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1 VISÃO SISTÊMICA DO SETOR DE TRANSPORTE 2 O que é visão sistêmica de uma empresa? De maneira geral, a visão sistêmica de uma empresa é a capacidade de analisar situações em seu todo, analisando as atitudes e aspectos individuais. Ou seja, a partir de processos e ações individuais, analisar quais são as implicações no geral, ou em cadeia. 3 O que é visão sistêmica? A visão sistêmica é a compreensão de um sistema. É o entendimento amplo, panorâmico, que abrange o todo, isto é, como os setores funcionam, como reagem às dificuldades, como se integram interna ou externamente etc. 4 O que é visão sistêmica? A visão sistêmica possibilita aos gestores, portanto, o sucesso de suas decisões e diretrizes, a prevenção e a correção de erros, o aumento da produtividade nas rotinas diárias, tudo para a manutenção ou ampliação dos resultados programados. https://www.nomus.com.br/blog-industrial/dicas-para-aumentar-a-produtividade/ 5 Qual a importância e o resultado da implementação da visão sistêmica? O desenvolvimento e a aplicação da visão sistêmica, no âmbito empresarial, por parte dos líderes, importam no acerto das decisões, dos investimentos, das diversas ações e das negociações a serem promovidas para atingir os objetivos detalhados e previamente programados no planejamento estratégico da empresa. https://www.nomus.com.br/blog-industrial/planejamento-estrategico/ 6 Qual a importância e o resultado da implementação da visão sistêmica? Olhando também pela perspectiva do colaborador, a incorporação desta habilidade nas rotinas diárias vai gerar interesse em conhecer não só as atividades do seu próprio setor, como também dos demais e o aumento do dinamismo, da motivação e da produtividade, além do fortalecimento da coletividade, o que é de grande importância para todos. https://www.nomus.com.br/blog-industrial/motivacao-no-trabalho/ 7 O que fazer para desenvolver uma visão sistêmica? Promover o autoconhecimento e treinamento; Analisar o capital humano; Utilizar ferramentas de gestão; 8 O que fazer para desenvolver uma visão sistêmica? Promover o autoconhecimento e treinamento; E, além disso, entender como funciona a empresa – o que implica em estudar e revisar metas e objetivos, saber quais funções e responsabilidades estão atreladas aos setores e como os profissionais entendem e realizam as suas atividades. É necessário também ter uma cultura organizacional estabelecida e disseminada entre seus colaboradores. Não podemos descuidar do fator humano, essencial para o sucesso do empreendimento. Neste caso, os treinamentos e oportunidades para que os colaboradores desenvolvam este tipo de habilidade fará toda a diferença nos resultados da empresa. https://www.nomus.com.br/blog-industrial/clima-organizacional-na-industria-como-utiliza-la-para-melhorar-a-produtividade/ 9 O que fazer para desenvolver uma visão sistêmica? Analisar o capital humano Toda organização é composta de colaboradores. Pessoas que dedicam o seu tempo, conhecimento e dedicação para que resultados sejam alcançados e unem forças com os sócios da empresa e demais profissionais para que atendam às necessidades dos clientes e mantenham seu sustento. 10 O que fazer para desenvolver uma visão sistêmica? Analisar o capital humano Analisar a situação dos colaboradores para buscar a melhor adaptação para eles, alocando-os em setores com atividades compatíveis com o seu perfil, é uma das formas de a organização avançar na direção do sucesso. A motivação e a satisfação de trabalhar na empresa são fatores que geram comprometimento, engajamento e proporcionam a agilidade e a segurança da realização, pelo colaborador, das suas atividades diárias. https://www.nomus.com.br/blog-industrial/engajamento-dos-funcionarios/ https://www.nomus.com.br/blog-industrial/seguranca-no-chao-de-fabrica/ 11 O que fazer para desenvolver uma visão sistêmica? Utilizar ferramentas de gestão 1. Canvas O Canvas é uma ferramenta utilizada para identificar e alinhar processos e projetos de uma empresa, estruturando-a para gerar uma visão panorâmica de todo o seu funcionamento. 2. Análise SWOT Considerada uma ferramenta clássica da Administração, a análise SWOT, é uma sigla em inglês dos termos S (pontos fortes), W (pontos fracos), O (oportunidades) e T (ameaças). 3. ERP Sigla derivada do inglês Enterprise Resourse Planning (que em tradução livre é, Planejamento de Recursos Empresariais), o ERP é um sistema integrado para gestão da empresa. https://www.nomus.com.br/blog-industrial/erp/ 12 Quais são as vantagens da visão sistêmica? Aquisição de conhecimento constante; Decisões mais assertivas; Otimização da equipe; Aumento da produtividade e da qualidade; Prevenção de erros operacionais; Transporte: conceitos e definições; Importância social, econômica e cultural; Modalidades de transporte; 13 Veículos de transporte rodoviário; Veículos de transporte rodoviário de passageiros; Veículos de transporte ferroviário; Veículos de transporte ferroviário de cargas; Veículos de transporte ferroviário de passageiros; Veículos de transporte marítimo de cargas; Veículos de transporte marítimo de passageiros; Transporte Aéreo; 14 • Modalidades e sistemas de transporte ; • Modal Rodoviário; • Ferroviário; • Aquaviário; • Dutoviário; • Aéreo 15 Fazer uma pesquisa sobre as modalidades de transportes e qual estado com destaque em cada Modalidade. • Modalidades e sistemas de transporte; • Modal Rodoviário; • Ferroviário; • Aquaviário; • Dutoviário; • Aéreo; Proxima aula ok 16 17 APRESENTAÇÃO Vamos começar o curso compreendendo os conceitos e definições que envolvem o termo transporte. Na sequência, vamos conhecer as modalidades de transporte e, ao final da unidade, teremos uma visão bem abrangente de todos os tipos de transporte de cargas e de pessoas, de modo a perceber as características de cada um deles e a organização do setor. Unidade 1. Transporte: conceitos e definições 18 OBJETIVOS - Identificar a função do transporte e o papel da circulação de bens e pessoas no âmbito internacional, nacional, regional e municipal. - Introduzir os conhecimentos acerca das modalidades de transporte, tanto para cargas quanto para passageiros, nacionais e internacionais. Unidade 1. Transporte: conceitos e definições 19 INTRODUÇÃO Os sistemas de transporte exercem um papel de extrema importância para o desenvolvimento de uma sociedade. Eles são responsáveis diretos pelo grau de desenvolvimento da nação, ou seja, quanto mais eficiente são os sistemas de transporte de um país, maior é o seu grau de desenvolvimento. Unidade 1. Transporte: conceitos e definições 20 Transporte: conceitos e definições As definições acerca do termo transporte evoluíram de sua ideia inicial, que considerava apenas o movimento, para conceitos que consideram um deslocamento produzido, intencional, não sendo, portanto, considerado transporte o deslocamento casual de pessoas, produtos ou quaisquer objetos. Por exemplo, um lápis que cai no chão se movimentou (mudou de local e de posição), mas não podemos dizer que tenha ocorrido transporte. Unidade 1. Transporte: conceitos e definições 21 De maneira geral, podemos dizer que o transporte refere- se ao deslocamento de pessoas e bens de um lugar para outro. Muitos autores se referem ao transporte como o ato de movimentar ou deslocar pessoas e produtos, ou, em outras palavras, pessoas e mercadorias (Ferraz e Torres, 2004; Rodrigues, 2003). Sandroni (2005) apresenta o transporte como “um meio ou serviço” pelo qual se deslocam pessoas ou mercadorias. Assim, o autor acrescenta ao termo ‘transporte’ uma característica comercial, promovendo a atividade de transporte à categoria de serviços. Unidade 1. Transporte: conceitos e definições 22 Segundo Lopes (2009), no campo das ciências econômicas, considera-se que o transporte édetentor de valor e é transacionado no mercado de forma similar às transações de mercadorias comuns. Segundo essa autora, o transporte é capaz de encadear efeitos na economia, os quais podem ser positivos para alguns e negativos para outros. Unidade 1. Transporte: conceitos e definições 23 Importância social, econômica e cultural O crescimento dos setores de agropecuária, da indústria e dos serviços depende diretamente das facilidades de acesso ao mercado de consumo e às fontes fornecedoras de matérias-primas para a produção. Portanto, um bom sistema de transporte é aquele que garante o fornecimento de matérias-primas e permite a ampliação do mercado consumidor dos produtos. Unidade 1. Transporte: conceitos e definições 24 Além disso, o transporte é que permite o acesso das pessoas ao trabalho, ao lazer, à saúde, à educação, à cultura e à informação. Utilizando o transporte, as pessoas podem, então, locomover-se dos seus locais de moradia para os locais de trabalho, lazer etc.; os insumos e bens acabados, por sua vez, podem ser transportados até os consumidores. Unidade 1. Transporte: conceitos e definições 25 A atividade de transportes é, portanto, fundamental para o desenvolvimento do País, pois engloba toda a movimentação de bens e pessoas em território nacional e possibilita seu escoamento para outros países. Para entendermos a importância do setor, no Brasil as atividades de transporte representam de 4 % a 6 % do Produto Interno Bruto Brasileiro – PIB (Lima, 2005; Wanke, 2019). Para compreender melhor o setor de transportes, podemos subdividir sua estrutura em três grandes categorias. Unidade 1. Transporte: conceitos e definições 26 A primeira diz respeito à infraestrutura (estradas, estradas de ferro, aeroportos, portos, estações, terminais etc.), que estudaremos nas unidades 2 e 3 do curso. A segunda está relacionada à tecnologia e aos modos de transporte, ou seja, os veículos, que estudaremos nas unidades 4 e 5. Por