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POS PARTO E FISIOTERAPIA (1)

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Prévia do material em texto

Vittoria Durães Del Padre
@fisiovittoria
Clara Maria 
@claramariamb
@fisiovittoria @claramariamb
Oioi gente, tudo bem?
•Primeiramente gostariamos de nos apresentar:
Meu nome é Vittoria Del Padre e sou Acadêmica do 8º
semestre de Fisioterapia e tambem meu nome é Clara
Maria e sou acadêmica do 6º semestre de Fisioterapia.
 
•Nosso objetivo com esse PDF é trazer informações gerais
sobre essa área da Fisioterapia e tirar todas as dúvidas que
vocês tem sobre o assunto. 
 
AVISOS :
01.
02.
É proibido o compartilhamento ou vendas desse
PDF para o público. 
Esse PDF teve como Referência O livro:
“Fisioterapia Aplicada na Saúde da Mulher, 6ª
Edição de Elza Baracho.” 
Gostariamos de deixar claro que esse PDF não
passou por correção. 
03.
Esperamos que vocês gostem!! 
- Anatomia da Pelve Feminina
- Assoalho Pélvico
-Órgãos internos da pelve
-Movimentos da Pelve
-Estreitos da Pelve
-Diâmetros da Pelve
-Puerpério
- Modificações no Puepério
-Complicações Pós Parto
-Atuação do Fisioterapeuta no Pós
Parto imediato
-Avaliação no Pós Parto imediato
-Condutas Terapeuticas
-Orientações Ergonômicas nos
cuidados com o bebê 
• A pelve tem como principal função receber o peso
corporal transmitido pela coluna vertebral e transferi-lo
aos membros inferiores, e é por isso que ela é estruturada
para ser forte e resistente.
• Formada pelos ossos direito e esquerdo do quadril, que
se articulam anteriormente através da sínfise púbica, e
pelo osso sacro, que se articula posteriormente com os
ossos do quadril.
•O osso do quadril de cada lado é formado pela fusão
entre três ossos: o ílio, ísquio e o púbis.
Sínfise Púbica
• A cavidade abdominal é contínua com a cavidade pélvica
no tronco. A linha terminal que forma o estreito superior
da pelve é uma referência anatômica que subdivide a pelve
em duas cavidades: uma superior, conhecida como pelve
falsa ou pelve maior, e a inferior ao estreito, conhecida
como pelve verdadeira ou pelve menor. Esta última aloja
os órgãos pélvicos (reto, bexiga, útero, vagina, tubas
uterinas e ovários) no corpo feminino. 
• A cavidade pélvica verdadeira é delimitada inferiormente
pelos músculos conhecidos como diafragma pélvico.
Abaixo do diafragma pélvico, a região é denominada
períneo. 
Estreito superior
Estreito inferior
• Dentro dos principais músculos do AP, temos o
Diafragma pélvico.
• O Diafragma Pélvico é Constituído pelos músculos
Coccígeo e Levantador do ânus, além de suas fáscias de
revestimento.
• Este músculo tem três partes que são conhecidas como:
Puborretal, pubococcígeo e iliococcigeo.
• O músculo levantador tem como função de sustentação
de vísceras abdominopélvicas e em quase todo o tempo,
suas três partes mantêm contração tônica (continência
fecal e urinária); há também contração ativa (situações
como tosse, espirro, vômito, dentre outras.)
NUTAÇÃO E CONTRANUTAÇÃO
 
•Durante a NUTAÇÃO: Ocorre a aproximação das asas dos
ílios em direção ao plano mediano do corpo ao mesmo
tempo, ocorre o direcionamento anteroinferior da base do
sacro e um movimento posterossuperior do cóccix. Durante
o período expulsivo no parto vaginal, acontece esse
movimento de nutação da pelve.
•Durante a CONTRANUTAÇÃO: as asas dos ílios se afastam
da linha média do corpo, A base do sacro se movimenta na
direção posterossuperior, enquanto o cóccix se direciona
anteroinferiormente.
• A pelve materna é dividida em 3 partes:
 
