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APOSTILA PERÍCIAS E PERITOS MEDICINA LEGAL

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SISTEMA DE ENSINO
NOÇÕES DE 
Perícias e peritos. Documentos médico-
-legais. Antropologia médico-legal
MEDICINA LEGAL
Livro Eletrônico
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MEDICINA LEGAL
Perícias e Peritos. Documentos médico-legais. Antropologia Médico-legal.
Prof.ª Mariana Vasconcelos
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SUMÁRIO
Medicina Legal ...........................................................................................4
Introdução ................................................................................................4
1. Perícias e Peritos ....................................................................................6
1.1. Legislação sobre Perícias Médicas ...........................................................6
1.2. Ética Médica e Pericial ...........................................................................7
1.3. Perícias Médico-Legais ........................................................................10
1.4. Corpo de Delito ..................................................................................14
1.5. Peritos ..............................................................................................17
1.5.1. Impedimentos dos Peritos ................................................................20
2. Documentos Legais ...............................................................................22
2.1. Notificações .......................................................................................22
2.2. Pareceres Médico-Legais .....................................................................23
2.3. Atestados..........................................................................................24
2.4. Relatório Médico-Legal ........................................................................24
3. Quesitos Oficiais ...................................................................................25
4. Antropologia Médico-Legal .....................................................................31
4.1. Identidade e Identificação ...................................................................32
4.1.1. Identificação Médico-Legal ................................................................34
4.1.2. Identificação Judiciária ou Policial ......................................................38
Resumo ...................................................................................................43
Questões de Concurso ...............................................................................45
Gabarito ..................................................................................................57
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Perícias e Peritos. Documentos médico-legais. Antropologia Médico-legal.
Prof.ª Mariana Vasconcelos
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Informações sobre a Professora
Especialista em Direito Constitucional pela Faculdade Integrada AVM/Unyleya, 
sendo sua linha de pesquisa voltada ao estudo do Ciclo Completo de Polícia. Possui 
graduação em Direito pela Universidade Salgado de Oliveira (UNIVERSO). Advo-
gada atuante e consultora junto à Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS), 
prestando serviço à Secretaria Executiva da Câmara de Regulação do Mercado de 
Medicamentos (SCMED), órgão instituído pela Agência Nacional de Vigilância Sani-
tária (ANVISA) para execução de ações voltadas à regulação do mercado de medi-
camentos. Atua na assessoria e consultoria de projetos governamentais, com foco 
na implementação de políticas públicas de direitos difusos e coletivos. Integrou 
a equipe da Secretaria Nacional do Consumidor do Ministério da Justiça, atuando 
como Coordenadora de Orientações Técnicas em Defesa do Consumidor. Experiên-
cia na educação a distância de servidores públicos federais, estaduais e municipais 
em parceria com Escolas de Governo. Atuou como conteudista na elaboração de 
materiais de ensino técnico e universitário nas áreas de Direitos Difusos, Direito 
Constitucional, Direitos Humanos, Direito Penal e Ciências Sociais.
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Perícias e Peritos. Documentos médico-legais. Antropologia Médico-legal.
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MEDICINA LEGAL
Introdução
Antes de tratarmos dos meios periciais para solução de conflitos jurídicos, é 
importante entender o conceito de Medicina Legal ou Medicina Forense. A Medicina 
Legal atua em diversas áreas do Direito, e não somente nas ciências criminais; sua 
invocação é indispensável em diversos casos que envolvam o Direito de Família, o 
Direito Trabalhista, Civil, Previdenciário, Direito Desportivo, entre outros.
É uma ciência definida pela doutrina de diversas formas e por vários autores 
diferentes. Trago aqui para você a definição dada por Flamínio Fávero, médico e 
importante estudioso da matéria que entende a Medicina Legal como “a aplicação 
dos conhecimentos médico-biológicos na elaboração e execução das leis que deles 
carecem”. Delton Croce conceitua a Medicina Legal como “ciência e arte extrajurí-
dica auxiliar alicerçada em um conjunto de conhecimentos médicos, paramédicos 
e biológicos destinados a defender os direitos e os interesses dos homens e da 
sociedade”. Genival V. de França afirma que “é a Medicina a serviço das ciências 
jurídicas e sociais”. Outro grande conhecedor da disciplina, Professor Hélio Gomes, 
afirma que medicina legal “é o conjunto de conhecimentos médicos e paramédicos, 
destinados a servir ao Direito e cooperando na elaboração, auxiliando na interpre-
tação e colaborando na execução dos dispositivos legais no seu campo de ação de 
medicina aplicada”. Já para Ambroise Paré, Medicina Legal é “a arte de fazer rela-
tórios em juízo”.
Ao estudarmos os grandes conhecedores da Medicina Legal, extraímos o con-
ceito consolidado de que é uma ciência a serviço da justiça, auxiliando de forma 
técnico-científica questões de conflitos judiciais que envolvam áreas médicas.
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Perícias e Peritos. Documentos médico-legais. Antropologia Médico-legal.
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É importante ressaltar que a Medicina Legal atua desde a fecundação até os úl-
timos vestígios cadavéricos, e, como já dito anteriormente, é aplicada em diversas 
áreas do Direito, como, por exemplo:
•	 Direito Civil: mais comumente aplicada nas ações de reconhecimento de 
paternidade, contudo, diversos outros institutos do Direito Civil necessitam 
da interferência de peritos médico-legais para resolução do conflito, como o 
fenômeno da comoriência, impedimentos matrimoniais entre outros.
•	 Direito Penal: é bem verdade que no Direito Penal a perícia médico-legal 
é vastamente utilizada, como nos casos de lesões corporais, crimes sexuais, 
homicídios, infanticídios, embriaguez etc.
•	 Direito Processual: perícias, tratamento psicológico de testemunhas e outros.
•	 Direito Penitenciário: psicologia do detento em diversos pontos como nos 
casos do livramento condicional e da psicossexualidade das prisões;
•	 Direito do Trabalho: insalubridade, doenças e prevenção de acidentes;
•	 Direito dos Desportos: “doping”, análise de lesõesocorridas em disputas 
desportivas (culpa ou dolo).
Desse modo, evidencia-se que a Medicina Legal atua no esclarecimento de in-
contáveis fatos de interesse jurídico e, para tanto, utiliza-se da Antropologia (estu-
do da forma), Traumatologia (estudo do trauma), Asfixiologia (estudo das asfixias), 
Tanatologia (estudo da morte), Sexologia (crimes sexuais), Toxicologia (tóxicos e 
venenos), Infortunística (doenças profissionais e acidentes de trabalho), Psicologia 
Jurídica (psiquismo), Psiquiatria Forense (distúrbios mentais), Genética médico-le-
gal ou forense (herança genética).
É bom lembrar que o edital do concurso focou nos institutos da Antropolo-
gia Traumatologia, da Tanatologia, Sexologia, Toxicologia e ainda, alguns pontos 
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Perícias e Peritos. Documentos médico-legais. Antropologia Médico-legal.
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bastante importantes da Psicologia e Psiquiatria Forense, dessa forma, conforme 
expliquei logo acima, é importante seguir o conteúdo programático instituído pela 
banca, de modo que focaremos nossas 3 (três) aulas no conteúdo programático 
proposto pelo edital, ok?
Vamos lá! Na aula 1, trataremos dos assuntos relacionados às perícias e peritos, 
aos Documentos Legais e à Antropologia Médico-Legal.
Prepare-se para adentrar ao fantástico mundo da Medicina Forense!
1. Perícias e Peritos
1.1. Legislação sobre Perícias Médicas
Para iniciarmos o estudo sobre Medicina Legal, é indispensável o conhecimento 
da legislação que normatiza a atividade pericial no Brasil.
No campo nacional, as perícias médico-legais oficiais estão disciplinadas na Lei 
n. 12.030/2009, que dispõe sobre as perícias criminais.
