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Gestão Educacional

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Gestão Educacional
Tânia Mara Nogueira
© 2019 por Editora e Distribuidora Educacional S.A.
Todos os direitos reservados. Nenhuma parte desta publicação poderá ser reproduzida 
ou transmitida de qualquer modo ou por qualquer outro meio, eletrônico ou mecânico, 
incluindo fotocópia, gravação ou qualquer outro tipo de sistema de armazenamento 
e transmissão de informação, sem prévia autorização, por escrito, da Editora e 
Distribuidora Educacional S.A.
Presidência 
Rodrigo Galindo
Vice-Presidência de Produto, Gestão e Expansão
Julia Gonçalves
Vice-Presidência Acadêmica
Marcos Lemos
Diretoria de Produção e Responsabilidade Social
Camilla Veiga
Gerência Editorial
Fernanda Migliorança
Editoração Gráfica e Eletrônica
Renata Galdino
Revisão Técnica
Egle Pessoa Bezerra de Freitas Adrião
Mariana Coralina do Carmo
Rosângela de Oliveira Pinto
Thamiris Mantovani CRB-8/9491
2019
Editora e Distribuidora Educacional S.A.
Avenida Paris, 675 – Parque Residencial João Piza
CEP: 86041-100 — Londrina — PR
e-mail: editora.educacional@kroton.com.br
Homepage: http://www.kroton.com.br/
Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP) 
 Nogueira, Tânia Mara
N778g Gestão educacional / Tânia Mara Nogueira. – Londrina : 
 Editora e Distribuidora Educacional S.A., 2019.
 192 p.
 
 ISBN 978-85-522-1133-4
 1. Gestão educacional. 2. Sistema de gestão integrado. 
 3. Liderança. I. Nogueira, Tânia Mara. II. Título. 
 
CDD 370
Sumário
Unidade 1
Gestão no contexto da educação brasileira ................................................ 7
Seção 1
A gestão da educação brasileira através dos tempos ...................... 9
Seção 2
Sistema educacional brasileiro ........................................................22
Seção 3
Gestão do currículo ..........................................................................34
Unidade 2
Gestão democrática e organização da escola ...........................................51
Seção 1
A organização no contexto escolar .................................................52
Seção 2
Plano a seguir ....................................................................................66
Seção 3
A gestão no contexto escolar ...........................................................81
Unidade 3
Foco na gestão ..............................................................................................97
Seção 1
Gestão de pessoas .............................................................................99
Seção 2
Gestão de processos ......................................................................116
Seção 3
Gestão da sala de aula ...................................................................133
Unidade 4
Gestão de resultados ................................................................................155
Seção 1
Orientações para resultados .........................................................156
Seção 2
Avaliação da Educação Básica .....................................................170
Seção 3
Gestão por fatos e dados ...............................................................180
Palavras do autor
Prezado aluno, como bem disse o professor e consultor Peter Drucker (1909/2005), gestão é fazer as coisas do jeito certo, já liderança “é fazer as coisas certas” (DRUCKER, 2005 apud KRAMES, 2010, p. 113). 
Assim, na disciplina Gestão Educacional, você vai aprender, vivenciar e 
construir formas de liderar e aplicar as melhores práticas de gestão em insti-
tuições escolares, com foco na melhoria dos resultados operacionais e de 
aprendizagem. Isso será feito por meio da interpretação do contexto educa-
cional brasileiro e, também, do emprego do conceito de gestão. 
Na Unidade 1, você entenderá a gestão no contexto da educação brasi-
leira ao longo do tempo, compreendendo as leis, as responsabilidades de cada 
ente federativo, a forma como é organizado o sistema educacional brasileiro 
e como é feita a gestão do currículo. 
A Unidade 2 abordará a gestão democrática e a organização da escola 
por meio do Sistema de Gestão Integrado (SGI), que é um modelo de gestão 
desenvolvido pela Fundação Pitágoras, cordialmente cedido por ela para o 
desenvolvimento deste material. O SGI permite detalhar a forma de alinhar 
e integrar Secretaria de Educação, escolas, classes e alunos, tendo um plano 
que foi estabelecido por muitas vozes e gerido por uma Liderança Visionária.
A Unidade 3 terá o foco em gestão de pessoas, processos e sala de aula. 
Você vivenciará práticas eficazes e eficientes para desenvolver as compe-
tências dos profissionais de um sistema escolar, para melhorar e inovar os 
processos e as práticas de trabalho, bem como para saber atuar de forma 
sistemática e focalizar sempre o aluno, razão de ser da escola. 
A Unidade 4 enfatizará como administrar os dados das Metas de 
Aprendizagem e as Metas Operacionais de uma instituição educacional, 
observando os cases de sucesso advindos das instituições similares, o 
benchmark e os resultados provenientes das avaliações externas. 
Para que sua aprendizagem seja de fato o “aprender fazendo”, ressaltamos 
a importância do autoestudo ao longo do curso para que sua participação 
seja ativa nesta disciplina. Fique atento às melhores práticas, pois elas serão 
bons exemplos a serem seguidos em sua trajetória profissional.
Unidade 1
Gestão no contexto da educação brasileira
Convite ao estudo
Estudar a educação brasileira e a forma como sua gestão tem acontecido 
nos níveis federal, estadual ou municipal ao longo do tempo nos permite 
refletir sobre seu impacto nos resultados de aprendizagem, sobre a equidade 
na educação e a valorização dos educadores.
Os critérios quantidade e qualidade são importantes para compreen-
dermos a gestão da educação brasileira. Ao pensarmos na quantidade, 
surgem algumas perguntas: todas as crianças têm acesso à escola? Há profes-
sores suficientes? As salas de aula têm carteiras, quadro e giz, ou seja, os 
recursos básicos para seu funcionamento? Essa batalha pela quantidade 
sempre foi travada nos gabinetes onde se definem práticas e políticas públicas. 
Considerando as diferenças no Brasil, essa é uma questão que em algumas 
regiões está mais bem resolvida do que em outras, apesar de as leis serem as 
mesmas para o país inteiro. Quanto ao critério qualidade, o país ainda espera 
uma revolução na gestão educacional por meio da qual seja possível garantir 
altos níveis de aprendizagem para todos os alunos. Pensando nisso, reflita 
sobre como é possível tornar a gestão de uma escola de fato eficaz e eficiente?
Costumamos ouvir que de 4 em 4 anos, ou seja, a cada mudança de 
governo, há uma ruptura em processos e práticas implementadas no sistema 
educacional. Não há um plano a seguir a longo prazo, mas, sim, um constante 
iniciar e reiniciar no que diz respeito à gestão da educação. Assim, tanto o 
país como as gerações de alunos perdem em termos de qualidade de ensino 
e aprendizagem. 
Nesta primeira unidade, aprofundaremos a temática da gestão no 
contexto da educação brasileira, entendendo em quais termos de organização 
se baseiam o sistema educacional e o seu currículo, ou seja, onde estamos e 
como chegamos nesse estágio da educação brasileira. 
Na primeira seção desta unidade, conheceremos como tem sido realizada a 
gestão da educação brasileira ao longo do tempo, a quem cabe, em cada época, 
a liderança e a forma de fazer o ensino/aprendizagem, bem como as leis que a 
embasam e as responsabilidades da União, dos estados e municípios. 
Na segunda seção, analisaremos o sistema educacional brasileiro, 
sua estrutura, as modalidades da Educação Básica e o Plano Nacional de 
Educação (PNE). 
Por fim, na terceira seção entenderemos como é feita a gestão do currículo 
e estudaremos a Base Nacional Comum Curricular (BNCC), as Diretrizes 
Curriculares Nacionais (DCNs), os Parâmetros Curriculares Nacionais 
(PCNs) e os Temas Transversais.9
Seção 1
A gestão da educação brasileira através dos 
tempos
Diálogo aberto
Ao lembrar de sua trajetória como estudante, é possível que você constate 
que ao longo dos anos muitas mudanças ocorreram, seja na forma de avaliar, 
no foco da aprendizagem, na seleção de professores ou na garantia do 
cumprimento das políticas públicas. Constantemente ocorre uma novidade 
na área educacional.
Considerando que para a conclusão da Educação Básica era preciso, no 
mínimo, cerca de 13 anos de estudo, você, enquanto aluno, vivenciou três 
grandes mudanças. Saberia citar quais foram ou falar sobre uma delas? Qual 
impacto elas tiveram em sua vida estudantil? 
Sabendo disso, vamos refletir sobre a seguinte situação-problema: imagine 
um município chamado Maracatu, que conta com 12 escolas municipais, 2 
escolas estaduais e 2 creches particulares, as quais atendem crianças de 0 a 
3 anos. As escolas estaduais contemplam o Ensino Médio e as municipais 
atendem da Educação Infantil até o Ensino Fundamental II. Marieta é a 
nova secretária de educação da cidade. Formada em Pedagogia, ela sempre 
foi referência de coordenadora pedagógica de forte liderança, pois incenti-
vava os professores a direcionarem suas práticas de ensino a uma aprendi-
zagem focada no aluno. Em seu primeiro dia de trabalho como secretária, ela 
quer definir as ações que caberá a ela garantir enquanto gestora da educação 
municipal. Em que ela deve se basear para buscar tal informação? Que ações 
ela precisará garantir para o aluno de Maracatu ter uma trajetória educa-
cional tranquila e contínua mesmo se mudar de escola ou de rede?
Você já deve ter ouvido a expressão “dê a César o que é de César”. 
Pensando sobre ela, veremos que há responsabilidades específicas a serem 
cumpridas pelas diferentes esferas governamentais: União, estados, Distrito 
Federal e municípios. Ajude Marieta a identificar quais são as competências 
de cada um dos entes federativos, especialmente os que são específicos da 
rede municipal, da qual ela estará à frente.
