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Aula de urinálise

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FACULDADE DE MEDICINA – PUC-Campinas 
DISCIPLINA DE BIOQUÍMICA B – AULA PRÁTICA 12 - Profa. Dra. Celene F. Bernardes 
 
Análise qualitativa de urina 
 
A análise da urina pode ser qualitativa e/ou quantitativa, envolvendo características gerais e propriedades 
físicas e químicas. Caracteriza uma avaliação do metabolismo celular e da dieta alimentar. A “urinálise” 
caracteriza a análise física, química e microscópica da urina. 
Os parâmetros analisados através de fitas reagentes específicas para urina são: densidade, pH, leucócitos, 
nitritos, proteínas, glicose, corpos cetônicos, urobilinogênio, bilirrubina e sangue. 
 
ANÁLISE FÍSICA: Volume; Cor; Aspecto; Densidade. 
 
1. VOLUME: 600 a 2000mL em 24 horas 
O volume pode variar em função da ingestão hídrica, da perda de fluidos por fontes não renais e com relação 
à secreção do hormônio antidiurético. 
Poliúria: aumento do volume urinário. Pode ocorrer em decorrência de diabetes, esclerose renal, rim 
amiloíde, glomerulonefrite, uso de diuréticos, cafeína ou álcool que reduzem a secreção do hormônio 
antidiurético. 
Oligúria: diminuição do volume urinário. Pode ser decorrente de desidratação, vômitos, diarréias, 
transpiração, queimaduras graves, nefrose, fase de formação de edemas. 
Anúria: volume inferior a 50 ml em 24 h. Pode ser decorrente de obstrução das vias excretoras urinárias, 
lesão renal grave ou diminuição do fluxo sanguíneo para os rins (insuficiência renal aguda). 
 
2. COLORAÇÃO: amarelo claro, amarelo citrino, amarelo escuro, âmbar 
Aumento da concentração de bilirrubina : amarelo-escuro ou âmbar 
alterações hepáticas : amarelo-esverdeado, castanho ou esverdeado. 
hemáceas: rosa 
os medicamentos, devido à excreção dos catabólitos, podem alterar a cor da urina 
 
3. ASPECTO: límpida à opaca, decorrendo da presença de cristais, leucócitos, hemáceas, bactérias, sêmen, 
linfa, lipídios, células epiteliais, muco, e contaminantes externos ( talcos, medicamentos). 
 
4. DENSIDADE : 1014 a 1030 - O volume de urina excretada , e sua concentração de solutos variam nos 
rins, para a manutenção da homeostase dos fluidos corporais e eletrolíticos.. O valor da densidade medida 
na amostra, é influenciado pelo número de partículas químicas dissolvidas bem como pelo tamanho das 
mesmas. 
 
ANÁLISES QUÍMICAS: pH; PROTEÍNA; GLICOSE; CETONAS; BILIRRUBINA; SANGUE; 
UROBILINOGÊNIO; NITRITO; LEUCÓCITOS. 
 
1. pH : 4,5 A 8,0 – relacionado com a homeostase de eletrólitos, ácido e base 
pH alcalino pode indicar aumento do número de bactérias, dieta rica em frutas e verduras,alcalose 
metabólica ou respiratória 
pH ácido pode indicar dietas ricas em proteínas, acidose metabólica ou respiratória 
 
2. PROTEÍNA : menor que 10mg/dL ou 150mg/24hs. Expressa-se com negativo ou +1, +2, +3 
Proteinúria – em decorrência por exemplo de distúrbios que afetam a reabsorção tubular. Também pode 
ocorrer proteinúria após exercício físico, desidratação, em gravidez 
 
3. CETONÚRIA: corpos cetônicos – pode indicar aumento do metabolismo de lipídeos em decorrência da 
dieta, ou, por exemplo, de diabetes melitus. 
 