fim, a terceira categoria engloba os agentes que atuam no setor (empresas, usuários e poder público) e que são os responsáveis pela organização dos mercados de transporte, que estudaremos nas unidades 6 e 7. Unidade 1. Transporte: conceitos e definições 27 Modalidades de transporte O setor de transporte no Brasil é formado por cinco modalidades básicas: • Rodoviária; • Ferroviária; • Aquaviária; • Dutoviária; e • Aeroviária (ou Aérea). Unidade 1. Transporte: conceitos e definições 28 Também existe a possibilidade de se combinarem vários modais de transporte para transportar passageiros ou cargas de um local a outro. Uma combinação possível para usuários de transporte coletivo em diversas cidades brasileiras é o uso do ônibus integrado ao metrô. Nesse caso, usam-se dois modais de transporte, o rodoviário e o ferroviário, para realizar o deslocamento. Unidade 1. Transporte: conceitos e definições 29 Da mesma forma, há diversas combinações possíveis entre os vários modais para deslocar uma mercadoria de um lugar a outro. A combinação rodovia-ferrovia-aerovia é um dos exemplos de integração que pode ser utilizado. A integração de dois ou mais modais de transporte para o deslocamento é tecnicamente conhecida como Intermodalidade. Antes de aprofundarmos nossos conhecimentos acerca das cinco modalidades de transporte disponíveis no Brasil, primeiramente precisamos compreender a diferença entre MODAL DE TRANSPORTE e MEIO DE TRANSPORTE. Unidade 1. Transporte: conceitos e definições 30 A modalidade de transporte diz respeito à infraestrutura, aos veículos, aos operadores e ao poder público, este, geralmente, o fiscalizador do serviço. Já o meio de transporte diz respeito unicamente ao veículo utilizado para movimentar pessoas e produtos. No modal rodoviário, o meio de transporte de Passageiros é, em geral, o ônibus, e o de transporte de cargas é o caminhão. Lembre-se que o ônibus pode transportar também cargas no bagageiro, mas o veículo é tipicamente usado para o transporte de pessoas. Unidade 1. Transporte: conceitos e definições 31 Alguns outros meios de transporte existentes nas demais modalidades de transporte são os seguintes: • trem, metrô ou bonde para o modal ferroviário; • avião, helicóptero para o modal aeroviário; • navio, barcas e lanchas para o modal aquaviário; e • dutos (são uma espécie de tubos) para o modal dutoviário. Cada uma das modalidades de transporte exige uma infraestrutura específica. Normalmente, ela é constituída de vias (rodovias, estradas de ferro, dutos etc.) e de terminais ou pontos de integração (portos, aeroportos, estações ferroviárias, terminais, armazéns etc.). Unidade 1. Transporte: conceitos e definições 32 Modal Rodoviário No modal rodoviário podemos encontrar tanto o transporte de passageiros como o transporte de cargas utilizando infraestrutura semelhante. São as vias urbanas e as rodovias que compõem a infraestrutura mínima necessária ao deslocamento de veículos. Além das vias, existem os terminais (rodoviárias, estações, pontos de parada etc.) para o transporte de passageiros, e os armazéns (depósitos, garagens etc.) para o transporte de cargas. Unidade 2. Modos de transporte: rodoviário e ferroviário 33 Um conjunto de outros equipamentos (semáforos, centrais de monitoramento, postos de pesagem, centros de fiscalização, postos de contagem e postos da polícia rodoviária, entre outros) apoia a infraestrutura básica para viabilizar a operação de transporte. Unidade 2. Modos de transporte: rodoviário e ferroviário 34 A infraestrutura viária pode ser classificada em vias urbanas e rurais, embora algumas delas tenham parte de seu trajeto nos centros urbanos. • Vias Urbanas: conjunto de ruas, avenidas e logradouros, que permitem a viabilização dos deslocamentos nos centros urbanos. • Rodovias e estradas: conjunto de vias com e sem pavimentação, que ligam entre si os centros urbanos, um estado a outro, uma região urbana a uma rural. Alguns de seus trechos podem passar por áreas urbanas. Unidade 2. Modos de transporte: rodoviário e ferroviário 35 No Brasil, as rodovias são classificadas da seguinte maneira: I) Rodovias Federais II) Rodovias Estaduais III) Rodovias Municipais Unidade 2. Modos de transporte: rodoviário e ferroviário 36 I) Rodovias Federais Segundo o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes – DNIT, a nomenclatura das rodovias federais é definida pela sigla BR, que significa que a rodovia está sob a responsabilidade da esfera federal, seguida por três algarismos. O primeiro algarismo indica a categoria da rodovia, e os dois outros algarismos definem a posição a partir da orientação geral da rodovia, relativamente à Capital Federal e aos limites do País (Norte, Sul, Leste e Oeste). Unidade 2. Modos de transporte: rodoviário e ferroviário 37 Assim, as rodovias federais podem ser classificadas em: radiais, longitudinais, transversais, diagonais e rodovias de ligação. Você conhece a BR–101? É uma das rodovias federais mais conhecidas. Ela atravessa o Brasil de Norte a Sul, margeando o litoral. A BR-101 é um exemplo de rodovia federal longitudinal. Unidade 2. Modos de transporte: rodoviário e ferroviário 38 II) Rodovias Estaduais São precedidas da sigla dos estados. Por exemplo: SP- 270 é uma rodovia que liga os diversos municípios no interior do estado de São Paulo. III) Rodovias Municipais São vias que têm seu percurso dentro da área de um município. Unidade 2. Modos de transporte: rodoviário e ferroviário 39 As vias rurais brasileiras (rodovias e estradas) são também classificadas de acordo com o acabamento dado ao solo, podendo ser consideradas pavimentadas (rodovias) e não pavimentadas (estradas). As vias pavimentadas são aquelas que possuem algum tipo de revestimento: asfalto, paralelepípedo, calçamento etc. As vias não pavimentadas são as estradas que não possuem qualquertipo de revestimento, apresentando base de terra (CTB, 2008). Segundo o DNIT, o Brasil conta com quase 2 milhões de quilômetros de rodovias e estradas. Este total abrange as rodovias federais, estaduais e municipais pavimentadas e as estradas não pavimentadas. Unidade 2. Modos de transporte: rodoviário e ferroviário 40 Modal Ferroviário Podem ser transportados passageiros e mercadorias. Estão incluídos neste modal todo e qualquer tipo de transporte que se faça sobre trilhos: metrô, bonde etc. A infraestrutura do modal ferroviário é composta basicamente pelas estradas de ferro, os trilhos e os equipamentos que os acompanham, e pelas estações ou terminais e centros de controle e monitoramento das viagens. No Brasil, o transporte de passageiros pelo modal ferroviário é quase todo realizado nos grandes centros urbanos e nas suas imediações. Unidade 2. Modos de transporte: rodoviário e ferroviário 41 42 43 Como exemplos, podem ser citados os sistemas de metrô e de trens urbanos disponíveis nas grandes cidades como São Paulo, Rio de Janeiro, Porto Alegre e Brasília. Há pouca oferta de transporte de passageiros por trem fora das áreas urbanas, sendo ele utilizado quase que apenas para trajetos turísticos, e não para o transporte cotidiano de pessoas. O transporte ferroviário de passageiros por longas distâncias está praticamente desativado, tendo sido substituído pelos ônibus. A movimentação por trilhos existente hoje se deve ao transporte em áreas urbano-metropolitanas. Unidade 2. Modos de transporte: rodoviário e ferroviário 44 O transporte metroviário (cujo veículo é o metrô) nas grandes cidades, por sua vez, tem mantido uma participação razoavelmente estável. Para médias e longas distâncias, as ferrovias são mais utilizadas para o transporte de cargas que de passageiros. Mesmo assim, comparecem na matriz de transporte ainda de maneira bem pequena se comparadas ao transporte rodoviário. Unidade 2. Modos de transporte: rodoviário e ferroviário 45 Uma dica para o aprofundamento dos seus estudos: o endereço eletrônico da Agência Nacional de transportes Terrestres - ANTT é rico em informações sobre o transporte ferroviário brasileiro. Faça buscas e pesquisas nesse endereço. Com certeza, você aprimorará seus conhecimentos (www.antt.gov.br). De acordo com a ANTT, o sistema ferroviário brasileiro totaliza aproximadamente 30 mil quilômetros de vias, concentrando-se nas regiões Sul, Sudeste e Nordeste, atendendo a parte do Centro-Oeste e Norte do país. Unidade 2. Modos de transporte: rodoviário e ferroviário 46 A malha ferroviária brasileira tem a maior parte de suas linhas fazendo ligações entre o interior e o litoral (direção leste- oeste), no intuito de levar as cargas em direção aos portos. A malha ferroviária da Região Sudeste é composta por linhas, ramais (unem as estradas de ferro principais com os terminais e estações públicas ou privadas) e variantes que formam duas rotas básicas de transporte ferroviário: • Rota Belo Horizonte-Rio-São Paulo-Santos. • Rota Noroeste SP-São Paulo. Unidade 2. Modos de transporte: rodoviário e ferroviário 47 Você sabe a diferença entre linhas e rotas? Linha: estrada de ferro que une um ponto de origem a um ponto de destino. No exemplo acima, a linha é Belo Horizonte- Santos. Rota: é o itinerário ou percurso percorrido numa linha. A rota agrega todos os pontos de conexão sobre uma linha. No exemplo acima, a rota é Belo Horizonte-São Paulo-Santos. Você compreendeu a diferença? Em caso negativo, aprofunde a discussão com o seu tutor. Unidade 2. Modos de transporte: rodoviário e ferroviário 48 A malha ferroviária Oeste-Leste é formada por linhas que ligam a Região CO à SE, em particular as regiões metropolitanas de Belo Horizonte, Salvador e Rio de Janeiro, o porto de Vitória e o porto de Angra dos Reis. Sua área de influência abrange os estados de GO, DF, BA, MG, ES e RJ. Essa malha tem uma extensão de mais de seis mil quilômetros e as principais