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TCC Bruna 1

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ADVICE – NÚCLEO INTEGRAL DE FORMAÇÃO E 
PESQUISA TÉCNICO PROFISSIONAL 
CURSO TÉCNICO EM ENFERMAGEM 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
PSICOPATIA INFANTIL: Nascemos ou adquirimos ao longo da vida 
 
BRUNA CRISTINA DE SOUZA
LAUANE APARECIDA MATEUS
THIAGO FERREIRA SILVA
 
 
 
 
 
 
 
 PATOS DE MINAS 2019 
BRUNA CRISTINA DE SOUZA
LAUANE APARECIDA MATEUS
THIAGO FERREIRA SILVA 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
PSICOPATIA: Nascemos ou adquirimos ao longo da vida 
Trabalho de Conclusão de Curso apresentado à ADVICE – Núcleo Integral de Formação e Pesquisa Técnico Profissional, como requisito parcial para obtenção do título de Técnico em Enfermagem. 
Orientadora: Luana Carvalho Pereira e Fonseca 
 
 
PATOS DE MINAS 2019 
 
 
 
Resumo: A psicopatia é um termo nomeado para o entendimento de um transtorno neuropsiquiátrico desenvolvido em uma parte do cérebro, fazendo com que ele tenha atitudes e comportamentos anormais e agressivos colocando em risco a vida de pessoas e a do próprio individuo . A “loucura” passou a ter conhecimento a partir da era mitológica onde já se via sinais de transtornos mentais, sabe- se muito pouco a respeito, mais conforme relatos, eram situações reversíveis, ou seja, se alteravam conforme o humor dos deuses da época que se encaixam nas descrições de hoje em dia. Os estudos foram iniciados somente no final do século XVIII aprofundando em detalhes o surgimento e o desenvolvimento da doença. Os indivíduos que possuíam esse tipo de distúrbio foram tachados por anos por vários nomes como delinquentes desprovidos de senso moral, pessoas desequilibradas , idiotez moral entre outros, até realmente haver um estudo concreto que delimitasse a real anomalia psíquica sofrida por eles. Na atualidade apesar de ser um tema muito pouco discutido, muitos investem no assunto a fim de saber se nascemos ou desenvolvemos a doença ao longo dos anos e quando realmente ela se torna um transtorno mental. O profissional atuante na área da saúde tem extrema necessidade de conhecimento sobre as situações que podem vir a acontecer para que haja uma detecção desde a infância dos comportamentos que se tornam suspeitos na vida da criança e assim um controle para os pais e uma melhora na qualidade de vida dos indivíduos . O objetivo do presente trabalho se da ao conhecimento da doença, como originou e se possui relação com fator genético. Conhecendo a quantidade de casos relatados e o tão pouco conhecimento sobre tal fato, mostra que é um assunto relativamente pouco estudado e que necessita de uma maior atenção, podendo auxiliar várias famílias ao longo do diagnóstico. Com o presente trabalho também foi possível intender melhor a respeito da doença e seu funcionamento no organismo humano trazendo melhores resultados aos tratamentos e acompanhamentos e a detecção precoce. 
Palavras Chave: : Psicopatia, diágnostico; fator genetico; qualidade de vida; desenvolvimento. 
 
Abstract: Psychopathy is a term named for the understanding of a neuropsychiatric disorder developed in a part of the brain, causing it to have abnormal and aggressive attitudes and behaviors that put people's lives and that of the individual at risk. The “madness” became known from the mythological era where signs of mental disorders were already seen, very little is known about it, more according to reports, they were reversible situations, that is, they changed according to the mood of the gods of the time that fit today's descriptions. The studies started only at the end of the 18th century, delving in detail into the appearance and development of the disease. Individuals who had this type of disorder were labeled for years by various names as delinquents with no moral sense, unbalanced people, moral idiocy among others, until there was really a concrete study that delimited the real psychic anomaly suffered by them. Nowadays, despite being a very little discussed topic, many invest in the subject in order to know if we were born or developed the disease over the years and when it really becomes a mental disorder. Professionals working in the health area have an extreme need for knowledge about the situations that may happen so that there is a detection since childhood of behaviors that become suspicious in the child's life and thus control for parents and an improvement in quality. of life of individuals. The objective of the present work is to become aware of the disease, how it originated and is related to a genetic factor. Knowing the number of reported cases and the little knowledge about this fact, it shows that it is a relatively little studied subject and that needs more attention, being able to help several families throughout the diagnosis. With the present work it was also possible to better understand the disease and its functioning in the human body, bringing better results to treatments and follow-up and early detection. 
Keywords: Psychopathy, diagnostic; genetic factor; quality of life; development. 
 