4. BILIRRUBINA: indica decomposição de hemoglobina. A bilirrubina é formada nas células retículo-
endoteliais do baço, fígado, medula óssea e transportado ao sangue por proteínas. A bilirrubina não 
conjugada no sangue, não é capaz de atravessar a barreira glomerular nos rins. Quando a bilirrubina é 
conjugada no fígado, com o ácido glicurônico, formando o glicuronídeo de bilirrubina, ela se torna 
hidrossolúvel e é capaz de atravessar os glomérulos renais, na urina. A urina do adulto contém, cerca de 
0,02mg de bilirrubina por decilitro, que não é detectada pelos testes usuais. A presença de bilirrubina 
conjugada na urina sugere obstrução do fluxo biliar; a urina é escura e pode apresentar uma espuma 
amarela. A bilirrubinúria está associada com um nível sérico de bilirrubina(conjugada) elevado, icterícia, e 
fezes acólicas(descoradas, pela ausência de pigmentos derivados da bilirrubina). 
 
5. GLICOSE: Em circunstâncias normais, quase toda a glicose filtrada pelos glomérulos é reabsorvida pelo 
túbulo proximal, através de transporte ativo, e por isso a urina contém quantidades mínimas de glicose. O 
limiar renal é de 160 a 180 mg/dl. Hiperglicemia (aumento plasmático de glicose) pode acarretar glicosúria. 
 
6. UROBILINOGÊNIO: Pigmento biliar resultante da degradação da hemoglobina. É produzido no intestino a 
partir da redução da bilirrubina pela ação das bactérias intestinais. A bilirrubina livre no intestino, é reduzida 
em urobilinogênio e estercobilinogênio, e a maioria do pigmento é excretado nas fezes como estercobilinas. 
Uma pequena quantidade de urobilinogênio, é absorvida pela circulação portal do cólon e é dirigida ao fígado 
onde é excretado novamente, não conjugado, na bile. Normalmente, uma pequena quantidade chega aos 
rins, porque enquanto o urobilinogênio circula no sangue, passa pelos rins, e é filtrado pelos glomérulos. 
A excreção normal de urobilinogênio é de 0,5 a 2,5 mg ou unidades/24 horas. 
 
7. NITRITO: indica presença de bactérias no trato urinário 
 
8. SANGUE: O sangue pode estar na urina na forma de hemáceas íntegras (hematúria) ou de hemoglobina 
livre produzida por distúrbios hemolíticos ou por lise de hemáceas no trato urinário (hemoglobinúria). O 
exame microscópico do sedimento urinário, mostrará a presença de hemáceas íntregas, mas não de 
hemoglobina, portanto, a análise química é o método mais preciso para determinar a presença de sangue na 
urina. 
 
9. LEUCÓCITOS:Indica uma possível infeção do trato urinário. Também podem estar aumentados 
transitoriamente durante estados febris, e exercícios severos. 
 
 
TÉCNICA 
 
1. Coletar uma amostra de urina em um recipiente limpo e seco. 
2. Mergulhar uma fita reagente (UROFITA) no recipiente com urina. 
3. Aguardar 30 segundos. 
4. Retirar a fita reagente e encostá-la na borda do recipiente para eliminar o excesso de urina. 
5. Proceder à leitura, comparando a cor de cada fração da fita reagente com a escala cromática. 
6. Anotar os resultados e interpretar. 
 
 Amostra 1 Amostra 2 Amostra 3 Valores de referência 
Densidade 1010 a 1015 
pH 5,0 a 6,0 
Leucócitos Negativo 
Nitrito Negativo 
Proteína Negativo 
Glicose < 30 mg/dl 
Corpos cetônicos Negativo 
Urobilinogênio < 1 mg/dl 
Bilirrubina Negativo 
Sangue Negativo 
 
REFERÊNCIAS: Manual MERCK, Vallada – Manual de exame de urina, Aula prática urinálise 
– Emerson da Silva Machado - FAG 
 
Sedimentoscopia urinária 
 
TÉCNICA 
 
1. Coletar a primeira urina da manhã, desprezando o primeiro jato. 
2. Colocar 10,0 mL da urina em um cubo cônico e centrifugar por 5 minutos a 1500 r.p.m. 
3. Decantar o líquido sobrenadante 
4. Agitar o resíduo e transferir para uma lâmina, recobrindo com uma lamínula. 
5. Examinar ao microscópio.

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