Estreito superior
 
Estreito médio
 
 Estreito inferior
 
• É importante saber disso porque quando sabemos o
posicionamento desse bebe, aonde ele está nessa pelve
materna nós sabemos qual exercício e qual postura
podemos direcionar para a paciente para esse parto ser
facilitado.
• Os diâmetros da pelve menor influenciam no melhor
encaixe do bebe durante o parto.
 • No estreito superior da pelve menor, temos 3
diâmetros:
- Diâmetro antero-posterior
-Diâmetro transverso: (diâmetro maior que o bebe
precisa passar na pelve)
-Diâmetro Oblíquo
• O período puerperal (puerpério, pós-parto, sobreparto)
inicia-se ao final do parto, prolonga-se por 6 a 8 semanas
e termina quando todos os órgãos da reprodução
retornam ao estado não gravídico. 
É um período de intensas e importantes modificações
maternas corporais e psíquicas, predominando um forte
catabolismo, sem consequências danosas ao organismo,
na maioria das vezes.
 • O período puerperal é dividido em três estágios: 
- Pós-parto imediato: 1° ao 10 °dia.
- Pós-parto tardio: 11° ao 40°dia. 
- Pós-parto remoto: a partir do 41°dia.
• Nesse período ocorre muitos
acontecimentos associados e
por isso, requer uma atenção
integral da puerpéra e de sua
família.
• ÚTERO: No 1° dia Pós Parto o útero está a 12 a 15 cm
da sínfise púbica, no 5° dia, 7 a 10 cm e ao final do 12° dia
abaixo do estreito superior. Podemos dizer que o útero
diminui, em média, 0,7 cm por dia. Ao final da 2ª semana,
não é mais palpado no abdome e, com 6 semanas, retorna
às condições pré-gravídicas.
O colo uterino é dilatado a 10 cm para a passagem do feto
fecha-se gradualmente no pós-parto. Os ligamentos
uterinos sofrem involução durante o puerpério, e a sua
subinvolução pode predispor ao prolapso uterino e à
retroversão.
• Estima-se em 5 a 6 kg a perda de peso logo após o
parto, com a saída do feto, seus anexos e a perda
sanguínea, além de mais uma perda de 2 a 5 kg no pós-
parto, devido a diurese, sudorese, involução uterina e
lóquios. 
O QUE SÃO LÓQUIOS? É a secreção vaginal pós-parto.
Constitui-se de sangue, muco cervical, transudato vaginal
e produtos da necrose da camada superficial do
endométrio. Em geral, o lóquio cessa em
aproximadamente 4 a 6 semanas após o parto, e a
quantidade total eliminada é de 230 g.
• VAGINA: Logo após o parto, toda a genitália externa e a
vagina apresentam um estado congestivo e edematoso,
que regride comumente nas primeiras 48 h, com o
relaxamento das paredes vaginais.
• PAREDE ABDOMINAL: No pós-parto imediato, pode-se
evidenciar a diástase dos músculos retos abdominais. a
recuperação da tonicidade da musculatura da parede
abdominal, distendida pelo útero gravídico, ocorre em
média 6 semanas após o parto, é lenta e, às vezes,
imperfeita. O exercício físico supervisionado e a
fisioterapia ajudam na sua recuperação.
• SISTEMA URINÁRIO: O retorno da função renal em níveis
pré-gestacionais ocorre em 6 meses. Logo após o termo, a
mucosa vesical apresenta edema, hiperemia (Aumento do
fluxo sanguíneo para uma parte do corpo) e, às vezes,
sangramento submucoso, causando hematúria (Sangue na
urina), incapacidade de micção, ou incontinência urinária pós-
parto- Especialmente o parto vaginal, é o maior causador de
desenvolvimento de IU no pósparto imediato, em função de
lesão da função muscular da uretra e dos tecidos adjacentes. A
reversão do quadro se dá ao final do 3° mês de pós-parto.
• SISTEMA CARDIOVASCULAR: estimam uma perda
sanguínea de 500 a 1.000 m ℓ para os partos vaginal e
cesariano, respectivamente. Estima-se perda de um terço do
aumento do volume sanguíneo materno durante o parto,
outro um terço até o final da 1ª semana de pós-parto e o
último terço durante o restante do puerpério. 
• A pressão arterial (PA) eleva-se de 10 a 20 mmHg no pós-
parto, em função da eliminação da circulação placentária e da
contração uterina, que sobrecarregam o sistema circulatório
em, no mínimo, 300 mℓ de sangue.
• A pressão venosa dos membros inferiores diminui pela
descompressão da veia cava inferior, e as veias dos membros
inferiores e da vulva regridem progressivamente. Observa-se
