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Intermodalidade APRESENTAÇÃO Viagens intermodais são realizadas com mais de um modo de transporte, sendo que a escolha e a combinação dos modos têm o objetivo de otimizar os custos logísticos da viagem. A intermodalidade no transporte de carga é dependente da infraestrutura instalada; enquanto que no transporte urbano de passageiros é dependente das oportunidades de acesso aos modos na cidade. Nesta Unidade de Aprendizagem, você vai estudar as diversas formas de realizar viagens intermodais e conhecer exemplos de aplicações para o transporte rural de carga e para o transporte urbano. Bons estudos. Ao final desta Unidade de Aprendizagem, você deve apresentar os seguintes aprendizados: Definir o conceito de intermodalidade.• Apontar métodos de integração dos modais de transporte.• Listar exemplos de intermodalidade no Brasil e no mundo.• DESAFIO O acesso a dados de GPS em smartphones permitiu aos usuários de transporte urbano mais acesso à informação e maior complexidade no planejamento das viagens. Isso possibilita saber exatamente onde o veículo, particular ou coletivo, está na via e qual o tempo estimado da viagem. Imagine que você precisa chegar a uma reunião de negócios no menor tempo possível, pois você está atrasado. Veja mais detalhes sobre a situação: Com base nessas informações, indique: a) Três ou mais características que descrevam vantagens e desvantagens de cada um dos modos apresentados. b) Possíveis combinações entre esses modos. c) Qual é a melhor combinação para realizar a viagem mencionada? d) Quais informações adicionais seriam necessárias para que a sua decisão tenha mais embasamento? INFOGRÁFICO Deslocar-se de casa para o trabalho ou de casa para o local de estudo faz parte do dia a dia de todos os cidadãos. No entanto, ao longo dos anos, nossas opções de combinação de modos se alteraram. Hoje, temos disponível uma mobilidade conectada e cada vez mais livre. Neste Infográfico, você verá a evolução dos modos de transporte e das opções multimodais brasileiras ao longo dos anos. CONTEÚDO DO LIVRO O deslocamento de carga ou de pessoas na área urbana ou na área rural precisa ser eficiente. Identificar potencialidades dos diferentes modos de transporte e combiná-las é uma opção para melhorar o rendimento da viagem sem alterações de infraestrutura ou de aporte de recursos. Essa opção é chamada de melhoria logística de intermodalidade. No capítulo Intermodalidade, da obra Planejamento de transportes urbanos, você vai aprofundar seus estudos sobre o conceito de intermodalidade, além de ver as possíveis combinações de modo nas áreas urbana e rural para cargas e para passageiros. Boa leitura. Planejamento de Transportes Urbanos Shanna Lucchesi Intermodalidade Objetivos de aprendizagem Ao final deste texto, você deve apresentar os seguintes aprendizados: Definir o conceito de intermodalidade. Apontar métodos de integração dos modais de transporte. Listar exemplos de intermodalidade no Brasil e no mundo. Introdução A eficiência logística depende do aproveitamento máximo das diferentes características de cada modo (ou modal) de transporte. Tanto para carga quanto para passageiros, a combinação dos modais rodoviário, ferroviário, marítimo e aéreo pode melhorar os custos e os tempos de transporte. Neste capítulo, você vai estudar o que é a intermodalidade e quais são as diferenças entre transporte multimodal e intermodal e entre transporte multimodal para carga e para passageiros, para área urbana e rural. Por fim, você vai conferir exemplos de aplicação dos conceitos de intermo- dalidade em diferentes locais. O que é a intermodalidade? A escolha política de concentrar os investimentos nas estradas, em vez dos portos e das ferroviárias, moldou o cenário atual do sistema de transportes brasileiro, que se caracteriza pela dependência do modo rodoviário para o transporte tanto de cargas quanto de passageiros. No Brasil, em 2017, cerca de 76% de toda a carga era