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Centro Universitário Leonardo Da Vinci Adelson Silva de Brito Junior Licenciatura em Educação Física (LEF0305) PROJETO DE ESTÁGIO: Educação física – Metodologia de Ensino e Aprendizagem da Educação Física. JOINVILLE 2021 SUMÁRIO 1 PARTE I: PESQUISA 3 1.1 DELIMITAÇÃO DO TEMA: ÁREA DE CONCENTRAÇÃO E JUSTIFICATIVA 3 1.2 OBJETIVOS 3 1.3 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA DA PESQUISA 4, 5 e 6 REFERÊNCIAS 7 PARTE I: PESQUISA DELIMITAÇÕES DO TEMA: ÁREA DE CONCENTRAÇÃO E JUSTIFICATIVA Área de concentração: Alunos do Ensino Médio. Tema: Metodologia de Ensino e Aprendizagem da Educação Física. Norteada pela BNCC (Base Nacional Comum Curricular), a Educação Física no Ensino Médio, tem como objetivo consolidar e ampliar as aprendizagens previstas na BNCC Educação Física do Ensino Fundamental, garantindo os direitos linguísticos das práticas corporais aos diferentes povos e grupos sociais brasileiros. Partindo da premissa de que é no presente e no passado, de forma concomitante e dialética, que se busca a compreensão da totalidade histórica do conhecimento para buscar o devir, ensinar não é um simples repasse de informações, mas a superação desta forma na direção de conceber a ciência enquanto produção humana que se objetiva nas relações sociais de produção. Neste contexto, a aprendizagem deve ser entendida na sua relação com o desenvolvimento humano, pressupondo que o processo de aprendizagem gera o processo de desenvolvimento. No entanto, não é qualquer ensino que possibilita o desenvolvimento do ser humano, mas “todo bom ensino é o que se adianta ao desenvolvimento” (VYGOTSKY, 1999). OBJETIVOS · Implementar um roteiro que possibilite e facilite o aprimoramento de aprendizados do Ensino Fundamental, mesmo não havendo um protocolo fixo que regulamente essa prática no Ensino Médio. · Incentivar a pesquisa e a aprendizagem da Educação Física em diferentes perspectivas. · Consolidar e ampliar aprendizagens do período anterior. · Garantir direitos linguísticos e práticas corporais. · Abordar as contribuições do professor de Educação Física em todo processo educacional. · Formação continuada e desenvolvimento de material didático para as disciplinas no Ensino Médio. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA DA PESQUISA Sabemos bem o quanto é importante a educação para o desenvolvimento social de um país. Contar com profissionais qualificados nessa área é fundamental. E não é só uma questão de vocação. A preparação, a dedicação do aluno e o acesso a uma formação de qualidade possuem um grande peso na carreira de um educador. Se falamos em Educação, podemos pensar que há ainda mais responsabilidade: é a base, a semente, a estrutura de aprendizado para aqueles que serão o futuro do país. Mas como tornar-se um professor de forma eficiente e rápida, e com domínio do conhecimento recebido? Diante do tema proposto, nos cabe salientar a importante contribuição de Vygotsky para a definição do mesmo. Fundamentado em uma base teórica Marxista, o mesmo defendeu e demonstrou que o desenvolvimento humano ocorre a partir do estabelecimento que o indivíduo tem com o seu meio, pensando nas suas relações históricas, culturais e sociais. Ou seja, esse desenvolvimento ocorre ao passo que o sujeito internaliza suas questões sociais e a partir disso alcança o desenvolvimento contínuo e gradativo para a absorção do conhecimento e transmissão dele após formação docente. A mediatização entre o social e o psicológico (individual) se dá, portanto, na atividade prática, através dos instrumentos de trabalho e principalmente por intermédio da internalização da linguagem. Neste contexto, a aprendizagem é entendida como o processo pelo qual o indivíduo adquire informações, habilidades, atitudes, valores, etc., a partir de seu contato com a realidade, com o meio, com as outras pessoas. Inclui a interdependência dos indivíduos no processo ensino aprendizagem, incluindo sempre aquele que aprende, aquele que ensina e a relação entre os dois. E o desenvolvimento torna-se uma possibilidade real, individual e coletiva, a partir do momento em que parceiros com níveis distintos de conhecimentos, estabelecem uma elaboração inter e intra-psicológica. Em outras palavras, o desenvolvimento intelectual é necessariamente cultural - construção das Funções Psicológicas Superiores (ações conscientemente controladas, atenção voluntária, memorização ativa, pensamento abstrato, comportamento intencional e determina ações da fase adulta. A educação é, portanto, o processo de comunicação em que se interligam as gerações humanas, ultrapassando-se a si mesmos em um processo interativo. A produção do indivíduo como ser humano, circunscrito a uma dada sociedade, constitui um processo de aquisição dos conteúdos daquela sociedade. As