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FUNDAÇÕES Os recalques de uma fundação direta podem ser definidos como o deslocamento vertical, para baixo, da base do elemento de fundação em relação ao indeformável, sendo resultante basicamente das deformações que ocorrem no maciço de solo sob a ação da carga atuante (Cintra et al., 2003). RECALQUES – FUNDAÇÕES SUPERFICIAIS Observa-se que uma fundação, ao ser carregada, sofre recalques que se processam, em parte, imediatamente após o carregamento e, em parte, com o decorrer do tempo. 0 recalque que ocorre imediatamente após o carregamento é chamado de recalque instantâneo ou imediato, indicado como Wi na Figura. A parcela que ocorre com o tempo está indicada como Wt na mesma figura. Assim, o recalque total ou final será: Wf RECALQUES – FUNDAÇÕES SUPERFICIAIS RECALQUES – FUNDAÇÕES SUPERFICIAIS O recalque IMEDIATO, a despeito do seu nome, demora em média cerca de 3 a 10 dias para ocorrer. De uma maneira geral, quando uma determinada obra é concluída, recalques desse tipo praticamente deixam de ocorrer ao final da construção (para o peso próprio, naturalmente, restando ainda os recalques correspondentes à ocupação do prédio). Já o recalque LENTO demora meses ou normalmente anos para ocorrer, ou seja, normalmente nesses casos ainda ocorre uma parcela significativa de recalque após a conclusão da obra. Em muitos casos há uma associação dos dois tipos. No caso de materiais argilosos saturados, por exemplo, uma parcela se dá de forma rápida, não drenada (deformação a volume constante), enquanto outra se dá de forma drenada, com saída de água dos vazios (processo de adensamento). Neste tópico trataremos dos recalques imediatos, uma vez que em solos argilosos saturados moles (normalmente adensados) são empregadas fundações profundas. RECALQUES – FUNDAÇÕES SUPERFICIAIS RECALQUES EM FUNDAÇÕES SUPERFICIAIS onde: Wa = parcela devida ao adensamento; wv = parcela devida a fenômenos viscosos. O recalque que se processa com o tempo - chamado recalque no tempo - se deve ao adensamento (migração de água dos poros com consequente redução no Índice de vazios) e a fenômenos viscosos (creep). 0 creep, também chamado de fluência, é tratado como "adensamento secundário" nos capítulos de adensamento dos Iivros-texto. Assim: Os recalques por adensamento são resultantes das deformações volumétricas dos solos, especialmente em argilas saturadas. Este tipo de recalque ocorre pela expulsão da água existentes nos vazios dos solos, que se dá ao longo de períodos de tempo prolongados, e são calculados pela Teoria do Adensamento, não sendo objetivo de estudo neste momento, por entender-se tratar de um tópico particular da disciplina de Mecânica dos Solos RECALQUES – FUNDAÇÕES SUPERFICIAIS RECALQUES EM FUNDAÇÕES SUPERFICIAIS Vale ainda lembrar que: a) Os recalques rápidos, quando predominantes, são característicos de solos arenosos (saturados ou não) e solos argilosos não saturados, caso de muitos dos nossos solos residuais. b) Recalques rápidos são provenientes das deformações a volume constante, que ocorrem em um tempo muito curto, se comparado com aquele necessário para a ocorrência dos recalques por adensamento, ou seja, quase simultaneamente com a aplicação do carregamento. Os recalques imediatos são normalmente calculados pela Teoria da Elasticidade da Mecânica dos Solos, que considera o solo como um material elástico, hipótese esta bem razoável para níveis de tensão inferiores à tensão admissível dos solos. c) Muito pouco se conhece acerca de recalques devidos a fenômenos viscosos, sobretudo quanto à possibilidade de previsão deste tipo de recalque, mesmo em solos argilosos moles saturados. RECALQUES – FUNDAÇÕES SUPERFICIAIS EXEMPLO: Sua construção foi iniciada em 1173 e durou quase dois séculos. Seu peso é de 145 000 kN e sua altura da ordem de 58 m. A