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UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARANÁ BANCADA 03: ALINE ZHOU ANA CAROLINA LOPES DE MELO DIOVANA MAGALHÃES DE TOLEDO PIMENTA LOUSEANE SILVA DE LIMA FÍSICO QUÍMICA EXPERIMENTAL I – CQ050 EXPERIMENTO 7: LEI DE HESS CURITIBA – PARANÁ Experimento realizado em: 15 de outubro de 2019 2 1 INTRODUÇÃO A Lei de Hess foi determinada pelo químico suíço Germain Henry Hess (1802- 1850) e é de suma importância em estudos termoquímicos. É uma das aplicações da Primeira Lei da Termodinâmica, ou seja, do princípio da conservação de energia e sendo uma função de estado, independe do caminho em que foi realizada. Seu cálculo é feito a partir uma combinação das entalpias-padrões de diversas reações a fim de obter a entalpia de reação, sendo intitulada da seguinte maneira: “A entapia-padrão de uma reação é igual a soma das entalpias padrões de reações parciais em que a reação possa ser dividida.” (ATKINS; PAULA, 2012) Uma maneira para vizualizar a Lei de Hess é a utilização de um diagrama de energia como mostrado na figura abaixo: FIGURA 1: DIAGRAMA DE ENERGIA FONTE: Toda Materia O diagrama da Figura 1 tem a função de explicitar os níveis de entalpia. As convenções utilizadas para o sinal da entalpia são as seguintes: para reações endotérmicas, absorção energia, 0H ; para reações exotérmicas, liberação de energia 0H . (ATKINS; PAULA, 2012) 3 2 OBJETIVO A prática realizada teve como objetivo determinar a constante calorimétrica do calorímetro utilizado no experimento e calcular a entalpia de formação do cloreto de amônia a partir da lei de Hess. 4 3 PROCEDIMENTO EXPERIMENTAL 3.1 MATERIAIS Foram empregados um calorímetro constituído a partir de uma garrafa térmica, termômetro, béquer, aquecedor elétrico, provetas de 100 mL, sal de NH4Cl(s) e soluções aquosas de NH4OH(aq) 1,5 mol·L-1 e HCl(aq) mol·L-1. 3.2 METODOLOGIA A prática pode ser dividida em três partes. Na primeira, preencheu-se 100 mL de água – através da proveta – no calorímetro e mediu-se sua temperatura ��, após 1 minuto. Além disso, aqueceu-se, aproximadamente, 400 mL de água até uma temperatura próxima de 60ºC dentro de um béquer. Desse modo, foi retirado 100 mL deste segundo recipiente, medindo sua temperatura �� , e a despejando dentro do calorímetro, fechando a garrafa imediatamente. Por fim, agitou-se a água durante 1 minuto e foi anotado a sua temperatura final �� como mostra a figura abaixo: FIGURA 2: GARRAFA TÉMIRICA COM TERMÔMETRO FONTE: Autores (2019) Já na segunda parte, a água que restou no calorímetro no final da primeira parte foi reaproveitada (que está na temperatura �� ). Para desenvolver a estrutura essencial, foi pesado, aproximadamente, 5,0 g de sal de NH4Cl(s) e jogado no interior da água, a fim de se dissociarem completamente, após a agitação suave com a garrafa fechada. Logo em seguida, foi medido a temperatura �� da solução. 5 Por fim, para a realização da última parte da prática, é necessário descartar a solução de água e sal de NH4Cl(s) e lavar o calorímetro. Após este procedimento, foram necessários adicionar no interior deste recipiente soluções aquosas de NH4OH(aq) e HCl(aq). Primeiro foi inserido, aproximadamente, 100,0 mL da solução mais diluída e medido a sua temperatura �� . Na mesma proporção estequiométrica da reação de neutralização, foi adicionado a outra solução e foi tampado rapidamente o calorímetro. Por fim, foi medido a temperatura de equilíbrio térmico ��, após ocorrer a reação. 