transportada pelo modo rodoviário; em segundo lugar estava o modo hidroviário, com 9,2%, em terceiro lugar, o modo aéreo, com 5,8%, e, por fi m, em quarto lugar, estava o modo ferroviário, com 5,4%, conforme destacam Resende et al. (2017). Ações e planos criados para diver- sifi car a matriz de transporte envolvem o fomento às ferrovias e ao transporte marítimo, bem como a integração e a intermodalidade nas viagens. Pode-se dizer que uma viagem é intermodal quando são utilizados um ou mais modos de transporte para realizá-la. Busca-se diversificar os modais utilizados em uma viagem por duas razões principais: pela falta de opção na rota desejada ou para explorar as potencialidades de cada um dos modos de transporte. Imagine alguém que deseja sair da cidade de São Paulo, no estado de São Paulo, para passar suas férias no distrito de Morro de São Paulo, na Bahia. Para tanto, será necessário caminhar até o metrô e ir de metrô até a estação que faz conexão com o trem de superfície, que leva até o aeroporto. Chegando na estação do aeroporto, deve-se pegar o ônibus que conecta até o terminal e embarcar no avião que o levará até Salvador. Chegando em Salvador, deve-se pegar um táxi até o centro da cidade. No centro da cidade, há uma marina, de onde sai um catamarã que leva duas horas para chegar até a ilha de Tinharé, onde se localiza Morro de São Paulo. Na ilha, será necessário caminhar ou pegar carona em um carrinho de mão até o hotel. Assim, para ir da sua casa em São Paulo/SP até o hotel em Morro de São Paulo/BA, o indivíduo deverá utilizar oito diferentes modos de transporte: a pé + metrô + trem + ônibus + avião + táxi + barco + carrinho de mão. Trata-se, portanto, de uma viagem intermodal. Apesar de os termos multimodalidade e intermodalidade parecerem sinô- nimos, existem diferenças na aplicação de cada conceito. Costuma-se utilizar o termo multimodal quando se trata de mais de um modo de transporte. Já intermodal se refere a uma maior organização, predispondo uma integração entre os modos, do ponto de vista logístico, segundo Viegas (2011). Já Pinheiro (2016) conceitua intermodalidade como a capacidade apresen- tada pelo sistema de transporte de oferecer soluções diversas para diferentes necessidades de deslocamento. No entanto, o autor reforça que o conceito pode ser entendido de formas distintas quando se trata de transporte de carga ou de passageiros. Para o transporte de carga, o conceito de intermodalidade, além do uso de mais de um modo de transporte, considera a manipulação da mercadoria na mudança de modo e pressupõe que os modos utilizados operam de forma integrada, para que a mercadoria cumpra sua viagem da origem até o destino. Para o transporte de passageiros, a intermodalidade se insere no contexto urbano dos sistemas de transporte, com diferentes operadores de diferentes modos. Intermodalidade2 A intermodalidade e a integração dos diferentes modos é essencial para expandir e promover a continuidade das redes de deslocamento, conforme aponta Longo (2015). No entanto, as vantagens e desvantagens de utilizar sistemas intermodais dependem da densidade do fluxo, da concentração ou dispersão dos pontos de origem e destino das viagens e da distância a percorrer. Para distâncias longas, a utilização de diferentes modos de transporte em uma viagem pode trazer ganhos a níveis de preço, de frequência do serviço e de alcance. No entanto, segundo Viegas (2011), a viagem é mais complexa de planejar, devido à compatibilização de diferentes atores, possui menor segurança, com possibilidade de extravio para cargas, e reduz o conforto do usuário, no caso do transporte de passageiros. Aproveitar as potencialidades de cada modo é tão importante para a redução dos custos de transporte que alguns países possuem agências específicas para potencializar o uso intermodal. A International Union for Road-Rail Combined Transport é a associação dos operadores intermodais europeus; já aIntermodal Association of North America é a