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TRANSTORNOS ALIMENTARES 1. O primeiro é uma inanição autoinduzida até um grau significativo – um comportamento. 2. O segundo é uma busca incessante por magreza ou um medo mórbido de engordar– uma psicopatologia. 3.O terceiro critério é a presença de sinais e sintomas resultantes da inanição – uma sintomatologia fisiológico ANOREXIA NERVOSA CONCEITO EPIDEMIOLOGIA ETIOLOGIA QUADRO CLÍNICO DIAGNÓSTICO TRATAMENTO Existem dois subtipos de anorexia nervosa: restritiva e compulsão alimentar purgativa. Mais prevalente em mulheres do que em homens Em geral tem seu início na adolescência (1) o indivíduo voluntariamente reduz e mantém um grau doentio de perda de peso ou não consegue ganhar peso proporcional ao crescimento; (2) o indivíduo experimenta um medo intenso de engordar, tem uma busca incessante por magreza apesar da inanição médica óbvia, ou ambos; (3) o indivíduo experimenta sintomatologia médica significativa relacionada à inanição, de forma frequente, mas não exclusiva, funcionamento anormal do hormônio reprodutivo, mas também hipotermia, bradicardia, ortostase e reservas de gordura corporal severamente reduzidas; e (4) os comportamentos e a psicopatologia estão presentes por pelo menos três meses. Opioides endógenos Função da tireoide suprimida Função no eixo hipotalâmico Ênfase da sociedade na magreza -hipofisário (neuroendócrina) Critérios diagnósticos do DSM-5 para anorexia nervosa A. Restrição da ingesta calórica em relação às necessidades, levando a um peso corporal significativamente baixo no con�texto de idade, gênero, trajetória do desenvolvimento e saú�de física. Peso significativamente baixo é definido como um peso inferior ao peso mínimo normal ou, no caso de crianças e adolescentes, menor do que o minimamente esperado. B. Medo intenso de ganhar peso ou de engordar, ou compor�tamento persistente que interfere no ganho de peso, mesmo estando com peso significativamente baixo. C. Perturbação no modo como o próprio peso ou a forma cor�poral são vivenciados, influência indevida do peso ou da forma corporal na autoavaliação ou ausência persistente de reconhecimento da gravidade do baixo peso corporal atual. Hospitalização, quando necessário, e terapia individual e familiar (comportamental, interpessoal e cognitiva)e, em muitos casos, pode ser indicada medicação ((ciproeptadina, amitriptilin, clomipramina, pimozida, clorpromazina, fluoxetina ) ARIANNE THANDARA DE S DURÃES - RELATORA MÓDULO SAÚDE MENTAL TRANSTORNOS ALIMENTARES CONCEITO EPIDEMIOLOGIA ETIOLOGIA QUADRO CLÍNICO DIAGNÓSTICO TRATAMENTO BULIMIA NERVOSA Episódios de compulsão alimentar combinados com formas inapropriadas de interromper o ganho de peso (como purgação ou exercícios em excesso) acompanhada de sentimentos de culpa, depressão ou autoindignação. Bulimia nervosa é mais prevalente do que anorexia nervosa. Mais comum em mulheres do que em homens Neurotransmissores Fatores psicológicos como dificuldades no controle dos impulsos são com frequência manifestadas por dependência de substância e relações sexuais autodestrutivas, além de pela compulsão alimentar e purga que caracterizam o transtorno. (1) episódios de compulsão alimentar ocorrem com relativa frequência (uma vez por semana ou mais) por pelo menos três meses; (2) são praticados comportamentos compensatórios depois da compulsão alimentar para impedir o ganho de peso, sobretudo vômito autoinduzido, abuso de laxativos, diuréticos, enemas, abuso de eméticos (80% dos casos) e, menos comumente, dieta severa com exercícios extenuantes (20% dos casos); (3) o peso não é reduzido de forma drástica como na anorexia nervosa; e (4) a paciente tem um medo mórbido de obesidade, um ímpeto incessante pela magreza, ou ambos, e uma autoavaliação desproporcional que depende do peso e da forma corporal. Critérios diagnósticos do DSM-5 para bulimia nervosa A. Episódios recorrentes de compulsão alimentar. B. Comportamentos compensatórios inapropriados recorrentes a fim de impedir o ganho de peso, como vômitos autoinduzidos; uso indevido de laxantes, diuréticos ou outros medicamentos; jejum; ou exercício em excesso. C. A compulsão alimentar e os comportamentos compensatórios inapropriados ocorrem, em média, no mínimo uma vez por semana durante três meses. D. A autoavaliação é indevidamente influenciada pela forma e pelo peso corporais. E. A perturbação não ocorre exclusivamente durante episódios de anorexia nervosa. A terapia cognitivo-comportamental (TCC) deve ser considerada o tratamento de referência, de primeira linha, para bulimia nervosa. Medicamentos antidepressivos: ISRSs (fluoxetina) ARIANNE THANDARA DE S DURÃES - RELATORA MÓDULO SAÚDE MENTAL TRANSTORNOS ALIMENTARES