unidade_3/ebook/index.html#section_1 10/42
Você poderá ver no mapa, logo a seguir, o destaque para Belgrado, capital da Sérvia.
Trata-se do marco da Primeira Guerra Mundial, pois, na tarde de 28 de julho de 1914, a
artilharia austro-húngara começou a bombardear Belgrado. Estamos diante de um
momento de instabilidade política que
de todas as crises internacionais da história, nenhuma foi alvo de escrutínio
mais meticuloso ou de maior número de análises acadêmicas do que a crise de
julho de 1914, que começou com o assassinato do arquiduque Francisco
Ferdinando em Sarajevo em 28 de junho, e culminou em um troca de
declarações de guerra entre as grandes potências a partir de 1º de agosto. Assim
que o con�ito teve início, os governos de cada país buscaram reunir um registro
das maquinações diplomáticas que defendiam ou justi�cavam suas ações e
colocavam a culpa em outrem: o Império Austro-Húngaro contra a Sérvia, a
Rússia contra o Império Austro-Húngaro, a Alemanha contra a Rússia, a França
e a Grã-Bretanha contra a Alemanha. Por sua vez, os historiadores começaram
a analisar a Crise de Julho enquanto a guerra ainda estava em andamento,
desencadeando um longo debate ainda em vigor, mesmo no centenário do
con�ito. Os volumes de documentos diplomáticos e os milhares de estudos
publicados em dezenas de línguas ao longo das décadas seguintes contribuíram
para a compreensão geral da de�agração da guerra, mas, ao mesmo tempo,
obscureceram alguns dos elementos centrais da Crise de Julho: a guerra
começou, em primeiro lugar, por causa da Sérvia, um pequeno e ambicioso país
que até certo ponto se tornara refém de elementos nocivos em suas forças
armadas e que, na busca de seus próprios objetivos nacionais, in�amou todo o
continente; duas das potências mais fracas, Áustria-Hungria e Rússia, se
comportaram com determinação pouco característica, enraizada em suas
próprias dúvidas acerca de seu futuro status como grandes potências; os líderes
austro-húngaros e alemães tinham noções incompatíveis sobre a guerra que
desejavam – os alemães fazendo e conseguindo o que queriam às custas de seus
aliados; e, por �m, os líderes franceses, embora de início não desejassem a
guerra, viram a Crise de Julho se desdobrar de tal maneira que acabou
propiciando-lhes uma guerra sob as circunstâncias que consideravam as mais
favoráveis (SONDHAUS, 2013, p. 55).
Essa “narração” dos fatos contribui para nossa dimensão histórico-geográ�ca do
momento vivido pelos europeus do início da Primeira Guerra Mundial. 
22/10/2020 Ead.br
https://uniritter.blackboard.com/bbcswebdav/institution/laureate/conteudos/NEG_HIECOG_19/unidade_3/ebook/index.html#section_1 11/42
Para Hobsbawm (1995, p. 31), a Primeira Guerra Mundial envolveu a totalidade das
grandes potências. Isso impactou na cotidianidade de milhares de vidas. O fato é que, por
quatro anos, as principais nações europeias se enfrentaram em uma guerra sem tréguas,
da qual participaram também o Japão e os Estados Unidos, a partir de 1917. Todas as
dependências coloniais se envolveram nesse enfrentamento, que terminou com a
distinção entre civis e militares, além de ter provocado enormes perdas humanas. Em
Saes e Saes (2013) obtemos alguns números nesse sentido e aquilo que vai além das
perdas humanas ocasionadas nos campos de batalha.
22/10/2020 Ead.br
https://uniritter.blackboard.com/bbcswebdav/institution/laureate/conteudos/NEG_HIECOG_19/unidade_3/ebook/index.html#section_1 12/42
Quadro 3.1 - Números da Primeira Guerra Mundial 
Fonte: Elaborado pela autora.
Além do sofrimento humano, economicamente é fundamental apresentar a perspectiva
de Rezende Filho (2010, p. 188) sobre a desorganização do comércio internacional, que
provocou destruição sem precedentes, “deslocou a área central do sistema capitalista da
Europa para os Estados Unidos e causouo colapso dos Impérios Russo (onde se procura
desde 1917 uma alternativa ao capitalismo) e dos multirraciais, Austro-Húngaro e
Otomano”.
22/10/2020 Ead.br
https://uniritter.blackboard.com/bbcswebdav/institution/laureate/conteudos/NEG_HIECOG_19/unidade_3/ebook/index.html#section_1 13/42
Caro(a) aluno(a), as questões militares fogem ao escopo do nosso material. Contudo, o
modo como o mundo se transformou economicamente está totalmente vinculado com a
Primeira Guerra Mundial. Portanto, apresentaremos de forma esquemática uma
con�guração desse marco da história econômica geral. Ao visualizar a Figura 3.2,
podemos observar a dinâmica da Primeira Guerra Mundial.
A primeira fase (1914–1915) é caracterizada pela movimentação das tropas e expansão
territorial do con�ito.
22/10/2020 Ead.br
https://uniritter.blackboard.com/bbcswebdav/institution/laureate/conteudos/NEG_HIECOG_19/unidade_3/ebook/index.html#section_1 14/42
Na segunda fase da guerra (1915–1917), a Alemanha invadiu a Bélgica e tentou invadir a
França. No entanto, a França conteve o avanço dos alemães com ajuda da Grã-Bretanha.
Os alemães construíram "trincheiras" para aguardar uma nova oportunidade de ataque,
em setembro de 1915. Na terceira fase, os Estados Unidos entraram na guerra após ter
seus navios comerciais afundados pelos alemães (1917). Além disso, o país americano
temia que a Inglaterra e a França perdessem a guerra e não pudessem pagar as dívidas
assumidas.