associação para as práticas intermodais dos Estados Unidos da América. De qualquer maneira, a integração de diferentes modos de transporte tem potencial de melhorar todas as externalidades dos transportes: reduzir o congestionamento nas cidades e nos principais eixos comerciais, melhorar a poluição do ar e sonora e reduzir os acidentes de trânsito, conforme leciona Duarte (1999). No entanto, a falta de infraestrutura de conexão dos diferentes modos é um empecilho para a integração modal, especialmente no transporte de carga. Ressalta-se que a dependência de um único modo de transporte é um risco para o país, o estado ou os municípios. A diversificação de utilização dos modos de transporte deve estar inclusa nos planos estratégicos dos governos, visto que a monodependência pode acarretar o desabastecimento de produtos e a imobilização das populações. 3Intermodalidade Em 2018, uma greve de caminhoneiros gerou uma crise de abastecimento de com- bustíveis em todo o país. No entanto, os aeroportos de Guarulhos e do Galeão não foram afetados; nesses aeroportos o abastecimento é realizado por meio de dutovias. Integração dos modais de transporte Viagens intermodais podem ser realizadas para o transporte de carga ou de passageiros, no escopo dos deslocamentos urbanos ou ultrapassando os limites da cidade. Integração modal para o transporte de carga No que tange ao transporte de carga, a integração modal é necessária para compatibilizar as características de cada modo de transporte com as infraes- truturas instaladas e a carga transportada. Os pontos de conexão intermodal, no caso do transporte de carga, são as plataformas logísticas. A plataforma logística é a reunião em um só local de todos os elemen- tos necessários para atingir a eficiência logística. Os espaços são ocupados essencialmente por armazenagem e atividades relacionadas ao transporte. A plataforma deve ser um ponto de integração entre os modos rodoviário, ferroviário, marítimo e aéreo, segundo Duarte (1999). É comum que as pla- taformas logísticas estejam junto aos grandes portos e sejam operadas por diferentes operadores, de acordo com Pinheiro (2016). Na realidade dos transportes de carga, há a figura dos operadores de trans- porte multimodal. O operador é o gestor da viagem; ou seja, ele é a pessoa jurídica responsável pela carga da sua origem até o seu destino, não sendo necessariamente o transportador. Ele pode subcontratar o transporte por di- ferentes prestadores de serviço, de diferentes modos de transporte, conforme Maganha e Padilha (2018). Intermodalidade4 Integração modal para o transporte de passageiros As estações de transbordo de transportes coletivos e as estações de metrô são usualmente pontos de integração modal conhecidos como nós, conforme aponta Gimenes (2005). Sistemas metroviários são usualmente concebidos como troncais e precisam ser alimentados por sistemas de menor capacidade, que coletem as viagens nas localidades próximas aos sistemas metroviários e conectem ao metrô. Sendo assim, usualmente, as estações de metrô apresentam nas suas proximidades um terminal de transporte coletivo, paradas de ônibus e estações de bicicletas compartilhadas e precisam ter infraestrutura segura para o acesso de pedestres. A Figura 1 apresenta como exemplo a sinalização na estação de metrô Tatuapé, na cidade de São Paulo. É possível observar na sinalização que a estação de metrô se integra com a estação dos trens metropolitanos (CPTM) e o terminal de transporte coletivo por ônibus e dá acesso ao shopping e a outras áreas pelo modo a pé. Figura 1. Integração modal na estação de metrô Tatuapé, em São Paulo. Fonte: Carvalho (2016, documento on-line). Na era da digitalização, os terminais multimodais ganharam um compa- nheiro na promoção do transporte multimodal: o smartphone. As tecnologias que permitem que cada aparelho capte sinais GPS e se conecte à internet, 5Intermodalidade aliadas ao desenvolvimento da Internet das Coisas, em que qualquer objeto pode estar