Buscar

2 - JAYSSON_RICARDO_GONCALVES_OLIVEIRA_ATIVIDADE2_CORRIGIDO

Prévia do material em texto

14
JAYSSON RICARDO GONÇALVES OLIVEIRA
direito à vida e eutanásia
Uberlândia
2019
jaysson ricardo gonçalves oliveira
direito à vida e eutanásia
Trabalho de Conclusão de Curso apresentado à Faculdade Pitágoras, como requisito parcial para a obtenção do título de graduado em Direito. 
Orientadora: Marília Candida Rodrigues
Uberlândia
2019
jaysson ricardo gonçalves oliveira
direito à vida e eutanásia
Trabalho de Conclusão de Curso apresentado à Faculdade Pitágoras, como requisito parcial para a obtenção do título de graduado em Direito. 
Aprovado em: __/__/____
BANCA EXAMINADORA
Prof(ª). Titulação Nome do Professor (a)
Prof(ª). Titulação Nome do Professor (a)
Dedico este trabalho primeiramente a Deus, por ser essencial em minha vida, meu guia, socorro presente na hora da angústia, à minha família e amigos.
A todos professores do curso que foram tão importantes na minha vida acadêmica e no desenvolvimento desta monografia.
5
	
A todos qυе, direta оυ indiretamente, fizeram parte da minha formação, о mеυ muito obrigado.
SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO	6
1.1 O Problema	6
2 OBJETIVOS	6
2.1 Objetivo Geral ou Primário	6
2.2 Objetivos específicos ou secundários	6
3 JUSTIFICATIVA	7
4 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA	7
5 METODOLOGIA	10
6 CRONOGRAMA DE DESENVOVIMENTO	11
REFERÊNCIAS	13
1 INTRODUÇÃO
Direito à vida e eutanásia.
1.1 O Problema
Direito à vida e eutanásia, como este assunto é tratado na sociedade e no âmbito do direito brasileiro antigamente e nos dias atuais?
2 OBJETIVOS
2.1 Objetivo Geral ou Primário
Em síntese, o presente trabalho visa compreender a origem do direito à vida e a prática da eutanásia, a resposta da sociedade diante do conceito de vida, as consequências aos interessados e terceiros envolvidos na eutanásia e o papel do Estado como responsável pela proteção e garantia dos direitos fundamentais.
2.2 Objetivos específicos ou secundários
 