linhas são: • Linha Belo Horizonte-Vitória, • Linha Belo Horizonte-Brasília, • Linha Ibiá-Uberaba, • Linha General Carneiro-Esperança e • Linha Esperança-Eng. Lafaiete Bandeira. Unidade 2. Modos de transporte: rodoviário e ferroviário 49 A malha ferroviária Oeste-Santos é composta por linhas ferroviárias que ligam a região Centro-Oeste ao porto de Santos. Sua área de influência abrange Goiás, Distrito Federal, Mato Grosso do Sul, Mato Grosso, Triângulo Mineiro e São Paulo. Essa malha tem uma extensão total de 3663 km. As principais rotas são: • Rota Araguari-Ribeirão Preto-Mairinque-Santos • Rota Corumbá-Campo Grande-Bauru-Mairinque-São Paulo Unidade 2. Modos de transporte: rodoviário e ferroviário 50 A malha ferroviária Sul tem sua área de atuação nos estados do Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul. Tem uma extensão de 6.671 km. As principais rotas são: • Rota Paranaguá - interliga as regiões de produção Agrícola do Paraná e do oeste de São Paulo e Mato Grosso do Sul ao porto de Paranaguá; • Rota Rio Grande - interliga as regiões agrícolas do norte e oeste do Rio Grande do Sul ao porto de Rio Grande; e • Rota Mercosul - forma o principal elo das Regiões Sul e Sudeste com os países do Mercosul. Unidade 2. Modos de transporte: rodoviário e ferroviário 51 A malha ferroviária Nordeste tem área de atuação nos estados do Maranhão, Piauí, Ceará, Rio Grande do Norte, Paraíba, Pernambuco, Alagoas, Sergipe e Bahia. Sua malha tem linhas que interligam as capitais desses estados do Nordeste e fazem a ligação das regiões do sertão e interior desses estados com o litoral, perfazendo uma extensão total de mais de cinco mil quilômetros. Unidade 2. Modos de transporte: rodoviário e ferroviário 52 A malha ferroviária Carajás é formada pela linha que faz a ligação entre as minas localizadas na Serra dos Carajás e o terminal portuário de Ponta da Madeira, em São Luís no Maranhão, com uma distância de quase mil quilômetros. Além dessa linha, a malha Carajás conta também com um trecho da Ferrovia Norte-Sul, que se inicia em Açailândia e estende-se até Imperatriz (MA) com uma extensão total de quase 100 quilômetros. Unidade 2. Modos de transporte: rodoviário e ferroviário 53 O modal ferroviário tem capacidade para transportar grandes volumes, com elevada eficiência energética (gasta pouca energia em comparação com outros modais), principalmente em casos de deslocamentos a médias e grandes distâncias. Este modal tem ainda outra vantagem: proporciona maior segurança em relação ao modal rodoviário, pois apresenta menor índice de acidentes e menor incidência de furtos e roubos. Unidade 2. Modos de transporte: rodoviário e ferroviário 54 Unidade 2. Modos de transporte: rodoviário e ferroviário CARGAS TÍPICAS DO MODAL FERROVIÁRIO Produtos siderúrgicos Derivados de petróleo Grãos Calcário Minério de ferro Carvão mineral Cimento e cal Contêineres Adubos e fertilizantes Contêiner é uma caixa de aço que serve para transportar as mercadorias com boa proteção. Ele é muito utilizado no transporte marítimo, no ferroviário, no aéreo e no rodoviário. Essas caixas permitem, portanto, uma integração mais fácil entre os modais. Por exemplo: em determinado trecho a carga conteinerizada é transportada por caminhão, em seguida é embarcada num trem, que a levará até um porto, e será por fim colocada num navio e enviada ao exterior. 55 O transporte tem participação fundamental na vida cotidiana das pessoas e é um dos grandes responsáveis pelo desenvolvimento da sociedade, por permitir o deslocamento de bens e pessoas. No Brasil, cabe destacar o importante papel desempenhado pelo modo rodoviário, responsável por movimentar a maior parte dos produtos que circulam no país. Unidade 2. Modos de transporte: rodoviário e ferroviário CONSIDERAÇÕES FINAIS 56 APRESENTAÇÃO Na unidade anterior, exploramos a infraestrutura dos transportes rodoviário eferroviário. Dando continuidade ao estudo da infraestrutura, vamos estudar os modais aquaviário, aeroviário e dutoviário. Unidade 3. Modos aquaviário, aéreo e dutoviário 57 OBJETIVOS - Conhecer as principais características do modal aquaviário; - Conhecer as principais características do modal aeroviário; - Conhecer as principais características do modal dutoviário. Unidade 3. Modos aquaviário, aéreo e dutoviário 58 INTRODUÇÃO Os modos aquaviário e aeroviário (ou aéreo) também podem ser utilizados tanto para o transporte de passageiros quanto para o transporte de cargas. Apenas o modo dutoviário é de uso exclusivo para o transporte de cargas. Unidade 3. Modos aquaviário, aéreo e dutoviário 59 Modal Aquaviário O uso do transporte aquaviário para o deslocamento de pessoas e de mercadorias no Brasil é praticamente nulo, representando um volume muito pequeno em relação aos modais rodoviário, ferroviário e aéreo. No entanto, ele pode ser considerado de importância estratégica na região amazônica e em algumas travessias importantes, como a de Rio-Niterói, a de Santos-Guarujá e a de Salvador-Itaparica. Unidade 3. Modos aquaviário, aéreo e dutoviário 60 É importante dizer que o Brasil dispõe de uma rede hidroviária potencialmente navegável com 40 000 km de vias interiores, além da extensão de 7500 km da costa nacional para navegação de cabotagem (transporte entre os portos ao longo da costa brasileira) e de longo curso (transporte marítimo internacional). Dos 40 000 km da rede hidroviária navegável, apenas 26 000 quilômetros de hidrovias são efetivamente utilizados. Entre os diversos motivos que levam à baixa utilização das hidrovias no Brasil, podem ser destacados: Unidade 3. Modos aquaviário, aéreo e dutoviário 61 • A localização dos rios navegáveis, que, muitas vezes, são distantes das áreas de produção agrícola e industrial; • Inadequação dos portos – ausência ou insuficiência de equipamentos e estrutura que facilitem os serviços intermodais (integração entre dois modais); • Sazonalidade climática, resultando na pouca profundidade dos rios em períodos de estiagem (seca); • Ausência de manutenção permanente, com dragagem e sinalização inadequadas; • Falta de prioridade do governo na alocação de recursos de investimentos até passado recente, em relação a outras modalidades de transporte, pela ausência de política setorial; • Restrições causadas pela interpretação da legislação ambiental atual; • Dificuldades nas interfaces com reservas indígenas. Unidade 3. Modos aquaviário, aéreo e dutoviário 62 O transporte aquaviário abrange os rios, lagoas e mares. Pode ser classificado em transporte hidroviário e transporte marítimo. No transporte hidroviário, as vias são os rios e lagoas apoiados pelos portos e terminais fluviais, que são os pontos de carga e descarga de mercadorias e de acesso de passageiros. Existe, também, em algumas cidades brasileiras, o transporte aquaviário urbano de passageiros, efetuado por lanchas, barcas e balsas. No Rio de Janeiro há, por exemplo, a Barca Rio-Niterói, que faz o transporte de passageiros entre essas duas cidades. Unidade 3. Modos aquaviário, aéreo e dutoviário 63 No site da Agência Nacional de Transportes Aquaviários – ANTAQ, há informações sobre a malha hidroviária brasileira, discriminada por regiões e bacias. Visite o endereço www.antaq.gov.br. No transporte marítimo as vias são os oceanos e mares. No Brasil, o transporte marítimo de passageiros é realizado em grande parte por navios de cruzeiro, que transportam passageiros ao longo de nossa costa ou em viagens internacionais. Os portos marítimos são os pontos de apoio para esse modal de transporte. Unidade 3. Modos aquaviário, aéreo e dutoviário 64 Para o transporte de cargas pelo modal marítimo há duas categorias de navegação: a navegação de cabotagem e a navegação de longo curso. I. A navegação de cabotagem corresponde à movimentação de cargas realizada por navios entre dois portos do território brasileiro. Lembre, portanto, que a navegação de cabotagem também se dá entre portos fluviais, no interior do país. II. A navegação de longo curso corresponde ao transporte internacional de mercadorias por via marítima. Compreende a chegada de mercadorias nos portos brasileiros, originárias de outros países (importação), e a expedição de cargas pelos portos brasileiros com destino aos portos dos países com quem o Brasil realiza comércio de mercadorias (exportação) utilizando o transporte marítimo. Unidade 3. Modos aquaviário, aéreo e dutoviário 65 Os granéis, e em particular os granéis sólidos (minérios, grãos), são os produtos que mais utilizam o transporte hidroviário, confirmando a própria vocação desse transporte. A Bacia Amazônica é a maior bacia de navegação interior do Brasil, entretanto, movimenta apenas 18 % de todo o transporte fluvial. As hidrovias do Madeira e do Tapajós apresentam os maiores potenciais para aumentar a navegação nessa bacia. Unidade 3. Modos aquaviário, aéreo e dutoviário 66 O endereço do DNIT (www.dnit.gov.br) traz um resumo das principais hidrovias brasileiras. Acesse-o! Você descobrirá informações muito importantes sobre o transporte hidroviário brasileiro, além de identificar no mapa os locais por onde passam os rios brasileiros navegáveis. Unidade 3. Modos aquaviário, aéreo e dutoviário 67 Modal Aeroviário No modal aeroviário são os aviões e os aeroportos que dominam a paisagem, transportando passageiros e cargas. As rotas aéreas constituem-se de vias pelas quais as aeronaves trafegam. Os aeroportos são os terminais de decolagem e aterrissagem dos aviões. Unidade 3. Modos aquaviário, aéreo e dutoviário 68 No interior do Brasil, as rotas podem ser classificadas como nacionais e regionais. As rotas nacionais são as de maior movimentação, e realizadas normalmente entre capitais de estados e entre cidades grandes. As regionais são rotas de menor expressão que, na maior parte das