Outro normativo que disciplina a atividade pericial é o Código de Processo Penal, 
que traz em diversos artigos a figura do perito. É importante, candidato(a), que 
você realize a leitura de todo o Código e que, para a nossa matéria, tenha na ponta 
da língua, principalmente os arts. 158 a 184 do CPP, que tratam do exame do corpo 
de delito e das perícias em geral.
A Lei n. 10.054/2000 versa sobre a Identidade Criminal, sendo também um 
importante diploma a ser estudado pelo(a) candidato(a), assim como a Resolu-
ção CFM n. 1.497/1998, Resolução n. 1.480/1997 (morte encefálica); Resolução 
CFM n. 1.617/2001 (Código de Processo Ético-profissional); Resolução CFM n. 
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1.779/2005 (normatiza o preenchimento da Declaração de óbito) e a Resolução 
CFM n. 1.826/2007 (suspensão de procedimentos na morte encefálica).
No decorrer do curso, irei apontar diversos artigos relacionados aos diplo-
mas acima descritos, demonstrando a importância do estudo dos artigos de lei 
na preparação para concurso.
1.2. Ética Médica e Pericial
Já avançamos bastante no que diz respeito à parte inicial do estudo sobre Me-
dicina Legal, mas ainda temos uma longa jornada que se tornará cada vez mais 
técnica e interessante.
Para adentrarmos às questões mais técnicas que envolvem a matéria, é impor-
tante o conhecimento a respeito do caráter ético que envolve a atividade pericial.
Como dito anteriormente, a perícia médico-legal é atividade legalmente atribuí-
da a profissional qualificado responsável pela produção de prova técnica em inqué-
ritos e/ou processos judiciais.
O exame pericial é realizado sob a égide de normas técnicas, científicas e jurídi-
cas, sendo a atividade oficial vinculada ao serviço público de oferta obrigatória pelo 
Estado e serve ao interesses das partes sob litígio.
A Resolução 1.497, de 8 de julho de 1998, do Conselho Federal de Medicina atri-
bui aos Estados a competência de fiscalizar os atos profissionais do médico desig-
nado como perito, de modo que, conforme preconizado na mencionada resolução, 
os Conselhos Regionais deverão:
Art. 1º Determinar que o médico nomeado perito, execute e cumpra o encargo, no 
prazo que lhe for determinado, mantendo-se sempre atento às suas responsabilidades 
ética, administrativa, penal e civil.
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Parágrafo único. O médico fará jus aos honorários decorrentes do serviço prestado.
Art. 2º O médico designado perito pode, todavia, nos temos do artigo 424 do Código de 
Processo Civil, escusar-se do encargo alegando motivo legítimo.
Art. 3º O descumprimento da presente Resolução configura infração ética, sujeita a 
ação disciplinar pelos respectivos Conselhos Regionais de Medicina.
Desse modo, o perito médico-legal oficial é um agente público em sua ori-
gem, e o perito médico-legal nomeado é considerado agente público transitório, 
tendo em vista que ambos estão sujeitos aos princípios constitucionais e admi-
nistrativos inerentes às atividades públicas e ainda às obrigações advindas do 
exercício da profissão.
O perito médico-legal deve observar, na execução de suas atividades, os princí-
pios da legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade, da razoabilidade e da 
supremacia do interesse público.
Além das atribuições concernentes aos agentes públicos em geral, os profissio-
nais peritos médicos devem conhecer e respeitar os preceitos estabelecidos pelo 
Código de Ética Médica que consigna normas que devem ser seguidas pelos médi-
cos no exercício de sua profissão, inclusive pelos profissionais no exercício de ati-
vidades que se utilizem o conhecimento advindo do estudo da Medicina, como é o 
caso das perícias médicas.
O Código de Ética Médica, aprovado pelo Conselho Federal de Medicina, por 
meio da Resolução CFM n. 1931/2009, preconiza, entre outras normas, as veda-
ções impostas ao médico perito:
CAPÍTULO XI
AUDITORIA E PERÍCIA MÉDICA
É vedado ao médico:
Art. 92. Assinar laudos periciais, auditoriais ou de verificação médico-legal quando não 
tenha realizado pessoalmente o exame.
Art. 93. Ser perito ou auditor do próprio paciente, de pessoa de sua família ou de qual-
quer outra com a qual tenha relações capazes de influir em seu trabalho ou de empresa 
em que atue ou tenha atuado.
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Art. 94. Intervir, quando em função de auditor, assistente técnico ou perito, nos atos 
profissionais de outro médico, ou fazer qualquer apreciação em presença do examinado, 
reservando suas observações para o relatório.
Art. 95. Realizar exames médico-periciais de corpo de delito em seres humanos no in-
terior de prédios ou de dependências de delegacias de polícia, unidades militares, casas 
de detenção e presídios.Art. 96. Receber remuneração ou gratificação por valores vinculados à glosa ou ao su-
cesso da causa, quando na função de perito ou de auditor.
Art. 97. Autorizar, vetar, bem como modificar, quando na função de auditor ou de peri-
to, procedimentos propedêuticos ou terapêuticos instituídos, salvo, no último caso, em 
situações de urgência, emergência ou iminente perigo de morte do paciente, comuni-
cando, por escrito, o fato ao médico assistente.
Art. 98. Deixar de atuar com absoluta isenção quando designado para servir como 
perito ou como auditor, bem como ultrapassar os limites de suas atribuições e de sua 
competência.
Parágrafo único. O médico tem direito a justa remuneração pela realização do exame pericial.
A exclusão dos pressupostos éticos na realização da atividade pericial com-
promete a confiança do documento técnico. O documento pericial deve trazer ao 
processo conteúdo técnico isento, com argumentos científicos capazes de atingir o 
objetivo de auxiliar no esclarecimento de fato de interesse legal.
O médico-legista deve observar todo os normativos preconizados pelo Código de 
Ética, desse modo, é comum que as provas de concurso tragam a literalidade dos 
artigos, devendo ser prioridade do(a) candidato(a) a leitura de todos os Capítulos 
inerentes ao Código de Ética Médica.
Vejamos como a Banca já aplicou esse assunto nas provas de concurso.
(2013/FUMARC/PC-MG) Conforme preceitua o Código de Ética Médica, capítulo V, é 
vedado ao médico, EXCETO:
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a) Deixar de usar todos os meios disponíveis de diagnóstico e tratamento, cientifi-
camente reconhecidos e a seu alcance, em favor do paciente.
b) Desrespeitar o direito do paciente ou de seu representante legal de decidir livre-
mente sobre a execução de práticas diagnósticas ou terapêuticas, mesmo em caso 
de iminente risco de morte.
c) Opor-se à realização de junta médica ou à segunda opinião solicitada pelo pa-
ciente ou por seu representante legal.
d) Abreviar a vida do paciente, ainda que a pedido deste ou de seu representante legal.
Letra b.
A Fumarc utiliza na elaboração de questões os famosos peguinhas para testar a 
atenção do candidato(a). Nesse caso a banca transcreveu a literalidade dos artigos 
32 (alternativa “a”), 39 (alternativa “c”) e 41 (alternativa “d”) do Código de Ética 
e alterou o final do texto do art. 31, “Desrespeitar o direito do paciente ou de seu 
representante legal de decidir livremente sobre a execução de práticas diagnósticas 
ou terapêuticas, salvo em caso de iminente risco de morte”, o que tornou alter-
nativa B a correta para o gabarito.
1.3. Perícias Médico-Legais
O Termo Perícia vem do latim peritia, que quer dizer habilidade, experiência, 
daí entende-se que perícia é a atividade técnica realizada no sentido de verificar 
situações, buscando esclarecer um fato de interesse legal. A atividade pericial será 
sempre executada por especialista técnico ou douto em determinado assunto
Para nós, interessa quando o fato de relevância legal diz respeito à saúde ou à 
vida, pois são nesses casos que se invoca a chamada perícia médico-legal, realiza-
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da por peritos oficiais, portadores de diploma de curso superior. É importante que 
você saiba que na falta dos peritos oficiais, excepcionalmente, o exame poderá ser 
realizado por dois profissionais idôneos, portadores de diploma de curso superior, 
preferencialmente na área técnica relacionada à natureza da atividade.