No primeiro capítulo, apresentará o surgimento, o conceito e contexto histórico-religioso da eutanásia, desde a civilização romana até a idade moderna, bem como acerca do direito brasileiro e internacional.
No segundo capítulo, abordará a evolução histórica do conceito e dos modelos da eutanásia que surgiram ao longo do tempo, e a previsão do Código Brasileiro quanto ao tema.
Não obstante, no terceiro capítulo, discorrerá acerca da evolução legislativa no mundo com relação ao direito à vida e a prática da eutanásia; dos requisitos necessários para a concretização da eutanásia; bem como a motivação e influência sobre a realização da eutanásia.
3 JUSTIFICATIVA
A monografia que será redigida tem como principal objetivo analisar a prática da eutanásia no tocante ao direito à vida, bem como sua evolução histórica e jurídica junto à sociedade e ao Estado.
O assunto em pauta é de grande importância, uma vez que a progressão da sociedade acarreta a necessidade junto ao Estado de auxiliar e assegurar direitos e garantias fundamentais.
Em conclusão, a pesquisa visa salientar a evolução das leis ante a importância e necessidade apresentada pela sociedade no tocante a prática da eutanásia, de forma a adicionar previsão legal para assegurar a mesma de forma judicial e protetiva.
4 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
Direito a vida é o direito de não ser morto, mas de ter uma vida digna. Sendo assim, a Constituição Federal de 1988, em seu artigo 5°, protege o direito à vida. Neste sentido, expõe Maria Helena Diniz:
O direito à vida, por ser essencial ao ser humano, condiciona os demais direitos da personalidade. A Constituição Federal de 1988, em seu art. 5º, caput, assegura a inviolabilidade do direito à vida, ou seja, a integralidade existencial, consequentemente, a vida é um bem jurídico tutelado como direito fundamental básico desde a concepção, momento específico, comprovado cientificamente, da formação da pessoa. Se assim é, a vida humana deve ser protegida contra tudo e contra todos, pois é objeto de direito personalíssimo”. (DINIZ: 2006, p. 23 e 24).
No mesmo sentido, expõe Alexandre de Moraes: 
“O direito à vida é o mais fundamental de todos os direitos, já que se constitui em pré-requisito à existência e exercício de todos os demais direitos”. (MORAES: 2004, p. 65).
O objetivo exposto em nossa Carta Magna é de resguardar a:
“(...) vida da pessoa humana, considerada como tal a existência da pessoa natural ou física, desde o nascimento com vida (artigo 4° do Código Civil Brasileiro) até o exato momento de sua morte cerebral embora alguns estendam até a finalização das demais funções vitais”. (ALMEIDA: 1996, p.33)
Constituição Federal de 1998, diz:
“Art. 5º Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade, nos termos seguintes”
Declaração Universal dos Direitos Humanos com relação à Constituição Federal de 1988, diz:
“Os Estados Partes no presente Pacto comprometem-se a assegurar a homens e mulheres igualdade no gozo de todos os direitos civis e políticos enunciados no presente Pacto”. (DUDH, ARTIGO 3°).
Eutanásia é uma palavra quem tem origem grega, foi usada no séc. XVII pelo filósofo inglês FRANK BACON, em sua obra intitulada “História vitae et mortis” o qual afirmava: 
“(...) ser a eutanásia o tratamento adequado para doenças incuráveis e era a favor da eutanásia praticadas pelos médicos, quando tivessem se esgotados os meios para a cura de um doente enfermo”. (Frank Bacon)
Platão, Sócrates e Epicuro defendiam que a boa morte era justificada pelo fato de uma pessoa estar com uma doença sem cura. 
Segundo Siqueira-Batista e Schramm:
“Platão ainda diz que não vale apena viver uma vida onde é necessário se esquivar da morte. A partir do pensamento de Platão é claro a preocupação com a política coletiva, para ele não se faz diferença entre os homens no que diz respeito a deixar de existir quando não há o mínimo de sentido ou qualidade de vida na condição da vida de homens e cidadãos. (Siqueira-Batista & Schramm, 2004).
Já Aristóteles, Pitágoras e Hipócrates, condenavam a eutanásia.
