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AULA 1 - MÉTODOS DIAGNÓSTICOS EM IMAGEM DA MAMA ANATOMIA E HISTOLOGIA - Anatomia de superfície: • Limites da mama: • Superior: 2ª/3ª costela • Inferior: 6ª costela • Medial: linha paraesternal • Lateral: Linha axilar anterior • Posterior: costelas, MM. intercostais, peitoral maior e menor • A mama é dividida em 4 quadrantes: • QSL - quadrante supero-lateral • QIL - quadrante infero-lateral • QSM - quadrante supero-medial • QIM - quadrante infero-medial • Além dos quadrantes, a mama possui um prolongamento que se estende pela borda do músculo peitoral maior até a axila; esse prolongamento é denominado cauda axilar (de Spence) • Além da divisão em quadrantes, a mama também pode ser divida com base nos ponteiros de um relógio (muito útil na hora de indicar a posição de um nódulo): • Complexo Areolopapilar (CAP): • Possui de 3 a 6 cm de diâmetro • Papila: onde desembocam 15 a 20 ductos mamários • Aréola: 4 a 28 corpúsculos de Morgani (nada mais são do que glândulas sebáceas modificadas, que com influência hormonal podem aumentar, sendo também chamadas de tubérculos de Montgomery) - Imagem da mama no corte sagital: • 1- MM. Intercostais • 2- M. Peitoral Maior e menor • 3- Lobo Mamário • 4- Papila • 5- Aréola • 6- Ductos galactóforos / lactíferos • e seio galactóforo • 7 - Te c i d o a d i p o s o e l i g a m e n t o s suspensores (Cooper) • 8- Pele e sulco infra-mamário - Imagem da mama na mamografia: • A pele aparece como uma fina linha branca • A gordura aparece como preto • O parênquima mamário aparece como branco (por ser mais denso que a gordura) • É possível visualizar o músculo peitoral maior como um triângulo branco no canto da imagem (seta e pontilhado) - Suprimento arterial e drenagem venosa: • Vascularização: • Artéria torácica lateral e Artéria torácica interna e seus ramos perfurantes • Drenagem venosa: • Veia torácica lateral e veia torácica interna - Drenagem Linfática: • Linfonodos axilares (75%) — são os principais linfonodos avaliados na clínica • Linfonodos paraesternais/mamários internos (20%) • Linfonodos frênicos inferiores (5%) • Obs: A grande maioria dos tumores drenam para nível 1 - Divisão funcional e histologia: • A unidade funcional da mama são os lóbulos mamários • Esses lóbulos são compostos por ácinos e estroma, de desembocam nos ductos • Os ductos compõem os lobos • Ductos interlobulares terminais —> ductos lactíferos —> ampola/seio lactífero • Os principais sítios de tumores são nos lóbulos e ductos ALTERAÇÕES MAMÁRIAS MAIS FREQUENTES - Alterações Benignas • A maioria das doenças mamárias benignas tem origem em alterações não patológicas do desenvolvimento ou involução mamária fisiológica que acontecem no decorrer da idade • Refletem a resposta funcional da mama à ação hormonal cíclica caracterizada por sinal e sintomas típicos: dor e nodularidade (não significa que haja nódulo) • Alterações funcionais: • Cistos (pode se apresentar como nódulo palpável) • Fibrose estromal • Lesões epiteliais proliferativas (fibroadenoma, papiloma, adenose e hiperplasia) • O fibroadenoma é o tumor mais comum • Aparece geralmente na faixa dos 20 - 30 anos • Metaplasia apócrina • Abcessos - Alterações Malignas (Câncer de Mama) • O tumor de mama se origina nos ductos (carcinoma ductal) ou no lóbulo (carcinoma lobular) • O tipo histológico mais comum de câncer invasivo é o carcinoma ductal invasor (80%) • Em segundo lugar temos o carcinoma lobular invasor (10%) • O tipo mais comum de câncer não invasivo é o carcinoma ductal in situ • Depois temos o carcinoma lobular in situ (atualmente chamada de neoplasia lobular in situ, pois não é mais considerado como câncer de mama, mas sim um fator de risco, um red flag) EPIDEMIOLOGIA DO CÂNCER DE MAMA - O CA de mama é um problema de saúde pública em todo o mundo • 1 em cada 8 mulheres desenvolverá câncer de mama no decorrer da vida • Em 2018: 5 milhões de mulheres acometidas e em tratamento - É o CA de maior incidência entre a população feminina (24% de todos os tipos de cânceres diagnosticados) - É a principal causa de mortes por câncer (15%) em países em desenvolvimento e a segunda causa de mortes em países desenvolvidos - O homem também possui CA de mama mas não deve fazer rastreamento com mamografia pois a incidência é muito baixa (a cada 100 casos de CA de mama, apenas 1 é no homem) - CA de mama no Brasil • Mortalidade: 15.000 casos/ano (número subestimado) • Incidência: 55/100.000 mulheres - Prognóstico • Está diretamente relacionado ao estadiamento no momento do diagnóstico • Sobrevida média em 5 anos é de 83% • Sobrevida de 92 a 100% nos estadios 0, I e IIA • Sobrevida de 20% no estadio IV (quando há metástase) • Se diagnosticado precocemente o CA de mama possui um bom prognóstico PREVENÇÃO: - O câncer de mama é uma doença multifatorial e, por isso, é difícil definir a prevenção primária - Causas: • Susceptibilidade genética hereditária (mutações dos genes BRCA1 e BRCA2) e síndromes genética (corresponde a apenas 5 - 10% dos casos) • Agentes endógenos e exógenos (90 - 95%) - Fatores de risco: • Antecedente pessoal de câncer de mama ou de ovário • Proliferações epiteliais atípicas ou neoplasia lobular • Nuliparidade ou primeira gestação após 30 anos • Menarca precoce e menopausa tardia • Obesidade e fumo • Uso de anticoncepcionais ou terapias hormonais com altos níveis de estrógeno • Parentes em primeiro grau com ca de mama na pré menopausa • Parente masculino com ca de mama • Radiação ionizante antes dos 35 anos RASTRAMENTO: - Como não há prevenção primária, é necessário estabelecer a prevenção secundária, que é o rastreamento - Rastreamento é fazer exames em pacientes assintomáticas (a partir do momento que descobre-se que a paciente tem câncer não é rastreamento e sim diagnóstico) - Rastrear apenas mulheres com fatores de risco ou com histórico familiar é falho, pois 85% das mulheres com CA de mama não possui histórico familiar - Como é feito o rastreamento? • O exame escolhido é a mamografia: • Não é o melhor exame, mas é o mais disponível e acessível • Possui alta sensibilidade (80%) e baixa especificidade (alta taxa de falso-positivos) • Variável taxa de falso-negativo - Segundo a OMS, o rastreamento trouxe uma redução média da mortalidade de 25%, ainda que a incidência venha aumentando • Ou seja, enquanto a incidência aumenta, a mortalidade diminui, logo, o rastreamento vem funcionando - Rotina de Rastreamento: • O Brasil não possui uma rotina específica, é o chamado “rastreamento oportunístico”, ou seja, a mulher faz mamografia quando quer • Em países mais desenvolvidos a mulher recebe uma carta quando atinge certa idade convocando-a para realizar a mamografia • Segundo SBM/CBR/FEBRASGO: • 35 anos = mamografia de base (não obrigatória) • 40 anos = mamografia anual • Após os 70 anos = de acordo com a expectativa de vida (5 a 7 anos) • Segundo o Ministério da Saúde: • Mamografia anual apenas após os 50 anos • Isso é controverso pois 1 em cada 6 casos de câncer de mama (17%) ocorre em mulheres entre 40 e 49 anos - Alvos do Rastreamento: • Câncer inicial não palpável (pois se é palpável a paciente já é sintomática e isso não é rastreamento) —> esse é o principal objetivo • Além disso, pode-se buscar: • Lesões precursoras = Lesões proliferativas com atipias e CDIS • Marcadores de risco (redflags) = Neoplasia Lobular (Cacinoma lobular in situ), Cicatriz radial e lesão esclerosante complexa - Pacientes consideradas de alto risco: - Rotina de Rastreamento de pacientes de alto risco: • Quando iniciar? • 10 anos antes da idade de acometimento do familiar que teve • Após os 30 anos em pacientes com risco estimado em mais de 20% • 8 anos após termino da radioterapia (mas não em idade menor que 25 anos) • Após diagnóstico de câncer, lesão precursora ou marcador de risco• Periodicidade anual MÉTODOS DIAGNÓSTICOS E PRINCIPAIS INDICAÇÕES - Quais são os métodos