Nesta seção, estudaremos como a gestão da educação é realizada no 
Brasil e como ela ocorreu ao longo dos anos, considerando as mudanças e os 
avanços sociais, políticos e econômicos. Também identificaremos as compe-
tências da União, dos estados, do Distrito Federal e dos municípios.
10
Não pode faltar 
Historicamente, ao observarmos a educação no Brasil, percebemos 
que houve mudanças significativas em relação à gestão educacional. Isso 
não necessariamente quer dizer que tais mudanças geraram melhorias nos 
resultados de aprendizagem ou a realização de um projeto de excelência em 
educação. Pelo contrário, os resultados existentes demonstram claramente 
que a gestão tem sido ineficaz.
Ao longo das décadas, a gestão da educação brasileira tem sido feita de 
diversas formas e por diversas lideranças, com pensamentos e propostas 
políticas e ideológicas adversas, muitas vezes demonstrando uma fragmen-
tação entre os entes federativos e uma descontinuidade de projetos, programas 
e políticas públicas.
Vamos compreender, então, o percurso da educação brasileira sob a óptica 
da gestão. Antes da chegada dos portugueses no Brasil, em 1500, a educação 
dos povos indígenas acontecia de maneira informal, no núcleo familiar, onde 
havia a transferência de conhecimentos dos mais velhos para os mais novos, 
tanto para homens como para mulheres (GHIRALDELLI, 2009).
Com o início da colonização, surgiu então a sistematização da educação 
por meio da metodologia de gestão dos jesuítas. Eles chegaram ao Brasil e 
construíram suas escolas, as quais foram chamadas de “Casas de Bê-á-bá”, 
onde inicialmente os índios eram educados. Com o passar dos anos, os filhos 
dos senhores de engenho também tiveram uma educação formal nesses 
locais. Essa educação se resumia a ensinar a ler, escrever e catequizar no 
catolicismo. Às mulheres era negado o acesso à escola formal (LOPES, 2011).
Exemplificando
Segundo Lopes (2011, p. 44):
“O que as letras fazem estudar? O Ratio Studiorum, que 
organizava os estudos da Companhia, estabelecia em 
pormenores o currículo do colégio. A Gramática Média; 
a Gramática Superior; as Humanidades; a Retórica. Havia 
ainda a Filosofia e a Teologia para quem se preparasse para 
o sacerdócio”.
Os jesuítas administraram a educação brasileira entre os séculos 16 e 18, 
implantando diversos colégios pelo território e catequizando os índios com 
os quais tinham contato. 
11
Figura 1.1 | Sítio Arqueológico de São Miguel Arcanjo. Retrata a ação jesuíta no Brasil em seu 
período colonial. Localizado em São Miguel das Missões, no Rio Grande do Sul
Fonte: https://pixabay.com/pt/miss%C3%B5es-jesu%C3%ADtas-jesu%C3%ADticas-2437957/. Acesso em: 22 
out. 2017. 
Com a expulsão dos jesuítas após a reforma pombalina empreendida por 
Marquês de Pombal, primeiro-ministro de Portugal de 1750 a 1777, toda a 
estrutura e o sistema de ensino então vigente foram desmontados em um 
processo que levou cerca de 30 anos para se efetivar. 
A partir de então, paliativamente foram instituídas as Aulas Régias, 
ministradas por professores contratados para essa finalidade. Elas deveriam 
substituir o ensino dos extintos colégios, principalmente para a parcela 
da população que daria continuidade aos estudos na Europa (XAVIER; 
RIBEIRO; NORONHA, 1994). Tal medida, contudo, não garantiu a expansão 
das escolas brasileiras, especialmente se for considerada a demanda da 
população, que até então havia se favorecido do ensino jesuíta. Até que fosse 
feita a transição dos jesuítas para a proposta do governo, as famílias abastadas 
contratavam professores particulares para os seus filhos.
Diante desse contexto, a Coroa Portuguesa interveio no ensino da 
Colônia e houve a oferta de aulas apenas para homens. Essas aulas eram 
ministradas por professores, em casa, os quais, na verdade, eram pessoas que 
demonstravam certo conhecimento dos conteúdos exigidos, como escrita, 
humanidades e cálculos. Havia uma insatisfação quanto aos salários, pois 
eles eram pagos (quando isso acontecia) de acordo com o nível de ensino em 
que atuavam. A gestão do trabalho desses professores, no tocante à atribuição 
das aulas, conteúdos e salários, era realizada por inspetores determinados 
pelo governo vigente (LOPES, 2011).
https://pixabay.com/pt/miss%C3%B5es-jesu%C3%ADtas-jesu%C3%ADticas-2437957/
12
Pesquise mais
Para saber mais sobre como era feita a educação das mulheres no período 
colonial, leia o texto “Mulheres educadas na Colônia”, de Arilda Inês 
Miranda Ribeiro. Ele está disponível nas páginas 79 a 90 do livro a seguir: 
TEIXEIRA, Eliane Marta et al. 500 anos de educação no Brasil. 5. ed. 
Belo Horizonte: Autêntica, 2011.
Em 1808, com a vinda da Corte Portuguesa para o Brasil, o Rio de Janeiro 
passou a ser a sede do reino português, e, com D. João VI no país, era neces-
sário promover melhorias na educação para que de fato houvesse uma Corte. 
No Império, o ensino foi estruturado em três níveis: primário, secundário e 
superior. Também aconteceram diversas tentativas de sistematizar a educação 
brasileira, desde trazer modelos existentes na Europa até determinar outros 
formatos por meio de leis. 
A Corte retornou para Portugal em 1821, mas D. Pedro I permaneceu no 
Brasil como príncipe regente. Em 1822 ocorreu a Independência do Brasil e 
em 1824 foi promulgada a primeira Constituição do país, na qual foi estabe-
lecida a gratuidade da educação para todos os brasileiros. A partir de então, 
foram criadas as Escolas de Primeiras Letras pelo país, mas, apesar disso, o 
sistema educacional avançou a passos lentos devido à falta de alunos, porque 
as famílias não enviavam seus filhos para as escolas após terem aprendido a 
ler, escrever e calcular, pois precisavam deles para o trabalho rural, que era a 
base da economia do país (ARANHA, 2006).
Figura 1.2 | O Colégio Pedro II é uma das instituições mais antigas de ensino básico do Brasil, 
com mais de 180 anos de fundação. Está localizado na Avenida Marechal Floriano,no centro 
do Rio de Janeiro-RJ
Fonte: https://pt.wikipedia.org/wiki/Col%C3%A9gio_Pedro_II#/media/File:Col%C3%A9gio_Pedro_II_-_Rio_
de_Janeiro.jpg. Acesso em: 22 out. 2017.
13
Houve dois destaques nesse período. O primeiro deles foi a criação do 
Colégio Pedro II como modelo de escola de ensino secundário, mas que se 
tornou uma instituição que preparava os alunos para a universidade. O outro 
destaque foi a Reforma Leôncio de Carvalho, em 1879, que instituiu a liber-
dade de ensino, em que o aluno podia aprender com quem desejasse e depois 
se submetia às provas das escolas autorizadas.
Reflita
Segundo Ghiraldelli (2009, p. 30),
“O ensino brasileiro deixou de ser um projeto educacional 
público e se tornou um sistema de exames, deixando 
vestígios até na atualidade como no caso da incapacidade 
que temos de fazer o ensino secundário funcionar sem o 
parâmetro dado pelos exames vestibulares”.
Com a Proclamação da República em 1889, o ensino público se tornou 
um direito dos cidadãos e um dever do Estado. Porém, com a desorgani-
zação política e social ainda presente, surgiram diversas formas de organizar 
as escolas como grupos escolares, em que as crianças eram divididas por série 
e idade. As pessoas mais letradas tornavam-se professores e depois a elas era 
proporcionado o acesso às Escolas Normais para que pudessem aprimorar 
a forma de ensinar. Os educadores que davam aula para as crianças que 
cursavam o primário eram todas mulheres, as quais, por sua vez, ganhavam 
menos que os homens. Aos homens cabia as funções de educar os alunos 
maiores e de dirigir as escolas construídas. Nas zonas rurais, apesar de bem 
povoadas, as escolas eram escassas; no entanto, quando existiam, ofereciam 
apenas uma turma, com alunos de diversas idades (LOPES, 2011).
Ao avançarmos no tempo para o século XX veremos que, na década de 
1920, a educação para todos tornou-se um lema da escola, cuja pretensão 
era ser pública, laica e gratuita. Porém, essa escola não conseguiu alcançar a 
população cujo índice de analfabetismo chegava a 80%.
Assimile
Ao longo do tempo, o Brasil tem procurado acabar com o alto índice de 
analfabetismo, criando programas como Mobral, Educação de Jovens 
e Adultos (EJA) e Brasil Alfabetizado. Porém, por falta de continuidade, 
investimentos e vontade política, ainda há um número expressivo de 
analfabetos no país.
14
Em 1932, Anísio Teixeira e outros educadores lançaram o Manifesto dos 
Pioneiros da Educação, que apontava os caminhos que a educação deveria 
seguir para que o Brasil alcançasse a modernidade, em uma perspectiva de 
defesa de uma escola que fosse única, pública, laica, obrigatória e gratuita 
(MEC, 2017). Mesmo com a Proclamação da República em 1889, o Brasil 
não conseguiu instituir uma política educacional que atendesse às demandas 
exigidas pelo contexto social do período. Os estados obtiveram grande 
autonomia com o regime federativo a partir da República, o que permitiu 
que institucionalizassem a escola primária. Contudo, isso ocorreu de forma 
muito característica dentro de cada estado, tendo em vista as diferenças 
socioeconômicas e culturais de cada região (VIEIRA, 2006).