conectado à rede, alteraram a relação do usuário com os modos transporte. Esse modelo on demand (sob demanda) permite um planejamento mais dinâmico da viagem. O acesso à informação disponibilizada pelos apli- cativos de transporte (como custo, tempo de viagem e condições do trânsito) possibilita ao usuário tomar decisões relacionadas aos modos de transporte no momento da necessidade e de acordo com suas próprias condições (can- saço, compromissos, clima etc.), combinando modos públicos e privados para otimizar a viagem, conforme Ambrosino et al. (2016). No entanto, o usuário ainda precisa gerenciar uma série de diferentes aplicativos e utilizar alguns modos de transporte menos tecnológicos para completar suas viagens multimodais. Segundo Ambrosino et al. (2016), a tendência é que a evolução tecnológica possibilite o uso de somente um apli- cativo, que integrará funções como: conectar diferentes modos de transporte ao transporte coletivo; fornecer informações e serviços de qualidade em tempo real, permitindo que os usuários planejem suas viagens e adaptem suas escolhas de viagem em caso de necessidade, fornecendo mensagens e informações de feedback que ajudarão a melhorar o gerenciamento e o fornecimento de serviços; melhorar a acessibilidade dos usuários; gerenciar uma ferramenta comum de pagamento para todos os modos; integrar com outras cidades e outras regiões; suportar cooperação entre todos os operadores; e integrar as políticas e comitês que possam utilizar os dados, como polícia, entre outros. A essa nova forma de mobilidade dá-se o nome de mobility as a service (MaaS), ou mobilidade como um serviço. O nome vem da ideia de as empresas não serem mais meros operadores de transportes. Além de transportar, elas também são provedoras de informação inteligente para o usuário, por meio do processamento de dados, oferecendo composições dinâmicas de modos de transporte conforme a hora, o dia e o local da viagem, conforme explica Macário (2017). Para que essas soluções integradas cheguem ao usuário, é necessário um processo de cooperação e gestão, com suporte tecnológico e de validação de dados. Em uma cidade com vasta gama disponível de modos de transporte coletivo, como no caso mostrado na Figura 1, a opção de realizar viagens multimodais Intermodalidade6 já existe, conforme lecionam Willing, Brandt e Neumann (2017). É importante salientar que, considerando os deslocamentos a pé que são realizados até os pontos de embarque, até mesmo os estacionamentos e as estações de bicicleta integram nossas viagens. O modo a pé é um modo de transporte e deve ser considerado como tal. Por viagem, definimos o deslocamento entre o local de origem e o destino. Uma viagem não pode ter múltiplos destinos. Ou seja, se você saiu do trabalho, passou na padaria e depois foi para casa, você realizou duas viagens: a primeira do trabalho à padaria e a segunda da padaria até sua casa. A intermodalidade no Brasil e no mundo Confi ra a seguir alguns exemplos de integração de modos de transporte no Brasil, em Portugal e na Finlândia. A exportação de soja no Brasil O Brasil é um dos maiores produtores mundiais de soja, tendo produzido cerca de 96,2 milhões de toneladas em 2015 (BRASIL, 2017). Cerca de 50% da produção é exportada e, portanto, necessita chegar aos portos nacionais. Essa movimentação depende dos corredores logísticos de transporte nacionais, cuja disponibilidade intermodal depende da infraestrutura de transporte instalada e das condições geográfi cas de cada região. Analisando o escoamento de soja realizado pela região Norte, por exemplo, observa-se que o escoamento pode ser realizado pelo modo rodoviário, fer- roviário e hidroviário. No entanto, o modo rodoviário ainda é predominante, correspondendo a 66% da divisão modal do transporte de soja na região. A Figura 2 mostra onde estão localizadas as principaisinfraestruturas de cada modo no mapa. 7Intermodalidade Figura 2. Corredor de exportação Norte. Fonte: Adaptada de Brasil (2017). A