edema dos membros inferiores até o 12° dia de pós-parto. A
identificação de fatores de risco e a palpação das panturrilhas
e do pulso pedioso são elementos importantes na busca ativa
de trombose venosa profunda.
• SISTEMA DIGESTIVO: Durante o trabalho de parto, a
parturiente perde líquidos; assim, no pós-parto, o suor, os
lóquios e a urina explicam a sede e, consequentemente, a
maior ingestão de líquidos. 
A evacuação espontânea é difícil nos primeiros dias, devido à
diminuição de ingestão de alimentos(inapetência), aos
músculos abdominais e perineais enfraquecidos e à inibição
antiálgica. Com a deambulação precoce e o fornecimento de
dieta regular, restabelece-se a normalidade intestinal.
• TEMPERATURA: Na maioria das vezes, a temperatura média
das puérperas fica abaixo de 38°C. Cuidado especial deve ser
dedicado à elevação da temperatura no 3°e 4°dias pós-parto,
coincidindo com a descida do leite (apojadura mamária) e com
a proliferação de germes vaginais que ascendem à cavidade
uterina. Todo aumento de temperatura com duração superior
a 24 h deve ser investigado.
• As complicações clínico-obstétricas no pós-parto, que
acometem não só as gestantes de alto risco, mas também
as de risco habitual, podem causar óbito materno. As
principais são: 
- Febre;
-Hemorragia;
-Doenças tromboembólicas;
 -Anemia;
-Complicações mamárias
-Depressão pós-parto.
• FEBRE PUERPERAL:
A doença tem uma incidência de 13 a 50% nos partos
cesarianos contra 1 a 3% nos partos vaginais; portanto, é 10
a 20 vezes mais frequente em partos abdominais.
• Normalmente, é uma infecção polimicrobiana.
• O diagnóstico baseia-se na presença de febre ≥ 38°C,
taquicardia, mal-estar, dor à mobilização uterina,
subinvolução uterina e secreção vaginal fétida e purulenta.
• Maior extensão do processo infeccioso pode ocorrer com
a propagação para o miométrio (endomiometrite) e para o
paramétrio (endomioparametrite). São fatores de risco para
endometrite: parto cesariano (fator isolado mais
importante), carga bacteriana do sistema genital inferior,
diabetes melito, infecções urinárias e genitais, anemia,
desnutrição, obesidade, baixo nível socioeconômico,
trabalho de parto prolongado, monitoramento fetal
intrauterino e inadequada técnica operatória.
• HEMORRAGIA PÓS PARTO:
Trata-se de perda sanguínea pós-parto superior a 500 a
1.000 mℓ.
• A hemorragia pós-parto (HPP) imediata ou precoce é a
que ocorre nas primeiras 24 h do puerpério, e a tardia é a
observada entre 24 h e 12 semanas de pós-parto. 
• A incidência é de 1 a 2%, respondendo por mais de 75%
das complicações puerperais graves encontradas nas
primeiras 24 h que se sucedem ao parto, sendo a 5a causa
de morte materna.
• Consideram que a duração do trabalho de parto superior a
12 h está associada a risco de hemorragia grave pós-parto.
• As complicações mais importantes da HPP são: choque
hipovolêmico, coagulação intravascular disseminada (CID),
insuficiências renal, hepática e respiratória, e anemia. O
tratamento da HPP visa ao controle da hemorragia,
abordando as causas específicas e impedindo a instalação
do choque hemorrágico e a identificação de distúrbios da
coagulação. 
• DOENÇAS TROMBOEMBOLITICAS:
A doença tromboembólica é uma importante causa de
morte materna durante a gravidez e o puerpério. Sua
incidência tem diminuído no pós-parto pela instituição da
deambulação precoce, pois a estase sanguínea venosa é,
provavelmente, o maior fator predisponente isolado de
trombose venosa profunda.
 • Ocorre no 2° dia de pós-parto.
 • O risco de desenvolver a doença tromboembólica
aumenta com: idade, paridade, realização de procedimentos
cirúrgicos, história prévia de tromboembolismo, deficiência
isolada de proteínas envolvidas na inibição da coagulação
sanguínea ou no sistema fibrinolítico, acamamento
prolongado, trauma, câncer em atividade, doenças
neurológicas e uso de anticoncepcional oral.
• Toda gestante/puérpera deve ter suas panturrilhas
palpadas em todas as consultas. O tratamento é à base de
anticoagulantes, sendo a heparina o fármaco de escolha.
•ANEMIA
A anemia pós-parto é uma deficiência de ferro que
pode surgir após o nascimento do bebe.
 
