Buscar

Políticas Educacionais 1

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 50 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 50 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 50 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

Políticas Educacionais
Bill Júnior Laureano
Graduado em educação física
Pós graduado em treinamento desportivo
Pós graduando em gestão e tutoria
AS POLÍTICAS PÚBLICAS NA EDUCAÇÃO
que ligação tem as políticas públicas, a Constituição Federal e a LDB para o trabalho desenvolvido na esfera educacional? 
É significativa a interação entre elas e cabe a nós, acadêmicos e futuros profissionais da educação, compreendermos esta ligação, a qual determina o bom funcionamento ou não dos projetos desenvolvidos pelas esferas federais, estaduais e municipais.
O QUE SÃO POLÍTICAS PÚBLICAS?
observa-se que o Estado passou e passa por transformações, as quais são acompanhadas por toda a sociedade. 
Se antes (XVIII e XIX ) a preocupação encontrava se direcionada à defesa do território,
 hoje, além da defesa do território nacional, as preocupações voltam-se também para as áreas da saúde, segurança pública, educação, meio ambiente. Mesmo que saibamos da fragilidade em muitas dessas áreas, o Estado necessita voltar a se organizar e buscar soluções para a fortificação delas, pois a população necessita dessas ações.
O QUE SÃO POLÍTICAS PÚBLICAS?
Em muitos momentos estas políticas passam despercebidas, mas elas encontram-se dentro da história da humanidade. Podemos relatar também forte influência na Grécia Antiga, onde a palavra política tem seu berço, onde filósofos como Aristóteles e Platão foram os precursores desta ciência. 
política é uma ciência? 
Sim, a política é uma ciência, a qual “determina quais são as ciências necessárias nas cidades, quais as que cada cidadão deve aprender” (ABBAGNANO, 2000, p. 773).
podemos perceber que as políticas são as regras de organização e de convivência necessárias para que uma cidade, um estado e país consigam se desenvolver e viver em harmonia, sendo os governantes os responsáveis pelos caminhos a serem traçados para a melhoria da qualidade de vida da população envolvida.
Ao buscarmos respostas referentes ao que é Política Pública, encontramos diversas definições que nos remetem à organização, a estudos voltados às ações a serem empregadas para o bem-estar da sociedade.
Como afirma Santos (2012, p. 5): “Políticas públicas são ações geradas na esfera do Estado e que têm como objetivo atingir a sociedade como um todo ou partes dela”.
as políticas públicas são também de nossa responsabilidade, enquanto cidadãos, que buscam melhoria de vida. As políticas públicas terão eficácia, a partir do momento que os cidadãos compreendam como ocorre a criação dessas políticas (ações, programas) nas esferas federais, estaduais e principalmente nas que estão bem próximas de cada um de nós, e que estão sendo desenvolvidas, as municipais.
 Estas ações também ocorrem dentro e fora de nossas residências, e somos nós, também responsáveis pela sua aplicabilidade, transparência e eficácia.
No aspecto negativo, pode levar o detentor do poder a tornar-se um dominador, sem a preocupação com a qualidade de vida da população.
 Conforme Santos (2012, p. 2), o termo poder é “capacidade ou propriedade de obrigar alguém a fazer alguma coisa”. O autor ainda expõe que: “Nesse sentido, é importante ressaltar que o poder (em suas mais variadas manifestações) pode ser exercido mediante o uso da coação e/ou da persuasão. Em matéria de política, ambas as opções são tidas como válidas, tudo depende de quem exerce o poder e de como opta por exercê-lo” (SANTOS, 2012, p. 2).
observa-se que a política possui várias possibilidades, dentre elas nos deparamos com as que nos levam a construir uma sociedade com direitos e deveres bem estruturados, ou a que nos leva a termos uma sociedade totalmente desestruturada e mantida como refém de suas ações.
as políticas públicas são as ações que determinam como, por que e para que servirão.
as políticas públicas retratam não só questões acerca da economia, mas do envolvimento de diversos segmentos, contendo condições e possibilidades de desenvolver mecanismos que auxiliem no crescimento e qualidade de vida da população.
podemos definir políticas públicas como as ações que os governantes utilizam para realizar um governo voltado à melhoria da qualidade de vida da população, da economia, da educação, da segurança pública, enfim, dando ao seu país, estado ou município possibilidades de crescimento.