As perícias médico-legais podem ser realizadas em seres humanos vivos, mor-
tos (necroscópico), cadáver já enterrado (exumação), laboratoriais, animais pre-
sentes na cena do crime, em objetos e também sobre documentos ou quaisquer 
outros elementos que se refiram ou que guardem relação com a efetividade do 
exame, além disso, podem ocorrer sobre o fato a analisar (peritia percipiend) ou 
sobre uma perícia já realizada (perícia deducendi).
Vamos ver com a banca se comporta na abordagem desse tema:
(2013/FUMARC/PC-MG) É correto afirmar, EXCETO em:
a) Perícia percipiendi é aquela em que o perito é chamado para conferir, técnica e 
cientificamente, um fato sob a ótica quantitativa e qualitativa.
b) A perícia, segundo seu modo de realizar-se, pode ser sobre o fato a analisar 
(pericia deducendi) ou sobre uma perícia já realizada (pericia percipiendi).
c) Perícia deducendi é a análise feita sobre fatos pretéritos com relação àqueles 
sobre os quais possa existir contestação ou discordância das partes ou do julgador.
d) Define-se perícia médico-legal como um conjunto de procedimentos médicos e 
técnicos que tem como finalidade o esclarecimento de um fato de interesse da justiça.
Letra b.
Nessa questão a banca quis examinar se o candidato estava atento e somente alte-
rou a ordem das respostas, elencando os conceitos corretos aos termos incorretos. 
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Fique atento(a)!
A atividade pericial é regulada pelo Código de Processo Penal e ainda pela Lei n. 
12.030/2009. Como já dito anteriormente, é muito importante que você, candida-
to(a), leia, releia e entenda os artigos preconizados nesses dois diplomas legais, 
lembrando que a letra da lei é bastante abordada em questões de concurso.
Nesse sentido e buscando demonstrar a função das perícias médicas, podemos 
afirmar que essa atividade busca a definição do nexo de causalidade, principalmen-
te, entre:
•	 a doença e a morte;
•	 a lesão e a morte;
•	 a doença ou sequela e a incapacidade ou invalidez física e/ou mental;
•	 o acidente e a lesão; e
•	 a doença e a atividade laboral.
Não podemos deixar de mencionar que a perícia é atividade de apoio às investi-
gações a cargo das polícias técnicas, o que faz de você, candidato(a), um parceiro 
em potencial.
Pois bem, acredito que começamos bem nossa aula! Já adquirimos um vasto 
conhecimento sobre Medicina Legal, tanto em seu caráter conceitual quanto em 
seu caráter técnico. Percebermos que a perícia é atividade essencial para o escla-
recimento de fato de interesse legal e, sendo assim, é considerada como meio de 
prova.
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Nesse sentido, o exame pericial deve ser obrigatoriamente pautado em normas 
técnicas, científicas e jurídicas, uma vez que seu objetivo maior é auxiliar a Justiça 
e esclarecer fatos obscurospara o julgador.
É importante ainda lembrar que mesmo que não exista vinculação na tomada 
de decisão do juiz, o exame de corpo de delito é indispensável, não podendo ser 
suprido pela confissão do acusado.
Agora vamos treinar um pouco o conteúdo aprendido.
(2018/INSTITUTO AOCP/ITEP-RN) Assinale a alternativa que NÃO apresenta uma 
finalidade do levantamento de local de crime.
a) Buscar e reconhecer vestígios e elementos com potencial interesse para a pro-
dução da prova pericial.
b) Perpetuar a situação em que se encontrava o local, os vestígios e suas posições 
relativas, a fim de que possam, em qualquer tempo, serem exibidos como prova.
c) Registrar, sempre que possível, o local para permitir a instrução do laudo peri-
cial com fotografias, desenhos ou esquemas elucidativos.
d) Fotografar os cadáveres na posição em que forem encontrados, bem como, na 
medida do possível, todas as lesões externas e vestígios deixados no local do crime.
e) Levar a termo as declarações das testemunhas em procedimento de interroga-
tório, constituído por duas partes: sobre a pessoa do acusado e sobre os fatos.
Letra e.
A oitiva de testemunhas em procedimento de interrogatório é competência da 
autoridade policial, e não do perito, conforme preconiza o art. 6º do Código de 
Processo Penal.
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1.4. Corpo de Delito
É comum ouvir dizer: “Fulano foi agredido e vai fazer corpo de delito”, “Beltrano 
morreu e o levaram para fazer corpo de delito”.
Pois bem, levando em consideração a lógica advinda da palavra “corpo”, é fácil 
associar o exame de corpo de delito ao corpo da pessoa humana, contudo, esse 
exame vai além.
Corpo de delito é o conjunto de vestígios deixados quando do cometimento da 
infração penal (Costa Filho, 2010). Quais são esses vestígios? Resíduos, fragmen-
tos, pegadas, sangue, impressões digitais, ou seja, uma gama de elementos que 
podem levantar a materialidade da produção do crime.
Sobre o termo, devemos tecer algumas considerações no que diz respeito às 
diferenças entre “corpo de delito” e “exame de corpo de delito”. A doutrina afirma 
que Corpo de Delito é a materialidade do crime e Exame de Corpo de Delito é 
a perícia que se faz para apontar a referida materialidade. Essa diferença apontada 
cria uma certa confusão no(a) candidato(a) no momento de responder a prova.
Para que essa dúvida não o(a) incomode, proponho que você tenha em mente 
que o perito realiza Exame de Corpo de Delito com a finalidade de constatar e 
interpretar todos os vestígios envolvidos no delito, sejam eles diretos ou indiretos, 
desse modo, você não cairá em possível pegadinha da banca examinadora.
•	 Delito Direto: aquele realizado diretamente por meio dos vestígios produzi-
dos para execução da infração.
•	 Delito Indireto: realizado por meio de documentos e/ou testemunhas, quan-
do não existem vestígios a serem examinados.
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Caso o delito apresente caráter transitório e não havendo a incidência de vestígios, 
será admitida prova testemunhal, contudo, quando a infração deixar vestígios, será 
indispensável o exame de corpo de delito, direto ou indireto, não sendo suprido 
pela confissão do réu. (CPP, art. 158).
Em caso de lesões corporais, se o primeiro exame pericial tiver sido incompleto, 
proceder-se-á a exame complementar por determinação da autoridade policial ou 
judiciária, de ofício ou a requerimento do Ministério Público, do ofendido, do acusa-
do ou de seu defensor (CPP, art. 168).
Vamos ver como outras bancas, além da FUMARC, abordam esse tema.
(IBFC/2013/MPF-SP) O exame de corpo de delito realizado pela Polícia Técnico-
-Científica:
a) é feito somente na região corporal indicada pela vítima.
b) pode ser feito em uma caneta.
c) é feito somente na pessoa viva.
d) é feito somente em pessoas
e) deve ser realizado por dois peritos oficiais.
Letra b.
Corpo de delito é o conjunto de vestígios deixados quando do cometimento da in-
fração penal. O exame pode ser realizado, por apenas um perito judicial oficial, em 
seres humanos vivos ou mortos, em animais ou em objetos.
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(FUNIVERSA/2015/SPTC-GO) O exame de corpo de delito complementar será realizado
a) 30 dias após a realização do primeiro exame.
b) 30 dias após a data da agressão sofrida pela vítima.
c) 60 dias após a agressão, quando a lesão for deformante.
d) quando o médico-legista determinar no primeiro exame.
e) por determinação da autoridade judiciária nos casos de inexistência de vestígios 
para a comprovação de um delito.
Letra b.
