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NAYSA GABRIELLY ALVES DE ANDRADE 1 Questões TOP M3 – IOT e TRAQUEOSTOMIA 1. O índice de Mallampati estratifica a dificuldade da intubação traqueal. Sua classificação está relacionada com: a) A mobilidade atlanto-occipital b) O tamanho, em centímetros, da abertura da boca c) A distância entre os incisivos d) A baixa sensibilidade e a alta especificidade e) A desproporção entre a língua e a cavidade oral 2. Você é o Médico Residente R-2 de Plantão no Pronto-Socorro do Hospital Universitário e recebe juntamente com os Médicos Residentes R-1 uma vítima de acidente de trânsito com intubação orotraqueal realizada pelo Médico do SIATE. Para definir se o tubo orotraqueal está no local correto, cada Médico Residente R-1 faz a sua afirmação: R-1 A - A colocação correta do tubo na traqueia é confirmada pela ausculta de murmúrio vesicular em ambos campos pulmonares; R-1 B - A presença de ruídos no epigástrio sugere intubação esofágica e obriga a utilização do mesmo tubo para nova tentativa de intubação orotraqueal; R-1 C - A presença de dióxido de carbono no ar expirado indica que se conseguiu intubar a via aérea, garantindo assim a posição correta do tubo orotraqueal; R-1 D - Uma vez excluída a possibilidade de intubação esofágica, a radiografia de tórax é o método mais adequado para confirmar se o tubo está em posição correta. Correlacione verdadeiro (V) ou Falso (F) para as afirmativas dos Médicos Residentes R-1 acima e assinale abaixo a resposta correta A) R-1 A-V, R-1 B-F, R-1 C-F, R-1 D-V. B) R-1 A-F, R-1 B-F, R-1 C-F, R-1 D-V. C) R-1 A-V, R-1 B-F, R-1 C-F, R-1 D-F D) R-1 A-F, R-1 B-V, R-1 C-V, R-1 D-F E) R-1 A-V, R-1 B-F, R-1 C-V, R-1 D-V. 3. São causas de obstrução das vias aéreas no trauma, EXCETO uma das listadas abaixo. Indique-a a) “Queda” da língua por rebaixamento do nível de consciência b) Desidratação c) Aspiração de sangue, conteúdo gástrico ou corpos estranhos d) Hematomas cervicais. 4. Quanto ao adequado manejo avançado de vias aéreas, podemos afirmar que a) A máscara laríngea protege a via aérea b) Quando da impossibilidade de entubação, podemos utilizar traqueostomia de emergência c) Pacientes com lesões térmicas com fuligem em via aérea, mas estáveis, podem ser monitorizados para avaliar o quadro respiratório d) A entubação retrógrada é contraindicada na emergência. 5. Paciente admitido no pronto-socorro sem abertura ocular com qualquer estímulo, resposta verbal presente, porém com grunhidos incompreensíveis e localizando estímulo doloroso. Nesse caso, qual é a MELHOR conduta, uma vez que não se tem a história prévia do paciente? a) Sedação e observação b) Intubação orotraqueal e tomografia de crânio c) Intubação orotraqueal e observação d) Sedação e tomografia de crânio. NAYSA GABRIELLY ALVES DE ANDRADE 2 6. No que se refere às traqueostomias, é incorreto afirmar que a) são indicações: pacientes em UTI, doenças neurológicas, infecções, alergias e grandes traumas b) os pontos de reparo para a realização são: borda inferior da tireoide, cartilagem cricoide e fúrcula esternal. c) os planos de dissecção são: pele, tecido subcutâneo, platisma, rafe mediana parede anterior da traqueia. d) a abertura se faz através dos 1° e 2° anéis traqueais. e) em crianças deve ser evitada a ressecção de cartilagem. 7. Assinale a alternativa INCORRETA com relação às traqueotomias: a) É utilizada em pacientes que necessitam de ventilação mecânica prolongada para reduzir o risco de dano à laringe, auxiliar na higiene pulmonar e melhorar o conforto do paciente e os cuidados orais. b) Não existe regra fixa quanto ao tempo pelo qual possa ser deixada uma cânula endotraqueal. Alguns laringologistas recomendam a conversão para traqueotomia depois de 3 dias de intubação, embora a maioria considere 2-3 semanas como limite. c) Outras razões comuns para realizar traqueotomia incluem aspiração crônica, obstrução aguda das vias aéreas secundária a trauma facial ou laríngeo, ou infecções profundas dos espaços cervicais ou no perioperatório durante a ablação radical de câncer. d) O fechamento por segunda intenção geralmente ocorre em 21 dias. 8. A classificação de Mallampati relacionada ao tamanho da língua e da faringe, nos auxilia a prever a dificuldade de entubação. Na avaliação de um paciente apenas foi possível observar o palato duro, sendo assim este foi classificado como: a) Classe I b) Classe II c) Classe III d) Classe IV 9. Sobre traqueostomias, é correto afirmar, EXCETO: a) O ideal é a realização no 1° ou 2° anel traqueal b) Não é considerado um procedimento de emergência c) A troca de cânula para metal deve ser após o terceiro dia do procedimento d) A estenose subglótica é mais difícil tratamento do que a estenose mais baixa. 