A Constituição de 1934 determinou que a educação era um direito de 
todos e dever do poder público, mas ainda estava ligada às crenças religiosas 
das famílias. Nesse período, surgiu então a escola pública com até cinco ou 
mais salas de aula, divididas em Primário, Ginásio e Colegial. No Primário, 
as aulas eram ministradas por professoras a turmas mistas com meninos e 
meninas. Já no Ginásio e Colegial, as aulas eram ministradas pelos homens a 
turmas separadas de homens e mulheres.
Reflita
A escola em que você estudou durante a Educação Básica difere muito 
da escola projetada pela Constituição Federal de 1934?
Em 1948, começou-se a pensar em uma lei de âmbito federal que indicasse 
as diretrizes para a educação do país, a Lei das Diretrizes e Bases da Educação 
Nacional (LDBN), que de fato só foi aprovada em 1961, pois os interesses 
das escolas privadas, dos pensadores da educação e dos políticos precisavam 
ser contemplados por meio de verbas governamentais para escolas privadas, 
manutenção do ensino religioso católico e uma diversidade de propostas 
curriculares (VEIGA, 2007).
Reflita
“Não pode ser uma escola de tempo parcial, nem uma 
escola somente de letras, nem uma escola de iniciação 
intelectual, mas uma escola sobretudo prática, de iniciação 
ao trabalho, de formação de hábitos de pensar, hábitos de 
fazer, hábitos de trabalhar e hábitos de conviver e parti-
cipar em uma sociedade democrática, cujo soberano é o 
próprio cidadão”. (TEIXEIRA, 1994, p. 63) 
15
Podemos dizer que esse ainda é um discurso atual na educação brasileira?
O Ministério da Educação e Cultura (MEC) foi instituído em 1953, 
quando se desvinculou do Ministério da Saúde. Até 1960, ele era um órgão 
bastante centralizador, determinando a forma como deveria ser a educação 
nos estados, municípios, territórios e Distrito Federal. Em 1961, com a 
aprovação da primeira Lei de Diretrizes e Bases da Educação (LDB), Lei nº 
4.024/1960, ocorreu uma descentralização do MEC, e, com isso, houve um 
ganho de autonomia das esferas administrativas no que diz respeito à gestão 
da educação, principalmente no âmbito estadual. 
Em 1964, com o início do regime militar, estabeleceu-se a obrigatoriedade 
da educação voltada para a profissionalização, que foi revogada na década de 
1970, e a gestão do ensino de 1º grau foi transferida para os municípios. 
A segunda LDB, aprovada em 1971, determinava o ensino obrigatório dos 
7 aos 14 anos, com um currículo comum para o primeiro e segundo graus e 
uma parte diversificada para atender às diferenças regionais (BRASIL, 2017).
Com o término do regime militar, iniciou-se a elaboração da nova 
Constituição Federal, aprovada em 1988, que estabeleceu a educação como 
direito de todos, independentemente da idade. Devido à necessidade de 
mais investimentos em educação, definiu-se a vinculação de recursos para a 
educação, determinando a aplicação de 25% da receita dos impostos arreca-
dados pelos municípios e estados e 18% pela União.
Assimile
Ao discorrermos sobre vinculação de recursos para a educação, estamos 
falando da determinação governamental de se locar um percentual 
mínimo obrigatório para a manutenção e o desenvolvimento do ensino 
em seus diversos níveis e modalidades.
Em 1995, o MEC passou a ser responsável somente pela educação, não 
incluindo mais as pastas da cultura e dos esportes. Quem assumiu o minis-
tério foi o economista e professor Paulo Renato de Souza, que, de 1995 a 2002, 
liderou a implementação de um modelo de gestão na educação brasileira 
chamado “Revolução Gerenciada”, o qual trazia para o país a cultura de uma 
gestão sistemática e pensada a curto, médio e longo prazos (SOUZA, 2005). 
Em 1996, foi promulgada a nova LDB, Lei nº 9.394/1996, que, entre 
outras questões, determinou que a formação do professor deveria ser 
feita preferencialmente em curso superior. Ela também estabeleceu que 
o Ensino Fundamental fosse de responsabilidade dos municípios e que a 
16
Educação Infantil passasse a integrar a Educação Básica. Na confluência das 
reformas, por meio da Lei nº 9.294/1996 foi criado o Fundo de Manutenção 
e Desenvolvimento do Ensino Fundamental e de Valorização do Magistério 
(Fundef), um fundo contábil exclusivo para atender à educação, o qual 
deveria funcionar como um mecanismo de redistribuição de recursos finan-
ceiros educacionais para que o Ensino Fundamental contasse com verbas 
específicas. O cálculo dessas verbas era fundamentado no número de alunos 
matriculados por município, de acordo com o Censo Escolar do ano anterior 
ao do repasse dos recursos.
Em linhas gerais, o Fundef trouxe benefícios, como a diminuição da 
diferença do custo por aluno entre os governos estaduais e municipais, 
além de ter impactado a remuneração docente em regiões cujos salários 
eram diminutos. Por meio da obrigatoriedade da formaçãode Conselhos de 
Acompanhamento e Controle, aumentou a transparência do financiamento e 
diminuiu os desvios das verbas vinculadas (MONLEVADE, [s.d]).
Por outro lado, como os recursos do Fundef abrangiam o Ensino 
Fundamental e deixavam de fora a Educação Infantil e o Ensino Médio, isso 
desencadeou uma dificuldade operacional na gestão das escolas, porque as 
instituições que ofertavam outros níveis de ensino (Educação Infantil ou 
Ensino Médio) não recebiam recursos que às atendessem. Isso gerou uma 
situação difícil para o gestor escolar, afinal, como atender alguns alunos com 
o que era preciso e outros não? Tendo em vista o impacto das medidas empre-
endidas pelo ministro Paulo Renato na educação brasileira, cabe destacar 
algumas providências por ele determinadas, tais como: 
• Reforma do Ensino Médio: nova proposta curricular em que o ensino 
profissionalizante passa a ser complementar ao Ensino Médio, e não 
mais uma modalidade de ensino. 
• Gestão colegiada: reuniões sistemáticas com lideranças do ministério 
para validar metas, monitorar resultados e planejar avanços.
• Fortalecimento das parcerias público-privadas: implantação dos 
programas Acorda, Brasil. Está na hora da escola!; Comunidade 
Solidária; e Alfabetização Solidária.
• Programa Bolsa Escola Federal: visa assegurar a crianças socialmente 
vulneráveis sua permanência na escola e erradicar o trabalho infantil.
• Qualidade na Educação Básica: avaliação do livro didático, munici-
palização da merenda escolar, definição de parâmetros curriculares 
nacionais, criação da TV Escola, Programa Dinheiro Direto na Escola, 
Programa Aceleração Escolar.
17
• Sistema Avaliação Educacional: criação do Sistema Nacional de 
Avaliação da Educação Básica (Saeb), do Exame Nacional de Ensino 
Médio (Enem), participação do Brasil no Programa Internacional de 
Avaliação de Estudantes (Pisa).
Exemplificando
Na página do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais 
Anísio Teixeira (Inep) você encontra informações sobre o PISA e dados 
que exemplificam a importância da participação brasileira no programa 
para a melhoria das práticas e dos processos de aprendizagem.
• Sistema de informações: revitalização do Instituto Nacional de Estudos 
e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), que se tornou desde 
então gestor e guardião dos dados educacionais de todo o país. 
• Provão: avaliação do Ensino Superior para que ele se tornasse maior, 
melhor e mais competitivo. 
Em 2005, foi criada a Prova Brasil, com o objetivo de avaliar a Educação 
Básica em suas séries finais nas disciplinas de Matemática e Português e 
complementar o Saeb. Já em 2007, com a criação do Índice da Educação 
Básica (Ideb), ela passou a ser um de seus componentes. Desde então o Ideb 
tem a finalidade de medir a qualidade do aprendizado nacional e estabelecer 
metas para a melhoria do ensino.
Em 2007, com o término do período de vigência do Fundef, esse 
mecanismo transitou para o Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da 
Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação (Fundeb), 
criado pela Emenda Constitucional nº 53/2006 e regulamentado pela Lei nº 
11.494/2007 e pelo Decreto nº 6.253/2007, com vigência prevista de 2007 
a 2020, cujo objetivo é ampliar os recursos para todos os níveis de escola-
ridade, aumentar o acesso às escolas e melhorar os índices nas avaliações 
externas. Também foi criado o programa Mais Educação, com o objetivo de 
ampliar a carga horária dos alunos nas escolas.
Saiba mais
A principal diferença entre o Fundef e o Fundeb era que o primeiro só 
contemplava o Ensino Fundamental, já o segundo ampliou o atendi-
mento para a Educação Infantil e o Ensino Médio, contemplando assim 
toda a Educação Básica.
18
Aprovado em 2014, o Plano Nacional da Educação (PNE) apresenta 20 
metas desafiadoras que vêm como um norte para a educação pública brasi-
leira. A Base Nacional Comum Curricular (BNCC), que começou a ser 
discutida em 1998, teve sua versão final entregue ao Conselho Nacional de 
Educação (CNE) em abril de 2017 e foi aprovada em dezembro desse mesmo 
ano. O CNE deu os devidos encaminhamentos, entre eles a implementação 
da Base por todas as escolas brasileiras até o início do ano letivo de 2020 e 
sua revisão de 5 em 5 anos.
Exemplificando
Um exemplo das questões a serem pensadas sobre o Ensino Médio 
pode ser vistas no filme Nunca me Sonharam, do Instituto Unibanco.
É importante ressaltar que nos últimos anos a educação brasileira tem 
avançado devido à cobrança e participação ativa dos brasileiros, afinal, 
como bem diz o Movimento Todos pela Educação, “uma única criança sem 
educação de qualidade é uma derrota para toda a nação”.