sua fundação é do tipo superficial, repousando sobre um solo heterogêneo. Se permanecesse vertical, despertaria no solo uma pressão de 514 kN/m2, porém, devido à inclinação, chega a 961 kN/m2. Atualmente, o recalque diferencial é de 1,80 m. Até 1690 a velocidade de recalque era de 2 mm/ano; entre 1800 e 1900 reduziu-se para 1 mm/ano e hoje é de 0,7 mm/ano. O seu desaprumo é da ordem de 9,7% da sua altura. Em 1990, o governo italiano, preocupado com o progressivo aumento da velocidade de inclinação da torre e o risco de seu colapso repentino, interrompeu as visitações e nomeou um Comitê Multidisciplinar para salvaguardar a estabilização da Torre de Pisa. Utilizando o método de escavação controlada do solo por debaixo do lado sul para reduzir sua inclinação e controlando o nível do lençol freático abaixo do lado norte, a torre foi finalmente estabilizada e reaberta à visitação em dezembro de 2001. RECALQUES – FUNDAÇÕES SUPERFICIAIS RECALQUES EM FUNDAÇÕES SUPERFICIAIS Segundo Cintra et al. (2003), os recalques apresentados pelas fundações superficiais podem ser classificados em: • Recalque total ou absoluto (ρ): deslocamento total e individual do elemento de fundação superficial; • Recalque diferencial ou relativo (δ): diferença entre os recalques totais de dois elementos de fundação circunvizinhos; • Distorção angular ou recalque diferencial específico (δ/l): calculado como a razão entre o recalque diferencial entre dois elementos de fundação e a distância (l) entre eles. RECALQUES – FUNDAÇÕES SUPERFICIAIS MÉTODOS DE PREVISAO DE RECALQUES Os métodos de previsão de recalques podem ser separados em três grandes categorias: • Métodos racionais aqueles em que um modelo teórico consistente é usado (Teoria da Elasticidade), por exemplo, nos casos mais comuns) e em que os parâmetros empregados na análise são provenientes de ensaios que representem de forma adequada o comportamento do solo. A principal dificuldade é a obtenção de amostras de boa qualidade para ensaio. • Métodos semiempíricos aqueles em que um modelo teórico consistente é empregado, mas os parâmetros são obtidos através de correlações com ensaios in situ. A grande maioria dos métodos enquadra-se nesta categoria. • Métodos empíricos utilizam diretamente de correlações entre recalques de fundações e ensaios in situ. RECALQUES – FUNDAÇÕES SUPERFICIAIS RECALQUES EM FUNDAÇÕES SUPERFICIAIS - MÉTODOS DE PREVISAO DE RECALQUES DEFORMABILIDADE → propriedade que tem material para alterar sua forma como resposta a ação de forças ELÁSTICO → o corpo recupera sua forma original quando deixam de agir as forças aplicadas. Solo → Não é um material elástico!!! “Os recalques imediatos não são recuperáveis com o descarregamentos” a) Constante com a profundidade ●Meio elástico homogêneo ● Argilas sobreadensadas b) Variável com a profundidade ●Meio elástico não homogêneo ● Areias ● Es = Eo + kz RECALQUES – FUNDAÇÕES SUPERFICIAIS Módulo de elasticidade → Módulo de deformabilidade RECALQUES IMEDIATOS EM ARGILAS O cálculo dos recalques imediatos em argilas pela Teoria da Elasticidade é feito pela seguinte expressão: ρi : recalque imediato; σ: Acréscimo de tensão média na superfície de contato da base da fundação superficial com o topo da camada de argila; ν: coeficiente de Poisson do solo; Es: módulo de elasticidade do solo, também denominado de módulo de deformabilidade (Cintra et al., 2003); B: menor dimensão do elemento de fundação superficial; Iρ: fator de influência, de depende da forma e da rigidez do elemento de fundação superficial. RECALQUES – FUNDAÇÕES SUPERFICIAIS RECALQUES EM FUNDAÇÕES SUPERFICIAIS - MÉTODOS DE PREVISAO DE RECALQUESPara o desenvolvimento da equação apresentada anteriormente para o cálculo dos recalques imediatos em argilas pela Teoria da Elasticidade foram feitas as seguintes hipóteses (Cintra el al., 2003): • Fundação