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2 
 
 
 
Sejam todos bem-vindos! 
 
Espero que vocês tenham a melhor preparação para a prova do Exame 
de Ordem. Este missioneiro preparou um material bem completo para dar 
aquele soco na prova da OAB para nenhum de vocês sentir um baque no dia 
da prova. 
Para ter acesso a outros materiais, acompanhe as minhas redes socais: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 prof.nidal 
 prof.nidal 
 Professor Nidal Ahmad 
 Papo penal 
 
Um beijo carinhoso e respeitoso nas meninas e um abraço bem de longe 
nos meninos! 
 
Prof. Nidal Ahmad 
 
 
 
 
 
https://www.instagram.com/prof.nidal/
https://www.facebook.com/prof.nidal
https://www.youtube.com/channel/UCPjMO0P_lEGYMi6NJsBwJYw
https://open.spotify.com/show/1oQLpKCf7IiKIyezZ5QtGI
 
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“Quando você está certo daquilo que pretende alcançar... 
Quando o mundo todo lhe diz que não conseguirá, e ainda assim você 
acredita ser possível... 
Quando você mantém o foco firme no objetivo... 
Quando você crê que DEUS estará presente a cada segundo da tua jornada... 
Quando você compreende que desafios e obstáculos existem tão somente para 
serem superados... 
Com persistência e coragem você consegue... 
E quando finalmente conseguir, desfrute a vitória ... saboreie o sucesso... 
É indescritível a emoção de uma boa conquista... 
Muito obrigado pela parceria, compreensão e paciência”. 
Prof. Nidal Ahmad 
 
 4 
 
 
SUMÁRIO 
 
1. PROCEDIMENTOS – IDENTIFICAÇÃO ................................................................. 8 
1.1. Nota introdutória ................................................................................................... 8 
1.2. Procedimento comum........................................................................................... 8 
 
2. DA DENÚNCIA E REJEIÇÃO DA DENÚNCIA ..................................................... 12 
2.1. Introdução .......................................................................................................... 12 
2.2. Rejeição da denúncia ou da queixa ................................................................... 12 
 
3. CITAÇÃO .............................................................................................................. 16 
3.1. Citação pessoal .................................................................................................. 16 
3.2. Citação por hora certa ........................................................................................ 16 
3.3. Citação por edital ............................................................................................... 17 
 
4. RESPOSTA À ACUSAÇÃO ................................................................................. 20 
4.1. Peça obrigatória ................................................................................................. 20 
4.2. Identificação da peça ......................................................................................... 20 
4.3. Base legal ........................................................................................................... 22 
4.4. Prazo .................................................................................................................. 22 
4.5. Conteúdo ............................................................................................................ 24 
 4.5.1. Preliminares ................................................................................................ 25 
 4.5.2. Mérito .......................................................................................................... 26 
4.6. Pedido: absolvição sumária ................................................................................ 28 
4.7. Recursos ............................................................................................................ 30 
4.8. Dicas .................................................................................................................. 30 
4.9. Estrutura da resposta à acusação ...................................................................... 31 
 
5. AUDIÊNCIA DE INSTRUÇÃO .............................................................................. 41 
 
6. MEMORIAIS OU ALEGAÇÕES FINAIS POR MEMORIAIS ................................. 43 
6.1. Introdução .......................................................................................................... 43 
6.2. Identificação da peça ......................................................................................... 43 
6.3. Base legal ........................................................................................................... 47 
6.4. Prazo .................................................................................................................. 48 
6.5. Conteúdo ............................................................................................................ 48 
 6.5.1. Preliminares ................................................................................................ 49 
 6.5.2. Mérito .......................................................................................................... 49 
 6.5.3. Subsidiariedade .......................................................................................... 50 
6.6. Pedido ................................................................................................................ 51 
6.7. Estrutura dos memoriais ..................................................................................... 56 
 
 
 5 
 
7. EMENDATIO LIBELLI E MUTATIO LIBELLI ....................................................... 69 
7.1. Introdução .......................................................................................................... 69 
7.2. Emendatio libelli ................................................................................................. 69 
 7.2.1. Conceito ...................................................................................................... 69 
 7.2.2. Emendatio libelli e suspensão condicional do processo ............................. 70 
 7.2.3. Desclassificação ......................................................................................... 72 
7.3. Mutatio libelli ....................................................................................................... 72 
 7.3.1. Introdução ................................................................................................... 72 
 7.3.2. Procedimento da mutatio libelli ................................................................... 73 
 7.3.3. Exclusividade dos crimes de ação pública .................................................. 73 
 7.3.4. Impossibilidade de aplicação da mutatio libelli em grau recursal ................ 74 
 
PADRÃO DE RESPOSTAS ...................................................................................... 78 
 
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 8 
 
 
PEÇAS DE 1º GRAU 
PROCEDIMENTOS 
1.1. Nota Introdutória 
1.2. Procedimento comum 
 
1. PROCEDIMENTOS – IDENTIFICAÇÃO 
 
1.1. NOTA INTRODUTÓRIA 
Os procedimentos constituem a forma de desenvolvimento do 
processo, delimitando e prevendo os passos e as sequências de atos que deverão 
ser seguidos ao longo de uma ação penal. 
A ação penal pública é deflagrada com o oferecimento da 
denúncia. A ação penal privada, por sua vez, será deflagrada por meio de uma 
queixa-crime. 
 
1.2. PROCEDIMENTO COMUM 
Nos termos do art. 394 do CPP, a disposição do procedimento 
comum ocorre da seguinte forma: 
 
a) Ordinário: pena máxima igual ou superior a quatro anos de pena privativa 
de liberdade. 
b) Sumário: pena máxima cominada maior de dois anos e inferior a quatro 
anos de pena privativa de liberdade. 
c) Sumaríssimo: Pena máxima até 02 anos (art. 61 da Lei 9099/95). Para as 
infrações de menor potencial ofensivo, na forma da Lei 9.099/95, por exemplo, crime 
de lesão corporal leve, previsto no artigo 129, “caput”, do CP, cuja pena máxima não 
supera dois anos. 
 
Para a definição do procedimento devem ser consideradas as 
qualificadoras, bem como as causas de aumento de pena e de diminuição da pena, 
porquanto repercutem no montante da pena máxima abstrata prevista na lei. 
*para todos verem: esquema abaixo 
 
 9 
 
Nesse caso, a definição do procedimento tem especial 
relevância, por exemplo: 
a) no endereçamento da peça queixa-crime, por exemplo. Isso porque se incidir o 
procedimento sumaríssimo, a peça deverá ser direcionada para o Juiz do Juizado 
Especial Criminal; incidindo o procedimento sumário ou ordinário, a peça deverá 
ser direcionada para o Juiz de Direito da Vara Criminal. 
b) no recurso cabível na hipótese de rejeição da denúncia ou queixa-crime. Se o 
procedimento for sumaríssimo, o recurso cabível será apelação, conforme artigo 82 
da Lei 9.099/95; se for procedimento sumário ou ordinário, o recurso cabível será o 
recurso em sentido estrito, nos termos do artigo 581, inciso I, do CPP. 
c) No caso de crime de menor potencial ofensivo, por exemplo, se for adotado o 
procedimento diverso do previsto na Lei 9099/95, será caso de nulidade do 
processo. 
No caso de concurso de crimes, também devem ser 
considerados os critérios do cúmulo material (concurso material e concurso formal 
impróprio/imperfeito) e da exasperação da pena (concursoformal perfeito e crime 
continuado). 
No concurso material, nenhum problema se apresenta, já que 
basta somar as penas. Se a soma das penas ultrapassar dois anos, não será 
adotado o rito sumaríssimo, previsto na Lei 9099/95. Se a soma das penas for 
superior a quatro anos, o procedimento será o ordinário, afastando-se a 
procedimento sumário. 
 
 
 
Ex: Crime de associação criminosa (art. 288, “caput”, do CP) segue o 
procedimento sumário, porquanto a sua pena máxima é de 03 anos. Todavia, se o 
crime é de associação criminosa armada, a pena aumenta até metade (art. 288, 
parágrafo único, do CP), passando a pena máxima a 04 anos e 06 meses. Logo, 
 DICA: Se a causa for de aumento de pena, considera-
se a fração máxima, a fim de que incida a pena 
máxima; na hipótese de causa de diminuição da pena, 
diminui-se o mínimo possível, também para se obter a 
pena máxima abstrata no caso. 
 
 10 
 
nesse caso, adota-se o procedimento ordinário, pois a pena máxima superou 04 
anos. 
Da mesma forma, o crime de furto simples (art. 155, “caput”, CP) adota o 
procedimento ordinário, pois a pena máxima é de 04 anos. Todavia, no crime de 
tentativa de furto simples, considerando a redução de 1/3 (fração mínima), a pena 
máxima ficará em 02 anos e 08 meses, adotando-se, nesse caso, o procedimento 
sumário. Note-se que a redução pela tentativa é de 1/3 a 2/3 (art. 14, parágrafo 
único, CP). No caso, diminui-se o mínimo possível, a fim de atingir a pena máxima. 
QUESTÃO 1 - V EXAME 
Antônio, pai de um jovem hipossuficiente preso em flagrante delito, recebe de um 
serventuário do Poder Judiciário Estadual a informação de que Jorge, defensor 
público criminal com atribuição para representar o seu filho, solicitara a quantia de 
dois mil reais para defendê-lo adequadamente. Indignado, Antônio, sem averiguar a 
fundo a informação, mas confiando na palavra do serventuário, escreve um texto 
reproduzindo a acusação e o entrega ao juiz titular da vara criminal em que Jorge 
funciona como defensor público. Ao tomar conhecimento do ocorrido, Jorge 
apresenta uma gravação em vídeo da entrevista que fizera com o filho de Antônio, 
na qual fica evidenciado que jamais solicitara qualquer quantia para defendê-lo, e 
representa criminalmente pelo fato. O Ministério Público oferece denúncia perante o 
Juizado Especial Criminal, atribuindo a Antônio o cometimento do crime de calúnia, 
praticado contra funcionário público em razão de suas funções, nada mencionando 
acerca dos benefícios previstos na Lei 9.099/95. Designada Audiência de Instrução 
e Julgamento, recebida a denúncia, ouvidas as testemunhas, interrogado o réu e 
apresentadas as alegações orais pelo Ministério Público, na qual pugnou pela 
condenação na forma da inicial, o magistrado concede a palavra a Vossa Senhoria 
para apresentar alegações finais orais. 
Em relação à situação acima, responda aos itens a seguir, empregando os 
argumentos jurídicos apropriados e a fundamentação legal pertinente ao caso. 
a) O Juizado Especial Criminal é competente para apreciar o fato em tela? (Valor: 
0,30) 
 