COMO SE FAZ POLÍTICAS PÚBLICAS?
observamos que as políticas públicas são então as ações, programas desenvolvidos pelos governantes, as quais são prioridade.
Independentemente das participações ou não da sociedade nas ações que envolvem a melhoria do bem-estar da sociedade, enquanto cidadãos necessitamos nos manter atentos e participativos nas ações que os governantes desenvolvem em nosso país, estado e município.
Caldas (2008, p. 5): “o bem-estar da sociedade é sempre definido pelo governo e não pela sociedade”. Por que isso ocorre?
Isto ocorre porque a sociedade não consegue se expressar de forma integral.
Dessa forma, nós, cidadãos, necessitamos nos organizar em nossa rua, através de associação de bairros, para assim ir em busca de soluções para os problemas que envolvem nossa comunidade.
 Com isso, podemos determinar que a organização da sociedade civil precisa estar presente na formulação das ações que auxiliem na melhoria de todos os setores que envolvem a sociedade.
Já sabemos que as políticas públicas são desenvolvidas a partir do interesse dos governantes e recebidas as ideias da sociedade organizada. Outro fator a ser observado na elaboração das políticas públicas é que nem sempre as ações desenvolvidas ou solicitadas pela sociedade civil organizada são atendidas, e a sociedade necessita buscar ajuda ou apoio em outros grupos organizados para que suas reivindicações sejam aceitas. Em outro momento, pode ocorrer um embate, conforme apresentado por Caldas (2008), e isso não deve ser visto como um momento de revolta, mas de busca de soluções.
No processo de discussão, criação e execução das Políticas Públicas, encontramos basicamente dois tipos de atores: os ‘estatais’ (oriundos do Governo ou do Estado) e os ‘privados’ (oriundos da Sociedade Civil). 
Os atores estatais são aqueles que exercem funções públicas no Estado, tendo sido eleitos pela sociedade para um cargo por tempo determinado (os políticos), ou atuando de forma permanente, como os servidores públicos (que operam a burocracia) (CALDAS, 2008, p. 8).
Cada um desses atores possui uma função determinada. Os atores estatais (os políticos) buscam no período das campanhas políticas apresentar programas e ações que poderão vir a ser desenvolvidas, sendo que as Políticas Públicas são definidas pelo poder legislativo.
Entretanto, as propostas das Políticas Públicas partem do Poder Executivo, e é esse Poder que efetivamente as coloca em prática. Cabe aos servidores públicos (a burocracia) oferecer as informações necessárias ao processo de tomada de decisão dos políticos, bem como operacionalizar as Políticas Públicas definidas.
A CONSTITUIÇÃO FEDERAL E A EDUCAÇÃO
A Constituição Federal é a carta magna de um Estado Democrático, nela estão contidas todas as leis que regem o sistema governamental.
Nosso país, o Brasil, possui sua Constituição, por ser um Estado Democrático, e nessa constituição estão elencados todos os segmentos que formam a estrutura governamental. A Constituição Brasileira foi promulgada em 5 de outubro de 1988 “fruto da convocação da Assembleia Nacional Constituinte pela Emenda nº 26, de 17.11.1985, e de sua posterior aprovação por essa mesma Assembleia (MACHADO; CUNHA, 2016, p. 23).
Ainda conforme Machado e Cunha (2016, p. 3), “os princípios são os fundamentos com base nos quais serão previstas as regras que tem por finalidade fazê-los efetivos em determinada ordem de disciplina”.
