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49
ENSINO BASICO E FUNDAMENTAL E EDUCAÇÃO ESPECIAL
 
1 INTRODUÇÃO
O presente trabalho de conclusão de estágio adentra as práticas pedagógicas tanto nas áreas do ensino infantil, quanto do ensino fundamental e adentra aos desafios da inclusão de alunos com necessidades especiais, em especial ao processo de inclusão destes alunos no ensino regular. 
Para o desenvolvimento buscou-se verificar sobre os temas que envolvem o ensino infantil, ensino fundamental, leis que envolvem a inclusão de crianças com necessidades especiais dentro das escolas de ensino regulamentar e se é possível desenvolver uma prática pedagógica de qualidade, tendo em vista as inúmeras dificuldades encontradas ainda para a inclusão, sendo que esta deve propiciar aprendizagem e incluir de forma real e integral as crianças com deficiência nas escolas de ensino tanto públicas quanto privadas 
Justifica-se a escolha deste material pois ainda se tem bastante dificuldade de entender como funciona o processo de inclusão de portadores de deficiência na rede regular de ensino, posto que ainda se vive em uma sociedade que necessita de forma urgente vencer preconceitos, e sobretudo rever valores e buscar alternativas para se efetivar uma educação que seja realmente para todos. 
É necessário e fundamental que se verifique se existem condições de aprendizagem em todas as áreas de ensino, sobretudo com a mudança ocorrida no ensino fundamental que passou de 08 para 09 anos, com a criança adentrando a este com 06 anos, se realmente a atendimento apropriado que desenvolva de forma integral todo o potencial e habilidade de todas as crianças matriculadas no ensino regular, especial ou não, e sobretudo se a inclusão propicia realmente a aprendizagem para o aluno com necessidade especial. 
É notório que a Constituição de 1988 reformulou e foi um marco para as escolas em especial de ensino infantil, sendo que este ensino passou a ser dever do Estado, sendo então que a educação infantil parte de direitos fundamentais adquiridos das crianças. Com a Lei de Inclusão abriu-se novas portas no ensino para as crianças com deficiência, também se encontraram inúmeros obstáculos para essa efetivação desde a área financeira até a mão de obra de pessoas especializadas, sendo que as instituições de ensino precisaram ser remodeladas e adaptadas para reconhecerem as singularidades de todas as crianças ali inseridas.
Nesse sentido, o objetivo do presente trabalho é o de investigar, por meio de pesquisa bibliográfica o ensino infantil e fundamental, a inserção da criança com necessidades especiais no ensino regulamentar e todas as leis que envolvem este processo para realmente se ter um ensino de qualidade para todos. 
2 OBJETIVOS
 
2.1 OBJETIVO GERAL
O objetivo geral dessa pesquisa é investigar, o ensino infantil e as mudanças do ensino fundamental, entender a inserção do aluno com deficiência dentro da escola de ensino regulamentar, verificar as leis internacionais, nacionais e estaduais que dão suporte para esta inserção, entendendo o papel do professor e verificando os demais profissionais que auxiliam ao professor quando necessário
2.1.2 Objetivos específicos
- Analisar as situações do currículo base da educação infantil e do ensino fundamental catarinense; 
- Realizar um levantamento bibliográfico sobre a educação infantil o ensino fundamental e a educação inclusiva; 
- Descrever e relacionar as leis que efetivar direitos das crianças na educação infantil, - Refletir sobre o ensino fundamental e a mudança de 08 para 09 anos e suas proporções
- Analisar sobre as Leis que fundamentam a educação especial; 
- Refletir sobre dos profissionais envolvidos na educação especial e que auxiliam ao professor dentro da sala de aula e estão à disposição escola; 
3 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
Neste capítulo, será disposta a fundamentação teoria que baseia o presente estudo.
3.1 CURRÍCULO BASE DA EDUCAÇÃO INFANTIL E DO ENSINO FUNDAMENTAL DO TERRITÓRIO CATARINENSE – CTC
O Currículo Base da Educação Infantil e do Ensino Fundamental do Território Catarinense - BCC (2019), foi desenvolvido e baseado na Base Nacional Comum Curricular (2017), sendo utilizado como referência para proporcionar aos estudantes, um currículo unificado e voltado para a educação estadual, este surgiu através de um trabalho coletivo, que tem a finalidade de amplificar a qualificação da Educação em odo o território catarinense (SANTA CATARINA, 2019). Documento este fundamentado na Base Nacional Comum Curricular de 2017 também na Proposta Curricular de Santa Catarina de 2014. 
Percebe-se que a base da Base Catarinense foi fortemente influenciada pela Proposta Curricular de Santa Catarina, este objetiva a formação integral dos estudantes catarinenses, proporcionando a estes a melhora no que se refere aos procedimentos de ensino-aprendizagem, discorre o Currículo Base da Educação Infantil e do Ensino Fundamental do Território Catarinense (2019, p. 12) que: 
nessa perspectiva, o “Currículo Base da Educação Infantil e do Ensino Fundamental do Território Catarinense” assume e alicerça-se no princípio da educação integral, por entender que, por meio dela, promover-se-á uma formação que visa a cidadania, a emancipação e a liberdade como processos ativos e críticos que possibilitam ao estudante o pleno desenvolvimento e a apropriação do conhecimento e da cultura historicamente construídos, bem como o protagonismo de seu percurso formativo. Compreende, ainda, que a educação é o meio pelo qual se busca promover qualidade de vida, racionalidade, desenvolvimento da sensibilidade, desenvolvimento econômico e sustentabilidade ambiental, bem como a compreensão entre os seres humanos e a sociabilidade, em suma, o bem-estar social.
O Currículo Base da Educação Infantil e do Ensino Fundamental do Território Catarinense (2019) acompanha as ideias que a Proposta Curricular de Santa Catarina, faz uso para fundamentar a educação estadual, visando a formação integral do estudante. 
Santa Catarina (2019) entende que o Currículo Base da Educação Infantil e do Ensino Fundamental do Território Catarinense tem um histórico em sua formação de dois anos, sendo que na elaboração do documento foi ouvido os professores atuantes na rede estadual e municipal do estado catarinense, sendo então fixada uma Proposta Curricular com maior flexibilidade, que respeita os profissionais que estão dentro da sala de aula todos os dias, objetivando e visando o progresso dos alunos que estão inseridos dentro de instituições públicas. 
	Santa Catarina (2019) alega que a expectativa com a elaboração do currículo base catarinense é que os municípios consigam entender a trajetória das mais diversas etapas diferenciadas e os componentes que são utilizados no procedimento de ensino-aprendizagem construam um currículo municipal próprio e distinto dos demais, este voltado para evolução de indivíduos críticos e que construam um sociedade diferenciada, garantindo desta forma a autonomia do estudante. 
Dispõe o Currículo Base da Educação Infantil e do Ensino Fundamental do Território Catarinense (SANTA CATARINA, 2019, p. 12) que:
nessa direção, o currículo base parte do princípio de que a democracia, o estímulo ao desenvolvimento do sujeito, a difusão e o incremento do conhecimento e da cultura em geral, a inserção dos sujeitos no mundo, constituem fins e objetivos que dão sentido à educação. 
Observa-se que o Currículo Base da Educação Infantil e do Ensino Fundamental do Território Catarinense tem em sua essência o conceito da formação integral do homem, voltado para uma forma de ensino-aprendizagem que seja constante na elaboração da aprendizagem.
A Base Nacional Comum Curricular (BRASIL, 2017) se fundamenta na teoria de habilidades e competências e habilidades, estes baseados nas leis da LDB que em seu Art. 36: 
o currículo do ensino médio será composto pela Base Nacional Comum Curricular e por itinerários formativos, que deverão ser organizados por meio da oferta de diferentes arranjos curriculares, conforme a relevância para o contexto local e a possibilidadedos sistemas de ensino, a saber: (Redação dada pela Lei nº 13.415, de 2017 (BRASIL, 1996).
Por meio da Lei garante-se a Base Nacional Comum Curricular que esta possa produzir um currículo que se baseie em competências e habilidades. Neste sentido a Lei nº 9.394/1996, nos arts. 22, 23, 3 24 trata das respectivas competências e habilidades, sendo que está será feita conforme os critérios determinado em cada sistema de ensino conforme dispôs a seguir: 
 
Art. 22. A educação básica tem por finalidades desenvolver o educando, assegurar-lhe a formação comum indispensável para o exercício da cidadania e fornecer-lhe meios para progredir no trabalho e em estudos posteriores.
Art. 23. A educação básica poderá organizar-se em séries anuais, períodos semestrais, ciclos, alternância regular de períodos de estudos, grupos não-seriados, com base na idade, na competência e em outros critérios, ou por forma diversa de organização, sempre que o interesse do processo de aprendizagem assim o recomendar.
§ 1º A escola poderá reclassificar os alunos, inclusive quando se tratar de transferências entre estabelecimentos situados no País e no exterior, tendo como base as normas curriculares gerais.
§ 2º O calendário escolar deverá adequar-se às peculiaridades locais, inclusive climáticas e econômicas, a critério do respectivo sistema de ensino, sem com isso reduzir o número de horas letivas previsto nesta Lei.