Se o quadro anterior apresenta um esquema do con�ito sob uma perspectiva temporal, a
Figura 3.4 visa demonstrar a abordagem econômica.
22/10/2020 Ead.br
https://uniritter.blackboard.com/bbcswebdav/institution/laureate/conteudos/NEG_HIECOG_19/unidade_3/ebook/index.html#section_1 15/42
O capital monopolista protagonizou um cenário econômico anterior à Primeira Guerra
Mundial, juntamente com os trustes e cartéis no cenário europeu dos anos 1890. Isso
porque novas tecnologias encareceram o processo produtivo. E o Estado se tornou um
aliado da iniciativa privada com sua pesada intervenção na economia. Embora já saibamos
dessa conjuntura das últimas décadas do século XIX, nessa contextualização podemos
identi�car o sentimento impregnado pelo nacionalismo e marcado pela concorrência
imperialista. A Figura 3.4 contribui para evidenciar as origens da guerra por conta da
disputa de mercados, em que a Alemanha se sentiu ameaçada por uma coalizão de
potências que teria à frente da França. O povo germânico, representado por Bismarck
(estadista alemão, referenciado por chanceler de ferro) e ferido pela perda de Alsácia-
Lorena, arquitetou isolar a França (MORAES, 2017, p. 156).
22/10/2020 Ead.br
https://uniritter.blackboard.com/bbcswebdav/institution/laureate/conteudos/NEG_HIECOG_19/unidade_3/ebook/index.html#section_1 16/42
A combinação entre um vibrante nacionalismo e o darwinismo social da época resultou
em uma integração de ideologia de guerra em que
a segurança da nação e sua sobrevivência não dependeriam mais de acordos e
tratados que reintroduzissem o equilíbrio ou a estabilidade perdida. A segurança
só seria alcançada se o outro fosse reduzido à impotência absoluta ou mesmo
eliminado (MORAES, 2017, p. 160).
Para demonstrar a política mundial na dimensão temporal da Primeira Guerra, a Figura
3.5 apresenta o mapa desse quadro institucional vigente, no qual as relações entre os
países eram de tensão permanente e blocos de alianças se consolidavam e se expandiam.
22/10/2020 Ead.br
https://uniritter.blackboard.com/bbcswebdav/institution/laureate/conteudos/NEG_HIECOG_19/unidade_3/ebook/index.html#section_1 17/42
É relevante expor o crescente papel que o Estado passa a desempenhar no ordenamento
da atividade econômica nesse contexto.
Os preparativos bélicos dos diversos países envolvidos estavam praticamente
prontos. Desde 1910 vivia-se na Europa uma situação de “paz armada”. Os
preparativos de ordem econômica, no entanto, eram inexistentes, pois pensava-
se que a guerra seria de curta duração. Os aliados (Inglaterra, França e Rússia)
esperavam que os recursos alemães logo se esgotariam, enquanto estes e seus
aliados (Áustria-Hungria e Império Otomano), apostavam em uma rápida vitória
através de uma fulminante ofensiva contra a França. Já em �ns de 1914, no
entanto, o con�ito engolfara praticamente todos os continentes e transformara-
se em uma luta econômica entre os aliados e o bloco alemão, obrigando o
Estado a intervir na economia a �m de assegurar alguma possibilidade de
vitória (REZENDE FILHO, 2010, p. 189).
22/10/2020 Ead.br
https://uniritter.blackboard.com/bbcswebdav/institution/laureate/conteudos/NEG_HIECOG_19/unidade_3/ebook/index.html#section_1 18/42
A maximização da produtividade por meio da mobilização de todos os fatores produtivos
nacionais era a estratégia predominante para o que Rezende Filho (2010) denomina de
“economia de guerra”. Sobretudo a partir de 1915, a artimanha utilizada pelos países
aliados é sufocar o bloco alemão mediante um bloqueio total ao seu comércio exterior. O
caminho encontrado para a retaliação alemã é o bloqueio da Rússia nos mares Báltico e
Negro e, principalmente, impedir o trá�co marítimo inglês por meio da guerra submarina.
Os países procuram se tornar autossu�cientes, fazendo com que se produza uma notável
aceleração na produção em massa, na mecanização industrial, na centralização das
empresas, na emissão monetária e no controle do Estado sobre a economia como um
todo.
Esse impacto no comércio exterior alemão apresentou uma queda nas exportações de
mais de 30%, e as importações caíram além de 60% do que eram em 1913. Apesar de seu
crescente intercâmbio com os países neutros, como Holanda, Dinamarca, Suécia e Itália —
até 1915, quando se agrupa aos aliados —, o dirigismo estatal é precoce. Em 1914, o país
germânico efetuou uma política de direcionamento das matérias-primas para a indústria
de armamentos, organizou a exploração nos territórios ocupados, incentivou a descoberta
de novos métodos produtivos e, principalmente, desenvolveu a utilização de substitutos
para as matérias-primas mais raras, apoiado na enorme indústria química alemã. Harari
(2015, p. 351) descreve com clareza esse contexto.