 
 
 
 
SUMÁRIO 
 
1 INTRODUÇÃO	5 
1.1JUSTIFICATIVA	6 
2 OBJETIVOS	7 
2.1 OBJETIVO GERAL	7 
2.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS	7 
3 METODOLOGIA	8 
4 RESULTADOS E ANÁLISE	9 
4.1 ASPECTOS HISTÓRICOS	9 
4.2 DEFINIÇÃO	10 
4.3 DIAGNÓSTICO	11 
4.4 CARACTERÍSTICAS	12 
4.5 TRATAMENTO	13 
5 CONCLUSÃO	14 
REFERÊNCIAS	15 
 
 
 
INTRODUÇÃO 
Na atualidade observamos com grande frequência relatos familiares de indivíduos mostrando comportamentos extremamente inadequados comparados a idade e que preocupam principalmente os pais fazendo com que eles procurem ajuda médica. Dúvidas surgem então por meio dessas atitudes que são contestadas sobre a forma comum de um comportamento infantil e até aonde elas se tornam problemas relacionados ao meio neurológico . Esses problemas afetam no desenvolvimento da criança desde a primeira idade fazendo com que ela sofra na vida adulta caso não seja diagnosticado precocemente. Dados levantados em revisão literária acusam que no Brasil a taxa porcentual de casos ultrapassa os 17%, dado esse relatado apenas em crianças e adolescentes .
Na busca de respostas ao desenvolvimento da patologia neuropsiquiátrica , encontramos indícios do ambiente familiar instável, o mal uso das palavras, disfunção conjugal e vários outros que afetam diretamente o individuo .
Para Schneider, a personalidade psicopática seria a manifestação de um funcionamento anômalo e conducente ao sofrimento, quer do próprio, quer dos outros, em que se evidenciaria uma perversão de sentimentos, afetos, inclinações temperamentais, disposições morais e impulsos, com ausência de distúrbio intelectual e sem episódios de ilusão ou de alucinação (Gunn, 2003). Contudo, as definições de psicopatia são muito diversificadas, variando em função da legislação e das múltiplas “tradições científicas” (Gonçalves, 1999).
 
 
 
