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NAYSA GABRIELLY ALVES DE ANDRADE 1 PEDIATRIA – ASMA E O LACTENTE SIBILANTE 1. A melhor estratégia para o tratamento de manutenção da asma na infância consiste em: A) Uso de beta agonista de longa ação, corticosteroide oral e controle ambiental B) Uso de xantina de ação prolongada, corticosteroide sistêmico e controle ambiental C) Uso de cronoglicato, beta agonista de longa ação e controle ambiental D) Uso de corticosteroide inalatório, beta agonista de longa ação e controle ambiental E) Nenhuma das anteriores 2. Pedro, com idade de 10 anos, veio à consulta para acompanhamento de asma, pois ele possui asma não controlada. De acordo com a 5ª Diretriz Brasileira para Manejo da Asma, 2012, a partir do nível 2, a conduta incluirá: A) Um beta-2-agonista de curta ação para o tratamento das exacerbações acrescido a um corticoide oral em dose baixa ou um antagonista de leucotrieno para pacientes que não conseguem usar a via inalatória. B) Um beta-2-agonista de curta ação para o tratamento das exacerbações, acrescido a um corticoide inalado em dose baixa ou um antagonista de leucotrieno para pacientes que não conseguem usar a via inalatória. C) Um beta-2-agonista de longa ação para o tratamento das exacerbações, um corticoide inalado em dose baixa. D) Um beta-2-agonista de curta ação para o tratamento das exacerbações, uma associação de corticoide inalado em dose baixa e beta-2-agonista de longa ação ou um antagonista de leucotrieno. E) Um beta-2-agonista de curta ação para o tratamento das exacerbações, uma teofilina de liberação lenta ou um antagonista de leucotrieno para pacientes que não conseguem usar a via inalatória. 3. Qual é a sequência ADEQUADA para tratamento do Estado de Mal Asmático (Asma Aguda Grave), em Pediatria? A) Inalação contínua, corticoide endovenoso, terbutalina endovenosa, sulfato de magnésio e heliox. B) Aminofilina, corticoide endovenoso, inalação contínua, terbutalina endovenosa e heliox. C) Inalação contínua, corticoide inalatório, aminofilina, terbutalina subcutânea e sulfato de magnésio. D) Inalação contínua, terbutalina subcutânea, sulfato de magnésio e aminofilina. 4. Paciente masculino de 8 anos apresenta crises recorrentes de asma com necessidade de uso de broncodilatador e corticoide sistêmico para melhora das crises. Para este paciente está indicado como tratamento intercrítico inicial: A) Antihistamínico B) Beta 2 agonista de ação prolongada C) Corticoide inalatório D) Antileucotrienos 5. Quanto à asma aguda grave, é correto afirmar que: A) a avaliação da saturação de oxigênio pela oximetria de pulso não orienta quanto a gravidade da asma, sendo apenas critérios clínicos importantes no diagnóstico da mesma. B) medições de função pulmonar indicam de forma objetiva o grau de obstrução brônquica, devendo ser usada em todas as crianças que chegam as urgências pediátricas com crise de asma, independente da idade. C) pacientes que necessitaram de ventilação mecânica, que interromperam uso de corticoide oral recentemente e pacientes que usam mais de um NAYSA GABRIELLY ALVES DE ANDRADE 2 aerossol dosimetrado por mês de agentes beta 2 agonistas de curta duração, são considerados pacientes com alto risco de óbito. D) bronquiolite, aspiração de corpo estranho e disfunção de cordas vocais não fazem parte do diagnóstico diferencial da asma aguda. E) na asma aguda grave, deve-se iniciar o tratamento com broncodilatador endovenoso, em virtude da gravidade do quadro. 6. São considerados fatores de risco de morte por crise de asma, exceto: (Ref.:PROPED ciclo 3 vol 2 pág.: 106 ) A) História prévia de internações em UTI. B) Baixo nível socioeconômico. C) Problemas psicossociais importantes. D) História de má adesão a um tratamento contínuo para asma. E) Pacientes em uso de corticóide inalatório. 7. Na unidade básica de saúde, os pais de uma criança de 15 meses de idade relatam que a mesma está com episódios de tosse há 24 horas. Ao exame clínico, o médico identifica sibilância, taquidispneia, uso de musculatura acessória, queda de saturação de oxigênio, irritabilidade. Os pais utilizaram em casa salbutamol inalado acoplado a espaçador, na dose de 2 a 4 jatos, de 4 em 4 horas. A criança não melhorou. Além de ofertar oxigenoterapia, que outra recomendação é obrigatória para o caso? A) Iniciar corticosteroide oral. B) Indicar hospitalização e manter as inalações. C) Acrescentar brometo de ipratrópio às inalações. D) Solicitar radiografia de tórax e manter as inalações 8. A espirometria tem utilidade no manejo da asma, exceto para: A) Ajudar a estabelecer o diagnóstico. B) Documentar a gravidade da obstrução do fluxo aéreo. C) Descartar o diagnóstico de asma, caso seja normal. D) Monitorar o curso da doença. 