Sem medo de errar 
Sabemos que no Brasil, a cada eleição realizada, seja em nível federal, 
estadual ou municipal, ocorre uma ruptura em práticas e processos imple-
mentados na educação. Isso acontece porque as lideranças políticas eleitas, ao 
verificarem as políticas públicas implementadas no governo anterior, quase 
sempre determinam a descontinuidade delas para não caracterizar perda 
de poder ou vulnerabilidade na gestão, demonstrando, assim, que se conti-
nuar com algo que está dando certo do governo anterior estará validando 
um projeto político que não é seu. Vimos que essa postura acontece desde a 
saída dos jesuítas, quando a vontade política foi começar uma nova proposta 
de educação para o país sem considerar os pontos fortes dessa gestão educa-
cional. E assim tem acontecido sucessivamente ao longo do tempo nas 
diversas esferas políticas.
Quem perde com isso é o cidadão brasileiro, que ao longo de sua traje-
tória educacional vivencia inúmeras políticas públicas educacionais, na 
maioria das vezes fragmentadas, episódicas e não sistematizadas, longe de 
se tornar políticas de Estado, em que independentemente do governo há a 
continuidade do que está dando certo.
Na disciplina Gestão Educacional você compreenderá que é preciso 
garantir uma gestão eficaz, sistemática e eficiente em cada esfera educacional, 
19
por meio do fortalecimento do papel das lideranças, da sistematização de 
boas práticas e do monitoramento dos resultados. 
Ao imaginar a situação-problema vivenciada por Marieta, a nova secre-
tária de educação de Maracatu, você perceberá que essa é uma questão recor-
rente na prática profissional de todos os gestores de Secretarias de Educação 
ou de escolas, pois, ao tomarem posse, seja por eleição ou indicação política, 
e receberem as chaves e o CNPJ da instituição, não sabem o que fazer com 
os domínios e acessos recebidos, visto que muitas vezes anteriormente 
ocupavam outro papel muito diferente na escola ou secretaria.
Para solucionar a situação-problema vivenciada por Marieta, sugere-se 
que ela tenha um olhar especial para toda a cidade e a perceba como um 
território educativo, cujos estudantes (crianças e jovens) podem frequentar 
escolas municipais, estaduais ou privadas. É preciso que o aluno, foco da 
razão de ser de todo ensino-aprendizagem, seja o norte para a definição de 
todas as ações a serem implantadas e executadas no município.
Assim, é fundamental que Marieta conheça as responsabilidades de cada 
ente federativo, atue fortemente na realização das competências que lhe são 
cabíveis enquanto liderança municipal e busque uma “sintonia fina” com as 
demais redes, para que, juntas, possam implementar ações em comum, como 
o calendário escolar único e o fortalecimento de parcerias.
Avançando na prática
Organizando a gestão de uma Secretaria de 
Educação observando a LDB
Imagine uma situação em que você é um dos pedagogos que fazem parte, 
junto a Marieta, da equipe de liderança da rede municipal de educação 
de Maracatu. Seu desafio é atender à Meta Operacional das “Diretrizes 
Estratégicas da Secretaria de Educação” para o próximo ano, que é ampliar o 
acesso à Educação Infantil na rede municipal. Observando o que determina 
a LDB, aponte qual processo ou prática deve ser implementado nas escolas 
que receberão turmas deEducação Infantil.
Resolução da situação-problema
Para atender à referida meta, as ações a serem implementadas devem ser:
20
1. Levantar, junto ao setor responsável da SME, a relação de alunos de 4 
e 5 anos que não conseguiram ser matriculados na cidade. 
2. Organizar listas de alunos por turma e proximidade entre a residência 
do aluno e o endereço das escolas.
3. Orientar as escolas na organização da Educação Infantil, observando 
as seguintes regras: 
• Avaliação mediante o acompanhamento e o registro do desenvolvi-
mento das crianças, sem o objetivo de promoção. 
• Carga horária mínima anual de 800 horas, distribuídas em no mínimo 
200 dias letivos. 
• Atendimento à criança de, no mínimo, 4 horas diárias em turno 
parcial. 
• Frequência mínima de 60% do total de horas. 
• Expedição de documento que permita atestar os processos de desen-
volvimento e aprendizagem da criança. 
Faça valer a pena
1. O Fundeb é um importante fundo para investimentos na educação que 
é distribuído para as redes municipais e estaduais de ensino de acordo com 
o número de alunos matriculados. É um grande avanço na busca de uma 
educação de qualidade.
A quem se destina o Fundeb?
a. A escolas públicas e conveniadas de estados, municípios e do 
Distrito Federal. 
b. A escolas públicas de estados e municípios. 
c. A escolas públicas, com exceção das conveniadas, de estados, municí-
pios e do Distrito Federal. 
d. A escolas públicas, com exceção daquelas presentes no Distrito Federal. 
e. A escolas públicas e particulares de estados, municípios e do 
Distrito Federal.
21
2. Conforme Título IV da LDB, que trata da organização da Educação 
Nacional, o artigo 8º ressalta:
“a União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios 
organizarão, em regime de colaboração, os respectivos 
sistemas de ensino”.
Entende-se por organização em regime de colaboração:
a. A União, os estados, o Distrito Federal e os municípios executam as 
mesmas ações conjuntamente. 
b. A União, os estados, o Distrito Federal e os municípios articulam os 
diferentes níveis e sistemas de ensino em uma mesma direção.
c. A União, os estados, o Distrito Federal e os municípios articulam suas 
demandas com base nas responsabilidades de cada ente federativo, 
promovendo a gestão e a operacionalização da educação no local 
onde ela se realiza. 
d. A União, os estados, o Distrito Federal e os municípios fazem a 
organização e coordenação para aplicar o Fundeb. 
e. A União, os estados, o Distrito Federal e os municípios definem, em 
conjunto, a forma de atuação de cada ente federativo.
3. Desde os anos 1990, percebe-se no Brasil uma intencionalidade na busca 
de uma política pública de gestão alinhada com uma regulação eficaz e 
eficiente de educação no país.
São fatores determinantes para que de fato aconteça uma educação de quali-
dade e com equidade para todas as crianças e os jovens brasileiros:
a. Vontade política e aplicação da legislação vigente. 
b. Vontade política, cumprimento da LDB e valorização do professor. 
c. Gestão pública eficaz e aplicação correta dos investimentos. 
d. Vontade política, aplicação eficaz e eficiente dos recursos públicos, 
monitoramento constante da sociedade e gestão interdependente 
entre os entes federativos. 
e. Vontade política, gestão independente entre os entes federativos e 
uma gestão pública eficaz e eficiente.
22
Seção 2
Sistema educacional brasileiro
Diálogo aberto
Imagine que você, já graduado, assuma um papel em uma instituição 
escolar. Para saber como atuar, fazer melhor, investir na forma certa de realizar 
projetos e práticas exitosas, é preciso que você saiba como é formado o sistema 
educacional brasileiro. Qual é sua estrutura? Quais são os níveis e as modali-
dades de ensino? Há um sistema nacional de educação? O que propõe o Plano 
Nacional de Educação? Qual será o seu espaço para atuar na rede? 
Pensando nisso, convidamos você a refletir sobre a seguinte situação-pro-
blema: você já conhece Marieta e sabe que ela é uma pedagoga experiente que 
assumiu o cargo de secretária de educação no município de Maracatu. No 
momento, ela está traçando seu plano de trabalho e já fez o levantamento do 
perfil da rede municipal, estadual e privada do município. Conhece a clien-
tela que cada uma dessas redes atende, a responsabilidade de cada uma na 
educação do município e como os alunos da cidade transitam nesse grande 
território educativo.
Com essas informações coletadas, Marieta pretende traçar um plano de 
ação para atender às metas do Plano Nacional de Educação (PNE) para o 
município nas três esferas de atendimento, mas levando em consideração 
seu poder de atuação e sua competência operacional. Quais metas ela deve 
focalizar? Quais dessas metas precisam ser acompanhadas e monitoradas nos 
níveis federal e estadual? De quais metas ela será guardiã para que de fato 
sejam alcançadas na cidade?
Nesta seção, vamos estudar como é formado o sistema educacional brasi-
leiro, os níveis e as modalidades de ensino ofertados para a Educação Básica, 
as metas de seu Plano Nacional de Educação e como opera esse sistema em 
nível territorial em um país tão grande e com tantas singularidades regionais. 
Não pode faltar 
A Constituição Federal de 1988 e a Lei de Diretrizes e Bases da Educação 
Nacional (LDB), de 1996, são norteadoras da educação, fazendo que 
os sistemas União, Estados, Distrito Federal e municípios alinhem suas 
forças individuais na direção do mesmo foco, ou seja, todos empenhados 
23
para conquistar o elevado desempenho de cada aluno. A partir desses dois 
documentos, vamos entender um pouco mais sobre a nossa educação. 
O sistema educacional brasileiro se organiza em três esferas distintas: 
federal, estadual e municipal. A cada uma cabe organizar os sistemas e 
as instituições educacionais que administra. O ensino é estruturado em 
Educação Básica e Ensino Superior, e ambos são oferecidos pelas redes de 
ensino federal, estadual, municipal e privada em todo o território nacional, 
sendo que a Educação Básica tem sua maior parcela de alunos nas redes 
públicas, enquanto no Ensino Superior a maior concentração de alunos está 
na rede privada.
O Ensino Superior é composto por Graduação (bacharelado, licen-
ciatura e formação tecnológica) e Pós-Graduação (especialização, MBA, 
mestrado e doutorado). 
Confira, a seguir, as etapas e modalidades de ensino da Educação Básica.
Figura 1.3 | Etapas da Educação Básica
Fonte: elaborada pela autora. 
24
Quadro 1.1 | Modalidades da Educação Básica
Fonte: elaborado pela autora.
25
Exemplificando
Uma boa prática sobre a Educação no Campo é feita pelo Programa 
Escolas Rurais Conectadas, da Fundação Telefônica | Brasil.