Art. 24. A educação básica, nos níveis fundamental e médio, será organizada de acordo com as seguintes regras comuns:
I - a carga horária mínima anual será de oitocentas horas para o ensino fundamental e para o ensino médio, distribuídas por um mínimo de duzentos dias de efetivo trabalho escolar, excluído o tempo reservado aos exames finais, quando houver;            (Redação dada pela Lei nº 13.415, de 2017)
II - a classificação em qualquer série ou etapa, exceto a primeira do ensino fundamental, pode ser feita:
a) por promoção, para alunos que cursaram, com aproveitamento, a série ou fase anterior, na própria escola;
b) por transferência, para candidatos procedentes de outras escolas;
c) independentemente de escolarização anterior, mediante avaliação feita pela escola, que defina o grau de desenvolvimento e experiência do candidato e permita sua inscrição na série ou etapa adequada, conforme regulamentação do respectivo sistema de ensino;
III - nos estabelecimentos que adotam a progressão regular por série, o regimento escolar pode admitir formas de progressão parcial, desde que preservada a seqüência do currículo, observadas as normas do respectivo sistema de ensino;
IV - poderão organizar-se classes, ou turmas, com alunos de séries distintas, com níveis equivalentes de adiantamento na matéria, para o ensino de línguas estrangeiras, artes, ou outros componentes curriculares;
V - a verificação do rendimento escolar observará os seguintes critérios:
a) avaliação contínua e cumulativa do desempenho do aluno, com prevalência dos aspectos qualitativos sobre os quantitativos e dos resultados ao longo do período sobre os de eventuais provas finais;
b) possibilidade de aceleração de estudos para alunos com atraso escolar;
c) possibilidade de avanço nos cursos e nas séries mediante verificação do aprendizado;
d) aproveitamento de estudos concluídos com êxito;
e) obrigatoriedade de estudos de recuperação, de preferência paralelos ao período letivo, para os casos de baixo rendimento escolar, a serem disciplinados pelas instituições de ensino em seus regimentos;
VI - o controle de freqüência fica a cargo da escola, conforme o disposto no seu regimento e nas normas do respectivo sistema de ensino, exigida a freqüência mínima de setenta e cinco por cento do total de horas letivas para aprovação;
VII - cabe a cada instituição de ensino expedir históricos escolares, declarações de conclusão de série e diplomas ou certificados de conclusão de cursos, com as especificações cabíveis.
§ 1º  A carga horária mínima anual de que trata o inciso I do caput deverá ser ampliada de forma progressiva, no ensino médio, para mil e quatrocentas horas, devendo os sistemas de ensino oferecer, no prazo máximo de cinco anos, pelo menos mil horas anuais de carga horária, a partir de 2 de março de 2017.           (Incluído pela Lei nº 13.415, de 2017)
§ 2o  Os sistemas de ensino disporão sobre a oferta de educação de jovens e adultos e de ensino noturno regular, adequado às condições do educando, conforme o inciso VI do art. 4o.           (Incluído pela Lei nº 13.415, de 2017)
Segundo a Base Nacional Comum Curricular (BRASIL, 2017) “ao adotar esse enfoque, a BNCC indica que as decisões pedagógicas devem estar orientadas para o desenvolvimento de competências”. 
No entendimento Perrenoud (1999), a concepção de competência, surgiu com o objetivo de auxiliar as exigências que envolvem o campo profissional, e posteriormente voltou para a área da educação. 
Para Zabala e Arnau (2010), este programa aconteceu de forma rápida, e causou diversas opiniões que divergem, no que se refere a utilização de competências e habilidades votados para o ensino-aprendizagem, esta passa a ser utilizada objetivando a superação do ensino que é voltado para a memorização. 
Na visão de Silva e Felicetti (2014) no termo que se refere a habilidade é uma característica de ser hábil, autores alegam ainda que para se desenvolver as habilidade de cada pessoa é necessário se desenvolver as competências também, desenvolver as mesmas é possível pelos conhecimento precedentes dos alunos, objetivando resolver problemas e situações do dia a dia
Percebe-se que Currículo Base da Educação Infantil e do Ensino Fundamental do Território Catarinense foi fundamentado na Base Nacional e que está disposta em lei, e esta possui prerrogativas e competências gerais, bem como competências especifica que também são engloba a generalidade, contudo, está disposto que há competência que são de cada área de conhecimento, isso tudo voltado para o melhor para o professor e educando. 
3.1.1 Educação Infantil
É notório que a educação infantil tem papel importante no que se refere ao desenvolvimento das crianças, desenvolvimento este humano e social, desta forma este estudo objetiva analisar a questão da educação infantil no dia a dia da instituição de ensino.
O cuidado foi a base da educação infantil durante muito tempo e este estava ligado diretamente ao cotidiano do assistencialismo, a mudança no entendimento da infância e sua trajetória de luta e avanços que alavancaram inúmeras leis que permitem um olhar diferenciado sobre a criança atualmente, hoje as instituições possuem ampara legitimo para cuidar e educar as crianças de forma indissociável, onde os trabalhos podem ser desenvolvidos e direcionados para possibilitar a construção de um conhecimento, neste sentido BRASIL (1998, pág. 21) descreve a criança: “[...] como todo ser humano, é um ser social e histórico e faz parte de uma organização familiar que está inserida em uma sociedade, com uma determinada cultura, em um determinado momento histórico”.
Na visão de Bujes (2001, p. 13): 
Durante muito tempo, a educação da criança foi considerada uma responsabilidade das famílias ou do grupo social ao qual ela pertencia. Era junto aos adultos e outras crianças com os quais convivia que a criança aprendia a se tornar membro deste grupo, a participar das tradições que eram importantes para ela e a dominar os conhecimentos que eram necessários para a sua sobrevivência material e para enfrentar as exigências da vida adulta. Por um bom período na história da humanidade, não houve nenhuma instituição responsável por compartilhar esta responsabilidade pela criança com seus pais e com a comunidade da quais estes faziam parte. Isso nos permite dizer que a educação infantil, como nós a conhecemos hoje, realizada de forma complementar a família, é um fato muito recente
Muitos autores têm o entendimento de criança é somente um indivíduo oposto ao adulto, tendo em vista que este possui menos idade e uma menor maturidade. Contudo, isso não é um simples fato, tendoem vista que existem papeis diferenciados atribuídos diretamente as crianças e sempre devem ser levados em consideração, pois a inúmeros fatores econômicos, culturais e sociais que determinam esta definição do que é infância, não podendo se afirmar uma homogeneidade no que se refere a população infantil, posto que estaria se desvinculando da realidade.
Conforme descreve Kuhlmann Jr., (1998, p. 31):
[...] considerar a infância como uma condição da criança. O conjunto de experiências vividas por elas em diferentes lugares históricos, geográficos e sociais é muito mais do que uma representação dos adultos sobre esta fase da vida. É preciso conhecer as representações da infância e considerar as crianças concretas, localizá-las nas relações sociais, etc., reconhecê-las como produtoras da história. 
O entendimento de infância que se tem atualmente é uma visão que vem sendo construída de forma histórica, sendo possível perceber o contraste existente nos dias de hoje com alguns anos atras. A criança passou a ter destaque dentro da comunidade, bem diferente dos anos em que ela era praticamente invisível, tendo em vista que naquela época as crianças eram vistas como pequenos adultos e eram inibidas de viver em sociedade, não sendo percebidas suas peculiaridades e características próprias, neste sentido Craydi e Da Silva (2001, p. 14) discorrem que:
 
Cada época tem a sua maneira própria de considerar o que é ser criança e de caracterizar as mudanças que ocorrem com ela ao longo da infância. Nos últimos três ou quatro séculos, a criança passou a ter uma importância como nunca havia ocorrido antes e ela começou a ser descrita, estudada, a ter o seu desenvolvimento previsto, como se ele ocorresse sempre do mesmo jeito e na mesma sequência (de forma linear e progressiva). Uma série de transformações que estão ocorrendo hoje, nos modos de pensar a experiência humana, nos permite dizer que as descrições feitas pêlos psicólogos, por exemplo, de como se dá o desenvolvimento humano, nada mais são do que uma explicação entre muitas outras possíveis deste fenómeno. Portanto, a ideia de sujeito em formação e de como é vivida a experiência da infância podem variar de época para época (são históricas) e as escolhas que fazemos para dirigir este processo, também.
Com o aparecimento das primeiras escolas passou-se a considerar uma infância maior e mais longa, não finalizando quando se andava ou falava igual aos adultos, sendo que as crianças eram tratadas como adultos em miniatura,, com esta nova fase escolar foram percebidas diferenças cognitivas entre crianças e adultos, ressalta-se que nesta época o sentimento de infância era voltado para o lado assistencial conforme destaca Kramer (1984, p. 18): 
O sentimento moderno de infância corresponde a duas atitudes contraditórias que caracterizam o comportamento dos adultos até os dias de hoje: uma considera a criança ingênua, inocente e graciosa e é traduzida pela paparicação dos adultos; e outra surge simultaneamente à primeira, mas se contrapõem a ela, tomando a criança como um ser imperfeito e incompleto, que necessita de moralização e da educação feita pelo adulto. 
Outro ponto importante sobre a socialização que a criança vivenciava dentro de sua casa em seus primeiros anos, esta aprendia a cultura materna e depois dentro da escola conhecia realidades diferentes do seu cotidiano familiar conforme destaca Ferreira (2000, p. 13): 
[...] a Sociologia da família, ao privilegiar a socialização das crianças pequenas, sobrevalorizando as questões que se prendem com as aprendizagens básicas centradas em torno da relação mãe-filho, tem-nas construído como uma idade associal, de espera e dependência, circunscrita a um período de vida que se entende desde o nascimento até à entrada para a escola primária (0-6 anos). Mas se deduz, a partir dos contributos da Sociologia da família que a infância começa com o nascimento, ela não acaba aos 6 anos, ficando, ausentes as idades que se seguem [...]. 