Hipócrates, já dizia: 
”Eu não darei qualquer droga fatal a uma pessoa, se me for solicitado, nem sugerirei o uso de qualquer um desse tipo”. (Hipócrates)
O primeiro caso de eutanásia está relatado na Bíblia Sagrada no Segundo livro de Samuel, cap. I, parágrafos 6-10. Quando o Rei Saul, já ferido, implora por sua morte a um Amalequita e o mesmo matou-o com a certeza que não viveria após ter caído.
“Então disse o moço que lhe dava a notícia: Cheguei por acaso à montanha de Gilboa, e eis que Saul estava encostado sobre a sua lança, e eis que os carros e a cavalaria apertavam-no.
E, olhando ele para trás de si, viu-me, e chamou-me; e eu disse: Eis-me aqui.
E ele me disse: Quem és tu? E eu lhe disse: Sou amalequita.
Então ele me disse: Peço-te, arremessa-te sobre mim, e mata-me, porque angústias me têm cercado, pois toda a minha vida está ainda em mim.
Arremessei-me, pois, sobre ele, e o matei, porque bem sabia eu que não viveria depois da sua queda, e tomei a coroa que tinha na cabeça, e o bracelete que trazia no braço, e os trouxe aqui a meu senhor”. (2 Samuel 1:6-10)
No Brasil, ninguém pode incentivar a eutanásia ou contribuir para que tal ato seja praticado, sendo assim proibida no Brasil. Conforme a Carta Magna resguarda o direito à vida, o Código Penal Brasileiro condena a prática da Eutanásia.
        “Art. 121. Matar alguém. Art. 122 - Induzir ou instigar alguém a suicidar-se ou prestar-lhe auxílio para que o faça: Pena - reclusão, de dois a seis anos, se o suicídio se consuma; ou reclusão, de um a três anos, se da tentativa de suicídio resulta lesão corporal de natureza grave. Parágrafo único - A pena é duplicada: Aumento de pena. I - Se o crime é praticado por motivo egoístico; II - se a vítima é menor ou tem diminuída, por qualquer causa, a capacidade de resistência”. (Código Penal Brasileiro)Código de ética dos profissionais de saúde não permite que os mesmos atuem em tal prática.
“SEÇÃO I, DAS RELAÇÕES COM A PESSOA, FAMILIA E COLETIVIDADE - PROIBIÇÕES - Art. 29 - Promover a eutanásia ou participar em prática destinada a antecipar a morte do cliente”. (Código de Ética dos Profissionais de Saúde)
Tramita no Senado Federal o Projeto de Lei n°236/12 (Novo Código Penal), em que o juiz poderá deixar de aplicar punição para quem cometer a eutanásia, seja ela passiva, seja ativa:
“Matar, por piedade ou compaixão, paciente em estado terminal, imputável e maior, a seu pedido, para abreviar-lhe sofrimento físico insuportável em razão de doença grave: Pena – prisão, de dois a quatro anos. §1° O juiz deixará de aplicar a pena avaliando as circunstâncias do caso, bem como a relação de parentesco ou estreitos laços de afeição do agente com a vítima. §2° não há crime quando o agente deixa de fazer uso de meios artificiais para manter a vida do paciente em caso de doença greve irreversível, e desde que essa circunstância esteja previamente atestada por dois médicos e haja consentimento do paciente, ou, na sua impossibilidade, de ascendente, descente, cônjuge, companheiro ou irmão”. (NCP 2012, Art. 122)
5 METODOLOGIA
A metodologia do presente trabalho integrará restritamente à revisão bibliográfica, sendo de natureza qualitativa e descritiva. Autores, doutrinas, leis, jurisprudências e artigos utilizados, contribuirão amplamente para o desenvolvimento da monografia.
Os artigos utilizados foram publicados nos últimos dez anos, observando sua relevância na atualidade, bem como será utilizado leis que ultrapassam os dez anos, sendo possível a análise evolutiva do tema proposto.
Os locais de pesquisas são basicamente as doutrinas, jurisprudências, leis, orientação dos professores e sites.
Dentre as palavras-chave utilizadas nas pesquisas, estão: direito à vida; eutanásia; boa morte; sociedade e a eutanásia; código brasileiro e a eutanásia; contexto histórico do direito à vida; contexto histórico da eutanásia.
6 CRONOGRAMA DE DESENVOVIMENTO
Quadro 1 – Cronograma de execução das atividades do Projeto e do Trabalho de Conclusão de Curso.
	ATIVIDADES
	2019
	2019
	