disponíveis? • Mamografia • Ultrassonografia • Ressonância magnética • Tomossíntese mamária • MBI (Molecular Breast Imaging) MAMOGRAFIA - A mamografia nada mais é do que um raio-X de mama realizado com um equipamento especializado para isso - A radiação é muito inferior do que a de uma raio-X de tórax - Incidência Básicas: • Crânio-Caudal (CC): • Divide a mama em porção medial e lateral • Médio-lateral oblíqua (MLO): • Divide a mama em porção superior e inferior • O raio vem da direção medial da paciente (inclinação de 45º) • O músculo peitoral maior fica aparente • É normal visualizar linfonodos na axila - Quando essas duas incidências são associadas é possível observar os 4 quadrantes da mama • EX: se há um nódulo no quadrante superior na incidência MLO e no quadrante medial na incidência CC; é possível dizer que tridimensionalmente ele está no QSM - Anatomia Radiológica: - Localização do câncer de mama • 45 % QSL • 25% RETROAREOLAR / PERIAREOLAR (1cm) • 15% QSM • 10% QIL • 5% QIM - Como avaliar a qualidade e o posicionamento da mama: • Na incidência CC: • Simetria • Porção lateral e porção medial com o mesmo tamanho • Músculo peitoral (seta) • Mamilo perfilado (linha) • Ausência de dobras de pele • Na incidência MLO: • Simetria • Vertice do triangulo do musculo peitoral na altura do mamilo • Peitoral não contraído • Mamilo perfilado • Ausência de dobras na pele • Ausência de dobras na axila • Ausência do peitoral menor • Ângulo inframamário aberto (seta) - Como analisar a mamografia? • Pele, tela subcutânea, CAP • Simetria • Composição mamária (quantidade de parênquima e de gordura) • Prolongamentos e regiões axilares • Alterações presentes - Apresentações mamográficas do câncer de mama: • Nódulo (nem todo nódulo é câncer) • Assimetrias • Microcalcificações • Distorções arquitetural (área em que o parênquima perde sua organização e ganha o aspecto de “estrela”. Pode ser um achado normal no pós-cirúrgico ou trauma) • Obs = A grande dessas apresentações não é câncer - Apresentações mamográficas do câncer de mama acordo com a histologia: • Carcinoma in situ: • Assintomáticos em 95% dos casos • A mamografia é o padrão ouro • Se apresenta como: • Microcalcificações (76%) • Assimetrias (6 - 15%) • Nódulos (14%) • Carcinoma invasivo: • Pode ser diagnosticado pelo exame clínico, mamografia, US ou RM • A apresentação mais frequente é o nódulo • Calcificação presente em 30 a 40% BI-RADS® (Breast Imaging Reporting and Data System) - É uma padronização para descrever um achado da mamografia - Objetivos: • Uniformizar a terminologia • Classificar em categorias os achados • Orienta a conduta para cada categoria • Auditoria (coleta e interpretação de dados) • Reduz a discordância de interpretação - O BI-RADS é divido em: • Composição mamária • Achados mamográficos • Nódulos • Calcificações • Distorção arquitetural • Assimetrias • Achados associados • Classificação final • Conduta Nódulo Distorção arquitetural Microcalcificações Assimetrias - Padrão de Composição Mamária: • Padrão A —> menos parênquima / mais fácil visualizar nódulos / mais sensível (88,8%) • Padrão B • Padrão C • Padrão D —> mais parênquima / mais difícil visualizar nódulos / menos sensível (68,1%) • De maneira geral, quando mais jovem mais parênquima presente (Padrão D) - Achados Mamográficos segundo BI-RADS: 1. Nódulo • Forma (maior suspeita na forma irregular) • Margens (maior suspeita na margem espiculada) • Densidade 2. Calcificações • Tipicamente benignas • Morfologia suspeita • Distribuição 3. Distorção arquitetural • Possui aspecto estrelado • Na ausência de trauma ou cirurgia é sempre considerada suspeita 4. Assimetrias • Pode ser visualizada em uma ou nas duas projeções • Representa, em sua maioria, artefato de sobreposição de tecido fibroglandular • Pode estar relacionada a câncer (0,7%) • Assimetria global • Assimetria focal • Assimetria em desenvolvimento (mais suspeitas) 5. Linfonodo intramamário 6. Lesões cutâneas 7. Ducto dilatado