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Metodologia para aprendizagem ativa

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METODOLOGIAS PARA 
APRENDIZAGEM ATIVA
Ingrid Gayer Pessi
Estratégias para 
aprendizagem ativa 
em aulas expositivas
Objetivos de aprendizagem
Ao final deste texto, você deve apresentar os seguintes aprendizados:
 � Identificar a necessidade de mudança paradigmática do modelo de 
aula expositiva, desde o seu surgimento até os dias atuais.
 � Reconhecer a importância da ressignificação da aula expositiva dia-
logada, apontando a relevância do feedback imediato.
 � Relacionar a estratégia da linha da vida para aperfeiçoar a aula 
expositiva.
Introdução
A aula expositiva é uma metodologia bastante usada pelos professores no 
cotidiano escolar e nem sempre promove uma aprendizagem significativa 
ao aluno, se for utilizada sem objetivos e baseada na mera exposição de 
conceitos por parte do professor.
Neste capítulo, você irá fazer um apanhado histórico sobre a aula 
expositiva, entendendo-a desde seu surgimento até os dias atuais. Tam-
bém irá compreender a necessidade de uma reflexão crítica por parte 
do professor em relação a essa metodologia, entendendo que se faz 
cada vez mais necessária uma mudança nas estratégias adotadas por ele 
em sua prática, visando uma aprendizagem mais colaborativa e com a 
participação efetiva do aluno. Entendendo isso, ainda será discutida a re-
levância do feedback imediato na aula expositiva, assim como a utilização 
da estratégia da linha da vida para aprimorar o processo de construção 
de conhecimentos.
Aula expositiva: ontem e hoje
Ao ser adotada como estratégia pedagógica para a transmissão do conhecimento 
nas escolas, a aula expositiva, sobretudo via linguagem verbal, era uma prática 
predominante, pois se acreditava que bastava o mestre discursar para que a 
aprendizagem do aluno acontecesse.
O século XX contribuiu para o surgimento de novas perspectivas acerca 
do processo de ensino e aprendizagem. Novas luzes foram lançadas sobre a 
educação e suas novas exigências, de modo que pesquisadores como Piaget, 
Vygotsky, Wallon e Ausubel apresentaram novos aspectos relevantes e impor-
tantes sobre a ação de cada indivíduo na construção do conhecimento, bem 
como o papel do professor como mediador da relação entre aluno e conheci-
mento. Desse modo, a escola se viu na exigência de valorizar outras estratégias 
pedagógicas e de ensino, como a resolução de problemas, as atividades em 
grupo, os jogos e as pesquisas.
A propagação de novas estratégias educacionais e o fato de a aula expo-
sitiva estar associada a uma didática considerada ultrapassada contribuíram 
com sua injusta exclusão de muitos planejamentos docentes. Sabe-se que esta 
escolha pedagógica não define a prática do professor, ou seja, este não segue 
uma perspectiva tradicional de ensino ou outras metodologias que possam 
contribuir com o seu fazer docente simplesmente excluindo uma estratégia.
A aula expositiva não é necessariamente tomada exclusivamente por aqueles 
que ainda a utilizam como perspectiva de transmissão de conhecimento. Esses 
professores ainda podem inserir outras atividades práticas diferenciadas, como 
a aula-laboratório, e ainda assim exigir que sejam consideradas as estratégias de 
memorização dos alunos. Há ainda aqueles que tomam seu tempo oferecendo 
informações significativas por meio de aulas expositivas, contribuindo para 
aprendizagem dos alunos.
A aula expositiva pode se tornar uma estratégia pedagógica e de ensino 
quando introduz um determinado e programado assunto; é utilizada no meio 
de uma sequência e até o fim dela, de acordo com o planejamento elaborado 
pelo professor; e considera os procedimentos que serão utilizados de acordo 
com a dis ciplina, o conteúdo e os objetivos elencados a seguir. 
Estratégias para aprendizagem ativa em aulas expositivas2
 ■ Apresentar informações: importante para a apresentação de novos 
dados sobre um assunto a ser abordado e estudado, o que se torna 
essencial para cumprir as atividades propostas e os objetivos da aula.