1.1JUSTIFICATIVA 
 
O termo “psicopatia”, com origem no grego, significa “psiquicamente doente” e foi usado, ao longo do século XIX, para designar genericamente toda a doença mental. Posteriormente, a psicopatia começou a ser a designação atribuída a uma perturbação específica, enquadrada no âmbito de um registo comportamental concreto e que foi sendo identificado por diversos estudiosos (Cordeiro, 2003). 
Pinel (1809) se referiu à “mania sem delírio”, na sequência da observação e do acompanhamento de um caso de manifesta impulsividade acompanhada de comportamentos muito problemáticos. Também Esquirol (1838) se referiu ao distúrbio, designando-o por “monomania” e Morel (1857) apontou a “loucura dos degenerados” como sendo uma constelação de sinais e de sintomas que se enquadra na atual caracterização da psicopatia. Para a Escola Alemã de Psiquiatria, o termo foi usado para denominar um conjunto de características estreitamente ligadas à manifestação de comportamentos muito difíceis de explicar (Pratt, 1997). Schneider (1923/1955) usou a expressão “personalidade psicopática”, definindo uma tipologia de personalidades anómalas, cuja origem se poderia localizar na infância ou na adolescência (Hare, Cooke & Hart,1999), enquanto Kreapelin (1915, citado por Gunn, 2003) recorreu à mesma designação para se referir a um registo de funcionamento amoral e/ou imoral que se associaria à conduta criminosa.
A psicopatia tem diagnóstico logo nas primeiras idades de vida, devido a comportamentos estranhos que muitas das vezes são ignorados pelos pais, dando assim a liberdade de fazerem o que quiserem e serem justificadas as atitudes como má criação. Sabemos que o transtorno é desenvolvido por inúmeros fatores decorrentes de traumas passados ao indivíduo logo no início de seu nascimento fazendo assim com que a doença seja reflexo de ações acometidas dentro do próprio ambiente domiciliar.
A importância sobre o estudo desse assunto eleva os níveis de aprendizado familiar e assistenciais, conseguindo tangenciar soluções cabíveis quando há manifestação da doença, melhorando a qualidade de vida do portador e dos responsáveis - familiares que saberão como agir na situação. É necessário saber diferenciar onde começa a atitudes infantis a hiperatividade de transtorno de conduta e aonde já é considerado o transtorno, nome dado a doença diagnosticada ainda na infância. 
 Dentre o meio social já existem grupos de Atenção a Saúde Primária composto por pais, profissionais da Saúde, professores, entre outros em que monitoram os comportamentos desenvolvidos, a fim de relatar e controlar problemas futuros. sendo assim, de extrema importância a qualificação da equipe de enfermagem para lidar e detectar juntamente com os demais profissionais esse transtorno ainda no início da vida do indivíduo.
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
OBJETIVOS 
 
OBJETIVO GERAL 
 
Conhecer como a doença é originada e qual a relação com fator genético, fornecendo um melhor entendimento sobre o assunto.
 
OBJETIVOS ESPECÍFICOS 
 
• Analisar estudos por meio de artigos que comprovem ou
não a possibilidade do ser humano já nascer com essa patologia;
• Documentar a desenvoltura e as manifestações dela em crianças, analisando quando
há necessidade de acompanhamento psiquiátrico diminuindo os males causados
futuramente.
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
METODOLOGIA 
 
O presente trabalho trata-se de uma pesquisa bibliográfica na forma de um estudo 
de caráter descritivo e exploratório, com abordagem qualitativa. A pesquisa bibliográfica foi realizada por meio de pesquisa em material já elaborado, como artigos, monografias, livros e meio eletrônico. 
O estudo bibliográfico possibilita buscar uma avaliação de forma crítica e a 
síntese do estado do conhecimento sobre um determinado assunto. Já o estudo exploratório, objetiva proporcionar maior familiaridade com o problema, de forma a torna-lo mais explícito, enquanto a forma descritiva tem a tendência de descobrir a frequência com que um fenômeno ocorre, a relação e conexão com outros, bem como sua natureza e características (GIL, 2002; VERGARA, 2009; LAKATOS, MARCONI, 2010). 
Após a definição do tema, realizou-se uma busca em bases de dados virtuais e 
físicas. Para melhor análise dos dados, os dados foram agrupados em seis categorias: Aspectos históricos; Definição; Diagnóstico, Características e Tratamento. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
RESULTADOS E ANÁLISE 
 