	JAN
	FEV
	MAR
	ABR
	MAI
	JUN
	JUL
	AGO
	SET
	OUT
	NOV
	DEZ
	Escolha do tema. Definição do problema de pesquisa
	
	X
	X
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	Definição dos objetivos, justificativa.
	
	
	X
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	Definição da metodologia.
	
	
	
	X
	X
	
	
	
	
	
	
	
	Pesquisa bibliográfica e elaboração da fundamentação teórica.
	
	
	
	X
	X
	
	
	
	
	
	
	
	Entrega da primeira versão do projeto.
	
	
	
	
	X
	
	
	
	
	
	
	
	Entrega da versão final do projeto.
	
	
	
	
	X
	X
	
	
	
	
	
	
	Revisão das referências para elaboração do TCC.
	
	
	
	
	
	
	X
	X
	X
	X
	X
	
	Elaboração do Capítulo 1.
	
	
	
	
	
	
	X
	X
	X
	X
	X
	
	Revisão e reestruturação do Capítulo 1 e elaboração do Capítulo 2.
	
	
	
	
	
	
	X
	X
	X
	X
	X
	
	Revisão e reestruturação dos Capítulos 1 e 2. Elaboração do Capítulo 3.
	
	
	
	
	
	
	X
	X
	X
	X
	X
	
	Elaboração das considerações finais. Revisão da Introdução.
	
	
	
	
	
	
	X
	X
	X
	X
	X
	
	Reestruturação e revisão de todo o texto. Verificação das referências utilizadas.
	
	
	
	
	
	
	X
	X
	X
	X
	X
	
	Elaboração de todos os elementos pré e pós-textuais.
	
	
	
	
	
	
	X
	X
	X
	X
	X
	X
	Entrega da monografia.
	
	
	
	
	
	
	X
	X
	X
	X
	X
	X
	Defesa da monografia.
	
	
	
	
	
	
	X
	X
	X
	X
	X
	X
REFERÊNCIAS
MAGALHÃES, Brenna Maria Carneiro Costa. Eutanásia: origem, ramificações e outras peculiaridades ... Disponível no endereço eletrônico: http://www.ambito-juridico.com.br/site/?n_link=revista_artigos_leitura&artigo_id=14519 (acessado dia 06/05/2019, às 10:30min.).
BAPTISTA, Douglas. Valores Cristãos: Enfrentando as questões morais de nosso tempo. Rio de Janeiro: CPAD, 2018.
THOMPSON, Frank Charles. Bíblia de referência Thompson. Indianópolis, Indiana, E.U.A: Editora Vida, 1994.
BRASIL. CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL DE 1988. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/constituicaocompilado.htm. Acesso em 04 maio 2019
BRASIL. CÓDIGO PENAL BRASILEIRO, DECRETO-LEI No 2.848, DE 7 DE DEZEMBRO DE 1940. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Decreto-lei/Del2848compilado.htm. Acesso em 04 maio 2019.
CAMPOS, Patrícia Barbosa; MEDEIROS, Guilherme Luiz. A Eutanásia e o Princípio Constitucional da Dignidade da Pessoa Humana. Revista Eletrônica Direito, Justiça e Cidadania – Volume 2 – nº 1 – 2011. Disponível em: <http://docs.uninove.br/arte/fac/publicacoes/pdfs/patricia_drt_20111.pdf> (Acessado em 04 de maio de 2019 às 10h00min).
ZAMATARO, Yves A. R. Eutanásia – direito a uma morte digna ou um crime?... Disponível no endereço eletrônico: https://www.migalhas.com.br/dePeso/16,MI179433,41046-Eutanasia+direito+a+uma+morte+digna+ou+um+crime (acessado dia 04/05/2019, às 13:00min.).
BRASIL. CÓDIGO DE ÉTICA DOS PROFISSIONAIS DE ENFERMAGEM. ART. 29, DE 08 DE FEVEREIRO DE 2007. Disponível em: http://www.cofen.gov.br/wp-content/uploads/2012/03/resolucao_311_anexo.pdf. Acesso em 06 DE MAIO DE 2019
MENDES, Filipe Pinheiro. A tipificação da eutanásia no Projeto de Lei nº 236/12 do Senado Federal (novo Código Penal). Revista Jus Navigandi, ISSN 1518-4862, Teresina, ano 17, n. 3456, 17 dez. 2012. Disponível em: <https://jus.com.br/artigos/23253>. Acesso em: 3 maio 2019.
MORAES, Henrique Viana Bandeira. Da eutanásia no direito comparado e na legislação brasileira. Revista Jus Navigandi, ISSN 1518-4862, Teresina, ano 17, n. 3463, 24 dez. 2012. Disponível em: <https://jus.com.br/artigos/23299>. Acesso em: 3 maio 2019.
Siqueira-Batista, R., Schram, F. R.(2004). A filosofia de Platão e o debate bioético sobre o fim da vida: interseções no campo da Saúde Pública. Cad. Saúde Pública, 20(3), 855-865. Recuperado em 13 fevereiro de, 2012, de http://www.scielo.br/pdf/csp/v20n3/23.pdf.

Continue navegando