No entendimento de Ferreira (2000), a família proporciona os primeiros ensinamentos ainda quando as crianças são dependentes, sendo que este período de dependência por muitas vezes passa de quando a criança é inserida em uma instituição escolar, sendo que na visão do autor a escola organizam orienta e molda os outros tempos da criança, sendo o local onde se promove a socialização secundária e assiste-se o processo de escolarização da criança, sendo o local que se processa a triologia leitura, escrita e cálculo, sendo esta triologia o fundamento para a cultura letrada. 
	A educação infantil historicamente se tornou uma instituição educacional, sendo que percebemos estas características por meio da história e do cotidiano, inúmeros são os elementos fundamentais que estão envoltos diariamente na educação infantil, ações e vivencias se transformaram com o passar dos anos, neste contexto, a educação infantil formou características diferenciadas, conforme destaca 
Kuhlmann Jr. (2003, p. 53):
Desde o século passado tornou-se recorrente atribuir às instituições de educação infantil a iminência de atingir a condição de educacionais — como se não houvesse sido até então. Muitas vezes, como forma de justificar novas propostas que, por sua vez, não chegavam a alterar significativamente as características próprias da concepção educacional assistencialista. 
Com o advento da Constituição de 1988 onde esta baseado os direitos fundamentais do ser humano, vieram novas visões sobre a educação infantil, sendo está um marco nesta área e trouxe inúmeras discussões no que se refere a definição e novas especifidades para as instituições de ensino infantil. Contudo, um longo caminho se percorreu até se chegar a essa nova forma de instituição, neste caminho surgiram inúmeros documentos que deram um novo e significativo olhar para a criança. O cuidar e o educar estão atrelados ao dia a dia das instituições, e as atividades planejadas auxilia no desenvolvimento da criança, pois se observa a sua individualidade e singularidade única. 
Como dispõe Pereira apud Tepedino (2012, p. 38): 
interposição de princípios constitucionais nas vicissitudes das situações jurídicas subjetivas está a significar uma alteração valorativa que modifica o pr prio conceito de ordem p blica, tendo a dignidade da pessoa humana o valor maior, posto no ápice do ordenamento. e a proteção aos valores existenciais configura momento culminante da nova ordem p blica instaurada pela Constituição, não poderá haver situação jurídica subjetiva que não esteja comprometida com a realização do programa constitucional.
O desenvolvimento humano é influenciado pelo processo de ensino aprendizagem, sendo que este processo se inicia ainda no ventre da mãe, e continua no decorrer da vida até o seu final, contudo na escola a criança aprende conteúdo voltados para a educação, ou seja, acadêmicos, recebendo influência direta deste meio. Sendo que inúmeras crianças têm dificultadas quando se trata de aprendizagem, ainda mais quando estão próximas do período de alfabetização, dificuldades estas que se relacionam diretamente com fatores como problemas neurológicos, estímulos precários e condições que podem ser emocionais ou físicas.
Cada criança tem o seu tempo para aprender, deve-se prestar atenção se a criança não sofre grandes cobranças do meio em que vive, posto que este fator interfere em seu desenvolvimento e essa passa a ter dificuldades de aprendizagem, percebendo aqui a importância e a função que a educação infantil tem, sendo nesta etapa que a criança deve ser estimulada e preparada para ser alfabetizada. 
A educação infantil é de suma importância e requer cuidados diferenciados, cuidados estes que devem vir da família através de seus pais ou responsáveis e da escola por meio dos professores, professores e coordenadores pedagógicos, sendo que os pais e responsáveis devem olhar atentamente para o instituição escolar, verificando como a criança esta sendo introduzida na triologia educacional, os coordenadores devem ser os responsáveis pelo projetopolítico pedagógico e os professores os alunos com um olhar voltado para o contexto em que estes vivem e se importar com a sua vivencia desde o nascimento, tendo em vista que este não pode ser considerado um ser que não tem conhecimento ainda, e sim um ser humano já com um história de vida, conforme destaca Kramer(1989, p.39): 
“sabemos, que é crucial o contexto de vida das crianças com quem trabalhamos para o processo de construção de um currículo. Entendemos também que uma compreensão mais aprofundada de quem são as crianças e de como constroem conhecimentos é obtida com a realização de cada trabalho e com o desenvolvimento de pesquisas relacionadas às crianças e aos fatores sociais e culturais que as influenciam na construção de seus conhecimentos”. 
Os objetivos da educação infantil devem estar voltados ao desenvolvimento da criança. Esse não pode ser somente o desenvolvimento físico, mas precisa ser formada a consciência crítica visando à autonomia dessa criança. Sabemos que no início da vida temos a capacidade de produzir todos os tipos de conhecimentos, dependendo do contexto em que seremos inseridos. Para Kramer (1989, p.39):
“... entendemos que há determinados parâmetros psicológicos que orientam o desenvolvimento de todas as crianças. Sabemos, por outro lado, que a situação sociocultural e as condições econômicas em que vivem as crianças, além do sexo e da etnia, exercem uma forte influência sobre elas e sobre os conhecimentos que constroem.” 
A educação infantil é a base da escolarização, e deve ser aproveitada diversas formas para se introduzir assuntos diversos e importantes no cotidiano da criança, tendo em vista que desde cedo esta convive com muitas formas de informação que são produzidas e interpretadas pelos adultos de sua convivência, e para que a criança entenda melhor sobre tudo isso dentro da sala de aula deve-se apresentar todos os materiais escritos possíveis.
	Assim a criança terá mais facilidade de aprender dentro da escola já no início de sua vida escolar, sendo que a educação infantil deve partir de uma proposta pedagógica que tenha como fundamento o respeito pelo contexto social em que a criança está inserida, deve-se valorizar o saber e o conhecimento que esta traz da escola.
	Os profissionais que trabalham com crianças devem se conscientizar que seu trabalho não envolve somente a preparação da criança para os anos inicias do ensino fundamental e sim para o resto da vida destas crianças, tendo em vista que é no período de 0 a 6 anos que se lança os fundamentos para as futuras aprendizagem da criança. 
3.1.2 Ensino Fundamental
Conforme a Lei 11.274 de 06 de fevereiro de 2006, passando a vigorar no início do ano de 2007, o Ensino Fundamental no Brasil passou a ter nove anos, esta nova série foi acrescida do ensino fundamental, e as crianças passaram a ingressar com 06 anos no ensino, sendo que Estados e Municípios tiveram até o ano de 2010 para se adaptarem a referida lei. 
 A ampliação que passou a vigorar em 2007 que fixou para nove anos a duração do Ensino Fundamental, sendo obrigatório que a criança inicie aos seis anos de idade, foi determinado pelo Plano Nacional de Educação (PNE) Lei Nº 172/2001, que dispõe das metas do Ensino Fundamental, traz em sua envergadura uma das necessidades principais sobre o que se refere aos procedimentos de alfabetização e a urgência de uma escola inclusiva. 
Inclusiva com o objetivo de melhorar as condições no que se refere a equidade e de qualidade da educação básica; também tem por objetivo estruturar um novo ensino fundamental onde visa o prosseguimento dos estudos das crianças, para que este alcance um nível de escolaridade mais alto, assim, assegurando-se que a criança ingresse mais cedo no sistema de ensino, para que estas tenham mais tempo para aprendizagem e alfabetização. Nesta nova política a o discurso de que com a promoção da criança em um período com maior convívio escolar estas terão melhores oportunidades de aprendizagem, atendendo assim a democratização na educação.
 Esta ampliação para nove anos referente ao ensino fundamental foi resultado de inúmeros debates, entre as inúmeras autoridades dos mais diferentes órgão do governo e se ampara nas seguintes Leis:
A Constituição da República Federativa do Brasil de 1988, dispõe em seu artigo 208 – referências aos atendimentos das creches com idade de 0 a 6 anos:
Art. 208. O dever do Estado com a educação será efetivado mediante a garantia de:
I - educação básica obrigatória e gratuita dos 4 (quatro) aos 17 (dezessete) anos de idade, assegurada inclusive sua oferta gratuita para todos os que a ela não tiveram acesso na idade própria;
II - progressiva universalização do ensino médio gratuito;         (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 14, de 1996)
III - atendimento educacional especializado aos portadores de deficiência, preferencialmente na rede regular de ensino;
IV - educação infantil, em creche e pré-escola, às crianças até 5 (cinco) anos de idade;       
- As alterações da LDBN 9.394/1996, com as promulgações das leis nº 10.172/2001, que estabelece o ensino fundamental de nove anos como meta da educação nacional.
Art. 1o Fica aprovado o Plano Nacional de Educação, constante do documento anexo, com duração de dez anos.
A Lei 11.274, que altera a LDB e amplia o Ensino Fundamental para nove anos de duração, com a inclusão das crianças de seis anos de idade e estabelece prazo de implementação, pelos sistemas, até 2010.
"Art. 32. O ensino fundamental obrigatório, com duração de 9 (nove) anos, gratuito na escola pública, iniciando-se aos 6 (seis) anos de idade, terá por objetivo a formação básica do cidadão, mediante:
"Art. 87 É instituída a Década da Educação, a iniciar-se um ano a partir da publicação desta Lei.
[...]
§ 2º O poder público deverá recensear os educandos no ensino fundamental, com especial atenção para o grupo de 6 (seis) a 14 (quatorze) anos de idade e de 15 (quinze) a 16 (dezesseis) anos de idade.
Com a implantação destas novas políticas públicas entendidas como direitos no ensino fundamental, busca-se reparar injustiças na sua história, tendo em vista que representa uma oportunidade de aumento de crianças na escola fundamental, sendo que as crianças de classe média alta já está inserido ensino sendo na pré escola ou no ensino fundamental.