• À medida que o corpo da mulher “volta ao normal”
após esse grande acontecimento, os níveis de ferro
alteram-se (tal como durante a gravidez).
• A anemia pós-parto caracteriza-se por uma
diminuição dos níveis de hemoglobina – é comum este
parâmetro estar abaixo dos 110 g/L de sangue na
primeira semana de vida do bebé e inferior a 120 g/L
oito semanas após o parto.
 
• Cerca de um quarto das mulheres são diagnosticadas
com anemia uma semana após o parto.
 
• O tratamento consiste em alterações na rotina diária,
principalmente em relação aos hábitos alimentares,
como: comer alimentos ricos em ferro, suplementos de
ferro, aumento de ingestão de agua, reduzir ingestão
de chás, reduzir a ingestão de leites, iogurts ou
qualquer fonte de cálcio etc.
• COMPLICAÇÕES MAMÁRIAS:
- Ingurgitamento mamário: Consiste no enchimento
patológico excessivo das mamas com leite, deixando-as
doloridas e tensas, o que dificulta o aleitamento. 
• Ocorre nas primeiras 24 a 72 h pós-parto.
 • O tratamento consiste em retirada do leite (sucção do
recém-nascido ou ordenha manual), aplicação de
compressa de gelo, enfaixamento mamário e uso de
antitérmicos e analgésicos, se necessário.
• COMPLICAÇÕES MAMÁRIAS:
- Mastite: A mastite é a inflamação aguda dos tecidos da
mama, que pode vir ou não acompanhada de uma infecção
bacteriana.
• Cerca de 10% das puérperas com ingurgitamento
mamário desenvolvem mastite, que aparece na 2a ou 3a
semana de pós-parto ou mais, geralmente unilateral. 
• Dor, rubor, calor local, febre (≥ 38°C), calafrios, tremores,
taquicardia, mal-estar e descarga mamilar purulenta são os
principais sintomas.
• Rachaduras, fissuras e via hematogênica são as portas de
entrada dos microrganismos.
 • O tratamento inclui, além de agentes antibacterianos,
medidas como suporte mamário, compressa fria, drenagem
mamária e analgésicos.
• Recomenda-se manter a amamentação.
• DEPRESSÃO PÓS PARTO:
A depressão pós-parto moderada ou acentuada afeta 7 a
10% das puérperas em diversos países.
• Os sintomas incluem transtorno do sono, agitação
psicomotora, choro fácil, cansaço extremo, falta de libido,
autocensura, depressão do humor, ansiedade intensa,
agorafobia e intenção ou planos de suicídio. 
• Fatores de risco incluem problemas conjugais, sintomas
depressivos antes da gravidez, percalços socioeconômicos,
intercorrências obstétricas dramáticas (óbito fetal,
malformação) e acontecimentos traumáticos de vida
(falecimento de pessoa querida, separação). A conduta na
depressão pós-parto às vezes, farmacológica, é necessária,
além do suporte familiar.
 • Mulheres que tiveram depressão pós-parto apresentam
taxas de 30 a 70% de recorrência em futuras gestações.
• Todas as mulheres, logo após o parto, deveriam ser
acompanhadas pelo fisioterapeuta ainda na maternidade,
com o objetivo de uma melhor recuperação. O
fisioterapeuta atua dentro da maternidade após 6 horas do
parto normal ou 8 horas da cesária.
• Um dos focos da atuação fisioterapêutica deve ser:
 A identificação de fatores de risco obstétricos para a
ocorrência de disfunções de assoalho pélvico (DAP), como a
incontinência urinária (IU), a incontinência anal (IA) e os
prolapsos de órgãos pélvicos (POP). 
• Avaliação cuidadosa e criteriosa para detectar as
deficiências musculares do assoalho pélvico (AP) e a sua
influência na ocorrência das DAP, que podem limitar as
atividades diárias da puérpera e possivelmente restringir a
