Buscar

Estudo de casos_Parasitologia basica AV2

Prévia do material em texto

UNIVERSIDADE DO GRANDE RIO PROFESSOR JOSÉ DE SOUZA HERDY
 
Raquel Vera Andrade da Silva– 4508833
Parasitologia Básica
DUQUE DE CAXIAS - RJ
2021
	
Raquel Vera Andrade da Silva– 4508833
Parasitologia Básica
O trabalho elabora a sociedade educacional Universidade do grande Rio Professor José de Souza Herdy – Unigranrio sob a supervisão e orientação do professor Sergian Vianna, como requisito obrigatório para atender as necessidades da disciplina de Parasitologia Básica no decorrer do 3° período acadêmico do curso de Medicina.
DUQUE DE CAXIAS - RJ
2021
ESTUDO DE CASOS CLÍNICOS: PARASITOLOGIA BASICA
Prof. Sergian Vianna Cardozo
Informações: Esta atividade deve ser realizada individualmente e impreterivelmente deve ser entregue no dia (25/11), manuscrito ou digitado, via Plataforma Blackboard. Tal atividade valerá 10,0 pontos tendo peso 3.
CASO CLÍNICO 1. Um senhor de 48 anos, há muito desejava viajar para Curitiba e aproveitar aquele friozinho gostoso. Na viagem de volta, de ônibus, em uma das paradas, aquela fome!! Haviam parado em um posto, com restaurante, onde o Senhor se deliciou com um churrasquinho mal passado e uma salada verde.
Após algumas semanas, o Senhor começou a sentir-se um pouco estranho, a ter dores abdominais, sensação de fome e tonturas. Ficava irritado, e com o tempo, passou a perder peso. Além disso, sintomas pulmonares também estavam presentes (dor torácica, tosse, intolerância ao exercício). De inicio ele se recusava a ir ao médico, mas com receio de que fosse algo que pudesse transmitir para os seus filhos aceitou a ideia e foi ao posto de saúde.
Logo que o médico fez a anamnese dele e ouviu os sintomas relatados, desconfiou que fosse alguma parasitose e encaminhou-o para fazer exame de fezes.
a) Que parasito(s) foi/foram provavelmente encontrado(s) no(s) exames? 
 R: O parasito que provavelmente foi encontrado no exame de fezes do paciente foi do gênero Taenia, podendo, assim, ser das espécies T. saginata ou T. solium. Dessa forma, vale salientar que a distinção das espécies é observada através da microscopia.
b) Como ele pode ter adquirido este parasito?
R: Ele pode ter adquirido esse parasita por meio do churrasquinho mal passado que comeu durante a volta de sua viagem. Com isso, provavelmente, a carne mal passada estava contaminada com cisticercos, fazendo, assim, com que o paciente fosse contaminado. 
c) Qual o habitat do parasito no hospedeiro humano? Por que houve perda de peso?
R: O habitat do parasito no hospedeiro humano é a mucosa intestinal, onde estes se fixam às paredes do intestino, através de 4 ventosas que facilitam, assim, a sua adesão. Além disso, a perda de peso ocorre porque o parasita absorve os nutrientes disponibilizados para o organismo do paciente por meio da alimentação. Com isso, o paciente passa a competir com o hospedeiro por essa absorção na luz intestinal, explicando, então, a perda de peso. Sendo que, em virtude da má absorção de nutrientes, pode ocorrer, em casos mais graves, um quadro de desnutrição severa.
d) Esses sintomas podem ser apresentados em infecções por outros parasitos?
R: Sim, haja vista que os sintomas de tosse, dor torácica e intolerância na prática de exercícios, apresentados pelo paciente, podem ser apresentados também por pacientes acometidos pela Ascaris lumbricoides. Isso porque ao ingerir os ovos do parasita, e esses ovos chegando ao intestino, eles irão eclodir devido à ação enzimática e do pH. Com isso, os ovos irão liberará larvas que, após penetrarem na corrente sanguínea, podem chegar até aos pulmões, apresentando, então, os sintomas citados. 
e) Qual o método diagnóstico utilizado na rotina para este parasito?
R: O método de diagnóstico de diferenciação de espécies utilizado é a observação de proglotes grávidas, haja vista que a contagem das ramificações das duas espécies de proglotes são diferentes. 
f) Como evitar novas infecções? Você daria alguma orientação ao dono do restaurante?
