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Abortamento ● Cerca de 20% das mulheres grávidas abortam. O risco maior de abortamento consiste até a 12ª semana (primeiro trimestre - embriogênese). A maior causa ocorre por má formação do embrião. ● AU 12 semanas: sínfise púbica. ● AU 16 semanas: entre a sínfise púbica e cicatriz umbilical. ● AU 20 semanas: cicatriz umbilical. O que é? ● Significa interrupção da gravidez antes de sua viabilidade, com feto pesando menos do que 500 g e 20 semanas. ● A partir de 500 g e após 20 semanas considera-se interrupção da gravidez ou antecipação do parto. ● Ocorrem em torno de 15% das gestações. ● O abortamento é permitido em caso de estupro, anencefalia e risco de vida para a mãe. Interrupção da gravidez: realizada através de indução de parto normal ou parto cesárea. Potássio intra-uterino provoca morte fetal. ● A quimioterapia é permitida durante a gravidez a partir da 10ª semana de gestação. Entretanto, a radioterapia não é permitida durante a gestação como (parto prematuro, alterações hematopoiéticas). Fatores de risco ● Idade materna (quanto maior, maior o risco). ● Abortamentos de repetição. ● Tabagismo. ● Álcool. ● Cocaína. ● Anti-inflamatórios. ● Extremos de peso. ● Tireoidopatias. Etiologia ● Causas fetais: alterações cromossômicas. ● Causas maternas: doenças clínicas (endocrinopatias, diabetes), rubéola, sífilis, citomegalovírus, toxoplasmose. Quadro clínico ● Sangramento via vaginal (sintoma mais associado ao abortamento). ● Dor abdominal. ● Dor lombar. ● Náuseas. ● Vômitos. ● Mal estar. ● Algumas vezes assintomática (abortamento determinado pela ecografia). Obs.: sangramento, até que se prove o contrário, consiste em ameaça de aborto. Contraindica-se a relação sexual em casos de sangramento e ameaça de parto prematuro. Exames do primeiro trimestre: glicemia, EQU, VDRL, HIV, tipagem sanguínea, hemograma completo, toxoplasmose. Exame físico ● Palpação abdominal. ● Exame especular. ● Toque vaginal bimanual. O colo uterino torna-se friável. Diagnóstico ● Ultrassom: padrão-ouro. A primeira ecografia para gestações normais é recomendada na 12ª semana. O SUS não paga ecografias para gestantes, apenas em casos de ameaça de abortamento. Classificação ● Ameaça de aborto: todo sangramento via vaginal que ocorra até as 20 semanas, independente da intensidade, associado a colo uterino fechado e sem critérios ultrassonográficos para definir abortamento. ● Abortamento retido: é a retenção do conteúdo do abortamento de uma gestação interrompida por 8 semanas ou mais. ● Gestação anembrionada: presença de um saco gestacional com diâmetro médio de 25 mm (2,5 cm) ou mais e que não tem embrião. Diagnóstico pela ecografia. ● Abortamento inevitável: ocorrência de sangramento vaginal e de dor abdominal associada à dilatação cervical. Até 20ª semana (12ª semana). ● Abortamento incompleto: eliminação parcial do material intrauterino, e a paciente apresenta sangramento via vaginal e dor abdominal significativos. ● Abortamento completo: todo conteúdo gestacional é eliminado. ● Abortamento séptico: é o aborto mais comumente provocado, associado à infecção uterina (febre - aborto provocado). Apresentação clínica heterogênea. Pode ser só diagnóstico laboratorial, como pode apresentar febre, dor, mas também pode apresentar choque séptico e morte. Cuidado, sempre atento, pois é a 4ª causa de mortalidade materna. A ecografia só permite a observação do feto a partir da 5-6ª semana. Deve-se aguardar e repetir o exame. Gravidez ectópica: problemas nos cílios das células das trompas por infecção sexual (clamídia e gonorreia). Diagnóstico diferencial ● Doença trofoblástica gestacional. ● Sangramento não obstétrico. ● Gestação ectópica. ● Hematoma subcoriônico (hematoma atrás da placenta). Tratamento Ameaça de aborto: repouso. Tratamento com didrogesterona (dose de ataque de 40 mg e 10 mg 12/12 horas). O tempo de uso depende dos sintomas da paciente. Abortamento completo: não há necessidade de procedimentos. Abortamento incompleto, abortamento inevitável, gestação interrompida de primeiros trimestre, gestação anembrionada: esvaziamento uterino de forma medicamentosa ou cirúrgica, forma medicamentosa (misoprostol, citotec), forma cirúrgica (AMIU - aspiração manual intrauterina - curetagem uterina).
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