Sendo a estrutura da educação brasileira constituída por sistemas, níveis, 
etapas e modalidades de ensino, faz-se necessário realizar algumas ações 
importantes, como o Plano Nacional de Educação (PNE), com vigência de 
10 anos e, portanto, o primeiro a contemplar mais de uma gestão gover-
namental. Para chegar a ele, desde 2010 houve uma ampla discussão com 
todas as Partes Interessadas, tais como setores governamentais, educacionais, 
empresariais, sociais e sociedade civil.
Assimile
O PNE tem como finalidade direcionar esforços e investimentos para 
a melhoria da qualidade da educação no país, sendo o articulador do 
sistema nacional de educação. Esse plano define metas e estratégias 
que devem nortear a União, os estados, o Distrito Federal e os municí-
pios, alinhados entre si para a definição dos rumos da educação. 
Cada município, estado e Distrito Federal deve construir seu plano de 
forma alinhada ao PNE. 
O PNE tem 20 metas, as quais são divididas em seis grupos:
Grupo 1: estruturantes para a garantia do direito à Educação Básica com 
qualidade (Metas 1, 2, 3, 5, 6, 7, 9, 10 e 11). São metas que dizem respeito ao 
acesso à escola, à universalização da alfabetização e à ampliação da escola-
ridade e das oportunidades educacionais. Esse grupo defende a importânciado investimento na Educação Infantil, a garantia do acesso de crianças e 
jovens de 6 a 17 anos aos ensinos fundamental, médio e profissional, bem 
como a melhoria da qualidade da aprendizagem educacional. 
Quadro 1.2 | Garantia do direito à Educação Básica com qualidade
Meta Tema O que pretende
1 Educação Infantil
Universalizar, até 2016, a Educação Infantil na 
Pré-escola para as crianças de 4 (quatro) a 5 (cinco) 
anos de idade e ampliar a oferta de Educação Infan-
til em creches, de forma a atender, no mínimo, 50% 
(cinquenta por cento) das crianças de até 3 (três) 
anos até o final da vigência deste PNE.
26
2 Ensino Fundamental
Universalizar o Ensino Fundamental de 9 (nove) 
anos para toda a população de 6 (seis) a 14 (quator-
ze) anos e garantir que pelo menos 95% (noventa e 
cinco por cento) dos alunos concluam essa etapa na 
idade recomendada, até o último ano de vigência 
deste PNE.
3 Ensino Médio
Universalizar, até 2016, o atendimento escolar para 
toda a população de 15 (quinze) a 17 (dezessete) 
anos e elevar, até o final do período de vigência 
deste PNE, a taxa líquida de matrículas no Ensino 
Médio para 85% (oitenta e cinco por cento).
5 Alfabetização infantil Alfabetizar todas as crianças, no máximo, até o final do 3º (terceiro) ano do Ensino Fundamental.
6 Educação integral
Oferecer educação em tempo integral em, no 
mínimo, 50% (cinquenta por cento) das escolas pú-
blicas, de forma a atender, pelo menos, 25% (vinte e 
cinco por cento) dos alunos da Educação Básica.
7 Qualidade da Educação Básica / Ideb
Fomentar a qualidade da Educação Básica em todas 
as etapas e modalidades, com melhoria do fluxo 
escolar e da aprendizagem, de modo a atingir as se-
guintes médias nacionais para o Ideb: 6,0 nos anos 
iniciais do Ensino Fundamental; 5,5 nos anos finais 
do Ensino Fundamental; 5,2 no Ensino Médio 
(Média 6 do Ideb).
9 Alfabetização de Jovens e Adultos
Elevar a taxa de alfabetização da população com 15 
(quinze) anos ou mais para 93,5% (noventa e três 
inteiros e cinco décimos por cento) até 2015 e, até o 
final da vigência deste PNE, erradicar o analfabe-
tismo absoluto e reduzir em 50% (cinquenta por 
cento) a taxa de analfabetismo funcional.
10 EJA integrada
Oferecer, no mínimo, 25% (vinte e cinco por cento) 
das matrículas de Educação de Jovens e Adultos, 
nos ensinos Fundamental e Médio, na forma inte-
grada à educação profissional.
11 Educação profissional
Triplicar as matrículas da Educação Profissional 
Técnica de nível médio, assegurando a qualidade da 
oferta e pelo menos 50% (cinquenta por cento) da 
expansão no segmento público.
Fonte: elaborado pela autora com base em http://pne.mec.gov.br/images/pdf/pne_conhecendo_20_metas.
pdf. Acesso em: 2 ago. 2019.
http://pne.mec.gov.br/images/pdf/pne_conhecendo_20_metas.pdf
http://pne.mec.gov.br/images/pdf/pne_conhecendo_20_metas.pdf
27
Grupo 2: redução da desigualdade e valorização da diversidade (Metas 4 
e 8). São metas que oportunizam a equidade, em que os sistemas educacio-
nais devem ser inclusivos, atendendo às pessoas com diversas necessidades 
especiais de aprendizagem, o que pode ser oferecido em redes públicas de 
ensino ou em escolas conveniadas de serviços especializados.
Quadro 1.3 | Redução das desigualdades e valorização da diversidade
4 Inclusão
Universalizar, para a população de 4 (quatro) a 
17 (dezessete) anos com deficiência, transtornos 
globais do desenvolvimento, altas habilidades ou 
superdotação, o acesso à Educação Básica e ao 
atendimento educacional especializado, preferen-
cialmente na rede regular de ensino, com a garantia 
de sistema educacional inclusivo, de salas de re-
cursos multifuncionais, classes, escolas ou serviços 
especializados, públicos ou conveniados.
8 Elevação da escolarida-de/diversidade
Elevar a escolaridade média da população de 18 
(dezoito) a 29 (vinte e nove) anos, de modo a alcan-
çar, no mínimo, 12 (doze) anos de estudo no último 
ano de vigência deste Plano, para as populações do 
campo, da região de menor escolaridade no País 
e dos 25% (vinte e cinco por cento) mais pobres, 
e igualar a escolaridade média entre negros e não 
negros declarados à Fundação Instituto Brasileiro 
de Geografia e Estatística (IBGE).
Fonte: elaborado pela autora com base em http://pne.mec.gov.br/images/pdf/pne_conhecendo_20_metas.
pdf. Acesso em: 2 ago. 2019. 
Grupo 3: valorização dos profissionais da educação (Metas 15, 16, 17 e 
18). São metas consideradas estratégicas para que as metas anteriores sejam 
alcançadas. Portanto, é preciso investir fortemente nos profissionais da 
educação, de forma que eles tenham o perfil necessário à melhoria da quali-
dade da Educação Básica pública.
Quadro 1.4 | Valorização dos profissionais da educação
15 Profissionais de educação
Garantir, em regime de colaboração entre a União, 
os Estados, o Distrito Federal e os municípios, no 
prazo de 1 (um) ano de vigência deste PNE, política 
nacional de formação dos profissionais da educação 
de que tratam os incisos I, II e III do caput do art. 
61 da Lei nº 9.394, de 20 de dezembro de 1996, as-
segurado que todos os professores e as professoras 
da Educação Básica possuam formação específica 
de nível superior, obtida em curso de licenciatura 
na área de conhecimento em que atuam.
http://pne.mec.gov.br/images/pdf/pne_conhecendo_20_metas.pdf
http://pne.mec.gov.br/images/pdf/pne_conhecendo_20_metas.pdf
28
16 Formação
Formar, em nível de Pós-Graduação, 50% (cinquen-
ta por cento) dos professores da Educação Básica, 
até o último ano de vigência deste PNE, e garantir 
a todos(as) os(as) profissionais da Educação Básica 
formação continuada em sua área de atuação, con-
siderando as necessidades, demandas e contextuali-
zações dos sistemas de ensino.
17 Valorização dos profis-sionais do magistério
Valorizar os(as) profissionais do magistério das 
redes públicas de Educação Básica de forma a 
equiparar seu rendimento médio ao dos(as) demais 
profissionais com escolaridade equivalente, até o 
final do sexto ano de vigência deste PNE.
18 Planos de carreira
Assegurar, no prazo de 2 (dois) anos, a existência 
de planos de carreira para os(as) profissionais da 
Educação Básica e Superior pública de todos os sis-
temas de ensino e, para o plano de carreira dos(as) 
profissionais da Educação Básica pública, tomar 
como referência o piso salarial nacional profissio-
nal, definido em lei federal, nos termos do inciso 
VIII do art. 206 da Constituição Federal.
Fonte: elaborado pela autora com base em http://pne.mec.gov.br/images/pdf/pne_conhecendo_20_metas.
pdf. Acesso em: 2 ago. 2019.
Grupo 4: Ensino Superior (Metas 12, 13 e 14). São metas que não se 
referem à Educação Básica, mas, sim, ao Ensino Superior, cuja respon-
sabilidade cabe aos governos federal e estaduais. Por ser o local onde os 
professores da Educação Básica são formados, é preciso que ocorra um 
investimento focado no aumento do acesso à Graduação e na ampliação da 
pesquisa educacional.
Quadro 1.5 | Ensino Superior
12 Educação Superior
Elevar a taxa bruta de matrícula na Educação Supe-
rior para 50% (cinquenta por cento) e a taxa líquida 
para 33% (trinta e três por cento) da população de 
18 (dezoito) a 24 (vinte e quatro) anos, assegurada 
a qualidade da oferta e expansão para, pelo menos, 
40% (quarenta por cento) das novas matrículas no 
segmento público.
http://pne.mec.gov.br/images/pdf/pne_conhecendo_20_metas.pdf
http://pne.mec.gov.br/images/pdf/pne_conhecendo_20_metas.pdf
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13 Qualidade da Educação Superior
Elevar a qualidade da Educação Superior e ampliar 
a proporção de mestres e doutores do corpo docen-
te em efetivo exercício no conjunto do sistema de 
Educação Superior para 75% (setenta e cinco por 
cento), sendo, do total, no mínimo, 35% (trinta e 
cinco por cento) doutores.