ASPECTOS HISTÓRICOS
A psicopatia era descrita no início dos tempos com correlações a meios sobrenaturais e não relacionados a medicina, acreditava-se que as pessoas em surto, eram possuídas por demônios e causavam os transtornos agressivos, usava- se dos poderes de divindades que diziam ser somente eles os que conseguiam curar a pessoa. 
 Em Homero a loucura era a desrazão, a perda do contato com a realidade física ou social, e poderia levar o sujeito acometido por ela a praticar transgressões das normas sociais, agressão, homicídio, delírios e até a própria morte. A sua etiologia era mitológica e, em certo sentido, teológica, portanto reversível: mudando o humor dos deuses a loucura e seus efeitos desapareceriam. Considerando esta atribuição de causa, a loucura não carregava nenhum estigma, pois não passava de uma (des) ordem (SILVA, 2014, p. 15).
Para Sevalho (1993), as doenças, os distúrbios e os transtornos mentais não surgiram na modernidade ou na contemporaneidade, nos séculos antes da era cristã já havia alguns relatos abrangendo casos que se enquadram na definição hoje conhecida sobre esses fenômenos.
Conforme preceitua Gomes (2013), o início do século XIX foi o marco para as mudanças no conceito correlacionando à insanidade e a loucura, elevando o termo que era uma doença exclusivamente do sistema neurológico e tendo como resultado as desordens presentes no corpo ou no organismo dos indivíduos.
O francês Phillip Pinel, pioneiro no assunto identificou que alguns pacientes, tendo consciência da irracionalidade de suas ações, se envolviam em aspectos com impulsividade, violência ou falta de remorso, (GOMES, 2013).
Jean-Etiénne Dominique Esquirol, prosseguiu com os estudos de Phillippe Pinel, e buscou a definição de psicopatia. E, em meados de 1812, Benjamin Ruesch se refere a personalidade das pessoas que cometiam atos reputados como antissociais já na infância, sendo denominados como indivíduos portadores de idiotez moral ou imbecilidade moral (ZATTA, 2014).
No século XIX europeu ocorreram vários estudos que discutiram e direcionaram as abordagens científicas em torno do tema das doenças, distúrbios e transtornos mentais. Foi nessa mesma época que deram início aos questionamentos em relação à psicopatia, como o do filósofo e médico Próspero Despine, que em sua obra Psycologie naturelle, deu destaque para a anomalia psíquica das pessoas que eram indicadas como delinquentes desprovidos de senso moral (ZATTA, 2014).
Já na segunda metade do século XIX, a “escola francesa” de psiquiatria defendia a tese de que os indivíduos que eram identificados com psicopatia eram pessoas desequilibradas. Em complementação a essa argumentação, relaciona-se as diferenças entra as características de psicopatia e das psicoses através dos estudos de J. Koch que, ele une algumas características da psicopatia identificadas como sentimentos chorosos, sonhadores, exaltados, dentre outros, sendo denominados como inferioridades psicopática (SILVA, 2014).
Em 1909 surge a sugestão termo sociopatia, proposta pelo neurologista britânico K. Birnbaum, termo este que é utilizado como sinônimo da psicopatia, em razão de que os indivíduos que são diagnosticados com essa anomalia ou distúrbios, os psicopatas cometem ações antissociais, (SILVA, 2012).
Em 1924 surgi o conceito de psicopatia a partir do significado de defeito moral ou adquirido pelo psiquiatra suíço Paul Engen Bleuler. A abordagem das personalidade psicopáticas atribuídas às pessoas que sofrem por sua anormalidade e provocam sofrimentos individuais e sociais foi realizada pelo psiquiatra britânico Kurt Schneider, que constitui uma conceituação e classificação importante no âmbito dessa discussão empreendida por especialistas de vários países (ZATTA, 2014).
No ano de 1941 o psiquiatra Hervey Cleckley, torna-se um dos principais pesquisadores a tratar sobre a psicopatia ao tentar esclarecer o termo transtorno de personalidade antissocial e outras tantas expressões ou terminologias dadas a esse tema, ele propõe a substituição desse termo acrescentado um novo rótulo, o de demência semântica, explicando o que ele enxergava de mais importante em relação a esse distúrbio (OLIVEIRA, 2012).
O pesquisador Hervey Cleckley caracterizou os psicopatas baseando-se em termos e objetivos imediatos com confronto e com objetivos remotos ou futuros, o psicólogo Harrison G. Gough também levou em consideração outros pontos que identificam as pessoas com algum grau ou nível de psicopatia, tais como
[...] comportamento impulsivo; incapacidade de criar vínculos profundos e constante com outras pessoas ou para identificar-se em relações interpessoais; falta de planejamento para conseguir determinados objetivos; aparente falta de ansiedade e de sofrimento pela inadaptação social e sua negativa de reconhecimento a tal inadaptação; tendência a projetar nosoutros as culpas e não aceitar a responsabilidade por seus próprios fracassos; mentiras; falta de responsabilidade e pobreza emocional (OLIVEIRA, 2012, p. 46).
No ano de 1944 tem-se dois momentos fundamentais quanto às pesquisas e determinações em torno da psicopatia. No primeiro os psiquiatras Andrew Curran e Jonathan Mallinson afirmam que a psicopatia é uma doença mental, uma contradição frente às teorias conseguidas historicamente em relação a esse assunto, eles não mais consideravam a psicopatia como uma doença mental do tipo da esquizofrenia ou do transtorno bipolar, e sim, apenas, apresentam algumas características cerebrais que o deferência da normalidade (MYERS, 1999).
 