	Destaca-se que esta política de implantação de nove anos, não restringe o tempo de duração de permanência na escola, contudo, determina o tempo de início para se adentrar a sala de aula, objetivando transformar a cultura e estrutura escolar que é reconhecida como anacrônica e ainda descontextualizada. A proposta objetiva com o ensino de nove anos que as crianças e adolescentes tornem-se efetivamente cidadãos.
	Quando se pensa na educação do ensino fundamental com nove anos, ve-se um novo pensamento ou paradigma para a educação, pois esta implica um olhar diferenciado para o sujeito, esta implantação significa mudar a escolar, e mudar a escola implica novos tempos e espaços, rompe-se com uma organização seriada, com currículos organizados, sendo que se deve implantar projetos culturais e artísticos no cotidiano da escola (PAGEL; NASCIMENTO 2006). 
	Para Pagel e Nascimento (2006) os professores e estudantes passam a ser o centro da proposta, sendo estes reconhecidos como sujeitos de diretos, que são situados e datados culturalmente, neste mesmo tempo, em que estes pertencem a uma cultura, deve-se considerar a individualidade de cada uma destes, assim sendo, curriculares novas e atualizadas.
	Ainda Pagel e Nascimento (2006) explicam que o Conselho Nacional de Educação, iniciou um novo processo de discussão para a elaboração destas novas diretrizes do ensino fundamental e de educação infantil, desta forma, gestores, professores e pessoas que fazem apoio a docência tem a tarefa de participar da elaboração dessas novas diretrizes junto ao conselho, tendo em vista que estas impactaram o sistema de ensino de forma direta, principalmente dentro da sala de aula.
	Continuando como entendimento de Pagel e Nascimento(2006) este momento viabiliza o que na teoria da política de ensino fundamental dispõe, a de produzir um nova forma de cultura escolar, sendo que esta deve assegurar acesso e também a permanência de todas as crianças em uma escola que oportunize o ensino e realmente ensine, assegurando as crianças o seu desenvolvimento pleno psicológico, físico, social, cognitivo e intelectual, sendo que este fato requer uma grande transformação de vai da metodologia a política de formação de educadores, entre outros itens pertinentes ao tema. 
Os autores alegam ainda que é necessário a elaboração de propostas curriculares inovadoras, coerente com as especificidades de uma criança de 6 anos, contudo, deve-se preocupar com as demais inseridas na instituição escolar seja ela de 07 anos ou 10 anos, sendo estas últimas são as que estão dispostas nos anos finais dessa primeira etapa de ensino.
	Uma das principais razões dessa ampliação é o de assegurar maior tempo de escolar para todas as crianças inseridas dentro do âmbito escolar, e uma das consequência desta ampliação é a ampliação da oportunidade de aprender, contudo, aqui se deve ressaltar que a aprendizagem não está ligada diretamente ao aumento de tempo na escola, mas si ao emprego de forma eficaz dentro da escola, sendo que a escola é o âmbito de práticas voltadas para o ensino e aprendizagem, sendo que a escola pode ou não se tornar um lócus de aprendizagem . (BRASIL, 2004).
	Esta ampliação do ensino fundamental para nove anos requer muitos diálogos e novas alternativa curriculares que condizem quem a faixa etária, impondo mudanças para na cultura e estrutura da instituição escolar, sendo que a proposta que esta disposta nos documentos norteadores redigido pelo Ministério da Educação é veemente ao afirmar que este política já implantada e em desenvolvimento, representa uma ruptura nos conceitos de educação e não somente a inserção orgânica de um pensamento construído anteriormente. 
	Atualmente um dos grandes problemas existentes e que se enfrenta é a falta de participação dos professores nos debates, sendo que muitos pensam sobre os nove anos da escola em um idéia pré-existente, como se fosse um quadro tradicional, não se construindo um novo sentido para esta, razão esta que leva muitos especialistas a serem contrários a esta implantação de nove anos para o ensino fundamental, neste sentido destaca Barbosa (2005, p. 17 ):
Colocar uma criança de seis anos sem experiência escolar numa escola tradicional como a nossa é uma violência. Sem uma proposta pedagógica clara, as crianças vão acabar sentadas na carteira copiando leitura da lousa... Não é só problema da alfabetização na primeira série. É uma questão de disciplina, de regras, de horários.
Ainda na visão de alguns especialistas, esta determinação que inclui crianças de 06 anos no ensino fundamental, está acompanhada de instruções mínimas de como será esta inserção, tampouco trás propostas sobre a formação inicial e continuada para professores, deixando explicito que ensinar uma criança de 07 ou uma criança de 06 é a mesma coisa conforme destaca Arroyo (2005, p. 36):
Só tem sentido uma criança no ensino fundamental se estiver preocupado com a totalidade do seu desenvolvimento. Não é para diminuir a repetência e aumentar a escolarização pura e simplesmente. É por respeito ao tempo da infância... Se for para manter a escola tradicional, conteudista, como é a nossa, eu não ampliaria em mais um ano. Não adianta colocar a criança que tem seis anos só para ela precocemente aprender a ler e escrever. Isso é escolarizar prematuramente uma criança a um sistema falho. 
Estas afirmações denotam a preocupação com a criança e com a questão da aprendizagem, tendo em vista que os professores ficaram ausentes nos debates que antecederam a implantação e a falta de acompanhamento durante o seu processo de implantação ficando inúmeros questionamentos quanto ao certo sobre se iniciar a escola aos 06 anos. Por outro lado, inúmeros especialistas defendem o ingresso da criança no ensino fundamental com esta idade, usando como referência dadas pelo Ministério da Educação, aqui pode-se citar Libâneo (2004) que ressalta a importância da escola como local necessário para a democratização intelectual e política da criança, principalmente na educação inclusiva, o autor defende que o ensino fundamental nesta novo cenário com nove anos irá cumprir a responsabilidade social, incluindo as crianças mais pobres dentro das instituições escolares.
Este pesquisador destaca ainda que esta inclusão com a criança com 06 anos resgata a dívida que a sociedade tem com as camadas mais pobres, que é acumulativa de anos, deixando fora da escola a população que mais necessita de ensino e educação e desta forma atualizar sua cultura e alfabetização.
No entendimento de inúmeros educadores que defendem este novo método de ensino são pautados pela necessidade de uma nova escola com urgência, tendo em vista que estes entendem que a escola deve orientar e ensinar as crianças e não somente demonstrar fatos conhecidos, indiferente que seja uma formação específica ou qualquer tipo de formação que seja ministrada, fato este que segundo o Ministério da Educação (Doc. 02) requer: 
planejamento e diretrizes norteadoras para o atendimento integral da criança em seu aspecto físico, psicológico, intelectual e social, além de metas para a expansão do atendimento, com garantia de qualidade. Essa qualidade implica assegurar um processo educativo respeitoso e construído com base nas múltiplas dimensões e na especificidade do tempo da infância, no qual fazem parte as crianças de sete e oito anos. 
	
Ressalta-se que o ensino fundamental é parte da educação básica e é obrigatória e responsabilidade de Estados e Municípios, havendo uma grande preocupação com a qualidade de ensino, sendo que é uma prestação de ensino que deve contemplar a todos que tenham o direito de aprendizagem.
	Conforme Mourão e Esteves (2013) os Parâmetros Curriculares do Ensino Fundamental traçaram diretrizes que se referem ao que deve ser desenvolvido pelos professores, diretrizes estas que tem por finalidade desenvolver juntos aos alunos competências norteadoras que esta modalidade de ensino espera que o aluno atinja ao final dos nove de idade.
Para Arroyo (2005), mantendo as instituições tradicionais e conteudistas, ampliar o ensino fundamental certamente não é a solução do problema que vem sendo enfrentado a tempos na educação, e sim uma escolarização prematura de um ensino que a muito tempo é falho, desta maneira, destaca o autor que é perceptível que se deve conhecer o perfil e necessidades aos 06 anos, que até então estava inserida na educação infantil ou se deve esperar mais um tempo para ingressar na escola. 
 Contudo, mesmo se sabendo sobre a importancia da educação básica, e a competência que a criança deve ter para alcançar esta etapa, muitos professores ainda não se preocupam em buscar uma didática e uma metodologia que realmente faça o aluno compreender o conteúdo que esta sendo passado.
3.1.3 Educação Especial na perspectiva da Educação Inclusiva
A Educação é assegurado pela Constituição da República Federativa do Brasil de 1988, sendo esta um direito social, desta forma é um dever do estado e da família. A Lei nº 9.394/96 dispõe as Diretrizes e Bases para Educação Nacional, destacando que a educação engloba todos os procedimentos de informação que envolvem família, convívio em sociedade, trabalho, nos locais de ensino e também pesquisa, nos movimentos sociais e nas manifestações culturais (BRASIL, 1996).
Nas Diretrizes e bases da educação nacional em seu Art. 58 (1996, p. 31) ficou estabelecido que a educação é assegurada para todos, incluindo as pessoas com necessidades especiais: “a educação especial como modalidade de educação escolar e precisa ser oferecida preferencialmente na rede regular de ensino para educando com necessidades especiais” 
Contudo, antes de adentrar ao tema deve-se entender o que é pessoa com necessidade especial, educação especial e educação inclusiva.Conforme a Lei 13.146 (2015) seu art. 2º, parágrafos e incisos que discorre sobre deficiência:
Art. 2º Considera-se pessoa com deficiência aquela que tem impedimento de longo prazo de natureza física, mental, intelectual ou sensorial, o qual, em interação com uma ou mais barreiras, pode obstruir sua participação plena e efetiva na sociedade em igualdade de condições com as demais pessoas.