região Norte também conta com cinco complexos portuários, sendo eles os portos de Itacoatiara, Santarém, Santana, Belém e São Luís. O porto de São Luís é um exemplo de terminal logístico que, além de oito berços operacionais para atracamento de navios, possui acesso rodoviário pelas rodovias BR-135 e BR-222, que se conectam a outras rodovias federais e estaduais. O porto ainda possui conexão direta por duas ferrovias: a Transnordestina, que passa por sete estados do Nordeste, e a Estrada de Ferro Carajás, que liga a cidade de São Luís à cidade de Carajás, no estado do Pará, conforme aponta o site do Porto do Itaqui (MARANHÃO, [2019]). Infraestruturas como a do porto de São Luís permitem a combinação de diferentes modos no transporte de carga, conectando o produtor e o consumidor por meio da exportação. Para conhecer os corredores logísticos e estudar como a exportação da soja acontece nas demais regiões, acesse o relatório completo do Ministério dos Transportes, Portos e Aviação Civil no link a seguir. https://qrgo.page.link/TFWUz Intermodalidade8 O caso Lisboa Devido às ações do turismo predatório e à necessidade de alternativas para proporcionar alojamento para os turistas, a cidade de Lisboa, especialmente o centro histórico, sofreu processos de gentrifi cação. Áreas antes ocupadas por cidadãos passaram a ser chamarizes turísticos, devido à sua proximidade com as atrações da cidade. Com a especulação imobiliária e o surgimento de plataformas que permitem o aluguel de acomodações sem ser em grandes hotéis, a população foi obrigada a residir mais longe, onde o preço da habi- tação é acessível. No entanto, apesar de a habitação ser mais acessível, essa população estava sujeita a um maior tempo de deslocamento e a um maior custo de transporte. A gentrificação se refere ao processo de alteração de uma área ou região da cidade quanto à paisagem, ao uso e ao significado. O termo foi criado pela socióloga Ruth Class (1912-1990) e vem sendo amplamente usado para descrever processos de segregação urbana e fomentar debates sobre desigualdade, conforme Alcântara (2018). Para buscar resolver esse problema e dar mais oportunidade de acesso às famílias que moram afastadas do centro comercial e do centro histórico da cidade, a prefeitura criou um bilhete integrado de transporte. Nesse sistema, pagando um valor fixo mensal, o usuário pode usar qualquer modo de transporte da cidade, como ônibus, metrô, trem, veículo leve sobre trilhos, barcas, além de parcerias com o sistema de bicicletas compartilhadas e com empresas de aluguel de patinetes. Por um pequeno valor adicional, o passe pode valer para os 18 municípios da região metropolitana, conforme André (2019). O caso Helsinque É impossível falar do futuro da mobilidade integrada sem falar de Helsinque. A cidade fi nlandesa é conhecia como a líder mundial na implementação de soluções que se assemelham ao preconizado no MaaS. A cidade desenvolveu um aplicativo, chamado Whim, que, por meio de um pagamento mensal ou um pré-pagamento por viagem, dá acesso a toda a gama de transportes da cidade, 9Intermodalidade como carros compartilhados, carros alugados, táxis, transporte coletivo e o sistema de bicicletas da cidade. As viagens de transporte coletivo e de bicicletas são ilimitadas, somente com limitação de tempo de uso de cada bicicleta. As viagens de carro e táxi são fi xadas dependendo do pacote (RAMBOLL, 2019). ALCÂNTARA, M. F. Gentrificação. In: ENCICLOPÉDIA de Antropologia. São Paulo: Univer- sidade de São Paulo, 2018. 