O Art. 168, § 2º, do Código de Processo Penal estipula que em caso de lesões cor-
porais, se o primeiro exame pericial tiver sido incompleto, proceder-se-á a exame 
complementar por determinação da autoridade policial ou judiciária, de ofício, ou a 
requerimento do Ministério Público, do ofendido ou do acusado, ou de seu defensor 
e deverá ser feito logo que decorra o prazo de 30 dias, contado da data do crime.
(CESPE/2009/PC-BA) O exame de corpo de delito direto é feito a partir da análise
a) dos depoimentos prestados pelas testemunhas em juízo.
b) dos elementos físicos ou materiais do crime.
c) de documentos que possibilitem um conhecimento técnico por dedução.
d) de fichas clínicas do hospital que atendeu a vítima.
e) dos depoimentos prestados pela vítima.
Letra b.
Exame de corpo de delito direto é aquele realizado diretamente através dos vestí-
gios produzidos para execução da infração.
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(FUNIVERSA/2010/SECTEC) Quais são as classes de peritos oficiais incluídas nas 
modalidades de exames de corpo de delito?
a) perito médico-legista e assistente técnico criminal
b) perito criminal e odontolegista criminal
c) perito médico-legista e antropologista criminal
d) perito judicial e perito criminal
e) perito médico-legista e perito criminal
Letra e.
Segundo o art. 5º da Lei n. 12.030/2009 “são peritos de natureza criminal os peritos 
criminais, peritos médico-legistas e peritos odontolegistas”. Sendo assim, os peritos 
oficiais são os descritos na lei e a alternativa restringe o rol. Correta, porém incompleta.
1.5. Peritos
Entende-se como peritos aqueles especialistas técnicos ou o profissionais dou-
tos em certos assuntos, que possuem a função de auxiliar a justiçano esclareci-
mento de fato delituoso. São classificados em:
•	 Perito oficial: os peritos oficiais são investidos no cargo mediante concurso 
público, em que prestam compromisso com a verdade na emissão de seus 
laudos no momento da investidura do cargo.
•	 Peritos nomeados, designados ou ad hoc: na falta de perito oficial, o 
exame será realizado por 2 (duas) pessoas idôneas, portadoras de diploma 
de curso superior preferencialmente na área específica, dentre as que tiverem 
habilitação técnica relacionada com a natureza do exame, que prestam com-
promisso com a verdade a cada perícia que realizam.
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Olha só como a banca já abordou esse assunto:
(2011/FUMARC/PC-MG) Sobre a prova pericial é INCORRETO afirmar:
a) O exame de corpo de delito deverá ser assinado por 2 (dois) peritos oficiais, 
portadores de diploma de curso superior.
b) O exame de corpo de delito poderá ser realizado qualquer dia e horário, inclu-
sive aos domingos.
c) A autópsia será realizada, em regra, 6 (seis) horas após o óbito.
d) Nas perícias de laboratório, os peritos guardarão material suficiente para a 
eventualidade de nova perícia.
Letra a.
Art. 150, § 1º, do CPP: Na falta de perito oficial, o exame será realizado por 2 
(duas) pessoas idôneas, portadoras de diploma de curso superior preferencialmen-
te na área específica, dentre as que tiverem habilitação técnica relacionada com a 
natureza do exame. Quanto ao perito oficial, é necessário apenas um.
Existe ainda a figura do assistente técnico, sua função é a de acompanhar o 
perito oficial quando solicitado para atender os interesses das partes, seus custos 
cabem exclusivamente ao demandante
Os peritos, ainda quando não oficiais, estarão sujeitos à disciplina judiciária e a eles 
é assegurada autonomia técnica, cabendo ao profissional escolher a melhor técnica 
empregada no caso, conforme preconizado no art. 2º da Lei n. 12.030/2009.
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O exame de corpo de delito e outras perícias serão realizados por perito ofi-
cial, de modo que o profissional realizará os exames necessários e emitirá laudo 
pericial contendo, minuciosamente, os dados do que examinou e as respostas 
aos quesitos formulados. A elaboração desse documento deverá ser realizada 
no prazo de 10 (dez) dias, podendo ser prorrogada, em casos excepcionais, a 
requerimento do profissional.
Caso seja identificado que na elaboração do laudo pericial não houve a obser-
vância de algumas formalidades ou que o documento apresenta indícios de obscuri-
dade, omissão ou contradição, o juiz mandará suprir a formalidade, complementar 
ou esclarecer o laudo. E ainda poderá ordenar que se proceda a novo exame, por 
outros peritos, se julgar conveniente (CPP, art. 181).
Ressalta-se que os peritos nomeados, chamados a juízo, poderão recusar o 
convite, contudo, os peritos oficiais deverão apresentar justificativa para a re-
cusa nos moldes do art. 468 do Código de Processo Civil e art. 277 do Código 
de Processo Penal.
Art. 468. O perito pode ser substituído quando:
I – faltar-lhe conhecimento técnico ou científico;
II – sem motivo legítimo, deixar de cumprir o encargo no prazo que lhe foi assinado.
Art. 277. O perito nomeado pela autoridade será obrigado a aceitar o encargo, sob 
pena de multa de cem a quinhentos mil réis, salvo escusa atendível.
Parágrafo único. Incorrerá na mesma multa o perito que, sem justa causa, provada 
imediatamente:
a) deixar de acudir à intimação ou ao chamado da autoridade;
b) não comparecer no dia e local designados para o exame;
c) não der o laudo, ou concorrer para que a perícia não seja feita, nos prazos estabelecidos.
Nos casos em que se não houver justificativa relevante para o não compareci-
mento do perito é possível que seja determinada pelo juízo sua condução coerciti-
va, nos moldes do art. 278, também do Código de Processo Penal.
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Art. 278. No caso de não comparecimento do perito, sem justa causa, a autoridade 
poderá de terminar a sua condução.
1.5.1. Impedimentos dos Peritos
Os impedimentos atribuídos aos profissionais da atividade pericial encontram-se 
consignados no art. 279 e 280 do Código de Processo Penal, sendo que os casos 
de impedimento previstos atingem a figura do perito oficial e do perito nomeado.
Não poderão ser peritos: i) os que estiverem sujeitos à interdição de direito 
mencionada nos incisos I e IV do art. 69 do Código Penal; ii) os que tiverem pres-
tado depoimento no processo ou opinado anteriormente sobre o objeto da perícia; 
iii) os analfabetos e os menores de 21 anos; e iv) é extensivo aos peritos, no que 
lhes for aplicável, o disposto sobre suspeição dos juízes.
(FUNCAB/2016/PC-PA) No que diz respeito às perícias e aos peritos é correto afirmar que:
a) os peritos podem ser responsabilizados criminalmente por atos no exercício da função.
b) o Delegado de Polícia não pode requisitar uma perícia médico-legal.
c) não pode ser realizada perícia em objetos falsificados.
d) os peritos estão isentos de responsabilidade civil decorrente de dolo ou culpa.
e) armas de fogo com numeração suprimida, raspada ou adulterada são isentas de perícia.
Letra a.
O perito, ainda quando não oficial, estará sujeito à disciplina judiciária.
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(FCC/2017/POLITEC) O Perito Médico-legista possui os mesmo impedimentos e 
suspeições que os juízes no âmbito criminal. Em relação aos impedimentos e sus-
peições a que está sujeito, o Perito:
a) pode realizar o exame sexológico caso a vítima seja sua irmã.
b) deve realizar todas as perícias requisitadas durante seu plantão, devendo se ma-
nifestar a respeito de impedimento quando for questionado em segunda instância.
c) deve se declarar suspeito caso seja amigo íntimo do acusado pelo crime.
d) pode realizar o exame de corpo de delito em parentes de terceiro grau.
e) não deve realizar exame de lesão corporal se a vítima residir em um raio menor 
que 10 km de sua própria residência.
Letra c.