14 Pós-Graduação
Elevar gradualmente o número de matrículas na 
Pós-Graduação stricto sensu, de modo a atingir a 
titulação anual de 60.000 (sessenta mil) mestres e 
25.000 (vinte e cinco mil)doutores.
Fonte: elaborado pela autora com base em http://pne.mec.gov.br/images/pdf/pne_conhecendo_20_metas.
pdf. Acesso em: 2 ago. 2019.
Grupo 5: Gestão (Meta 19). Meta que determina a efetivação da gestão 
democrática, por meio da implementação de conselhos municipais de 
educação, conselhos de administração das verbas da educação, colegiados 
escolares e participação ativa da comunidade escolar nas instituições escolares. 
Quadro 1.6 | Gestão democrática
19 Gestão democrática
Assegurar condições, no prazo de 2 (dois) anos, 
para a efetivação da gestão democrática da edu-
cação, associada a critérios técnicos de mérito e 
desempenho e à consulta pública à comunidade 
escolar, no âmbito das escolas públicas, prevendo 
recursos e apoio técnico da União para tanto.
Fonte: elaborado pela autora com base em http://pne.mec.gov.br/images/pdf/pne_conhecendo_20_metas.
pdf. Acesso em: 2 ago. 2019.
Grupo 6: Investimentos (Meta 20). Meta que ressalta a importância do 
investimento público para que todas as demais metas sejam realizadas satisfa-
toriamente. São investimentos feitos por meio do público total em proporção 
do PIB, o investimento público direto em proporção do PIB e o investimento 
público direto por aluno. 
Quadro 1.7 | Investimentos
20 Financiamento da educação
Ampliar o investimento público em educação pú-
blica de forma a atingir, no mínimo, o patamar de 
7% (sete por cento) do Produto Interno Bruto (PIB) 
do País no 5º (quinto) ano de vigência desta Lei e, 
no mínimo, o equivalente a 10% (dez por cento) do 
PIB ao final do decênio.
Fonte: elaborado pela autora com base em http://pne.mec.gov.br/images/pdf/pne_conhecendo_20_metas.
pdf. Acesso em: 2 ago. 2019.
http://pne.mec.gov.br/images/pdf/pne_conhecendo_20_metas.pdf
http://pne.mec.gov.br/images/pdf/pne_conhecendo_20_metas.pdf
http://pne.mec.gov.br/images/pdf/pne_conhecendo_20_metas.pdf
http://pne.mec.gov.br/images/pdf/pne_conhecendo_20_metas.pdf
http://pne.mec.gov.br/images/pdf/pne_conhecendo_20_metas.pdf
http://pne.mec.gov.br/images/pdf/pne_conhecendo_20_metas.pdf
30
Pesquise mais
Para saber mais sobre o PNE, leia o texto:
BRASIL. Ministério da Educação. Planejando a próxima década: conhe-
cendo as 20 metas do Plano Nacional de Educação. Brasília: MEC, 2014.
Ao considerarmos todas as diferenças regionais em um país tão grande 
como o Brasil, faz-se necessário pensar em um Sistema Nacional de Educação 
(SNE). Segundo o professor Jamil Cury, o SNE foi previsto na Constituição 
Brasileira na Emenda 59 de 2009. Mas em que ele consiste? Desde 1932, com 
o Manifesto dos Pioneiros da Educação Nova, já se falava na necessidade de a 
educação brasileira ser de fato um sistema. Em 2010, a Conferência Nacional 
de Educação (CONAE) estabeleceu que instituir um Sistema Nacional de 
Educação é agenda obrigatória para o país.
Reflita
Em um país de grandes dimensões como o Brasil, qual é a importância 
de se estabelecer um Sistema Nacional de Educação?
Alguns tentam comparar esse sistema com o Sistema Único de Saúde, 
que desde 1988, de norte a sul do país, tem os mesmos procedimentos para 
as demandas necessárias, sendo um sistema hierarquizado, com normas, 
padrões e protocolos. Porém, não devemos adotar o mesmo modelo, pois a 
educação tem especificidades em sua atuação. Assim, o Sistema Nacional de 
Educação não pode ser hierarquizado, pois diversos sistemas o compõem, 
como o federal, estadual e municipal, tem peculiaridades que devem formar 
um conjunto coeso que realiza a educação brasileira buscando atuar de forma 
interdependente, colaborativa e equitativa. 
A Lei nº 13.005/2014 estabeleceu em seu artigo 13 que: 
O poder público deverá instituir, em lei específica, contados 
2 (dois) anos da publicação dessa Lei, o sistema Nacional de 
Educação, responsável pela articulação entre os sistemas 
de ensino, em regime de colaboração, para efetivação 
das diretrizes, metas e estratégias do Plano Nacional de 
educação. (BRASIL, 2014, [s.p.])
31
Urge cumpri-la, pois, como afirma o documento da secretaria de articu-
lação com os sistemas de ensino − SASE/ME:
A ausência de um SNE tem resultado em graves fragilidades 
para a educação nacional, como a ausência de referências 
nacionais de qualidade capazes de orientar a ação supletiva 
para a busca da equidade, a descontinuidade de ações, a 
fragmentação de programas e a fata de articulação entre 
as esferas de governo. Esses fatores não contribuem para 
a superação das históricas desigualdades econômicas e 
sociais do país. (BRASIL, 2015, [s.d.])
Por fim, procure saber se o SNE já foi aprovado, em qual data e se já está 
sendo cumprido.
Sem medo de errar 
Um profissional da educação no exercício de sua função em uma rede 
pública de ensino precisa estar atento à legislação vigente da área em que 
atua. Necessita conhecer qual é a proposta da União sobre a questão a ser 
executada por ele e qual a orientação e a interpretação que a rede de ensino 
em que atua define sobre o tema a ser trabalhado. Dessa forma, ele será capaz 
de garantir o alinhamento dos sistemas e o desdobramento das práticas e dos 
processos trabalhados. É o fazer certo de forma certa.
Na situação-problema proposta, Marieta, como secretária de educação 
do município de Maracatu e enquanto líder visionária, deve pensar a sua 
cidade como um grande território educativo, de modo que as redes munici-
pais e estaduais comunguem uma proposta de alinhamento educacional que 
permita ao aluno/cidadão transitar de uma rede a outra, de uma escola a 
outra, sem perdas na qualidade de sua aprendizagem. 
Portanto, Marieta deve centralizar esforços em seu Plano de Ação no que 
diz respeito ao acompanhamento das 20 metas propostas no PNE. De modo 
especial, deve tomar para si a determinação de, enquanto gestora, investir 
amplamente no cumprimento das Metas 1 a 10, 15, 17, 18.
32
Avançando na prática
Metas do PNE em ação
Marieta, ao terminar seu Plano de Ação para acompanhamento das 20 
metas do PNE no município em que é secretária de educação, percebeu a 
necessidade de intensificar o monitoramento e o cumprimento das metas. 
O que ela pode fazer para envolver sua equipe, otimizar tempo e garantir 
resultados satisfatórios?
Resolução da situação-problema
Marieta pode convidar um representante da rede estadual, da rede privada, 
do Conselho de Educação do município e do Conselho de Acompanhamento 
do Fundeb, um professor e um diretor de escola para juntos formarem um 
Time de Meta (TM) para monitorar e investir fortemente em cada uma das 
metas, melhorando assim seu desempenho e seus resultados. Eles podem se 
reunir bimestralmente para fazer a avaliação do painel de gestão das metas e 
estabelecer os próximos passos.
Faça valer a pena
1. Na aprovação do PNE, alguns grandes pensadores da educação brasileira 
disseram que o Plano resultou em uma enorme “lista de Papai Noel”, pois 
não se muda a sociedade com planos grandiosos e metas genéricas. Por outro 
lado, outros afirmaram que as 20 metas propostas são as urgências mínimas a 
serem garantidas para a educação do Brasil em uma década.
Qual é a importância do PNE para a evolução da educação no Brasil?
a. Garantir a articulação entre os entes federativos na melhoria e organi-
cidade da educação nacional.
b. Prever o percentual do Produto Interno Bruto (PIB).
c. Focar na aprendizagem. 
d. Apontar alternativas de atuação nas redes públicas de ensino.
e. Canalizar as ações a serem feitas nas salas de aula.
33
2. Os dados mostram que há uma grande evasão dos alunos depois que 
terminam o Ensino Fundamental II. Muitos alunos não veem sentido nessa 
nova fase por entenderem “que é mais do mesmo”; outros precisam traba-
lhar; e alguns outros não têm como projeto de vida a continuidade de seus 
estudos. Os que conseguem seguir em frente, ao concluir o Ensino Médio, 
não enxergam perspectiva de continuidade.
Diante disso, que resultado a nação obtém com essa ruptura no processo de 
ensino de um cidadão?
a. Mais vagas sobrando nas escolas estaduais e federais.b. Aumento de trabalhadores na área de serviços.
c. Falta de perspectiva a curto, médio e longo prazo.
d. Aumento acentuado na desigualdade social e maior necessidade de 
investimentos públicos.
e. Aumento de impostos.
3. O Sistema Nacional de Educação deve fixar normas da cooperação 
federativa entre a União, os estados, o Distrito Federal e os municípios.