DEFINIÇÃO 
 Psicopatia é um transtorno de personalidade antissocial  de difícil diagnóstico  e identificação no qual o indivíduo age sem culpa ou remorso com atitudes que violam os direitos humanos, podendo ser confundida com delinquências conscientes e propositais em justificativa de uma ação idealizada.
DIAGNÓSTICO 
 
Sabemos que a psicopatia está correlacionada Com fatores genéticos transmitidos  aos filhos desde a gestação, Uma pesquisa realizada e publicada no National institutes of Health afirmam que os primeiros sinais de psicopatia são descobertos em crianças a partir dos 2 anos Conforme estudos publicados a personalidade é transferida geneticamente de pais para filhos e desenvolvida ao longo do tempo até completar 30 anos, o temperamento é adquirido na gestação e o acompanha por toda a vida não podendo ser modificado.
 os primeiros sinais são observados devido a comportamentos indiferentes como desafiar a autoridade dos pais e professores, não tolerar frustrações, violar as regras sociais, frieza emocional e outros sintomas que são manifestos ao longo do crescimento.
Um dos fatores de indispensável avaliação é a facilidade na qual as crianças que sofrem do transtorno tem em mentir, não demonstrando culpa após uma situação errada, e mesmo recebendo castigo se mantém as ações, detesta dividir e se distancia dos adultos.
Para o diagnóstico de psicopatia é necessária uma avaliação semiológica. Toma – se conhecimento da história de vida do individuo e de possíveis fatores que podem estar relacionados ao desenvolvimento da doença , verificando a existência de padrão anormal de conduta ao longo de sua história de vida. 
Não existe um diagnóstico confiavel para o transtorno . Consequentemente deve ser avaliado por vários profissionais em conjunto e se possível acompanhado desde os primeiros sintomas anormais notados.
As características relacionadas aos TP manifestam-se em circunstâncias específicas, quando as situações vivenciadas pelo sujeito assumem um significado tal que despertam reações peculiares que, por sua vez, expressam a dinâmica psíquica latente. Essa disposição, entretanto, pode interferir de modo mais ou menos intenso na dinâmica subjetiva e também nas diversas modalidades de relacionamento interpessoal.
Escala de Robert Hare
A escala de Robert Hare é um checklist de verificação para psicopatia, também chamada de Escala de Hare. No teste, um clínico entrevista um potencial psicopata e o classifica em 20 critérios, como “comportamento sexual promíscuo” ou “impulsividade”. Em cada critério, o sujeito é classificado em uma escala de 3 pontos: (0 = item não se aplica, 1 = item se aplica um pouco, 2 = item definitivamente se aplica). As pontuações são somadas para criar uma classificação de zero a 40. Qualquer um que obtém 30 pontos ou mais é provavelmente um psicopata.
Em 1991 Hare criou o método de avaliação para diagnosticar os graus de psicopatia de uma pessoa e identificou os critérios hoje universalmente aceitos para diagnosticar os portadores desse transtorno de personalidade. O instrumento pondera traços de personalidade prototípicos de psicopatia. Ele foi projetado para avaliar de maneira segura e objetiva o grau de periculosidade e de adaptação à vida comunitária de condenados, e os países que o instituíram apresentaram considerável índice de redução da reincidência criminal. Apenas no ano 2000 Escala Hare PCL-R (Psycopathy Checklist Revised) foi traduzida e validada no Brasil.
 