CONCEITO EPIDEMIOLOGIA ETIOLOGIA QUADRO CLÍNICO DIAGNÓSTICO TRATAMENTO TRANSTORNO DE COMPULSÃO ALIMENTAR Indivíduos com transtorno de compulsão alimentar se engajam em compulsão alimentar recorrente durante a qual ingerem uma quantidade anormalmente grande de comida em um curto período de tempo, não têm comportamento compensatório inapropriado após um episódio de compulsão alimentar. O transtorno de compulsão alimentar é o transtorno alimentar mais comum. A causa do transtorno de compulsão alimentar é desconhecida. Estilos de personalidade impulsiva e extrovertida estão associados ao transtorno, assim como pessoas que começam uma dieta com teor muito baixo de calorias. Também pode ocorrer compulsão alimentar durante períodos de estresse. Ela pode ser usada para reduzir a ansiedade ou aliviar humor deprimido. Para o diagnóstico de transtorno de compulsão alimentar, os episódios de compulsão devem ser caracterizados por quatro aspectos: (1) comer de modo mais rápido do que o normal e até se sentir desconfortavelmente saturado, (2) comer grandes quantidades de alimento na ausência da sensação física de fome, (3) comer sozinho e (4) sentir-se culpado ou desgostoso com o episódio. Esses episódios devem ocorrer ao menos uma vez por semana durante três meses. Critérios diagnósticos do DSM-5 para transtorno de compulsão alimentar A. Episódios recorrentes de compulsão alimentar. B. Os episódios de compulsão alimentar estão associados a três (ou mais) dos seguintes aspectos: 1. Comer mais rapidamente do que o normal. 2. Comer até se sentir desconfortavelmente cheio. 3. Comer grandes quantidades de alimento na ausência da sensação física de fome. 4. Comer sozinho por vergonha do quanto se está co�mendo. 5. Sentir-se desgostoso de si mesmo, deprimido ou muito culpado em seguida. C. Sofrimento marcante em virtude da compulsão alimentar. D. Os episódios de compulsão alimentar ocorrem, em média, ao menos uma vez por semana durante três meses. E. A compulsão alimentar não está associada ao uso recorren�te de comportamento compensatório inapropriado como na bulimia nervosa e não ocorre exclusivamente durante o curso de bulimia nervosa ou anorexia nervosa. Psicoterapia; Grupos de mútua ajuda, como os Comedores Compulsivos Anônimos (CCA); Tratamento medicamentoso com diversos ISRSs, desipramina, imipramina e sibutramina A R IA N N E T H A N D A R A D E S D U R Ã E S - R E L A T O R A M Ó D U L O S A Ú D E M E N T A L TRANSTORNOS ALIMENTARES CONCEITO EPIDEMIOLOGIA ETIOLOGIA QUADRO CLÍNICO DIAGNÓSTICO TRATAMENTO SÍNDROME DO COMER NOTURNO A síndrome do comer noturno é caracterizada pelo consumo excessivo de alimentos depois de uma refeição noturna. O indivíduo em geral tem pouco apetite durante o dia e sofre de insônia. A síndrome do comer noturno ocorre em aproximadamente 2% da população em geral; no entanto, tem uma prevalência mais elevada entre pacientes com insônia, obesidade (10 a 15%), transtornos alimentares e outros transtornos psiquiátricos. O transtorno em geral começa no início da idade adulta. O diagnóstico da síndrome do comer noturno inclui episódios recorrentes de hiperfagia ou ingestão noturna;falta de desejo por comida pela manhã; e insônia. Os sintomas devem persistir por pelo menos três meses e não podem ser secundários a outra condição clínica ou mental. Pacientes com a síndrome do comer noturno em geral consomem uma grande porção de sua ingestão calórica diária após a refeição da noite. Eles também têm maior probabilidade de acordar durante a noite e de comer ao acordar. A ingestão noturna tende a ocorrer durante o sono do movimento não rápido dos olhos (nãoREM) e costuma ser de curta duração. Os pacientes também têm tendência a baixa eficiência do sono e acreditam que só conseguem dormir se comerem. Humor deprimido é comum entre eles, especialmente durante a noite e a madrugada. Pacientes tratados com ISRSs, os quais mostraram melhoras no despertar durante a noite, na ingestão noturna e na ingestão calórica tarde da noite Pouco se sabe sobre a causa da síndrome do comer noturno; entretanto, os hormônios melatonina, leptina, grelina e cortisol foram estudados em sua relação com a síndrome. Ela também parece ocorrer nas famílias. Os pacientes com a síndrome têm probabilidade cinco vezes maior de ter um parente em primeiro grau com a mesma condição. ORTOREXIA E VIGOREXIA Ortorexia → no qual o cuidado com o corpo aparece na metódica ingestão de alimentos saudáveis e puros. Vigorexia → este cuidado com o corpo, surge como uma busca excessiva pela definição dos músculos e diminuição drástica do percentual de gordura corporal. ARIANNE THANDARA DE S DURÃES - RELATORA MÓDULO SAÚDE MENTAL
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