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Introdução ao estudo da prótese total

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Bruna Miranda 
Odontologia VII 
1 
 
ORR III 
Introdução ao estudo da prótese total 
O PACIENTE GERIÁTRICO: 
LIMITAÇÕES: 
• Financeiras. 
• Psicológicas. 
• Anatômicas. 
Essas limitações podem influenciar na relação 
paciente/profissional. 
EXAMES: 
EXAME CLÍNICO EXTRAORAL: 
• Anamnese, observação das próteses e 
DTM. 
• Intraoral. 
• Radiográficos: panorâmicas. Outros 
exames podem ser solicitados. 
• Modelos de estudo. 
ANAMNESE: 
• Estado psíquico: 
o Receptivos. 
o Céticos. 
o Histéricos. 
o Indiferentes. 
• Queixa principal. 
• Observação sobre 
tratamentos/profissionais anteriores. 
• Saúde geral. 
• Doenças preexistentes. 
• Hábitos parafuncionais. 
ANAMNESE - CONSIDERAÇÕES SISTÊMICAS: 
• Anemia. 
• Deficiência vitamínica/nutricional. 
• Hipertensão. 
• Diabetes = xerostomia = diminuição do 
fluxo salivar que pode diminuir as 
condições de retenção das próteses; base 
da prótese sem lubrificação pode irritar as 
mucosas de revestimento; indicar saliva 
artificial. 
• Osteoporose. 
• Líquen plano. 
• Infecção por fungos: próteses 
preexistentes e higiene. 
• Edemas locais de tecidos moles: próteses 
preexistentes ou doenças. 
• Radioterapia e climatério: xerostomia. 
• Doenças pulmonares crônicas. 
• Desordens das glândulas salivares = 
xerostomia ou aumento excessivo do fluxo 
salivar = altera condições de retenção. 
• Desordens neurológicas: (Parkinson), 
paciente pode ter dificuldades para usar 
as próteses. 
• Distúrbios de ATM: podem ser causados por 
próteses antigas com alteração de 
dimensão vertical (próteses desgastadas 
ou porque a dimensão vertical não foi 
reestabelecida adequadamente. 
• Doenças da língua. 
OBSERVAÇÃO DAS PRÓTESES: 
• Grau de higienização e cuidados com as 
próteses. 
• Área chapeável: espaço disponível para a 
realização do trabalho. 
• Espaço protético: leva em consideração a 
dimensão vertical. Adequada para o 
paciente. 
• Tolerância ao uso das próteses. 
• Suporte labial: características estéticas. 
• Hábitos parafuncionais. 
• Relações intermaxilares: relação cêntrica = 
não depende de dentes, é muscular e 
ligamentar, referências de 
posicionamento intra-articular do côndilo 
em relação à cavidade glenóide 
(posicionamento mais superior anterior e 
mediana dos côndilos é reprodutível). 
 
Na imagem acima podemos ver uma prótese 
com péssimo grau de higienização e em seu 
interior um material reembasador, utilizado 
Bruna Miranda 
Odontologia VII 
2 
 
para aumentar a justeza e adaptação da 
parte interna da prótese com o rebordo 
residual. A maioria desses materiais são de 
caráter provisório e não podem ser usados de 
forma definitiva. 
Prótese direita está menor que a área 
chapeável: 
 
Não há necessidade de segundos molares em 
próteses totais, a não ser que o paciente tenha 
o antagonista. Os segundos molares 
posicionados fora da área de suporte (topo do 
rebordo) estão diretamente relacionados à 
fratura das próteses. 
 
DTM: 
Pode ser causada por próteses preexistentes. 
Pacientes com alteração da dimensão 
vertical comumente apresentam problemas 
de atm. 
• ATM. 
• Musculatura. 
EXAME INTRAORAL: 
TECIDOS MOLES: 
• Mucosas. 
• Língua. 
• Tecidos de revestimento. 
MUSCULATURA: importante para levar o paciente 
para cêntrica. Pacientes com musculatura mais 
rígida normalmente são mais difíceis de serem 
levados para cêntrica. Além disso, a rigidez pode 
influenciar nas condições de retenção e de 
estabilidade. 
REBORDO RESIDUAL: 
• Hipertrofias: podem estar relacionadas à 
utilização de próteses preexistentes. 
• Atrofias: normalmente relacionadas ao 
grau de remodelação óssea. 
• Glândulas salivares. 
• Pontos sensíveis à palpação: corpos 
estranhos que podem ser identificados em 
exames radiográficos ou posição de 
acidentes anatômicos (forame mentual) 
que pode gerar um grau de desconforto 
devido a estarem recebendo cargas 
mastigatórias. 
DOENÇAS ASSOCIADAS AO USO DE PRÓTESES: 
• Reabsorção do rebordo residual: quanto 
mais aproveitarmos a área chapeável, 
melhor distribuída será a carga 
mastigatória = diminui a concentração da 
carga mastigatória = diminui a velocidade 
de reabsorção/remodelação óssea. 
 