 
CARACTERÍSTICAS 
 
Dentre as características principais dos portadores do transtorno psicossociais , as 
que têm mais evidências são: listadas por Cleckley (1941/1976)
1) Charme superficial e boa inteligência; 
2) Ausência de delírios e outros sinais de pensamento irracional; 
3) Ausência de nervosismo e manifestações psiconeuróticas; 
4) Não-confiabilidade; 
5) Tendência à mentira e insinceridade; 
6) Falta de remorso ou vergonha; 
7) Comportamento anti-social inadequadamente motivado; 
8) Juízo empobrecido e falha em aprender com a experiência; 
9) Egocentrismo patológico e incapacidade para amar; 
10) Pobreza generalizada em termos de reações afetivas; 
11) Perda específica de insight; 
12) Falta de reciprocidade nas relações interpessoais; 
13) Comportamento fantasioso e não-convidativo sob influência de álcool e às vezes sem tal influência; 
14) Ameaças de suicídio raramente levadas a cabo; 
15) Vida sexual impessoal, trivial e pobremente integrada; 
16) Falha em seguir um plano de vida.
TRATAMENTO 
 Segundo Davison, os princípios do tratamento são os mesmos de qualquer condição crônica. Em outras palavras, as condições básicas não podem ser mudadas, mas tenta-se um alívio da sintomatologia. O lítio pode ser útil no tratamento de comportamento agressivo e os anticonvulsivantes, como o topiramato, podem aliviar sintomas de instabilidade de humor, irritabilidade e impulsividade. Antipsicóticos podem ser eficazes no controle de sintomas dessa natureza por vezes exibidos por pacientes borderline. Antidepressivos inibidores seletivos da recaptação da serotonina podem ser úteis em pacientes também borderline. Por outro lado, benzo-diazepínicos, usados em outros tipos de transtornos de personalidade, como o paranóide ou o histriônico, devem ser evitados em transtorno anti-social, devido ao alto risco de abuso de substâncias por parte desses pacientes.
Diversos tipos de intervenção psicoterápica vêm sendo propostos. Os melhores resultados têm sido apontados por aqueles que têm por objetivo o tratamento de sintomas específicos, e a terapia comportamental dialética vem recebendo um reconhecimento internacional de sua eficácia em TP. A terapia cognitivo-comportamental pode ser útil, mas poucos estudos têm dedicado atenção a essa modalidade terapêutica aplicada a TP.
No entanto, Berry et al., em um estudo com 48 casos de indivíduos considerados psicopatas, encontraram somente 21 pacientes (44%) que foram considerados como não responsivos ao tratamento, após um ano de tentativa. Esses autores sugerem uma associação entre a resposta terapêutica negativa e os seguintes fatores: antecedentes prisionais predominando sobre os hospitalares; não aceitação prévia em realizar tratamento psiquiátrico e falta de resposta ao mesmo; crime no qual a vítima era desconhecida pelo paciente; e baixo nível de motivação para o tratamento.
 