 ■ Relacionar dados sobre um tema: o debate sobre determinado 
tema serve de base para a compreensão de fatos atuais, suas causas 
e suas consequências. O professor deverá desenvolver o raciocínio de 
modo a estabelecer as devidas conexões entre dados aparentemente 
desconexos e fazer com que se torne uma referência, pois de acordo o 
bom professor, ao fazer uso de seu fazer docente, consegue por meio 
da aula conduzir o seu aluno àquela intimidade que deve cultivar no 
pensamento, enquanto fala (FREIRE, 2001).
 ■ Expor um repertório novo: acontece quando o tema a ser debatido 
se configura distante do cotidiano dos alunos, não possibilitando a 
elaboração de hipóteses a respeito do tema apresentado. Deve-se 
buscar uma introdução capaz e eficiente para gerar o envolvimento 
e o estímulo dos alunos a pesquisar. 
 ■ Organizar conteúdos já desenvolvidos: contribui quando os alunos 
já realizaram atividades e são capazes de compreender um deter-
minado conceito. 
 ■ Retomar conceitos não compreendidos: após uma avaliação neces-
sária, se realiza uma aula expositiva como oportunidade de revisão 
e reflexão acerca dos erros cometidos. 
Para a aula expositiva, o nível de atenção muda de acordo com a idade do 
aluno, por isso se torna difícil estabelecer o tempo e a duração dessa aula. Do 
mesmo modo que ela pode se restringir à exposição verbal, pode igualmente 
gerar uma discussão sobre assuntos diferentes e diversos. A capacidade de se 
manter atento e de fazer uso da linguagem como um instrumento de pensa-
mento é construída ao longo do desenvolvimento. Com o avançar do tempo, 
os sujeitos sociais da educação se tornam cada vez mais aptos a dirigir sua 
atenção a aspectos definidos como relevantes.
O aluno se apropria do conhecimento quando o transforma em linguagem, 
ou seja, quando expressa o que foi aprendido. No entanto, isso não significa 
que o professor deva excluir de suas ações as aulas expositivas, que contribuem 
para a aprendizagem do aluno em um processo de desenvolvimento de uma 
escuta mais atenta e eficaz. 
3Estratégias para aprendizagem ativa em aulas expositivas
Mesmo que sua aula expositiva tenha sido bem planejada, exige-se do 
professor que ele se preocupe com o que será construído pelo aluno após 
essa aula, considerando os mais variados recursos que podem ser abordados 
e utilizados para a apreensão de informações relevantes. Desse modo, como 
garantir a compreensão do aluno sobre o todo exposto? Para isso, pode-se 
contar com a elaboração de estratégias que provoquem e/ou promovam refle-
xões não homogêneas.
Dessa forma, deve-se investigar com cuidado o que o aluno aprendeu da-
quilo que foi exposto, para que o que foi dito pelo professor seja efetivamente 
compreendido e entendido pelos alunos. Contudo, diferentes modos de se 
certificar de que a aula expositiva atingiu seu objetivo devem ser adotados 
como estratégias válidas, como sínteses individuais dos aspectos mais impor-
tantes discutidos em sala ou comparações dos registros. O aluno consegue 
demonstrar o que foi sistematizado e aprendido quando também consegue 
expor e verbalizar o conhecimento, o que pode se configurar em um importante 
instrumento de avaliação tanto da aprendizagem dos alunos quanto do fazer 
docente do professor.
Para que o professor possa garantir uma boa aula expositiva, este deve buscar 
o desenvolvimento de importantes estratégias de ensino que possibilitem o 
alcance dos objetivos de sua empreitada, como as listadas a seguir.
 � O domínio do conteúdo se faz necessário para a demonstração de sua 
segurança, o que o permite conduzir bem a aula e as atividades pro-
gramadas. Por isso, o professor deve estudar profundamente o tema ou 
o assunto a ser trabalhado.
