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Conceito - Cirurgia Conceito de infecção em cirurgia: Reflexos primitivos: • Infecção em cirurgia é o desenvolvimento penetração e multiplicação de um agente infeccioso no organismo com manifestações clínicas relacionadas diretamente ao ato cirúrgico e suas medidas de prevenção, onde a infecção se manifestará após a alta do paciente. • Técnica operatória fundamental, básica ou geral ➥ Ambiente cirúrgico, instrumentos e seu manuseio geral dos tecidos • Técnica operatória especial ou especializada ➥ Manobra a serem executadas sobre uma determinada região anatômica e os tempos operatórios. Classificação dos atos operatórios: Conceito de técnica operatória: • Pequeno porte; • Médio porte; • Grande porte. Necessidade e caráter da indicação: • Eletiva • Urgência • Emergência Infecção hospitalar: • 1. Cirurgias limpas ➜ 2% (não apresentam processo infeccioso e inflamatório local e durante a cirurgia, não ocorre penetração nos tratos digestivo, respiratório ou urinário); • 2. Cirurgias potencialmente contaminadas ➜ 10% (necessitam drenagem aberta e ocorre penetração nos tratos digestivo, respiratório ou urinário); • 3. Cirurgias contaminadas ➜ 20% (realizadas em tecidos recentemente traumatizadas e abertos, colonizadas por flora bacteriana de difícil ou impossível descontaminação, sem supuração local), presença de inflamação na incisão cirúrgica e contaminação vindas a partir do tubo digestivo, sistema biliar e urinário; • 4. Cirurgias infectadas ➜ 40% (realizadas na presença do processo infeccioso, supuração local e/ou tecido necrótico). Assepsia e antissepsia: • Tem como objetivo eliminar a flora microbiota transitória da pele e reduzir a flora microbiota residente. • Tem como finalidade evitar a contaminação do sítio cirúrgico, de medicamentos e fórmulas lácteas durante procedimentos. • Insumos necessários: lavatórios ou pias com torneiras ou comandos que dispensem o contato das mãos, agua corrente e dispensadores para sabão líquido, e sabão com antisséptico clorexedine. • Indicações: Qualquer procedimento cirúrgico, antes da realização de procedimentos invasivos, por exemplo, inserção de cateter intravascular central, sondas, drenagem de cavidades, suturas,etc. • Assepsia: mecanismos de prevenção de “sujeiras”; ação preventiva • Antissepsia: desinfectar algo, bancadas etc. Lavagem ou escovação das mãos: • Retirar sempre anéis, pulseiras, relógios e quaisquer outros adornos das mãos e punhos antes da lavagem das mãos, manter as unhas curtas e esmaltes íntegros. • Nunca usar unhas artificiais • O uso de luvas nunca substitui a higienização das mãos. • Para efeitos de antissepsia a mão e o antebraço são divididos em dois territórios; • 1º território: mão e punho (área mais nobre devido ao contato direto com os órgãos); • 2º território: é a parte do antebraço até o cotovelo; • Duração do Procedimento: de 3 a 5 minutos para a primeira cirurgia, e de 2 a 3 minutos para as cirurgias sub-sequentes. • Molhe as mãos ➜ Aplique sabão em quantidade suficiente para cobrir toda a palma ➜ Esfregue uma palma contra a outra ➜ Palma direita sobre dorso esquerdo com dedos interlaçados, depois inverta ➜ Palma contra palma e dedos interlaçados ➜ Esfregue as costas dos dedos, uma mão contra a outra ➜ Esfregue o polegar de cada mão de forma rotacional ➜ Esfregue as palmas das mãos com as pontas dos dedos em forma circular ➜ Esfregue o punho esquerdo com o auxílio da palma da mão direita e vice-versa ➜ Enxague as mãos com água ➜ Seque bem as mãos ➜ Use o papel toalha para fechar a torneira. Escovação das mãos, antebraço e cotovelo: • Abrir a torneira, molhar as mãos, antebraços e cotovelos; • Recolher