sua participação social.
 • Ensinar a mulher a perceber os próprios músculos do
assoalho pélvico (MAP) e a realizar exercícios que serão
continuados em casa.
•Oferecer orientações sobre amamentação.
•Diminuir possíveis dores e desconfortos focando no bem-
estar. 
•Estimular o sistema circulatório e prevenir tromboses.
•Restabelecer a função gastrointestinal.
•Promover analgesia da região do períneo e da incisão da
cesariana.
•Retomar o condicionamento cardiovascular.
•Reeducar a musculatura abdominal.
•Previnir e tratar complicações clínicas relacionadas ao
sistema cardiovascular e respiratório.
•Favorecer uma recuperação física mais rápida.
•Orientar posições corporais adequadas, a fim de evitar
sobrecargas posturais durante os cuidados com o bebê.
• Antes de iniciar o atendimento pós-parto, o fisioterapeuta
precisa averiguar o horário de procedência do parto.
• Devemos respeitar o repouso nas primeiras horas após o
procedimentopor via vaginal, devido às demandas exigidas à
mulher durante o trabalho de parto, ao estresse físico e
emocional e à instabilidade hemodinâmica que se estabelece
no organismo materno nesse período. 
• O respeito ao repouso nas mulheres submetidas a
cesariana é ainda maior em função dos efeitos da anestesia e
do uso de sondas uretrais em alguns casos.
IMPORTANTE:
• Primeiramente coletamos no prontuário, dados pessoais e
histórias pregressa e atual. 
• Para o fisioterapeuta, é importante ver o partograma e ler a
descrição do parto para identificar fatores de risco para DAP,
como, por exemplo, duração prolongada do segundo estágio
do trabalho de parto, uso de fórceps, episiotomia, peso do
recém-nascido (RN), dentre outros.
 • Antes de se realizar o exame físico, deve-se conversar com
a puérpera e investigar os possíveis desconfortos e dores.
• Durante esse primeiro contato, é importante observar
também sua postura e seu posicionamento no leito, para
orientá-la na vigência de inadequações. Além disso, observa-
se seu estado emocional e a receptividade às orientações.
AVALIAÇÃO:
• Antes de qualquer exercício com a Puérpera o
Fisioterapeuta deverá avaliar:
-Sinais Vitais (FC, FR e PA) *se a PA estiver elevada a
cinesioterapia envolvendo elevação de membros inferiores
na posição de decúbito dorsal deverá ser suspendida, pois
isso poderá aumentar ainda mais a PA.
-Avaliação Respiratória (Padrão respiratório, expansibilidade
torácica e a mobilidade diafragmática). *A ausculta
respiratória deve ser feita naquelas com queixas de
desconforto respiratório.
-Avaliação do Abdome: No abdome, realiza-se a palpação do
útero a fim de acompanhar o processo de involução uterina.
Quando a involução uterina é inadequada, geralmente é
acompanhada de sangramento aumentado. Se o
fisioterapeuta detectar qualquer alteração nesse sentido,
deverá comunicar imediatamente ao médico que assiste a
puérpera. 
AVALIAÇÃO:
AVALIAÇÃO:
• Ainda na avaliação do abdome é verificado a presença de
diástase do músculo reto abdominal com os dedos. Na
maioria das mulheres, a separação do reto é nítida.
• A medida é feita nas regiões supraumbilical, umbilical e
infraumbilical, quando a paciente realiza a flexão anterior
do tronco em decúbito dorsal, com os quadris e os joelhos
flexionados.
-Avaliação do Assoalho pélvico: Desde o período
gestacional, os MAP tendem ao enfraquecimento devido
ao efeito dos hormônios e à sobrecarga causada pelo
