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Patrícia Cezar Faculdade de Ciências Médicas da Paraíba SÍNTESE DO ARTIGO DO MÓDULO DE SOCIOLOGIA, ANTROPOLOGIA E SAÚDE/ HISTÓRIA DA MEDICINA PROF. LUISIANE ÁVILA Artigo: ‘’ Reflexões para uma prática em saúde antirracista’' Ao ler o artigo pode-se concluir que todo o problema descrito tem muitas raízes, a histórica ( esta que é a primeira, pois há toda a história da escravidão, descrita no artigo detalhadamente, e tudo que ela carrega até hoje, como a marginalização e direitos negados, como é dito no texto: ‘'o caminho pós abolição é permeado por ações e política públicas estatais de manutenção dos negros na condição de sub-humanos, sem acesso à terras, educação ou trabalho’’, isso é retratado quando em 2020, ano pandêmico se constata que os mais atingidos pela Covid-19 são os negros, por justamente não terem o mesmo acesso à saúde, moradias com infraestrutura… fato que Gilberto Freyre definiu como ‘' democracia racial brasileira’'. A raiz educacional ( não se aprende o antirracismo, criando um ambiente perpetuador de preconceitos, além das lições não aprendidas, há uma outra barreira : mesmo sendo maioria da população, os negros não têm a mesma chance de acesso ao ensino superior, o que significa que sem estudo, muitos desconhecem seus direitos e não tem a chave para quebrá-la que é com o estudo melhorar suas condições de vida, ter seu próprio salário e assim obter sua autonomia), e por fim, a raiz legislativa (há a lei, tal como a PNSIPN, oficializada em 2009, que reconhece a relação entre o racismo e a vulnerabilidade em saúde, mas não há execução devida pois no sistema corrompido seus componentes são preconceituosos estruturais, que não conhecem a história e tampouco foram instruídos ao longo da vida, então para eles e para a sociedade em geral não há o porquê de reparo histórico, aponta-se este despreparo quando em uma pandemia se evidencia os impactos catastróficos sobre a população negra). A pergunta que nos resta para responder: como corrigir e oferecer à população negra o acesso à saúde previsto em lei, com prática antirracista e/ou no geral como construir uma sociedade em que história, educação e lei são a ponte para tal feito? O artigo esboça uma resposta: ‘'Para promover um ambiente educacional e um processo de ensino-aprendizagem pautado na integralidade do cuidado e na equidade racial, é preciso reconhecer o racismo como fator que atravessa a construção de subjetividade de toda a população brasileira. Twine30 propõe o letramento racial como caminho para acessar os impactos do racismo. De maneira resumida, são propostas cinco ações: o reconhecimento dos privilégios de ser branco numa sociedade racializada; a compreensão do racismo como prática atual que se mantém e se reproduz nas relações sociais; o entendimento de raça como uma construção social dinâmica e variável; assumir e reproduzir uma gramática e um vocabulário raciais, percebendo opressões naturalizadas em discursos e expressões; e o desenvolvimento da capacidade de interpretar situações, práticas e códigos de maneira racializada, de modo a identificar possíveis naturalizações de reprodução do racismo.'' Referência: Borret, Rita Helena et al. Reflexões para uma Prática em Saúde Antirracista. Revista Brasileira de Educação Médica [online]. 2020, v. 44, n. Suppl 01 [Acessado 29 Novembro 2021] , e148. Disponível em: <https://doi.org/10.1590/1981-5271v44.supl.1-20200405>. Epub 02 Out 2020. ISSN 1981-5271. https://doi.org/10.1590/1981-5271v44.supl.1-20200405.
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