Quando tratamos da Constituição Federal nos deparamos com a Educação, ponto crucial no desenvolvimento de um país. Se buscamos ordem e progresso necessitamos de uma educação que esteja voltada à melhoria da qualidade de vida de seus confederados.
 Artigo 205: “A educação,direito de todos e dever do Estado e da família, será promovida e incentivada com a colaboração da sociedade, visando ao pleno desenvolvimento da pessoa, seu preparo para o exercício da cidadania e sua qualificação para o trabalho” (BRASIL, 1988).
Observa-se, neste artigo, dois dos grandes princípios da Constituição, que são: o direito e o dever.
Cabe ressaltar que a família também é responsável diretamente pela educação das crianças, sendo ela uma parceira do Estado nesse processo. 
No entanto, observam-se ainda muitas lacunas referentes a essa situação, pois ao referir-se ao dever da família na educação dos filhos, estes em muitos momentos transferem essa responsabilidade somente às escolas 
Mesmo diante de algumas lacunas, a Constituição Federal foi e é um documento que apresentou e apresenta grandes avanços na área educacional “e a partir daí novas leis surgem para regulamentar os artigos constitucionais e estabelecer diretrizes para a educação do Brasil” (MACHADO; CUNHA, 2016, p. 1081).
Como exemplo, podemos citar a LDB – Lei de Diretrizes e Bases da Educação (Lei nº 9.394, de 20.12.1996) e a Lei nº 10.172, que aprovou o PNE – Plano Nacional de Educação (Estado), tornando fragilizado o processo de ensino-aprendizagem.
Ressalta-se, neste artigo, que a garantia do ensino, a qualidade, a igualdade quanto ao acesso e permanência na escola, a liberdade de aprender, o pluralismo de ideias, gratuidade do ensino público, a gestão e valorização dos profissionais da educação estão garantidos nesses princípios.
No inciso IV do art. 206, que trata da gratuidade do ensino público em estabelecimentos oficiais, podemos compreender que o Estado está proibido de realizar qualquer cobrança de valores relacionados à oferta da educação escolar básica. Ressaltamos que a escola pública é uma instituição que todo e qualquer indivíduo poderá se matricular independentemente de classe social, religião ou raça. Estas instituições são mantidas pelo Poder Público “por intermédio da gestão de recursos públicos” (MACHADO; CUNHA, 2016, p. 1084).
inciso V, que trata “da valorização dos profissionais da educação escolar, garantidos, na forma da lei, planos de carreira, com ingresso exclusivamente por concurso público de provas e títulos, aos das redes públicas” (BRASIL, 1988). Conforme consta na Constituição Federal, este inciso foi modificado na data de 19 de dezembro de 2006, através da Emenda Constitucional nº 53.
No que tange ao inciso VI, que trata da “gestão democrática do ensino
 público, na forma da lei” (BRASIL, 1988), este inciso tem o objetivo de demonstrar a cada cidadão que o conceito de democracia implica “um processo de convivência social em que o poder emana do povo e é por ele exercido direta ou indiretamente em seu próprio proveito” (MACHADO; CUNHA, 2016, p. 1085).
Diante do exposto, podemos determinar que as universidades, mesmo possuindo sua autonomia, devem se manter ligadas ao MEC – Ministério da Educação, e à Constituição Federal, como também à LDB – Lei de Diretrizes e Bases da Educação, a qual será estudada na próxima unidade.
Mesmo possuindo autonomia, toda e qualquer autarquia pública necessita do controle e da avaliação de seus serviços, da sociedade e do Estado.