§ 1º A avaliação da deficiência, quando necessária, será biopsicossocial, realizada por equipe multiprofissional e interdisciplinar e considerará:       (Vigência)
I - os impedimentos nas funções e nas estruturas do corpo;
II - os fatores socioambientais, psicológicos e pessoais;
III - a limitação no desempenho de atividades; e
IV - a restrição de participação.
No ensejo da educação especial, este está disposto na Lei de Diretrizes e Bases, nº 9394/96, em seu art. 58 e parágrafos e ainda o art. 59 e incisos: 
Artigo 58 - Entende-se por educação especial, para efeitos desta Lei, a modalidade de educação escolar, oferecida preferencialmente na rede regular de ensino, para educandos com necessidades especiais. 
§ 1º - Haverá, quando necessário, serviços de apoio especializado, na escola regular, para atender às peculiaridades da clientela de educação especial. 
§ 2º - O atendimento educacional será feito em classes, escolas ou serviços especializados, sempre que, em função das condições específicas dos alunos, não for possível a sua integração nas classes comuns de ensino regular. 
§ 3º - A oferta de educação especial, dever constitucional do Estado, tem início na faixa etária de zero a seis anos, durante a educação infantil”. 
Artigo 59 - Os sistemas de ensino assegurados aos educandos com necessidades especiais:
I - currículos, métodos, técnicas, recursos educativos e organização específicos, para atender às suas necessidades;
II - terminalidade específica para aqueles que não puderem atingir o nível exigido para a conclusão do ensino fundamental, em virtude de suas deficiências, e aceleração para concluir em menor tempo o programa escolar para os superdotados;
III - professores com especialização adequada em nível médio ou superior, para atendimento especializado, bem como professores do ensino regular capacitados para a integração desses educandos nas classes comuns;
IV - educação especial para o trabalho, visando a sua efetiva integração na vida em sociedade, inclusive condições adequadas para os que não revelarem capacidade de inserção no trabalho competitivo, mediante articulação com os órgãos oficiais afins, bem como para aqueles que apresentam uma habilidade superior nas áreas artística, intelectual ou psicomotora;
V - acesso igualitário aos benefícios dos programas sociais suplementares disponíveis para o respectivo nível do ensino regular.
No que se refere ao ensino inclusivo, na visão de Karagianis, Stainback e Stainback, (1999, p. 21). “o ensino inclusivo é a prática da inclusão de todos – independente de seu talento, deficiência, origem socioeconômica ou origem cultural – em escolas e salas de aula provedoras, onde todas as necessidades dos alunos são satisfeitas”. 
Em dados que foram levantados pela Organização das Nações Unidas – ONU constatou-se que aproximadamente um bilhão da população no mundo tem alguma deficiência relatório este feito em 2018. No que se refere ao Brasil a estimativa é de a aproximadamente 16 milhões de pessoas que portam alguma forma de necessidade especial. Este expressivo quantitativo levantamento feito ONU, deixou claro o quanto é relevante que as escolas de ensino e pesquisa devem ser inclusivas para que realmente valha a Legislações vigentes, sendo uma educação voltada para a assistência do portador de necessidades especiais, mas que tenha abrangência sobre os familiares (ONU, 2018).
Conforme discorre os Parâmetros Curriculares Nacionais o aprender dentro das escolas não pode contribuir somente para o conhecimento técnico, e sim para uma cultura que seja global e ampla, que venha a desenvolver formas para o esclarecimento de fatos naturais, que possibilite a compreensão de métodos e equipamentos no dia a dia social e profissional, bem como a articulação de um novo entendimento do mundo na forma natural e social (BRASIL, 1997). 
Afirmam Radmann e Pastoriza (2016) que quando se fala da educação inclusiva dentro do ensino regular deve-se desmitificar a ideia de que alunos com necessidades não entendem o tema das aulas. Os autores ressaltam, que as escolas no Brasil inserem os educandos que necessidades especiais dentro de uma sala de aula, contudo, ainda não se pode denominar de inclusão, tendo em vista que se sobressai o compartilhamento do espaço com os demais estudantes.
No entendimento de Santana (2005), os fundamentos teórico-metodológicos do que se refere a inclusão escolar está centralizada num entendimento de que a educação de qualidade é para todos, sendo baseada no respeito à diversidade dos estudantes. Desta forma, cada vez mais se reitera a importância de profissionais e professores, estes últimos de classe como para poderem atender as necessidades educacionais.
O autor alega ainda que com frequência, inúmeros professores que estão recém-formados não tem nenhuma vínculo com os alunos que são portadores de necessidades especiais, o que acaba acarretando vários problemas, sendo importante discussões voltadas para processo de ensino aprendizagem de formandos de graduação e pós-graduação para transformar essa falta de preparo e experiência no que se trata de alunos com necessidades especiais.
Hoje se tem a Lei Brasileira de Inclusão da Pessoa com Deficiência que se refere ao Estatuto da Pessoa com Deficiência, onde ficou disposto que é direito do portador de deficiências estar incluído dentro de escolas de ensino comum, sendo enfatizado pela Lei que as escolas devem promover bem como assegurar condições de igualdade, também o exercício dos direitos fundamentais e das liberdades, objetivando inclusão social e cidadã de todos os estudantes, sem exceções, inclusive o portador de alguma necessidade especial (ESTATUDO DA PESSOA COM DEFICIÊNCIA). 
Para Stainbak e Stainbak (1999) Inúmeros fatos contribuíram para o a aceitação e crescimento da educação inclusiva, sendo o fator fundamental o final da segunda grande guerra, tendo em vista que uma grande parte dos soldados que se feriram durante a referida guerra acabaram com algum tipo deficiência. Sendo que os governos acreditavam que após reabilitados estes homem poderiam voltar a produzir; desta forma, a sociedade em geral acreditou na capacidade intelectual das pessoas com que tinham alguma necessidade especial. 
Stainbak e Stainbak (1999) ainda esclarecem que somente no anos de 1975 nos Estados Unidos a Lei 94.142 acabou se tornando pública, está regia a educação inclusiva, que defendida a educação especial. Esta Lei foi o resultado de diversos movimentos sociais promovidos por pais e familiares de pessoas que tinham necessidades especiais, e que reivindicavam os direitos de seus entes com necessidades especiais o acesso às escolas de qualidades.
Estes movimentos contribuíram em muito para a inclusão e foi o que engrandeceu a preocupação com os princípios básicos bem como a sua defesa promovendo a aceitação total das pessoas portadoras de necessidades especiais. No entendimento de Stainbak e Stainbak (1999) estes movimentos feitos pela sociedade cresciam e muito na América do Norte, e acabaram ganhando muita força na Europa. De forma ampla estes movimentos a favor da inclusão priorizavam o reconhecimento da diversidade e ainda o multiculturalismo que são a essências do ser humano. 
Stainbak e Stainbak (1999) alegam que 1990 realizou-se o primeiro Congresso de educação, na cidade de Jamtien na Tailândia, o congresso teve como principal objetivo erradicar o analfabetismo e a globalização do ensino fundamental, onde forma estabelecidos compromissos oficiais dos Estados participantes perante toda a comunidade internacional. 
No ano de 1994, em Barcelona, na Espanha, foi realizada a Conferência Mundial sobre NecessidadesEducativas Especiais: acesso a qualidade. Nesta conferência estiveram presentes 92 países e 25 organizações internacionais (DECLARAÇAO DE SALAMANCA, 1994).
Conforme a Declaração de Salamanca (1994) houve uma mobilização dos profissionais com objetivo de propiciar a educação para todos os homens, este respeitando as mudanças fundamentais e políticas que são fundamentais para se desenvolver a Educação Inclusiva, sempre se olhando com um olhar sensível estas situações, e assim preparando as instituições escolares para estas poderem atender a sociedade como um todo, em especial portadores de necessidades especiais. 
Para Carvalho (1999) é sabido e se deve reconhecer que a proposta de educação inclusiva advém da declaração de Salamanca, tendo em vista que esta declaração proclamou que todos tem o direito à educação, contudo, a formulação e implantação de políticas relacionadas à inclusão e integração de pessoas com necessidades é inspirada em inúmeros documentos, recomendações, normas e convenções nacionais e internacionais que estão ligadas diretamente a temas que envolvem a deficiência.
No Brasil a educação inclusiva iniciou sua discussão nos ano 70, sendo está marcada por muita luta e organizações sociais, sendo que está temática ganhou somente espaço mais concreto com a de Declaração de Salamanca em 1994. Contudo, somente a promulgação da Constituição da República Federativa do Brasil de 1988 que foi assegurado a educação para todos, indiferente da situação. Onde esta regido os princípios básicos do ensino conforme disposto na Constituição em seu art. 206:
Art. 206. O ensino será ministrado com base nos seguintes princípios:
I - igualdade de condições para o acesso e permanência na escola;
II - liberdade de aprender, ensinar, pesquisar e divulgar o pensamento, a arte e o saber;
III - pluralismo de idéias e de concepções pedagógicas, e coexistência de instituições públicas e privadas de ensino;
IV - gratuidade do ensino público em estabelecimentos oficiais;
V - valorização dos profissionais da educação escolar, garantidos, na forma da lei, planos de carreira, com ingresso exclusivamente por concurso público de provas e títulos, aos das redes públicas;         (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 53, de 2006)
VI - gestão democrática do ensino público, na forma da lei;
VII - garantia de padrão de qualidade.