O que cabe à União fazer na cooperação federativa proposta no PNE?
a. Determinar propostas de atuação. 
b. Estabelecer pactos operacionais, normatizando as diretrizes e bases da 
educação, investindo no desenvolvimento das pessoas e na melhoria 
das práticas de ensino. 
c. Garantir a aplicação dos recursos públicos em educação, assegurando 
o padrão de qualidade e equidade, bem como o fortalecimento de 
parcerias internas e externas na articulação dos diferentes níveis e 
sistemas de educação. 
d. Normatizar as diretrizes e bases da educação, garantindo a aplicação 
eficaz e eficiente dos recursos públicos em educação e a melhoria dos 
resultados de aprendizagem. 
e. Coordenar a política nacional de educação, articulando os diferentes 
níveis e sistemas de educação, exercendo função normativa, distribu-
tiva e supletiva em relação às demais instâncias educacionais.
34
Seção 3
Gestão do currículo
Diálogo aberto
Em um país com um território tão grande e com uma população tão 
diversificada como o Brasil, é necessário garantir que o currículo tenha uma 
sinergia entre o que será ensinado em cada “cantinho” do país e o seu todo, 
oportunizando, assim, uma base comum curricular alinhada com a apren-
dizagem dos saberes específicos locais. Dessa forma, é possível garantir com 
equidade o direito de aprendizagem a todos os alunos. 
Com base nesse contexto, vamos refletir sobre a seguinte situação-pro-
blema: Miguel, Anna e Teresa são os coordenadores da Educação Infantil, 
Ensino Fundamental I e Ensino Fundamental II, respectivamente. Junto a 
Marieta, secretária de educação, formam a liderança da rede municipal de 
ensino na cidade de Maracatu. No plano de trabalho deles, está previsto 
que, uma vez ao ano, o currículo trabalhado nas escolas municipais seja 
minuciosamente revisto. Considerando a Base Nacional Comum Curricular 
(BNCC) e os temas transversais a serem abordados, quais cuidados devem 
ser tomados para que o currículo não se torne um texto vazio e desconexo? 
Nesta seção, estudaremos os documentos disponibilizados pelo Ministério 
da Educação para a formulação do currículo de estados, Distrito Federal, 
municípios e escolas. Também compreenderemos como é feita a interseção 
entre esses documentos, de forma a agregar mais valor ao trabalho de ensino-
-aprendizagem realizado nas escolas.
Não pode faltar 
Após a definição de como deve ser um sistema de ensino, sua estrutura e 
sua organização, é necessário determinar o que os alunos devem aprender. É o 
que chamamos de currículo, que vem da palavra latina scurrere, um caminho 
que deve ser percorrido. O currículo é a base que determina o alinhamento 
de processos e práticas pedagógicas, bem como o desdobramento dessas 
práticas em níveis e modalidades de ensino. Cabe ao currículo nortear toda 
a ação de ensino-aprendizagem, contemplando o que deve acontecer desde a 
Secretaria de Educação até cada sala de aula. Quanto mais unificado o currí-
culo, maior a garantia de que os alunos tenham as mesmas oportunidades 
de aprendizagem, seja em uma escola pública estadual, municipal, federal 
35
ou privada. A equidade que tanto desejamos na educação deve começar pela 
garantia de um currículo comum no território nacional.
Assimile
Segundo Moreira e Candau (2007, p. 18):
“São cinco os pontos que a noção de currículo deve 
comportar: a lista de conteúdos a serem ensinados e apren-
didos; as experiências de aprendizagem escolares a serem 
vividas pelos alunos; os planos pedagógicos elaborados por 
professores, escolas e sistemas educacionais; os objetivos 
a serem alcançados por meio do processo de ensino; e os 
processos de avaliação que terminam por influir nos conte-
údos e nos procedimentos selecionados nos diferentes 
graus da escolarização”.
No Brasil, a gestão do currículo é pautada pelos seguintes documentos:
Quadro 1.8 | Documentos base para a definição do currículo no Brasil
Documento
Diretrizes 
Curriculares 
Nacionais 
(DCN)
Parâmetros 
Curriculares 
Nacionais 
(PCN)
Referenciais 
Curricula-
res (RCN)
Temas 
transversais
Base Nacio-
nal Comum 
Curricular 
(BNCC)
O que é
Conjunto de 
princípios, 
normas, 
fundamen-
tos e proce-
dimentos
Referências 
curriculares
Subsídios 
adicionais 
aos PCN 
para a 
Educação 
Infantil e 
Educação 
Profissional 
de Nível 
Técnico 
Conceitos 
e valores 
básicos à 
cidadania
Conhe-
cimentos 
e compe-
tências 
essenciais
Fonte: Moreira e Candau (2007).
Como educadores, o que precisamos saber sobre cada um desses 
documentos? Qual é a importância deles para nossa atuação profissional 
como gestores de uma instituição educacional?
Diretrizes Curriculares Nacionais (DCN)
A Lei de Diretrizes e Bases da Educação (LDB), de 1996, determinou que 
a União, em colaboração com os estados, o Distrito federal e os municípios, 
36
deveria estabelecer competências e diretrizes para a Educação Infantil, o 
Ensino Fundamental e o Ensino Médio, as quais norteariam os currículos 
e seus conteúdos mínimos, de modo a assegurar a formação básica comum. 
Assim, para cumprir tal incumbência, a União e as diversas representativi-
dades dos setores público e privado, como a União Nacional dos Dirigentes 
Municipais de Educação (UNDIME), pesquisadores da área educacional, 
Conselho Nacional dos Secretários Estaduais de Educação (CONSED), entre 
outros, definiram as Diretrizes Curriculares Nacionais. 
Conheça, a seguir, os principais objetivos das Diretrizes Curriculares 
Nacionais. 
Figura 1.4 | Objetivos das Diretrizes Curriculares Nacionais (DCN)
Fonte: adaptada de Brasil (2012, p. 7-8). 
37
Além disso, as Diretrizes Curriculares Nacionais especificam o Projeto 
Político-Pedagógico e o Regimento Escolar como os elementos constitutivos 
necessários para sua operacionalização. Também destacam que a avaliação 
compreende três dimensões básicas: avaliação da aprendizagem, avaliação 
institucional interna e externa e avaliação de redes de Educação Básica.
Assimile
Segundo Pacheco (2009, p. 68), “Regimento Escolar é a constituição da 
escola, onde devem constar as normas gerais que regularão as práticas 
escolares disciplinares e pedagógicas”.
Pesquise mais
Saiba mais sobre Projeto Político-Pedagógico (PPP):
LOPES, Noêmia. O que é o projeto político-pedagógico. Nova Escola 
Gestão, 1 dez. 2010.
Parâmetros Curriculares Nacionais (PCN)
Os Parâmetros Curriculares Nacionais (PCN) podem ser definidos como 
referenciais de qualidade para a educação brasileira [e] 
podem ser utilizados em diferentes ações educacionais 
como entre outras a formação de professores, elaboração de 
material didático, reelaboração curricular, desenvolvimento 
de projetos educativos nas escolas (BRASIL, 1997, p. 13). 
38
Os PCN são organizados da seguinte forma: 
Figura 1.5 | Organização dos Parâmetros Curriculares Nacionais
Fonte: adaptada de PCN (1997).
Assimile
Os Parâmetros Curriculares Nacionais (PCN) são referenciais curricu-
lares, portanto são diferentes das Diretrizes Curriculares Nacionais 
(DCN), que são as leis que orientam como deve ser cada modalidade e 
nível de ensino. 
39
Temas transversais
Os temas transversais não estão associados especificamente a nenhuma 
disciplina, mas atravessam e são pertinentes a todas elas. Referem-se a 
propostas de temas que estão relacionados à vida cotidiana dos alunos, 
como: saúde, orientação sexual, pluralidade cultural, meio ambiente e ética. 
Cabe a cada educador trabalhar esses temas (e outros que também achar 
convenientes) de forma transversal em sala de aula. Não é um tema que 
necessita de uma aula específica, a ponto de parar o conteúdo de geografia, 
por exemplo, para abordá-lo.Por isso, é importante não confundir interdisci-
plinaridade com transversalidade. Enquanto a interdisciplinaridade refere-se 
à forma como as disciplinas integram-se, fazendo que os alunos consigam 
fazer conexões entre os temas trabalhados, a transversalidade diz respeito à 
organização do trabalho didático e ao currículo, sistematizando os conheci-
mentos adquiridos sobre a realidade e sobre o aprendizado de questões da 
realidade e que nela refletem.
Exemplificando
A TV UNIVESP fez um programa para mostrar como os temas transversais 
podem ser trabalhados nas aulas de Educação Física. Não deixe de conferir!
D-19: Educação Física: Temas Transversais. 2012. 1 vídeo (16min02). 
Publicado pelo canal TV UNIVESP.
Base Nacional Comum Curricular (BNCC)
Orientada pelos princípios das Diretrizes Curriculares Nacionais (DCN) 
e pela LDB, a Base Nacional Comum Curricular normatiza o conjunto de 
conhecimentos e competências que todos os alunos brasileiros devem 
construir ao longo das modalidades e etapas da Educação Básica em todas as 
escolas do país, públicas e privadas. 
A BNCC oportuniza a equidade do ensino ao oferecer a todos a mesma 
oportunidade de aprender. Ela não é o currículo. É a base para a construção 
do currículo a ser trabalhado em cada unidade de ensino, mostrando o que 
ensinar. Agora, a forma e o como ensinar devem estar no currículo de cada 
instituição ou sistema educacional. 
O registro sobre o que ensinar envolve três elementos: verbo (indica a 
ação que envolve o processo cognitivo), objeto (os conteúdos e conceitos a 
serem aprendidos) e modificador (informações sobre o contexto da aprendi-
zagem esperada). 
40
A BNCC foi elaborada com a contribuição de 12 milhões de brasileiros, 
entre eles estudantes, educadores, pensadores da educação, instituições 
públicas, privadas etc.
As competências gerais da BNCC estão indicadas na Figura 1.6.