vezes, ligam cidades próximas para atender ao tráfego regional. As rotas são também classificadas em domésticas ou internacionais. Domésticas são as linhas aéreas de tráfego no interior do país e internacionais são aquelas praticadas entre o Brasil e outros países. Unidade 3. Modos aquaviário, aéreo e dutoviário 69 Não é somente o avião que executa o transporte aéreo! O helicóptero também é muito utilizado. Segundo o Departamento de Aviação Civil (DAC), os terminais aeroportuários podem ser classificados em aeródromos e helipontos. Nos primeiros operam os aviões comerciais e particulares que transportam passageiros e mercadorias, além das aeronaves militares das Forças Armadas Brasileiras. Já os helipontos são destinados ao pouso e decolagem de helicópteros que podem transportar tanto cargas como passageiros. Unidade 3. Modos aquaviário, aéreo e dutoviário 70 Modal Dutoviário O modal dutoviário é o único dos modais existentes que transporta exclusivamente cargas. Ele é composto por dutos (uma espécie de tubulação), que são as vias por onde são movimentadas as cargas. Unidade 3. Modos aquaviário, aéreo e dutoviário 71 De acordo com a ANTT – Agência Nacional dos Transportes Terrestres, o transporte dutoviário pode ser classificado em: • Oleodutos: neste sistema, os produtos transportados são, em sua grande maioria, petróleo, óleo combustível, gasolina, diesel, álcool, GLP, querosene e nafta. • Minerodutos: os produtos transportados são sal-gema, minério de ferro e concentrado fosfático. • Gasodutos: nos gasodutos transporta-se o gás natural. Cabe destacar aqui o Gasoduto Brasil-Bolívia, que é um dos maiores em atividade no mundo. Unidade 3. Modos aquaviário, aéreo e dutoviário 72 A malha dutoviária brasileira é formada por mais de 12 mil quilômetros de dutos, sendo a malha formada por oleodutos a mais extensa, representando cerca de 50 % da malha dutoviária brasileira. Em determinadassituações, o transporte por dutos pode ser a escolha mais econômica. Esta modalidade de transporte vem se revelando como uma das formas mais econômicas de transporte para grandes volumes, principalmente de óleo, de gás natural e de derivados, e quando comparada com os modais rodoviário e ferroviário. Unidade 3. Modos aquaviário, aéreo e dutoviário 73 CONSIDERAÇÕES FINAIS No Brasil, o transporte aquaviário ainda é pouco explorado apesar da extensa malha de vias navegáveis. O uso do transporte dutoviário é aqui relativamente recente, com operação comercial a partir de 1968. Sua participação em transporte de mercadorias no país ainda é pequena e está estabilizada em torno de 4 %, mas, apresenta grande potencial de crescimento. Por outro lado, nas últimas décadas, cresceu a participação do modal aéreo impulsionado pela demanda de transporte aéreo doméstico. No entanto, o setor ainda precisa de investimentos e melhorias para oferecer aos passageiros e aos usuários do transporte de mercadorias melhor qualidade nos serviços. Unidade 3. Modos aquaviário, aéreo e dutoviário 74 APRESENTAÇÃO Já estudamos os modais. Vamos agora conhecer em detalhes os diversos meios de transporte, enfocando os veículos utilizados para movimentar cargas e passageiros nas diversas modalidades de transporte. Unidade 4. Veículos do transporte rodoviário e ferroviário 75 OBJETIVOS - Apresentar os veículos utilizados no transporte rodoviário; - Apresentar os veículos utilizados no transporte ferroviário. Unidade 4. Veículos do transporte rodoviário e ferroviário 76 INTRODUÇÃO Você sabia que o transporte a pé é um meio de transporte? Pois bem, o transporte a pé é a mais simples das tecnologias usadas pelo homem. Ele se baseia na capacidade dos indivíduos de se locomoverem e de transportarem pequenas cargas. Outras tecnologias foram criadas para aumentar a velocidade dos deslocamentos e a capacidade de transporte, e para melhorar o conforto e a segurança nos deslocamentos. A seguir, vamos conhecer as tecnologias e os modos de transporte rodoviário e ferroviário de passageiros e de cargas. Unidade 4. Veículos do transporte rodoviário e ferroviário 77 Veículos de transporte rodoviário Neste modal de transporte, os veículos mais utilizados são os automóveis, os caminhões, os ônibus, as motocicletas e as bicicletas. Alguns são mais usados no transporte de cargas, enquanto outros são típicos do transporte de pessoas. Vamos aprofundar o estudo dos caminhões e ônibus, que são os veículos mais utilizados no transporte rodoviário. Unidade 4. Veículos do transporte rodoviário e ferroviário 78 Veículos de transporte rodoviário de cargas Existem diversos modelos de caminhões e cada um é utilizado para determinado serviço de transporte específico. Dessa forma, existem diferentes maneiras para classificar os caminhões de transporte de mercadorias. A primeira consiste em dividi-los entre veículos rígidos e articulados. Mas, o que são veículos rígidos? Unidade 4. Veículos do transporte rodoviário e ferroviário 79 São aqueles que trazem o motor e a unidade de transporte em um só veículo. São os caminhões ditos “tocos ou trucks”, que têm a carroceria fixa à cabine. Como são os caminhões articulados? Os caminhões articulados têm a cabine com o motor separada do reboque. Em geral, são veículos formados por um cavalo mecânico e uma carreta. Este tipo de veículo é mais utilizado nas rodovias. Unidade 4. Veículos do transporte rodoviário e ferroviário 80 Para fins didáticos, uma forma de reconhecimento rápido da silhueta de veículos ou Combinações de Veículos de Carga – CVC é mostrada na figura a seguir. Onde: C = Caminhão. S = Semirreboque (semi-trailler). Os números à esquerda das letras C ou S indicam o número de eixos da unidade tratora. Os números à direita das letras C ou S indicam o número de eixos da unidade tracionada. Unidade 4. Veículos do transporte rodoviário e ferroviário 81 CLASSIFICAÇÃO DOS VEÍCULOS DE CARGA Caminhões Semirreboque Caminhão com reboque Classificação das silhuetas dos veículos ou Combinações de Veículos de Carga. Fonte: Adaptado de DNIT (2012). 82 Agora, atenção: a Portaria do Departamento Nacional de Trânsito – Denatran nº 63/09 homologa os veículos e as combinações de veículos de transporte de carga e de passageiros, com seus respectivos limites de comprimento, peso bruto total – PBT e peso bruto total combinado – PBTC para circulação nas vias públicas. Veja, a seguir, um exemplo para a combinação homologada de caminhão trator + semirreboque. Unidade 4. Veículos do transporte rodoviário e ferroviário 83 Fonte: Denatran (2009). 84 Os caminhões podem apresentar diferentes tipos de carroceria, sendo que cada modelo existente serve para cargas específicas. Veja na tabela a seguir uma classificação dos caminhões em função do tipo de carroceria acoplada: Unidade 4. Veículos do transporte rodoviário e ferroviário 85 86 87 88 Veículos de transporte rodoviário de passageiros Os veículos de transporte rodoviário de passageiros de que vamos tratar são aqueles com capacidade acima de nove pessoas, usados no transporte coletivo e público. Estão excluídos, portanto, veículos do tipo táxi e os particulares. Por que “maior do que nove pessoas”? Unidade 4. Veículos do transporte rodoviário e ferroviário 89 Pois bem, esse valor vem do Código de Trânsito Brasileiro (CTB), que classifica “Automóvel” como o veículo automotor destinado ao transporte de passageiros, com capacidade para até oito pessoas, exclusive o “condutor”. Veículos para transporte coletivo com capacidade acima desse valor são classificados como “Micro-ônibus” ou “Ônibus”. Unidade 4. Veículos do transporte rodoviário e ferroviário 90 Veículo Característica Micro-ônibus Veículo de transporte coletivo com capacidade para até vinte passageiros, construído com a finalidade exclusiva de transporte de pessoas, cuja carroceria apresenta características de um ônibus pequeno, dotado de corredor central para a circulação de pessoas. Ônibus O Código de Trânsito Brasileiro define “Ônibus” como o veículo automotor de transporte coletivo com capacidade para mais de vinte passageiros. São muito significativas as variações de tipos de ônibus. Nenhum deles é o mais adequado, cada um tem vantagens e desvantagens. Trólebus Podem ser chamados de “bondes sobre pneus” ou “ônibus elétricos”. O trólebus surgiu como uma evolução natural dos bondes elétricos, pois proporcionava grande economia em sua implantação por não necessitar de trilhos e ser um veículo mais leve e mais ágil, com características de desempenho semelhantes à do bonde. 