 11 
 
b) Antônio faz jus a algum benefício da Lei 9.099/95? Em caso afirmativo, qual(is)? 
(Valor: 0,30) 
c) Antônio praticou crime? Em caso afirmativo, qual? Em caso negativo, por que 
razão? (Valor: 0,65) 
 
 12 
 
PEÇAS DE 1º GRAU 
DA DENÚNCIA E REJEIÇÃO DA DENÚNCIA 
2.1. Introdução 
2.2. Rejeição da denúncia ou da queixa 
 
2. DA DENÚNCIA E REJEIÇÃO DA DENÚNCIA 
 
2.1. INTRODUÇÃO 
A Denúncia é a petição inicial da ação penal pública, 
oferecida pelo Ministério Público contra o responsável pelo fato criminoso. 
Ao receber o inquérito policial ou peças de informação, o 
Ministério Público, por meio do seu agente (Promotor ou Procurador da República), 
verificando a existência de prova da materialidade de fato, indícios de autoria e que 
o fato constitui, em tese, crime deve oferecer a denúncia. 
Para fins de prova dissertativa da OAB, convém sejam 
analisadas as causas de rejeição da denúncia, previstas no artigo 395 do CPP. 
 
2.2. REJEIÇÃO DA DENÚNCIA OU DA QUEIXA – ART. 395 
Causas de rejeição da denúncia ou queixa: 
 
 a) for manifestamente inepta 
b) faltar pressuposto processual ou condição para o exercício da ação 
penal 
c) faltar justa causa para o exercício da ação penal 
 
a) for manifestamente inepta 
Ocorre inépcia da denúncia quando a peça apresentada pelo 
Ministério Público não contém relato compreensível dos fatos ou não observa os 
requisitos exigidos no artigo 41 do CPP. 
Algumas hipóteses que podem ensejar a inépcia da denúncia, 
dentre outras: 
*para todos verem: esquema abaixo 
 
 13 
 
a) Descrição dos fatos de forma incompreensível, incoerente, que inviabiliza a 
produção da defesa. 
b) Descrição extensa, sem pormenorizar o objeto da acusação. 
c) Falta de pedido claro da acusação. 
d) O MP não descrever a conduta de cada um dos acusados, na hipótese de 
concurso de pessoas. 
b) faltar pressuposto processual ou condição para o exercício da ação penal 
Pressupostos processuais são elementos que repercutem na 
própria existência e validade do processo (necessidade de ter juiz competente, 
capacidade postulatória, ausência de litispendência, coisa julgada) 
As condições da ação são: 
a) possibilidade jurídica do pedido: fato narrado não constitui crime 
b) interesse de agir – estar prescrita a ação – evidente perdão judicial 
c) legitimidade para agir 
Com relação à legitimidade para agir, particularmente em 
relação à queixa, pode ser rejeitada se oferecida diretamente pela vítima e não por 
meio do seu procurador; se oferecida por advogado sem procuração outorgada pela 
vítima; se, em caso de morte do ofendido, apresentar-se como querelante pessoa 
que não consta do rol do art. 31 do CPP. 
Haverá ilegitimidade ativa se for oferecida denúncia em crime 
de ação penal privada ou queixa em crime de ação penal pública (sem que se trate 
de hipótese de ação privada subsidiária). 
c) faltar justa causa para o exercício da ação penal 
Consiste na ausência de qualquer elemento indiciário da 
existência do crime ou de sua autoria. Em outras palavras, para haver justa causa, a 
inicial acusatória deve estar acompanhada de um suporte probatório mínimo que 
demonstre a materialidade do delito e indícios suficientes de autoria. 
* Ex: não haver prova suficiente de autoria; ou, ainda, a 
denúncia apontar autoria localizada a partir de prova ilícita, que, uma vez verificada, 
 
 14 
 
deve ser desentranhada dos autos (art. 157 do CPP). Em sendo considerada ilícita, 
a prova da autoria será desentranhada dos autos, não restando, portanto, nenhum 
elemento para subsidiar o oferecimento da denúncia. 
 
QUESTÃO 01 – IV EXAME OAB 
Maria, jovem extremamente possessiva, comparece ao local em que Jorge, seu 
namorado, exerce o cargo de auxiliar administrativo e abre uma carta lacrada que 
havia sobre a mesa do rapaz. Ao ler o conteúdo, descobre que Jorge se apropriara 
de R$ 4.000,00 (quatro mil reais), que recebera da empresa em que trabalhava para 
efetuar um pagamento, mas utilizara tal quantia para comprar uma joia para uma 
moça chamada Júlia. Absolutamente transtornada, Maria entrega a correspondência 
aos patrões de Jorge. 
Com base no relatado acima, responda aos itens a seguir, empregando os 
argumentos jurídicos apropriados e a fundamentação legal pertinente ao caso. 
a) Jorge praticou crime? Em caso positivo, qual(is)? (Valor: 0,35) 
b) Se o Ministério Público oferecesse denúncia com base exclusivamente na 
correspondência aberta por Maria, o que você, na qualidade de advogado de Jorge, 
alegaria? (Valor: 0,9) 
 
QUESTÃO 4 - V EXAME OAB 
João e Maria iniciaram uma paquera no Bar X na noite de 17 de janeiro de 2011. No 
dia 19 de janeiro do corrente ano, o casal teve uma séria discussão, e Maria, 
nitidamente enciumada, investiu contra o carro de João, que já não se encontravaem bom estado de conservação, com três exercícios de IPVA inadimplentes, a 
saber: 2008, 2009 e 2010. Além disso, Maria proferiu diversos insultos contra João 
no dia de sua festa de formatura, perante seu amigo Paulo, afirmando ser ele 
“covarde”, “corno” e “frouxo”. A requerimento de João, os fatos foram registrados 
perante a Delegacia Policial, onde a testemunha foi ouvida. João comparece ao seu 
escritório e contrata seus serviços profissionais, a fim de serem tomadas as medidas 
legais cabíveis. Você, como profissional diligente, após verificar não ter passado o 
prazo decadencial, interpõe Queixa-Crime ao juízo competente no dia 18/7/11. 
 
 15 
 
O magistrado ao qual foi distribuída a peça processual profere decisão rejeitando-a, 
afirmando tratar-se de clara decadência, confundindo-se com relação à contagem do 
prazo legal. A decisão foi publicada dia 25 de julho de 2011. 
Com base somente nas informações acima, responda: 
a) Qual é o recurso cabível contra essa decisão? (0,30) 
b) Qual é o prazo para a interposição do recurso? (0,30) 
c) A quem deve ser endereçado o recurso? (0,30) 
d) Qual é a tese defendida? (0,35) 
 
 
 16 
 
PEÇAS DE 1º GRAU 
CITAÇÃO 
3.1. Citação pessoal 
3.2. Citação por hora certa 
3.3. Citação por edital 
 
3. CITAÇÃO 
 
3.1. CITAÇÃO PESSOAL 
Não sendo caso de rejeição da denúncia, deve o juiz recebê-la, 
determinando, a seguir, a citação do acusado para responder à acusação, por 
escrito, no prazo de 10 (dez) dias, se não for o caso de suspensão condicional do 
processo (previsto no artigo 89 da Lei 9.099/951). 
No processo penal, a regra é citação pessoal e por mandado, 
observando-se os requisitos do art. 351, 352 e 357 CPP. 
 
3.2. CITAÇÃO POR HORA CERTA 
Se o réu se oculta para não ser citado, o artigo 362 prevê a 
possibilidade de citação por hora certa, oportunidade em que o oficial de justiça 
certificará a ocorrência e procederá à citação com hora certa, na forma estabelecida 
nos arts. 227 a 229 da Lei no 5.869, de 11 de janeiro de 1973 - Código de Processo 
Civil. 
Todavia, a partir da entrada em vigor do novo CPC, a citação 
por hora certa na esfera penal segue o procedimento previsto nos artigos 252/254. 
Assim, quando, por 2 (duas) vezes, o oficial de justiça houver procurado o citando 
em seu domicílio ou residência sem o encontrar, deverá, havendo suspeita de 
ocultação, intimar qualquer pessoa da família ou, em sua falta, qualquer vizinho de 
que, no dia útil imediato, voltará a fim de efetuar a citação, na hora que designar. 
 