10. No tratamento de pacientes vítimas de trauma são essenciais a avaliação e o manuseio adequados das vias aéreas. Nesse sentido, é indicação para reallização de uma via aérea definitiva: a) paciente com nível na escala de coma de Glasgow de 9 ou menos. b) paciente combativo, com agitação psicomotora grave. c) presença de fratura na coluna cervical. d) presença de sinal de Battle. e) Nenhuma das anteriores. 11. Você atende a uma paciente vítima de acidente automobilístico, que no exame físico apresenta voz normal, saturação de oxigênio de 98% e está sem desconforto respiratório. Qual das opções abaixo exigiria intubação eletiva neste paciente? a) Fratura estável da clavícula. b) Fratura mandibular bilateral. c) Sangramento das vias aéreas. NAYSA GABRIELLY ALVES DE ANDRADE 3 d) Ferimento por arma branca no pescoço com pequeno inchaço num dos lados. e) Enfisema subcutâneo lateral localizado, mas estável. 12. Na sala de emergência, a intubação orotraqueal, por ser procedimento desconfortável, deve respeitar condições próximas do ideal. Neste aspecto é correto dizer que: a) a hipotensão pós-intubação só ocorre em pacientes hipovolêmicos b) a intubação de sequência rápida contempla os 7 P’s, dentre os quais preparar, pré-oxigenar e pré-tratar com sedativos c) o posicionamento em decúbito dorsal horizontal deve ser preferido para facilitar o procedimento e diminuir os riscos de acidentes d) o bloqueio neuro muscular succinilcolina deve sempre ser usado na sequência rápida pois não tem qualquer contraindicação e facilita o procedimento 13. Homem de 38 anos vítima d acidente automobilístico deu entrada no pronto socorro com lesão de face grave e volumoso sangramento na cavidade oral, não conseguindo exteriorizar a língua. Escolha a melhor conduta para o caso apresentado acima. a) traqueostomia. b) cricotiroideostomia. c) Intubação orotraqueal. d) utilizar máscara- laríngea. e) levar imediatamente para o centro cirúrgico 14. Podemos afirmar que o paciente que possui apenas palato duro visível, possui Mallampati: a) I b) II c) III d) IV 15. A intubação em ""sequência rápida"" é uma estratégia em serviço de emergência para prevenir aspiração em paciente sem jejum ou de tempo de jejum desconhecido. Como é feita? a) Administração de um bloqueador neuromuscular, intubação e administração de um agente indutor. b) Ventilação com máscara até saturação superior a 95% e intubação. c) Administração de um agente indutor, manobra de Sellick para evitar bloqueio neuromuscular e intubação pelo membro mais experiente da equipe. d) Administração de um agente indutor seguido de um bloqueador neuromuscular e intubação 16. Sobre a Traqueostomia, assinale a alternativa INCORRETA a) A traqueostomia é um procedimento cirúrgico que fornece uma via artificial para a respiração eficaz e para a remoção de secreções traqueobrônquicas quando for impossível manter a respiração pela boca ou nariz, ou quando há necessidade por intubação prolongada em UTI. b) O momento ótimo para indicação de traqueostomia em crianças que necessitam de ventilação mecânica prolongada é difícil de se estabelecer. c) Há 20 anos as indicações para traqueostomia em pacientes pediátricos não tem se modificado, assim como o perfil epidemiológico das doenças infecciosas. NAYSA GABRIELLY ALVES DE ANDRADE 4 d) No início da década de 1970, a indicação mais comum de traqueostomia era obstrução aguda das vias aéreas por infecções como epiglotites e laringotraqueítes 17. A traqueotomia e a traqueostomia são procedimentos que comunicam a via aérea ao meio externo. Quanto à especificidade desses dois procedimentos, a) a traqueostomia é um procedimento utilizado nas obstruções agudas da via aérea. b) a traqueotomia é indicada quando o tubo endotraqueal orofaríngeo permanece no paciente por mais de quatro semanas c) o cirurgião, na traqueostomia, pode fixar o retalho do anel traqueal na pele no momento da operação para mantê-la aberta. d) a