com largura igual a B apoiada em uma camada de argila SEMI- INFINITA; • Camada de argila homogênea; • O módulo de deformabilidade é constante com a profundidade RECALQUES – FUNDAÇÕES SUPERFICIAIS RECALQUES – FUNDAÇÕES SUPERFICIAIS RECALQUES EM FUNDAÇÕES SUPERFICIAIS - MÉTODOSDE PREVISAO DE RECALQUES Em muitos casos, a camada de argila apresenta uma ESPESSURA FINITA estando sobreposta a um material que pode ser considerado rígido ou indeformável, exigindo, portanto, uma adaptação da equação apresentada anteriormente para o cálculo dos recalques imediatos. Segundo Cintra et al. (2003), Janbu et al. (1956) apud Simons e Menzies (1981) apresentaram a expressão para o cálculo dos recalques imediatos: Onde: μ0 e μ1: fatores para o cálculo do recalque imediato de fundações diretas em camadas de argila com espessura finita, determinados na Figura apresentada adiante. RECALQUES – FUNDAÇÕES SUPERFICIAIS μo : fator para o cálculo de recalque imediato de fundações diretas em camadas de argila com espessura finita RECALQUES – FUNDAÇÕES SUPERFICIAIS μ1 : fator para o cálculo de recalque imediato de fundações diretas em camadas de argila com espessura finita RECALQUES – FUNDAÇÕES SUPERFICIAIS Na falta de ensaios de laboratório ou de ensaios de placa, o módulo de deformabilidade dos solos pode ser estimado a partir de correlações com grandezas medidas em ensaios de campo, como o SPT, ou o ensaio de cone, por exemplo. Teixeira e Godoy (1996) apud Cintra el al. (2003) apresentam as seguintes correlações para a obtenção do módulo de deformabilidade do solo a partir do ensaio SPT: RECALQUES – FUNDAÇÕES SUPERFICIAIS Onde: α: coeficiente empírico dado na Tabela em função do tipo de solo; K: coeficiente empírico dado na Tabela , em função do tipo de solo; NSPT: número de golpes necessários para a penetração dos 30 cm finais do amostrador- padrão obtido no ensaio SPT. MÓDULO DE DEFORMABILIDADE - ESTIMATIVA RECALQUES – FUNDAÇÕES SUPERFICIAIS MÓDULO DE DEFORMABILIDADE - ESTIMATIVA Segundo Cintra et al. (2003), Teixeira e Godoy também apresentam valores típicos para o coeficiente de Poisson (ν), conforme apresentado na Tabela. RECALQUES – FUNDAÇÕES SUPERFICIAIS COEFICIENTE DE POISSON - ESTIMATIVA Exemplo Camada semi-infinita – Es constante => Teoria da elasticidade RECALQUES – FUNDAÇÕES SUPERFICIAIS Cintra et al. (2003) RECALQUES EM FUNDAÇÕES SUPERFICIAIS - MÉTODOS DE PREVISAO DE RECALQUES Exemplo Camada finita – Es constante => Teoria da elasticidade RECALQUES – FUNDAÇÕES SUPERFICIAIS Cintra et al. (2003) RECALQUES – FUNDAÇÕES SUPERFICIAIS Cintra et al. (2003) “BULBO” DE RECALQUES RECALQUES – FUNDAÇÕES SUPERFICIAIS Cintra & Aoki. (2010) A espessura da camada sob a base da sapata que produz mais de 90% do recalque imediato total, neste caso de meio elástico homogêneo, atinge de: H = 6B m1 > 0,9 . 0,72 = 0,65 m1 = 0,66 H / B =6 A espessura para a qual teremos um recalque superior a 90% do correspondente à camada semi-infinita: RECALQUES IMEDIATOS EM AREIAS Segundo Cintra et al. (2003), o emprego da Teoria da Elasticidade para o cálculo de recalques imediatos vale apenas para materiais que apresentam módulo de deformabilidade (Es) constante com a profundidade, que é o caso das argilas sobreadensadas, mas não é o caso das areias. Entretanto, é possível também aplicar a Teoria da Elasticidade a solos arenosos, dividindo-os em camadas e considerando o valor médio para o módulo de deformabilidade de cada camada. Dentre as várias metodologias existentes, será apresentado o método adaptado da Teoria da Elasticidade proposto por Schmertmann em 1978 e descrito em Cintra et al. (2003). Este método foi desenvolvido considerando um carregamento uniforme (σ) atuando na superfície de um semi- espaço elástico, isotrópico e homogêneo, com módulo de deformabilidade Es. Para esta situação, os recalques imediatos calculados