O art. 280 do CPP estabelece que é extensivo aos peritos, no que lhes for aplicável, 
o disposto sobre suspeição dos juízes.
Art. 254. O juiz dar-se-á por suspeito, e, se não o fizer, poderá ser recusado por qual-
quer das partes:
I – se for amigo íntimo ou inimigo capital de qualquer deles;
II – se ele,seu cônjuge, ascendente ou descendente, estiver respondendo a processo 
por fato análogo, sobre cujo caráter criminoso haja controvérsia;
III – se ele, seu cônjuge, ou parente, consanguíneo, ou afim, até o terceiro grau, inclu-
sive, sustentar demanda ou responder a processo que tenha de ser julgado por qualquer 
das partes;
IV – se tiver aconselhado qualquer das partes;
V – se for credor ou devedor, tutor ou curador, de qualquer das partes;
VI – se for sócio, acionista ou administrador de sociedade interessada no processo.
(FUNIVERSA/2015/SEGPLAN-GO) Com relação aos conceitos de perícia e de perito, 
bem como à normatização estabelecida no CPP, assinale a alternativa correta.
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a) Quando uma infração deixa vestígios, é necessário o exame de corpo de delito, 
ou seja, a comprovação dos vestígios materiais por ela deixados torna-se indispen-
sável; a prova testemunhal não pode ser considerada uma alternativa aos vestígios 
não periciados ou àqueles que se perderam com o decorrer do tempo.
b) Perito é um auxiliar da justiça, devidamente compromissado, estranho às par-
tes, portador de conhecimento técnico altamente especializado e sem impedimen-
tos para atuar no processo.
c) A confissão do acusado pode suprir o exame de corpo de delito nos crimes que 
deixam vestígios.
d) Chama-se de corpo de delito direto o realizado pelos peritos sobre os vestígios 
de infração existentes, e de corpo de delito indireto quando, não existindo esses 
vestígios materiais, a prova é suprida pela confissão do acusado.
e) O exame de corpo de delito pode ser solicitado diretamente ao órgão responsá-
vel pela perícia pelo advogado procurador da parte interessada.
Letra b.
Conforme explanado nos tópicos 1.1 e 1.1.2, os peritos são aqueles técnicos em 
certos assuntos, que possuem a função de auxiliar a justiça no esclarecimento de 
fato delituoso e que não estejam impedidos legalmente para exercer o trabalho.
2. Documentos Legais
A doutrina especifica como documento legal as notificações, os pareceres, os 
atestados e os relatórios.
2.1. Notificações
É bem verdade que o médico deve comunicar às autoridades qualquer situação 
estranha que ocorra no meio médico, entretanto, a lei determina que o médico co-
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munique às autoridades competentes, por meio de notificações, fatos profissionais 
de caráter social ou sanitário como acidente de trabalho, crimes de ação pública, 
doenças infectocontagiosas, sob pena de incorrerem no crime tipificado pelo art. 
269 do Código Penal:
Art. 269. Deixar o médico de denunciar a autoridade pública, doença de notifi-
cação compulsória.
Algumas são as situações que envolvem notificações compulsórias como:
i) doenças, agravos e eventos em saúde pública constantes da Portaria n. 
104 de 25/11/2011, do Ministério da Saúde;
ii) os crimes de ação penal pública incondicionada cujo o conhecimento se 
deu em função do exercício da medicina;
iii) comunicação de lesão ou morte causada por atuação de não médico;
iv) esterilização cirúrgica; e
v) diagnóstico de morte encefálica, independentemente de autorização da 
família para a doação de órgãos.
As notificações compulsórias auxiliam o poder público na avaliação de impacto e 
na adoção de medidas concernentes ao planejamento em questão de saúde públi-
ca, além da definição de prioridades de intervenção (Bittar, 2017).
2.2. Pareceres Médico-Legais
É o documento legal expedido por profissional de renome com o objetivo de 
dirimir dúvidas interpretativas relacionados a laudos periciais. É um documento 
normalmente solicitado por uma das partes no processo e possui quatro partes: 
preâmbulo, exposição de motivos, discussão e conclusão.
O art. 159, parágrafo 5, inciso ii, do Código de Processo Penal apresenta a 
figura do parecer médico-legal quando determina que durante o curso do pro-
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cesso judicial é permitido às partes, quanto à perícia, indicar assistentes téc-
nicos que poderão apresentar pareceres em prazo a ser fixado pelo juiz ou ser 
inquiridos em audiência.
2.3. Atestados
a) Atestado médico
É a declaração objetiva e resumida de determinado fato médico, resultante de 
avaliação prévia realizado no paciente, com o objetivo de informar um estado de 
sanidade ou de doença para fins de licença, dispensa entre outros, devendo ser 
emitido em papel timbrado ou no próprio receituário médico e pode ser oficioso 
(interesses particulares), administrativos (concessão de licença, aposentadoria, va-
cinas) e judiciário (requisitado pelo juiz).
Para que tenha validade, o atestado deve ser emitido carimbado, assinado pelo 
médico e com número de registro no Conselho Regional de Medicina.
b) Atestado de óbito
Na verdade, o atestado de óbito é um termo utilizado para a Declaração de óbito 
emitida pelo médico e tem a função legal precípua de marcar o fim da pessoa na-
tural. É indispensável para o assentamento do óbito junto ao Cartório de Registro 
Civil e, consequentemente, o sepultamento ou cremação.
2.4. Relatório Médico-Legal
O relatório médico-legal anda junto com a perícia. É a descrição detalhada das 
atividades periciais, ou seja, é o chamado laudo, quando realizado por perito, e 
auto, quando ditado por escrivão.
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É documento composto por preâmbulo, quesitos, histórico, descrição, discus-
são, conclusão e as respostas aos quesitos.
É importante que nenhum quesito fique sem resposta e que as respostas não 
apresentem a opinião dos peritos. Os quesitos devem ser respondidos de forma ob-
jetiva com termos como: “sim”, “não”, “aguardar”, “sem elementos” e “prejudicado”.
A descrição é a parte mais importante do relatório, é nela que se materializa o 
princípio do “visum et repertum” (ver e reportar). É nessa parte do relatório que o 
perito analisa e descreve todo o fato e o objeto analisado, de forma objetiva.
3. Quesitos Oficiais
Conforme mencionado acima, é importante que o relatório médico-legal apre-
sente os quesitos respondidos pelo perito.
É importante que o candidato(a) tenha conhecimento que os quesitos apresen-
tados para o juízo criminal se apresentam de dois tipos: os Oficias e os Comple-
mentares ou Suplementares.
Os Quesitos Complementares podem ser formulados pelo Ministério Público,pelo assistente de acusação, pelo acusado, pelo querelante e pelo ofendido, com 
a intenção de esclarecer dados do crime no inquérito ou até mesmo no processo 
judicial.
Já os quesitos oficiais são instituídos por lei Estadual. 
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A resposta aos quesitos é condição obrigatória do perito, imposta pelo art. 160 do 
Código de Processo Penal.
Para responder aos quesitos, o profissional deve observar alguns critérios esta-
belecidos para que as respostas sejam proferidas no sentido de evitar ao máximo 
dúvidas quanto à questão suscitada.
•	 Monossilábica: Sim ou Não nos casos em que somente caibam respostas mo-
nossilábicas. Ex.: Houve a Morte?
•	 Justificada: os quesitos que necessitam de justificativa devem vir precedidos 
da observação “(resposta justificada)”.
•	 Especificada: são casos de quesitos que envolvam várias perguntas e pergun-
tas complexas, devendo o perito especificar qual item refere-se a resposta.
•	 Evasivas: quando do exame não se extrai uma resposta conclusiva, o perito 
utiliza o termo “sem elementos”, uma vez que não se pode negar ou afirmar 
o conteúdo do quesito.
•	 Prejudicadas: quando a resposta ao quesito se apresenta impossível ou por a 
afirmação ser falsa ou porque a pergunta não se aplica.