traqueotomia percutânea tem caído em desuso, dando lugar à traqueotomia aberta, nos últimos anos 18. Correlacione a ordem correta para o procedimento de intubação de sequência rápida conforme a técnica preconizada pelo ATLS (Advanced Trauma Life Suport®). A: Insuflar o balonete B: Oxigenar o doente com oxigênio a 100 %. C: Administrar 1 a 2 mg/Kg de succinilcolina por via endovenosa. D: Interromper a compressão da cricóide. E: Intubação por via oro traqueal. F: Administrar um sedativo, etomidato, 0, 3 mg/Kg ou 30 mg. G: Ascultar o tórax do doente. H: Comprimir a cartilagem cricóide. Referência: SUPORTE AVANÇADO DE VIDA NO TRAUMA (Advanced Trauma Life Suport®) 7ª Edição a) B H F C E A G D b) G C F H A B E D c) G H C E F D B A d) H B C F E A D G e) Nenhuma das alternativas acima (A, B, C ou D) está correta 19. Vítima de colisão de autos, um paciente (motorista sem cinto) dá entrada no Hospital de Trauma com FR de 32 e Glasgow de 13. Tem estridor inspiratório, cianose e grande deformidade em face. Após colocar máscara facial com oxigênio 12 L/min, o médico tenta elevar o mento, mas as fraturas múltiplas e o sangramento impedem-no de o fazer com sucesso. Melhor conduta nesse momento: a) Uso de Máscara laríngea. b) Uso de cânula nasofaríngea. c) Intubação orotraqueal. d) Cricotireoidostomia. e) Traqueostomia de urgência. 20. Estão associados a dificuldades de intubação orotraqueal: a) Obesidade, retrognatismo, protusão de dentes incisivos superiores. b) Escala de mallampati menor ou igual a 2. c) Palato estreito, distância inter-incisivos maior que 3 cm. d) Distância tireomentoniana maior que 6 cm. 21. O padrão-ouro para a manutenção das vias áereas de pacientes severamente traumatizados é obtida com qual, dentre as manobras abaixo? a) Elevação do mento e tração da mandíbula b) Ventilação com ambu e acessórios c) Entubação orotraqueal NAYSA GABRIELLY ALVES DE ANDRADE 5 d) Cricotireoidostomia e) Traqueostomia. 22. A descompressão de um pneumotórax hipertensivo é um procedimento delicado, pois o desconhecimento dos referenciais anatômicos pode causar sérios danos ao paciente. O referencial anatômico para inserção do cateter-sobre-agulha é nesta patologia: a) Abaixo da terceira costela na linha axilar do lado afetado. b) Acima da terceira costela na linha paraesternal do lado afetado. c) Abaixo da terceira costela, na linha hemiclavicular do lado afetado. d) Acima da terceira costela, na linha hemiclavicular do lado afetado. 23. Um dos primeiros desafios enfrentados pelo residente de cirurgia é o domínio de procedimentos invasivos a beira do leito. O conhecimento da anatomia de superfície é o primeiro passo, porém a dificuldade e a responsabilidade somente aumentam com o aprofundamento dos estudos. Pode-se dizer que o residente está preparado quando passa a contraindicá-los, pois a ponderação do risco/benefício, a morbidade inerente ao procedimento o risco de complicações e a necessidade de intervenções para corrigir possíveis iatrogenias são preceitos que começam a nortear as condutas. Julgue as alternativas e marque a resposta incorreta: a) O acesso venoso central está indicado na necessidade de infusão de drogas vasoativas como a noradrenalina e a adrenalina em altas concentrações, em caso de medicações hiperosmolares e nutrição parenteral total. A falência de acesso venoso periférico é indicação relativa, porém é sempre importante avaliar a modificação na prescrição para outras vias de administração como a intramuscular e subcutânea. A própria hidratação é factível, podendo-se infundir com segurança soluções cristaloides em volumes consideráveis por via subcutânea (hipodermóclise). b) A paracentese possui aplicação diagnóstica e terapêutica. Em pacientes com restrição ventilatória por distensão abdominal às custas de líquido ascítico, pode-se indicar a sua evacuação normalmente puncionando-se um ponto lateral a uma linha imaginária traçada da cicatriz umbilical à espinha ilíaca antero- superior esquerda. A retirada de volumes superiores a 5 litros implica em necessidade de infusão intravenosa de albumina. No procedimento diagnóstico, a dosagem de albumina sérica e do líquido ascítico é aplicada a um cálculo que permite conclusões quanto a provável etiologia do quadro. c) A toracocentese no estudo do líquido pleural possui indicações análogas aos derrames ascíticos. Assim