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RIO DE JANEIRO 2020 MECÂNICA DOS SÓLIDOS TRABALHO PARA AV1 Trabalho acadêmico referente a Avaliação A1 Curso: Engenharia Disciplina: Mecânica dos Sólidos Docente: Moacir Porto Ferreira ALAN D. DE A. L. MELO - 20191100319 AMANDA ESPERANÇA PADRENOSSO - 20041302664 ANA CLARA DE OLIVEIRA - 20171109048 ANA CLARA LOURENÇO - 20191107781 ARYANA B. PEREIRA DE JESUS - 20182102974 BEATRIZ CARDOSO - 20191106362 BYANCA BRASIL PEREIRA DOS SANTOS – 20191108752 CAIO ARAUJO DOS SANTOS - CORINNE DE CARVALHO – 20182101188 DANIELLE SOUSA ERMINIO - 20191108910 DOUGLAS PEREIRA DE CRISTO CHAGAS – 20141103707 ELTON ROCRIGUES MACHADO - 20141104572 ESTEFANI O. LINHARES - 20141107591 FÁBIO LUIZ SILVA RAMALHO - 20191101001 FELIPE CARDOSO CORRÊA - 20181101750 FERNANDO FARIA PERES - 20191103402 GABRIEL LIMA – 20191103902 GABRIEL RAMOS DA SILVA - 20191104058 GEISYLANE VITTORIA. S. F ROSENDO – 20191104358 GERTA PIMENTA – 20181103913 GILBERTO DE ALMEIDA - 20191108302 HUGO GOMES RUIZ - 20172100855 IZABELE DA COSTA RAMALHO JOÃO PAULO DA COSTA – 20151102853 JOÃO PAULO FONSECA DE ARAÚJO - 2018110386 JOÃO VICTOR GOMES - 2018110784 JOSÉ HUGO PONTALTI GEBARA - 20101101820 LEONARDO DE SOUZA JESUINO - 20202101921 LEONARDO GOMES BATISTA DE OLIVEIRA - 20191103015 LETÍCIA PEREIRA DA SILVA - 20191107314 LUAN DOS SANTOS MACIEL - 20181105395 LUCAS ARCANGELO - 20181105395 LUCAS GUERSON DO VALLE – 20191104736 LUIZ FELIPE PIRES RODRIGUES – 20191103781 LUIZ FERNANDO MELO - 20181100405 MARCELO DE AZEVEDO - 20181104119 MARCELO DE SUCKOW - 20172102876 MARIANI JEREMIAS BASTOS – 20161107249 MARINA DE JESUS - 20191107854 MARIZE FERREIRA CAEIRO - 20152101860 MATHEUS A. LEAL DE A. CARDOSO - 20191109436 MATHEUS GREGORIO - 20191108368 MATHEUS MEIRA GERARD - 20191104446 PATRICIA KAREN LAWRENCE - 20172102715 PAULO JUNIOR - 20141103782 PEDRO QUEIROZ – 20161105541 PHELIPE MARTINS DA CONCEIÇÃO - 20191109437 RAISA C. DE ALENCAR – 20191108644 RENATO GARCIA - 20182101810 ROSILANE CELESTINO - 20121105265 THAIS DOS SANTOS - 20171109320 THALES BRAGA – 20181106940 VICTOR RIBEIRO OWONDO - 20191100845 WALTER CRISTOVAM - 20191103450 WELINGTON NEVES HELENO - 20132101977 WEMERSON MENDONÇA - 20121101371 WILLIANE GABRIELA MARTINS - 20182102420 Sumário 1. CONCEITO DO MOMENTO DE INÉRCIA, COM APLICAÇÕES. EXEMPLOS GRÁFICOS E CÁLCULOS DE MOMENTO DE INERCIA. .................................................................................................................... 4 1.1. APLICAÇÕES ............................................................................................................................ 4 1.1.1. EXEMPLOS GRÁFICOS: .................................................................................................... 9 1.2. CÁLCULO DE MOMENTO DE INÉRCIA ................................................................................... 10 1.2.1. EXERCÍCIO DE EXEMPLO: .............................................................................................. 12 2. MOMENTO DE INÉRCIA EM FIGURAS PLANAS ............................................................................ 13 3. MOMENTO POLAR DE INERCIA .................................................................................................... 