 � O bom e completo planejamento enquanto ação que considera os co-
nhecimentos prévios dos alunos sobre o que será desenvolvido como 
tema e conteúdo, o que também significa que deve haver clareza sobre 
o que os alunos vão aprender para que o professor possa articular as 
estratégias próprias da aula expositiva com outrastrazidas pelos alunos.
 � A necessidade de que as ideias que serão apresentadas sejam esquema-
tizadas e sistematizadas para que a aula seja melhor gerida e conduzida.
 � A escolha de suportes adequados para o desenvolvimento da aula, 
desde os mais simples suportes à aplicação de novas tecnologias como 
estratégias (trans)formativas e educativas, de modo a oferecer uma 
aula que contemple e estimule a colaboração empática, a criatividade 
comunicativa, o feedback reativo, o engajamento e a motivação do aluno.
Estratégias para aprendizagem ativa em aulas expositivas4
 � Coletar, antecipadamente, as dúvidas dos alunos, de modo a promover a 
articulação da fala do professor com a dos alunos ao objetivo principal 
da aula.
 � A avaliação do processo de aprendizagem por meio de atividades cola-
borativas, individual ou em grupo, sobre o que foi discutido e aprendido.
 � Autoavaliação sobre a própria prática docente, buscando reconhecer 
quando os alunos estiveram mais atentos e quando estiveram mais 
dispersos. Isso indicará o que pode ser corrigido enquanto possíveis 
erros ocorridos durante o processo e o encaminhamento da aula.
 � O melhoramento da capacidade comunicativa e colaborativa. Por isso, 
a autoavaliação se faz necessária, bem como a avaliação das próprias 
aulas a partir da utilização de novos recursos e novas estratégias pe-
dagógicas, como as novas tecnologias aliadas à aula e ao processo de 
aprendizagem.
Quando um tema é novo, deve-se apresentar as informações essenciais 
para sua compreensão ao introduzi-lo, o que torna importante que os alunos 
conheçam várias possibilidades de interpretação acerca do conteúdo que lhes 
foi apresentado e o aproveite da melhor maneira possível.
Para a apresentação de um tema novo, pode-se optar por iniciar com uma 
aula expositiva, utilizando ações didático-pedagógicas e recursos variados, 
de modo a enfatizar a mediação de debates e discussões. Por meio da aula 
expositiva, o professor apresenta as informações essenciais para que os alunos 
possam aprofundá-las.
A aula expositiva é, de longe, a metodologia mais utilizada pelos professores no 
contexto escolar. Porém, é preciso ficar atento para que ela não se torne apenas uma 
metodologia que visa à mera transmissão de conteúdos e a repetição de conceitos. É 
importante que o professor planeje uma aula expositiva que contemple os princípios 
da aprendizagem ativa, com a participação e a interação dos alunos, exemplos que 
vão ao encontro da realidade dos educandos e, principalmente, que coloque o aluno 
no centro do processo de aprendizagem. Uma aula bem planejada e realizada surte 
efeitos bastante positivos e significativos na construção de conhecimentos.
5Estratégias para aprendizagem ativa em aulas expositivas
A importância de uma mudança pragmática
Um bom planejamento de aula para corresponder e atender aos anseios dos 
alunos deve, hoje, mesclar a utilização de metodologias para aprendizagem 
ativa e aulas expositivas, dialogadas a partir dessa mescla. Isso aumenta a 
probabilidade de promoção de uma maior participação do aluno, de modo que 
esse possa se tornar o centro do processo, incluindo seu desenvolvimento e 
sua autonomia de estudo, de forma a contribuir positivamente com o processo 
do ensino e aprendizagem.
No cenário atual do processo de aprendizagem é necessária a busca pelo 
que os alunos acreditam acerca da compreensão do conteúdo estudado e o 
seu aprendizado fundamentado em uma aula devidamente planejada, que 
utilize algumas metodologias para aprendizagem ativa aliadas às novas 
tecnologias, alcançando resultados positivos nesse processo. Por isso, deve-
-se intencionar novos espaços para o aprimoramento nas ações de aula, 
o que inclui novas estratégias, metodologias e recursos no planejamento 
para um melhor desenvolvimento tanto do ensino quanto do aprendizado 
e do aproveitamento dos alunos.