1 Art. 89. Nos crimes em que a pena mínima cominada for igual ou inferior a um ano, abrangidas ou 
não por esta Lei, o Ministério Público, ao oferecer a denúncia, poderá propor a suspensão do 
processo, por dois a quatro anos, desde que o acusado não esteja sendo processado ou não tenha 
sido condenado por outro crime, presentes os demais requisitos que autorizariam a suspensão 
condicional da pena (art. 77 do Código Penal). 
(...) 
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Decreto-Lei/Del2848.htm#art77
 
 17 
 
Nos termos do artigo 253 do Novo CPC, no dia e na hora 
designados, o oficial de justiça, independentemente de novo despacho, 
comparecerá ao domicílio ou à residência do citando a fim de realizar a diligência. 
Se o citando não estiver presente, o oficial de justiça procurará informar-se das 
razões da ausência, dando por feita a citação, ainda que o citando se tenha ocultado 
em outra comarca, seção ou subseção judiciárias. 
A citação com hora certa será efetivada mesmo que a pessoa 
da família ou o vizinho que houver sido intimado esteja ausente, ou se, embora 
presente, a pessoa da família ou o vizinho se recusar a receber o mandado. 
Da certidão da ocorrência, o oficial de justiça deixará contrafé 
com qualquer pessoa da família ou vizinho, conforme o caso, declarando-lhe o 
nome. 
O oficial de justiça fará constar do mandado a advertência de 
que será nomeado curador especial se houver revelia. 
Conforme o artigo 254 do novo CPC, feita a citação com hora 
certa, o escrivão ou chefe de secretaria enviará ao réu, executado ou interessado, 
no prazo de 10 (dez) dias, contado da data da juntada do mandado aos autos, carta, 
telegrama ou correspondência eletrônica, dando-lhe de tudo ciência. 
 
3.3. CITAÇÃO POR EDITAL 
Na hipótese de o réu encontrar-se em local incerto e não 
sabido, a citação será feita por edital, suspendendo-se o processo e o prazo 
prescricional se o réu não comparecer ou não nomear advogado, conforme artigo 
366 CPP. 
Ressalta-se: somente quando o réu for citado pessoalmente e 
não apresentar resposta à acusação é que o juiz poderá nomear um defensor para 
realizar a defesa técnica e continuar o processo. Se não for caso de citação pessoal, 
mas citação por edital, deve-se aplicar a regra do art. 366 do CPP, suspendendo-se 
o processo e a prescrição. 
 
 
 18 
 
Cuidado: 
Nos termos da Súmula 415 do STJ, “O período de suspensão do prazo 
prescricional é regulado pelo máximo da pena cominada”. 
Ou seja, na hipótese de um crime com pena máxima de 02 anos o prazo 
prescricional é de 04 anos. Com o recebimento da denúncia, o prazo de 
prescrição é interrompido, passando a correr novamente o prazo de 04 anos. 
Considere que entre o recebimento da denúncia e a decretação da suspensão 
do processo e do prazo prescricional (em decorrência da citação por edital) 
tenha se passado 06 meses. A ação ficará suspensa por 04 anos se o réu não 
for localizado. Findo o período de suspensão, o prazo prescricional volta a 
correr pelos 03 anos e 06 meses restantes. Ao término deste período, deverá 
ser decretada extinta a punibilidade do réu pela prescrição da pretensão 
punitiva. 
 
A ausência de citação ou vícios insanáveis no ato citatório 
constitui causa de nulidade absoluta do processo. 
 
QUESTÃO 2 - XXIX EXAME OAB 
No dia 01 de janeiro de 2008, após ingerir bebida alcoólica, Caio, 50 anos, policial 
militar reformado, efetuou dois disparos de arma de fogo em direção à parede de 
sua casa vazia, localizada no interior de grande quintal, com arma de sua 
propriedade, devidamente registrada e com posse autorizada. 
Apesar de os tiros terem sido efetuados em direção ao interior do imóvel, vizinhos 
que passavam pela rua naquele momento, ao ouvirem os disparos, entraram em 
contato com a Polícia Militar, que compareceu ao local 
e constatou que as duas munições deflagradas ficaram alojadas na parede do 
imóvel, sendo a perícia acostada ao procedimento. Caio obteve liberdade provisória 
e foi denunciado como incurso nas sanções do Art. 15 da Lei nº 10.826/03, não 
sendo localizado, porém, por ocasião da citação, por ter mudado de endereço, 
apesar das diversas diligências adotadas pelo juízo. 
 
 19 
 
Após não ser localizado, Caio foi corretamente citado por edital e, não 
comparecendo, nem constituindo advogado, foi aplicado o Art. 366 do Código de 
Processo Penal, suspendendo-se o processo e o curso do prazo prescricional, em 
04 de abril de 2008. Em 06 de julho de 2018, o novo juiz titular da vara criminal 
competente determinou que fossem realizadas novas diligências na tentativa de 
localizar o denunciado, confirmando que o processo, assim como o curso do prazo 
prescricional, deveria permanecer suspenso. 
Com base nas informações narradas, na condição de advogado(a) de Caio, que veio 
a tomar conhecimento dos 
fatos em julho de 2018, responda aos questionamentos a seguir. 
a) Existe argumento para questionar a decisão do magistrado que, em julho de 
2018, determinou que o processo e o curso do prazo prescricional permanecessem 
suspensos? (Valor: 0,65) 
b) Existe argumento de direito material a ser apresentado em busca da absolvição 
de Caio? (Valor: 0,60) 
Obs.: o(a) examinando(a) deve fundamentar suas respostas. A mera citação do 
dispositivo legal não confere pontuação. 
 
 20 
 
PEÇA: 
RESPOSTA A ACUSAÇÃO 
PALAVRA MÁGICA: 
CITAÇÃOPAROU! 
PEDIU PRA PARAR 
 
 
PEÇAS DE 1º GRAU 
RESPOSTA À ACUSAÇÃO 
4.1. Peça obrigatória 
4.2. Identificação da peça 
4.3. Base legal 
4.4. Prazo 
4.5. Conteúdo 
4.6. Pedido: Absolvição sumária 
4.7. Recursos 
4.8. Dicas 
4.9. Estrutura da Resposta à Acusação 
 
 
4. RESPOSTA À ACUSAÇÃO 
 
4.1. PEÇA OBRIGATÓRIA 
A resposta à acusação constitui peça obrigatória, pois, se não 
apresentada, deverá o juiz nomear defensor para oferecê-la, nos termos do artigo 
396-A, § 2º, CPP. 
Assim, não apresentada a resposta no prazo legal, ou se o 
acusado, citado, não constituir defensor, o juiz nomeará defensor para oferecê-la, 
concedendo-lhe vista dos autos por dez dias. A ausência de nomeação de defensor 
pelo juiz para oferecimento da resposta à acusação gerará nulidade absoluta. 
4.2. IDENTIFICAÇÃO DA PEÇA 
 
 
 
 
 
 
*para todos verem: esquema abaixo 
 
 21 
 
 
 
 
 
 
 
 
 A resposta à acusação é oferecida após a citação do acusado. 
Antes, por óbvio, da audiência de instrução. 
Logo, deve haver denúncia, o recebimento da denúncia e a 
citação do réu. Não poderá ter sido realizada audiência de instrução e 
julgamento. 
DICA: Nem sempre consta expressamente no enunciado toda a sequência dos 
atos (“foi oferecida denúncia e recebida”). Basta, para identificar a peça 
resposta à acusação, que no enunciado conste como último ato processual a 
CITAÇÃO. 
Exemplos: 
Peça XXIV EXAME: “Em busca do cumprimento do mandado de citação, o oficial de 
justiça comparece à residência de Patrick e verifica que o imóvel se encontrava 
trancado. Apenas em razão desse único comparecimento no dia 26/02/2018, 
certifica que o réu estava se ocultando para não ser citado e realiza, no dia 
seguinte, citação por hora certa, juntando o resultado do mandado de citação e 
intimação para defesa aos autos no mesmo dia. Maria, vizinha que presenciou a 
conduta do oficial de justiça, se assusta e liga para o advogado de Patrick, 
informando o ocorrido e esclarecendo que ele se encontra trabalhando e ficará 
embarcado por 15 dias. O advogado entra em contato com Patrick por email e este 
apenas consegue encaminhar uma procuração para adoção das medidas cabíveis, 
fazendo uma pequena síntese do ocorrido por escrito. Considerando a situação 
*para todos verem: esquema abaixo 
 
 22 
 
narrada, apresente, na qualidade do advogado de Patrick, a peça jurídica cabível, 
diferente do habeas corpus, apresentando todas as teses jurídicas de direito material 
e processual pertinentes. A peça deverá ser datada do último dia do prazo. (Valor: 
5,00)” “PEDIU PARA PARAR, PAROU NA CITAÇÃO: RESPOSTA À ACUSAÇÃO 
 
Peça XXI Exame: “Diante disso, em 16 de março de 2015, segunda-feira, sendo 
terça-feira dia útil em todo o país, Gabriela e o advogado compareceram ao cartório, 
onde são informados que o processo estava em seu regular prosseguimento desde 
2011, sem qualquer suspensão, esperando a localização de Gabriela para citação. 
Naquele mesmo momento, Gabriela foi citada, assim como intimada, junto ao seu 
advogado, para apresentação da medida cabível. Cabe destacar que a ré, 
acompanhada de seu patrono, já manifestou desinteresse em aceitar a proposta de 
suspensão condicional do processo oferecida pelo Ministério Público. Considerando 
a situação narrada, apresente, na qualidade de advogado(a) de Gabriela, a peça 
jurídica cabível, diferente do habeas corpus, apresentando todas as teses jurídicas 
de direito material e processual pertinentes. A peça deverá ser datada no último dia 
do prazo. (Valor: 5,00)” Pediu para parar, parou na citação: resposta à acusação 
Peça VIII Exame: “(...) Recebida a inicial pelo juízo da 5ª Vara Criminal, o réu é 
citado no dia 18 de janeiro de 2011.(...)” PEDIU PARA PARAR, PAROU AQUI!!! 
 
4.3. BASE LEGAL 
 
 
 
 
4.4. PRAZO 
Devidamente citado, cumpre ao réu oferecer resposta escrita, 
por escrito, no prazo de 10 dias. O Código de Processo Penal não aponta a partir de 
Base Legal: art. 396 e 396-A do CPP 
*para todos verem: esquema abaixo 
 
 23 
 
quando começa a correr o prazo de citação. Por isso, adota-se, por analogia, o art. 
406, § 1º, CPP e Súmula 710 do STF, segundo o qual o prazo será contado a partir 
do efetivo cumprimento do mandado e não da juntada do mandado aos autos. 
 