aumento da pressão abdominal. No parto, podem ocorrer
lesões aos músculos e/ou nervos do AP, às estruturas
conectivas de suporte da pelve, às estruturas vasculares
ou diretamente ao trato urinário. As lesões musculares
podem resultar de lacerações perineais espontâneas ou de
episiotomia (insisão cirúrgica durante o parto, comumente
na região lateral da vulva).
AVALIAÇÃO:
AVALIAÇÃO:
• As lacerações perineais espontâneas podem ser
classificadas em:
• 1° grau (lesão de mucosa).
• 2° grau (lesão envolvendo a musculatura perineal, mas
não o esfíncter anal).
• 3° grau (lesão envolvendo o complexo esfincteriano
anal).
• 4° grau (lesão envolvendo o complexo esfincteriano anal
e a mucosa retal).
AVALIAÇÃO:
• Essas lesões devem ser documentadas pelo
fisioterapeuta, pois, a curto prazo, podem levar a dor
perineal. Além disso, o trauma perineal decorrente do parto
vaginal tem sido apontado como fator de risco para DAP,
incluindo IU e IA, transtorno de dor
genitopélvica/penetração e POP.
• Mesmo na ocorrência de traumas perineais, em geral,
reinervação subsequente e restabelecimento das funções
do AP ocorrem até 6 meses após o parto. No entanto, em
algumas mulheres, essas alterações persistem. Por isso,
desde 2003, a Society of Obstetricians and Gynaecologists
of Canada (SOGC) recomenda que os exercícios para os MAP
sejam realizados no pós parto imediato para reduzir o risco
de DAP futuramente.
• É importante destacar que a avaliação do AP deve ser feita
em todas as puérperas, independentemente da via de parto,
já que a gravidez por si só pode favorecer a ocorrência de
disfunções.
AVALIAÇÃO:
-Avaliação dos MMII: Nos membros inferiores, avaliamos a
presença de edema e varizes, bem como sinais de
formação de trombos. A palpação para verificação de
trombos é realizada no maléolo interno, na fossa poplítea e
na região inguinal. Em caso positivo, geralmente há dor,
rubor e hipertermia.
Fossa Poplítea
-Avaliação das mamas e da amamentação: Nas mamas,
verifica-se a condição mamilar, além da presença de
colostro. É importante esclarecer as dúvidas em relação à
amamentação e garantir que a puérpera se sinta o mais
segura possível em relação a esse processo antes da alta.
• Como fisioterapeutas, devemos avaliar sempre as
posturas adotadas pelas mulheres durante a
amamentação, incluindo o posicionamento do bebê, e,
junto a elas, definir as melhores posições. Acreditamos que
a postura adequada é um ponto-chave para o sucesso da
amamentação, pois facilita a pega do bebê e evita dores e
desconfortos musculoesqueléticos, diminuindo a incidência
de complicações e tornando o processo mais prazeroso.
AVALIAÇÃO:
CONDUTA:
 • De maneira geral, são realizados:
- Exercícios respiratórios
-Exercícios para o estímulo do peristaltismo abdominal
- Incentivo à deambulação
-Posicionamento no leito
-Exercícios para os MAP e 
-Condutas relacionadas à amamentação. 
•No entanto, a dosagem dos exercícios e a ordem de
realização variam de acordo com os achados da avaliação, a
necessidade da puérpera e as condições do ambiente.
-Respiração Diafragmática: Pode ser empregada objetivando
reeducação da função respiratória, prevenção de
complicações respiratórias e melhora da capacidade
funcional geral das puérperas. Deve preferencialmente ser
associada aos estímulos verbal e proprioceptivo, colocando-
se a mão no reto abdominal, logo abaixo da margem costal
inferior.
CONDUTA:
 
