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Desenvolvimento econômico segundo os economistas clássicos Mercantilistas Segundo os mercantilistas, a riqueza das nações depende do afluxo externo de metais preciosos. Essa ideia levou a expansão do comércio internacional, provocando maior crescimento econômico das nações envolvidas. No entanto, o principal defeito do sistema, no interior de cada país, era o de desconsiderar o relevante papel das M’s no desenvolvimento econômico. Procura-se a maximização do saldo da balança comercial pela expansão das X’s e compressão das M’s. Essa política que levava ao protecionismo da atividade econômica interna contra similares importados no LP mostra-se prejudicial ao desenvolvimento. No caso da França, além da insuficiência de recursos naturais, o protecionismo herdado do mercantilismo teria sido também o responsável pela industrialização tardia desse país em relação à Inglaterra. No LP essa política dificultou a difusão tecnológica e a adoção de processos de produção redutores de custos. A proteção agrícola contribuiu para manter elevados os preços internos de alimentos e matérias-primas, aumentando o custo de vida e os salários de mercado. No mercantilismo tudo era feito para maximizar a acumulação de ouro e prata, metais considerados superiores ao ferro e aço. Assim, o Estado deveria colocar essa política em marcha, mesmo em detrimento de países aliados e de suas colônias. Essa concepção levou a intensa intervenção estatal na economia e o protecionismo da indústria em formação, em detrimento das atividades agropecuárias. Na França, o sistema mercantilista adquiriu a forma industrialista. Procurava-se incentivar a indústria como forma de se obter uma BC superavitária. Nesse sentido, o Estado concedia o monopólio a alguns indivíduos para a produção de determinados bens, fixava a taxa de juros e estabelecia salários máximos a fim de manter a competitividade das exportações. Normas governamentais limitavam o comercio interno de bens de luxo importados. Com o objetivo de aumentar o poder comercial entre as nações, cada metrópole estabeleceu um pacto colonial com suas colônias. Mediante esse pacto, todo o comércio externo das colônias efetuava-se apenas com a metrópole, que fixava os preços e as quantidades dos produtos comercializados. Os preços das manufaturas importadas pelas colônias deveriam ser os mais elevados possíveis, enquanto eram fixados em níveis extremamente baixos os preços das matérias-primas e alimentos metrópole. Essa política promoveu uma revolução comercial na Europa e consolidou as economias nacionais dos grandes países europeus, mas estabeleceu as raízes do subdesenvolvimento contemporâneo. Contudo, o sistema capitalista tinha sua coerência interna. De um lado, a preocupação em expandir as exportações contribuirá para desafogar os estoques de mercadorias e elevar a renda e do emprego. De outro lado, o afluxo de moedas ajudava a reduzir a taxa de juros e com isso, estimulava o nível de investimento e o crescimento econômico. Fisiocratas Os fisiocratas combatiam a doutrina mercantilista ao propor uma conduta liberal por parte do Estado e ao transferir atenção da análise da órbita do comércio para a produção. O produto líquido somente é gerado na agricultura por meio do fator terra que é uma dádiva da natureza. Há uma funcionalidade entre os três setores econômicos e a riqueza circula entre as três classes sociais: a) Classe produtiva: capitalistas e trabalhadores da agricultura; b) Classe estéril: capitalistas e trabalhadores dos demais setores e; c) Classe ociosa: proprietários de terras; Para eles, a indústria e o comércio não passavam de desdobramentos da agricultura, sendo esta penalizada pela ação discriminatória do Estado. Segundo os fisiocratas a terra produz valor por sua fertilidade, segundo as leis físicas. Com essa lei natural regulando a ordem econômica, os agentes precisam agir livremente. Ao criar obstáculos à circulação de pessoas e bens o Estado estaria inibindo essa ordem natural. Argumentavam que as relações econômicas fluem no organismo social como o sangue no corpo humano. Uma atividade agropecuária mais produtiva não podia desenvolver-se naturalmente pela histórica discriminação contra a agricultura. Seria necessário um programa fisiocrático para mudar essa ordem vigente, criar condições para o aumento nos investimentos na atividade agrícola para desencadear o crescimento dos demais setores. Fica implícita a tese central da fisiocracia de que apenas a agricultura produz excedente. Os preços dos produtos agrícolas deveriam ser altos para estimular o aumento da produção e da produtividade. Esta é a doutrina do caro e abundante ou teoria do bom preço. Em relação aos preços das manufaturas, a postura fisiocrata era oposta. Eles deveriam ser baixos para estimular o consumo dos produtos agrícolas induzindo novos investimentos na agricultura e o crescimento dos demais setores de atividade, aumentando a riqueza nacional. Os fisiocratas consideram os gastos em bens de luxo prejudiciais a noção do bom preço, tendo em vista que seriam efetuados, em detrimento das despesas com produtos agrícolas. Eles propunham, a redução do excesso de regulamentação oficial a eliminação de barreiras ao comércio interno e a promoção das exportações. Os fisiocratas viam a excessiva regulamentação do Estado como um elemento redutor da produtividade geral da economia. O pensamento fisiocrático era portanto, liberal, que se traduzia na fórmula laissez faire, laissez passer; Eles foram adeptos do hedonismo, doutrina segundo a qual o indivíduo procura obter a máxima satisfação, com o mínimo dispêndio ou esforço. No agregado, quando cada indivíduo procede desse modo, a sociedade está obtendo o máximo bem estar social. As ideias principais resumem-se em quatro pontos 1) o aumento dos investimentos na agricultura eleva a produtividade agrícola e impulsiona o crescimento do resto da economia; 2) a contenção dos gastos em bens de luxo é indispensável para não afetar a demanda de produtos agrícolas, seus preços e o nível de investimento na agricultura; 3) A eliminação das restrições as exportações são necessárias para aumentar o seu fluxo e manter em elevação os preços dos produtos agrícolas e estimular o desenvolvimento da agricultura e do resto da economia; 4) A redução da carga tributária aliviaria os consumidores da elevação dos preços dos produtos agrícolas, mantendo os níveis de demanda desses produtos agrícolas, mantendo os níveis de demanda desses produtos e estimulando a agropecuária e a economia em seu conjunto;
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