Durante a Primeira Guerra Mundial, a Alemanha foi submetida a um bloqueio e
sofreu escassez severa de matérias-primas, em particular o salitre, um
ingrediente essencial para a fabricação de pólvora e outros explosivos. Os
depósitos mais importantes de salitre �cavam no Chile e na Índia; não havia
nenhum na Alemanha. É verdade, o salitre podia ser substituído pela amônia,
mas esta também era cara de se produzir. Felizmente para os alemães, um de
seus concidadãos, um químico judeu chamado Fritz Haber, havia descoberto em
22/10/2020 Ead.br
https://uniritter.blackboard.com/bbcswebdav/institution/laureate/conteudos/NEG_HIECOG_19/unidade_3/ebook/index.html#section_1 19/42
1908 um processo para produzir amônia literalmente do ar. Quando a guerra
eclodiu, os alemães usaram a descoberta de Haber para começar a produção
industrial de explosivos usando o ar como matéria-prima. Alguns acadêmicos
acreditam que, se não fosse pela descoberta de Haber, a Alemanha teria sido
forçada a se render muito antes de novembro de 1918. A descoberta rendeu a
Haber (que, durante a guerra, também foi pioneiro no uso de gás venenoso em
batalha) um prêmio Nobel em 1918. De química, e não da paz.
O esforço de guerra, tanto alemão quanto austríaco, baseava-se totalmente em suas
próprias indústrias e capacidade tecnológica. A Alemanha adaptou sua enorme indústria
química e suas indústrias de engenharia para a produção de explosivos, propulsores,
detonadores, obuses, munições e armamentos.
Os franceses e ingleses, por sua vez, viram-se obrigados a expandir suas indústrias
bélicas, constataram que grande parte de seus recursos industriais estava obsoleta, além
de carecer de toda uma gama de indústrias mais modernas. Antes da guerra, dependiam
totalmente da Alemanha quanto aos produtos químicos. De acordo com Rezende Filho
(2010), produtos como anilinas,drogas sintéticas e materiais para processamento
fotográ�cos exempli�cam essa relação, visto que justamente as fábricas que produziam
esses produtos poderiam, facilmente, passar a produzir explosivos. Destarte, a Inglaterra
teve de criar uma indústria química a partir do nada, baseada em patentes alemãs
apreendidas. Também com relação a gêneros mais so�sticados da Segunda Revolução
Industrial, como rolamentos, magnetos, velas de ignição, máquinas fotográ�cas e
aparelhos ópticos, Inglaterra e França eram parcialmente dependentes de importações
alemãs. Encontramos em Harari (2015, p. 271) sobre o “casamento” da ciência e da guerra
para atender a ordem do sistema econômico:
Quando a Primeira Guerra Mundial se transformou em uma guerra de
trincheiras interminável, ambos os lados convocaram cientistas para sair do
impasse e salvar a nação. Os homens de branco atenderam o chamado, e dos
laboratórios saiu um �uxo constante de novas superarmas: aeronaves de
combate, gás venenoso, tanques, submarinos, metralhadoras, peças de
artilharia, ri�es e bombas cada vez mais e�cazes.
Como efeito dessa necessidade material, observa-se, em relação à produção especializada
da Suíça, Suécia e principalmente dos Estados Unidos, o elo de dependência cada vez
maior por parte da Inglaterra e da França. Galbraith (1988, p. 76) a�rma que o próprio
Ministério das Munições britânico reconhece isso em duas passagens: “Durante a primeira
parte de 1915, de fato, os fornecedores ultramarinos assumiram uma posição de maior
importância, uma vez que o Ministério da Guerra se viu forçado a depender deles para o
grosso dos suprimentos de obuses exigidos pela campanha de 1916”, e “A Grã-Bretanha
dependia praticamente dos Estados Unidos para obter material para fabricação de
22/10/2020 Ead.br
https://uniritter.blackboard.com/bbcswebdav/institution/laureate/conteudos/NEG_HIECOG_19/unidade_3/ebook/index.html#section_1 20/42
propulsores para uma vasta proporção de seu material explosivo. Dependia
consideravelmente dos Estados Unidos para obter aço para obuses e outros tipos de aço
para máquinas-ferramentas”. Em pouco tempo, os Estados Unidos assumiram um caráter
de importância vital para o esforço de guerra dos aliados. Inverteram sua posição de
tomadores de empréstimos de capital europeu para a posição de maiores credores da
Europa e experimentaram um enorme impulso em sua produção industrial.
O Pós-guerra
Neste ponto, caro aluno, você está diante de um elemento crucial na história econômica: o
fato histórico, em 1917, da entrada dos Estados Unidos no con�ito. A Europa perdera sua
posição hegemônica para o país americano. Em novembro de 1918, acontece a vitória da
Entente, forçando os países da Aliança a assinarem a rendição. Os derrotados tiveram de
assinar o Tratado de Versalhes. A Alemanha sofreu grandes perdas de territórios e
colônias (Alsácia-Lorena para a França e Prússia Ocidental e Posnânia para a Polônia),
além de ter de ressarcir todos os danos provocados pela guerra. A contribuição de
Rezende Filho (2010) é relevante para o entendimento do desenvolvimento econômico
mundial, pois a forma como tais encargos foram impostos à Alemanha marcou toda a
trajetória econômica da década de 1920, sendo a grande responsável pelo mais forte
abalo que o capitalismo sofreu: a depressão da década de 1930.
22/10/2020 Ead.br
https://uniritter.blackboard.com/bbcswebdav/institution/laureate/conteudos/NEG_HIECOG_19/unidade_3/ebook/index.html#section_1 21/42
O �m da Primeira Guerra Mundial, em 1918, deixou como legado uma série de efeitos
sobre a economia mundo-capitalista, conforme a �gura a seguir apresenta:
22/10/2020 Ead.br
https://uniritter.blackboard.com/bbcswebdav/institution/laureate/conteudos/NEG_HIECOG_19/unidade_3/ebook/index.html#section_1 22/42
O limite temporal entre os anos de 1918 e 1929 é assinalado por Rezende Filho (2010)
como o marco das mudanças estruturais pelas quais o sistema capitalista passava. Trata-
se, para o autor, da crise sistêmica que re�ete sua passagem da juventude para a idade
madura. Com seu espaço geográ�co reduzido, o capitalismo assistiu à luta de sua área
central originária, a Europa, para recobrar sua antiga posição hegemônica sobre a
economia-mundo. No entanto, o novo centro, os Estados Unidos, atravessava,
notavelmente, um período de prosperidade, devido mais aos créditos acumulados no
período da guerra, junto aos países aliados, do que a um real alargamento de seu
mercado consumidor interno.
