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PATOLOGIAS OCLUSAIS E Disfunções CRANIOMANDIBULARES CONSIDERAÇÕES RELACIONADAS À PRÓTESE FIXA E REABILITAÇÃO ORAL CONCEITO DE OCLUSÃO IDEAL O conceito de oclusão ideal apresenta diversas variações, dependendo do objetivo para o qual a análise oclusal está sendo realizada 1. Transmissão da resultante das forças oclusais para o longo eixo dos dentes posteriores: 2. Contatos dentários posteriores bilaterais e simultâneos 3. Dimensão vertical de oclusão adequada 4. Guias laterais e anterior 5. Relação cêntrica (RC), Máxima intercuspidação Habitual (MIH) CONTATOS PREMATUROS E INTERFERÊNCIAS OCLUSAIS • CONTATO PREMATURO é um termo genérico que se refere à qualquer contato oclusal que, prematuramente, impede o fechamento mandibular na posição de MIH, RC ou ORC ou durante os movimentos excursivos. • INTERFERÊNCIAS OCLUSAIS são contatos dentários que desviam a mandíbula durante o fechamento. Esses contatos podem ser deletérios(destrutivo) ou não para o sistema. MOBILIDADE DENTÁRIA • Trauma de oclusão foi definido no início do século como uma condição de injúria que resulta no ato dos dentes entrarem em contato, com alterações microscópicas na membrana periodontal, causando mobilidade dentária patológica. PREPARO DE DENTES COM FINALIDADE PROTÉTICA O sucesso do tratamento com prótese fixa é determinado através de três critérios: longevidade da prótese, saúde pulpar e gengival dos dentes envolvidos e satisfação do paciente. PRINCÍPIOS MECÂNICOS Os seguintes princípios são: • Retenção. • Resistência ou estabilidade. • Rigidez e estabilidade • Integridade marginal. RETENÇÃO • O preparo deve apresentar certas características que impeçam o deslocamento axial da restauração quando submetida às forças de tração. RESISTÊNCIA OU ESTABILIDADE • A forma de resistência ou estabilidade conferida ao preparo previne o deslocamento da restauração quando submetida às forças obliquas, que podem provocar a rotação da restauração. Por isso, é importante que se saiba quais são as áreas do dente preparado da superficie interna da restauração que podem impedir este tipo de movimento. • Existem vários fatores diretamente relacionados com a forma de resistência do preparo: • Magnitude e direção da força RELAÇÃO ALTURA/LARGURA DO PREPARO • Quanto maior a altura das paredes, maior será a área de resistência do preparo que irá impedir o deslocamento da prótese quando submetida às forças laterais. INTEGRIDADE DO DENTE PREPARADO • Coroas integras, seja em estruturas dentárias ou em núcleos metálicos, resistem melhor à ação das forças laterais do que aquelas parcialmente restauradas ou destruídas. RIGIDEZ ESTRUTURAL • O preparo deve ser executado de tal forma que a restauração apresente espessura suficiente de metal (para as coroas totais metálicas), metal e porcelana (para as coroas metalocerâmicas) e de porcelana (para as coroas de porcelana pura). PRINCÍPIOS BIOLÓGICOS PRESERVAÇÃO DO ÓRGÃO PULPAR • A literatura tem mostrado que os elementos dentários restaurados com coroas totais podem sofrer danos pulpares, pois aproximadamente 1 a 2 milhões de túbulos dentinários (30 a 40.000 túbulos por mm2 de dentina) são expostos quando um dente posterior é preparado. • A melhor localização do término cervical é aquela em que 0 profissional controlar todos pode procedimentos clínicos e paciente tem condições efetivas para higienização. TIPOS DE TÉRMINO CERVICAL • O término cervical dos preparos pode apresentar diferentes configurações de acordo com o material a ser empregado para a confecção da coroa. OMBRO OU DEGRAU • É um tipo de término em que a parede axial do preparo forma um ângulo de aproximadamente 90° com a parede cervical. OMBRO OU DEGRAU BISELADO • É um tipo de término em que ocorre formação de ângulo de aproximadamente 90° entre a parede axial e a cervical, com biselamento da aresta cavo-superficial. SIMPLICIDADE DA TÉCNICA DE PREPARO • Um dos objetivo básicos de qualquer técnica de preparo com finalidade protética deve ser a simplificação dos procedimentos. Isto significa racionalização da sequência de preparo e das brocas utilizadas. TÉCNICA DE PREPARO PARA COROA METALOCERÂMICA (TÉCNICA DA SILHUETA) • A PARA DENTES ANTERIORES SULCO MARGINAL CERVICAL • A função básica de iniciar o preparo pela confecção deste sulco é estabelecer, já no início do mesmo, o término cervical. SULCO DE ORIENTAÇÃO NA FACES VESTIBULAR, LINGUAL E INCISAL • As metalocerâmicas coroas necessitam de 1.5mm de desgaste nas faces vestibular e metade das proximais e 2mm na INCISAL, para acomodar o metal e porcelana dentro do contorno anatómico normal que o dente apresenta. UNIÃO DOS SULCO • Com as brocas 3216 ou 2215, faz-se a união dos sulcos das faces vestibular, incisai e lingual, mantendo-se a relação de paralelismo previamente obtida. Nesta fase acentua-se o desgaste de 1,3mm até a metade das faces proximais, por serem também consideradas importantes na estética. DESGASTE LINCUAL • Com a broca diamantada em forma de pêra n° 3118, procede-se ao desgaste desta face, seguindo-se a anatomia da área. PREPARO SUBCENCIVAl • Para se obter um término cervical do preparo no interior do sulco gengival, nítido e num nível compatível com a fisiologia do sulco gengival, o primeiro ponto que deve ser muito bem entendido é que a obtenção do término em chafrado faz-se usando apenas a metade da ponta ativa da boca. ACABAMENTO • Como o término cervical obtido com as brocas diamantadas 3216 ou 2215 é um chanfrado longo, torna-se necessário aumentar um pouco mais a quantidade de desgaste na região cervical das faces estéticas, vestibular e metade das proximais, para acomodar o metal e a porcelana e não haver sobrecontornos. SULCO MARGINAL CERVICAL VESTIBULAR E LINCUAL • O desgaste marginal é feito seguindo os mesmos procedimentos descritos anteriormente no preparo para dente anterior. PREPARO PARA COROA METALOCERÂMICA PARA DENTES POSTERIORES: SULCOS DE ORIENTAÇÃO: VESTIBULAR, OCLUSAL E LINCUAL UNIÃO DOS SULCOS DE ORIENTAÇÃO • A união dos sulcos deve ser feita com as brocas 3216 ou 2215. Após a união dos sulcos tem-se a metade do dente preparado. PREPARO PARA COROA TOTAL METÁLICA • A coroa total metálica é indicada onde o fator estético não precisa ser considerado (2 e 3 molares). A única diferença deste tipo de preparo para o de coroa metalocerâmica está na quantidade de desgaste que é realizado na face vestibular, visto que esta será recoberta somente com metal.
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