como no liquido abdominal, o cálculo envolvendo o gradiente da proteína sérica e do líquido pleural apresentam importância na avaliação do provável diagnóstico etiológico. O Escore de Wells utiliza esse cálculo para definir se o líquido é transudato ou exsudato. d) A aplicação da ultrassonografia à beira do leito além de amplificar a chance de êxito nos procedimentos reduzem as complicações, principalmente em mãos experientes. A familiarização com os diversos aparelhos, suas funções e o reconhecimento das imagens geradas por eles é condição cada vez mais frequente na prática médica 24. No atendimento ao politraumatizado, a intubação orotraqueal precoce deve ser realizada: a) Somente na presença dos sinais clínicos de estridor e desconforto respiratório. b) Na fratura maxilo-facial grave para prevenir aspiração por hemorragia. NAYSA GABRIELLY ALVES DE ANDRADE 6 c) Somente com oximetria anormal. d) Nunca, pois a cricotireoídectomia é mais rápida e deve ser sempre feita antes da intubação orotraqueal. 25. Motociclista, 30 anos, sem uso de capacete, alcoolizado, bateu contra um muro. Ao exame físico apresenta trauma facial e cervical evidentes, abertura ocular ao comando verbal, responde com palavras inapropriadas, reage à dor. Para este paciente, são indicações para estabelecimento de via aérea definitiva, EXCETO: a) Apneia. b) Fraturas maxilofaciais graves. c) Hematoma cervical em expansão. d) TCE com Escala de Glasgow < 10. e) Sangramento significativo em orofaringe. 26. Paciente é admitido no Pronto-Socorro do Hospital Evangélico em insuficiência respiratória e realiza a radiografia de tórax abaixo (VER IMAGEM). Baseado neste caso responda: Após as medidas iniciais de suporte clínico para tratamento da insuficiência respiratória, qual das medidas listadas abaixo é a mais importante? a) Iniciar levofloxacina. b) Drenagem torácica. c) Toracocentese diagnóstica. d) Tomografia de tórax. e) Broncoscopia. 27. Situação-Problema: Questões de 16 a 18. Paciente, sexo masculino, 20 anos de idade, é trazido pelo SAMU, vítima de trauma moto x anteparo em via expressa há 30 minutos. Dá entrada no Pronto Socorro com colar cervical e prancha rígida, referindo dor em hemitórax direito e falta de ar. Ao exame, A: Via aérea pérvia, mantido colar cervical, SatO2: 84% com cateter de O2 15L/min; B: murmúrios vesiculares diminuídos com crépitos em hemitórax direito, FR: 36ipm; C: Bulhas rítmicas e normofonéticas, FC: 98bpm, PA: 122x76mmHg, abdome indolor à palpação, pelve estável e toque retal sem alterações; D: escala de coma de Glasgow=13, pupilas isocóricas e fotorreagentes; E: escoriações e dor à palpação em hemitórax direito. Foi realizado radiografia de tórax na sala de emergência. Indique a NAYSA GABRIELLY ALVES DE ANDRADE 7 conduta terapêutica imediata mais adequada, nesse caso. a) Toracostomia com drenagem em selo d’água. b) Intubação orotraqueal com ventilação mecânica assistida. c) Pericardiocentese de alívio. d) Reposição volêmica com solução cristaloide 2000mL. 28. Um motorista de 62 anos envolveu-se em um acidente automobilístico chocando-se contra um ônibus que trafegava em sentido contrário. Apresentava-se agitado, agressivo, com grave deformidade maxilofacial e sangramento ativo pelo nariz e boca. Os sinais vitais da admissão eram: FR = 38 irpm; PA = 100 x 50 mmHg; pulso = 123 bpm e SaO2 = 78%. No exame físico, o paciente apresentava boa expansibilidade torácica, murmúrio vesicular diminuído à direita e crepitações ósseas à palpação no mesmo lado. A conduta inicial mais adequada para melhorar a oxigenação e ventilação é: a) Ventilar sob máscara, oxigenar e drenar o tórax sob selo d’água. b) Colocar máscara laríngea, oxigenar e drenar o tórax sob selo d’água. c) Fazer intubação orotraqueal, oxigenar e realizar bloqueio intercostal. d) Realizar cricotireoidostomia, oxigenar e administrar narcótico sistêmico. 