Conforme Saes e Saes (2013), o período da guerra, por concentrar a produção bélica, criou
uma demanda reprimida por muitos produtos — não só os bens duráveis, mas também
22/10/2020 Ead.br
https://uniritter.blackboard.com/bbcswebdav/institution/laureate/conteudos/NEG_HIECOG_19/unidade_3/ebook/index.html#section_1 23/42
de consumo corrente, não disponíveis nos anos de con�ito. Além disso, o �nanciamento
da guerra se fez, ainda que em pequena parte, por meio de empréstimos do público aos
governos — por meio dos chamados bônus de guerra —, ou seja, uma parcela da
população formou, durante a guerra, uma poupança que, ao �m, poderia ser gasta para
satisfazer a demanda reprimida durante os anos de guerra. Assim, admite-se que uma
demanda, represada por cerca de quatro anos, foi liberada em 1919 e gerou impulso para
a expansão da economia de alguns países.
Ainda para Saes e Saes (2013), o pós-guerra demarcou na Europa Ocidental duas fases
distintas.
Quadro 3.2 - Fases do pós-guerra 
Fonte: Adaptado de Saes e Saes (2013).
22/10/2020 Ead.br
https://uniritter.blackboard.com/bbcswebdav/institution/laureate/conteudos/NEG_HIECOG_19/unidade_3/ebook/index.html#section_1 24/42
Esse repentino crescimento da demanda teve outro forte impacto na economia: uma
abrupta elevação dos preços, em parte potencializada por políticas monetárias e �scais
expansionistas. Destarte, a tendência a elevar os preços, já presente durante a Primeira
Guerra, acentuou-se em 1919 e 1921. Foi generalizada a in�ação por toda a Europa. A
tabela a seguir demonstra o índice de preços para o consumidor entre 1914 e 1920.
Tabela 3.3 - Índices de preços ao consumidor (1914–1920) 
Fontes: Feinstein, Temin e Toniolo (1997, p. 39 apud SAES; SAES, 2013, p. 326) e Arthmar (1997,
p. 94 apud SAES; SAES, 2013, p. 326). 
*Preços no atacado. 1913=100; 1918=jan/1919; 1920=jun/1920.
Se o crescimento da produção foi característico de alguns países, tais como Estados
Unidos, Grã-Bretanha e Japão, a in�ação se generalizou por toda a Europa, ainda que em
graus distintos.
22/10/2020 Ead.br
https://uniritter.blackboard.com/bbcswebdav/institution/laureate/conteudos/NEG_HIECOG_19/unidade_3/ebook/index.html#section_1 25/42
Esse surto expansivo sofreu abrupta e profunda reversão a partir de meados de 1920.
Essa reversão foi particularmente forte nos Estados Unidos.
Recessão e de�ação intensas nos Estados Unidos e na Grã-Bretanha atingiram
outros países de forma variada. Alguns também controlaram a in�ação depois
de 1920, promovendo mesmo alguma de�ação: foi o caso da Suíça, Suécia,
Noruega, Dinamarca e Holanda. Outros, como a França e a Itália, continuaram
a registrar algum grau moderado de in�ação. Finalmente, Alemanha, Áustria e
Hungria passaram por hiperin�ações em níveis inéditos na história econômica
mundial (FEINSTEIN; TEMIN; TONIOLO 1997, p. 39 apud SAES; SAES 2013, p.
326).
No que tange ao desempenho das economias na primeira metade dos anos 1920,
podemos declarar que foi variado. No caso dos Estados Unidos, retomaram o rápido
crescimento, ao passo que a Grã-Bretanha, em busca do padrão-ouro, manteve-se
estagnada. O índice de atividade industrial, apresentado em Saes e Saes (2013), re�ete,
em grande medida, a forma como os países se envolveram com a Primeira Guerra: os
mais afetados pela destruição e os que arcaram com as reparações de guerra tiveram
grande di�culdade para, ainda na primeira metade dos anos 1920, retomarem o
crescimento econômico.
O Tratado de Versalhes, assinado em junho de 1919, de�niu que as reparações de guerra
eram devidaspela Alemanha para os vencedores,  Grã-Bretanha, França, Estados Unidos e
Itália.
Os objetivos dos vencedores, em síntese, eram: fortalecer os países europeus
para que não fossem levados pelo caminho da revolução russa e redividir os
22/10/2020 Ead.br
https://uniritter.blackboard.com/bbcswebdav/institution/laureate/conteudos/NEG_HIECOG_19/unidade_3/ebook/index.html#section_1 26/42
territórios deixados em aberto pela queda dos grandes Impérios (Austro-
Húngaro, Russo, Turco e Alemão); enfraquecer a Alemanha, que quase sozinha
havia derrotado as tropas aliadas; redi�nir as políticas internas dos países
vitoriosos; e, �nalmente, garantir um acordo de paz que impossibilitasse o
surgimento de uma nova guerra. Para tanto foi criada a “Liga das Nações”, que
deveria agregar as principais potências mundiais a �m de solucionar pací�ca e
democraticamente as questões diplomáticas entre os países. Contudo, tanto o
Tratado de Versalhes como a Liga das Nações se mostraram incapazes de
instituir um equilíbrio de poder de�nitivo (SAES; SAES, 2013, p. 329).