R: Para evitar novas infecções os conselhos podem ser: 
- Promover e exigir melhora no saneamento básico, promovendo uma a educação sanitária, a fim de interromper o ciclo de transmissão desse parasita. 
- Fiscalizar as carnes vindas de açougues e supermercados e higieniza-las adequadamente, para, então, diminuir ou erradicar a presença de cisticercos. 
- Realizar um cozimento adequado, a fim de eliminar as formas infectantes do parasita.
CASO CLÍNICO 2. J.S. e sua família são nordestinos. Resolvem se mudar para um centro urbano, mas, por não possuir condições financeiras acabaram se instalando na periferia, onde o esgoto estava a céu aberto e a água não era tratada. Alguns meses após a mudança, J.S. apresentou distúrbios intestinais com forte diarreia com presença de sangue e gordura nas fezes, além de dores abdominais, às vezes com náuseas e vômitos, o mesmo acontecendo com as pessoas de sua família. 
a) Que parasito(s) foi/foram provavelmente encontrado(s) no(s) exames? 
R: O parasito que provavelmente foi encontrado nos exames é a Giardia lamblia
b) Porque a médica solicitou o exame de fezes nos gatos da família?
R: A médica solicitou exame de fezes nos gatos, porque se trata de uma zoonose. Com isso, essa parasitose pode infectar não só humanos, como mamíferos de uma forma geral. Além disso, a infecção pode ocorrer por meio do contato com animais domésticos. Com isso, saber que os gatos da família estão contaminados é uma forma de deduzir como ocorreu a infecção. 
c) Qual a forma infectante do parasita?
R: A forma infectante do parasita é o cisto maduro tetra nucleado. 
d) Qual o habitat do parasito no hospedeiro humano?
R: O habitat do parasito no hospedeiro humano é o intestino delgado.
e) Como evitar novas infecções?
R: As formas de se evitar novas infecções são:
- Higienizar adequadamente os alimentos
- Manter as condições higiênicos sanitárias adequadas (como lavar sempre as mãos) 
- Ingerir somente água filtrada
- Saneamento básico
- Vermifugação de animais domésticos 
f) Qual o método diagnóstico apropriado?
R: O método de diagnóstico apropriado para a identificação de giardíase é o exame parasitológico de fezes, a fim de detectar os cistos ou até mesmo proteínas (antígenos) liberadas pela Giardia lamblia ou seu DNA. 
CASO CLÍNICO 3. M.A., 35 anos, sexo feminino, casada, reside numa casa onde moram cerca de 50 gatos de todas as idades. Com frequência, ela recolhe filhotes de gatos abandonados e os alimenta com carne crua. Ela resolve engravidar e durante a gestação apresentou sintomas como: dores musculares, linfadenopatia, febre e problemas oculares. Durante o acompanhamento pré-natal, relatou a médica sobre os sintomas e esta indicou a realização do exame sorológico contra uma parasitose e indicou um exame de fezes nos gatos jovens para verificar a presença de um parasito.
a) Que parasito(s) foi/foram provavelmente encontrado(s) no(s) exames? Qual a forma encontrada?
R: O parasito que provavelmente foi encontrado nos exames é o Toxoplasma gondii. Além disso, vale salientar que no ser humano a forma do parasita que encontraríamos no exame sorológico seria taquizoíta. Ademais, observa-se que a forma do parasita que observaríamos no exame de fezes dos gatos seria oocisto não esporulado.
b) Porque a médica solicitou o exame de fezes nos gatos da família?
R: A médica solicitou o exame de fezes nos gatos, uma vez que eles são os hospedeiros definitivos desse parasita, além do ciclo biológico ocorrer neles. Dessa forma, a confirmação da contaminação dos gatos seria uma forma de deduzir como ocorreu a contaminação da paciente. 
c) Porque a médica não solicitou o exame de fezes de M.A.?
R: A médica não solicitou exame de fezes de M.A. porque apenas os gatos liberam oocistos nas fezes, tendo em vista que os hospedeiros intermediários podem se contaminar com os oocistos, porém eles não liberam o parasita pelas fezes. Com isso, o exame a ser realizado nos seres humanos é o sorológico, haja vista que uma das formas infectantes que pode ser encontrada na paciente é a taquizoítas por meiodo exame de sangue. Além disso, outra forma do parasita a ser encontra nos seres humanos é a bradizoítas presente nos tecidos. 
