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Roteiro Annelida 1. Discuta o fenômeno de Epitoquia (figura abaixo), que grupos possuem esse mecanismo e quais suas vantagens. R: A epitoquia é uma forma de reprodução dos poliquetas, realizada por muitos silídeos, nereidídeos e eunicídeos bentônicos. Compreende a produção de um animal (epítoco) que se reproduz sexualmente, originando as formas não reprodutivas (átocas) pela transformação de um animal isolado (maioria dos nereidídeos e eunicídeos) ou pela produção assexuada de novos indivíduos epítocos (maioria dos silídeos). Em algumas formas, todo o corpo pode transforma-se num indivíduo sexuado (heteronereídeo ou epítoco) e em outras, somente os segmentos posteriores do corpo são preenchidos por gametas. Os átocas fazem estrobilação, liberando epítocos apenas no momento do enxameamento – no qual um indivíduo nada sobre o outro liberando os epítocos. Os epítocos são transportadores de gametas, e podem nadar até o fundo da coluna d’água onde os gametas são liberados. A reprodução é extracorpórea, e o ovo formado sofrem clivagem liberando uma larva trocófora que sofre metamorfose até atingir a forma adulta. Como na epitoquia, a migração para cima dos epítocos é precisamente marcada e a liberação dos gametas é sincronizada, as vantagens consistem em: i) fertilização de forma mais eficiente, logo há um enorme número de indivíduos a fim de garantir a existência dos poliquetas; ii) os embriões bem desenvolvidos ficam em habitat planctônico (adequado as larvas), protegidos dos predadores. 2 – Compare as estruturas abaixo em Polychaeta, Oligochaeta e Hirudinea e preencha a tabela com as alterações para cada classe: POLYCHAETA OLIGOCHAETA HIRUDINEA Apêndices corporais Apêndices na cabeça em forma de palpos e antenas protostomiais Cirros periostomias carnosos/nuas Cada segmento possui um par de apêndices não articulados, os parapódios. Parapódios ausentes Apêndices na cabeça em menor quantidade e menos elaborados Parapódios ausentes Apêndices ausentes Cerdas Numerosas cerdas no segmento do tronco na forma de espinhos Menos cerdas ocorrendo em pares de feixes segmentados – sendo a maioria móvel Ausentes Movimentação Serpenteamento Ação dos parapódios Ondas de contração peristáltica . Contrações antagônicas da musculatura circular e longitudinal Apoio pelas ventosas anterior e posterior Clitelo Ausente Presente, região secretora que atua na reprodução Presente, mas visível apenas em época reprodutiva 3. Descreva as adaptações de Oligochaeta à vida terrestre. R: Os oligoquetos apresentam como adaptações à vida terrestre: - Presença de papo e moela, uma vez que não são capazes de selecionar os alimentos, logo eles, ela ingere os grãos de terra, absorve e digere a matéria orgânica e excreta a inorgânica (ureia); - Hábito cavador, propiciada pelo movimento das cerdas; - Camadas musculares e longitudinais mais espessas nas espécies maiores; - Muitos apresentam poros revestidos com esfíncteres musculares que regulam a saída do fluído celômico para a superfície corporal. Esses poros conectam auxiliando na manutenção da umidade da película corporal prevenindo dessecação e auxiliando nas trocas gasosas; - Muitos são capazes de fazer trocas gasosas suficientes quando expostos ao ar; - Ausência de osmorregulação, logo ganham e perdem água de acordo com quantidade de água do ambiente; - Área superficial do intestino é aumentada pela tiflossole, aumentando a área de absorção do trato digestivo; - Camadas celulares distintas de para as células glandulares do clitelo (muco que auxilia na cópula, material para formar o casulo (parte externa) e a albumina (parte interna do casulo). Os casulos são depositados no solo e a profundidade depende da umidade do substrato. Os ovos apresentam pouco vitelo, mas grande quantidade de albumina; 4. Compare e explique a locomoção de Polychaeta, Oligochaeta e Hirudinea. R: Os Poliquetas errantes se locomovem em um movimento denominado serpenteamento. Em Nereis, a locomoção se dá pela alternância de contração e relaxamento dos músculos em sincronia com o outro lado segmento. O corpo sofre ondulações em movimentos metacronais da parte anterior para a posterior. Em Nephtys, os parapódios carnosos servem de remos para a locomoção, sem ondas corporais metacronais. O animal nada com a cabeça no substrato, ancora o corpo e estende as cerdas lateralmente e estende a probóscide na areia e nisso ele faz um movimento natatório para adentrar de vez no substrato. Em Polyphsia, as ondas peristálticas promovem o movimento de regiões constipadas do corpo para frente e partes ancoradas funcionam como alavancas. Em Arenicola, a locomoção é feita enterrando e ancorando a parte anterior do corpo no substrato. A ancoragem do corpo se dá através da contração da musculatura circular da região posterior do corpo, forçando o fluido celômico em direção à região anterior, causando inchaço dos segmentos. Os músculos longitudinais posteriores se contraem puxando a parte posterior pra frente. A locomoção dos Oligoquetas depende do esqueleto hidrostático bem desenvolvido. O movimento dos músculos da parede do corpo nos fluídos celômicos fornecem mudanças hidráulicas associadas ao padrão de locomoção. Na ausência dos remos parapodiais, dependem de peristalse e manipulação pelas cerdas para se mover. Cada segmento funciona parcialmente de maneira independente, logo a constrição de uma parte não resulta em fluxo fluido celômico para outra. A forma de um segmento alterna de longo e fino para curto e grosso pelas ações musculares, movendo-se para frente ao longo do corpo do animal numa onda peristaltica impulsionada pelo cordão nervoso ventral e dos neurônios. Os músculos longitudinais relaxam, os circulares se contraem, o diâmetro corporal diminui e as cerdas são viradas para o lado posterior, permanecendo junto ao corpo. Com a parte anterior estendida pela musculatura circular, as cerdas não deslizam para trás, a cabeça entra no substrato e o animal avança e aí a parte anterior incha-se pelos músculos longitudinais e o resto do corpo é puxado. As Herundinas têm como suporte corporal um tecido conjuntivo fibroso, bandas musculares e propriedades hidrostáticas dos canais celômicos. Os compartimentos celômicos são reduzidos e contínuos não possibilitando a locomoção de um verme segmentado. Os músculos circulares e longitudinais agem antagonicamente contra um espaço interno único a um volume constante. Eles andam sob o substrato pois não apresentam cerdas e nem parapódios para cavar, sendo as ventosas os pontos de contato com o substrato. A ventosa posterior se adere e os músculos circulares contraídos, o corpo se alonga e reduz o diâmetro, aí o corpo é estendido pra frente e a ventosa anterior se adere ao substrato. 5. Cabeça com faringe evertida. Identifique: prostômio, peristômio, mandíbulas, ocelos, cirros cerebrais (antenas), faringe evertida, palpos, parapódios e cirros peristomiais. A: mandíbulas B: cirros cerebrais (antenas) C: prostômio D: peristômio E: parapódios F: faringe invertida G: palpos H: ocelos I: cirros peristomiais
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