29. São complicações do pneumoperitônio, EXCETO: a) Resistência vascular aumentada. b) Débito cardíaco diminuído. c) Alcalose respiratória. d) Resistência das vias aéreas aumentadas. e) Bradicardia 30. Mulher, 23a, é transferida para serviço de referência devido traumatismos graves de crânio e pelve. Deu entrada com intubação orotraqueal, imobilização cervical com colar, venóclise com cateter de grosso, imobilização da pelve com lençol, em prancha rígida. PA= 85x56mmHg; FC= 123bpm; FR= 16irpm; Oximetria de pulso= 92%. Na avaliação inicial, qual é conduta: a) Administrar concentrado de hemácias e plasma congelado fresco. b) Checar posicionamento do tubo endotraqueal. c) Radiograma de bacia, tórax e coluna cervical. d) Rever a imobilização da pelve com lençol. NAYSA GABRIELLY ALVES DE ANDRADE 8 31. Homem, 45 anos, com diagnóstico de AVCi maligno de artéria cerebral média esquerda, acaba de ser intubado, sem intercorrências, por rebaixamento de consciência e submetido a passagem de acesso venoso central em veia subclávia esquerda. Enquanto o paciente aguarda o radiograma de controle dos procedimentos, você é chamado pois o paciente está apresentando queda da saturação de oxigênio. Ausculta respiratória: ausência de murmúrios vesiculares à esquerda. A Ultrassonografia point of care revela os seguintes achados: Qual é o diagnóstico? a) Pneumotórax b) Intubação seletiva c) Atelectasia d) SARA 32. Sobre a avaliação das vias aéreas e da ventilação, quanto ao Programa ATLS (Advanced Trauma Life Support), marque V para as afirmativas verdadeiras e F para as falsas. ( ) As lesões críticas que afetam a via aérea devem ser reconhecidas e abordadas durante a avaliação primária. ( ) O tórax e o pescoço do doente devem ser expostos para que se possa avaliar a ventilação e as veias do pescoço. ( ) O pneumotórax hipertensivo deve ser tratado após a realização de exame de RX do tórax. ( ) A intubação seletiva ocorre mais comumente quando o tubo é inserido no brônquio esquerdo. ( ) O hemotórax maciço deve ser tratado por meio da toracocentese no 2º espaço intercostal. Assinale a sequência correta. a) V, F, V, F, V. b) F, V, F, F, F. c) V, V, F, F, F. d) V, V, V, V, F 33. Indique o preditor de intubação traqueal difícil sob laringoscopia direta: A) Paciente edêntulo. B) Presença de barba. C) Protrusão dos incisivos maxilares D) Síndrome da apnéia obstrutiva do sono. E) Nenhuma das anteriores 34. Paciente vítima de acidente por motocicleta. Deu entrada no pronto socorro com halitose etílica, inconsciente, mas movimenta os membros aos estímulos dolorosos. Apresenta sangramento em nariz devido a uma laceração, deformidade da mandíbula e sangramento intenso pela boca. Sua respiração é difícil e ruidosa. O imediato controle das vias aéreas é obtido através da: (UTIYAMA EM. Atendimento Inicial ao Politraumatizado em: Birolini 1ª edição Cirurgia de Emergência) a) Intubação nasotraqueal b) Intubação orotraqueal c) Traqueostomia . d) Cricotireoidostomia NAYSA GABRIELLY ALVES DE ANDRADE 9 e) Máscara laríngea 35. Uma via aérea definitiva implica na colocação de um tubo endotraqueal com balão insuflado abaixo das cordas vocais, devidamente fixado e conectado a um sistema de ventilação assistida com uma mistura enriquecida com oxigênio. Em relação a adoção de uma via aérea definitiva em um paciente politraumatizado. Marque a alternativa correta: a) A máscara laríngea que permite a intubação (MLI) é um dispositivo usado para se obter uma via aérea definitiva, que é necessário um treinamento adequado, não sendo necessário ser substituída por um tubo endotraqueal. b) A intubação nasotraqueal as cegas, após se afastar fratura de base de crânio no exame de tomografia computadorizada, pode ser usada principalmente em pacientes em apneia. c) Os fatores determinantes importantes na escolha entre realizar uma intubação orotraqueal ou nasotraqueal é a escala de coma de Glasgow do paciente, a fratura de mandíbula e ferimentos da língua. d) A incapacidade de intubar um paciente, garantir uma via aérea temporária ou estabelecer uma via aérea cirúrgica resulta em hipóxia. A realização da cricotireoidostomia por punção e insuflação de oxigênio pode fornecer tempo necessários para se estabelecer uma via aérea definitiva. e) A traqueostomia é preferível a cricotireoidostomia cirúrgica no paciente politraumatizado com insuficiência respiratória na emergência pois tem maior chance de se introduzir um tubo endotraqueal definitivo ou uma cânula, apresentando melhor suporte ventilatório. GABARITO: 1. E 2. B 3. B 4. D 5. B 6. D 7. D 8. D a escala vai de 1 a 4, sendo a classe 1 a melhor preditora para via aérea e as classes 3 e 4 preditoras de via aérea difícil. Classe I – palato mole, fauce, úvula e pilares amigdalianos visíveis; Classe II – palato mole, fauce e úvula visível; Classe