26 3.1. INTRODUÇÃO ........................................................................................................................ 26 3.2. DEFINIÇÃO ............................................................................................................................ 26 3.3. COMPARAÇÃO ENTRE VÁRIOS MOMENTOS DE INÉRCIA PARA UM CILINDRO ................. 28 3.4. DIFERENÇA ENTRE O MOMENTO DE INÉRCIA E O MOMENTO POLAR DE INÉRCIA ........... 29 3.4.1. APLICAÇÃO .................................................................................................................... 30 3.5. MOMENTO POLAR DE INÉRCIA (Jp) ..................................................................................... 30 3.5.1. CÁLCULOS ...................................................................................................................... 32 4. MOMENTO DE GIRAÇÃO .............................................................................................................. 35 4.1. CONCEITO.............................................................................................................................. 35 4.2. GRÁFICOS ILUSTRATIVOS E CÁLCULOS DE OBTENÇÃO. ...................................................... 35 4.3. APLICAÇÕES REAIS .................................................................................................................... 37 5. MOMENTO DE INÉRCIA DE SUPERFÍCIES COMPOSTAS ............................................................... 42 5.1. CONCEITO.............................................................................................................................. 42 6. PRODUTO DE INÉRCIA PARA UMA ÁREA ..................................................................................... 48 6.1. TEOREMA DOS EIXOS PARALELOS ........................................................................................... 49 Grupo 1: Aryana Pereira, Beatriz Cardoso, Douglas Chagas, Lucas do Valle, Marina Rosário, Marize Coeiro, Patrícia Lawrence, Paulo Junior e Victor Ribeiro. 1. CONCEITO DO MOMENTO DE INÉRCIA, COM APLICAÇÕES. EXEMPLOS GRÁFICOS E CÁLCULOS DE MOMENTO DE INERCIA. Inércia é a propriedade de um corpo continuar em determinado estado de repouso ou de movimento até ser modificado por uma força. Já o momento de inércia é a grandeza física que avalia a resistência a mudança no movimento rotacional. Essa resistência a mudança em sua velocidade angular é definida pelo produto da área pelo quadrado da distância até o referencial. Essa resistência a mudança em sua velocidade angular que simbolizaremos por I, pode ser expressa por: I = m. R² Para um corpo de massa m, cujo centro de massa está posicionado a uma distância fixa R de um ponto fixo em torno do qual este objeto pode executar um movimento circular mas para objeto como uma barra, ou um disco, ou uma esfera, qual seria a expressão para o cálculo do momento de inércia. Para estes casos, aplica – se o cálculo da integral utilizando a distribuição contínua de massa, cujo elemento de massa é dm ao longo do corpo com comprimento x, como segue abaixo. 