91 Vamos aprofundar o estudo sobre os ônibus, o mais usado meio de transporte coletivo. Para isto, iremos separá-los segundo as características de sua operação, ou seja, para uso urbano ou operação em rodovias. Unidade 4. Veículos do transporte rodoviário e ferroviário 92 i) Ônibus do tipo convencional e padrão (ou Padron) O ônibus convencional é o veículo de transporte coletivo cujo projeto nasceu da adaptação de carrocerias para transporte de pessoas sobre chassis originariamente de caminhão. Atualmente, o mercado já produz ônibus modernos que podem ser denominados convencionais. O Ônibus Padron é resultado de um projeto desenvolvido em 1979 pelo GEIPOT e pela EBTU. A proposta previa a criação de um ônibus com maior capacidade de transporte (110 passageiros, na época) e conforto, dotado de piso rebaixado, suspensão pneumática, câmbio automático e três portas. Unidade 4. Veículos do transporte rodoviário e ferroviário 93 Tanto o ônibus convencional quanto o Padron já foram fabricados por algumas montadoras com chassis alongados, para permitir, a baixo custo adicional, a ampliação da capacidade de transporte da carroceria. Unidade 4. Veículos do transporte rodoviário e ferroviário 94 ii) Ônibusarticulados e biarticulados O ônibus articulado é um ônibus duplo, interligado por uma estrutura móvel de articulação com revestimento sanfonado. Tem comprimento maior que o ônibus convencional e capacidade para quase 200 passageiros. O ônibus biarticulado tem funcionamento similar ao articulado, mas compõe-se de três partes, com duas articulações. Seu comprimento é ainda maior e sua capacidade é superior ao do veículo articulado. Unidade 4. Veículos do transporte rodoviário e ferroviário 95 iii) Ônibus rodoviários (utilizados nas estradas e rodovias) O ônibus rodoviário é um veículo mais robusto que aqueles usados em ambiente urbano, sendo utilizado preferencialmente em rodovias, ligando cidades, em que não é permitido o transporte de passageiros em pé. Podemos definir ônibus rodoviário como aquele que transita por estradas municipais, estaduais ou federais, sem catraca ou outro dispositivo de controle de tarifação, e que permite o transporte de bagagem em compartimento específico. Unidade 4. Veículos do transporte rodoviário e ferroviário 96 Outra característica desse tipo de veículo é a presença de bagageiro, ou seja, um compartimento fechado, em separado, com acesso pela parte externa do veículo para o transporte das bagagens dos passageiros. Este compartimento deve ser devidamente dimensionado para tal fim. De acordo com as características de conforto, esses veículos são normalmente classificados em: ônibus rodoviário convencional, ônibus executivo, ônibus leito, e ônibus de dois andares (Double-Deck). Unidade 4. Veículos do transporte rodoviário e ferroviário 97 Uma característica de fácil diferenciação, diretamente relacionada com o atributo conforto, são as dimensões/reclinação das poltronas desses ônibus rodoviários e, por consequência, a capacidade de transporte. Nesse sentido, duas normas antigas, mas que ainda hoje são referências nesse assunto, Norma Complementar no 147/85 e Norma Complementar 255/89, do extinto Departamento Nacional de Estradas de rodagem (DNER), especificam o seguinte a respeito das poltronas: Unidade 4. Veículos do transporte rodoviário e ferroviário 98 Ônibus Poltronas Ônibus utilizados no serviço convencional Capacidade mínima de 26 poltronas para passageiros. A largura do assento da poltrona deverá ser de, no mínimo, 0,40 m. O encosto da poltrona, com altura compreendida entre 0,70 m e 0,75 m quando na posição normal, deverá ter, no mínimo, 2 (dois) estágios de reclinação, o último dos quais de ângulo igual ou superior a 35º (trinta e cinco graus). Ônibus utilizados no serviço executivo Capacidade mínima de 26 poltronas para passageiros. A largura do assento da poltrona deverá ser de, no mínimo, 0,40 m. O encosto da poltrona, com altura compreendida entre 0,70 m e 0,75 m quando na posição normal, deverá ter, no mínimo, 3 (três) estágios de reclinação, o último dos quais de ângulo igual ou superior a 45º (quarenta e cinco graus). Ônibus utilizados no serviço leito Capacidade mínima de 16 poltronas para passageiros. A largura do assento da poltrona deverá ser de, no mínimo, 0,45 m. O encosto da poltrona, com altura compreendida entre 0,70 m e 0,75 m quando na posição normal, deverá ter, no mínimo, 3 (três) estágios de reclinação, o último dos quais de ângulo igual ou superior a 55º (cinquenta e cinco graus). 99 Veículos de transporte ferroviário Os veículos ferroviários são chamados genericamente de trens por serem constituídos de vários veículos unitários acoplados (a locomotiva e os vários vagões que são interligados, formando um trem). No Brasil, os trens transportam tanto pessoas como mercadorias. O transporte de pessoas por esta modalidade está concentrado nas grandes aglomerações urbanas. Já o transporte de mercadorias é realizado em diversas malhas (conjunto de vias férreas), localizadas nas regiões sul e sudeste. Unidade 4. Veículos do transporte rodoviário e ferroviário 100 Você sabia que na Europa, na América do Norte e em alguns países da Ásia o transporte por trens (cargas e passageiros) é muito utilizado? Um exemplar é o TGV (trem de grande velocidade) francês que chega a atingir velocidades acima de 300 km/hora em algumas linhas. O endereço da Internet onde você poderá ver diversas imagens desse trem é: www.tgv.com/. Unidade 4. Veículos do transporte rodoviário e ferroviário 101 Veículos de transporte ferroviário de cargas No transporte ferroviário de cargas os trens são compostos de locomotiva e vagões. Existem diversos tipos de locomotiva, com potências e design (desenho) diferenciados. Eles são, na verdade, os veículos propulsores da composição (locomotiva + vagões), assim como os caminhões têm o cavalo-mecânico para puxar as carretas e as carrocerias carregadas de mercadorias. Unidade 4. Veículos do transporte rodoviário e ferroviário 102 O que diferencia um trem de carga de outro são os vagões. Há diversos tipos de vagões, cada um servindo para transportar determinada categoria de produto. Veja alguns exemplos: • Vagões-tanque • Vagões de carga / descarga lateral • Vagões refrigerados • Vagões inclináveis • Vagões plataforma plana: para o transporte do contêiner No site do DNIT há um glossário dos termos usados no transporte ferroviário. Outro endereço que merece ser visitado é o da Associação Brasileira da Indústria Ferroviária. Unidade 4. Veículos do transporte rodoviário e ferroviário 103 Veículos de transporte ferroviário de passageiros Os trens para transportar passageiros no Brasil são, em geral, usados nas grandes aglomerações metropolitanas próximas das grandes capitais dos estados. Eles transportam pessoas entre a capital e as cidades vizinhas. Unidade 4. Veículos do transporte rodoviário e ferroviário 104 A característica que distingue o trem para o transporte de passageiros dos ônibus é, sobretudo, a capacidade. Enquanto um ônibus articulado carrega até 180 passageiros por viagem, o trem de subúrbio (ou trem metropolitano) pode transportar entre 1000 e 3000 pessoas por viagem. Isso faz com que os sistemas de transporte baseados nos trens de subúrbio possam transportar até 60 000 passageiros por hora. Assim, há possibilidades de se projetar um sistema em que o número de trens circulando por hora numa linha atinja 20 comboios de locomotiva e vagões. Unidade 4. Veículos do transporte rodoviário e ferroviário 105 Os metrôs são um tipo de trem utilizado para transportar passageiros em larga escala nos grandes centros urbanos do Brasil e do mundo. Normalmente, trafegam em túneis subterrâneos nas cidades ou em estruturas de vias elevadas, para não gerar interferências com o trânsito urbano das cidades. O metrô é, assim, caracterizado como um transporte de massa, trafegando com rapidez e segurança numa faixa restrita chamada Área de Domínio da Metrovia. É esta área isolada que faz com que não haja interferência com o tráfego rodoviário e o trânsito urbano, uma vez que ele é construído para trafegar em vias exclusivas. Unidade 4. Veículos do transporte rodoviário e ferroviário 106 Você sabia que as ferrovias caracterizam-se por percorrerem longas distâncias? Já os metrôs operam nos centros de grande densidade urbana, com curtas distâncias entre suas estações e com um tempo curto de viagem entre a origem e o destino. Unidade 4. Veículos do transporte rodoviário e ferroviário 107 CONSIDERAÇÕES FINAIS São vários os tipos de veículos utilizados no transporte rodoviário e ferroviário de cargas e de passageiros, os quais possuem, ainda, diferentes tipos de carrocerias. É importante conhecer essas diferenças, uma vez que elas vão influenciar diretamente na classe de produtos a serem transportados, nas condições de transporte das pessoas e, certamente, nos custos e na produtividade do sistema. Unidade 4. Veículos do transporte rodoviário e ferroviário 108 APRESENTAÇÃO Para finalizar nossos estudos acerca dos modos de transporte e das tecnologiasempregadas, vamos conhecer os veículos utilizados no transporte aquaviário e aéreo de cargas e passageiros. Unidade 5. Veículos do transporte aquaviário e aéreo 109 OBJETIVOS - Apresentar os veículos utilizados no transporte aquaviário; - Apresentar os veículos utilizados no transporte aéreo. Unidade 5. Veículos do transporte aquaviário e aéreo 110 INTRODUÇÃO Apesar de ser pouco expressivo na matriz de transportes brasileira, o transporte aquaviário conta com uma grande diversidade de veículos, tanto para o transporte de mercadorias, quanto para o transporte de pessoas. O mesmo podemos falar dos veículos de transporte aéreo. Unidade 5. Veículos do transporte aquaviário e aéreo 111 Transporte Aquaviário Vamos dividir os veículos de transporte aquaviário naqueles que trafegam no transporte marítimo e nos que operam no transporte hidroviário. Unidade 5. Veículos do transporte aquaviário e aéreo 112 Veículos de transporte marítimo de cargas Para apresentar os diversos tipos de navios cargueiros (que transportam mercadorias), vamos dividi-los em três categorias, em função da natureza e características das cargas transportadas, a saber: • Navios de carga geral; • Navios de carga a granel (graneleiros); e • Navios refrigerados. Unidade 5. Veículos do transporte aquaviário e aéreo 113 i) Navios de carga geral Transportam uma grande variedade de cargas, que vão desde automóveis até alimentos embalados. São esses os navios que trabalham com os contêineres, conforme exemplificado na figura a seguir. Quando transportam carga conteinerizada, são então chamados de navios porta-contêineres. ii) Navios graneleiros Transportam produtos a granel, sem embalagem, como, por exemplo, grãos, cimento, minérios, petróleo e gás natural, além de uma infinidade de outras mercadorias líquidas e sólidas. Unidade 5. Veículos do transporte aquaviário e aéreo 114 iii) Navios refrigerados Têm a função de transportar alimentos, tais como frutas e legumes, carnes, produtos marinhos e lácteos e uma grande variedade de artigos