 
 
 
Defensor Público: prazo em dobro. 
O prazo processual guarda relação, invariavelmente, aos 
prazos para praticar atos processuais. Ex: apresentar resposta à acusação, 
memoriais, interposição de recursos. 
O prazo processual é disciplinado no artigo 798 do CPP. 
O prazo começa a correr a partir do 1º dia útil da citação. 
Assim, se a citação ocorreu na sexta (dia 05/08), o prazo começará a correr no dia 
08/08 (segunda-feira, que será o primeiro dia útil). 
Se o prazo vencer num sábado, domingo, ou feriado, será 
prorrogado para o 1º dia útil. 
Tomemos como o exemplo o prazo considerado no XXI Exame, 
quando caiu resposta à acusação. A ré foi citada no dia 16/03/2015, numa segunda-
feira. O prazo começa a correr a partir do 1º dia útil (17/03/2015, terça-feira) - 
18/03/2015 (quarta) – 19/03/2015 (quinta) – 20/03/2015 (sexta) – 21/03/2015 
(sábado) – 22/03/2015 (domingo) – 23/03/2015 (segunda) – 24/03/2015 (terça) – 
25/03/2015 (quarta) – 26/03/2015 (quinta). 
O último dia do prazo para apresentar a resposta à acusação 
seria o dia 26/03/2015. 
 
 
10 DIAS 
PRAZO 
A CONTAR DO 
EFETIVO 
CUMPRIMENTO DO 
MANDADO 
*para todos verem: esquema abaixo 
 
 24 
 
Se o dia 26/03/2015 tivesse caído num sábado ou domingo, o 
prazo deveria ser prorrogado para o 1º dia útil. Logo, se o dia 26/03/2015 tivesse 
caído no sábado, o último dia do prazo seria 28/03/2015 (segunda-feira). 
 
4.5. CONTEÚDO 
Na resposta à acusação, deve-se buscar eventuais 
informações que permitam desenvolver teses preliminares e de mérito. 
É o momento destinado ao denunciado arguir nulidades, em 
matéria preliminar, consistente, inclusive, em defeitos de natureza processual 
constantes na peça acusatória e, até mesmo, na fase de inquérito (nulidade de 
provas produzidas no Inquérito), bem como toda matéria de defesa, visando à 
absolvição sumária (art. 397 CPP), oferecer documentos, especificar as provas que 
pretende produzir e arrolar testemunhas. 
Assim, no caso da resposta à acusação, as teses de mérito 
guardam relação com as hipóteses que ensejam a absolvição sumária, previstas no 
artigo 397 do CPP. 
Em síntese, na resposta à acusação, assim como nas outras 
peças, deve-se desenvolver uma tese que, ao final, viabilizará o correspondente 
pedido. Ou seja, a tese invariavelmente guarda relação com o objeto de pedido. 
Nesse sentido, considerando que o pedido correspondente à 
resposta à acusação é de ABSOLVIÇÃO SUMÁRIA, com base no artigo 397 do 
CPP, as teses de mérito na resposta à acusação envolvem, via de regra: 
 
 
 
 
 
 25 
 
 
I) causa excludente de ilicitude 
II) excludente de culpabilidade, salvo a inimputabilidade por doença 
mental 
III) excludente de tipicidade 
IV) causas extintivas de punibilidade 
Portanto, na resposta à acusação, deve-se buscar no 
enunciado: 
4.5.1. Preliminares 
As preliminares, geralmente, guardam relação com vícios 
processuais e procedimentais decorrentes da inobservância de exigências legais 
que podem levar à nulidade do ato e dos que dele derivam e, até mesmo, do 
processo. 
* Alguns exemplos de preliminares 
 
a) Incompetência absoluta do juízo 
b) Rejeição da denúncia (art. 395) 
c) Nulidade da citação 
d) Nulidade/ilicitude de prova produzida no inquérito policial 
e) Nulidades – art. 564 CPP, I, II, III (“a”, “b”, “c” e “e”) e IV 
f) Nulidade do processo por não ter sido adotado o procedimento adequado. 
 
*para todos verem: esquema abaixo 
*para todos verem: esquema abaixo 
 
 26 
 
4.5.2. Mérito 
Corresponde, basicamente, em invocar causas excludentes de 
ilicitude, culpabilidade, salvo a inimputabilidadee tipicidade. Na resposta à 
acusação, a extinção da punibilidade integra uma das hipóteses de pedido de 
absolvição sumária, sendo, por isso, excepcionalmente, tratada como se mérito 
fosse. 
a) Algumas causas excludentes de ilicitude 
 
 
b) Algumas causas excludentes de culpabilidade 
 
 
 
 
 
FALTA DE POTENCIAL 
CONSCIÊNCIA DA ILICITUDE 
CAUSAS 
EXCLUDENTES 
DE 
CULPABILIDADE 
art. 397, II do CPP 
INIMPUTABILIDADE PELA EMBRIAGUEZ 
COMPLETA E ACIDENTAL 
art. 28, § 1º, CP 
art.21, CP 
INEXIGIBILIDADE DE 
CONDUTA DIVERSA 
art.22, CP 
ERRO DE 
PROIBIÇÃO 
INEVITÁVEL 
 
 
 
 
ILICITUDE 
COAÇÃO MORAL 
IRRESISTÍVEL 
 
 
 
 
ILICITUDE 
OBEDIÊNCIA 
HIERÁRQUICA 
 
 
 
 
ILICITUDE 
CAUSAS 
EXCLUDENTES 
DE ILICITUDE 
art. 397, I do CPP 
ESTADO DE NECESSIDADE 
art.24, CP 
LEGITIMA DEFESA 
art.25, CP 
ESTRITO CUMPRIMENTO DO DEVER LEGAL 
art.23, III, CP 
EXERCÍCIO REGULAR DO DIREITO 
art.23, III, CP 
CONSENTIMENTO DO OFENDIDO 
Causa Supralegal 
*para todos verem: esquema abaixo 
*para todos verem: esquema abaixo 
 
 27 
 
c) Alguns exemplos de excludentes da tipicidade que podem ensejar 
absolvição sumária 
 
d) Alguns exemplos de causas de extinção da punibilidade2 
 
2 Tratada aqui, excepcionalmente, como mérito, já que o seu reconhecimento enseja absolvição 
sumária (Art. 397, IV, CPP). 
 
CAUSAS DE 
EXTINÇÃO DA 
PUNIBILIDADE 
PRESCRIÇÃO 
RESSARCIMENTO DO DANO NO PECULATO CULPOSO 
PAGAMENTO INTEGRAL DO TRIBUTO OU CONTRIBUIÇÃO 
SOCIAL, INCLUSIVE ACESSÓRIOS 
RESSARCIMENTO DO DANO ANTES DO RECEBIMENTO DA 
DENUNCIA NO CRIME DE ESTELIONATO MEDIANTE EMISSÃO DE 
CHEQUE SEM PROVISÃO DE FUNDOS 
art. 171, § 2º, VI, CP e Súmula 554 STF 
HIPÓTESES DO ART. 107,CP 
art.109 a 117 CP 
art.312 § 3º CP 
CAUSAS 
EXCLUDENTES 
DE TIPICIDADE 
art. 397, III do 
CPP 
FATO ATÍPICO 
COAÇÃO FÍSICA IRRESISTÍVEL 
CRIME IMPOSSÍVEL 
art.17, CP 
ERRO DE TIPO ESSENCIAL 
art.20, CP 
PRINCÍPIO DA INSIGNIFICÂNCIA 
SÚMULA VINCULANTE Nº 24 
*para todos verem: esquema abaixo 
*para todos verem: esquema abaixo 
 
 28 
 
4.6. PEDIDO: ABSOLVIÇÃO SUMÁRIA – Art. 397 CPP 
 
 
 
No campo destinado aos pedidos, deve-se formular pedido 
expresso acerca de cada tese desenvolvida. Por exemplo, se foi desenvolvida tese 
que envolva preliminar (incompetência do juízo, por exemplo), deve-se pedir 
expressamente que seja declarada a incompetência do juízo. 
Além disso, após o oferecimento da resposta escrita, abre-se a 
possibilidade de o juiz absolver sumariamente o réu, encerrando o processo, quando 
incidir, no caso, causa manifesta de exclusão da ilicitude do fato; causa manifesta de 
exclusão da culpabilidade (exceto a inimputabilidade por doença mental, seguindo-
se o processo nesse caso); o fato narrado evidentemente não constituir crime 
(causas excludentes de tipicidade, por exemplo); ou causa extintiva de punibilidade. 
I - A existência manifesta de causa excludente da ilicitude do fato 
O juiz estará autorizado a julgar antecipadamente a lide penal 
quando estiver comprovada a existência manifesta de causa excludente da ilicitude 
do fato, prevista, via de regra, nos artigos 23, 24 e 25 do Código Penal. Ou seja, 
para a decretação da absolvição sumária é necessária a existência de prova que 
permita ao juiz, desde logo, em cognição sumária, obter plena certeza de que o réu 
agiu em legítima defesa, estado de necessidade, estrito cumprimento do dever legal 
ou exercício regular do direito. 
II - A existência manifesta de causa excludente da culpabilidade do agente, 
salvo inimputabilidade 
Trata o dispositivo, por exemplo, das causas de exclusão da 
culpabilidade consistente na embriaguez completa acidental (art. 28, §1º, do CP), a 
Na resposta à acusação, o pedido é de absolvição sumária, 
com base no artigo 397 do CPP. 
 