Assim, pode-se refletir sobre a forma de ensinar que faça a diferença. Muito 
tem se afirmado sobre a utilização de metodologias para aprendizagem ativa 
no processo de ensino e de aprendizagem. Essas — as metodologias ativas — 
visam a maior participação do aluno dentro e fora da sala de aula, em espírito 
colaborativo e cooperativo no compartilhamento do conhecimento, o que, por 
sua vez, resulta na autonomia do aluno, na intenção de fundamentação de sua 
análise, do pensamento crítico, do conhecimento e da reflexividade gerada 
entorno do tema e assunto trabalhados.
Ao analisarmos o Quadro 1, entendemos que cada vez mais se exige uma 
nova postura do professor como sistematizador e estimulador na busca e na 
produção do conhecimento. Assim, a utilização de novas estratégias e meto-
dologias que estimulam a aula expositiva-dialogada também pode indicar a 
amplitude dos desafios da educação no contexto atual. 
Estratégias para aprendizagem ativa em aulas expositivas6
A escola que temos A escola que queremos
Objetivo
Repassar conteúdos diversos. Desenvolver o indivíduo, 
transformado pelos conteúdos 
pesquisados e escolhidos.
Currículo
Disciplinar e hierarquizado 
em séries/anos.
Fundamentado em habilidades, 
competências, estilos e 
mais colaborativo.
Método
Focado no ensino e na 
transmissão de informações.
Focado na aprendizagem e 
em projetos educacionais.
Professor
Detentor do conteúdo direcionado 
para a disciplina/aula.
Orientador, instigador, inspirador, 
propositor de questões-problema.
Aluno
Ouvinte, que aguarda pelas 
diretrizes do professor de modo 
majoritariamente passivo. Deve 
assimilar o que lhe é proposto e 
posteriormente demonstrar.
Protagonista, com papel mais 
atuante, tomador de decisão e 
apresentador de soluções produzidas 
em conjunto. É coautor e cocriador 
de atividades e conteúdos.
Avaliação
Baseada principalmente na memória e 
na devolução do que foi transmitido.
Participativa, criativa e baseada na 
atuação do aluno — individual e 
coletivamente. Utiliza diferentes 
fontes (visuais, escritas, sonoras).
Espaço/tempo
Sala de aula/unidade aula. Presencial/informal/móvel e 
ubíquo (diversificados e flexíveis).
Estrutura
Linear, gradativa e com pré- 
-requisitos de conteúdos.
Colaborativa, em rede, aberta.
Quadro 1. A escola que temos e a escola que desejamos
(Continua)
7Estratégias para aprendizagem ativa em aulas expositivas
Fonte: Adaptado de Melo Neto (2010) por GARCIA (2017).
Quadro 1. A escola que temos e a escola que desejamos
A escola que temos A escola que queremos
Atitude
Preocupada com resultados de 
avaliações imediatas, dificuldade 
de interagir com a realidade.
Sintonizada com a sociedade 
e com a realidade.
Tecnologia
Vista como apoio ao ensino. Parte constitutiva da aprendizagem.
(Continuação)
O planejamento, como elemento importante para o desenvolvimento da 
aula, deve indicar a estruturação das ações didáticas da aula, que se confi-
guram como momentos que acenam a sequência do ensino, de acordo com o 
conteúdo a ser trabalhado. 
Com um planejamento bem estruturado, pode-se verificar o que será 
desenvolvido em cada aula, de modo que possa se articular o conteúdo atua-
lizado, a metodologia e a estratégia ser utilizada em sala de aula, bem como o 
tempo de execução das atividades para que o conteúdo corresponda de modo 
dialógico e de forma interessante e objetiva. 
O planejamento é um instrumento vivo que se atualiza a cada nova inserção 
de estratégias e ações de ensino. As atividades planejadas a partir de meto-
dologias inovadoras podem atingir os objetivos da aula e alcançar resultados 
positivos, por estruturarem, estabelecem e esclarecem os anseios dos alunos, 
facilitando e desenvolvendo um melhor aprendizado. 