1.1. APLICAÇÕES O momento de inércia é utilizado no estudo da dinâmica das rotações de corpos extensos, também é utilizado no estudo das tensões que ocorrem nas flexões e torções. Além disso, pode ser utilizado na avaliação de forças resultantes de pressões sobre superfícies. Dentre as aplicações do Momento de Inércia, podem ser destacadas: • Cálculo da energia cinética de rotação de um corpo rígido: Onde, há um corpo rígido de massa M girando em torno de um ponto com uma velocidade angular w como mostra a figura. • Cálculo da energia cinética de um corpo num movimento genérico: Um movimento genérico de um corpo que passa da posição 1 para a posição 3 pode ser sempre considerado como a superposição de dois movimentos básicos, um de translação (deslocamento da posição 1 para 2) e um outro de rotação em torno do centro de massa (deslocamento da posição 2 para 3) Consequentemente a energia cinética de um corpo em movimento genérico pode ser calculada como sendo a soma da energia cinética no movimento de translação com a energia cinética no movimento de rotação. • Cálculo do momento cinético de um corpo num movimento de rotação em torno de um eixo que passa pelo centro de massa: Denominado como o momento cinético J ao momento da quantidade de movimento. O momento cinético J é uma grandeza vetorial que seráanalisada escalarmente, uma vez que só sejam considerados os movimentos situados em um mesmo plano. O tratamento escalar será estendido à todas as grandezas envolvidas. Considerando uma partícula de massa m girando com uma velocidade linear v e angular w em torno de um ponto distante r. O momento cinético J da partícula será: J = r.mv >>> J = r.m.ωr >>> J = r2m.ω >>> J = I.ω Onde I é o momento de inércia da partícula em relação ao ponto centro de rotação. Levando em consideração, um corpo de massa M girando com uma velocidade angular w em torno de um eixo perpendicular ao plano da figura. • Teorema do momento cinético: Quando há uma partícula de massa m girando com uma velocidade linear v e angular w em torno de um ponto distante r da partícula, cujo momento cinético é J. Seja F uma força atuante sobre a partícula, cujo momento em relação ao centro de rotação é MF. Vale lembra, que o tratamento escalar está sendo dado à todas as grandezas envolvidas no estudo, uma vez que é admitido um movimento em um mesmo plano. • Cálculo da força que um líquido em equilíbrio exerce sobre uma superfície plana vertical imersa: Este ocorre quando, uma superfície plana, vertical, de área S, imersa num líquido de massa específica m num local onde a aceleração da gravidade seja g. Levando em consideração, uma faixa horizontal de área elementar dS. Seja F a força exercida pelo líquido sobre a superfície. Sabemos que a pressão p exercida pelo líquido na profundidade y é >>> p = ymg • Cálculo da posição do centro de empuxo: Ocorre quando, uma superfície plana, vertical, de área S, imersa num líquido de massa específica m num local onde a aceleração da gravidade seja g. Consideremos ainda uma faixa horizontal de área elementar dS. Seja HCM a profundidade do centro de massa. Denomina-se de centro de empuxo ao ponto de aplicação da força resultante F exercida pelo líquido sobre a superfície. Seja HE a sua