solitário 8. Achados associados - Classificação final do BI-RADS e orientação de conduta: - Categoria 0 não significa um achado muito benigno, mas sim um achado suspeito que precisa de novo exame • Por exemplo quando vejo um nódulo que provavelmente é benigno mas eu não sei dizer com certeza se é sólido ou cisto • Nesses casos eu lanço mão do ultrassom - Categoria 1 é uma mama sem nenhum achado, normal - Categoria 2 é quando há um achado, mas é um achado benigno - Categoria 3 possui pouquíssima chance de ser câncer (0 - 2%) e só é indicado repetir o exame em 6 meses. Se o achado evoluir ele passa a ser categoria 4 - Categoria 4 é quando há um achado suspeito de malignidade e é indicado biópsia. Não é indicativo de câncer, até porque na maioria das vezes não o é. - Categoria 5 provavelmente é câncer (> 95%) - Categoria 6 é quando já há diagnóstico de câncer e é reservado apenas para pacientes que estão acompanhando o tratamento ULTRASSONOGRAFIA - É o principal método auxiliar da mamografia - É bastante utilizável e disponível - Principal ferramenta para avaliar alterações palpáveis como nódulos (principalmente em pacientes jovens) • No ultrassom, através das escalas de cinza, é possível perceber se é um nódulo com conteúdo ou se esta vazio - Avaliação de mamas com implantes - Avaliação de mamas densas - Principal método para direcionamento de procedimentos diagnósticos e terapêuticos (por exemplo, biópsia) - Não é um bom métodos para avaliar calcificações, o indicado é a mamografia RESSONÂNCIA MAGNÉTICA - Sempre deve usar contraste para avaliar mamas - O paciente é posicionado em decúbito ventral com uma bobina específica (exame desconfortável) - Dura 25 minutos - Aplicações: • Avaliação da integridade de implantes mamários • Avaliação do parênquima mamário • Avaliação pré-operatória da extensão tumoral • Controle pós-tratamento • Resposta à QT-neoadjuvante • Pesquisa de carcinoma oculto • Solução de problemas • Nódulos • Rastreamento do câncer mamário em pacientes de alto risco __________________________________________________________________________ AULA 2 - PROCEDIMENTOS DE INTERVENÇÃO ORIENTADOS POR MÉTODOS DE IMAGEM - MAMA INDICAÇÕES - Pode ser terapêutica (forma de tratamento) ou diagnóstica: • Terapêutica: • Esvaziamento e punção de cistos sintomáticos • Drenagem de coleções (seromas, hematomas e abscessos) • Quase a totalidade dos casos é orientada por ultrassom • Diagnóstica: • Maioria dos casos • Identificação de: • Nódulos • Microcalcificações • Assimetrias e distorção arquitetural • Linfonodos axilares • Aumento na detecção de lesões suspeitas não palpáveis • Marcação pré-cirúrgica (agulhamento) Punção orientada por US QUAIS SÃO OS PROCEDIMENTOS DIAGNÓSTICOS ORIENTADOS POR IMAGEM? - Punção aspirativa por agulha fina (PAAF) - Biópsia percutânea por agulha grossa (Core-biopsy / biopsia de fragmento) - Biópsia percutânea vácuo-assistida (mamotomia) - é uma biópsia de fragmento auxiliada pelo vácuo - Marcação pré-cirúrgica: • Fio metálico (agulhamento) • Suspensão de carvão vegetal / ROLL (radiofármaco) PUNÇÃO ASPIRATIVA POR AGULHA FINA (PAAF) - Utiliza uma agulha normal de injeção - O citaspirador é responsável por puxar o embolo da seringa - O trajeto da agulha é assistido em tempo real com o auxílio do ultrassom - Coleta, na maioria das vezes, células (esse material é colocado em lâmina é enviado ao citologista) - Não é o método de escolha para biópsia (método de escolha é o core-biopsy) - Indicações: • Esvaziamento de cistos, drenagem de coleções e abscessos • Linfonodomegalias • Eventualmente utilizada para diagnóstico de lesões mamárias BIÓPSIAPERCUTÂNEA POR AGULHA GROSSA (CORE-BIOPSY/BIÓPSIA DE FRAGMENTO) - Funcionamento: • A agulha possui 2 dispositivos: um interno e outro externo • A disparo da agulha funciona em dois tempos: • Primeiro entra o dispositivo interno, que possui um compartimento onde será armazenado o material • Em seguida, o dispositivo externo entra