9. Sobre as doenças respiratórias que ocorrem com sibilância, assinale a alternativa correta: A) A aspiração de corpo estranho, principalmente de matéria orgânica (alimentos), ocorre predominantemente na faixa etária de 8 a 12 anos. B) Na fibrose cística, as lesões pulmonares já estão presentes desde o nascimento da criança. C) A alergia ao leite de vaca é mais frequente nos 2 primeiros anos de vida; o teste de provocação oral é considerado o padrão-ouro para o diagnóstico. D) A bronquiolite ocorre principalmente nas crianças maiores de 1 ano de idade; sua etiologia é predominantemente bacteriana. 10. Adolescente, sexo masculino, 11 anos, com diagnóstico de asma, refere crises de dispneia em intervalos mensais, às vezes a cada 15 dias, necessitando de uso de corticoides na maioria das crises. Procurou várias vezes por serviços de emergência, necessitando inclusive de internação. Queixa-se de tosse e dispneia após andar andar pequenas distâncias e fazer atividades como subir escada. Não consegue correr. Apresenta tosse diária persistente e necessita de broncodilatadores diariamente para alívio dos sintomas. Seu pico de fluxo expiratório (PFE) está de 60% abaixo do seu melhor valor de PFE. Como é classificado esse paciente de acordo com a classificação da gravidade da asma? Qual terapêutica deve ser instituída nas crises e para manutenção? A) Asma persistense grave. Utilizar beta-2 agonista de curta duração por via inalatória nas crises e corticoide inalatório em altas doses associado a beta- 2 agonista de longa duração como terapia de manutenção. B) Asma persistente leve. Utilizar beta-2 agonista de curta duração por via inalatória nas crises. Utilizar corticoide em doses baixas como terapia de manutenção. NAYSA GABRIELLY ALVES DE ANDRADE 3 C) Asma persistente moderada. Utilizar teofilina e corticoide por via oral nas crises. Como terapia de manutenção deve ser utilizado corticoide inalatório em altas doses. D) Asma persistente moderada. Utilizar beta-2 de curta duração por via inalatória e corticoide oral nas crises. Como terapia de manutenção deve ser utilizado corticoide inalatório em altas doses. E) Asma persistente grave. Utilizar beta-2 de longa duração por via inalatória e corticoide oral nas crises. Como terapia de manutenção está indicado altas doses de corticoide inalatório, beta-2 de curta duração por via inalatória e antileucotrieno por via oral. 11. O diagnóstico de asma no lactente é difícil de ser realizado. Muitos lactentes sibilantes são considerados transitórios e a exposição a vírus, especialmente o vírus sincicial respiratório, pode ser a maior causa da hiper-responsividade brônquica. No entanto, com base em critérios diagnósticos, alguns lactentes podem ser considerados de alto risco para sibilância persistente, com diagnóstico provável de asma. Desse modo: A) A presença de asma em um dos pais e de dermatite atópica no lactente são critérios maiores para o diagnóstico de asma; B) O teste cutâneo alérgico positivo e espirometria alterada são critérios para diagnóstico de asma; C) Os broncodilatadores de longa ação (formoterol ou fenoterol) são drogasseguras e eficazes para o tratamento; D) Os corticosteroides inalatórios devem ser usados independente da classificação de gravidade, para prevenir evolução para asma. 12. Considerando os níveis de controle da asma, relacione a COLUNA II com a COLUNA I, associando os parâmetros aos graus de controle. COLUNA I: 1 - Asma controlada; 2 - Asma parcialmente controlada; 3 - Asma não controlada; / COLUNA II: ( ) PFE normal. ( ) Três ou mais sintomas diurnos por semana. ( ) Limitação das atividades. ( ) Mais de três parâmetros alterados. ( ) Despertares noturnos. Assinale a sequência CORRETA A) 2 2 1 3 1 B) 1 2 1 3 2 C) 1 2 2 3 2 D) 1 1 2 3 1 13. Um pré-escolar de quatro anos tem ido à emergência pelo menos uma vez ao mês com crise de asma de intensidade leve à moderada. A mãe informa que a criança tem tosse noturna pelo menos de duas vezes por mês, e necessita de medicação de resgate nesses episódios. Nunca foi internada. Segundo as diretrizes atuais para o tratamento da asma, o tratamento de manutenção proposto nesse paciente é: A) corticoide inalatório B) beta 2-agonista de curta duração C) beta 2-agonista de longa duração D) corticóide inalatório associado a beta-2 agonista de longa duração 14. Com relação ao tratamento da asma aguda na infância, qual é a conduta preconizada no primeiro atendimento em Pronto Atendimento A) β2 agonista inalatório a cada 10 minutos (3 doses). B) β2 agonista inalatório a cada 20 minutos (3 doses). C) Sulfato de magnésio endovenoso. D) Corticóide inalatório. 