III – palato mole e base da úvula visível; Classe IV – palato mole não visível (apenas palato duro) Vemos que visualização do palato duro é compatível com a classe IV. Resposta correta, letra D 9. A 10. B Uma via aérea definitiva implica em uma sonda endotraqueal com balonete (“cuff”) insuflado, conectada a um sistema de ventilação assistida, com mistura enriquecida de oxigênio, e mantida em posição por meio de fixação apropriado. São indicações de via aérea definitiva: apneia, proteção da via aérea inferior contra aspiração de sangue ou conteúdo gástrico, comprometimento iminente de via aérea (como em casos de lesões por inalação, fraturas faciais, convulsões persistentes), trauma cranioencefálico com necessidade de hiperventilação, incapacidade de manter oxigenação adequada com ventilação sob máscara. 11. C NAYSA GABRIELLY ALVES DE ANDRADE 10 12. B Durante a etapa de preparação do material, o paciente já deve começar a ser pré-oxigenado. A pré-oxigenação visa trocar o nitrogênio presente ao longo do trato respiratório do paciente por oxigênio (por isso, também é conhecida como denitrogenação). Alternativa A: INCORRETA. Vários fatores podem levar a hipotensão após IOT, sendo um dos principais as medicações utilizadas no preparo do paciente. Alternativa B: CORRETA. Os “P” da intubação de sequênbcia rápida são: preparação, pré-oxigenação, pré-droga, paralisia após indução, posicionamento do paciente, passagem do tubo orotraqueal, pós intubação. Alternativa C: INCORRETA. O posicionamento de garantir a posição do coxim na região occipital e fazer uma leve extensão da cabeça do paciente com a mão direita. Alternativa D: INCORRETA. A succinilcolina está contraindicada, por exemplo, em casos de hiperpotassemia ou risco de ter hiperpotassemia e hipertermia maligna. 13. B 14. D 15. D Lembre-se dos 7 Ps, começando pela (1) Preparação, que é o ato de testar e separar os materiais necessários; (2) Pré-oxigenação com O2 a 100% de 3 – 5 minutos; (3) Pré-tratamento, que pode ser feito com lidocaína ou fentanil. NOTA: O pré-tratamento vem gradativamente caindo em desuso, porque dá a ideia de que a administração de drogas como fentanil e lidocaína é indispensável. Hoje, a indicação para o fentanil é para pacientes com emergências hipertensivas, como na dissecção aguda de aorta, e na hipertensão intracraniana; (4) Paralisia com indução, lembrando que deve-se realizar primeiro a indução, podendo ser feita com etomiadado, quetamina, midazolam, propofol (algum desses sedativos) + a paralisia, que pode ser feita com succinilcolina ou rocurônio (bloqueadores neuromusculares); (5) Posicionamento, que visa alinhar os eixos oral, faríngeo e laríngeo, colocando o pescoço em hiperextensão, podendo ser utilizado um coxim; (6) Passagem do tubo, realizada após laringoscopia e visualização das cordas vocais; (7) Pós-intubação, a ser feita com ausculta, radiografia e instalação do capnógrafo para avaliar o sucesso do procedimento bem como deve ser feita a devida fixação do tubo e manejo dos parâmetros ventilatórios 16. C 17. C de um modo geral sempre falamos em traqueoStomia, mas existe a traqueotomia também, pois bem, qual a diferença? Na traqueostomia é realizada a ‘’maturação da traquéia’’ na pele através de pontos. Ela é realizada em situações em que a idéia é que seja definitiva, enquanto a traqueotomia é realizada em situações em que essa forma via aérea precisa ser obtida temporariamente. Alternativa A: em situações de emergência, opta-se pelo procedimento mais rápido que é a traqueotomia. Incorreta. Alternativa B: no contexto de intubação orotraqueal por mais de 4 semanas, o principal temor é a estenose subglótica que tem um tratamento por vezes demorado, assim, a melhor opção é a traqueostomia que, por causa da maturação, nos fornece maior segurança. Incorreta. Alternativa C: perfeito, esse é o conceito da traqueostomia. Correta. Alternativa D: pelo contrário, cada vez mais a traqueotomia percutânea vem sendo utilizada. Incorreta. 