As estratégias e as ações pedagógicas aplicadas em sala de aula e ins-
piradas nas novas metodologias para aprendizagem ativa, juntamente com 
aulas expositivas-dialogadas, devem buscar analisar as potencialidades nos 
processos de ensino e de aprendizagem dos alunos, promovendo a construção 
de conhecimentos significativos.
Estratégias para aprendizagem ativaem aulas expositivas8
Uma forma de enriquecer a aula expositiva e levar o aluno a fazer conexões daquilo 
que aprendeu com a sua realidade é fazer uso de redes sociais. Veja algumas das 
vantagens dessas plataformas, elencadas por Garcia (2017):
 � Facebook: pode ser vista como uma rica base de dados, gerada por meio de partici-
pação em grupos que se especializam em determinados assuntos, disponibilizando 
conteúdo atualizado pelos participantes.
 � YouTube: pode ser considerado uma base de dados que reúne vídeos que podem ser 
catalogados e orientados a algum tema trabalhado em aula, promovendo debates, 
novas referências visuais, introduzindo uma nova temática, entre outros aspectos.
 � Twitter: pode ser uma base de pesquisa sobre as temáticas que movem a sociedade 
contemporânea e trazem assuntos para debates e novas opiniões.
 � WhatsApp: reúne as mesmas características das redes anteriormente descritas. 
Também pode ser uma base de dados produzida por alunos e professores em 
termos de imagens coletadas em ambientes de mobilidade, fora da escola.
 � Pinterest: interconecta links, infográficos, imagens e descritivos de sites da internet. 
Seus participantes criam suas próprias bases de dados sobre os assuntos escolhidos.
 � Instagram: apresenta características comuns às redes sociais, sendo uma base 
de dados de imagens alimentada por pesquisas feitas por alunos ou por outros 
interessados no assunto.
Principais características do feedback
As aulas expositivas-dialogadas aliadas às novas estratégias oferecidas pelas 
metodologias para aprendizagem ativa também exigem o feedback imediato 
sobre a porcentagem de aproveitamento e aprendizagem do aluno. Tal feedback 
dá abertura à discussão e ao debate com os alunos sobre seus erros e acertos 
e o porquê desses mesmos erros e acertos presentes em cada resposta das 
atividades ofertadas, o que possibilita o esclarecimento de dúvidas a partir 
da discussão em relação ao conteúdo desenvolvido e estudado em sala, seja 
em caráter individual ou em grupo.
Ao feedback imediato estão aliadas as novas tecnologias, que oferecem, na 
perspectiva das metodologias para aprendizagem ativa no contexto de ensino 
e de aprendizagem, a possibilidade de dar respostas criativas e inovadoras 
aos alunos. As novas tecnologias podem ampliar o alcance dos objetivos e 
do senso de equidade da própria educação. Novas estratégias de ensino para 
o aprimoramento da aprendizagem, a partir de metodologias ativas, também 
melhoradas pelas novas tecnologias em sala de aula, permitem um processo 
9Estratégias para aprendizagem ativa em aulas expositivas
de aprendizagem independente de tempo e de espaço, possibilitando ainda a 
construção de novos loci onde o aprendizado pode ser viabilizado e aproximado 
de modo tanto informal quanto formal. É a partir dessas novas perspectivas 
de ensino e aprendizagem que se prevê e provê a avaliação da aprendizagem 
e os feedbacks imediatos aos alunos. 
Sendo assim, considera-se que as estratégias de ensino e aprendizagem 
com as novas tecnologias aliadas às metodologias têm inovado o espaço 
educacional, aperfeiçoando a aula e oportunizando trocas mútuas e contínuas, 
gerando interação, colaboração e cooperação entre os alunos. A Figura 1 ilustra 
os benefícios do feedback na aprendizagem.
Figura 1. Benefícios do feedback para a aprendizagem do aluno.