perecíveis não comestíveis (flores, arbustos, bulbos e sementes). As instalações (câmaras refrigeradas ou frigoríficas) são mantidas na temperatura necessária para a conservação da qualidade dos produtos. Unidade 5. Veículos do transporte aquaviário e aéreo 115 Veículos de transporte marítimo de passageiros No transporte marítimo de passageiros, podemos encontrar os navios que realizam cruzeiros interoceânicos com destino à Europa, à América do Norte, à Ásia e à Oceania e praticam a cabotagem entre portos brasileiros. Há empresas brasileiras e estrangeiras que oferecem esse tipo de transporte de passageiros. Os navios são verdadeiras “cidades ambulantes” que se deslocam pelos oceanos mundo afora. Há diversos tipos de navios, com capacidades e ofertas de serviços bastante variáveis. Unidade 5. Veículos do transporte aquaviário e aéreo 116 Veículos de transporte hidroviário de passageiros Nas cidades e rios brasileiros também há transporte de passageiros em barcos, navios e lanchas. Neste caso, dizemos que o transporte é hidroviário, ou seja, realizado em hidrovias (e não no mar/oceano). Os deslocamentos que ocorrem dentro do país, nos diversos rios e lagos, utilizam embarcações de menor porte que no transporte marítimo. Um exemplo é o transporte feito por barcas entre as cidades do Rio de Janeiro e de Niterói. Podem ser usadas, ainda, balsas. Elas são muito comuns na região amazônica e servem para fazer travessias de curtas e médias distâncias. Unidade 5. Veículos do transporte aquaviário e aéreo 117 Transporte Aéreo O veículo mais utilizado para o deslocamento de pessoas e mercadorias no transporte aéreo é o avião. Nós já sabemos, também, que o helicóptero é outro meio de transporte. Este veículo vem sendo cada vez mais utilizado nos grandes centros para o deslocamento de pessoas que tentam fugir de situações caóticas de trânsito. Também podemos destacar o uso de helicópteros até as plataformas de petróleo marítimas. Unidade 5. Veículos do transporte aquaviário e aéreo 118 Um dado interessante referente ao trânsito de helicópteros no transporte de passageiros: a cidade de São Paulo está entre as três cidades do mundo que têm maior número de helicópteros transportando pessoas (normalmente os passageiros são empresários e executivos de grandes corporações). Há diversas formas de classificação dos aviões: • De acordo com o uso: transporte de passageiros, de carga ou mistos. • De acordo com a quantidade e o tipo da unidade motriz (motor): turborreação, turbopropulsão e pistão. • De acordo com o alcance de voos: curto, médio e longo alcance. Unidade 5. Veículos do transporte aquaviário e aéreo 119 Atualmente, a maior quantidade e variedade de aviões construídos tem motorização do tipo turborreação. As aeronaves comerciais (para carga e para passageiros) mais vendidas no mundo são fabricadas pelos dois maiores construtores: a Companhia Boeing (visite o endereço na Internet – www.boeing.com/) que é americana, e o Consórcio Europeu Airbus (www.airbus.com). Unidade 5. Veículos do transporte aquaviário e aéreo 120 CONSIDERAÇÕES FINAIS Até aqui você já agregou conhecimentos importantes para olhar o setor de transportes como um sistema. Agora você conhece as características dos diferentes meios de transporte (veículos), e também a infraestrutura básica para cada modal operar, tanto no que diz respeito ao transporte de passageiros quanto com relação à movimentação de cargas. Unidade 5. Veículos do transporte aquaviário e aéreo 121 INTRODUÇÃO Já sabemos que o transporte rodoviário é o mais utilizado no Brasil, tanto para o transporte de cargas quanto para o transporte de passageiros. A seguir vamos retomar nossos conhecimentos acerca das modalidades de transporte utilizadas no Brasil e conhecer melhor as características e o funcionamento do mercado rodoviário de transporte de passageiros e de cargas. Unidade 6. Organização e mercados de transporte rodoviário 122 OBJETIVOS - Apresentar uma visão geral das modalidades e sistemas de transporte; - Conhecer a divisão modal na matriz de transporte brasileira; - Apresentar o mercado de transporte rodoviário no Brasil. Unidade 6. Organização e mercados de transporte rodoviário 123 Modalidades e sistemas de transporte Como vimos nas unidades anteriores, no Brasil, o transporte é operado nas modalidades rodoviária, ferroviária, aquaviária, aeroviária e dutoviária. Atualmente, grande parte da movimentação de cargas e passageiros é realizada pelo modal rodoviário. Mas, quais os motivos que levam o modal rodoviário a esta participação destacada no mercado? Unidade 6. Organização e mercados de transporte rodoviário 124 Vamos apresentar em seguida uma rápida comparação entre as cinco modalidades de transporte, e conhecer algumas vantagens e desvantagens de cada uma delas. Esta introdução será a base para aprofundarmos nossos conhecimentos acerca dos mercados de transporte brasileiro em cada modalidade. Unidade 6. Organização e mercados de transporte rodoviário 125 APRESENTAÇÃO Nesta unidade, vamos apresentar uma visão geral da operação dos sistemas de transporte e aprender como é organizado e operado o mercado de transporte rodoviário no Brasil. Unidade 6. Organização e mercados de transporte rodoviário 126 i) Modal Rodoviário Tem como característica principal a flexibilidade em fazer o transporte porta a porta no que se refere ao transporte de carga. Sua capacidade é limitada, por veículo. Na verdade, o transporte rodoviário deveria ser utilizado na movimentação de mercadorias em pequenas e médias distâncias ou servir de transporte complementar ao transporte ferroviário e aquaviário. Para o transporte de passageiros é utilizado majoritariamente o transporte público ou o transporte individual. Unidade 6. Organização e mercados de transporte rodoviário 127 ii) FerroviárioTem como característica principal a capacidade de transportar, de maneira eficiente, grandes volumes de carga por longas distâncias. Para o transporte de passageiros, tem a vantagem de oferecer um serviço mais seguro e rápido (como por exemplo, o serviço de metrô), mas, normalmente, requer uma integração com o transporte rodoviário, pois não consegue, na maioria dos casos, levar o produto até o lugar de consumo final. O motivo é que não há linhas ferroviárias nem estações de trem com acesso a todas as empresas e consumidores. Unidade 6. Organização e mercados de transporte rodoviário 128 iii) Aquaviário Este tipo de modal é mais adequado para o transporte de grandes volumes de carga que são movimentados por grandes distâncias, quando não se necessita de uma entrega rápida ou se desejam preços de frete mais baratos. Para o transporte de passageiros é normalmente utilizado em locais onde o acesso é mais fácil por vias fluviais ou marítimas. Unidade 6. Organização e mercados de transporte rodoviário 129 iv) Dutoviário A característica do transporte dutoviário é completamente diferente da dos demais modais. Os dutos operam 24 horas por dia e sete dias por semana, com restrição de funcionamento apenas durante a manutenção e a mudança de produto a ser transportado. Como desvantagem de sua utilização, pode-se dizer que não são flexíveis (as vias são fixas e em pequeno número) e têm limitações quanto à variedade de produtos que podem ser transportados. Unidade 6. Organização e mercados de transporte rodoviário 130 v) Aéreo Tem como vantagem a rapidez na movimentação, entretanto, é um transporte de alto custo. Normalmente, o transporte aéreo de carga regular é realizado para produtos altamente perecíveis ou de valor elevado. Para o transporte de passageiros, embora mais caro, oferece as vantagens de ser bastante rápido e mais seguro, quando comparado com os demais modais de transporte. Unidade 6. Organização e mercados de transporte rodoviário 131 Mercados de transporte rodoviário de passageiros Quando falamos de transporte rodoviário de passageiros, podemos dividi-lo da seguinte maneira: Urbano, Intermunicipal, Interestadual e Internacional. Para atuar nesse mercado, as empresas precisam de uma concessão ou permissão da União, do estado ou do município. Vamos entender melhor o papel desses serviços que são responsáveis pela movimentação de milhares de pessoas em nosso país. Unidade 6. Organização e mercados de transporte rodoviário 132 Transporte Rodoviário Urbano de Passageiros O transporte urbano é de responsabilidade dos municípios. A delegação do serviço requer um contrato, entre as empresas e os municípios, que incorpore as exigências mínimas necessárias ao funcionamento do setor. Esse contrato é realizado através de um processo de licitação, onde é feita uma concessão de prestação de serviços em que o poder público determina as características da frota, a qualidade do serviço, as linhas, os itinerários a cumprir, a frequência de viagens, os horários, os pontos de parada, os terminais e a tarifa que poderá ser cobrada pela empresa vencedora. Unidade 6. Organização e mercados de transporte rodoviário 133 - Quando falamos de transporte urbano de passageiros, temos a participação dos seguintes elementos: • Poder Público – delega, através de concessão/permissão, a prestação dos serviços a uma empresa privada. Ele é responsável pela fixação de normas de operação e de tarifa, pela especificação da quantidade de viagens a ser ofertada, e pela fiscalização da operação. • Empresa Privada (operadora) – executa a operação especificada, cobra a tarifa determinada, cuida da manutenção dos veículos, realiza as viagens definidas e aufere os lucros determinados a partir do contrato. • Usuário – faz as reivindicações de atendimento, exige a fiscalização, pressiona por melhor qualidade no serviço, exige segurança e paga a tarifa especificada para utilizar o serviço. Unidade 6. Organização e mercados de transporte rodoviário 