6 4 RESULTADOS E DISCUSSÃO Na primeira parte, após a realização do experimento, foram obtidos as massas de água quente e fria, as temperaturas das mesmas e a temperatura no equilíbrio termodinâmico, apresentados na tabela 1. TABELA 1: DADOS PARA A DETERMINAÇÃO DA CONSTANTE CALORIMÉTRICA DO CALORÍMETRO mágua fria(g) T1(K) mágua quente(g) T2(K) T3(K) 100 295,25 100 334,15 312,25 FONTE: Os Autores (2019) A partir desses dados, foi possível obter a constante calorimétrica do calorímetro a partir das equações 1 e 2, considerando o calor específico da água como cágua = 4,184 J ⋅ K−1 ⋅ cal−1: � Q = 0 (1) mágua fria ⋅ cágua (T3 − T1) + Ccal (T3 − T1) + mágua quente ⋅ cágua (T3 − T1) = 0 (2) Ccal = 120,60 J ⋅ K−1 Então, para a realização da segunda parte do experimento pesou-se cloreto de amônio, e, conforme o procedimento experimental, mediu-se as temperaturas antes e depois da reação, descritos na tabela 2. TABELA 2: DADOS DA DISSOLUÇÃO DE NH4Cl mNH4Cl (g) T4 (K) T5 (K) 5,0006 312,25 310,45 FONTE: Os Autores (2019) 7 Com esses dados e aplicando as equações 1, 3 e 4, determinou-se a entalpia e calor de d issolução do ClNH 4 considerando MMNH4Cl = 53,49 g mol −1. mágua ⋅ cágua (T5 − T4) + Ccal (T5 − T4) + Qr = 0 ( (3) Qr = 1723,32 J/mol ΔH = Qr n = Qr ⋅ MM m ( (4) ΔHR1 = 18433,82 J/mol Finalmente, para a última parte do experimento, coletou-se as concentrações dos reagentes e determinou-se o volume de OHNH 4 estequiométrico para 100 mL de HCL , equivalente a 0,144 mol de HCL , segundo a relação da equação 5. Esses valores e as temperaturas obtidas antes e após a reação foram apresentados na tabela 3. CNH4OH ⋅ VNH4OH = CHCl ⋅ VHCl ((5) TABELA 3: DADOS REFERENTES À ÚLTIMA REAÇÃO CNH4OH (mol L −1) CHCl (mol L−1) T6(K) VNH4OH(mL) T7(K) 1,3378 1,4385 296,95 93 305,45 FONTE: Os Autores (2019) De forma análoga ao segundo experimento, determinou-se o calor e entalpia da reação, com as equações 7 e 4. Para isso, considerou-se a massa de solução para o volume total dos reagentes utilizados e uma densidade de 1g/cm3 , conforme a equação 6, e o número de mols do HCl. msol = (VHcl + VNH4OH) ⋅ 1 g/cm 3 ( (6) msol = 193g msol ⋅ cágua (T7 − T6) + Ccal (T7 − T6) + Qr = 0 ( (7) 8 Qr =− 7888,93 J/mol ΔH = Qr n ΔHR2 =− 54784,25J/mol A partir dos dados das reações fornecidos pela apostila, foi possível calcular o ΔfHºNH4Cl utilizando a equação 8, considerando que a variação das entalpias das reações 5 e 6 são respectivamente ΔHR2e − ΔHR1. ΔfHºNH4Cl =� ΔHº (8) ΔfHºNH4Cl = − 316,97 kJ mol −1 Considerando o valor encontrado na literatura de ΔfHºNH4Cl =− 314,4 kJ mol −1 (...,20..), foi possível calcular o erro relativo ao experimento, através da equação 9. Erro = ΔHexp − ΔHReal ΔHexp ( (9) Erro = 0,82% Nota-se que o erro do experimento em relação ao dado encontrado na literatura é baixíssimo. Segundo Assumpção (2010) a precisão do experimento é de se esperar e o pequeno erro é oriundo da precisão do termômetro e da perda de calor entre o sistema e vizinhança a cada vez que foi necessário abrir o calorímetro ao implementar as substâncias. 9 5 CONCLUSÃO Conclui-se que o experimento ocorreu como esperado, tendo em vista que os resultados obtidos tiveram precisão em relação aos valores encontrados na literatura para a entalpia de formação. Supõe-se que o erro encontrado, de 0,82% é oriundo de incertezas nas medições da temperatura por parte da equipe. Ademais, é notável que o uso da Lei de Hess para o cálculo da entalpia de formação demonstrou-se válido. 10 REFERÊNCIAS ATKINS, P. Físico Química 1. 9a ed. Rio de Janeiro: Livros Técnicos e Científicos, 2012. ASSUMPÇAO, M. H. M. T et al. Construção de um Calorímetro de Baixo Custo para a Determinação de Entalpia de Neutralização. Eclética Química, São Paulo, v. 35, n. 2, p.63-69, jun. 2010. MUNIZ, Carla. Dostoiévski: biografia e resumo das principais obras. Toda Matéria, 2019. Disponível em: https://www.todamateria.com.br/dostoievski/. Acesso em: 25 set. 2019. 1INTRODUÇÃO A Lei de Hess foi determinada pelo químico suíço G Seu cálculo é feito a partir uma combinação das en 2OBJETIVO 3PROCEDIMENTO EXPERIMENTAL 4RESULTADOS E DISCUSSÃO 5CONCLUSÃO REFERÊNCIAS