a partir da seguinte expressão: RECALQUES – FUNDAÇÕES SUPERFICIAIS Onde: C1: fator de correção do recalque devido ao embutimento da sapata; C2: fator de correção devido ao tempo em que a carga está aplicada ao solo; Es: módulo de deformabilidade da i-ésima camada do solo; Δz: espessura da i-ésima camada; σ*: tensão líquida aplicada à sapata; Iz: fator de influência na deformação vertical; RECALQUES – FUNDAÇÕES SUPERFICIAIS MÉTODO DE SCHMERTMANN (1978) Onde: q: tensão efetiva na cota de assentamento da fundação; t: tempo de aplicação do carregamento, expresso em anos. A tensão líquida σ* é calculada como a diferença entre a tensão total aplicada ao solo na cota de assentamento pela fundação (σ) e a tensão efetiva atuante no solo a esta profundidade (q). RECALQUES – FUNDAÇÕES SUPERFICIAIS Os fatores C1, C2 podem são calculados a partir das seguintes expressões (Cintra et al., 2003): Schmertmann (1978) realizou várias análises teóricas, estudos em modelos e simulações numéricas, onde observou que este fator varia bilinearmente com a profundidade. A figura ao lado, mostra que ao longo da profundidade o fator de influência comporta-se de duas formas distintas: um aumento inicial de Iz com a profundidade, e um posterior decréscimo. De acordo com Schmertmann, o valor máximo de Iz ocorre em profundidades diferentes dependendo da forma da sapata: • Para sapata quadrada o máximo valor de Iz ocorre a uma profundidade z = B/2, contada a partir da cota de assentamento; • Para sapata corrida, o máximo valor de Iz ocorre a uma profundidade z = B, contada a partir da cota de assentamento. Fator de influência na deformação vertical RECALQUES – FUNDAÇÕES SUPERFICIAIS DETERMINAÇÃO DO FATOR DE INFLUÊNCIA IZ Conforme apresentado em Cintra et al. (2003), o máximo valor do fator de influência Iz pode ser calculado como: Onde: σ’: tensão vertical efetiva na profundidade correspondente a Iz,máx; O valor de Iz em cada camada de um maciço arenoso pode ser obtido por semelhança de triângulo, ou pelas seguintes equações: RECALQUES – FUNDAÇÕES SUPERFICIAIS a) Sapata quadrada • Para z ≤ B/2 Iz = 0,1 + 2,0(Iz,máx – 0,1)z/B • Para B/2 ≤ z ≤ 2B Iz = (2/3)Iz,máx (2 – z/B) b) Sapata corrida • Para z ≤ B Iz = 0,2 + (Iz,máx – 0,2)z/B • Para B ≤ z ≤ 4B Iz = (1/3)Iz,máx (4 – z/B) OBS: Para a aplicação das expressões apresentadas acima, a profundidade Z deve ser contada a partir da cota de assentamento da fundação superficial. RECALQUES – FUNDAÇÕES SUPERFICIAIS RECALQUES – FUNDAÇÕES SUPERFICIAIS RECALQUES EM FUNDAÇÕES SUPERFICIAIS - MÉTODOS DE PREVISAO DE RECALQUES RECALQUES – FUNDAÇÕES SUPERFICIAIS RECALQUES EM FUNDAÇÕES SUPERFICIAIS - MÉTODOS DE PREVISAO DE RECALQUES PROVA DE CARGA EM PLACA – ENSAIO DE PLACA RECALQUES – FUNDAÇÕES SUPERFICIAIS Além da forma teórica para previsão de recalques imediatos em sapatas, Também temos o método expermental, por meio das provas de carga em Placa realizadas na etapa de projeto. PROTÓTIPO X FUNDAÇÃO (MODELO) RECALQUES – FUNDAÇÕES SUPERFICIAIS Argilas Sobreadensadas RECALQUES – FUNDAÇÕES SUPERFICIAIS Argilas Sobreadensadas RECALQUES – FUNDAÇÕES SUPERFICIAIS Argilas Sobreadensadas RECALQUES – FUNDAÇÕES SUPERFICIAIS Exercício: Dada a curva tensão x recalque obtida em prova de carga em placa realizada em material argiloso e poroso em SP, Estime o recalque de uma sapata quadrada de 4,20m de lado a ser instalada na mesma cota e no mesmo local da placa de ensaio. RECALQUES – FUNDAÇÕES SUPERFICIAIS Argilas Sobreadensadas RECALQUES – FUNDAÇÕES SUPERFICIAIS Argilas Sobreadensadas RECALQUES – FUNDAÇÕES SUPERFICIAIS Areias RECALQUES – FUNDAÇÕES SUPERFICIAIS Areias RECALQUES – FUNDAÇÕES SUPERFICIAIS Areias Exercício: A curva tensão x recalque foi obtida em prova de carga em placa realizada em areia argilosa de São Carlos e considerando a correlação Es = 6 + 2z (Es em MPa e z em metros) obtida