 29 
 
falta de potencial consciência da ilicitude (erro de proibição inevitável, artigo 21 do 
CP), coação moral irresistível e obediência hierárquica (art. 22 do CP). 
Na hipótese em que a inimputabilidade se encontra 
comprovada por exame de insanidade mental, o Código de Processo Penal não 
autoriza a absolvição imprópria do agente, pois esta implicará a imposição de 
medida de segurança, o que poderá ser prejudicial ao réu, já que não lhe será 
possível comprovar por outras teses defensivas a sua inocência, sem a imposição 
de qualquer outra medida restritiva. 
Além disso, em tese, ainda não há elementos suficientes para 
se aferir a inimputabilidade do réu, já que nem sequer iniciou a fase de instrução. 
III - Que o fato narrado evidentemente não constitui crime 
Se o juiz não rejeitar a denúncia e, por conta dos argumentos e 
provas juntadas com a resposta escrita, se convencer que o fato narrado não 
constitui crime, poderá, agora, absolver sumariamente o réu. 
Alguns exemplos: 
Ex: Acusado pela prática de crime contra a ordem tributária apresenta documento 
demonstrando que o tributo supostamente sonegado ainda não havia sido lançado 
(Súmula Vinculante nº 243). 
Ex2: erro de tipo essencial invencível. 
Ex3: crime impossível. 
Ex4: princípio da insignificância 
Ex5: fato atípico 
IV – Extinção da punibilidade do agente 
Aqui há uma impropriedade do legislador, pois, nos casos de 
extinção de punibilidade, não há análise de mérito, mas causa impeditiva da sua 
 
3 Súmula vinculante nº 24: “Não se tipifica crime material contra a ordem tributária, previsto no art. 1º, 
incisos I a IV, da Lei nº 8.137/90, antes do lançamento definitivo do tributo”. 
 
 30 
 
análise. Além disso, o artigo 61 do CPP permite que o juiz, em qualquer fase do 
processo, reconheça a extinção da punibilidade, inclusive de ofício. 
De qualquer modo, para fins de resposta escrita, o juiz declara 
extinta a punibilidade e absolve o réu, com base no art. 397, inciso IV, do CPP. 
V – Produção de provas e rol de testemunhas 
Também deve constar pedido expresso de produção de 
provas, com designação de audiência de instrução e julgamento e oitiva das 
testemunhas arroladas 
4.7. RECURSOS 
A absolvição sumária faz coisa julgada material, resolvendo, 
pois, definitivamente o mérito da causa. 
Por isso, da decisão que absolve sumariamente o réu com 
base no artigo 397, incisos I, II e III, cabe apelação. 
Quanto à decisão que declara a extinção da punibilidade, 
impropriamente considerada como hipótese de absolvição sumária, a doutrina é 
uníssona no sentido de que o recurso cabível é o recurso em sentido estrito, com 
base no artigo 581, VIII, do CPP. 
Não há recurso cabível contra a decisão que não acolhe o 
pedido de absolvição sumária. Nesse caso, assim como na hipótese de recebimento 
da denúncia ou queixa, a medida cabível é a impetração de habeas corpus visando 
ao trancamento da ação penal. 
 
4.8. DICAS 
Embora não seja comum neste momento processual, cremos 
ser possível a desclassificação do delito em sede de resposta à acusação, como, por 
exemplo: 
a) desclassificação ensejar incompetência absoluta do juízo (arguida em preliminar); 
 
 31 
 
Ex: Denúncia pela prática do delito de moeda falsa (art. 289 
CP) perante a Justiça Federal. Acolhida a tese da falsificação grosseira, alegada na 
resposta à acusação, haverá desclassificação para o delito de estelionato (art. 171 
do CP), cuja competência é da Justiça Estadual, nos termos da Súmula 73 do STJ. 
b) desclassificação para crime de ação penal pública condicionada à representação 
ou de ação penal privada, que, ao final, redundará na decadência e pedido de 
absolvição sumária, pela extinção da punibilidade (art. 397, inciso IV, do CPP) 
Ex: Conforme admitido no VIII Exame da OAB, possível 
postular a desclassificação do delito, com consequente extinção da punibilidade se 
desclassificado para crime de ação penal privada, com prazo decadencial expirado. 
No caso do VIII Exame, exigiu-se a desclassificação do crime de extorsão (art. 158 
do CP) para exercício arbitrário das próprias razões (art. 345do CP), que se trata de 
crime, via de regra, de ação penal privada. 
4.9. ESTRUTURA DA RESPOSTA À ACUSAÇÃO 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
*para todos verem: esquema abaixo 
BASE LEGAL: ART. 396 E 
396-A DO CPP 
 
RESPOSTA 
À 
ACUSAÇÃO 
PEDIDO: 
 
a) seja reconhecida a 
incompetência do juízo; 
 
b) seja rejeitada a denúncia; 
 
c) nulidades (referir todas as 
nulidades enfrentadas na 
peça); 
 
d) seja o réu absolvido 
sumariamente, com base no 
artigo 397 (apontar o inciso 
correspondente); 
 
e) a produção de provas, 
com designação de 
audiência de instrução e 
julgamento e oitiva das 
testemunhas arroladas. 
NO MÉRITO: 
- Causa excludente de ilicitude 
- Causa excludente de culpabilidade 
- Causa excludente de tipicidade 
- Causa excludente de punibilidade 
 
 
PRAZO: 10 DIAS 
1. PRELIMINARES 
 
- Incompetência do 
Juízo 
- Rejeição da 
Denúncia 
- Nulidades 
2. MÉRITO 
 
COM BASE NO 
ART. 397 DO CPP 
 
 32 
 
EM RESUMO: 
 
 
 
*para todos verem: esquema abaixo 
 
 33 
 
ESTRUTURA DA RESPOSTA À ACUSAÇÃO: 
A) EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA ... VARA 
CRIMINAL DA COMARCA ... (SE CRIME DA COMPETÊNCIA DA JUSTIÇA 
ESTADUAL) 
B) EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ FEDERAL DA ... VARA CRIMINAL 
DA JUSTIÇA FEDERAL DA SECÃO JUDICIÁRIA DE ... (SE CRIME DA 
COMPETÊNCIA DA JUSTIÇA FEDERAL)4 
Processo nº ... 
 
 
FULANO DE TAL, já qualificado nos autos, por seu procurador 
infra-assinado, com procuração em anexo, vem, respeitosamente, à presença de 
Vossa Excelência apresentar RESPOSTA À ACUSAÇÃO, com base nos artigos 
396 e 396-A do Código de Processo Penal, pelos fatos e fundamentos jurídicos a 
seguir expostos: 
I) DOS FATOS5 
II) DO DIREITO 
A) DAS PRELIMINARES6 
B) DO MÉRITO 
* Após identificar e arguir eventuais preliminares contidas no enunciado, deve-
se atacar o mérito, buscando a absolvição sumária do réu, com base no artigo 397 
do CPP. 
* No mérito, busca-se, invariavelmente, no enunciado causas excludentes do 
crime: ilicitude, culpabilidade, tipicidade e, excepcionalmente na resposta à 
acusação, causas extintivas de punibilidade. 
* O VIII exame da OAB também considerou a desclassificação de um crime 
para outro. Extorsão (art. 158 do CP) para Exercício arbitrário das próprias razões 
(art. 345 do CP), com posterior decadência do direito de queixa, pois desclassificado 
para crime de ação penal privada. 
 
4 Competência da Justiça Federal – Art. 109 CF/88 
5 Narrar o fato, fazendo um breve relato. Não inventar dados nem transcrever o enunciado. Relatar o 
crime pelo qual o réu foi denunciado. O oferecimento e recebimento da denúncia. Que o réu foi citado 
6 As preliminares são questões que envolvem vícios formais processuais e procedimentais. São 
questões que levam à nulidade do ato ou do próprio processo. Não guardam nenhuma relação com a 
absolvição (que trata de matéria de mérito) 
 
 34 
 
III) DO PEDIDO7 
Ante o exposto, requer o denunciado: 
a) seja reconhecida a incompetência do juízo; 
b) seja rejeitada a denúncia; 
c) nulidades (referir todas as nulidades enfrentadas na peça); 
d) Absolvição sumária, com base no artigo 397 (apontar o inciso 
correspondente); 
e) A produção de provas, com designação de audiência de instrução e 
julgamento e oitiva das testemunhas arroladas. 
 
ROL DE TESTEMUNHAS8 
 
A) FULANO DE TAL 
B) CICLANO DE TAL 
Nestes termos, 
Pede deferimento. 
 
Local...e data...9 
 
Advogado... 
OAB... 
 
 
 
 
 
 
 
 
7 Deve-se elaborar os pedidos de modo articulado, seguindo-se a ordem das teses desenvolvidas, 
desde as preliminares até o mérito. 
8 colocar somente os nomes e dados fornecidos pela banca. não inventar nada. 
9 cuidado com o prazo. A FGV pode pedir para que seja apontado o último dia do prazo 
 
 35 
 
Cuidado: No procedimento crimes de responsabilidade dos 
funcionários públicos (art. 514 do CPP) e tráfico ilícito de entorpecentes (art. 55 da 
Lei 11.343/2006) há previsão de defesa preliminar (que não se confunde com a 
resposta escrita do art. 396 do CPP). 
A defesa preliminar desses procedimentos especiais visa, em 
síntese, a convencer ao juiz a rejeitar a denúncia ou queixa. Ou seja, tem cabimento 
antes do recebimento da denúncia ou queixa, e o réu é notificado (e não citado) para 
apresentá-la. 
O equívoco no fundamento legal pode levar a zerar e peça. 
PEÇA PROFISSIONAL XXV EXAME 
Patrick, nascido em 04/06/1960, tio de Natália, jovem de 18 anos, estava na varanda 
de sua casa em Araruama, em 05/03/2017, no interior do Estado do Rio de Janeiro, 
quando vê o namorado de sua sobrinha, Lauro, agredindo-a de maneira violenta, em 
razão de ciúmes. Verificando o risco que sua sobrinha corria com a agressão, 
Patrick gritou com Lauro, que não parou de agredi-la. Patrick não tinha outra forma 
de intervir, porque estava com uma perna enfaixada devido a um acidente de 
trânsito. Ao ver que as agressões não cessavam, foi até o interior de sua residência 
e pegou uma arma de fogo, de uso permitido, que mantinha no imóvel, devidamente 
registrada, tendo ele autorização para tanto. Com intenção de causar lesão corporal 
que garantisse a debilidade permanente de membro de Lauro, apertou o gatilho para 
efetuar disparo na direção de sua perna. Por circunstâncias alheias à vontade de 
Patrick, a arma não funcionou, mas o barulho da arma de fogo causou temor em 
Lauro, que empreendeu fuga e compareceu à Delegacia para narrar a conduta de 
Patrick. Após meses de investigações, com oitiva dos envolvidos e das testemunhas 
presenciais do fato, quais sejam, Natália, Maria e José, estes dois últimos sendo 
vizinhos que conversavam no portão da residência, o inquérito foi concluído, e o 
Ministério Público ofereceu denúncia, perante o juízo competente, em face de 
Patrick como incurso nas sanções penais do Art. 129, § 1º, inciso III, c/c. o Art. 14, 
inciso II, ambos do Código Penal. Juntamente com a denúncia, vieram as principais 
peças que constavam do inquérito, inclusive a Folha de Antecedentes Criminais, na 
qual constava outra anotação por ação penal em curso pela suposta prática do crime 
 