(IESES/2017/IGP-SC) Com relação aos documentos médico-legais:
a) O relatório médico-legal lavrado pelos peritos oficiais após suas investigações 
chama-se parecer médico-legal.
b) Atestado médico oficioso é aquele usado para justificar situações menos formais, 
dado sob o interesse de uma pessoa física ou jurídica de direito privado; exemplo 
prático é o atestado para justificar ausência a atividades de educação física.
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c) Quando o relatório médico-legal for ditado diretamente ao escrivão e diante de 
testemunhas terá o nome de laudo médico-legal.
d) A comunicação compulsória de um fato profissional que é feita pelo médico à 
autoridade competente é denominada de certificado médico.
Letra b.
O atestado oficioso é aquele emitido para interesses particulares.
Essa questão abordou todos os pontos comentados na aula, então está bem tran-
quila para responder.
a) Errada. Relatório médico lavrado pelos peritos oficiais chama-se “laudo”.
c) Errada. Olha o relatório médico aí de novo! No caso dessa alternativa, a banca 
trocou os termos, sendo que o termo correto é “auto” para relatórios emitidos por 
escrivão, o “laudo médico-legal” é emitido pelo perito.
d) Errada. A comunicação compulsória de um fato profissional que é feita pelo 
médico à autoridade competente é denominada de “notificação compulsória”.
(CESPE/2018/PC-MA) Acerca de documentos médico-legais, assinale a opção correta.
a) O parecer médico-legal não prioriza o valor científico e a técnica médico-legal, 
pois considera mais relevante a opinião do especialista.
b) O atestado oficioso é emitido para pessoa física ou jurídica de direito privado 
quando a formalidade não é plenamente exigida.
c) O parecer médico-legal contém todas as partes de um relatório médico-legal, 
exceto a discussão.
d) Na discussão do relatório médico-legal, não se devem analisar as hipóteses para 
evitar conflitos entre as opiniões dos peritos.
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e) O relatório médico-legal é o resumo de uma perícia médica solicitado por um 
juiz a fim de esclarecer fatos de interesse da justiça.
Letra b.
São espécies de atestados médicos: i) administrativo (quando serve ao interesse 
do serviço ou do servidor público); ii) judiciário (quando por solicitação da adminis-
tração da justiça); e oficioso (quando dado no interesse das pessoas física ou jurí-
dica de direito privado, como para justificar situações menos formais em ausência 
das aulas ou para dispensar alunos da prática da educação física).
(FCC/2017/POLITEC-AP) No seu campo de atuação, o Perito Médico-legista está dire-
tamente envolvido na elaboração e análise de documentos médico-legais, sendo que
a) a descrição é a parte mais eloquente e importante do laudo médico-legal.
b) a notificação é a comunicação compulsória que o médico deve fazer à autorida-
de sanitária ao atender embriagados ou drogadictos.
c) o atestado gracioso pode ser concedido pelo Perito Médico-legista em caso de 
violência sexual.
d) o histórico não é parte integrante do laudo médico-legal por ter sido relatado 
por uma das partes envolvidas.
e) o principal trecho do parecer médico-legal é a resposta aos quesitos, visto que 
contém todo o conteúdo do documento de forma objetiva.
Letra a.
O laudo médico-legal é uma espécie de Relatório. O Relatório é o documento médi-
co-legal mais importante, ele é a descrição minuciosa de uma perícia médica a fim 
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de auxiliar a autoridade judicial ou policial. Ele é composto por 7 partes: Preâmbu-
lo; Quesitos; Histórico (o médico não tem responsabilidade sobre a veracidade das 
informações aqui prestadas, pois ele narra o que ele lhe foi contado pela vítima ou 
outra pessoa); Descrição (é a parte mais importante do relatório, pois nela está 
consagrado o Princípio que rege as perícias médicas “visum et repertum” – ver e 
reportar, os peritos devem analisar e descrever o que viram.); Discussão; Conclu-
são; e Resposta aos Quesitos.
b) Errada. A Notificação é a comunicação compulsória, entretanto, pessoas dro-
gadas ou alcoolizadas não estão em condições para a comunicação compulsória. 
A notificação compulsória é realizada nos casos de doenças infectocontagiosas, 
doenças no trabalho, morte encefálica (pois serve para notificar que poderá haver 
transplante). Também há notificação compulsória nos casos de violência contra a 
mulher e crimes contra as crianças e idosos, em que haja suspeita de maus-tratos.
c) Errada. O atestado gracioso é antiético. O médico presta um favor a outrem 
emitindo um atestado.
d) Errada. O histórico, apesar de ser relatado por uma das partes, é parte inte-
grante dos Relatórios (que podem ser de duas espécies: laudo e auto), entretanto, 
o médico não tem responsabilidade sobre a veracidade dos fatos ali contidos.
e) Errada. O parecer médico-legal é o documento que busca esclarecer divergên-
cias quanto à interpretação da perícia. Esse esclarecimento é prestado por outro 
especialista, que não tenha participadoda perícia oficial. Assim, é nomeado um 
perito ou um professor com competência inquestionável para realizar tal esclare-
cimento. É composto por 4 partes: preâmbulo, exposição de motivos, discussão e 
conclusão. As partes mais importantes do Parecer são: discussão e conclusão, pois 
na discussão o perito vai narrar a sua opinião técnica, e na conclusão fará a síntese 
do diagnóstico, esclarecendo o que gera dúvida.
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(IESES/2017/IGP-SC) Considerando-se os documentos médico-legais e as perícias 
em geral, julgue os itens a seguir, assinalando a alternativa correta:
I – Via de regra, nas ações penais o laudo médico-legal não é documento sigiloso.
II – No caso de uma infração penal deixar vestígios, será absolutamente in-
dispensável o exame de corpo de delito, não podendo supri-lo nem mes-
mo a confissão do acusado.
III – Ao Ministério Público, ao ofendido, ao querelante, ao acusado e ao assis-
tente de acusação serão facultadas a elaboração de quesitos e a indicação 
de assistente técnico.
a) Todos os itens estão corretos.
b) Somente o item I está correto.
c) Somente os itens II e III estão corretos.
d) Nenhum item está correto.
Letra a.
I – Certo. Conforme vimos acima, o laudo médico é peça pública, podendo ser 
decretado segredo de justiça caso a autoridade policial entenda que sua divulgação 
poderá prejudicar o andamento da investigação.
II – Certo. Vimos essa também! Será indispensável o exame de corpo de delito, 
de modo que nem mesmo a confissão do acusado poderá supri-lo.
III – Certo. Corretíssima, essa resposta é a literalidade do artigo 159, § 3º, do 
CPP. Viu como é importante a leitura da lei?
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4. Antropologia Médico-Legal
A Antropologia Médico-Legal é o ramo da medicina legal que estuda a identidade 
e a identificação através dos restos mortais, sejam eles humanos ou de animais.
Caro(a) aluno(a), é por meio da Antropologia Médico-Legal que consegui-
mos realizar a identificação de informações importantes com relação ao gênero, 
estatura, etnia, idade, ou seja, identificar a individualização de cada pessoa 
dentro de um grupo.
Para tanto, a Antropologia Forense desenvolve algumas atividades objetivando 
a individualização:
Cranotanatognose:
Busca conhecer o intervalo de tempo volvido após a morte. Para identificação de 
óbitos mais recentes, comumente são utilizadas a temperatura corpórea, a presen-
ça e fixação de livores hipostáticos e a rigidez cadavérica. Na identificação de óbitos 
não recentes, são verificadas, principalmente, as fases de putrefação do corpo.
Identificação humana:
•	 Genérica: busca determinar a espécie do material biológico examinado, se é 
humano ou animal.