134 Em geral, principalmente nas cidades maiores, existe uma secretaria ou departamento que se encarrega de estabelecer as normas, conceder os serviços, fiscalizar e regulamentar o transporte urbano de passageiros. Portanto, o transporte urbano é operado em mercado regulamentado, e para uma empresa atuar há necessidade de se estabelecer um contrato de concessão/permissão com o poder público, que determina as condições de operação. Vejamos alguns exemplos nas cidades brasileiras. Unidade 6. Organização e mercados de transporte rodoviário 135 Brasília O órgão responsável pela concessão e pela fiscalização do transporte público é o DFTRANS – Transporte Urbano do Distrito Federal. Os serviços de transporte são oferecidos por ônibus convencionais, por micro-ônibus, vans, por serviço autônomo rural e por transporte coletivo privado (fretamento). Todos esses serviços são oferecidos através de concessão ou permissão. Para conhecer melhor as características do sistema de transporte público do Distrito Federal, acesse o site do DFTRANS (www.dftrans.df.gov.br). Unidade 6. Organização e mercados de transporte rodoviário 136 São Paulo O órgão responsável pelo transporte é a Secretaria Municipal de Transportes, juntamente com a CET (Companhia de Engenharia de Tráfego) e a SPTrans (São Paulo Transporte S.A.). Juntas, elas possuem as seguintes atribuições institucionais: • Gerenciar os serviços de transporte coletivo de passageiros por ônibus; • Regulamentar e gerenciar os serviços alternativos de transporte de passageiros individuais ou coletivos: táxi, lotação, bairro a bairro, fretamento e transporte escolar; e • Disciplinar e gerir o uso da rede viária municipal. Unidade 6. Organização e mercados de transporte rodoviário 137 Porto Alegre O sistema de transporte por ônibus de Porto Alegre é organizado em consórcios, constituídos por empresas privadas e por uma empresa pública, conforme informações a seguir: O órgão gestor é a Secretaria Municipal do Transporte de Porto Alegre, cuja execução está a cargo da Empresa Pública de Transporte e Circulação S/A, que é uma empresa de sociedade anônima, composta de capital 100 % público. Unidade 6. Organização e mercados de transporte rodoviário 138 Curitiba O sistema possui características inovadoras e tem sido considerado um dos pioneiros em modernização e reestruturação do sistema de transporte urbano no Brasil. Denominada "Rede Integrada de Transportes" (RIT), a operação é realizada por empresas privadas e gerenciada pela URBS, e caracteriza-se por ser uma operação através de ônibus, num sistema tronco alimentador, ou seja, baseado nos terminais de integração entre os bairros e o centro no qual os passageiros passam de linhas alimentadoras para linhas troncais. Unidade 6. Organização e mercados de transporte rodoviário 139 Transporte Rodoviário Intermunicipal O transporte intermunicipal é regulamentado e fiscalizado pelos estados. Cada estado tem um órgão responsável por essa atividade, sendo que alguns estados possuem Agências Estaduais que têm como competência a regulamentação e a fiscalização do transporte intermunicipal. Unidade 6. Organização e mercados de transporte rodoviário 140 Vejamos alguns exemplos: • O Estado de Mato Grosso criou uma Agência de Serviços Públicos, que cuida da regulamentação e da fiscalização do transporte intermunicipal; • O Estado da Bahia criou uma Agência de Energia, Telecomunicações e Transporte que também tem a atribuição de fiscalizar e orientar o usuário do transporte intermunicipal de passageiros; • O Estado do Amazonas criou uma Agência Reguladora dos Serviços Públicos Concedidos do Estado do Amazonas (ARSAM), envolvendo energia, transporte e saneamento; e • Agência Reguladora de Serviços Públicos Concedidos do Estado do Rio de Janeiro – ASEP-RJ, que inclui os serviços de transporte. Unidade 6. Organização e mercados de transporte rodoviário141 Transporte Interestadual e Internacional Neste mercado a prestação de serviço é realizada por concessão através da Agência de Transporte Terrestre (ANTT). A entrada de uma empresa no mercado também se faz através de uma licitação pública, em que o poder público determina as condições de operação e a tarifa a ser cobrada. Após a contratação do serviço, a ANTT realiza a fiscalização para verificar se os serviços estão sendo prestados conforme estabelecido contratualmente. Unidade 6. Organização e mercados de transporte rodoviário 142 Assim como o transporte interestadual, o transporte internacional também é autorizado pelo poder público. Pode ser autorizado de duas maneiras: • Permissão - execução de serviços regulares (linhas), acordados bilateralmente (entre dois países), sempre precedida de licitação; • Autorização - execução de serviços em período de temporada turística, conforme entendimentos bilaterais, e serviços de fretamento. Unidade 6. Organização e mercados de transporte rodoviário 143 A criação de linhas e de serviços em temporadas turísticas exige o prévio entendimento entre os países interessados. Para a prestação de serviços de fretamento, há a exigência de registro na ANTT e a expedição de autorização de viagens, conforme procedimento adotado para fretamento interestadual. A forma de atuação no mercado dessas empresas pode ser compreendida da seguinte maneira: • Empresas Regionais. • Empresas Nacionais. • Empresas Internacionais. Unidade 6. Organização e mercados de transporte rodoviário 144 Mercados de transporte rodoviário de cargas O transporte rodoviário de cargas é responsável por mais de 60 % de toda a carga transportada no Brasil. Diferentemente do transporte de passageiros, o transporte de carga não é considerado um mercado regulamentado (não há interferência do Poder Público para conceder o direito de operar no mercado). O transporte pode ser realizado por empresas, cooperativas ou transportadores autônomos. Unidade 6. Organização e mercados de transporte rodoviário 145 A contratação do frete é realizada pelos agentes produtores (indústria, comércio, agroindústria, agricultura etc.) diretamente com as empresas transportadoras que, dependendo das necessidades de mercado, utilizam os serviços dos autônomos (caminhoneiros) para complementar sua frota. O transporte rodoviário de cargas opera em regime de mercado livre, sem restrições que limitem a entrada e saída do mercado. Não existe legislação específica no campo dos transportes que impeça o exercício dessa atividade desde que o transportador atenda aos requisitos mínimos exigidos pela ANTT, por meio do RNTRC. Unidade 6. Organização e mercados de transporte rodoviário 146 O chamado Registro Nacional de Transportadores Rodoviários de Cargas (RNTRC) permite o conhecimento do conjunto de operadores que atuam no mercado e habilita o transportador para exercer sua atividade econômica. Apesar de ser um mercado livre, é importante lembrar que existem normas que os transportadores precisam respeitar. Unidade 6. Organização e mercados de transporte rodoviário 147 A Lei da Balança é um exemplo. A Lei da Balança tem como objetivo a preservação das condições das estradas, pontes e viadutos. O excesso de peso é aferido por equipamento de pesagem ou verificação de documento fiscal, na forma estabelecida pelo Conselho Nacional de Trânsito (CONTRAN). Outro exemplo de transporte rodoviário de carga que tem legislação própria é o transporte de produtos perigosos. Unidade 6. Organização e mercados de transporte rodoviário 148 CONSIDERAÇÕES FINAIS Diferentemente do transporte de passageiros, para operar no transporte rodoviário de cargas as empresas não precisam passar por procedimentos de concessão ou autorização. Qualquer empresa pode ingressar no mercado, desde que atenda a algumas exigências estabelecidas pela ANTT. Tanto o transporte de cargas como o de passageiros pode ser oferecido por empresas públicas ou privadas, podendo atuar regional, nacional e internacionalmente. Unidade 6. Organização e mercados de transporte rodoviário 149 APRESENTAÇÃO Nesta unidade, vamos conhecer algumas particularidades dos mercados de transporte ferroviário, aquaviário e aéreo no Brasil. Unidade 7. Mercados ferroviário, aquaviário e aéreo 150 OBJETIVOS - Apresentar o mercado de transporte ferroviário no Brasil; - Apresentar o mercado de transporte aquaviário no Brasil. - Apresentar o mercado de transporte aéreo no Brasil. Unidade 7. Mercados ferroviário, aquaviário e aéreo 151 INTRODUÇÃO Apesar de serem menos expressivos nas matrizes de transporte de cargas e de passageiros no Brasil, os modais ferroviário, aquaviário e aéreo também são de grande importância para a movimentação de cargas e para o deslocamento de pessoas dentro do país e para fora de nossos limites. Unidade 7. Mercados ferroviário, aquaviário e aéreo 152 Mercado de Transporte Aquaviário No transporte aquaviário, os serviços são realizados a partir de um termo de autorização emitido pela Agência Nacional de Transportes Aquaviários – ANTAQ. Este termo autoriza a construir e a explorar por prazo indeterminado um terminal portuário de uso privativo, e as empresas de transporte aquaviário a operarem por prazo indeterminado como empresas brasileiras de navegação. Unidade 7. Mercados ferroviário, aquaviário e aéreo 153 As autorizações são dadas para a navegação de longo curso, para a cabotagem, para o apoio marítimo e para o apoio portuário. As empresas que oferecem serviços de navegação de cabotagem, assim como as empresas de navegação de longo curso, também têm seu funcionamento autorizado pelo poder público, que atualmente é representado pela ANTAQ – Agência Nacional de Transportes Aquaviários. Unidade 7. Mercados ferroviário, aquaviário e aéreo 154 Existem diversas empresas autorizadas a realizar serviços de navegação de cabotagem. O transporte de cabotagem é o transporte realizado