d) Qual a forma infectante do parasita?
R: Existem 3 formas infectantes do parasita, sendo elas:
- Oocistos esporulados, obtidos por meio do contado com fezes de felinos. 
- Taquizoítas, obtidos por meio da transfusão de sangue ou leite não pasteurizado.
- Bradizoítas, obtidos por meio da alimentação (carne crua ou mal passada).
e) Qual o habitat do parasito no hospedeiro humano?
R: O habitat do parasito no hospedeiro humano é em células sanguíneas quando o parasita se encontra na forma de taquizoíta. Além disso, outra forma infectante do parasita é a bradizoíta, que se encontra no interior de cistos teciduais (vesículas de resistência), estando principalmente em tecido muscular. Porém, os bradizoítas, também, podem ser encontrados em tecido nervoso e na retina. 
f) Como evitar novas infecções?
R: Existem algumas medidas profiláticas muito eficientes para evitar novas infecções, sendo elas:
- Evitar a ingestão de carne crua ou mal passada.
- Realizar o correto cozimento e armazenamento de alimentos.
- Realizar corretamente a limpeza da caixa de areia onde os animais (gatos) defecam, além de fazer o correto descarte do material biológico.
- Realizar corretamente a assepsia (lavagem) das mãos.
g) Qual o método diagnóstico apropriado?
R: O método de diagnóstico apropriado seria um exame sorológico, a fim de avaliar as imunoglobulinas IgM e IgG. Isso porque o IgM demonstra a fase recente (aguda) da doença, o que significa que existe um processo de parasitemia ocorrendo, ou seja, o parasita está na corrente sanguínea. Desse modo, a avaliação da imunoglobulina IgM pode demonstrar se a doença está ativa ou não. Além disso, é necessário ressaltar a importância da avaliação de IgG, uma vez que essa imunoglobulina demonstra uma fase tardia (crônica) da doença, onde é possível observar anticorpos de memória. 
h) O que seria a análise de avidez de IGg? Quando deve ser solicitado?
R: A análise de avidez de IgG é um exame complementar que caracteriza qual estágio que o paciente se encontra em relação ao parasita, dependendo da avidez da IgG e de técnicas sorológicas adicionais. Com isso, o laboratório pode chegar a conclusões sobre o tempo transcorrido desde o início da infecção com base na avaliação de IgG. Desse modo, observa-se que a solicitação dessa análise é feita principalmente para grávidas, haja vista que elas são grupo de risco por conta do perigo de uma contaminação congênita. Dessa maneira, nota-se que os resultados dessa análise podem ser: 
- IgM negativo e IgG positivo é o melhor dos cenários. Isso porque demonstra que a doença não é recente, não está na fase aguda, e a paciente tem anticorpos para a toxoplasmose, ou seja, se a gestante tiver esse diagnóstico o parasita é combatido e não ultrapassa a barreira placentária.
- IgM positivo e IgG negativo é o pior dos cenários. Isso porque a doença está na fase aguda e a paciente ainda não tem anticorpos para combater o parasita. Para grávidas é horrível, haja vista que o parasita pode ultrapassar a barreira placentária.
- IgM negativo e IgG negativo significa que a paciente ainda não teve contato com o parasita. 
- IgM positivo e IgG positivo, a conduta médica nesse caso é incentivar medidas profiláticas. 
Referências bibliográficas
· Giardíase - https://www.saude.go.gov.br/biblioteca/7621-giard%C3%ADase. Acessado em 23 de novembro de 2021.
· Taenia - https://www.rio.rj.gov.br/web/vigilanciasanitaria/teniase-e-cesticercose. Acessado em 23 de novembro de 2021. 
· Ascaridíase - https://www.mdsaude.com/doencas-infecciosas/parasitoses/ascaris-lumbricoides/. Acessado em 23 de novembro de 2021. 
· Toxoplasma gondii - http://www.ufrgs.br/para-site/siteantigo/Imagensatlas/Protozoa/Toxoplasma.htm. Acessado em 24 de novembro de 2021. 
· Slides disponibilizados durante a aula.

Continue navegando

Outros materiais