Rompeu-se o con�ito, �caram as severas punições aos que foram vencidos. O tratado
entendia que a Alemanha era a culpada pela guerra e, por esse motivo, perdeu um total
de 13,5% de seu território; teve de entregar sua frota naval para a Grã-Bretanha; foi
privada de manter uma força aérea e tinha a permissão para um exército de apenas 100
mil homens; e, por �m, �cou com todas as dívidas de guerra.
praticarVamos Praticar
Embora haja uma série de motivos políticos e ideológicos que tenham levado as nações
europeias à formação de dois blocos antagônicos de alianças militares, as razões subjacentes da
Primeira Guerra Mundial (1914–1918) foram de ordem econômica. E implicaram um impacto no
sistema capitalista de forma brutal.
Sobre o conjunto de acontecimentos que abalou seriamente o contexto mundial nessa dimensão
temporal, analise as a�rmativas a seguir.
I. A guerra carregou consigo fortes elementos do colonialismo europeu.
II. Todas as potências mundiais estavam envolvidas no con�ito.
III. O esforço de guerra, tanto alemão quanto austríaco, baseava-se totalmente em suas próprias
indústrias e capacidade tecnológica.
Está correto o que se a�rma em:
a) I, apenas.
22/10/2020 Ead.br
https://uniritter.blackboard.com/bbcswebdav/institution/laureate/conteudos/NEG_HIECOG_19/unidade_3/ebook/index.html#section_1 27/42
b) III, apenas.
c) I e II, apenas.
d) II e III, apenas.
e) I, II e III.
22/10/2020 Ead.br
https://uniritter.blackboard.com/bbcswebdav/institution/laureate/conteudos/NEG_HIECOG_19/unidade_3/ebook/index.html#section_1 28/42
Em um tratamento muito breve, abordaremos o contexto econômico mundial dos anos
1920. É relevante a contextualização a ser apresentada, uma vez que se trata do cenário
da conhecida crise de 1929, a qual estudaremos adiante.
A retomada do padrão-ouro era o que Rezende Filho (2010) considera como primeiro
problema com que a Grã-Bretanha se deparou. Na visão dos “economistas clássicos”, o
retorno ao padrão-ouro era necessário para normalização das transações internacionais e
para garantir a atuação livre dos mecanismos de mercado. E assim esse sistema foi
restabelecido. Relacionado à moeda com lastro metálico estava o problema da Alemanha. 
A Economia Mundial e os AnosA Economia Mundial e os Anos
19201920
22/10/2020 Ead.br
https://uniritter.blackboard.com/bbcswebdav/institution/laureate/conteudos/NEG_HIECOG_19/unidade_3/ebook/index.html#section_1 29/42
O país derrotado da Primeira Guerra Mundial viu sua economia arruinada por uma série
de fatores. A enorme quantidade de títulos públicos emitidos sem lastro durante a guerra,
aliada à perda de territórios de concentração industrial e de recursos naturais e à
instabilidade política são fatores que representam esse contexto. Conforme Rezende Filho
(2010), em �nais de 1922, a Alemanha se declarou incapaz de continuar com o pagamento
das reparações, o que levou a França, que apostava todo seu futuro econômico nos
pagamentos que adviriam dos germânicos, a ocupar a região do Ruhr, em 1923, para que
o fornecimento de carvão garantisse o pagamento da dívida. Os efeitos psicológicos da
ocupação e a onda de greves dos mineiros que se seguiu, tornaram a situação
insustentável. Em �ns de 1923, entretanto, o marco é abandonado por não valer mais
nada e foi criado o rentenmark para substituí-lo. Em nossa sucinta análise, devemos
apresentar, ainda, sob a perspectiva econômica alemã, a elaboração do Plano Dawes por
parte de uma comissão internacional. O plano estabeleceu novos valores anuais para o
pagamento das reparações, considerando o quanto a Alemanha poderia pagar, e não
quanto deveria pagar como culpada pela guerra. Além disso, garantiu um empréstimo de
40 milhões de libras para auxiliar nesses pagamentos.
O outro pilar da economia europeia, por seu lado, também não se comportava mais como
no pré-guerra. A França é obrigada a manter-se pela força militar em suas novas áreas da
Síria e Líbano, e na Indochina a década de 1920 pauta-se pelo renascimento do
sentimento nacionalista vietnamita, com uma série de greves, passeatas de protestos e
incipientes movimentos de rebeldia militar. Em 1919 o Ocidente é sacudido pelas
manifestações chinesas contra os acordos coloniais do Tratado de Versalhes e a presença
do Japão em seu território. Na Índia, após o massacre de Amritsar em 1919, quando 379
22/10/2020 Ead.br
https://uniritter.blackboard.com/bbcswebdav/institution/laureate/conteudos/NEG_HIECOG_19/unidade_3/ebook/index.html#section_1 30/42
homens, mulheres e crianças são mortos pelos ingleses durante manifestação pací�ca, a
presença inglesa não será mais aceita consensualmente. Surgem movimentos de aberta
rebeldia e de resistência pací�ca de Mahatma Gandhi. A Inglaterra é obrigada a conceder
independência a seus ex-domínios do Canadá, Austrália, Nova Zelândia e África do Sul,
graças em grande parte ao auxílio que eles lhe prestaram durante a guerra, reconhecendo
que a ligação que mantinham entre si, devia-se apenas ao símbolo de uma coroa comum.
E mesmo os países sujeitos ao imperialismo informal, vêem a presença econômica
europeia diminuir; Argentina e Brasil, por exemplo, adquirem durante os anos 20, 64% e
50% de suas importações na Europa, contra 80 e 60% em 1913. Em resumo, sem o a�uxo
de capitais norte-americanos, a Europa é incapaz de aumentar tanto suas exportações
como suas importações, para equipará-las aos níveis de pré-guerra (REZENDE FILHO,
2010, p. 201).