 
Bruna Miranda 
Odontologia VII 
3 
 
A reabsorção do rebordo pode ser um dificultador 
na realização dos trabalhos e nas condições de 
retenção e de estabilidade. 
Tratamento: cirurgia pré-protética (planificação 
através de fresas) ou alívio interno na base da 
prótese, com a finalidade de diminuir o contato 
da base da prótese com o topo do rebordo = 
causa diminuição de retenção e estabilidade. 
• Candidíase eritematosa ou atrófica 
crônica. 
 
 
Podemos relacionar a parte interna da prótese e 
seu material com a presença de candidíase 
eritematosa. 
Próteses realizadas com resina acrílica 
autopolimerizável possuem mais chances de 
levarem à candidíase devido a alta porosidade = 
facilita a instalação de fungos. 
• Queilite angular: 
 
Geralmente relaciona à problemas no 
reestabelecimento da dimensão vertical. 
• Hiperplasia fibrosa inflamatória/epúlide 
fissurada. 
Aumento de volume geralmente relacionado ao 
uso de próteses. Podem acontecer no início ou 
serem consequência das desadaptações 
causadas pela reabsorção óssea que não são 
acompanhadas pela base da prótese. 
 
 
 
Consequência da utilização de câmaras a vácuo. 
As condições que levam ao aumento de volume 
devem ser tratadas antes da realização das 
próteses. 
Tratamento cirúrgico. 
Bruna Miranda 
Odontologia VII 
4 
 
SÍNDROME DA COMBINÇÃO/DE KELLY: 
 
A remodelação óssea muitas vezes leva à mucosa 
sem suporte ósseo = flácida = alteração de 
posicionamento = dificulta a moldagem. 
Essa condição está muito relacionada à pacientes 
edentados totais superiores e parciais inferiores. 
Mucosa flácida na região anterior superior + 
aumento das tuberosidades bilateralmente + grau 
de reabsorção severo em região posterior bilateral 
da mandíbula. 
 
 
A síndrome da combinação se instala devido ao 
fato de que a carga mastigatória mais importante 
ocorre onde há dentes naturais = região anterior 
de mandíbula. Ou seja, a alta carga mastigatória 
na região anterior leva a grande reabsorção 
óssea na região anterior de maxila, reabsorção 
essa que não é acompanhada pela mucosa de 
revestimento = mucosa flácida. 
Tratamento: cirúrgico. 
 
 
 
Uma das soluções para prevenir ou diminuir a 
velocidade da reabsorção óssea = confecção de 
um padrão de mordida aberta anterior = leva a 
carga mastigatória para a região posterior e 
confere uma oclusão bilateralmente balanceada 
(segundo alguns autores, isso melhora a 
estabilidade da prótese). 
Bruna Miranda 
Odontologia VII 
5 
 