•	 Específica: a idade pode ser estimada por meio da análise de centros de os-
sificação, da sínfise pubiana, da contagem de osteócitos e da mineralização e 
erupção dos dentes. A partir da puberdade e por meio da morfologia óssea da 
pelve e do crânio, pode-se estabelecer o gênero do indivíduo. A estatura por 
meio da medida dos ossos, e a etnia por meio das medidas antropométricas 
(estudo das medidas e dimensões das diversas partes do corpo humano), 
ainda que comum a miscigenação.
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•	 Individual: busca determinar a identidade do cadáver por meio da compa-
ração de dados de provável indivíduo com os da ossada.
Verifica-se, portanto, que antropologia busca, por meio de pesquisas específi-
cas envolvendo conhecimentos científicos, reconhecer a identidade antropológica 
(pela antropometria) e a identidade civil através de informações peculiares e imu-
táveis que caracterizam cada indivíduo, como, por exemplo, a arcada dentária, o 
DNA, íris e a papiloscopia (digital).
4.1. Identidade e Identificação
Pois bem, candidato(a), como a Antropologia Forense ou Antropologia Médico-
-Legal é o estudo da identidade e identificação, nada mais justo que eu te apresen-
te os conceitos, diferenças e os princípios que participam das atividades inerentes 
à matéria.
A identidade relaciona-se às características físicas, psíquicas e funcionais que 
individualizam os indivíduos; essas características intrínsecas podem ser originá-
rias do ser humano ou adquiridas com o tempo.
Os tipos de identidade podem ser apresentados como subjetivos e objetivos. 
O tipo objetivo é aquela identidade fornecida pelos caracteres físicos, funcionais e 
psicológicos, e o tipo subjetivo é a maneira de ser de cada indivíduo.
Já a identificação é um conjunto de procedimentos adotados para se estabele-
cer a identidade da pessoa, que não se confunde com o reconhecimento, uma vez 
que neste ocorre uma comparação, e naquela a identidade se materializa de forma 
objetiva e inequívoca.
Os métodos de identificação, ainda que classificados pela doutrina como simples 
e complexos, não possuem hierarquia de importância, devendo ser aplicados visan-
do à economia e precisão nos resultados, são eles:
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•	 Métodos Simples: cédulas de identidade ou registros, fotografias, testemu-
nhas, retrato falado, vídeo e sinais individuais.
•	 Método Complexo: estudo Antropológico (antropometria – medição dos os-
sos), métodos laboratoriais, químico/físicos (exames de DNA), superposição 
de imagens, datiloscopia (papiloscopia), arcada dentária e íris.
Para que os métodos de identificação sejam cientificamente seguros é necessá-
rio que estejam presentes os seguintes critérios técnicos e biológicos:
•	 Praticabilidade: o processo deve se mostrar seguro, simples e rápido, tanto 
na obtenção quanto no registro dos caracteres.
•	 Classificabilidade: os métodos de arquivamento das informações devem pos-
suir sistematização que permitam a comparação rápida e precisa.
•	 Unicidade: as características tornam o indivíduo único, diferente dos demais.
•	 Imutabilidade: as características intrínsecas não sofrem modificações com o 
tempo.
•	 Perenidade: as características permanecem com o indivíduo durante toda a 
vida.
Vale mencionar o que a Constituição Federal, o Código Penal, a Lei de Contra-
venções Penais, o Código de Processo Penal e o Código Civil abordam em seus 
textos normativos, que tratam de crimes envolvendo a identidade do indivíduo, no 
que diz respeito aos crimes de falsificação, como, por exemplo:•	 Art. 219 do Código Civil: “Considera-se erro essencial sobre a pessoa do ou-
tro cônjuge: I – o que diz respeito a identidade do outro cônjuge...”
•	 Art. 5º, inciso LVIII, da CRFB/1988: “O civilmente identificado não será sub-
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metido a identificação criminal, salvo nas hipóteses previstas em lei”.
•	 Art. 68 da Lei de Contravenções Penais: “Recusar a autoridade, quando por 
esta justificadamente solicitados ou exigidos, dados ou indicações concernen-
tes à própria identidade, estado profissão, domicílio ou residência.”
•	 Art. 307 do Código Penal: “Atribuir-se ou atribuir a terceiro falsa identidade 
para obter vantagem, em proveito próprio ou alheio, ou para causar dano a 
outrem. Pena – Detenção de três meses a um ano.”
•	 Art. 166 do Código de Processo Penal: “Havendo dúvida sobre a identida-
de do cadáver exumado, proceder-se-á ao reconhecimento pelo Instituto de 
Identificação e Estatística ou repartição congênere ou pela inquirição de tes-
temunhas, lavrando-se auto de reconhecimento e identidade, no qual se des-
creverá com todos os sinais e indicações.”
Posto isso, verifica-se que a identidade do indivíduo se mostra importante não 
somente para diferenciar um ser humano do outro, mas também e principalmente 
para dirimir dúvidas relativas de identificação de indivíduos em dívida junto ao foro 
civil e criminal, podendo ser dividida em Identificação Médico-Legal e Identificação 
Judiciária ou Policial.
4.1.1. Identificação Médico-Legal
A identificação médico-legal é aquela que necessita de conhecimentos médicos 
para ser executada, sendo realizada em função de:
•	 Espécie: distinção entre seres humanos e animais. Essa distinção pode ser 
obtida pela análise óssea, pelo material sanguíneo (verificando se o material 
é sangue mesmo – Técnica de Teichmann, e se é humano ou não – Técnica de 
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Uhlenhuth). Microscopicamente, a diferença é dada pela análise da disposição 
do tamanho dos Canais de Havers, que são em menor número e mais largos 
no homem (FRANÇA, 2011).
•	 Raças: distinção entre grupos étnicos (caucásico, mongólico, negroide, in-
diano e australoide) por meio de características como a forma e medidas do 
crânio e dimensão da face (método de Giles e Elliot); os índices cefálicos; a 
envergadura (índice tibiofemural negros > 83 e Índice radioumeral negros > 
80); a capacidade do crânio, branca (1558cm³), amarela (1518cm³), ver-
melha (1437cm³) e negra (1430cm³); o ângulo facial (Jacquart, Cloquet e 
Cuvier); a cor da pele; o tipo de cabelo, entre outros.
•	 Gênero: a determinação do gênero em cadáveres em putrefação é trabalho, 
muitas vezes difícil, contudo, o útero e a próstata são órgãos resistentes e de-
moram a se decompor, facilitando o trabalho dos peritos. Contudo, nos casos em 
que o corpo já se encontra em estágio bastante avançado de decomposição, os 
ossos, principalmente do crânio, tórax, mandíbula e pelve, podem ser utilizados 
no exame de determinação do gênero. Também pode ser utilizado o índice de 
Aitchison, por meio da análise dos dentes e, caso necessário, o perito poderá re-
correr ao exame genético forense, que é a investigação da cromatina sexual ou o 
chamado Corpúsculo de Barr (aplicação de corante nas células humanas, em que 
a presença da cromatina indica feminino e ausência indica masculino).
•	 Idade: na avaliação para determinação da idade, considera-se a aparência, 
observando elementos como a pele (surgimento de rugas); pelos (presença 
de pelos pubianos e axilares); globo ocular (arco senil); dentes (desgaste, 
erupção – Técnica de Gustafson1); ângulo da mandíbula (Tabela de Ernestino 
1 Analisa as alterações tardias que se verificam nos elementos dentários de indivíduos adultos
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Lopes2); imagens ósseas (punho, cotovelo, joelho, tornozelo, bacia e crânio) 
e massa corporal.
O exame ósseo é de grande importância para a determinação da idade do indivíduo 
tendo em vista a quantidade de detalhes e variedade de pontos de observação.
•	 Estatura: o Fêmur é o principal osso utilizado na avaliação de estatura 
no cadáver, em que para tanto são utilizadas as tabelas de Broca e Trot-
ter e Glesser, as tábuas de Etienne-Rollet e as fórmulas de Breitinger e 
Dupertuis e Haden. O índice de Carrea3 também é utilizado para estimar 
a estatura do indivíduo.