Os Estados Unidos, diferentemente da Europa, adentraram a década de 1920 como a
maior economia industrial e �nanceira no mundo. Adotaram um posicionamento
isolacionista de um país praticamente autossu�ciente. Um exemplo disso é a defesa por
parte do partido republicano, em 1920, por uma plataforma de ações que dava prioridade
para o mercado interno, relegando a um plano secundário as considerações de ordem
internacional. Tanto é que o Congresso norte-americano decidiu por não rati�car o
Tratado de Versalhes. No entanto,
[...] seu gigantismo industrial, comercial e �nanceiro revelou com o crash da
bolsa de Nova Iorque, em 1929, o quanto as diferentes partes da economia
mundial estavam estreitamente conectadas com a economia norte-americana. A
evolução da economia norte-americana na década de 1920, respondeu,
portanto, a esses dois determinantes: de um lado, o isolacionismo de sua
política; de outro, o peso de sua economia mundial (SAES; SAES, 2013, p. 334).
Por �m, o período de 1925–1929 teve como peculiaridade sua reconstrução a partir do
padrão-ouro, em uma fase de expansão signi�cativa e desenvolvimento da economia
mundial e com a incorporação das transformações da Segunda Revolução Industrial.
Aprendemos com Saes e Saes (2013) que se trata de um período de fragilidade por conta
da dependência mundial em relação às exportações de capital norte-americanas que se
re�etem em 1928, quando os Estados Unidos, na tentativa de segurar o boom em Wall
Street, elevou a taxa de juros. Para compensar a queda da entradade capitais dos Estados
Unidos, vários países retornaram às políticas protecionistas, com o objetivo de ampliar as
rendas das balanças comerciais. O impacto da crise de 1929 e da Grande Depressão
evidenciou que as bases da economia mundial da década de 1920 eram frágeis e foram
insu�cientes para fazer frente aos problemas colocados pelos eventos do �m da década. 
22/10/2020 Ead.br
https://uniritter.blackboard.com/bbcswebdav/institution/laureate/conteudos/NEG_HIECOG_19/unidade_3/ebook/index.html#section_1 31/42
praticarVamos Praticar
“Assim, os estudiosos do período totalitário têm-se concentrado quase exclusivamente na
Alemanha de Hitler e na Rússia de Stalin, esquecendo os seus predecessores menos nocivos,
enquanto o domínio imperialista, a não ser para �ns de insulto, parece semiesquecido, o que é
deplorável, principalmente porque é mais do que óbvia a sua relevância para todos os
acontecimentos contemporâneos. [...] mas as ameaças e palavras têm semelhança muito mais
agourenta com os atos e justi�cações verbais que precederam a eclosão da Primeira Grande
Guerra, quando uma centelha em região periférica e de interesse secundário para todos os
interessados serviu de estopim a uma con�agração de dimensões mundiais.”
ARENDT, H. Origens do totalitarismo: antissemitismo, imperialismo, totalitarismo. São Paulo:
Companhia de Bolso, 2014.
Diante da leitura do excerto, analise as a�rmativas abaixo:
I. A centelha na região periférica que a autora se refere é o episódio em Sarajevo, o assassinato
do herdeiro do império Austro - Húngaro.
22/10/2020 Ead.br
https://uniritter.blackboard.com/bbcswebdav/institution/laureate/conteudos/NEG_HIECOG_19/unidade_3/ebook/index.html#section_1 32/42
II. A autora chama a atenção para a questão imperialista enquanto elemento óbvio dos
acontecimentos contemporâneos.
III. Fica evidente no texto que Hitler e Stalin não são exemplos do fenômeno do totalitarismo.
Está correto o que se a�rma em:
a) I, apenas.
b) III, apenas.
c) I e II, apenas.
d) II e III apenas.
e) I, II e III.
22/10/2020 Ead.br
https://uniritter.blackboard.com/bbcswebdav/institution/laureate/conteudos/NEG_HIECOG_19/unidade_3/ebook/index.html#section_1 33/42
O período que segue à de�agração da Primeira Guerra Mundial marcou o início de uma
série de eventos conjunturais que, somados, re�etem uma fase de profundas rupturas na
organização da economia internacional. Direta ou indiretamente, questionava-se, a partir
da guerra, a in�uência política dos países imperialistas, a divisão geográ�ca do mundo
entre eles e, ainda, a organização do sistema econômico internacional. Para Rezende Filho
(2010, p. 187), trata-se de uma dimensão temporal que re�ete em uma crise de
crescimento do sistema capitalista, no qual acontece sua "passagem da 'juventude' para a
idade 'adulta'".
No sistema dos Estados Unidos, otimismo e con�ança eram sentimentos inerentes ao
público em geral na época que antecedeu a queda da bolsa nova-iorquina. Até fevereiro
de 1928, aproximadamente, a alta do preço dos papéis seguiu assinalando o aumento dos
lucros das empresas, a partir dessa dimensão temporal, conforme Rezende Filho (2010),
ela foi sustentada pela onda especulativa.  Em meados de 1928, a construção civil foi
abalada por um colapso. Assim, em 4 de dezembro de 1928, o presidente norte-
americano Calvin Coolidge emitiu uma mensagem no intuito de restabelecer a
credibilidade. Galbraith (1988, p. 3) nos apresenta a a�rmação da autoridade americana:
nenhum Congresso deste país já se terá reunido para apreciar o estado da
União diante de uma perspectiva mais agradável do que a que se apresenta
neste momento. O cenário nacional é de tranquilidade e satisfação… além de
registrar o recorde absoluto de anos de prosperidade. O cenário internacional
apresenta a paz e a boa vontade próprias do entendimento mútuo’… A�rmava o
Presidente que juntamente com o país todos os legisladores podiam olhar o
presente com satisfação e aguardar o futuro com otimismo.