O feedback permite ao aluno acompanhar seu próprio progresso dentro do 
processo de aprendizagem, entendendo cada uma das fases instantaneamente, 
o que se torna em um poderoso meio para manter o aluno focado. Isso também 
possibilita que o aluno reveja e adapte novas estratégias, se julgar necessário. 
Além disso, o feedback imediato contribui para que reconheça e avalie seus 
Estratégias para aprendizagem ativa em aulas expositivas10
erros no processo de construção do conhecimento, dando um novo significado 
para o erro, encarando-o com naturalidade no processo de aprendizagem. 
O artigo “Criando situações de aprendizagem colaborativa” analisa estratégias criadas 
em atividades de um curso a distância com suporte em meio digital para professores e 
alunos de escolas públicas, visando o desenvolvimento de projetos pedagógicos com 
o uso da tecnologia de informação e comunicação. A intenção é propiciar a aprendi-
zagem colaborativa na busca por alternativas para situações-problema, privilegiando 
uma dinâmica que articula momentos de aprendizagem individual e coletivo. Realize 
a leitura acessando o link a seguir e perceba a importância do feedback e como este 
foi utilizado nessa situação.
 
https://qrgo.page.link/cY35M
Conceito e estrutura da linha da vida
Uma forma de motivar o aprimoramento de uma aula expositiva é a estratégia 
da linha da vida como um modo de ressignificar a própria aula. Tal estratégia 
busca oferecer, a partir da sua dinamicidade, a construção dialógica de novos 
conhecimentos.
A estratégia da linha da vida pode ser representada de diferentes modos, 
desde que esses contribuam para a percepção de que cada um, em particular, é 
influenciado pelo meio em que vive, seja esse familiar, escolar, cultural, social 
ou outros que de alguma maneira interfiram no processo de aprendizagem.
A utilização da estratégia da linha da vida no envolvimento do ensino 
e aprendizagem trata de um processo de ancoragem em que o aluno busca 
estabelecer conexões com a contribuição do professor para o alinhamento da 
sua participação da aula, seja essa ancoragem organizada de modo horizontal, 
vertical e/ou até mesmo transversal, de modo que a organização da(s) linha(s) 
da vida corresponda(m) à passagem do conhecimento elaborado e construído 
de modo expositivo-dialogado.
Essa estratégia permite uma revisão obrigatória dos equipamentos (recursos) 
utilizados para que sejam sistematizadas as marcas que sinalizam a construção 
da linha da vida, de acordo com os objetivos da aula, para que esses alcancem 
efetivamente a aprendizagem dos alunos. 
11Estratégias para aprendizagem ativa em aulas expositivas
O professor que adota a estratégia da linha de vida como aprimoramento da 
aula expositiva deve prever o movimento do aluno em sua elaboração para que 
utilize instrumentos que permitam essa movimentação sem ser necessário se 
desprender das próprias vivências enquanto ferramentas de sua aprendizagem. 
Portanto, a ancoragem também deve se balizar em cordas duplas, ou seja, a 
do aluno, que relata a linha de suas vivências, e a do professor, que o ajuda a 
sistematizar e organizar o raciocínio.
A estratégia da linha da vida pode apresentar possibilidades concretas para 
uma ação pedagógica contextualizada e significativa, discutindo situações que 
provocam e estimulam aos alunos na elaboração de diferentes modos de inter-
pretação, de expressão e de colaboração criativa em convívio social. Isso incita o 
aluno, em troca mútua com seu professor, à uma nova educação sensível, de visão 
de mundo e de vida, o que, por sua vez, possibilitará uma postura crítico-reflexiva 
do processo de aprendizagem, sendo o aluno autor e o professor coautor da vida.
Para entender melhor como a linha da vida pode ser usada em uma aula expositiva, 
imagine que o professor irá trabalhar com sua turma sobre tipos de moradia. Antes 
de explicar conceitos e diferenciações, o professor se volta para os alunos e pergunta: 
“Vocês sabem o que é uma moradia?”, “Todas as moradias são iguais?”, “Que tipos de 
moradia vocês conhecem?”. 