com as mãos em concha o antisséptico e espalhar nas mãos, antebraço e cotovelo. No caso da escova impregnada com antisséptico, pressione a parte da esponja contra a pele e espalhe por todas as partes; • Limpar sob as unhas com as cerdas da escova ou com o limpador de unhas; • Friccionar as mãos, observando os dedos, espaços interdigitais e antebraços por no mínimo 3 a 5 min, mantendo as mãos acima dos cotovelos; • Enxaguar as mãos em água corrente, no sentido das mãos para o cotovelo. Retirando todo o resíduo do produto. Fechar a torneira com o cotovelo, joelho ou pés, se a torneira não possuir fotossensor. Paramentação: • Técnicas de degermar as mãos, vestir avental esterilizado e calçar luvas. • Após o término da escovação a equipe deverá encaminhar-se para a sala de cirurgia com os antebraços fletidos, elevados e afastadosdo corpo. • Na sala de cirurgia já estará aberto o LAP (pacote contendo campos e aventais estéreis) com uma compressa. Desparamentação: • Retirar luvas; • Retirar avental; • Retirar touca; • Retirar máscara. Isabelle Isis de Mello Assis Fios, suturas e materiais Composição da equipe cirúrgica: • Cirurgião; • 1º e 2º auxiliares ou assistentes; • Anestesista; • Instrumentador; • Equipe de enfermagem; • Enfermeiro; • Circulante, técnicos e auxiliares. Conceito básico de fios: • Características do fio ideal: ➥ Grande resistência a tração e torção; ➥ Calibre fino e regular; ➥ Mole, flexível e pouco elástico; ➥ Ausência de reação tecidual; ➥ Esterilização fácil; ➥ Resistente a esterilizações; ➥ Baixo custo; ➥ Manter força tênsil o tempo suficiente cicatrização. Caixa cirúrgica: Conceitos básicos de fios e tipos de suturas: • Inserir a agulha em ângulo de 90º. • Adotar um caminho curvilíneo. • Simetria em ambos os lados em distância e profundidade. • Aproximação dos tecidos de forma a promover aderência entre as estruturas. Donatti: • Designado como "longe-longe/perto-perto”: primeira passada a 10mm da borda incluindo pele e camada superior do subcutâneo e outra transepidérmica a cerca de 2mm da borda. Menor efeito estético. Simples: • Simples aproximação de bordas de pele, deve abranger toda a sua estrutura, sem aplicação de tensão e em planos equidistantes. Maior efeito estético. Sutura continua intradérmica: • É um tipo de sutura que tem um ótimo resultado estético. Nessa técnica a agulha passa horizontalmente através da derme superficial, paralelo à superfície da pele, aproximando as bordas. Dando uma impressão de sutura no tecido externo. Usado em feridas com pouca tensão. Superficial e intraepidermica podendo ser continua ou separada. Sutura continua chuleio: • Muito usado para suturas de vasos. Classificação dos fios: • Monofilamentares e multifilamentares. • Multifilamentares torcidos ou trançados. • Fios trançados podem ser revestidos ou não. • Absorvíveis ou inabsorvíveis. • Absorvíveis: origem animal (catgut) ou sintéticos. • Inabsorvíveis: origem animal (seda), sintéticos, vegetal ou metálica. Isabelle Isis de Mello Assis ↳. Prova-caia imagem e Tem gue colocar o nome Sutura: • Avaliar os bordos da ferida. • Presença de sangramentos. • Sinais de contaminação ou infecção local. • Realização da assepsia e antissepsia adequados. • Anestesia. Tipos de fio de sutura pele x região: Retirada dos pontos: Base da sutura de pele: • Fio 6-0: Mais fino. Utilizado em face e áreas com importância estética. • Fio 5-0: Utilizado em suturas da mão e dedos. • Fio 4-0: Utilizados para reparo de extremidades proximais e tronco. • Fio 3-0: Fio de grande calibre, utilizado para planta do pé e escalpo. • Fio 2-0: Couro cabeludo. • Couro Cabeludo = 7 dias; • Pálpebra e lábio = 3 a 4 dias; • Nariz e supercílio = 3 a 5 dias; • Orelha = 10-14 dias; • Tronco (face anterior) = 8 a 10 dias; • Dorso e extremidades = 12 a 14 dias; • Mão, pé e sola = 10 a 14 dias. Calibre dos fios: • O maior calibre no 3 com diâmetro de 0.6 a 0.8 mm • A numeração é progressivamente decrescente até o no 1 • A partir deste ponte designamos (0 – 2.0 – 3.0 e assim por diante até 12.0) • 12.0 é o fio mais fino com diâmetro de 0.001 e 0.01 mm. Isabelle Isis de Mello Assis Hemostasia Conceito de hemostasia: • A hemostasia pode ser definida como uma série complexa de fenômenos biológicos que ocorre em imediata resposta à lesão de um vaso sanguíneo com objetivo de deter a hemorragia.Hemostasia preventiva: Mecanismo hemostático e seus processos: • Diérese - Hemostasia - Síntese • Hemostasia primária: ➥ É o processo inicial da coagulação desencadeado pela lesão vascular mecanismos locais produzem vasoconstrição e alteração da permeabilidade vascular. • Hemostasia secundária: ➥ Consiste na coagulação, conversão de uma proteína solúvel do plasma, o fibrinogênio em um polímero insolúvel, a fibrina, por ação de uma enzima denominada trombina. • Fibrinólise: ➥ Remove a fibrina formada em excesso e o sangue volta a fluir normalmente no interior do vaso restaurado. Os princípios fundamentais da Técnica Operatória: Tipos de hemostasia em cirurgia: • Medicamentosa (drogas que diminuem o sangramento por vasoconstrição) • Mecânica (pinças, compressão e esponjas sintéticas) • Física (eletrocautério) • Biológica (absorventes) Classificação da hemostasia em cirurgia: • Temporária • Definitiva • Preventiva • Corretiva Hemostasia prévia: • Hemostasia prévia, temporária ou pré-operatória: é realizada antes da intervenção cirúrgica, visando interromper temporariamente o fluxo sanguíneo para o local da incisão. Hemostasia definitiva: • A hemostasia definitiva é a forma mais frequente e eficiente de hemostasia, é a ligadura do vaso obtida com o isolamento, passagem de dois fios, ligadura com eletrocaagulação dos vasos e usos de clipes metálicos ou vasculares. • É a hemostasia que pode ser medicamentosa ou cirúrgica, a hemostasia medicamentosa é baseada nos exames laboratoriais pré-operatórios (coagulograma e hemograma), a cirúrgica é realizada com a finalidade de interromper a circulação durante o ato operatório, temporária ou definitivamente. Hemostasia corretiva: • Curativa: realizada durante a intervenção cirúrgica, pode ser medicamentosa (drogas que diminuem o sangramento por vasoconstrição), mecânica (compressão e esponjas sintéticas), física (bisturi) ou biológica (absorventes). Isabelle Isis de Mello Assis Gastrointestinal Correlação entre os aspectos morfológicos e anatômicos e a cirurgia: • Favorável: ➥ Mobilidade: as alças intestinais apresentam grande mobilidade favorecendo ressecções, anastomoses com várias possibilidades de medidas. ➥ Irrigação sanguínea: devido a característica da circulação arterial ser troncular temos uma excelente oferta de sangue na região intestinal favorecendo a cicatrização nos procedimento cirúrgicos. ➥ Camadas intestinais: a túnica intestinal favorece a sutura em dois planos na serosa e muscular. • Desfavorável: ➥ Irrigação vascular troncular: pode propiciar a fenômenos tromboembólicos em grandes áreas da alça intestinal. ➥ Irrigação terminal da borda contra-mesenterial: pode ser escassa e favorecer a descências das suturas intestinais. Principais cirurgias do intestino delgado: • Enterotomias • Rafias ( com ou sem abertura da luz intestinal ) • Enterostomias • Ressecções e anastomoses intestinais • Transposições intestinais • Transplante de intestino delgado Isabelle Isis de Mello Assis
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