No que diz respeito a questões relativas ao sistema educativo brasileiro e de países em desenvolvimento, Abrão (2016, p. 1089) apresenta que: “Alguns sistemas educativos, em particular os de países em desenvolvimento, incluem na educação básica a educação pré-escolar e os programas de ensino de segunda oportunidade destinada à alfabetização de adultos”. Neste caso encontramos a EJA (Educação de Jovens e Adultos), programa que auxilia na alfabetização de jovens e adultos em nosso país.
a educação Infantil compreende a faixa etária de 0 a 6 anos, porém, em nosso país há tratamento diferenciado entre as faixas etárias de 0 a 3 anos e de 4 a 6 anos para a pré-escola; além disso as creches deverão adotar objetivos educacionais, transformando-se em instituições de educação, segundo as Diretrizes Curriculares Nacionais emanadas do Conselho Nacional de Educação.
O inciso IV trata da garantia de educação infantil, em creche e pré-escola, às crianças até 5 (cinco) anos de idade
incorpora a educação infantil como dever do Estado brasileiro.
Com relação a esse inciso, podemos perceber que as crianças que completam seis anos no ano letivo deverão ser matriculadas no Ensino Fundamental, dando continuidade ao processo educacional voltado à alfabetização e letramento.
LDB – Lei de Diretrizes e Bases da Educação
Assim, podemos determinar que a LDB – Lei de Diretrizes e Bases da Educação – está inserida, como relatado anteriormente, na Constituição Federal.
Conforme Carneiro (2015, p. 27):
A Lei da Educação deve trazer certeza e ordem de um lado e, de outro, deve ser mediadora entre imposições da estabilidade e as exigências da evolução social. Mas deve, sobretudo, ser um roteiro seguro de conceitos, caminhos, condutas e conclusões sob a inspiração da constituição.
A primeira Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional foi a Lei nº 4.024, de 20 de dezembro de 1961, foi difícil sua elaboração, pois foi deixada correr de maneira frouxa, sem acompanhamento de perto.
já no ano de 1971, surge a nossa segunda Lei de Diretrizes e Bases, a Lei 5.692/71, a qual recebeu o nome oficial de Lei da Reforma do Ensino de 1º e 2º Graus, conforme Carneiro (2015, p. 36), caracterizada com uma gestação lenta e que também foi vista como um processo atípico, “em função do contexto político em que foi gestada: período de governo discricionário com as liberdades civis estranguladas”.
A terceira LDB foi a Lei 9.394/1996. Esta lei também teve sua construção complicada, pois possui em sua base a passagem de vários governos e, conforme Carneiro (2015, p. 37), “[...] marcados por fortes contradições ideológicas, sua tramitação foi longa, conflitiva, intensa, detalhista e ambientada em contextos de correlações de forças ora emancipatórias, ora paralisantes”.
O início da construção deste novo documento aconteceu em 1988, mas perpassou por três governos, a saber: José Sarney, Fernando Collor e Fernando Henrique Cardoso.
A Lei 9.394 é aprovada pelo plenário do Senado Federal em 8 de fevereiro de 1996, conforme Carneiro (2015 p. 41-42), “[...] retornando, em sucessivo, à Câmara dos Deputados. Ali, o Substitutivo originário do Senado recebe outro relator, incorpora emendas e é, afinal, aprovado sem vetos, assumindo a forma da Lei 9.394/1996”.
A LDB é vista como “a maior de todas as políticas públicas regulatórias, pois sua estrutura define as relações, os acordos e os conflitos que podem se desenrolar no âmbito da educação brasileira” (SANTOS, 2012, p. 30).
Da Educação: Art. 1º “A educação abrange os processos formativos que se desenvolvem na vida familiar, na convivência humana, no trabalho, nas instituições de ensino e pesquisa, nos movimentos sociais e organizações da sociedade civil e nas manifestações culturais” (BRASIL, 1996)
Deveres do Estado: este título é formado por quatro artigos, art. 4º, 5º, 6º e 7º, que tratam dos deveres e responsabilidades do Estado e da sociedade civil no que tange à educação escolar.
