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Semiologia e Anamnese Farmacêutica ● Semiologia → é a aplicação dos conhecimentos previamente adquiridos, a fim de resolver distúrbios menores relacionados à farmacoterapia. ● Anamnese → caracterizada como uma entrevista minuciosa, a fim de coletar informações importantes do paciente como os sinais e sintomas, e avaliar se os são maiores ou menores para saber como prosseguir. ● Sinais → algo objetivo que você consegue medir, perceber e quantificar (sinais vitais - frequência cardíaca, pressão arterial, frequência respiratória, temperatura, dor, edema, tosse) ● Sintomas → algo subjetivo, relatos do paciente de como ele está se sentindo. ➔ Sintomas menores → podem ser resolvidos na atenção primária, já que essa só atende condições menores como doenças autolimitadas (início, meio e fim de curta duração) ➔ Sintomas maiores→ não podem ser resolvidos na atenção primária e devem ser devidamente encaminhados ao nível/ profissional adequado. Anamnese → entrevista minuciosa ● Na anamnese são obtidas informações importantes do paciente que devem ser relatadas de acordo com o que o paciente disse. ● Com a anamnese temos o objetivo de realizar a avaliação do paciente → a avaliação é baseada em dois pilares, a queixa principal e a história da moléstia atual (HMA). ➔ Queixa principal → quais são os sintomas apresentados pelo paciente, é de suma importância pois pode levar ao descobrimento de outros problemas. ➔ História da moléstia atual (HMA) → a moléstia normalmente tem relação com a queixa principal do paciente, deve ser bem detalhada e seguir a ordem cronológica para que se conheça melhor a história da doença. ● Durante a entrevista farmacêutica é importante coletar também a história da moléstia pregressa (HMP) → são informações do passado do paciente, como doenças prévias, que podem ou não ter relação com a moléstia atual. Sinais Vitais → são medidas objetivas, que fornecem dados fisiológicos que indicam o estado de saúde do paciente, além de evidenciar funcionamento e alterações da função corporal. ● Pressão Arterial → é uma relação entre a pressão sistólica (PS) e a pressão diastólica (PD). Pressão normal 120 x 80 mmHg Pré - hipertensão PS entre 120 e 129 ou PD < 80 mmHg Hipertensão estágio 1 PS entre 130 e 139 ou PD entre 80 e 89 mmHg Hipertensão estágio 2 PS > 140 ou PD > 90 mmHg Crise Hipertensiva PS > 180 ou PD > 110 mmHg ● Frequência cardíaca → número de pulsações periféricas palpadas por minuto, pode ser aferida por batimentos ou por palpação nas grandes artérias. ● Frequência respiratória → reflete o estado metabólico do corpo e a condição do diafragma e dos músculos do tórax, fornecendo O2 ao trato respiratório e aos alvéolos. ● Temperatura → medida com utilização de termômetro digital ● Dor → A dor do paciente também deve ser avaliada, por mais que seja um sintoma (algo relatado pelo paciente) existem as Escalas Visuais Analógicas (EVA) que representam a intensidade da dor. Exame Físico → O exame físico explicita a história e os sintomas do paciente, ajudando a completar os dados obtidos previamente na anamnese. ● Inspeção → observação do paciente como um todo, observar expressões faciais, alterações posturais, edemas, movimentos involuntários. Exames Complementares → O farmacêutico quando apto poderá complementar os dados com informações de exames adicionais, como RX, hemograma, ultrassonografia. Avaliação da farmacoterapia → A escolha da terapia farmacológica, após toda a anamnese e avaliação prévia, deve atender a alguns critérios como, a necessidade, os problemas de saúde do paciente, a efetividade e a segurança dos medicamentos, características do paciente, presença de situações especiais e precauções. Semiologia Farmacêutica → é a aplicação dos conhecimentos previamente adquiridos, a fim de resolver distúrbios menores relacionados à farmacoterapia. ● Dados Objetivos → mensuráveis e observáveis - sinais ● Dados Subjetivos → não podem ser medidos diretamente, nem sempre são exatos e reprodutíveis, são em sua maioria, coletados diretamente do paciente - sintomas Conceitos ● Necessidades de saúde → são necessidades biológicas, psicológicas e sociais. Incluem, boas condições de vida, acesso e utilização das tecnologias de atenção à saúde, desenvolvimento e autonomia do paciente. ● Problema de saúde → qualquer queixa, observação ou evento percebido como desvio da normalidade que já afetou, afeta ou poderá afetar a capacidade funcional do paciente. ● Propedêutica e semiogênese → consiste em conhecer e buscar os sinais e sintomas, compreender sua gênese (origem), aprender a coletar os dados da anamnese e do exame físico para a avaliação das necessidades de saúde do paciente. Raciocínio Clínico ● Trata-se de todo o processo do atendimento e acompanhamento do paciente ● Começa na escuta ativa as queixas → passa pela anamnese (buscando histórico do paciente, como necessidades e problemas de saúde) → elaboração de uma plano de cuidado (pode ou não envolver tratamento medicamentoso) → avaliação dos resultados obtidos com o plano de cuidado ● Tudo deve sempre estar relatado no prontuário do paciente ● Em todas as etapas o farmacêutico pode, de acordo com os sinais e sintomas do paciente, arquivar o receituário ou realizar o encaminhamento do paciente. Seguimento Farmacoterapêutico → tem como objetivo detectar problemas relacionados com medicamentos que busca detectar, prevenir e resolver esses problemas. O Seguimento Farmacoterapêutico permite ao farmacêutico aplicar os seus conhecimentos sobre problemas de saúde e medicamentos, com o objetivo de atingir resultados concretos que melhorem a qualidade de vida dos seus doentes,resolvendo os resultados negativos associados à medicação. ● É definido o fornecimento responsável de medicamentos com o objetivo de atingir o resultado desejado, que levará a uma melhora na qualidade de vida do paciente . ● Método SOAP→ permite ordenar informações sobre o paciente em uma sequência lógica para rápida consulta (não possui um formulário específico). ● Método PWDT → avaliar as necessidades do paciente de acordo com os resultados terapêuticos obtidos com os medicamentos (aumenta o tempo de encontro com o paciente). ● Método TOM → avaliar os resultados terapêuticos (voltado para doenças específicas, o paciente deve ser considerado como um todo). ● Método Dader → identificar e resolver os possíveis resultados negativos associados à medicação (documentação extensa e complexa). Prescrição Farmacêutica → atribuição clínica do farmacêutico, onde são realizadas recomendações ao paciente que vão desde a seleção de opções terapêuticas até a oferta de serviços farmacêuticos e ou encaminhamento a outros profissionais ou serviços de saúde. ● Configura uma seleção e documentação de tratamentos não farmacológicos ou farmacológicos visando a proteção ou recuperação da saúde do paciente. ● A prática é regulamentada pela RDC 585 ● O farmacêutico poderá realizar de forma independente a prescrição de medicamentos cuja dispensação não exija prescrição médica → MIPS medicamentos isentos de prescrição médica ● Deve ser escrita sempre por extenso, com informações claras e padronizadas. Medicamentos Isentos de Prescrição → Os mips são medicamentos aprovados pelas autoridades sanitárias para tratar sintomas e males menores, que podem ser adquiridos sem prescrição médica. ● Para serem classificados como MIPS → indicados para tratamento de doenças não graves, reações adversas devem ser conhecidas, uso por um curto período de tempo, fácil manejo pelo paciente, baixo potencial de risco e não pode gerar dependência. ● RDC 138 → Lista de Grupos e Indicações Terapêuticas Especificadas (Gite), que pode ser usada para se basear na hora de prescrever. ● O Gite foi baseado em critérios como o índice terapêutico, toxicidade, legislações internacionais e a lista de medicamentos essenciais (RENAME). Algoritmos de prática clínica → são protocolos clínicos que retratam o fluxo principaldo atendimento. ● São ferramentas que podem ser utilizadas para guiar a anamnese. ● Foram desenhados de acordo com os sinais e sintomas referentes a transtornos autolimitados e direcionam a avaliação do profissional da saúde. ● O algoritmo vai ser a base da anamnese e do plano de cuidado que o profissional irá promover ao paciente. ● Exemplo: Algoritmo de espirro e congestão nasal, Algoritmo de dor de garganta, Algoritmo de dor na lombar. Resolução 585 → regulamenta as atribuições clínicas do farmacêutico, por definição, constituem os direitos e responsabilidades desse profissional. Resolução 586 → regulamenta a prescrição farmacêutica.
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