 
 
 
CONCLUSÃO 
O transtorno psiquiátrico acomete desde a infância, apesar do diagnóstico ser possível a comprovoção apenas aos 18 anos, os sintomas são decorrentes de toda a vida e podem ser manifestos em qualquer idade, e haver agravação até os 30 anos, que é a faixa etária que a personalidade limita- se a definir. 
Tem como características: a dificuldade com convívio social, ataques violentos contra indivíduos, egocentrismo, convivência familiar reclusa, entre outros. 
Por não haver uma causa etiológica definida, o tratamento se resume ao acompanhamento em tempo integral ao individuo, semanalmente a profissionais especializados na área que encontraram maneiras de controlar a sintomatologia e o uso de medicamentos responsáveis em manter o individuo tranquilo. 
É notável o quanto uma doença comum e presente se faz tão pouco abordada na sociedade e em déficit literário , não se obtendo respostas certas sobre as situações decorrentes dentro do quadro da patologia.
Com o presente trabalho,foi possível conhecer e entender que os indivíduos nascem com pressuposições da psicopatia em relação ao material carregado pelos pais como a personalidade que pode ser moldada até uma idade limite, e que sim a psicopatia pode ser observada nos dois primeiros anos de vida e já ser realizado o acompanhamento, mais a constatação da doença só será afirmada aos 18 anos, caso diágnostico tenha sido realizado desde a infância o individuo possui menos riscos de agravar o transtorno e ser tornar o que por muitos anos foram nomeados como demônios, assassinos e outras nomenclaturas sem consentimentos.
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
REFERÊNCIAS
 Pinel, P. (2007). Tratado médico-filosófico sobre a alienação mental ou mania (J.A. Galli, Trad.). Porto Alegre: Editora da UFRGS. (Original publicado em 1801) 
https://brasil.elpais.com/brasil/2018/11/30/ciencia/1543569544_605909.html
SEVALHO, Gil. Uma abordagem histórica das representações sociais de saúde e doença. Cadernos de Saúde Pública, Rio de Janeiro-RJ, v. 9, n. 3, p. 349-363, jul.-set./1993.
ZATTA, Melissa. A capacidade penal dos agentes diagnosticados com psicopatia: estudo sobre a possibilidade da definição de semi-imputabilidade sob o enfoque psicológico-jurídico. 80 f. Monografia (Bacharelado em Direito). Criciúma-SC: Universidade do Extremo Sul Catarinense, 2014.
GOMES, Anna Luiza Castro. A reforma psiquiátrica como no contexto do Movimento de Luta Antimanicomial em João Pessoa-PB. 263 f. Tese (Doutorado em Ciências na área de Saúde Pública). Rio de Janeiro-RJ: Escola Nacional de Saúde Pública Sérgio Arouca, 2013
 
 Organização Mundial de Saúde. Classificação de transtornos mentais e de comportamento da CID-10: descrições clínicas e diretrizes diagnósticas. Porto Alegre: Artmed, 1993.     
Livro: Diagnostic and Statistical Manual of Mental Disorders (DSM), edição 5, publicada pela Associação Psiquiátrica Americana, The Mask of Sanity, de Hervey M. Cleckley, e A Critical Analysis of the ... 
SILVA, Giselly Lucy Souza. A doença mental e a reforma psiquiátrica representada por profissionais de saúde. 122 f. Dissertação (Mestrado em Psicologia Social). João Pessoa-PB: UFPB, 2014
SILVA, Roseilda Maria da. Veredas da loucura: incursões no cotidiano de usuários na Estratégia Saúde da Família numa comunidade de Campina Grande-PB. 143 f. Dissertação (Mestrado em Ciências Sociais). Campina Grande-PB: UFCG, 2012.
OLIVEIRA, Alexandra Carvalho Lopes de. A responsabilidade penal dos psicopatas. 101 f. Monografia (Bacharelado em Direito). Rio de Janeiro-RJ: PUC-RJ, 2012.
Without Conscience, de Robert Hare, The Guilford Press, 1993.
Artigo atualizado em: 29/10/2019
Cleckley, H.M. (1941/1976). The Mask of Sanity. 5th ed. Versão digital acessada em 19 de junho de 2008, de www.cassiopaea.org/cass/sanity_1.PdF 
 Berry A, Duggan C, Emmet L. The treatability of psychopathic disorder: how clinicians decide. J Forensic Psychiatry. 1999;10(3):710-9. 
 Davison S. Principles of managing patients with personality disorder. Advan Psychiatr Treatment. 2002;8:1-9.

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