Podemos ainda mencionar as formas de identificação realizadas por meio de 
malformação, estigmas profissionais, cicatrizes, tatuagens, comparação de da-
dos odontológicos, íris, biometria, análise de DNA, análise da abóbada palatina 
e as identificações médico-legais funcionais e psíquicas (movimento, escrita, 
função sensorial, voz).
(2011/FUMARC/PC-MG) No esqueleto, a estimativa do sexo, faz-se pelas caracte-
rísticas morfológicas observadas, após a puberdade. Os achados mais evidentes do 
dimorfismo sexual são observados no(a)
2 Recém-nascido – 170º
Adulto – 90º/100º
Idoso – 130º
3 Determina-se a dimensão a partir do arco e da corda formados pelos dentes incisivos e caninos inferiores.
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a) clavícula.
b) úmero.
c) fêmur.
d) pelve.
Letra d.
A pelve é utilizada para identificar o gênero do cadáver, uma vez que no homem 
predominam as dimensões verticais (mais estreita e funda) e o sacro é mais alto. 
Já na mulher a bacia tem maior diâmetro transversal (mais larga e menos funda) e 
o sacro é mais baixo, características próprias para a reprodução.
(2016/FUNCAB/PC-PA) Quanto às características morfológicas de identificação, nas 
perícias antropológicas em esqueletos ou em ossos isolados, é preciso inicialmente 
determinar:
a) a estatura.
b) o gênero.
c) a raça.
d) a idade.
e) se o material e humano ou não.
Letra e.
De acordo com o professos Genival Veloso França (2011), a distinção entre os 
ossos de animais e do homem é feita de início, morfologicamente, pelo exame de 
suas dimensões e caracteres que os tornam diferentes. Microscopicamente, a dife-
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rença é dada pela análise da disposição do tamanho dos CANAIS DE HAVERS, que 
são em menor número e mais largos no homem, com até 8 por mm. Nos animais, 
são mais estreitos, redondos e mais numerosos, chegando a 40 por mm.
4.1.2. Identificação Judiciária ou Policial
A Identificação Judiciária ou Policial é aquele ocorrida no âmbito civil ou crimi-
nal, ocorrem independentemente do conhecimento do profissional de medicina, são 
executadas pelos Institutos de Identificação de cada Estado e se dividem em:
•	 Bertilonagem: conjunto de medidas corporais (antropometria) complemen-
tado pelo retrato falado, a fotografia e as impressões digitais (datiloscopia).
•	 Datiloscopia: produzida pelo registro das pontas dos dedos deixados em 
superfícies pela gordura que os indivíduos carregam nas mãos. Esse tipo de 
identificação tem a vantagem de se encaixar em todos os critérios técnicos e 
biológicos garantidores da segurança dos métodos de identificação, perenida-
de, imutabilidade, variedade, praticabilidade e classificabilidade.
Atualmente, o Brasil utiliza o Sistema Datiloscópio de Vucetich, baseado na pre-
sença de cristais papilares das extremidades digitais. Segundo Vucetich, existem 
quatro formas básicas de desenhos das polpas digitais, são elas:
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Presilha Interna (figura I=2): Um delta (Δ) está presente à direita do examinador.
Presilha Externa (figura E=3): Um delta (Δ) está presente à esquerda do examinador.
Verticilo (figura V=4): Estão presentes dois deltas (Δ Δ), um à direita e um à 
esquerda do examinador.
Arco (figura A=1): As linhas que atravessam o campo digital apresentam for-
mas mais ou menos paralelas, não há formações em delta (Δ).
Ressalta-se que nos exames datiloscópicos os polegares recebem letras, os de-
mais dedos recebem números, e a impressão do polegar direito é chamada de 
fundamental. Os dedos inexistentes são identificados pelo “0” e as cicatrizes são 
marcadas com “x”.
(2013/UEG/PC-GO) No local do crime, os peritos arrecadaram um desenho digital 
que apresentava um delta à esquerda. Pelo sistema de Vucetich, este desenho é 
classificado como
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a) presilha interna
b) verticilo
c) presilha externa
d) arco
Letra c.
Presilha Interna: apresenta um delta (Δ) à direita do examinador.
Presilha Externa: apresenta um delta (Δ) à esquerda do examinador.
Verticilo: apresenta dois deltas (Δ Δ), um à direita e um à esquerda do examinador.
Arco: as linhas que atravessam o campo digital apresentam formas mais ou menos 
paralelas, não há formações em delta (Δ).
(UEG/2013/PC-GO) Em Antropologia Forense, os ângulos faciais (Jacquart, Cloquet 
e Curvier) são determinantes para:
a) altura
b) idade
c) sexo
d) raça
Letra d.
A raça é diferenciada entre grupos étnicos por meio da cor da pele, tipo de cabelo, 
formas e medidas do crânio, massa encefálica, tíbio-femural, rádio-umeral e tam-
bém ângulo facial identificado por meio dos métodos de Jacquart, Cloquet e Cuvier.
(FUNCAB/2012/PC-RO) A identificação do sexo de um cadáver humano adulto en-
contrado esqueletizado pode ser realizada por meio do estudo de algumas estrutu-
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ras. Quais as principais estruturas ósseas que contribuem para essa identificação?
a) Fêmur, mandíbula, metatarsos, falanges.
b) Vértebras, falanges, costelas, ossos da pelve.
c) Vértebras, úmeros, metatarsos, ossos do tórax.
d) Crânio, ossos da pelve, mandíbula, ossos do tórax.
e) Crânio, falanges, ossos da pelve, arcada dentária.
Letra d.
Conforme estudamos no item 3.1.2. Identificação Médico-Legal, quando o corpo 
já se encontra em estágio bastante avançado de decomposição, os ossos, princi-
palmente do crânio, tórax, mandíbula e pelve, podem ser utilizados no exame de 
determinação do gênero.
(2016/FUNCAB/PC-PA) Um bom método de identificação deve atender a quatro 
características ou exigências: duas de caráter biológico e duas de caráter téc-
nico. Assim, aponte dentre as opções abaixo, aquela que apresenta as quatro 
características corretas.
a) Unicidade, imutabilidade, classificabilidade e praticabilidade
b) Visibilidade, praticabilidade, variabilidade e classificabilidade
c) Unicidade, variabilidade, imutabilidade e praticabilidade
d) Unicidade, imutabilidade, classificabilidade e variabilidade
e) Variabilidade, imutabilidade, visibilidade e praticabilidade
Letra a.
Essa questão foi bem abordada na nossa aula quando informado que os fundamen-
tos biológicos ou técnicos que qualificam e que preenchem as condições para um 
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método de identificação ser considerado aceitável são:
•	 Unicidade: também chamado de individualidade, ou seja, determinados ele-
mentos que sejam específicos daquele indivíduo e diferentes dos demais.
•	 Imutabilidade: são as características que não mudam e não se alteram ao 
longo do tempo.
•	 Perenidade: consiste na capacidade de certos elementos resistirem à ação do 
tempo, que permanecem durante toda a vida e até após a morte, como, por 
exemplo, o esqueleto.
•	 Praticabilidade: um processo que não seja complexo, tanto na obtenção como 
no registro dos caracteres.
•	 Classificabilidade: muito importante, pois é necessária certa metodologia no 
arquivamento, assim como rapidez e facilidade na busca dos registros.
(2013/FUNCAB/POLITEC-MT) O método dactiloscópico de Vucetich baseia-se 
no encontro ou na ausência e também na posição de um elemento qualita-
tivo das impressões digitais que permitam a sua boa classificabilidade. Esse 
elemento é denominado:
a) arco
b) delta.
c) gancho.
d) ponto
e) verticilo.
Letra b.
Conforme visto anteriormente, o Delta é a base de classificação do Sistema Vuce-
tich, é o “triângulo” formado nas digitais.
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