15. Uma adolescente de 13 anos de idade procura o ambulatório de pediatria por apresentar dificuldade para prática de atividades físicas na escola. Já apresenta um diagnóstico de asma desde os 4 anos de idade e ultimamente não tem comparecido ao pediatra. Relata ainda que tem tido necessidade de NAYSA GABRIELLY ALVES DE ANDRADE 4 uso de medicação mais de três vezes por semana, e tosse persistente com despertares noturnos. Ao exame físico, apresenta sibilos inspiratórios ao esforço. A classificação clínica nesse caso é de: A) Asma moderada. B) Asma parcialmente controlada. C) Asma induzida por exercício. D) Asma não controlada. GABARITO: 1. D 2. B 3. A 4. C O uso de corticoide inalatório em diversas doses, é a base do tratamento medicamentoso, associados ou não a outras terapias, como anti-histamínicos, beta 2 agonista de curta e longa ação, antileucotrienos 5. C Alternativa A: INCORRETA. A avaliação da saturação de oxigênio é um dos critérios utilizados para a classificação da gravidade de uma crise asmática. Alternativa B: INCORRETA. As medições da função pulmonar (PFE ou VEF1) nem sempre são possíveis de serem realizadas em crianças menores de 5 anos, pois dependem da colaboração do paciente. Alternativa C: CORRETA. São considerados pacientes com alto risco de óbito: crise asmática prévia com necessidade de intubação orotraqueal e ventilação mecânica; mais de duas hospitalizações ou mais de um atendimento em emergência no último ano; uso atual ou suspensão recente de glicocorticoide oral; não estar usando atualmente corticoide inalatório, se indicado no tratamento; uso de mais de um aerossol de beta 2-agonista de curta ação a cada mês; presença de comorbidades; má adesão ao tratamento, etc. Alternativa D: INCORRETA. A asma é uma doença que se caracteriza por apresentar sintomas episódicos ou flutuantes de tosse, sibilância, dispneia e aperto no peito, porém não é necessário haver os quatro sintomas simultaneamente. Desse modo, várias situações que levam a sintomas respiratórios acabam entrando no diagnóstico diferencial de asma, como sinusite crônica, bronquiolite, aspiração de corpo estranho, gotejamento pós-nasal, distúrbios das pregas vocais, uso de inibidores da enzima conversora da angiotensina, etc. Alternativa E: INCORRETA. Em geral, os broncodilatadores endovenosos ficam reservados para aqueles pacientes que não apresentam uma boa resposta à terapia inicial com outras drogas, como beta 2-agonista e brometo de ipratrópio. De acordo com as Diretrizes Brasileiras para o Manejo da Asma, a saturação de oxigênio varia conforme a gravidade da exacerbação: > 95% (moderada/leve); 91-95% (grave); < 90% (muito grave). Alternativa A: INCORRETA. A oximetria é um dos parâmetros para avaliação de gravidade da exacerbação da asma. Alternativa B: INCORRETA As crianças com idades entre 2 e 6 anos podem ter dificuldades em compreender as explicações para a realização de manobras expiratórias adequadas e se distraem facilmente durante a abordagem inicial. Alternativa C: CORRETA. Descreve corretamente fatores de risco para óbito em pacientes com asma. Alternativa D: INCORRETA. Bronquiolite, aspiração de corpo estranho e disfunção de cordas vocais são diagnósticos diferenciais importantes da asma aguda. Alternativa E: INCORRETA. O tratamento inicial da asma grave é feito com broncodilatador inalatório e corticoide. 6. E 7. A Criança que se apresente com crise de asma com sintomas severos e com pouco ou nenhuma resposta à terapia com beta-agonistas, deve procurar uma unidade de emergência, onde deve-se iniciar O2 suplementar, acompanhado de corticoesteroide oral. 8. C A espirometria ainda é a ferramenta diagnóstica mais utilizada na avaliação funcional respiratória. É um exame de ampla aplicabilidade e NAYSA GABRIELLY ALVES DE ANDRADE 5 reprodutibilidade na grande maioria dos pacientes. Além dos valores obtidos de fluxos e volumes, a análise da morfologia de sua curva expiratória e inspiratória também traz informações diagnósticas importantes. Alternativa A: INCORRETA. Apesar de o diagnóstico de asma ser essencialmente clínico, a espirometria confirma através do achado de limitação ao fluxo aéreo e reversibilidade ao broncodilatador. Alternativa B: INCORRETA. Existem diversas classificações para caracterizar a gravidade do distúrbio ventilatório obstrutivo a depender da fonte. Alternativa C: CORRETA. É possível a espirometria do asmático ser normal quando se encontra fora de crise ou quando a doença está controlada com medicamentos. Alternativa D: INCORRETA. O VEF1 e o PFE são comumente utilizados para classificar a asma de acordo com o seu nível de controle no curso da doença. 