por meio dos valores de Nspt. Estime o recalque de uma sapata quadrada de 3,50m de lado a ser instalada na mesma cota e no mesmo local da placa de ensaio. RECALQUES – FUNDAÇÕES SUPERFICIAIS Areias Exercício: A curva tensão x recalque foi obtida em prova de carga em placa realizada em areia argilosa de São Carlos e considerando a correlaçãoEs = 6 + 2z (Es em MPa e z em metros) obtida por meio dos valores de Nspt. Estime o recalque de uma sapata quadrada de 3,50m de lado a ser instalada na mesma cota e no mesmo local da placa de ensaio. RECALQUES – FUNDAÇÕES SUPERFICIAIS Areias RECALQUES ADMISSÍVEIS A NBR 6122, cita que a tensão/carga admissível dependem da sensibilidade da construção projetada aos recalques que futuramente irão ocorrer, principalmente os recalques diferenciais que causarão distorções angulares nas peças estruturais. Elevados recalques nas fundações poderão prejudicar a sua funcionalidade, ou ainda, levar à ruptura das estruturas e consequentemente à ruína da construção devido ao acréscimo de esforços produzidos nas peças estruturais. Com base nas observações em cerca de uma centena de edifícios, Skempton- McDonald, em 1956, associaram a ocorrência de danos com valores-limite para a distorção angular δ/l, onde δ é o recalque diferencial entre dois pilares, e l a distância entre eles. Os valores-limite e seus efeitos estabelecidos por Skempton-McDonald foram: RECALQUES – FUNDAÇÕES SUPERFICIAIS RECALQUES ADMISSÍVEIS Os valores-limite e seus efeitos estabelecidos por Skempton-McDonald foram: • δ / l = 1:300 – Trincas em paredes; • δ / l = 1:150 – Danos estruturais em vigas e colunas de edifícios correntes. RECALQUES – FUNDAÇÕES SUPERFICIAIS A distorção angular depende de muitos fatores: Tipo de fundação, tipo de solo, rigidez da estrutura, etc. A ocorrência de recalque acompanha a redistribuição dos esforços. RECALQUES EM FUNDAÇÕES SODOS DE PREVISAO DE RECALQUES Tolerância aos Recalques Estes valores não se aplicam aos casos de prédios em alvenaria portante, para os quais os critérios devem ser mais rigorosos. Os danos causados por movimentos de fundações são agrupados por Skempton e McDonald, citado por Teixeira e Godoy (1996) em três categorias: • Arquitetônicos: são aqueles visíveis ao observador comum, causando algum tipo de desconforto: trincas em paredes, recalques de pisos, desaprumo de edifícios, etc; • Funcionais: são aqueles que comprometem a utilização da construção • Estruturais: são aqueles causados a estrutura propriamente dita, isto é pilares, vigas e lajes, podendo comprometer a sua estabilidade. RECALQUES – FUNDAÇÕES SUPERFICIAIS RECALQUES ADMISSÍVEIS RECALQUES – FUNDAÇÕES SUPERFICIAIS RECALQUES ADMISSÍVEIS De acordo com Teixeira (1996), se uma estrutura sofresse recalques totais igualmente ao longo de toda a sua extensão não deveria ser causado nenhum tipo de dano, mesmo para valores elevados de recalque. Entretanto, a ocorrência de recalques totais uniformes não ocorre, devido a várias causas, como excentricidade da carga, incertezas sobre a real grandeza das cargas atuantes, heterogeneidade do subsolo, etc, sendo, portanto, a limitação do recalque total uma das maneiras de se limitar os recalques diferenciais. Para estruturas usuais de aço ou concreto, Skempton-MacDonald apresentam as seguintes recomendações para os recalques diferenciais e para os recalques totais limites: • Para areias: o Recalque diferencial máximo = 25 mm o Recalque total máximo = 40 mm para sapatas isoladas; o Recalque total máximo = 40 a 65 mm para radiers. • Para argilas: o Recalque diferencial máximo = 40 mm o Recalque total máximo = 65 mm para sapatas isoladas; o Recalque total máximo = 65 a 100 mm para radiers. RECALQUES – FUNDAÇÕES SUPERFICIAIS RECALQUES EM FUNDAÇÕES SUPERFICIAIS RECALQUES – FUNDAÇÕES SUPERFICIAIS
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