 
EXAME RADIOGRÁFICO: 
RADIOGRAFIAS: 
• Periapical. 
• Oclusal. 
• Cefalométrica. 
• Panorâmica. 
TOMOGRAFIAS: 
• Convencional. 
• Computadorizada. 
REQUISITOS DAS PRÓTESES TOTAIS: 
MASTIGATÓRIO: 
O requisito mastigatório está diretamente 
relacionado à eficiência mastigatória. 
A eficiência mastigatória, por sua vez, depende 
da retenção e da estabilidade. 
RETENÇÃO: 
Capacidade que as próteses têm de resistir aos 
movimentos verticais: gravidade, adesividade dos 
alimentos e às forças envolvidas na abertura de 
boca. 
Tadachi Tamaki: 
• Precisão da técnica de moldagem. 
• Forma e tamanho do rebordo residual. 
• Consistência da fibromucosa de 
revestimento. 
• Tonicidade das inserções musculares e 
tecidos adjacentes à área chapeável. 
FATORES FÍSICOS DA RETENÇÃO: 
• Pressão atmosférica: acontece no 
momento da colocação da prótese, em 
que o ar é expulso da área da base da 
prótese e a mucosa do rebordo residual, 
formando um vácuo. 
• Adesão: relaciona as moléculas da base 
da prótese e as moléculas da camada de 
saliva sobre o rebordo residual. 
• Coesão: relacionamento entre as 
moléculas da camada de saliva que estão 
se relacionandocom a base da prótese, e 
as moléculas da camada de saliva que 
estão se relacionando com a fibromucosa 
de revestimento. 
• Lâmina interfacial: camada de saliva que 
fica entre a base da prótese e a 
fibromucosa de revestimento. 
• Tensão superficial interfacial: se dá pela 
lâmina interfacial de saliva, impedindo que 
o ar penetre, provocando um selamento. 
A partir do momento em que o ar penetra, 
a prótese tende a se deslocar 
verticalmente pelo rompimento da 
pressão atmosférica. 
Tudo isso está relacionada à obtenção dos 
modelos de trabalho que começa na moldagem 
preliminar. 
ESTABILIDADE: 
Capacidade que as próteses têm de resistir a 
movimentos horizontais. 
• Oclusão: relacionamento dos dentes de 
diferentes arcos, e do mesmo arco, de 
forma a ter contatos bilaterais e 
simultâneos. Importante: não ter uma área 
de contato mais concentrada em uma 
região da prótese do que em outras, pois 
isso leva à deformação da mucosa que 
leva à um deslocamento da prótese. 
• Articulação: relação cêntrica. 
• Balanceio dos dentes artificiais: existem 
autores que indicam guia canina e guia 
anterior com desoclusão dos posteriores e 
existem autores que indicam a oclusão 
bilateralmente balanceada (acredita-se 
que essa pode melhorar a estabilidade, 
uma vez que, se o paciente faz 
lateralidade ou protrusão, existe uma 
concentração de carga mastigatória que 
Bruna Miranda 
Odontologia VII 
6 
 
pode levar à deformação da mucosa, que 
leva ao deslocamento da prótese. 
Entretanto, nem sempre é fácil alcançar 
essa oclusão, além que os resultados 
estéticos muitas vezes não são aceitáveis, 
por isso, buscamos sempre pelo menos um 
contato mais posterior possível dos dentes 
artificiais em todos os movimentos, com a 
finalidade de estabilizar a prótese. 
ESTÉTICO: 
O paciente deve estar satisfeito com a sua 
aparência. 
FONÉTICO: 
• Diminuição do espaço da cavidade oral: 
normalmente se dá por uma alteração da 
dimensão vertical. Essa condição também 
pode ser uma condição física do paciente: 
limitação de abertura de boca, alteração 
no formato do côndilo, trismo... Essas 
condições devem ser avaliadas e tratadas 
antes da realização do trabalho. 
• Espessura do palato: espessura de resina 
no palato pode tomar o espaço da língua, 
que é importante para a articulação das 
palavras. É necessária uma espessura 
mínima para resistir as cargas mastigatórias 
e não interferir na articulação das 
palavras. 
• Dimensão vertical: dimensão vertical 
diminuída: normalmente paciente sibila ao 
pronunciar determinados fonemas. 
Dimensão vertical aumentada: ausência 
de espaço para articulação das palavras. 
• Posicionamento dental: refere-se aos 
dentes artificiais anteriores, onde a posição 
da face palatina pode ser importante na 
pronúncia de alguns fonemas. Contato da 
língua com a face palatina pode alterar o 
som desses fonemas. 
COMODIDADE: 
• Justeza/adaptação. 
• Conforto. 
• Utilidade. 
ANATOMIA DE INTERESSE PROTÉTICO: 
A confecção de próteses totais convencionais 
(mucossuportadas) pode ser feita pelas técnicas 
de moldagem única e moldagem dupla (mais 
utilizada). 
 
Precisamos conferir conforto e eficiência 
mastigatória aos pacientes que usam esse tipo de 
prótese. Esses requisitos estão diretamente 
relacionados à retenção e estabilidade. 
 
