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O PRINCÍPIO DA ADEQUAÇÃO SETORIAL NEGOCIADA PERDA DE FUNCIONALIDADE COM O ADVENTO DA LEI 13.46717

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O PRINCÍPIO DA ADEQUAÇÃO 
SETORIAL NEGOCIADA: PERDA 
DE FUNCIONALIDADE COM O 
ADVENTO DA LEI 13.467/17 
1Francisca Geneci Braga Viana; 2Ysmênia de Aguiar Pontes; 
1Aluna do Curso de Direito Faculdade Luciano Feijão, Sobral/CE; 
2Orientador/Professora do Curso de Direito Faculdade Luciano Feijão, Sobral/CE 
(ysmeniapontesadv@gmail.com). 
 
RESUMO 
 
Enquanto o direito individual do trabalho dita-se pelo princípio da irrenunciabilidade, pelo qual 
não é dado ao empregado o poder de transacionar ou até mesmo renunciar direitos 
trabalhista, na seara coletiva o mesmo tem ampla possibilidade de assim fazer desde que 
respeite limites, tais balizas são ponderadas justamente pelo princípio da adequação setorial 
negociada, o qual postula os limites dos quais é dado a negociação coletiva flexibilizar, sempre 
mantendo os postulados mínimos do direito do trabalho importantes a conservação da 
dignidade da pessoa humana, desta forma o estudo instaurado no seguinte trabalho tem como 
objetivo apresentar o conceito e desdobramentos do princípio supramencionado e reputar se 
a chegada da lei 13.467/17 acabou por prejudicar a sua aplicabilidade. A pesquisa é 
bibliográfica baseada em uma análise combinada entre a obra Curso de Direito do Trabalho 
do doutrinador Mauricio Godinho Delgado e artigos diversos com a mesma temática tendo 
como escopo um exame descritivo. De acordo com o princípio da adequação setorial 
negociada alguns critérios devem ser observados para que haja a prevalência de normas 
autônomas frente as heterônomas um deles exige que sejam transacionados apenas direitos 
de indisponibilidade relativa e não os de indisponibilidade absoluta, mantendo assim o 
patamar mínimo civilizatório, nota-se assim que ficava a cargo do princípio arrazoar se aquela 
norma estava ou não transacionando apenas direitos de indisponibilidade relativa, contudo, 
com o advento da reforma trabalhista lei 13.467/17 mais especificamente em seus artigos 
611-A e 611-B a legislação infraconstitucional acaba por trazer uma pauta objetiva de direitos 
de indisponibilidade relativa e absoluta, respectivamente, abalando a sua funcionalidade, pois 
o magistrado no exame do caso concreto relacionado a validade ou até o conflito que envolva 
determinada norma coletiva fica restrito ao rol de ordem objetiva trazido nos artigos 
privilegiando o princípio da intervenção mínima na negociação coletiva em flagrante violação 
ao princípio da inafastabilidade da jurisdição. Portanto a reforma trabalhista embaraçou a 
eficiência do princípio, haja vista o rol expressamente elencado nos artigos 611-A E 611-B 
dispensarem maiores discussões antes possíveis em razão da aplicabilidade integral do 
princípio da adequação setorial negociada, apesar do mesmo ainda ser necessário quando 
do desentendimento legislativo entre alguns determinados incisos. 
 
Palavras-chave: Reforma Trabalhista; Norma Coletiva; Adequação Setorial Negociada. 
 
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