nos limites do país. Consulte a página da ANTAQ, na Internet, para conhecer as principais empresas autorizadas a fazer a navegação de cabotagem. Além da autorização para a navegação de longo curso e de cabotagem, a ANTAQ é responsável por dois outros tipos de serviços de apoio relacionados com o transporte hidroviário. São eles: Serviços de Apoio Marítimo e Serviços de Apoio Portuário. Unidade 7. Mercados ferroviário, aquaviário e aéreo 155 Serviços de Apoio Marítimo As atividades estão relacionadas com a operação de agenciamento e administração de embarcações, com o afretamento de embarcações de apoio marítimo para reboque, com o manuseio de âncoras, com o suprimento nas embarcações, com o transporte de pessoal e equipes de apoio, com o combate a incêndios e com o afretamento de embarcações especiais para suporte a veículos operados remotamente (ROV), apoio a mergulho, pesquisa, inspeção, lançamento e manutenção de linhas rígidas e flexíveis, manutenção de cabos ópticos submersos. Unidade 7. Mercados ferroviário, aquaviário e aéreo 156 Serviços de Apoio Portuário Essas empresas têm como atividade a prestação de serviços relacionados com a operação portuária, ou seja: aquelas atividades realizadas em áreas portuárias marítimas ou fluviais ou lacustres; e as atividades de navegação mercante destinadas a apoiar as operações dos portos e terminais e as embarcações que as frequentam (descarga de mercadorias, movimentação de contêineres, empilhamento de mercadorias, entre outras). Unidade 7. Mercados ferroviário, aquaviário e aéreo 157 Mercados de Transporte Ferroviário O processo de desestatização das ferrovias (concessão da exploração das ferrovias para a iniciativa privada) teve início em 1996. As ferrovias brasileiras estão quase que totalmente privatizadas. A tabela a seguir sintetiza o processo de privatização das ferrovias brasileiras a partir da privatização da RedeFerroviária Federal iniciada em 1996. O processo foi realizado através de licitação. Unidade 7. Mercados ferroviário, aquaviário e aéreo 158 Para conhecer todas as empresas concessionárias das ferrovias, acesse: http://www.antt.gov.br. Vimos anteriormente que nas grandes cidades não há somente o ônibus para o transporte de passageiros. O transporte urbano e metropolitano conta também com sistemas ferroviários: metrô, trens de subúrbio, bondes etc. Unidade 7. Mercados ferroviário, aquaviário e aéreo 159 Em São Paulo, a malha do sistema de metrô para o transporte de passageiros vem sendo ampliada e atualmente conta com cinco linhas em operação. Ela é operada pela Companhia do Metropolitano de São Paulo – Metrô (www.metro.sp.gov.br), que é uma companhia pública, gerenciada pelo Governo do Estado de São Paulo. Unidade 7. Mercados ferroviário, aquaviário e aéreo 160 Mercado de Transporte Aéreo O mercado de transporte aéreo é formado por empresas de carga e de passageiros. As grandes empresas normalmente trabalham tanto com transporte de cargas como com transporte de passageiros. Elas estão classificadas nas seguintes categorias: • Empresas brasileiras de transporte aéreo regular. • Empresas brasileiras de transporte aéreo não regular. • Empresas internacionais de transporte aéreo regular. Unidade 7. Mercados ferroviário, aquaviário e aéreo 161 Também estão autorizadas a funcionar empresas internacionais não regulares, empresas de táxi aéreo, empresas de serviços aéreos especializados e empresas auxiliares de transporte aéreo. Além do transporte de pessoas, é realizado o transporte aéreo de cargas. Para verificar como ele funciona, acesse a página http://www.anac.gov.br/. Unidade 7. Mercados ferroviário, aquaviário e aéreo 162 CONSIDERAÇÕES FINAIS Ao fim desta unidade você já possui uma visão geral sobre como funcionam as cinco modalidades de transporte, quais os veículos mais utilizados em cada uma delas e como é organizado o mercado de transporte em cada modalidade. Nas próximas unidades estudaremos os aspectos relacionados à logística e à integração entre estas cinco modalidades de transporte, ressaltando as atividades logísticas e os ganhos que as empresas podem obter quando atuam com eficiência nas cadeias logísticas brasileiras. Unidade 7. Mercados ferroviário, aquaviário e aéreo 163 APRESENTAÇÃO Para iniciar nossos estudos em logística, vamos abordar os conceitos e definições corretos a respeito deste termo. De maneira breve, faremos também referência à evolução logística, a fim de conhecermos suas transformações ao longo do tempo. Unidade 8. Definição e importância da logística 164 OBJETIVOS - apresentar os conceitos relacionados à logística; - conhecer a origem do termo e sua evolução. Unidade 8. Definição e importância da logística 165 INTRODUÇÃO Nos últimos anos a palavra logística tem sido muito utilizada por profissionais, empresas e veículos de comunicação. Você reparou que praticamente todos os dias lemos alguma notícia relacionada à logística, no Brasil? Isso ocorre porque esta palavra está na moda. No entanto, sabemos que não se trata de um modismo passageiro. Neste submódulo iremos compreender sua importância, e como se destaca, com papel fundamental, na obtenção de vantagens competitivas (redução de custos, melhoria do atendimento ao cliente) em ambientes de negócios. Unidade 8. Definição e importância da logística 166 Definição de logística Há diferentes maneiras possíveis de se conceituar a logística? Provavelmente você já ouviu ou leu (no rádio, na televisão, nos jornais e revistas, das pessoas) muitas expressões como sendo a definição da palavra logística. Unidade 8. Definição e importância da logística 167 Na verdade, a palavra sofreu certa “banalização” nos últimos tempos, em nosso país. De fato, ela começou a ser empregada para definir qualquer processo de organização de atividades em diferentes setores, áreas ou domínios. No entanto, dentre as alternativas que apresentamos só existe uma que traz a definição correta de logística, tal qual ela foi concebida há alguns anos e conforme é entendida nos meios acadêmico e produtivo. Unidade 8. Definição e importância da logística 168 A definição mais tradicional e ampla para a logística empresarial foi dada pelo Council Of Logistics Management (www.cscmp.org) dos Estados Unidos. A definição é a seguinte: “Logística é o processo de planejamento, implementação e controle eficiente e eficaz do fluxo e armazenagem de mercadorias, serviços e informações relacionadas, desde o ponto de origem até o ponto de consumo, com o objetivo de atender às necessidades do cliente”. Unidade 8. Definição e importância da logística 169 Origem da logística O termo ‘logística’ tem origem na língua francesa. Ele vem do verbo loger, que em francês significa alojar. Ao longo da história da humanidade, as guerras têm sido ganhas através do poder e da capacidade logística. Alguns historiadores consideram que Napoleão Bonaparte foi um vencedor, e também um perdedor, em função das estratégias logísticas que utilizou. Unidade 8. Definição e importância da logística 170 A derrota da Inglaterra na guerra de independência dos Estados Unidos (século XVIII) pode ser, em grande parte, atribuída a uma falha logística. Na América, o exército britânico dependia quase que totalmente da Inglaterra para seus suprimentos. No auge da guerra, havia doze mil soldados em continente americano e grande parte dos equipamentos e da alimentação para abastecê-los provinha da Inglaterra. Durante os primeiros seis anos, a administração destes suprimentos vitais foi totalmente inadequada, afetando as operações e as tropas. Unidade 8. Definição e importância da logística 171 A palavra logística foi pela primeira vez utilizada para designar operações mais complexas durante a Segunda Guerra Mundial, entre os anos 1940 e 1945, no século XIX. Até então, era utilizada mais para referir-se à movimentação das tropas e ao suprimento no campo de batalha. Unidade 8. Definição e importância da logística 172 Você sabia que na Segunda Guerra ela era usada para designar as atividades relativas ao transporte, ao abastecimento e ao alojamento das tropas? Pois, veja, naquela época, a logística se destacou como um fator essencial para o sucesso das missões militares e das estratégias, desenvolvidas entre nações. Para que tudo corresse bem, era necessário que houvesse uma logística eficiente. Em outras palavras, era preciso que se planejasse, e se fizesse uma organização das atividades necessárias, para que as armas e munições fossem disponibilizadas aos soldados nos momentos em que elas fossem necessárias. Unidade 8. Definição e importância da logística 173 Você já imaginou o que poderia acontecer se as armas e munições não estivessem disponíveis para os soldados nos momentos de necessidade imediata? Apesar do termo já ser utilizado para definir as estratégias militares desde o século XVIII, a moderna logística empresarial teve seus fundamentos originados na revolução industrial, fato histórico considerado um dos marcos determinantes do mundo contemporâneo, e causa das grandes transformações sociais, econômicas e tecnológicas (Ballou, 2001). Unidade 8. Definição e importância da logística 174 Importância da logística Perguntas para você refletir e responder: a)Quantas vezes você foi a uma loja comprar um produto que havia sido anunciado e não o encontrou na prateleira? b)Você já comprou um produto na Internet e recebeu a mercadoria errada? c)Qual foi a última vez que lhe prometeram entregar um produto em alguns dias e levaram semanas? Unidade 8. Definição e importância da logística 175 Essas são algumas perguntas que evidenciam os problemas que encontramos no dia a dia de nossas empresas e de nossas vidas. São problemas típicos de uma logística ineficiente. Estima-se que no Brasil
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