 36 
 
do Art. 168 do Código Penal, bem como o laudo de exame pericial na arma de 
Patrick apreendida, o qual concluiu pela total incapacidade de efetuar disparos. Em 
busca do cumprimento do mandado de citação, o oficial de justiça comparece à 
residência de Patrick e verifica que o imóvel se encontrava trancado. Apenas em 
razão desse único comparecimento no dia 26/02/2018, certifica que o réu estava se 
ocultando para não ser citado e realiza, no dia seguinte, citação por hora certa, 
juntando o resultado do mandado de citação e intimação para defesa aos autos no 
mesmo dia. Maria, vizinha que presenciou a conduta do oficial de justiça, se assusta 
e liga para o advogado de Patrick, informando o ocorrido e esclarecendo que ele se 
encontra trabalhando e ficará embarcado por 15 dias. O advogado entra em contato 
com Patrick por email e este apenas consegue encaminhar uma procuração para 
adoção das medidas cabíveis, fazendo uma pequena síntese do ocorrido por escrito. 
Considerando a situação narrada, apresente, na qualidade do advogado de Patrick, 
a peça jurídica cabível, diferente do habeas corpus, apresentando todas as teses 
jurídicas de direito material e processual pertinentes. A peça deverá ser datada do 
último dia do prazo. (Valor: 5,00) Obs.: a peça deve abranger todos os fundamentos 
de Direito que possam ser utilizados para dar respaldo à pretensão. A simples 
menção ou transcrição do dispositivo legal não confere pontuação. 
 
PEÇA PROFISSIONAL XXI EXAME 
Gabriela, nascida em 28/04/1990, terminou relacionamento amoroso com Patrick, 
não mais suportando as agressões físicas sofridas, sendo expulsa do imóvel em que 
residia com o companheiro em comunidade carente na cidade de Fortaleza, Ceará, 
juntamente com o filho do casal de apenas 02 anos. Sem ter familiares no Estado e 
nem outrosconhecidos, passou a pernoitar com o filho em igrejas e outros locais de 
acesso público, alimentando-se a partir de ajudas recebidas de desconhecidos. 
Nessa época, Gabriela fez amizade com Maria, outra mulher em situação de rua que 
frequentava os mesmos espaços que ela. No dia 24 de dezembro de 2010, não mais 
aguentando a situação e vendo o filho chorar e ficar doente em razão da ausência 
de alimentação, após não conseguir emprego ou ajuda, Gabriela decidiu ingressar 
em um grande supermercado da região, onde escondeu na roupa dois pacotes de 
 
 37 
 
macarrão, cujo valor totalizava R$18,00(dezoito reais). Ocorre que a conduta de 
Gabriela foi percebida pelo fiscal de segurança, que a abordou no momento em que 
ela deixava o estabelecimento comercial sem pagar pelos bens, e apreendeu os dois 
produtos escondidos. Em sede policial, Gabriela confirmou os fatos, reiterando a 
ausência de recursos financeiros e a situação de fome e risco físico de seu filho. 
Juntado à Folha de Antecedentes Criminais sem outras anotações, o laudo de 
avaliação dos bens subtraídos confirmando o valor, e ouvidos os envolvidos, 
inclusive o fiscal de segurança e o gerente do supermercado, o auto de prisão em 
flagrante e o inquérito policial foram encaminhados ao Ministério Público, que 
ofereceu denúncia em face de Gabriela pela prática do crime do Art. 155, caput, c/c 
Art. 14, inciso II, ambos do Código Penal, além de ter opinado pela liberdade da 
acusada. O magistrado em atuação perante o juízo competente, no dia 18 de janeiro 
de 2011, recebeu a denúncia oferecida pelo Ministério Público, concedeu liberdade 
provisória à acusada, deixando de converter o flagrante em preventiva, e determinou 
que fosse realizada a citação da denunciada. Contudo, foi concedida a liberdade 
para Gabriela antes de sua citação e, como ela não tinha endereço fixo, não foi 
localizada para ser citada. No ano de 2015, Gabriela consegue um emprego e fica 
em melhores condições. Em razão disso, procura um advogado, esclarecendo que 
nada sabe sobre o prosseguimento da ação penal a que respondia. Disse, ainda, 
que Maria, hoje residente na rua X, na época dos fatos também era moradora de rua 
e tinha conhecimento de suas dificuldades. Diante disso, em 16 de março de 2015, 
segunda-feira, sendo terça-feira dia útil em todo o país, Gabriela e o advogado 
compareceram ao cartório, onde são informados que o processo estava em seu 
regular prosseguimento desde 2011, sem qualquer suspensão, esperando a 
localização de Gabriela para citação. Naquele mesmo momento, Gabriela foi citada, 
assim como intimada, junto ao seu advogado, para apresentação da medida cabível. 
Cabe destacar que a ré, acompanhada de seu patrono, já manifestou desinteresse 
em aceitar a proposta de suspensão condicional do processo oferecida pelo 
Ministério Público. Considerando a situação narrada, apresente, na qual idade de 
advogado(a) de Gabriela, a peça jurídica cabível, diferente do habeas corpus, 
apresentando todas as teses jurídicas de direito material e processual pertinentes. A 
peça deverá ser datada no último dia do prazo. (Valor: 5,00) Obs.: a peça deve 
abranger todos os fundamentos de Direito que possam ser utilizados para dar 
 
 38 
 
respaldo à pretensão. A simples menção ou transcrição do dispositivo legal não 
confere pontuação. 
 
QUESTÃO 3 – XVII EXAME 
Ruth voltava para sua casa falando ao celular, na cidade de Santos, quando foi 
abordada por Antônio, que afirmou: “Isso é um assalto! Passa o celular ou verá as 
consequências!”. Diante da grave ameaça, Ruth entregou o telefone e o agente fugiu 
em sua motocicleta em direção à cidade de Mogi das Cruzes, consumando o crime. 
Nervosa, Ruth narrou o ocorrido para o genro Thiago, que saiu em seu carro, junto 
com um policial militar, à procura de Antônio. Com base na placa da motocicleta 
anotada por Ruth, Thiago localizou Antônio, já em Mogi das Cruzes, ainda na posse 
do celular da vítima e também com uma faca em sua cintura, tendo o policial 
efetuado a prisão em flagrante. Em razão dos fatos, Antônio foi denunciado pela 
prática do crime previsto no Art. 157, § 2º, inciso I, do Código Penal, perante uma 
Vara Criminal da comarca de Mogi das Cruzes, ficando os familiares do réu 
preocupados, porque todos da região sabem que o magistrado, em atuação naquela 
Vara, é extremamente severo. A defesa foi intimada a apresentar resposta à 
acusação. Considerando que o flagrante foi regular e que os fatos são verdadeiros, 
responda, na qualidade de advogado(a) de Antônio, aos itens a seguir. 
A) Que medida processual poderia ser adotada para evitar o julgamento perante a 
Vara Criminal de Mogi das Cruzes? Justifique. (Valor: 0,65) 
B) No mérito, caso Antônio confesse os fatos durante a instrução, qual argumento de 
direito material poderia ser formulado para garantir uma punição mais branda do que 
a pleiteada na denúncia? Justifique. (Valor: 0,60) 
 
 
QUESTÃO 3 – XV EXAME 
A Receita Federal identificou que Raquel possivelmente sonegou Imposto sobre a 
Renda, causando prejuízo ao erário no valor de R$27.000,00 (vinte e sete mil reais). 
Foi instaurado, então, procedimento administrativo, não havendo, até o presente 
momento, lançamento definitivo do crédito tributário. Ao mesmo tempo, a Receita 
Federal expediu ofício informando tais fatos ao Ministério Público Federal, que, 
 
 39 
 
considerando a autonomia das instâncias, ofereceu denúncia em face de Raquel 
pela prática do crime previsto no Art. 1º, inciso I, da Lei nº 8.137/90. 
Assustada com a ratificação do recebimento da denúncia após a apresentação de 
resposta à acusação pela Defensoria Pública, Raquel o procura para, na condição 
de advogado, tomar as medidas cabíveis. 
Diante disso, responda aos itens a seguir. 
A) Qual a medida jurídica a ser adotada de imediato para impedir o prosseguimento 
da ação penal? (Valor: 0,60) 
B) Qual a principal tese jurídica a ser apresentada? (Valor: 0,65) 
O examinando deve fundamentar suas respostas. A mera citação do dispositivo legal 
não confere pontuação. 
 