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A combinação dos modos a pé e de bicicleta com o transporte coletivo tem potencial para tornar os deslocamentos pendulares mais saudáveis, tanto para o usuário quanto para o meio ambiente. Na Dica do Professor, você verá alguns conceitos relativos às viagens e conhecerá os tipos mais comuns de combinações entre modos com o transporte coletivo urbano. Conteúdo interativo disponível na plataforma de ensino! EXERCÍCIOS 1) Apesar de serem utilizadas como sinônimos, as palavras multimodal e intermodal têm significados diferentes. Usa-se intermodal para viagens com modos de transporte integrados sob o ponto de vista logístico. Sendo assim, qual das alternativas a seguir apresenta um exemplo de viagem intermodal? A) Caminhar até a parada de ônibus e embarcar no coletivo. B) Realizar a viagem de carro compartilhado e depois de patinete, utilizando um aplicativo integrando que otimiza tempo e custo da viagem. C) Pegar uma carona até uma quadra da escola e caminhar até o portão de entrada. D) Realizar uma viagem com veículo solicitado por aplicativo e caminhar até o local de destino. E) Realizar uma viagem desbloqueando uma patinete por aplicativo até o metrô, andando de metrô até a estação mais próxima e caminhando até o destino. 2) Planejar viagens intermodais podem apresentar vantagens e desvantagens em comparação às viagens realizadas por um único modo de transporte. Assinale a alternativa que apresenta uma desvantagem das viagens intermodais. A) A redução dos tempos de viagem. B) O aumento da capacidade de transporte. C) O aumento do raio de alcance dos produtores. D) A possibilidade de extrapolar fronteiras físicas. E) A compatibilização dos diferentes atores envolvidos no processo. 3) Para facilitar a contratação do transporte por parte do cliente, existem empresas especialistas em viagens logísticas intermodais. Essas empresas são conhecidas como operadores multimodais de transporte (OTM). Qual dessas empresas realiza serviço similar ao OTM para os transportes urbanos? A) Empresas operadoras do transporte coletivo. B) Empresas que oferecem serviços de bicicletas compartilhadas. C) Empresas que utilizam aplicativos para requisitar motoristas particulares. D) Empresas que gerenciam diferentes modos de transportes em serviços como MaaS. E) Empresas de aplicativos de planejamento de viagens . 4) Uma viagem multimodal urbana inicia, muitas vezes, na residência e termina no local de trabalho pela manhã. Essas viagens que acontecem todos os dias são chamadas de viagens pendulares. Quais desses modos/veículos de transporte é o mais utilizado nas viagens multimodais urbanas? A) A pé. B) Automóvel. C) Transporte coletivo. D) Bicicleta. E) Motocicleta. 5) Os atuais exemplos de soluções multimodais, sejam para o transporte de carga ou de passageiros, têm em comum uma característica. Qual das alternativas a seguir apresenta a principal característica dos novos sistemas multimodais. A) Separação. B) Integração. C) Desobstrução. D) Requalificação. E) Abstração. NA PRÁTICA Um dos principais desafios das cidades é como lidar com a logística urbana do transporte de carga. Na zona rural, o transporte de carga precisa ser capaz de transportar grandes volumes no menor período de tempo, utilizando veículos como caminhões de grande porte, trens e navios. No entanto, nenhum desses veículos consegue chegar ao consumidor final, sendo necessário o transbordo da carga para entrada na área urbana. Neste Na Prática, você vai estudar como funciona o porto-seco e as estações de transbordo das cargas dentro do perímetro urbano. SAIBA MAIS Para ampliar o seu conhecimento a respeito desse assunto, veja abaixo as sugestões do professor: Transporte multimodal O vídeo apresenta, de forma simples e didática, porque o transporte multimodal é importante para os deslocamentos urbanos. Assista. Conteúdo interativo disponível na plataforma de ensino! O tráfego marítimo de mercadorias no contexto da intermodalidade Veja a perspectiva marítima do transporte multimodal, pouco explorada no contexto brasileiro. Conteúdo interativo disponível na plataforma de ensino! MaaS - Mobilidade como Serviço (ative a legenda) Veja como Mobilidade como Serviço (ou MaaS) pode transformar a mobilidade pessoal. O vídeo apresenta os benefícios de se mudar do carro particular para uma assinatura de serviços de mobilidade sob demanda. Conteúdo interativo disponível na plataforma de ensino!