18. A Na sequência rápida o primeiro passo é pré oxigenar nosso paciente, só com essa informação, já eliminaríamos as opções B, C e D. A opcão A apresenta de forma completamente correta. Alguns NAYSA GABRIELLY ALVES DE ANDRADE 11 alunos podem ter ficado em dúvida quanto ao momento da aplicação da pressão da cartilagem cricóide, que deve de fato ser iniciada logo após a pré oxigenação do paciente e interrompida apenas após checar se a intubação foi bem sucedida 19. D 20. A 21. C Ao falar que o paciente está severamente traumatizado, passa-se a ideia de que ele não é capaz de proteger sua via aérea, e sendo assim, indicada realização de uma via aérea definitiva, que nada mais é do que uma sonda endotraqueal com cuff insuflado, sendo a intubação ororaqueal o padrão-ouro para isto 22. D 23. C A toracocentese na análise do líquido pleural tem como objetivo avaliar as características macroscópicas, bioquímicas e citológicas do derrame.A avaliação bioquímica classifica o derrame, a partir dos critérios de Light, em dois grandes grupos, transudatos ou exsudativo, ou seja, o critério de Wells está colocado de forma incorreta, pois é utilizado na predileção de Embolia pulmonar 24. B O comprometimento das vias aéreas é uma das principais causas de morte imediatamente após o trauma. Diretrizes definitivas para intubação traqueal no trauma não existem. Em caso de dúvida, geralmente é melhor intubar precocemente, principalmente em pacientes com instabilidade hemodinâmica ou com lesões significativas na face ou pescoço, o que pode levar a inchaço e distorção das vias aéreas. Uma vez estabelecida uma via aérea, é importante protegê-la bem e garantir que ela não seja desalojada a qualquer momento que o paciente for deslocado. Em um paciente consciente, a avaliação inicial das vias aéreas pode ser realizada da seguinte maneira: (I) Comece fazendo ao paciente uma pergunta simples (por exemplo, "Qual é o seu nome?"). (II) Observe o rosto, pescoço, tórax e abdome quanto a sinais de dificuldade respiratória, incluindo taquipnéia, uso de acessórios ou músculos assimétricos, padrões anormais de respiração e estridor. (III) Inspecione a cavidade orofaríngea quanto a interrupções; lesões nos dentes ou na língua; sangue, vômito ou secreções. (IV) Observe se existem obstáculos para a colocação de um laringoscópio e tubo endotraqueal. (V) Inspecione e apalpe o pescoço anterior em busca de lacerações, hemorragia, crepitação, inchaço ou outros sinais de lesão. Alternativa A: INCORRETO. Nos casos em que a necessidade de uma via aérea definitiva não é imediatamente clara, uma avaliação simples, composta por três perguntas básicas, pode distinguir os pacientes que necessitam de intubação daqueles que podem ser observados: (1) A patência ou proteção das vias aéreas está em risco? (2) A oxigenação ou ventilação está falhando? (3) O curso clínico sugere uma necessidade de intubação? Alternativa B: CORRETA. Alternativa C: INCORRETA. Apesar da ausência de sinais evidentes de desconforto respiratório, alguns pacientes necessitam de intubação precoce devido ao curso clínico previsto ou mesmo por sinais de obstrução à inspeção. Alternativa D: INCORRETA. A crico é a primeira opção de via aérea avançada na falha de intubação. O “próximo passo” seria uma traqueostomia, técnica de exceção, geralmente utilizada em menores de 12 anos e/ou pacientes com trauma de laringe. A CRICO cirúrgica é realizada na membrana cricotireoidea. Existe também a crico por punção, mas não deve passar de 45 minutos 25. D 26. E NAYSA GABRIELLY ALVES DE ANDRADE 12 27. B Qual o tripé do tratamento da contusão pulmonar? (i) Analgesia, (ii) fisioterapia respiratória intensiva e (iii) balanço hídrico negativo. Pacientes com dor não conseguem ventilar de forma adequada e fazem inspirações superficiais, o que impede a expansão alveolar. A hiperhidratação "encharca" os pulmões/alvéolos e prejudica a troca gasosa. Alternativa A: Incorreta. Esse é o tratamento do pneumotórax e não há pneumotórax na imagem. Alternativa B: CORRETA. A intubação orotraqueal não é mandatória em todos os casos de contusão pulmonar. Ela ficar reservada para casos mais graves, com acometimento extenso do parênquima pulmonar. Certamente, é a melhor alternativa dentre as demais. Alternativa C: Incorreta. O paciente não apresenta nenhum sinal clínico ou radiológico de tamponamento cardíaco. O diagnóstico de tamponamento cardíaco não se faz por radiografia. O FAST pode fazer esse diagnóstico. Além disso, o paciente não apresenta a clássica tríade de Beck: hipotensão, abafamento de bulhas e estase jugular. Alternativa D: Incorreta. Devemos evitar a hiperhidratação nos casos de contusão pulmonar. 