A Grande Depressão e o NewA Grande Depressão e o New
DealDeal
22/10/2020 Ead.br
https://uniritter.blackboard.com/bbcswebdav/institution/laureate/conteudos/NEG_HIECOG_19/unidade_3/ebook/index.html#section_1 34/42
As frágeis bases sobre as quais se assentava a era de prosperidade norte-americana são
ainda mais fragilizadas pela corrida especulativa, que fez, de 1923 a 1926, as transações
na Bolsa de Nova Iorque subirem de 236 para 451 milhões de títulos, enquanto o preço
médio de 25 títulos representativos subiu 54%. A presença dos consórcios de
investimentos, de grandes empresas e de bancos, atuantes no mercado de ações como
�nanciadores, demonstrava a explosão de crédito que houve, no �nal da década de 1920,
para ser direcionado a ganhos �nanceiros por meio da especulação.
O dia 24 de outubro de 1929 �cou marcado na história como a “Quinta-feira negra”,
considerado o dia decisivo para a quebra da Bolsa de Valores de Nova Iorque. Hobsbawm
(1995, p. 91) considera que sem esse episódio
[...] com certeza não teria havido Hitler. Quase certamente não teria habido
Roosevelt. É muito improvável que o sistema soviético tivesse sido encarado
como um sério rival econômico e uma alternativa possível ao capitalismo
mundial. As consequências da crise econômica no mundo não europeu ou não
ocidental[...], foram patentemente impressionantes. Em suma, o mundo da
segunda metade do século XX é incompreensível se não entendermos o impacto
do colapso econômico.
Esse dia marcou a história econômica. Rompeu-se as condições arti�ciais do crescimento
da economia norte-americana, pois se chegou ao ponto em que os compradores não mais
levavam em conta o valor intrínseco dos títulos, procurando aumentar seu patrimônio
pela simples posse de ações quaisquer. Isso, naturalmente, supervalorizava todos os
papéis. Nessas condições, mesmo as ações das empresas mais sólidas se encontravam
megavalorizadas, enquanto as empresas de segunda linha haviam atingido preços
injusti�cáveis, muito além do seu valor patrimonial ou de sua capacidade de remunerar,
por meio de dividendos, os capitais aplicados.
A observação de Romer é extremamente pertinente nesse ponto:
pessoas que não são economistas geralmente vêem o crash da Bolsa de Valores
de Nova York e a Grande Depressão como o mesmo evento. O declínio no preço
das ações  em outubro de 1929 e o tremendo declínio na produção real entre
1929 e 1933 são simplesmente vistos como parte do mesmo declínio
cataclísmico da economia americana. Em contraste, muitos economistas
acreditam que os dois eventos estão mais tangencialmente relacionados
(ROMER, 1990, p. 597 [tradução nossa]).
22/10/2020 Ead.br
https://uniritter.blackboard.com/bbcswebdav/institution/laureate/conteudos/NEG_HIECOG_19/unidade_3/ebook/index.html#section_1 35/42
O impacto da depressão posterior à crise de 1929 se estendeu por longos anos, de
maneira que o PIB norte-americano apenas recuperou o valor referente ao período
anterior ao colapso em 1937. Os eventos identi�cados como a Grande Depressão, dessa
forma, foram muito mais traumáticos e graves do que o simbolismo da quebra da bolsa.
Para aqueles que por de�nição, não tinham controle ou acesso aos meios de
produção (a menos que pudessem voltar para uma família camponesa no
interior), ou seja, os homens e mulheres contratados por salários, a
consequência básica da Depressão foi o desemprego em escala inimaginável e
sem precedentes, e por mais tempo do que qualquer um já experimentara. No
pior período da Depressão (1932-3, 22% a 23% da força de trabalho britânica e
belga, 24% da sueca, 27% da americana, 29% da austríaca, 31% da
norueguesa, 32% da dinamarquesa e nada menos que 44 % da alemã não
tinham emprego. E, o que é igualmente relevante, mesmo a recuperação após
1933 não reduziu o desemprego médio da década de 1930 abaixo de 16% a
17% na Grã-Bretanha e Suécia ou 20% no resto da Escandinávia. O único
Estado ocidental que conseguiu eliminar o desemprego foi a Alemanha nazista
entre 1933 e 1938. Não houvera nada semelhante a essa catástrofeeconômica
na vida dos trabalhadores até onde qualquer um pudesse lembrar (HOBSBAWM,
1995, p. 91).
A repercussão da Grande Depressão afetou o mundo na década de 1930. Houve
revoluções sociais, instauração de novas formas de governo e, também, criação de novas
políticas econômicas. Tal peculiaridade transformou o crash da Bolsa de Nova Iorque e a
depressão dele decorrente em um dos grandes temas dentre os estudos e os debates
econômicos.
22/10/2020 Ead.br
https://uniritter.blackboard.com/bbcswebdav/institution/laureate/conteudos/NEG_HIECOG_19/unidade_3/ebook/index.html#section_1 36/42
A década de 1930 (Grande Depressão) pode ser pensada como mais um elemento
desestabilizador no cenário de reorganização da economia mundial. Esse ínterim foi
marcado pela permanência das incertezas herdadas da década anterior. A onda de
falência dos bancos, nos Estados Unidos, o aumento do desemprego, a de�ação e a crise
da agricultura resultaram em um projeto global bem de�nido para enfrentar essa
conjuntura: o New Deal. Outro fato que merece destaque, principalmente para os
estudiosos da economia, foi a publicação da obra de Keynes, Teoria geral do emprego do
juro e da moeda, em 1936. Ousamos omitir alguns elementos importantes para a história
econômica geral, diante do convite, caro(a) aluno(a), para que possa conhecer obras
importantes e esclarecedoras do período estudado. Galbraith, Keynes, Schumpeter, Berle
e Means, entre outros.
praticarVamos Praticar
O �m da Primeira Guerra Mundial, em 1918, deixou como legado uma série de efeitos sobre a
economia mundo-capitalista. A Europa perdeu sua posição hegemônica; houve uma profunda
desorganização econômica mundial; as colônias foram aliadas das metrópoles, resultando no
autogoverno, en�m, foi um impacto mundial.