41
Figura 1.6 | Competências gerais: BNCC 
Fonte: Porvir (2017). Disponível em: http://porvir.org/entenda-10-competencias-gerais-orientam-base-na--
cional-comum-curricular/. Acesso em: 18 nov. 2017. 
http://porvir.org/entenda-10-competencias-gerais-orientam-base-nacional-comum-curricular/
http://porvir.org/entenda-10-competencias-gerais-orientam-base-nacional-comum-curricular/
42
As competências gerais da BNCC servem de referência para organizar as 
etapas de ensino da seguinte forma: 
1. Educação Infantil: campos de experiências (o eu, o outro e nós; 
corpo, gestos e movimentos; traços, sons, cores e formas; oralidade e 
escrita; espaços, tempos, quantidades, relações e transformações) em 
seis direitos de aprendizagem e desenvolvimento: conviver, brincar, 
participar, explorar, expressar e conhecer-se.
2. Ensino Fundamental: áreas do conhecimento (linguagens: Língua 
Portuguesa, Artes, Educação Física e Língua Inglesa; Matemática; 
Ciências da Natureza; e Ciências Humanas (Geografia e História)).
Reflita
Como a gestão pode dispor das definições curriculares para alcançar 
uma educação de alto desempenho sem recair na aplicação fria da lei 
sem resultados expressivos?
Sem medo de errar 
Enquanto gestor de uma rede de ensino ou de uma instituição escolar, 
você será o guardião do currículo a ser trabalhado pelos educadores. A você 
caberá assegurar o direito de uma aprendizagem de alto desempenho a todos 
os alunos, observando as competências de aprendizagem definidas para cada 
ano escolar e em cada etapa de ensino. Você será o garantidor de um trabalho 
bem realizado por toda a equipe, de forma a evidenciar os melhores resultados. 
Sabemos que o papel da liderança é fundamental para assegurar e garantir 
que o processo de ensino-aprendizagem ocorra conforme o planejado. Feitas 
essas constatações, percebemos que a situação-problema vivenciada pela 
equipe de liderança da Secretaria de Educação de Maracatu – garantir que o 
currículo das escolas municipais esteja alinhado com os documentos deter-
minados pelo Ministério da Educação, a BNCC e os temas transversais – é um 
passo importante para o desdobramento e alinhamento de práticas e processos 
que impactarão nos resultados do município e de cada um de seus alunos. 
É importante direcionar as formas de atuação da Secretaria e escolas 
no desenvolvimento profissional de seus educadores, fazendo-os buscar as 
melhores práticas de ensino, as quais deverão estar alinhadas com o que 
ensinar, já determinado na proposta curricular de Maracatu. 
Para que o currículo não vire “uma sopa de letrinhas”, Marieta e os 
pedagogos que compõem a sua equipe farão uma análise do currículo 
43
existente, fazendo um checklist de quais pontos convergem e quais pontos 
divergem da proposta da BNCC. Em seguida, executarão as seguintes ações: 
a. Criar um “grupo focal”, formado por educadores atuantes e aposen-
tados que sejam referência no município, pais de alunos, alunos e 
ex-alunos, funcionários, representantes de diversos órgãos públicos, 
de instituições privadas de ensino, de escolas estaduais, bem como de 
instituições de ensino superior. Junto a eles, fazer um levantamento 
sobre o que é preciso garantir no currículo das escolas municipais que 
devem estar de acordo com as demandas e os interesses locais.
b. Marieta vai determinar um “time de meta”, formado por cinco pessoas 
para fazer a proposta do novo currículo, ajustado à BNCC e tendo 
também como material de apoio o Projeto Político-Pedagógico (PPP) 
da rede municipal, as matrizes de referência das avaliações externas 
do Ensino Fundamental e bons exemplos de currículos de outros 
municípios.
c. Apresentação da nova proposta de currículo, feita pelo time de meta 
para Marieta e demais membros da equipe de liderança da Secretaria 
de Educação, para que eles possam validar, fazer ajustes finos e aprovar 
o documento final.
d. Apresentação do novo currículo a todas as partes interessadas 
(prefeito, educadores, alunos, funcionários, famílias e comunidade 
em geral). Para cada público, a estratégia será diferenciada. 
e. Iniciar a implantação do novo currículo em toda a rede municipal, 
monitorando-o semanalmente.
Avançando na prática
Gestão do currículo das turmas do Ensino 
Fundamental II de uma escola
Você é a pedagoga da E. M. Rubem Alves, onde responde pelo trabalho 
junto aos professores das 6 turmas do Ensino Fundamental II. Após receber 
as orientações determinadas pela Secretaria de Educação de Maracatu sobre 
a atualização do currículo considerando a BNCC, escreva o processo e a 
prática que serão realizados junto aos professores.
44
Resolução da situação-problema
1. Aplicar o “SQA” junto ao grupo de professores sobre o currículo: (S = 
o que eles sabem? Q = o que eles querem saber? A = o que poderíamos 
fazer para que eles aprendam melhor?) 
2. Analisar as respostas e focar o tema a ser trabalhado no quesito: o que 
os professores querem saber e aprender a fazer melhor. 
3. Realizar uma apresentação em forma de TED (20 minutos) sobre 
a nova proposta curricular, de forma que todos tenham uma visão 
holística sobre ela. 
Saiba mais
TED é uma organização internacional cujo lema é apresentar ideias 
que merecem ser espalhadas. Durante a apresentação, a pessoa fala, 
convence e emociona a todos em um tempo máximo de 20 minutos. 
Saiba mais lendo o texto:
ANDERSON, Chris. Como arrasar na apresentação. Harvard Business 
Review, 10 jun. 2013.
4. Dividir os educadores em grupos e fazer o treinamento: 
• Professores da mesma disciplina podem conhecer juntos a nova 
proposta para sua disciplina. 
• Elaboração do plano de ação sobre como será trabalhada a nova 
proposta curricular. 
5. Realizar encontros com os professores divididos por disciplina para 
que, juntos, possam fazer os ajustes finos na forma como vão traba-
lhar o novo currículo.
Faça valer a pena
1. Urgência social, abrangência nacional, possibilidade de ensino-apren-
dizagem no Ensino Fundamental, favorecimento da compreensão da reali-
dade e participação social foram os critérios que determinaram a escolha dos 
temas transversais.Eles foram propostos para garantir uma educação orien-
tada para o desenvolvimento da dignidade da pessoa humana, da igualdade 
de direitos, da participação enquanto cidadão atuante e na corresponsabili-
dade pela vida social.
45
Saúde e ética são temas transversais. Quais são os outros três?
a. Meio ambiente, pluralidade cultural e orientação sexual.
b. Globalização, meio ambiente e promoção da igualdade racial.
c. Pluralidade cultural, orientação sexual e globalização.
d. Promoção da igualdade racial, globalização e meio ambiente. 
e. Orientação sexual, promoção da igualdade racial e meio ambiente.
2. A Base Nacional Comum Curricular (BNCC) traz a estrutura geral a ser 
trabalhada em cada escola pública ou privada do território nacional. Ela não 
é currículo, é o mínimo de competências a serem trabalhadas. Cabe a cada 
rede de ensino desenvolver a parte diversificada do currículo, observando as 
questões que lhe são pertinentes na região onde está situada, bem como as 
modalidades e etapas de ensino que atende.
Qual é o propósito das dez competências gerais da BNCC?
a. Garantir a construção de uma sociedade mais ética, democrática, respon-
sável, inclusiva, sustentável e solidária, que respeite e promova a diversi-
dade e os direitos humanos, sem preconceitos de qualquer natureza.
b. Contribuir para o respeito e a promoção do outro, acolhendo e valori-
zando a diversidade sem preconceitos, reconhecendo-o como parte 
de uma coletividade com a qual o aluno deve se comprometer.
c. Promover a autonomia e a responsabilidade, de forma que o aluno saiba 
agir pessoal e coletivamente com flexibilidade, resiliência e determinação.
d. Contribuir para a construção de uma sociedade mais ética, democrá-
tica, responsável, inclusiva, sustentável e solidária, que respeite e 
promova a diversidade e os direitos humanos, sem preconceitos de 
qualquer natureza.
e. Reconhecer, valorizar e fruir as diversas manifestações sociais, de 
forma a garantir uma sociedade mais ética, democrática e solidária.
3. Considerando que o currículo é o norte a ser trilhado em busca de 
uma ____________ de ____________ para todos os alunos, de modo que 
a ____________ seja focada no aluno e o ensino seja realizado de forma 
sistemática e coerente com a proposta, cabe ao líder de cada ____________ 
(Secretaria de Educação, diretor de escola ou professor) ser o guardião do 
46
currículo, para garantir que de fato “o que ensinar” seja respeitado, garan-
tido e avaliado de forma satisfatória. Nesse sentido, o ____________ é a 
espinha dorsal de qualquer rede de ensino porque estabelece o que ensinar, 
o que aprender e quando isso deve acorrer, garantindo uma unidade entre as 
classes e escolas de uma mesma rede de ensino.
Assinale a alternativa que preenche corretamente as lacunas:
a. Educação; qualidade; aprendizagem; sistema; currículo.
b. Aprendizagem; educação; quantidade; sistema; estrutura.
c. Educação; aprendizagem; excelência; estrutura; planejamento.
d. Aprendizagem; qualidade; quantidade; sistema; planejamento.
e. Aprendizagem; educação; qualidade; currículo; sistema.
Referências
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Educação, 2012. 
BRASIL. Lei nº 4.024, de 20 de dezembro de 1961. Fixa as diretrizes e bases da educação 
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BRASIL. Lei nº 9.394, de 20 de dezembro de 1996. Estabelece as diretrizes e bases da educação 
nacional. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L9394.htm. Acesso em: 22 
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BRASIL. Lei nº 13.005, de 25 de junho de 2014, que aprova o Plano Nacional de Educação - PNE 
e dá outras providências. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/CCIVIL_03/_Ato2011-
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BRASIL. Ministério da Educação. PCN ensino médio. Disponível em: http://portal.mec.gov.
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