OBS: Não é permitido, no puerpério imediato, realizar
exercícios abdominais concêntricos, ou seja, associados
à flexão anterior do tronco, pois isso pode aumentar a
diástase abdominal. 
• Já a contração abdominal isométrica leve pode melhorar a
circulação na incisão nos casos de pós-parto cesariano,
favorecendo a cicatrização, além de aumentar o
peristaltismo intestinal, auxiliando no restabelecimento da
função intestinal normal e favorecendo a eliminação de
flatos.
-Deambulação: Pode ser incentivada, sendo que a
transferência da posição de decúbito dorsal para a
ortostática deve ser feita virando-se primeiro para decúbito
lateral; pede-se, então, uma inspiração e, na expiração, a
puérpera assume a posição sentada. Cuidados devem ser
tomados para se evitar a hipotensão postural,
principalmente se a puérpera tiver sido submetida à
cesariana e ainda não tiver deambulado.
CONDUTA:
 -Posicionamento no leito: A permanência da mulher no leito
por um período prolongado na posição de decúbito dorsal
dificulta a eliminação dos flatos. Portanto, ela deve ser
orientada a posicionar-se preferencialmente em decúbito
lateral após a deambulação.
• Como cuidados complementares para melhorar o
funcionamento intestinal, a mulher deve manter dietas
balanceadas, ricas em fibras e com uma ingestão maior de
líquido.
-Estimular o Sistema Circulatório: Isso é feito por meio de
exercícios para as extremidades que favoreçam o retorno
venoso, a deambulação frequente e o posicionamento dos
membros em elevação no leito.
-Exercícios para os MAP: Após nos certificarmos da correta
contração por inspeção, incentivamos a contração e o
relaxamento muscular repetidas vezes e, se possível,
solicitamos também contrações sustentadas por alguns
segundos.
CONDUTA:
 -Crioterapia: Quando a mulher é submetida a episiotomia
durante o parto vaginal, é comum o relato de dor e edema
na região perineal nos primeiros dias. Nesse caso, a
crioterapia pode ser usada para bloquear a condução
nervosa local do estímulo doloroso e diminuir o processo
inflamatório, incluindo a gravidade do edema.
• As mulheres podem queixar-se também de coccialgias
após o parto, favorecidaspelo movimento para trás e para
cima da ponta do cóccix que acontece no período expulsivo,
com o objetivo de aumentar o diâmetro anteroposterior do
estreito inferior durante a liberação da cabeça fetal.
O uso de compressas frias, a adoção da posição em
decúbito lateral ao dormir e nos momentos de repouso e a
avaliação e adequação das atividades diárias aliviam a dor.
ORIENTAÇÕES:
 O nascimento do primeiro filho representa uma fase de
transição na vida da mulher, em que surgem novas
demandas físicas e emocionais com as quais ela precisa
lidar. Os cuidados com crianças desde o nascimento até os
3 anos de idade são percebidos como o período de maior
demanda física e emocional pelas mães.
Desse modo, no puerpério, parte das recomendações
ergonômicas é relacionada às estratégias para lidar com as
demandas emocionais do período, e parte visa interferir nas
demandas impostas sobre o sistema musculoesquelético
da mãe e dos demais cuidadores do bebê, minimizando-as.
ORIENTAÇÕES:
 - Amamentação: Os pés devem estar bem apoiados no
chão, de modo que os joelhos estejam a aproximadamente
90 graus de flexão e os quadris em torno de 100 graus.
Essa posição dos membros inferiores pode ser alternada
com a elevação dos pés sobre um apoio, para evitar edema
de membros inferiores. A coluna vertebral deve estar toda
apoiada no encosto da cadeira, sem que este force ou
modifique as curvaturas normais. O braço deve estar
apoiado sobre uma almofada, para que a mãe não tenha de
sustentar o peso da criança ao amamentar, mas apenas
apoiar a cabeça do bebê. 
ORIENTAÇÕES:
 - Troca de Fraudas: Para a troca de fraldas e roupas do bebê,
a altura da área de troca onde o bebê é posicionado deve
corresponder à altura do cotovelo. Para isso, a superfície do
móvel deve ser um pouco mais baixa que a altura do cotovelo
do cuidador na posição de pé, aproximadamente na altura da
sua crista ilíaca, ou aproximadamente 15 cm abaixo da altura
de seu cotovelo. Deve haver espaço sob o móvel na forma de
um recuo para a acomodação dos pés. Isso evita a inclinação
do tronco anteriormente, o que exigiria contração estática
dos músculos do dorso.
 