Sobre esse horrendo episódio histórico, assinale a alternativa que indica o registro o�cial que
estabeleceu o �nal da Grande Guerra Mundial.
a) Tratado de Versalhes.
b) Tratado  de Tordesilhas.
c) Conferência de Berlim.
d) Conferência de Estocolmo.
e) Bretton Woods.
22/10/2020 Ead.br
https://uniritter.blackboard.com/bbcswebdav/institution/laureate/conteudos/NEG_HIECOG_19/unidade_3/ebook/index.html#section_1 37/42
indicações
Material Complementar
LIVRO
O Imperialismo Global
Flávio Bezerra de Farias
Editora: Cortez
ISBN: 9788524920196
Comentário: Este livro critica as teorias do imperialismo global,
na sua con�guração atual. Aborda essa experiência tanto para
orientar a práxis de resistência quanto para encontrar uma
alternativa àquela con�guração socioeconômica opressora,
como uma totalidade concreta. O �o condutor de uma iniciativa
tão ampla e profunda reside em desmisti�car e superar as
ideologias e as estratégias consensuais e integracionistas, que
erigiram autoritariamente um sistema positivista e naturalizado
diante da dinâmica de autoemancipação das massas exploradas,
dominadas e humilhadas nos contextos nacionais, continentais e
globais.
22/10/2020 Ead.br
https://uniritter.blackboard.com/bbcswebdav/institution/laureate/conteudos/NEG_HIECOG_19/unidade_3/ebook/index.html#section_1 38/42
FILME
O Jardineiro Fiel
Ano: 2005
 Comentário: O reservado diplomata britânico Justin Quayle se
muda para o Quênia
com sua adorável jovem esposa Tessa, uma ativista pela justiça
social. Justin se prepara para descobrir a verdade por trás do
assassinato e, no processo, ele desenterra algumas revelações
perturbadoras, em uma trama que envolve corrupção e
interesses econômicos relacionados a grandes corporações
farmacêuticas.
Para conhecer mais sobre o �lme, acesse o trailer disponível em:
T R A I L E R
22/10/2020 Ead.br
https://uniritter.blackboard.com/bbcswebdav/institution/laureate/conteudos/NEG_HIECOG_19/unidade_3/ebook/index.html#section_1 39/42
conclusão
Conclusão
É sobre um tempo infértil que estudamos no contexto das grandes transformações
capitalistas. Sem fecundidade, pois entendemos que a vida humana tem um valor que
transcende a ordem econômica. A Primeira Guerra Mundial foi o primeiro evento,
efetivamente, que envolveu todas as Grandes Potências e milhões de mortos — a
nacionalidade deles não tem a menor relevância —; vidas que se foram para satisfazer os
anseios das disputas coloniais. A humanidade sobreviveu, mas nunca mais foi a mesma!
Apresentamos o cenário histórico da Primeira Guerra composto pela Tríplice Aliança e
pela Tríplice Entente. O motivo era o de pontuar o contexto imperialista vigente. A guerra
alterou a con�guração mundial.
referências
Referências
Bibliográ�cas
GALBRAITH, J. K. 1929 - O Colapso da Bolsa. São Paulo: Pioneira, 1988.
HARARI, Y. N. Sapiens: uma breve história da humanidade. 7. ed. Porto Alegre: L&PM,
2015.
HOBSBAWM, E. A Era dos Extremos: O Breve Século XX: 1914-1991. São Paulo:
Companhia das Letras, 1995.
KEYNES, J. M. As consequências econômicas da paz. Brasília: Universidade de Brasília,
2002. Disponível em: < http://funag.gov.br/loja/download/42-
As_Consequencias_Economicas_da_Paz.pdf>. Acesso em: 14 mar. 2018.
22/10/2020 Ead.br
https://uniritter.blackboard.com/bbcswebdav/institution/laureate/conteudos/NEG_HIECOG_19/unidade_3/ebook/index.html#section_1 40/42
MORAES, L. E. História Contemporânea: Da Revolução Francesa à Primeira Guerra
Mundial. São Paulo: Contexto, 2017.
REZENDE FILHO, C. B. História Econômica Geral. 9. ed. São Paulo: Contexto, 2010.
ROMER, C. The Great Crash and the Onset of the Great Depression (1929-1933). The
Quarterly Journal of Economics, v. 105, n. 3, p. 597-624, 1990.
SAES, F. A. M.; SAES, A. M. História econômica geral. São Paulo: Saraiva, 2013.
SONDHAUS, L. A Primeira Guerra Mundial. São Paulo: Contexto, 2013.
IMPRIMIR
22/10/2020 Ead.br
https://uniritter.blackboard.com/bbcswebdav/institution/laureate/conteudos/NEG_HIECOG_19/unidade_3/ebook/index.html#section_1 41/42
22/10/2020 Ead.br
https://uniritter.blackboard.com/bbcswebdav/institution/laureate/conteudos/NEG_HIECOG_19/unidade_3/ebook/index.html#section_1 42/42

Continue navegando