A partir das respostas obtidas, o professor dará continuidade à sua aula, valorizando 
e explorando aquilo que foi respondido pelos alunos. Ao final da aula o professor 
retoma as perguntas iniciais e busca associar as experiências dos alunos ao tema de 
sua aula. Portanto, a linha da vida está voltada para a inserção do aluno no assunto 
da aula, a partir daquilo que ele, em suas vivências, já sabe e consegue articular com 
o tema ou o assunto da aula, após ter trabalhado o conteúdo.
FREIRE, P. Pedagogia da autonomia: saberes necessários à prática educativa.20. ed., 
São Paulo: Paz e Terra, 2001. 165 p.
GARCIA, M. S. S. Mobilidade tecnológica e planejamento didático. São Paulo: Senac, 
2017. 365 p.
Estratégias para aprendizagem ativa em aulas expositivas12
Leituras recomendadas
ABREU, M. C.; MASETTO, M. T. O professor universitário em aula: prática e princípios 
teóricos. 11. ed. São Paulo: MG Editores Associados, 1997. 130 p
BACICH, L.; MORÁN, J. (org.). Metodologias ativas para uma educação inovadora: uma 
abordagem teórico-prática. Porto Alegre: Penso, 2018. 260 p.
BEHRENS, M. A. O paradigma emergente e a prática pedagógica. Petrópolis: Vozes, 2005. 
120 p.
CAMARGO, F.; DAROS, T. A sala de aula inovadora: estratégias pedagógicas para fomentar 
o aprendizado ativo. Porto Alegre: Uniamérica; Penso, 2018. 144 p.
CARLINI, A. L. Procedimentos de ensino: escolher e decidir. In: SCARPATO, M. (org.). Os 
procedimentos de ensino fazem a aula acontecer. São Paulo: Avercamp, 2013. p. 13–68.
CHRISTENSEN, C. M.; HORN, M. B.; JOHNSON, C. W. Inovação na sala de aula: como a 
inovação disruptiva muda a forma de aprender. Porto Alegre: Bookman, 2012. 228 p.
CINTRA, J. C. A. Reinventando a aula expositiva. São Carlos: Compacta, 2012. 64 p. + 1 DVD. 
GIASSON, C. M.; SCHWERTNER, S. F. Metodologias ativas no ensino de matemática 
financeira em nível técnico profissionalizante: percepção de estudantes. In: MAGEDANZ, 
A. et al. Docência na educação profissional. Lajeado: Univates, 2018. p. 97–108.
LIBÂNEO, J. C. Didática. São Paulo: Cortez, 2007. 263 p. (Coleção Magistério – 2. Grau: 
Série Formação do Professor).
LOWMAN, J. Dominando as técnicas de ensino. 2. ed. São Paulo: Atlas, 2007. 309 p.
MADEIRA, M. C. Situações em que a aula expositiva ganha eficácia. In: EDUCERE – 
CONGRESSO NACIONAL DE EDUCAÇÃO, 12., 2015, Curitiba. Anais [...]. Curitiba: Pontifícia 
Universidade Católica do Paraná, 2015. p. 36015–36029. Disponível em: https://educere.
bruc.com.br/arquivo/pdf2015/21752_10083.pdf. Acesso em: 26 maio 2019.
PREDEBON, J. Criatividade para renovar aulas: uma didática de participatividade para 
professores de terceiro grau. São Paulo: Quark Press, 2009. 132 p.
RIOS, T. A. Compreender e ensinar: por uma docência de melhor qualidade. 8. ed. São 
Paulo: Cortez, 2010. 158 p.
VAILLANT, D.; MARCELO, C. Ensinando a ensinar: as quatro etapas de uma aprendizagem. 
Curitiba: UTFPR, 2012. 242 p.
VIDAL, D. No interior da sala de aula: ensaio sobre cultura e práticas escolares. Currículo 
sem Fronteiras, [S. l.], v. 9, n. 1, p. 25–41, jan./jun. 2009.
13Estratégias para aprendizagem ativa em aulas expositivas