28. D 29. C 30. B devemos corrigir as alterações encontradas em cada avaliação antes de seguir para o próximo passo; e em caso de dessestabilização, é preciso retonar ao início da avaliação. Nesse caso, temos uma paciente politraumatizada com instabilidade hemodinâmica e respiratória. Não se deixe confundir pelo fato de ela ja estar intubada, o primeiro passo continua sendo o A- vias aéreas. Assim, a primeira medida é verificar o posicionamento do tubo (está na traqueia? foi feita intubação seletiva? O balonete está insuflado?) e, em seguida, partimos para a avaliação da respiração (B) e ciruculação (C), nessa ordem 31. A 32. C 33. C Os preditores para intubação traqueal difícil sob laringoscopia direta são incisivos maxilares protusos, úvula não visível quando a língua é protraída com o paciente sentado, palato arqueado ou muito estreito, pescoço curto e/ou grosso, dificuldade para extensão de pescoço. Cuidado para não se confundir com os preditores de via aérea difícil, que são representados pelo mnemônico OBESE - Obesidade, Barba, Envelhecimento (idade >55 anos), Sons (paciente que ronca), Edêntulo (sem dentes). Alternativa A: INCORRETA. Como falado na dica, este é um preditor de via aérea difícil. Alternativa B: INCORRETA. Como falado na dica, este também é um preditor de via aérea difícil. Alternativa C: CORRETA. Conforme a dica. Alternativa D: INCORRETA. A síndrome da apneia obstrutiva do sono aumenta o risco de uma via aérea difícil. Alternativa E: INCORRETA 34. D Trata-se de uma emergência médica com paciente vítima de trauma e grande risco de perda da capacidade respiratória espontânea caso haja atraso na conduta da oferta adequada de oxigênio a esta paciente. Devido a apresentação do trauma em fase com sangramento em nariz, deformidade em mandíbula, presença de sangramento ativo pela boca e respiração ruidosa a melhor opção é a cricotireoidostomia. Alternativa A: Incorreta. A intubação nasotraqueal nada mais é do que a colocação de um tubo dentro da traqueia de um paciente através do nariz. Geralmente, ele é a escolha preferencial dos médicos quando o acesso do tubo pela boca está limitado ou é impossível, por exemplo, quando a pessoa tem alguma lesão na boca ou alguma contratura na musculatura da mandíbula. A intubação NAYSA GABRIELLY ALVES DE ANDRADE 13 nasotraqueal é indicada para pacientes que respiram espontaneamente, que não é o caso em questão. Ela não é indicada se houver risco de fratura de base de crânio e condições que predisponham sangramento nasal. Alternativa B: Incorreta. Pelo risco de aspiração dessa paciente devido ao sangramento ativo e via aérea difícil em decorrência dos traumas em mandíbula esse procedimento é preterido, cedendo lugar a técnicas mais invasivas. Alternativa C: Incorreta. A traqueostomia em geral é indicada como via aérea cirurgia de longo prazo. Caso a paciente possua complicações e necessite de ventilação artificial esta será a escolha após a cricotireoidostomia. Alternativa D: Correta. A cricotireoidostomia, por ser um método rápido e, em geral, realizado com sucesso em ambientes pré e intra- hospitalares por profissionais treinados, tem sido amplamente preconizada como a via aérea cirúrgica inicial diante da situação “impossível intubar, impossível ventilar” e é especificamente útil quando a obstrução das vias aéreas ocorre na glote ou em nível supraglótico. Alternativa E: Incorreta. Neste caso a máscara laríngea é contraindicada devido ao risco de aspiração da paciente bem como o trauma provável de laringe pela respiração ruidosa 35. D Alternativa A: INCORRETA. A máscara laríngea é um dispositivo que auxilia a intubação, porém não é considerada uma via aérea definitiva e deve ser substituida pelo tubo endotraqueal. Alternativa B: INCORRETA. A intubação nasotraqueal não deve ser feita em pacientes em apnéia, o paciente tem que estar apto a colaborar para realizar esse tipo de intubação Alternativa C: INCORRETA. O que deve se levar em conta para escolher entre uma intubação orotraqueal e uma nasotraqueal é se o paciente apresenta alguma fratura em base de crânio e não a escala de glasgow. Alternativa D: CORRETA. Alternativa E: INCORRETA. A traqueostomia é um procedimento que deve ser feito em ambiente de centro cirúrgico, não sendo preferível em relação a cricotireoidostomia nos politraumatizados
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