 
 
QUESTÃO 1 – VIII OAB 
Em determinada ação fiscal procedida pela Receita Federal, ficou constatado que 
Lucile não fez constar quaisquer rendimentos nas declarações apresentadas pela 
sua empresa nos anos de 2009, 2010 e 2011, omitindo operações em documentos e 
livros exigidos pela lei fiscal. Iniciado processo administrativo de lançamento, mas 
antes de seu término, o Ministério Público entendeu por bem oferecer denúncia 
contra Lucile pela prática do delito descrito no art. 1º, inciso II da Lei n. 8.137/90, 
combinado com o art. 71 do Código Penal. A inicial acusatória foi recebida e a 
defesa intimada a apresentar resposta à acusação. 
Atento(a) ao caso apresentado, bem como à orientação dominante do STF sobre o 
tema, responda, fundamentadamente, o que pode ser alegado em favor de Lucile. 
(Valor: 1,25) 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 40 
 
 
FAÇA VOCÊ MESMO! 
 
Para exercitar a peça acima, consulte o material disponível na pasta “Peças 
de 1º Grau” no Sistema EAD. 
 
Acesse Peças de 1º Grau clicando aqui. 
 
O enunciado correspondente está na apostila “E-book: Caderno de peças”, na 
pág. 3. E a resolução consta na mesma apostila, na pág. 30. 
 
Clique aqui e acesse o E-book. 
 
Após realizar a peça, assista à respectiva aula de estruturação! 
 
Acesse a aula clicando aqui. 
 
 
 
 
 
https://ceisc.com.br/ead/curso/aulas_categoria/586/1299
https://d1ly1csstr22jg.cloudfront.net/arquivos/FUm3DPggl5JcVRpluefQHixeidBlnaoAuIpBlCuf.pdf
https://ceisc.com.br/ead/aula/586/90415/37
 
 41 
 
PEÇAS DE 1º GRAU 
 
5. AUDIÊNCIA DE INSTRUÇÃO 
 
Em não sendo caso de absolvição sumária, o Magistrado 
designará audiência de instrução e julgamento, aonde a produção de prova é 
concentrada, ou seja, toda prova oral deverá, em regra, ser produzida em única 
audiência. 
Na audiência de instrução, deve-se respeitar aordem 
estabelecida pelo procedimento legal. 
Primeiramente, ouve-se o ofendido; depois, as testemunhas de 
acusação; após, as testemunhas de defesa e, por fim, proceder-se-á ao 
interrogatório do réu. Note-se que, para viabilizar a ampla defesa, o 
interrogatório do réu passou a ser o último ato instrutório. 
Se a inversão da ordem de inquirição for determinada pelo juiz 
sem concordância do réu, gera-se nulidade relativa. 
Durante a audiência de instrução e julgamento pode haver, 
ainda, esclarecimentos de perito, acareação, reconhecimento de pessoas e coisas. 
No procedimento comum ordinário, as partes podem arrolar, 
sem justificar ou motivar, até 08 testemunhas cada uma. 
Encerrado o interrogatório, passa-se à fase das diligências, 
passíveis de serem requeridas pelas partes cuja necessidade ou conveniência se 
origine de circunstâncias ou de fatos apurados na instrução. 
Ordenada diligência considerada imprescindível, de ofício ou a 
requerimento da parte, a audiência será concluída sem as alegações finais. 
Realizada a diligência determinada, as partes apresentarão, conforme artigo 404, 
parágrafo único, do CPP, no prazo sucessivo de cinco dias, suas alegações finais, 
por memorial, e, no prazo de 10 dias, o juiz proferirá a sentença. Trata-se, portanto, 
de hipótese em que será autorizada a cisão da audiência única. 
 
 
 
 42 
 
POSSÍVEIS NULIDADES 
DURANTE A AUDIÊNCIA DE 
INSTRUÇÃO E JULGAMENTO 
INVERSÃO ORDEM 
INQUIRIÇÃO 
AUSÊNCIA CIENTIFICAÇÃO DO DIREITO AO 
SILÊNCIO 
NÃO VIABILIZAÇÃO DE CONVERSA 
PRÉVIA E RESERVADA COM 
DEFENSOR 
AUSÊNCIA DO DEFENSOR 
 
 
 
 
 
 
 
*para todos verem: esquema abaixo 
 
 43 
 
PEÇA: 
MEMORIAIS ESCRITOS 
PALAVRA MÁGICA: 
ENCERRADA A 
INSTRUÇÃO 
PAROU! 
PEDIU PRA PARAR 
 
PEÇAS DE 1º GRAU 
MEMORIAIS OU ALEGAÇÕES FINAIS POR MEMORIAIS 
6.1. Introdução 
6.2. Identificação da peça 
6.3. Base legal 
6.4. Prazo 
6.5. Conteúdo 
6.6. Pedido 
6.7. Estrutura dos Memoriais 
 
6. MEMORIAIS OU ALEGAÇÕES FINAIS POR MEMORIAIS 
 
6.1. INTRODUÇÃO 
Declarada encerrada a instrução, passa-se à etapa dos 
debates orais. Todavia, sobretudo no contexto da prova da OAB, os debates orais 
podem ser convertidos em memoriais escritos em, basicamente, três hipóteses: a) 
complexidade da causa; b) excessivo número de réus; c) quando na audiência for 
ordenada realização de diligência. 
 
6.2. IDENTIFICAÇÃO DA PEÇA 
 
Os memoriais são oferecidos após o encerramento da 
instrução e antes da sentença. 
 
*para todos verem: esquema abaixo 
 
 44 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Exemplos de como identificar a peça extraídos de memoriais 
que já cobrados pela FGV: 
XXVI EXAME 
(...) Na audiência de instrução e julgamento, a vítima Maria foi ouvida, confirmou 
suas declarações em sede policial, disse que tinha 17 anos, apesar de ter esquecido 
seu documento de identificação para confirmar, apenas apresentando cópia de sua 
matrícula escolar, sem indicar data de nascimento, para demonstrar que, de fato, era 
Maria. José foi ouvido e também confirmou os fatos narrados na denúncia, assim 
como os policiais. O réu não estava presente na audiência por não ter sido intimado 
e, apesar de seu advogado ter-se mostrado inconformado com tal fato, o ato foi 
realizado, porque o interrogatório seria feito em outra data. 
Na segunda audiência, Lauro foi ouvido, confirmando integralmente os fatos 
narrados na denúncia, mas demonstrou não ter conhecimento sobre as declarações 
das testemunhas e da vítima na primeira audiência. Na mesma ocasião, foi, ainda, 
juntado o laudo de exame do material apreendido, o laudo da arma de fogo 
demonstrando o potencial lesivo e a Folha de Antecedentes Criminais, sem outras 
anotações. Encaminhados os autos para o Ministério Público, foi apresentada 
manifestação requerendo condenação nos termos da denúncia. 
Encerramento da Instrução--------MEMORIAIS------sentença 
 
*para todos verem: esquema abaixo 
 
 45 
 
Em seguida, a defesa técnica de Lauro foi intimada, em 04 de setembro de 
2018, terça-feira, sendo quarta-feira dia útil em todo o país, para apresentação 
da medida cabível. 
Considerando apenas as informações narradas, na condição de advogado(a) de 
Lauro, redija a peça jurídica cabível, diferente de habeas corpus, apresentando 
todas as teses jurídicas pertinentes. A peça deverá ser datada do último dia do 
prazo para interposição. (Valor: 5,00) 
 
XXIII EXAME 
(...) Recebida a denúncia, durante a instrução, foi ouvida Cláudia, que confirmou ter 
deixado seu notebook acoplado à tomada, mas que Roberta o subtraíra, somente 
havendo restituição do bem com a descoberta dos agentes da lei. Também foram 
ouvidos os funcionários do curso preparatório, que disseram ter identificado a autoria 
a partir das câmeras de segurança. Roberta, em seu interrogatório, confirma os 
fatos, mas esclarece que acreditava que o notebook subtraído era seu e, por isso, 
levara-o para casa. Foi juntada a Folha de Antecedentes Criminais da ré sem 
qualquer outra anotação, o laudo de avaliação do bem subtraído, que constatou seu 
valor de R$ 3.000,00 (três mil reais), e o CD com as imagens captadas pela câmera 
de segurança. O Ministério Público, em sua manifestação derradeira, requereu a 
condenação da ré nos termos da denúncia. Você, como advogado(a) de 
Roberta, é intimado(a) no dia 24 de agosto de 2016, quarta-feira, sendo o dia 
seguinte útil em todo o país, bem como todos os dias da semana seguinte, 
exceto sábado e domingo. Considerando apenas as informações narradas, na 
condição de advogado(a) de Roberta, redija a peça jurídica cabível, diferente de 
habeas corpus, apresentando todas as teses jurídicas pertinentes. A peça deverá 
ser datada no último dia do prazo para interposição. (Valor: 5,00) 
 
XX EXAME 
(...) Após a juntada da Folha de Antecedentes Criminais do réu, apenas 
mencionando aquele inquérito, e do laudo de exame de material, confirmando que, 
 
 46 
 
de fato, a substância encontrada no veículo do denunciado era “cloridrato de 
cocaína”, os autos foram encaminhados para o Ministério Público, que pugnou pela 
condenação do acusado nos exatos termos da denúncia. Em seguida, você, 
advogado (a) de Astolfo, foi intimado (a) em 06 de março de 2015, uma sexta-feira. 
Com base nas informações acima expostas e naquelas que podem ser inferidas do 
caso concreto, redija a peça cabível, excluída a possibilidade de Habeas Corpus, no 
último dia do prazo, sustentando todas as teses jurídicas pertinentes. (Valor: 5,00) 
 
XVII EXAME 
(...) Após, foi juntada a Folha de Antecedentes Criminais de Daniel, que ostentava 
apenas aquele processo pelo porte de arma de fogo, que não tivera proferida 
sentença até o momento, o laudo de avaliação indireta do automóvel e o vídeo da 
câmera de segurança da residência. O Ministério Público, em sua manifestação 
derradeira, requereu a condenação nos termos da denúncia. A defesa de 
Daniel é intimada em 17 de julho de 2015, sexta feira. 
 