VIII - piso salarial profissional nacional para os profissionais da educação escolar pública, nos termos de lei federal.         (Incluído pela Emenda Constitucional nº 53, de 2006)
IX - garantia do direito à educação e à aprendizagem ao longo da vida.       (Incluído pela Emenda Constitucional nº 108, de 2020)
Parágrafo único. A lei disporá sobre as categorias de trabalhadores considerados profissionais da educação básica e sobre a fixação de prazo para a elaboração ou adequação de seus planos de carreira, no âmbito da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios. (CONSTITUIÇÃO FEDERAL DE 1988)
No que se refere a educação inclusiva, a Constituição Federal rege sobre o tema em seu art. 208, inciso III, onde foi deixado claro que portadores de necessidades especiais devem preferencialmente estarem matriculados em escolas regulares:
Art. 208. O dever do Estado com a educação será efetivado mediante a garantia de:
[...]
III - atendimento educacional especializado aos portadores de deficiência, preferencialmente na rede regular de ensino;
 
Segundo Mendes (2006) no Brasil a educação especial foi instituída e se expandiu através de instituições privadas que eram consideradas filantrópicas, está originou-se por iniciativa de familiares de pessoas com necessidades especiais. Esta forma de ensino iniciou no período Colonial, no anos de 1600, advindo de uma instituição particular especializada que foi criada para a deficiência física, na Santa Casa de Misericórdia localizada no Estado de São Paulo.
A Educação Inclusiva faz a diferença com uma política social justa, que chega até educandos com necessidades especiais, como ficou expresso na Declaração de Salamanca (1994, p. 17- 18):
princípio fundamental desta linha de ação é de que as escolas devem acolher todas as crianças independentemente de suas condições físicas, intelectuais, sociais, emocionais, linguísticas ou outras. Devem acolher crianças com deficiência e crianças bem-dotadas, crianças que vivem nas ruas e que trabalham, crianças de minorias linguística, étnicas ou culturais e crianças de outros grupos ou zonas desfavoráveis ou marginalizadas 
No entendimento de Mantoan (2006) a inclusão nada mais é do que uma provocação, que tem por intenção a melhora na qualidade do ensino nas instituições escolares. 
Para Rippel e Silva (2003), a escola tem por objetivo imprescindível a introdução do aluno no mundo cultural, social e científico, sendo este um direito que se refere a todos os homens, indiferente dos padrões estabelecidos pela sociedade do que é normal ou dos requisitos previamente impostos pela escola. 
Percebe-se dessa maneira que educar é indispensável indiferente da idade da pessoa com necessidades especiais, tendo em vista que, todos os seres humanos têm o direito de aprender assegurados por leis, normas ou declarações. Contudo no que se refere ao ensino, observa-se com certa frequência conteúdos abordados que não estão em integração curricular, sendo necessário e fundamental que todos os profissionais que são envolvidos com educação abordem e determinem estratégias e procedimentos metodológicos diferenciados para ensinar alunos com necessidades especiais de forma ajustada.
3.2 LEI BRASILEIRA DE INCLUSÃO Nº 13.146/2015
Exprimir sobre a Lei Brasileira de Inclusão (Lei no 13.146/15) é exprimir sobre democracia. Depois de 15 anos em tramite, o projeto que foi elaborado pelo sempre atuante senador Paulo Paim, iniciou-se juntamente com a sociedade civil um processo de construção coletiva, com base na Convenção da ONU sobre os Direitos da Pessoa com Deficiência. (BRASIL, 2015).
Perante o lema “Nada sobre nós sem nós”, o projeto foi colocado de maneira a admirar toda as diferenças que as pessoas possuem. No portal e-democracia, o texto foi propagado em uma plataforma que tem acessibilidade para que pessoas com deficiência visual, com liberdade, conseguissem recomendar mudanças e fazer modificações diretas à redação do texto. (E-DEMOCRACIA).
Outro progresso no envolvimento do cidadão se deu pelas 90 páginas do projeto que foram transformados em vídeo com a tradução em Libras, dado pela TV Câmara, que, pela primeira vez, proporcionou para à população surda um conteúdo em sua completa forma na Língua Brasileira de Sinais (BRASIL, 2015).
No Brasil, desde 1988, com a promulgação da Constituição Federal e a consolidação do Estado Democrático de Direito, reconheceu-se a necessidade de garantir a inclusão das pessoas com deficiência na sociedade. Hoje, após décadas de luta, assistimos com orgulho a democracia de fato sendo colocada em prática. E dessa vez motivada pelas próprias pessoas com deficiência. (BRASIL, 2015).
A Lei nº 13.146 de 06 de julho de 2015 determina a Convenção Sobre os Direitos das Pessoas com Deficiência e seu Protocolo Facultativo, esta Convenção foi aprovada pelo Decreto Legislativo nº 186 de 09 de julho de 2008 e expedido pelo Decreto nº 6.949 de 25 de agosto de 2009.
Sobre o artigo 1º da Lei nº 13.146 temos: 
Art. 1º É instituída a Lei Brasileira de Inclusão da Pessoa com Deficiência (Estatuto da Pessoa com Deficiência), destinada a assegurar e a promover, em condições de igualdade, o exercício dos direitos e das liberdades fundamentais por pessoa com deficiência, visando à sua inclusão social e cidadania. (BRASIL, 2015)
Com início do vigor da Lei Brasileira de Inclusão, o artigo 3º do Código Civil teve sua redação modificada, denominando que somente os menores de dezesseis anos são vistos absolutamente como incapazes. Desta maneira, a pessoa com deficiência não é mais considerada como completamente incapaz, e sim como parcialmente incapaz, diferentemente do que estabelecia a redação deste artigo, conformedetermina Lôbo (2016). 
A redação do artigo 3º, antes da vigência da Lei Brasileira de Inclusão, era da seguinte maneira:
Art. 3o São absolutamente incapazes de exercer pessoalmente os atos da vida civil: I - os menores de dezesseis anos; II - os que, por enfermidade ou deficiência mental, não tiverem o necessário discernimento para a prática desses atos; III - os que, mesmo por causa transitória, não puderem exprimir sua vontade. (BRASIL, 2002)
A nova legislação, como não poderia ser distinta, os conceitos da dignidade humana, da igualdade e da não discriminação são os alicerces para elaboração das regras legais sobre o tema. 
Apropriado transcrever o parágrafo único da Lei nº 13.146/2015 que dispõe que:
Parágrafo único. Esta Lei tem como base a Convenção sobre os Direitos das Pessoas com Deficiência e seu Protocolo Facultativo, ratificados pelo Congresso Nacional por meio do Decreto Legislativo nº 186, de 9 de julho de 2008 , em conformidade com o procedimento previsto no § 3º do art. 5º da Constituição da República Federativa do Brasil , em vigor para o Brasil, no plano jurídico externo, desde 31 de agosto de 2008, e promulgados pelo Decreto nº 6.949, de 25 de agosto de 2009 , data de início de sua vigência no plano interno (BRASIL, 2015).
De acordo com a análise de Farias, Cunha e Pinto (2016), a base constitucional do mencionado artigo de introdução é o artigo 1º, inciso III da Carta Magna, que antevê como base da República Federativa do Brasil a dignidade da pessoa humana. Além do mais, o artigo 5º, §3º da Constituição Federal reconhece que constituem a emendas constitucionais os “tratados e convenções internacionais sobre os direitos humanos que forem aprovados, em cada Casa do Congresso Nacional, em dois turnos, por três quintos dos votos dos respectivos membros”. 
Igualmente, o artigo 24, inciso XIV da Carta Magna antevê que cabe ao mesmo tempo à União, aos Estados e ao Distrito Federal legislar a respeito da proteção e integração social das pessoas portadoras de deficiência. 
Além disso, é base da Convenção sobre os Direitos da Pessoa com Deficiência a vida livre e a inclusão na comunidade, promovendo o Art. 19 que:
Art. 19 - Os Estados Partes deste Convenção reconhecem o igual direito de todas as pessoas com deficiência de viver na comunidade, com a mesma liberdade de escolha que as demais pessoas, e tomarão medidas efetivas e apropriadas para facilitar às pessoas com deficiência o pleno gozo desse direito e sua plena inclusão e participação na comunidade [...].
No tempo de vacacio legis da Lei nº 13.146/2015, de julho de 2015 a janeiro de 2016, muitos jurisperitos expuseram posições antagônicas a respeito do Estatuto da Pessoa com Deficiência. Quando para alguns a nova legislação significa a verdadeira conquista social, para outros o Estatuto é uma anomalia jurídica, pois desconsideraria a fragilidade das pessoas com deficiência.
As alterações relevantes que o Estatuto da Pessoa com Deficiência provocou na legislação civil, principalmente com a anulação de incisos dos artigos 3º e 4º do Código Civil Brasileiro, educando que em hipótese alguma a pessoa em razão de uma deficiência deverá ser considerada praticamente incapaz, foram as que ocasionaram maior discussão e diferentes posicionamentos entre doutrinadores e operadores do direito.
Certifica-se, contudo, que o Estatuto da Pessoa com Deficiência não trouxe grandes novidades, visto que, como já mencionado no transcorrer do presente trabalho, em seus artigos relevantes declara os termos da Convenção Internacional acerca da Pessoa com Deficiência, esta atual legislação que tem força de Emenda Constitucional no Brasil e que, logo, já teria que estar sendo colocada em pratica há muito tempo pelos executores brasileiros do Direito. Como a Convenção não andava sendo adequadamente vista, fez-se a Lei nº 13.146/2015 com o propósito de realizar as políticas na Convenção determinadas.