Organização da Educação Nacional: este título vai do art. 8º ao art. 20, que trata da organização da educação nacional, apresentando as competências de cada nível da federação, sendo eles: União, Estados, Distrito Federal e municípios.
Ressalta-se que neste momento da organização da educação nacional todos os segmentos, União, Estados e Municípios devem buscar um trabalho de colaboração que auxilie na aplicação das políticas públicas.
Dos Profissionais da Educação: este título IV é composto por seis artigos, art. 61 a 67. Esses artigos buscam definir quem são os profissionais da educação. Também é tratado de sua formação profissional.
Dos Recursos Financeiros: esse título é formado por nove artigos, os quais vão do art. 68 ao 77, dando ênfase aos recursos destinados à educação.
Das DisposiçõesGerais: neste título estão apresentados os artigos 78 a 86, que tratam sobre a regulação específica relativa a questões que abarcam desde a educação indígena, educação de jovens e adultos (EJA) chegando à educação a distância.
O Título IX – Das Disposições Transitórias é composto por seis artigos que vão do art. 87 ao art. 92. Conforme Santos (2012, p. 54), “nele estão definidas ações legais com abrangência futura, e a partir dele é possível perceber que a atual LDB revoga todas as Leis de Diretrizes e Bases anteriores”.
Das Disposições Transitórias: o Artigo 87 institui a Década da Educação que se inicia em 1997, onde se passa a realizar diversas políticas que fomentam a melhoria da educação em nosso país.
PLANO NACIONAL DE EDUCAÇÃO
O Plano Nacional da Educação possui um histórico, e passa a ser visto na primeira LDB, Lei nº 4.024/1961 como “instrumento de distribuição de recursos para os diferentes níveis de ensino” (AZANHA, 1998, p. 110).
“Os planos que sucederam o de 1962 revelaram-se mais tentativas frustradas do que planos efetivos de educação, uma vez que as coordenadas de ação do setor eram obstaculizadas pela falta de integração entre os diferentes ministérios” (LIBÂNEO; OLIVEIRA; TOSCHI, 2012, p. 178).
Em 1990, início do governo de Fernando Collor, realizou-se a discussão internacional para um plano decenal para os nove países mais populosos do Terceiro Mundo, que são: Tailândia, Brasil, México, Índia, Paquistão, Bangladesh, Egito, Nigéria e Indonésia.
Com a posse de Fernando Henrique Cardoso em 1995, foi apresentado o Plano Nacional de Educação “como continuidade do Plano Decenal de 1993 (art. 87, § 1º, da Lei nº 9.394/1996)” (LIBÂNEAO, 2012, p. 179). 
Este plano foi elaborado pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais (Inep), tendo somente alguns interlocutores.
O Plano Nacional da Educação (2001-2010) teve quatro objetivos básicos:
a elevação global do nível de escolaridade da população;
a melhoria da qualidade de ensino em todos os níveis;
a redução das desigualdades sociais e regionais no tocante ao acesso à escola pública e à permanência, com sucesso, nela;
a democratização da gestão de ensino público nos estabelecimentos oficiais, obedecendo aos princípios da participação dos profissionais da educação na elaboração do projeto pedagógico da escola e da participação da comunidade escolar e local em conselhos escolares e equivalentes.
Entre os anos 2003 e 2006 as Políticas educacionais empreendidas no primeiro governo Lula apresentaram um programa para a educação intitulado “Uma Escola do Tamanho do Brasil”. Assim, a garantia de uma educação como direito, passou a ser entendida neste governo através de três diretrizes gerais, sendo elas:
 a) democratização do acesso e garantia de permanência; 
b) qualidade social da educação; 
c) instauração do regime de colaboração e da democratização da gestão.
O Plano Nacional de Educação possui 20 metas e estratégias, contudo, nenhuma das 14 metas previstas para 2015 e 2016 no Plano Nacional de Educação (PNE) foi integralmente cumprida (MORAIS, 2016).

Outros materiais