Objetivo: alcançar através dos procedimentos de 
moldagem, um molde adequado e o mais preciso 
em termos dimensionais e em termos de 
reprodução de detalhes e através desse molde, 
obter um modelo o mais preciso possível. Essas 
características estão relacionadas diretamente à 
técnica utilizada para procedimentos de 
moldagem e vazamento do molde e aos materiais 
usados nos procedimentos de moldagem e 
vazamento. 
Toda a base da prótese deve englobar a área 
disponível = área chapeável. Para que isso 
aconteça a área chapeável deve estar presente 
no molde e no modelo. 
Limites da área chapeável = conhecimento da 
anatomia protética = influencia na retenção e na 
estabilidade. 
Bruna Miranda 
Odontologia VII 
7 
 
Perda de retenção = prótese se desloca 
verticalmente = contato dos dentes artificias se 
altera = desloca horizontalmente = perda de 
estabilidade. 
Quando o contato entre os dentes artificias não se 
dá da forma adequada, a prótese se desloca 
horizontalmente = perda de contato entre a base 
da prótese e rebordo residual = prótese se desloca 
verticalmente. 
LIMITES FUNCIONAIS DE UMA PRÓTESE: 
Prótese subestendida: na maioria dos casos a 
solução é a realização de uma nova prótese. 
Prótese sobreextendida: muitos casos são 
resolvidos clinicamente através da redução da 
base da prótese. 
MAXILA: 
 
Acidentes anatômicos que podem interferir no 
trabalho: 
• Forame incisivo: nervo nasopalatino. 
• Processo palatino da maxila: área que 
aceita um contato um pouco maior entre 
a base da prótese e a fibromucosa de 
revestimento. 
o Vertente vertical: área de suporte 
secundário. 
o Vertente horizontal: área de 
suporte principal. 
• Lâmina horizontal do osso palatino: limite 
entre mucosa estática (limite do apoio da 
prótese) e mucosa móvel. 
o Se a base da prótese estiver 
apoiada sobre área de mucosa 
móvel, a movimentação vai 
resultar em uma perda de contato 
entre ela e a base da prótese, 
rompimento do mecanismo de 
pressão atmosférica, alteração na 
coesão e adesão = prótese tende 
a se deslocar verticalmente. 
• Forame palatino maior: nervo palatino 
maior, artéria palatina maior e veia 
palatina maior. 
• Forame palatino menor: nervo palatino 
menor, artéria palatina menor e veia 
palatina menor. 
LIMITES DA ÁREA CHAPEÁVEL MAXILA: 
• Espaço coronomaxilar. 
• Fundo de vestíbulo bucal: ação do 
musculo bucinador e do orbicular dos 
lábios (pode deslocar a prótese). 
• Fundo de vestíbulo labial: ação do 
musculo bucinador e do orbicular dos 
lábios (pode deslocar a prótese). 
• Freio labial: área de mucosa móvel, se 
rompe com muita facilidade, base da 
prótese que é rígida deve contornar o 
freio. Se ela passar sobre o freio, haverá 
fricção durante os movimentos e o tecido 
acaba se rompendo. Quanto mais 
apicalmente o freio estiver inserido, maior 
será o desgaste da base da prótese afim 
de contornar a estrutura. 
• Término posterior: bilateralmente há os 
ligamentos pterigomandibulares que em 
determinados movimentos se estendem. 
Se a base da prótese estiver por cima 
desses ligamentos, essa extensão pode 
deslocar a base da prótese, interferindo 
nas condições de retenção. (podemos ver 
no exame intraoral pedindo ao paciente 
que diga “A”. 
 
Aquém desses limites: prejudica as condições de 
retenção. 
Bruna Miranda 
Odontologia VII 
8 
 
Além desses limites: prejudica principalmente as 
condições de estabilidade. 
LIMITES DA ÁREA CHAPEÁVEL MANDÍBULA: 
• Chanfradura do músculo masseter. 
• Fundo de vestíbulo bucal: ação do 
músculo bucinador. Relacionado à linha 
obliqua. 
• Fundo de vestíbulo labial: ação do 
músculo orbicular dos lábios. 
• Fossa distolingual ou retroalveolar: o 
aproveitamento dessa estrutura é 
importante para prevenir o deslocamento 
anteroposterior (sentido horizontal) da 
prótese. 
• Flange sublingual: corresponde ao fundo 
de vestíbulo bucal e labial, porém pela 
face lingual (estrutura importante: 
glândula sublingual; quanto mais 
reabsorvido o rebordo residual, maiores 
são as chances da glândula se posicionar 
sobre o rebordo, mascarando ou 
dificultando a evidenciação de uma área 
de suporte principal da carga mastigatória 
em próteses inferiores; precisamos lançar 
mão de técnicas para alojar a glândula 
em uma área onde ela não interfira na 
reprodução de toda a área de suporte 
ósseo ou de afastar lateralmente a 
glândula para que possamos reproduzir a 
área de suporte ósseo). 
• Freio lingual: dependendo da altura 
deveremos fazer um desgaste na base da 
prótese.Linha milo-hioidea e linha oblíqua: limites ósseos. 
Forame mentual: pode ser limitador da ação 
mastigatória devido ao desconforto sofrido pelas 
cargas mastigatórias. 
MOLDAGEM EM PRÓTESE TOTAL: 
OBJETIVOS: 
• Mínima deformação dos tecidos de 
suporte. 
o Deformação na moldagem é 
reproduzida no modelo. 
o Deformação é transferida a base 
da prótese. 
o Desadaptação entre a base da 
prótese e a fibromucosa de 
revestimento do rebordo residual, 
prejudicando as condições de 
retenção e estabilidade e 
impedindo a utilização desses 
trabalhos por parte dos pacientes. 
• Extensão correta da base da prótese. 
• Vedamento periférico funcional. 
• Contato adequado da base da prótese 
com o rebordo residual. 
MOLDAGEM ANATÔMICA/PRELIMINAR: 
HIDROCOLOIDES IRREVERSÍVEIS: 
• Fácil manipulação. 
• Menores deformações aos tecidos de 
revestimento. 
• Boa fidelidade de cópia. 
GODIVA EM PLACA: 
Geralmente utilizada em casos de rebordo 
extremamente reabsorvidos. 
Bruna Miranda 
Odontologia VII 
9 
 