Nessa perspectiva, Araújo e Costa (2015, texto digital) exploram que:
Pelo último Censo, constatou-se que o percentual de pessoa com alguma deficiência corresponde a 23,9% da população brasileira. Esse grupo, no entanto, não se surpreendeu quando tomou conhecimento da nova lei. Na verdade, a lei é a execução minuciosa de um arranjo internacional do qual o Brasil participou e que teve a sua internalização pelo Decreto Legislativo 186, de 09.07.2008 e pelo Dec. 6.949, de 25.08.2009. Ao assinar e ratificar, na forma do § 3.º, do art. 5.º, da CF/1988, a Convenção da ONU sobre os Direitos das Pessoas com Deficiência, o Brasil se comprometeu a implementar medidas para dar efetividade aos direitos lá garantidos. Assim, sob essa ótica, a nova lei não traz nenhuma novidade que venha a surpreender o leitor. Apenas é a execução de uma Convenção que integrou o sistema normativo brasileiro, com hierarquia de Emenda à Constituição, tudo na forma do mencionado § 3.º, já anunciado. Assim, por enquanto, esse é o único pacto internacional aprovado na forma prevista pela abertura permitida pela EC 45/2004, que acolheu pleito da comunidade de Direitos Humanos. Pouco surpreendeu, portanto, quem já vinha acompanhando os dizeres da Convenção da ONU sobre os Direitos das Pessoas com Deficiência.
Contudo, apuram os autores sobreditos que ao Estatuto da Pessoa com Deficiência necessitam ser constatados por méritos próprios, no mesmo padrão em que o novo Diploma caracteriza de uma forma bastante real os comandos convencionais, de tal maneira juntando vários pontos que estavam dispersos em diferentes legislações, de forma que dando igualdade de tratamento ao sistema legal. Com a intenção de que a Convenção se tornasse concreta, foi preciso mudanças em dispositivos do Código Civil, Código de Processo Civil, Código Penal entre outros.
Como ressaltam Araújo e Costa (2015), essencial reconhecer que o Estatuto e suas modificações em outras legislações são fruto dos comandos da Convenção da Organização das Nações Unidas, que integrou a Constituição Federal. Assim, a base normativa maior é a própria Carta Magna, que abrigou, com hierarquia de emenda constituição, a Convenção Internacional sobre os Direitos da Pessoa com Deficiência. 
Resumidamente, mostra-se que o Estatuto da Pessoa com Deficiência tem como cargo principal efetivar elementos e regras pressupostos a partir da Convenção Internacional sobre os Direitos da Pessoa com Deficiência. Para tal, a nova legislação trouxe institutos jurídicos inerentes novos à concepção de deficiência, capacidade legal, avaliação psicossocial e acessibilidade, em particular com a adoção do modelo biopsicossocial de deficiência. 
Por isso, averígua-se que a Lei nº 13.146/2015 oferece uma política nova de inclusão, sendo indispensável, todavia, sua implantação de forma plausível, visto que somente sua adoção definitiva não transforma a sociedade mais igualitária e respeitosa dos direitos e garantias essenciais.
3.2.1 Inclusão Escolar e os profissionais envolvidos
É necessário entender e ter a consciência de que quando se fala em educação inclusiva não se faz apenas através de leis, decretos, normas e diretrizes, deve-se saber que ela é construída por todos que fazem parte da educação, na conformidade de diversos tipos de lógicas e conformidade que são necessários saber articular estes, e pelo fato de ser uma construção de várias pessoas e interesses, requer discussão, mobilização e ação de todas as pessoas participantes da comunidade escolar.
É notório que o número de alunos que formam incluídos na educação inclusiva nestes últimos anos triplicou, contudo, a falta de conhecimento, preconceito entre outros fatores acabam por deixar muitas pessoas com deficiência fora da escola, os profissionais da educação desejam uma educação que seja inclusiva e que tenha qualidade para todos, contudo a forma de agir não claras dentro da sociedade, posto que atualmente se passa por mudanças, quebras de paradigmas e reorganização dentro das escolas. 
Para Glat e Ferreira (2003, p. 30):
[...] o processo da inclusão tem uma amplitude que vai além da inserção de alunosconsiderados especiais na classe regular e de adaptações pontuais na estrutura curricular. Inclusão implica em um envolvimento de toda a escola e de seus gestores, um redimensionamento de seu projeto político pedagógico e, sobretudo, do compromisso político de uma reestruturação das prioridades do sistema escolar (municipal, estadual, federal ou privado) do qual a escola faz parte, para que ela tenha as condições materiais e humanas necessárias para empreender essa transformação.
Um número reduzido de teóricos no Brasil entende que a inclusão escolar deve ser total e incondicional, ou seja, para todos, isso em consequência da modificação do ensino regular. Neste sentido propõe Mantoan (1998, p. 3):
[...] uma verdadeira transformação da escola, de tal modo que o aluno tenha a oportunidade de aprender, mas na condição de que sejam respeitados as suas peculiaridades, necessidades e interesses, a sua autonomia intelectual, o ritmo e suas condições de assimilação dos conteúdos curriculares.
A Política Nacional da Educação Especial voltada para a Educação Inclusiva (2008) é um documento considerado marco legal no que se refere a Educação Especial, (MENDES, 2010). Com estas mudanças no ano de 2008, a Educação Especial passou por indicações de mudanças, tendo em vista, que com uma política nacional se apresentou caminhos, exigências e discussões no que se refere a educação especial no Brasil, contudo, conforme já vistos por alguns é entendido como progresso e por outros alvo de críticas.
No entendimento de Mittler (2003, 16):
A inclusão não diz respeito a colocar as crianças nas escolas regulares, mas a mudar as escolas para torná-las mais responsivas às necessidades de todas as crianças; diz respeito a ajudar todos os professores a aceitarem a responsabilidade quanto à aprendizagem de todas as crianças nas suas escolas e prepará-los para ensinarem aquelas crianças que estão atual e correntemente excluídas das escolas por qualquer razão.
É certo que a inclusão não é somente transferir o aluno da escola especial e coloca-lo em uma escola regular, tendo em vista, que se requer mudanças na mente e nos valores das pessoas, isso vae para as escolas e comunidade, porque porque implícito à sua filosofia celebra-se da diversidade, neste sentido discorre Gadoti (2007, p. 12): 
A escola não pode mudar tudo e nem pode mudar a si mesma sozinha. Ela está intimamente ligada à sociedade que a mantém. Ela é, ao mesmo tempo, fator e produto da sociedade. Como instituição social, ela depende da sociedade e, para se transformar, depende também da relação que mantém com outras escolas, com as famílias, aprendendo em rede com elas, estabelecendo alianças com a sociedade, com a população.
Para se discutir sobre a escola inclusiva, Carvalho (2004, p. 115) entende que se deve dar destaque as muitas funções que uma escola tem na busca se enquadrar na busca da compreensão de uma escola inclusiva:
- desenvolver culturas, políticas e práticas inclusivas, marcadas pela responsabilidade e acolhimento que oferece a todos os que participam do processo educacional escolar; - promover todas as condições que permitam responder às necessidades educacionais especiais para a aprendizagem de todos os alunos de sua comunidade; - criar espaços dialógicos entre os professores para que, semanalmente, possam reunir-se como grupos de estudo e de troca de experiências; - criar vínculos mais estreitos com as famílias, levando-as a participarem dos processos decisórios em relação à instituição e a seus filhos e filhas; - estabelecer parcerias com a comunidade sem intenção de usufruto de beneficiar apenas e sim para conquistar a cumplicidade de seus membros, em relação às finalidades e objetivos educativos; acolher todos os alunos, oferecendo-lhes as condições de aprender e participar; - operacionalizar os quatro pilares estabelecidos pela UNESCO para a educação deste milênio: aprender a aprender, aprender a fazer, aprender a viver junto e aprender a ser, tendo em conta que o verbo é aprender; - respeitar as diferenças individuais e o multiculturalismo entendendo que a diversidade é uma riqueza e que o aluno é o melhor recurso de que o professor dispõe em qualquer cenário de aprendizagem; - valorizar o trabalho educacional escolar na diversidade.
Considerando a legislação de inclusão, é fundamental entender as contribuições quando se considera as novas exigências das políticas que tem por objetivo o oferecimento de serviços e de apoio para se efetivar a educação com qualidade para os alunos que necessitam Professor de Apoio Educacional Especializado - PAEE. 
No entendimento de com Zerbato (2014), é preciso que exista um comprometimento de todos que estão envolvidos no processo de ensino de pessoas especiais e que cada um destes exerça seu papel de forma responsável seno esses família, professores e demais profissionais envolvidos na efetivação da educação escolar. 
Benitez e Domeniconi (2014) concordam com o entendimento de Zerbato (2014) e ainda entendem e recomendam que o tema deve sempre estar sempre presentes agentes educacionais que estão envolvidos no processo de educação especial.
Neste mesmo norte, Leal (2014, p. 116) alega que: “a inclusão do aluno com Necessidades Educacionais Especiais (NEE), não se faz com apenas um sujeito, mas requer o envolvimento de todos os profissionais que compõem a equipe escolar”.