 
XIV EXAME DA OAB 
(...) A prova pericial atestou que a menor não era virgem, mas não pôde afirmar que 
aquele ato sexual foi o primeiro da vítima, pois a perícia foi realizada longos meses 
após o ato sexual. O Ministério Público pugnou pela condenação de Felipe nos 
termos da denúncia. A defesa de Felipe foi intimada no dia 10 de abril de 2014 
(quinta-feira). 
Com base somente nas informações de que dispõe e nas que podem ser inferidas 
pelo caso concreto acima, redija a peça cabível, no último dia do prazo, excluindo a 
possibilidade de impetração de Habeas Corpus, sustentando, para tanto, as teses 
jurídicas pertinentes. (Valor: 5,0) 
 
 
 
 
 47 
 
IX EXAME 
(...) Nesse sentido, considere que o magistrado encerrou a audiência e abriu 
prazo, intimando as partes, para o oferecimento da peça processual cabível. 
Como advogado de Gisele, levando em conta tão somente os dados contidos no 
enunciado, elabore apeça cabível. (Valor: 5,0) 
 
6.3. BASE LEGAL 
Há duas hipóteses de base legal: 
 
 
 
 
A) Pela complexidade da causa ou número de acusados: Art. 403, § 3º, CPP. 
 
B) Quando for requerido diligências em audiência: Art. 404, parágrafo único, 
CPP. 
Na realidade, em todas as provas da OAB EM que caiu a peça 
memoriais não havia complexidade na causa nem pluralidade de réus, e a FGV 
considerou como base legal o artigo 403, § 3º, do CPP. Basta ver, o que foi 
inusitado, os memoriais do IX Exame, que deveria ser direcionado para o JEC 
(sendo que no JEC não pode ter causas complexas), a base legal foi 403, § 3º, do 
CPP. Por isso, a sugestão é priorizar o artigo 403, § 3º, CPP. 
Note-se que o artigo 404 do CPP pressupõe diligências 
determinadas em audiência, a ponto de ser encerrada sem as alegações finais. 
Assim, para considerar o artigo 404, parágrafo único, do CPP, a realização de 
diligência imprescindível deve ser ordenada na própria audiência, que será 
concluída sem as alegações finais. Após a realização da diligência determinada em 
audiência, as partes serão intimadas para apresentar memoriais escritos. 
Base legal: art. 403, § 3º, CPP OU art. 404, parágrafo único, CPP. 
*para todos verem: esquema abaixo 
 
 48 
 
Logo, sugerimos usar o artigo 404, parágrafo único, do CPP 
quando o enunciado mencionar expressamente que foi ordenada diligência na 
audiência de instrução. Ou seja, produção de mais provas imprescindíveis para 
apuração dos fatos. 
 
6.4. PRAZO 
 
 
 
 
Prazo: 05 dias 
Defensor Público: prazo em dobro 
O prazo processual é disciplinado no artigo 798 do CPP. 
O prazo começa a correr a partir do 1º dia útil da citação ou 
intimação. Assim, se a intimação ocorreu na sexta (dia 05/08), o prazo começará a 
correr no dia 08/08 (segunda-feira, que será o primeiro dia útil). 
Se o prazo vencer num sábado, domingo, ou feriado, será 
prorrogado para o 1º dia útil. 
EX: A defesa foi intimada para apresentar memoriais no dia 
14.07.2014 (terça-feira), sendo o prazo de 05 dias. Nesse caso, como o quinto dia 
do prazo para a apresentação dos memoriais caiu no dia 19/07/2014 (domingo), 
prorroga-se para o primeiro dia útil, nos termos do artigo 798, § 3º, do CPP, razão 
pela qual o último dia do prazo será 20/07/2014 (segunda-feira). 
 
6.5. CONTEÚDO 
Os memoriais podem conter questões preliminares e/ou 
matérias de mérito. 
5 dias 
*para todos verem: esquema abaixo 
 
 49 
 
6.5.1. Preliminares 
Como já referido, as questões preliminares são aquelas que 
não observam aspectos formais de determinado ato processual, gerando, 
invariavelmente, nulidade. 
Aqui, por questão de organização, recomenda-se que as 
causas extintivas de punibilidade, notadamente prescrição, sejam abordadas no 
campo destinado às preliminares. 
6.5.2. Mérito 
Conforme já mencionado, nas peças práticas profissionais 
deverão ser buscadas no enunciado teses que, ao final, viabilizarão a formulação do 
correspondente pedido. Ou seja, aborda-se na peça aquilo que, ao final, poderá ser 
objeto de pedido. 
No caso dos memoriais escritos, as teses de mérito guardam 
relação com as hipóteses que ensejam a absolvição, previstas no artigo 386 do 
CPP. 
Considerando que o pedido de absolvição deve observar um 
dos incisos do artigo 386, a matéria de mérito nos memoriais (aqui vale para 
apelação) consistirá, necessariamente, na discussão, acerca da materialidade, 
autoria, tipicidade, ilicitude, culpabilidade, além de teses subsidiárias, formando 
aquilo que convencionamos representar pela sigla MATICS. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
M 
A 
T 
I 
C 
S 
MATERIALIDADE (incisos I e II) 
 
AUTORIA (incisos IV e V) 
 
TIPICIDADE (inciso III) 
 
ILICITUDE (inciso VI) 
 
CULPABILIDADE (inciso VI) 
 
SUBSIDIARIEDADE 
 
*para todos verem: esquema abaixo 
 
 50 
 
6.5.3. Subsidiariedade10 
 
Além das preliminares e das questões de mérito, deve-se 
buscar no enunciado informações que permitam identificar alguma tese subsidiária. 
As teses subsidiárias consistem, basicamente, nas hipóteses em que, uma vez 
condenado, permitem ao réu ter sua situação amenizada. 
Como forma de facilitar a identificação, convencionarmos 
considerar a ordem estabelecida no art. 59 do CP. Trata-se de espécie de checklist. 
a) na quantidade de pena: Art. 59, II: verificar o sistema trifásico (art. 68 do CP). 
* buscar no enunciado informações para sustentar a pena-base no mínimo legal 
(afastar, por exemplo, maus antecedentes); 
* Apontar atenuantes (previstas no artigo 65 do CP); afastar agravantes (previstas no 
artigo 61 e 62 do CP); 
* Apontar causas de diminuição de pena (ex: tentativa – art. 14, parágrafo único, do 
CP); afastar causas de aumento de pena. 
* Afastar qualificadoras 
b) regime carcerário mais brando: Art. 59, III, do CP 
* Verificar o artigo 33 do Código Penal e artigo 2º, § 1º, da Lei 8.072/90 ( O STF 
declarou inconstitucional esse dispositivo). 
c) Substituição da pena privativa de liberdade por restritiva de direitos: Art. 59, 
IV, do CP 
* Verificar o artigo 44 do CP e artigo 33, § 4º, da Lei 11.343/2006 (ver Resolução nº 
05 do Senado). 
d) Sursis – Art. 77 do CP 
e) Desclassificação do delito 
 
10 As teses subsidiárias serão estudadas com mais profundidade na aula de Direito Penal, na parte da 
teoria da pena. 
 
 51 
 
6.6. PEDIDO 
No campo destinado aos pedidos, deve-se formular pedido 
específico para cada uma das teses desenvolvidas ao longo da peça. 
Ex. Se sustentou a tese da incompetência do juízo, sob o 
argumento de que o processo tramita na Justiça Estadual, ao passo que a 
competência é da Justiça Federal, deve-se, ao final, formular pedido expresso de 
que seja declarada a incompetência do Juízo; 
Isso vale também para as matérias de mérito e teses 
subsidiárias. 
Se sustentou, por exemplo, princípio da insignificância, deve-se 
formular pedido expresso de absolvição, com base no artigo 386, inciso III, do CPP. 
Se sustentou, subsidiariamente, que o réu não é reincidente, deve-se, ao final, 
formular pedido expresso para afastar a reincidência, com a consequente diminuição 
da pena...e assim por diante... 
O pedido de absolvição tem como base uma das hipóteses 
do artigo 386 do CPP. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 ! 
 
 MEMORIAIS DO PROCEDIMENTO COMUM 
PEDIDO DE ABSOLVIÇÃO É COM 
BASE NO ARTIGO 386 CPP 
*para todos verem: esquema abaixo 
 
 52 
 
ATENÇÃO 
 
 
 
A sentença absolutória é aquela que julga improcedente a 
acusação, valendo-se de um dos fundamentos mencionados no artigo 386 do CPP: 
A) Estar provada a inexistência do fato – artigo 386, inciso I, do CPP. 
Nesse caso, há prova robusta da inexistência da materialidade 
do delito. Ou seja, não se trata de mera insuficiência de prova, pois restou 
categoricamente demonstrado que o fato não existiu. 
Ex: Vítima de estupro que admite, em juízo, não ter havido o 
constrangimento, tendo imputado o delito ao réu somente para prejudicá-lo. 
Ex2: vítima de furto que afirma ter encontrado os objetos, que, 
na verdade, estavam perdidos. 
 
B) Não haver prova da existência do fato – artigo 386, inciso II, do CPP. 
Nesse caso, incide a dúvida acerca da existência ou não do 
fato criminoso. Ou seja, o fato até pode ter ocorrido, mas a acusação não logrou 
comprovar a sua existência ou materialidade. 
Ex: quando não foi realizado auto de exame de corpo de delito 
em crime que deixa vestígio. Agente denunciado por lesão corporal grave. Não foi 
realizado auto de exame de corpo delito direto ou indireto. Nesse caso, não há prova 
da materialidade do delito, razão pela qual deve o agente ser absolvido, com base 
no artigo 386, II, do Código Penal. 
 
 
Na resposta à acusação (art. 396-A), o pedido é de absolvição sumária, com base no 
artigo 397 do CPP. 
Nos memoriais do procedimento do júri, o pedido é de absolvição sumária terá por 
base o artigo 415 do CPP.

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