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Tópicos Especiais do Direito Processual Penal APELAÇÃO Tourinho Filho, conceitua a apelação como sendo um " o pedido que se faz à instância superior, no sentido de reexaminar a decisão proferida pelos órgãos inferiores" (2009). É cabível contra sentença de mérito ou terminativa, quando acolhe questões processuais. Em sede de Juizados Especiais, denomina-se de recurso inominado. A Constituição da República Federativa do Brasil no seu artigo 5º, inciso LV, tutela e garante a ampla defesa do acusado, obrigando o juiz a zelar pela efetividade. Por outro lado, "Não se pode constranger o acusado ou seu patrono a que use todos os meios que a lei coloque a sua disposição do desdobramento de sua defesa. Tem assim o acusado certa disponibilidade que a lei marca por prazo que estabelece. Por isso, não é possível obrigar-se o defensor dativo a apelar." (MIRABETE, 1996, p. 629). O juízo de 2ª instância não pode julgar além dos limites do pedido do recurso, uma vez que em nosso ordenamento jurídico vigora o princípio do tantum devolutum quantum appellatum. A apelação será interposta com base nos artigos 593a 603 do Código de Processo Penal, com o prazo de 5 (cinco) dias, manifestando o apelante o seu inconformismo com a decisão proferida e seu desejo em recorrer e, em ato continuo, terá 8 (oito) dias para arrazoar. Findo o prazo para razões a peça passara pelo juízo de admissibilidade tanto do Juiz a quo (instância de origem) quanto do Juiz ad quem (instância superior –tribunal), em que analisado a tempestividade, interesse e legitimidade. Contudo, como expõe Mirabete “em regra, (...), o juízo de admissibilidade do recurso é feito em dois graus, ressalvada a hipótese de recurso para o mesmo órgão julgador." (Mirabete, 1996, p. 607). A apelação é cabível nas seguintes hipóteses: · Sentenças definitivas em que ocorrer condenação ou absolvição do réu, proferidas por juiz singular; · Decisões definitivas, ou que tenha a força de definitivas, proferidas por juiz singular, desde que não seja cabível o recurso em sentido estrito · E decisões do Tribunal do Júri quando ocorrer nulidade posterior à pronúncia, a sentença do juiz-presidente contrariar a lei expressamente ou decisão dos jurados, quando ocorrer erro ou injustiça no tocante à aplicação da pena ou da medida de segurança e, também, quando a decisão dos jurados manifestamente contrária à prova constante dos autos. Após o transito em julgado, os autos retornam à comarca de origem para início da execução.
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