Nesse mesmo segmento é de suma importância ressaltar que se necessita a ampliação dos serviços no que diz respeito a educação especial, sendo primordial no que se refere aos recursos humanos, para se construir uma rede de colaboração e que esteja unida em um trabalho voltado para a educandos com necessidades especiais. Mendes (2010, p. 35) corrobora com esse entendimento: 
 
[...] futuro da Educação Inclusiva em nosso país dependerá de um esforço coletivo, que obrigará uma revisão na postura de pesquisadores, políticos, prestadores de serviços, familiares e indivíduos com necessidades educacionais especiais para trabalhar numa meta comum que seria a de garantir uma educação melhor para todos. (MENDES, 2010, p. 35)
Afirma Leal (2014), que as instituições de ensino não têm como escapar do desafio e devem reestruturar a educação nos mais diversos aspectos que envolvem o pedagógico, físico e a educação voltada para atitudes, dentro outros aspectos que envolvem a educação especial, deve-se considerar a importância no que se refere a formação dos docentes, e todos os outros fatores que envolvem uma educação que presa pela qualidade, sobretudo aquela que estão já dispostas em lei e ainda não foram efetivadas. 
Para se garantir uma educação de qualidade para alunos que precisam de Professor de Apoio Educacional Especializado, inúmeros autores destacam desafios e as muitas dificuldades que são encontradas no cotidiano dos processos de inclusão, conforme Mendes (2006) e Rodrigues (2006) existem desafios que estão relacionados diretamente com a questão econômica. Já para Rabelo (2012) entende que existe uma grande ausência no que se refere a materiais e recursos humanos voltados para a educação. Para Martins (2011) um dos maiores problemas que se encontra na educação especial é a precarização dos profissionais envolvidos neste modelo de educação.
Rabelo (2012) entende que existem inúmeros desafios relacionados à prática isolada dos professores, que acaba se caracterizando por um trabalho sozinho em sala de aula, como um dos grande problemas a serem resolvidos, tendo em vista que quando se recebe uma aluno que é portador de necessidades deve-se ter uma trabalho mais direcionado. Neste sentido Rabelo (2012, p. 46) explica que o professor: “não encontra o suporte, apoio, segurança, e condições de trabalho para escolarizar com qualidade seus alunos”.
Rabelo (2012) entende como uma necessidade fundamental a análise constante do modelo de educação inclusive, de sua intenção e de que forma este modelo está sendo desenvolvido, sendo que a partir destes fatos é possível se verificar os entraves e achar as soluções se concretizar esta forma deeducação.
Contudo, para que educação especial funcione a inúmeros profissionais que estão envolvidos, inúmeros autores se tem nomenclaturas para estes profissionais Martins (2011) optou pela utilização do termo Profissional de Apoio. Araripe (2012), em um entendimento mais voltado para a psicológica, denominou o termo de acompanhante terapêutico. Leal (2014) e utiliza o termo para estes profissionais de apoio de Agente de Inclusão. Almeida, Siems-Marcondes e Bôer (2014) optaram pelo termo cuidadores. Contudo, se tem muitas outras nomenclaturas para estes profissionais, tais como auxiliar de ensino, apoiadores pedagógicos, mediador, estagiário de inclusão, dentro outros inúmeros termos voltados para as pessoas que apoiam o professor na educação especial.
Dentro da legislação brasileira, a termologia destes profissionais se apresenta de diversas formar, como está disposto na Resolução 02/2001 em seu artigo 8 insicos I a VI, que não se denomina de profissional de apoio , mas deve-se considerar um profissional que ajuda aos professores, ou seja, um profissional que dá suporte ao professor que trabalha no ensino comum:
 
Art. 8o As escolas da rede regular de ensino devem prever e prover na organização de suas classes comuns: 
I - professores das classes comuns e da educação especial capacitados e especializados, respectivamente, para o atendimento às necessidades educacionais dos alunos; 
II - distribuição dos alunos com necessidades educacionais especiais pelas várias classes do ano escolar em que forem classificados, de modo que essas classes comuns se beneficiem das diferenças e ampliem positivamente as experiências de todos os alunos, dentro do princípio de educar para a diversidade; 
III – flexibilizações e adaptações curriculares que considerem o significado prático e instrumental dos conteúdos básicos, metodologias de ensino e recursos didáticos diferenciados e processos de avaliação adequados ao desenvolvimento dos alunos que apresentam necessidades educacionais especiais, em consonância com o projeto pedagógico da escola, respeitada a freqüência obrigatória; 
IV – serviços de apoio pedagógico especializado, realizado, nas classes comuns, mediante: a) atuação colaborativa de professor especializado em educação especial; b) atuação de professores-intérpretes das linguagens e códigos aplicáveis; c) atuação de professores e outros profissionais itinerantes intra e interinstitucionalmente; d) disponibilização de outros apoios necessários à aprendizagem, à locomoção e à comunicação. 
V – serviços de apoio pedagógico especializado em salas de recursos, nas quais o professor especializado em educação especial realize a complementação ou suplementação curricular, utilizando procedimentos, equipamentos e materiais específicos; 
VI – condições para reflexão e elaboração teórica da educação inclusiva, com protagonismo dos professores, articulando experiência e conhecimento com as necessidades/possibilidades surgidas na relação pedagógica, inclusive por meio de colaboração com instituições de ensino superior e de pesquisa; (BRASIL, 2001).
Na Resolução 04/2009 em seu Art. 10, incisos V e VI também menciona sobre os profissionais de apoio, onde se descreve as funções do profissional e discorre a descrição de outros profissionais bem como é descritas as funções, contudo, não menciona o nome do profissional: 
Art. 10. O projeto pedagógico da escola de ensino regular deve institucionalizar a oferta do AEE prevendo na sua organização: 
V – professores para o exercício da docência do AEE; 
VI – outros profissionais da educação: tradutor e intérprete de Língua Brasileira de Sinais, guia-intérprete e outros que atuem no apoio, principalmente às atividades de alimentação, higiene e locomoção; (BRASIL, 2009). 
A nota técnica MEC/SEESP/GAB nº 19, que foi publicada no ano de 2010, refere-se a organização bem como a oferta dos profissionais que são resposaveis pelo apoio aos alunos com deficiência bem como com alunos com transtornos globais de desenvolvimento matriculados dentro das escolas de ensino, a presente norma técnica rege o seguinte sobre os profissionais de apoio:
Os profissionais de apoio às atividades de locomoção, higiene, alimentação prestam auxílio individualizado aos estudantes que não realizam essas atividades com independência. Esse apoio ocorre conforme as especificidades apresentadas pelo estudante, relacionadas à sua condição de funcionalidade e não à condição de deficiência;
A demanda de um profissional de apoio se justifica quando a necessidade específica do estudante público-alvo da Educação Especial não for atendida no contexto geral dos cuidados disponibilizados aos demais estudantes;
Em caso de educando que requer um profissional ‘acompanhante’ em razão de histórico segregado, cabe à escola favorecer o desenvolvimento dos processos pessoais e sociais para a autonomia, avaliando juntamente com a família a possibilidade gradativa de retirar esse profissional;
Não é atribuição do profissional de apoio desenvolver atividades educacionais diferenciadas ao aluno público-alvo da Educação Especial nem responsabilizar-se pelo ensino desse aluno;
O profissional de apoio deve atuar de forma articulada com os professores do aluno público-alvo da Educação Especial da sala de aula comum e da sala de recursos multifuncionais, entre outros profissionais no contexto da escola;
Os demais profissionais de apoio que atuam no âmbito geral da escola, como auxiliar na Educação Infantil, nas atividades de pátio, na segurança e na alimentação, entre outras atividades, devem ser orientados quanto à observação para colaborar no atendimento às necessidades educacionais específicas dos estudantes (BRASIL, 2010).
Diante de tudo que foi apresentado, percebe-se que apesar de não se ter um termo correto para se denominar ao profissional que dá apoio aos alunos com necessidades especiais, o termo mais utilizado é profissional de apoio, sendo que este se refere ao profissional que trabalha juntamente com o professor com o objetivo de apoiá-lo, ajudando ao professor nas atividades básica, bem como os cuidados necessários dentro da escola nas quais a inserção de alunos com alguma forma de dependência e que precisem de ajuda para participar das atividades de forma efetiva. 
3.2.2. Principais tipos de deficiências encontrada dentro das instituições escolares.
	
Conforme Gurgel, Didone & Araújo (2007), em 1997, 90% das crianças com necessidades especiais estavam matriculadas em salas ou escolas especiais. Hoje, esse número foi reduzido; apenas 53% de crianças nessa situação frequentam classes especiais, isto é, praticamente metade dessas crianças está em salas regulares convivendo com alunos isentos de algum tipo de deficiência. No entanto, a quantidade de crianças que está em escolas regulares oferece sinal de que a proposta da inclusão escolar está sendo considerada, mas um fator preocupante é como essa inclusão está sendo feita, já que inserir uma criança em uma sala regular não é o suficiente para se afirmar que a inclusão escolar está sendo concretizada.
A ideia de inclusão escolar teve influência dos movimentos políticos que defendem o acesso da educação a todos, sem nenhuma exceção, e se intensificou nas leis que obrigam a aceitação de pessoas com alguma deficiência em instituições regulares, com intuito de oferecer educação a todos. Esse pode ser o motivo pelos quais muitos profissionais supõem que a inclusão escolar é um projeto restrito para pessoas com necessidades especiais, conforme a afirmação de (CARVALHO, 2004). 
Porém, para Gurgel, Didone & Araújo (2007), é algo que está começando a desenvolver aos poucos já que desde que surgiu é subentendido como algo obrigatório em circunstâncias legais, e bem limitado de esclarecimento ao que público quando se diz todos, e, além do mais, existe uma falta de explicação de quais são seus objetivos. Dessa forma, muitos tem a visão que isso é um propósito sem suporte na prática e muito além da realidade em que vivemos.
A Educação Inclusiva tem sido na atualidade determinada

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