cortando o fragmento e armazenando o material na agulha grossa - Indicações: • Lesões suspeitas para malignidade (Categorias 4 e 5) - Pode ser direcionada por: • US (em caso de Nódulos) • Mamografia/estereotaxia (em caso Calcificações / Assimetrias/ Distorções Arquiteturais) - O diâmetro da agulha é medida em Gauge (G). Obviamente quanto maior o gauge, maior a qualidade da amostra para o patologista QUE MÉTODO UTILIZAR? - Para nódulos = ultrassonografia - Calcificações, distorção arquitetural e assimetrias = mamografia (que nesse caso recebe o nome de esterotaxia — é um exame mais complicado e demorado) • Para ter certeza que o material biopsiado no caso de microcalcificações realmente é a lesão realiza-se uma radiografia dos fragmentos BIÓPSIA VÁCUO-ASSISTIDA (MAMOTOMIA) - É uma evolução da biópsia de fragmento - No entanto, é um exame muito mais caro - O vácuo auxilia na aspiração de material e torna o exame mais nítido - Indicações: • Diagnóstica: Lesões suspeitas (Categoria 4 e 5) • Terapêutica: Lesões benignas (ou seja, é possível remover a lesão apenas pela biópsia vácuo-assistida, sem a necessidade do centro cirúrgico) - Pode ser direcionada por: • Mamografia (estereotaxia) • Ultrassom • Ressonância magnética (é raro) Estereotaxia MARCAÇÃO PRÉ-CIRÚRGICA - É muito útil para mostrar ao cirurgião onde está a lesão - Isso porque as microcalcificações são muito pequenas e muitas vezes não são visíveis a olho nú - Existem 2 tipos: • Fio metálico (agulhamento) • Suspensão de carvão vegetal / ROLL (radiofármaco) - Podem ser orientados por: • US • Mamografia (estereotaxia) • MRI - Lembrar: utilizado em lesões não palpáveis AGULHAMENTO - Indicações: • Quando houver necessidade / indicação de excisão cirúrgica • Quando a biópsia indicar lesões com atipias que demandem excisão cirúrgica (ex: HDA) • Quando houver discordância entre o resultado anatomopatológico de biópsia prévia e as características de imagem SUSPENSÃO DE CARVÃO VEGETAL - É injetado um radiofármaco na lesão - Esse radiofármaco será detectado por um transdutor no momento da cirurgia - Também é utilizado para achar o linfonodo sentinela (primeiro linfonodo que drena a lesão - Indicações: • Tumores inicias • Axila negativa para palpação - Técnica: • Azul patente • Linfocintolografia - tecnécio RETOMANDO O BI-RADS® CATEGORIA O - Achados inconclusivos - São encaminhados a novos exames CATEGORIA 1 - Negativo para malignidade - As mamas são simétricas, não há massas, distorção arquitetural ou microcalcificações suspeitas - Acompanhamento anual CATEGORIA 2 - Achados tipicamente benignos - Calcificações tipicamente benignas (fibroadenomas calcificados, calcificações secretarias, calcificações vasculares, etc) - Cistos simples - Nódulos que contenham gordura - Linfonodos intra-mamários - Distorção relacionada a cirurgia prévia - Implantes de silicone CATEGORIA 3 - Achado provavelmente benigno (<2% chance de ser câncer) - Controle semestral por 2 - 3 anos - Necessidade de biópsia se houver crescimento durante o período de observação - Após 2 ou 3 anos de estabilidade a categoria pode ser alterada para 2 CATEGORIA 4 - Anormalidade suspeita - Conduta: Indicação de estudo histopatológico (biópsia) - Subclassificado em: • 4A: achados com baixa suspeita de malignidade (2 -25% dos casos) • 4B: lesões com suspeita intermediária de malignidade (25 - 50% dos casos) • 4C: achados de suspeita moderada (50 - 95% dos caso) - Para ser incluído na categoria 4 não é necessária que seja um nódulo gigante etc. Qualquer nódulo que não respeita todas as características de um nódulo benigno é incluído no BI-RADS CATEGORIA 5 - Achado altamente suspeito de malignidade (>95%) - Conduta: biópsia - Massas sólidas espiculada, irregulares - Calcificações segmentares lineares - Massa especulada com microcalcificações pleomórficas - São achados que o clínico tem certeza que é câncer, mesmo que a biópsia venha negativa
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