• Material termoplástico. 
• Capacidade de afastamento da 
musculatura inserida e outras estruturas 
como a glândula sublingual. 
• Boa estabilidade dimensional desde que 
não seja submetida a altas temperaturas. 
• Permite nova inserção. 
As siliconas podem substituir a godiva. Levando 
em consideração o custo-benefício e o grau de 
exigência do trabalho, podemos utilizar silicone de 
condensação. 
A desvantagem das siliconas são o custo e a não 
possibilidade de reinserção. 
SELEÇÃO DA MOLDEIRA: 
Alumínio ou aço inox perfurada de bacia mais 
baixa e com cabo angulado. 
Moldeira para godiva: completamente lisa. 
Em casos de moldeira de estoque, podemos 
melhorar a adaptação do bordo da moldeira 
individualizando a mesma, com cera utilidade ou 
cera periférica. 
Quando há dificuldades adicionais na moldagem, 
podemos utilizar a técnica da seringa descartável, 
injetando o material (hidrocoloide irreversível + 
[agua gelada para aumentar o tempo de 
trabalho) no fundo de vestíbulo e/ou na fossa 
retroalveolar. 
 
 
Na determinação do término posterior, pedimos 
ao paciente que pronuncie a letra “A” e 
marcamos com um lápis tinta a área entre a 
mucosa móvel e a estática. 
 
Arco do cupido: áreas de compressão. 
5 regiões. Regiões pares (2 e 4) aceitam maior 
compressão. 
 
Quando a moldeira não alcança essa área nos 
individualizamos a moldeira com cera. 
1 
 
2 
 
3 
 
4 
5 
 
Bruna Miranda 
Odontologia VII 
10 
 
 
A transferência dessas informações ao modelo 
preliminar facilita a comunicação com o 
laboratório. 
MOLDAGEM COM GODIVA: 
 
 
Plastificação da godiva em placa em água 
aquecida entre 50 e 60 graus. 
 
Manipulação para que haja expulsão de qualquer 
resíduo de água. 
 
Carregar a moldeira com o material. 
 
Inserir em boca fazendo movimentos de tração 
para registro das inserções musculares. 
Bruna Miranda 
Odontologia VII 
11 
 
 
Tração do lábio. 
 
Resfriamento para auxiliar. 
 
Resultado. 
 
Refinamento com outro material (hidrocolóide 
irreversível) melhor reprodução de detalhes. 
Também pode se usar poliéter ou silicona, desde 
que se empregue o adesivo indicado para esses 
materiais. 
CARACTERÍSTICAS DO MOLDE PRELIMINAR: 
• Ser dimensionalmente fiel e estável. 
• Reproduzir, sem distorções, detalhes 
anatômicos importantes para o correto 
desenvolvimento do trabalho. 
• Estar livre de bolhas. 
• Conter todos os limites da área chapeável. 
CARACTÉRISTICAS DO MODELO PRELIMINAR: 
• Ser dimensionalmente fiel e estável. 
• Reproduzir, sem distorções, detalhes 
anatômicos importantes para o correto 
desenvolvimento do trabalho. 
• Estar livre de bolhas. 
• Conter todos os limites da área chapeável. 
• Apresentar resistência ao desgaste. 
 
Imagens: slides Prof. Walter L. S. Fialho. 
Odontologia Restauradora e Reabilitadora III - 
UNIFASE

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