ORIENTAÇÕES:
 -Banho: Caso o cuidador decida utilizar banheira no formato
clássico, a base deve estar na altura da borda superior da
sínfise púbica, estando a pessoa na postura de pé. A banheira
deve ser posicionada sobre suporte, móvel ou bancada que
tenha recuo para acomodação dos pés, o que possibilita que
o cuidador fique bem próximo ao bebê. Um apoio para os pés,
de modo que seja possível alternar a descarga de peso entre
eles, ajuda a reduzir a sobrecarga para a coluna lombar.
 
ORIENTAÇÕES:
 -Transporte do Bebe (carrinho): Deve-se optar por modelos
que sejam práticos e funcionais, ou seja, fáceis de manusear,
leves, compactos, porém resistentes, e que ofereçam
conforto à criança. A alça para guiar o carrinho deve ter altura
que evite a flexão do tronco, devendo estar posicionada entre
a crista ilíaca e o cotovelo do condutor. Deve haver espaço
livre entre as rodas traseiras para não impedir as passadas
do cuidador ao conduzir o carrinho. As suas dimensões
devem ser tais que possibilitem o trânsito entre os cômodos
da residência e, para o caso de transporte em veículo próprio,
o armazenamento no compartimento de bagagem.
Bebe conforto: Deve ser usado do nascimento até 1
ano de idade ou até 13 kg, conforme recomendação do
fabricante, e deve ser instalado no banco traseiro,
levemente inclinado e sempre de costas para o sentido
do movimento do veículo. Deve-se optar por modelos
leves, já que são com frequência transportados
manualmente e servem de apoio para o bebê também
fora do veículo.
-Transporte do Bebe (veículo): Crianças até 7 anos e meio
devem, obrigatoriamente, ser transportadas nos veículos
com dispositivo de retenção específico: bebê conforto,
cadeirinha ou assento de elevação, de acordo com o peso e
a faixa etária, no banco de trás.
ORIENTAÇÕES:
 
ORIENTAÇÕES:
 Cadeirinha: Crianças de 1 a 4 anos de idade, entre 9 e
18 kg, devem utilizar as cadeiras de segurança. Estas
devem ficar na posição vertical, no centro do banco
traseiro e voltadas para frente. É importante selecionar
modelos cuja largura não exceda o espaço destinado a
um passageiro no banco de trás, entre o cinto de
segurança e sua fivela de encaixe. Caso a cadeira fique
posicionada sobre a fivela do cinto de segurança, será
exigido esforço extra do cuidador para fixá-la ao banco.
Portanto, tais modelos devem ser evitados.
ORIENTAÇÕES:
 Carregar o bebe: Carregar um bebê no colo exige atividade
muscular extra da musculatura paravertebral, e, quando o
esforço é feito constantemente, pode levar à fadiga
muscular. Para minimizar a exigência muscular, pode-se
adotar o uso de bolsas tipo canguru (cadeirinhas com
fivelas ou argolas ajustáveis) ou sling (peça semelhante a
uma bolsa de pano), em que o bebê fica preso ao corpo do
cuidador. O correto é posicionar o bebê na altura da cintura.
Preferencialmente, o bebê deve ficar sentada de frente
para o cuidador, com as pernas levemente dobradas, nunca
penduradas.
@fisiovittoria @claramariamb

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