9. C 10. A 11. A 12. C Cuidado! Qualquer exacerbação é indicativa da necessidade de revisão do tratamento de manutenção. ASSOCIAÇÃO 1: (1). PFE normal é um critério de asma controlada. ASSOCIAÇÃO 2: (2). Três ou mais sintomas diurnos por semana é um critério de asma parcialmente controlada. ASSOCIAÇÃO 3: (2). Limitação das atividades é um critério de asma parcialmente controlada. ASSOCIAÇÃO 4: (3). Consideramos asma não controlada na presença de três ou mais dos parâmetros da asma parcialmente controlada. ASSOCIAÇÃO 5: (2). Despertares noturnos é um critério de asma parcialmente controlada. 13. A A asma é uma doença pulmonar crônica caracterizada por inflamação difusa das vias respiratórias, resultando em broncoconstrição desencadeada, geralmente, por alérgenos ou infecções de vias aéreas. Tem como principais sintomas dispneia, opressão torácica e sibilos difusos. A classificação clínica de controle da asma é feita através da avaliação, nas últimas 4 semanas, de 4 critérios (sintomas diurnos, despertares noturnos, necessidade de medicação de resgate e limitação da atividade). Na asma controlada, os sintomas diurnos ocorrem até 2 vezes na semana, não há despertar noturno nem limitação de atividade e a necessidade de uso de medicação de resgate é de até 2 vezes na semana. Na parcialmente controlada, o paciente pode preencher 1 ou 2 dos seguintes critérios: sintomas diurnos mais de 2 vezes na semana, pelo menos 1 despertar noturno, medicação de resgate mais de 2 vezes na semana e limitação de atividade. Na asma não controlada, o paciente apresenta 3 ou mais dos critérios anteriores. O paciente apresentaquadro de asma não controlada. O tratamento de manutenção é iniciado no Step 2, com corticoide inalatório. 14. B A terapia inicial da asma no PS, após identificação e estratificação da gravidade da crise, envolve a administração de broncodilatadores de curta ação, introdução precoce de corticoesteroides inalatórios e suplementação controlada de O2. O objetivo é o alívio rápido da obstrução das vias aéreas e da hipoxemia, além da prevenção de recaídas. Alternativa A INCORRETA e B CORRETA: A terapia de primeira linha no tratamento da crise asmática são os beta 2 agonistas inalatórios e curta ação (SABA), devido ao seu potente efeito dilatador. Recomenda-se, na primeira hora, inalações a cada 20 minutos (ou seja, 3 inalações em 1 hora). A preferência é por salbutamol (10 a 20 gotas em nebulização com SF a 0,9% e ar comprimido ou O2). Alternativa C INCORRETA: O sulfato de magnésio NÃO é recomendadp de rotina, podendo ser utilizado apenas em asmáticos com VEF1 < 25-30% do previsto ou naqueles com falha ao tratamento inicial e hipoxemia persistente. Não é muito utilizado pois pode gerar efeitos incovenientes, como redução de reflexos, rubor facial e náuseas. Alternativa D INCORRETA: É um ótimo medicamento para o tratamento de MANUTENÇÃO, não na crise asmática NAYSA GABRIELLY ALVES DE ANDRADE 6 15. D Questão simples sobre classificação de asma. A paciente já apresenta asma desde os 4 anos e não está em acompanhamento regular. Vale lembrar que há cinco parâmetros principais na avaliação do controle da asma: frequência de sintomas diurnos, despertares noturnos e necessidade de medicamentos de resgate, além de presença ou ausência de limitação de atividades e PFE ou VEF1. A presença de três parâmetros ou mais em qualquer semana já é suficiente para considerarmos a asma como não- controlada. Vale lembrar que esta avaliação se refere às quatro últimas semanas. Nossa paciente tem sintomas diurnos em frequência indefinida, com ao menos 1 despertar noturno (1 critério) na semana. Além disso, ela tem necessidade de uso de medicação de resgate cerca de 3 vezes por semana (1 critério) e limitação de atividades diárias (1 critério). Portanto, ainda que não tenhamos a mensuração da frequência de sintomas diurnos ou de PFE ou VEF1, nossa paciente já cumpre três critérios e, portanto, tem asma não- controlada
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