implicações pedagógicas desta forma de pensar a Educação podem ser assim sintetizadas: · Não há soluções práticas e instrumentos metodológicos de imediata aplicação, mas encontramos reflexões sobre o processo de formação das funções psicológicas superiores, suscitando questionamentos, apontando diretrizes, instigando a formulação de alternativas no plano pedagógico; · Valorização do papel da Escola: o educando expandindo seus conhecimentos, modifica sua relação cognitiva com o mundo; · Aprendizagens significativas: funcional, utilizável em outras circunstâncias e situações. O ensino dirige-se às funções psicológicas que estão em vias de se completarem; · O papel mediador do professor: promoção de avanços no desenvolvimento individual; promoção de situações que incentivem a curiosidade dos alunos, que possibilitem a troca de informações; · Proporcionar atividades que envolvam: observação; pesquisa; resolução de situações problemas (individuais, em dupla, em grupos maiores); proposta de superação; seminários, júri simulado; · O erro é visto como parte do processo de construção do conhecimento. É o articulador de novos saberes, aproximações do que o(a) aluno(a) pode fazer no sentido de se apropriar do novo; entendido ainda, como sinalização do caminho a ser buscado na interação com o professor e demais companheiros. · Redimensionamento do valor das interações sociais entre alunos e professor e entre as crianças como condição necessária para a produção do conhecimento (cooperação, troca de informações, divisão de tarefa, responsabilidade de cada um, papel da imitação, do brinquedo, do jogo) (PEREIRA, 1996). Como se sabe, a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB – lei no 9.394/96) foi, sem dúvida alguma, responsável por uma nova onda de debates sobre a formação docente no Brasil. Antes mesmo da aprovação dessa lei, o seu longo trânsito no Congresso Nacional suscitou discussões a respeito do novo modelo educacional para o Brasil e, mais especificamente, sobre os novos parâmetros para a formação de professores. Como consequência, depois de acirrada oposição de interesses, prevaleceram, no texto da LBD, os elementos centrais do substitutivo Darcy Ribeiro, afinado com a política educacional do governo Fernando Henrique Cardoso, porém, com algumas modificações conseguidas em virtude do embate parlamentar. Conclui-se então que: é preciso imaginar a formação de um profissional que tenha vivências na escola básica, desde a infância, com a adolescência e jovens/adultos, e conheça seu cotidiano, suas construções, sua realidade. É interessante conceber um profissional que, ao assumir seu trabalho com alunos adolescentes, por exemplo, possa compreender questões da infância e da fase adulta, pois, apesar de agir em um momento específico da escolarização, essa etapa faz parte de um conjunto maior: a educação básica. É importante, ainda, pensar a formação de um professor que compreenda os fundamentos das ciências e revele uma visão ampla dos saberes. Segundo um grupo de professores da Universidade de Brasília – UnB, em um documento sobre formação docente, as “licenciaturas estão condenadas à interdisciplinaridade”. Para tanto, ao contrário do que se pensa,o profissional deve realizar estudos aprofundados em uma área específica do conhecimento e, paralelamente, contemplar as reflexões sobre o ensino-aprendizagem dos conceitos mais fundamentais dessa área. Em termos da atuação profissional, significa projetar alguém que trabalhe preferencialmente em uma determinada área do conhecimento escolar, a que se dedique mais, mas que, necessariamente, esteja em contato permanente com outros campos do saber. Além disso, é fundamental investir na formação de um professor que tenha vivenciado uma experiência de trabalho coletivo e não individual, que se tenha formado na perspectiva de ser reflexivo em sua prática, e que, finalmente, se oriente pelas demandas de sua escola e de seus alunos, e não pelas demandas de programas predeterminados e desconectados da realidade escolar. É fundamental criar, nos cursos de licenciatura, uma cultura de responsabilidade colaborativa quanto à qualidade da formação docente. REFERÊNCIAS VYGOTYSKY, L. S. Pensamento e linguagem. São Paulo: Martins Fontes, 1996. PEREIRA, Júlio Emílio Diniz. “A formação de professores nas licenciatu- ras: Velhos problemas, novas questões”. Encontro Nacional de Didática e Prática de Ensino, 9. Anais II, v. 1/2. Águas de Lindóia, 1998, pp. 341-357. DE TOMASI, Livia; WARDE, Mirian Jorge; HADDAD, Sérgio (orgs.). O Banco Mundial e as políticas educacionais. São Paulo: Cortez, 1996. MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO / Secretaria de Educação Fundamental. Referenciais para formação de professores. Brasília: MEC/ SEF, 1999. 177p.
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