profundidade. Sabemos que a pressão p exercida pelo líquido na profundidade y é: 𝑃 = 𝑦 × 𝑚 × 𝑔 1.1.1. EXEMPLOS GRÁFICOS: 1.2. CÁLCULO DE MOMENTO DE INÉRCIA Separamos os seguintes exemplos que mostram como calcular o momento de inércia de algumas figuras geométricas: I. Retângulo II. Triângulo III. Círculo IV. Semicírculo V. Quadrante 1.2.1. EXERCÍCIO DE EXEMPLO: Retirado do site: https://sca.profmat-sbm.org.br/sca_v2/get_tcc3.php?id=171040109 e reformulada com base no trabalho - Em situações corriqueiras, uma placa plana pode ser dividida em figuras simples, como mostrada na explicação acima. Pode-se calcular a abscissa x do seu centro de gravidade G a partir das abscissas x1, x2, …, xn dos centros de gravidades de diversas partes representando que o momento do peso de toda placa em relação ao eixo, conforme afigura abaixo. Sua ordenada y do centro de gravidade da placa é calculada de forma similar, igualando-se o momento em relação ao eixo x. Equacionando temos: De forma resumida, obtemos: https://sca.profmat-sbm.org.br/sca_v2/get_tcc3.php?id=171040109 As equações podem ser resolvidas para as coordenadas x e y do centro de gravidade da placa, como mostra a figura abaixo: Grupo 2: Ana Clara Lourenço, Byanca Brasil, Fernando Faria, Gabriel Lima, João Paulo da costa, Letícia Pereira, Matheus Amorelly, Raisa Alencar e Rosilane Celestino. 2. MOMENTO DE INÉRCIA EM FIGURAS PLANAS Saber efetuar o cálculo do momento de inércia é algo que foi compreendido quando explicado o seu conceito. Ademais, foi obtida a seguinte fórmula: 𝐼 = ∫ 𝑟2 𝑑𝑚 Onde: r representa a distância perpendicular do elemento de massa dm ao eixo de rotação De fato, a fórmula para calcular o momento de inércia de figuras planas como o retângulo, triângulo, círculo e elipse é algo já estipulado em tabela. Entretanto, o objetivo principal a ser alcançado é além de mostrá-las, esclarecer como se chegaram as fórmulas atuais. Por mais que seja usado um par de eixos de referência (X e Y), deve-se calcular o momento de inércia em relação a cada um deles de forma separada. Sendo assim, por definição, os momentos de inércia do elemento diferencial dA em torno dos eixos são: 𝑑𝐼𝑥 = 𝑦 2𝑑𝐴 e 𝑑𝐼𝑦 = 𝑥 2𝑑𝐴 Para a área inteira, o momento de inércia é determinado por integração, isto é: 𝐼𝑥 = ∫ 𝑦 2 𝑑𝐴 (𝐴) e 𝐼𝑦 = ∫ 𝑥 2 𝑑𝐴 (𝐴) Agora, já que se sabe a fórmula necessária para a descoberta do momento de inércia, elas irão ser aplicadas nas figuras: retângulo, triângulo, círculo e elipse, respectivamente: • Retângulo: O momento de inércia em relação a x: 𝑑𝐼𝑥 = 𝑦 2 𝑑𝐴 𝑑𝐼𝑥 = 𝑦 2 𝑏𝑑𝑦 𝐼𝑥 = ∫ 𝑑𝐼𝑥 𝐴 𝐼𝑥 = ∫ 𝑦 2 𝑏𝑑𝑦 ℎ 0 𝐼𝑥 = (𝑏. 𝑦3 3 ) |0 ℎ 𝐼𝑥 = [((𝑏. ℎ3 3 ) − ( 𝑏. 0 3 )] 𝐼𝑥 = 𝑏ℎ3 3 Em relação ao eixo central x’: Como 𝐼𝑥 já foi calculado e se sabe que 𝑑𝑦 = ℎ 2 , eles podem ser aplicados na seguinte relação: 𝐼𝑥 = 𝐼′𝑥′ + 𝑑𝑦 2𝐴 Sendo assim: 𝐼′𝑥′ = 𝐼𝑥 − 𝑑𝑦 2𝐴 𝐼′𝑥′ = 𝑏ℎ3 3 − ( ℎ 2 ) 2 . 𝑏ℎ 𝐼′𝑥′ = 𝑏ℎ3 3 − 𝑏ℎ3 4 𝐼′𝑥′ = (𝑏ℎ 3) ( 1 3 − 1 4 ) 𝐼′𝑥′ = 𝑏ℎ3 12 Em relação a y: y y’ ^ ^ ^ h x’ ^ dA = h dx O momento de inércia em relação a y: 𝑑𝐼𝑦 = 𝑥 2 𝑑𝐴 𝑑𝐼𝑦 = 𝑥 2 𝑏𝑑𝑥 𝐼𝑦 = ∫ 𝑑𝐼𝑦 𝐴 𝐼𝑦 = ∫ 𝑥 2 ℎ𝑑𝑥 𝑏 0 𝐼𝑦 = ( ℎ𝑥3 3 ) |0 𝑏 𝐼𝑦 = [( ℎ𝑏3 3 ) − ( ℎ. 0 3 )] 𝐼𝑦 = ℎ𝑏3 3 Em relação ao eixo central y’: Como 𝐼𝑦 já foi calculado e se sabe que 𝑑𝑥 = 𝑏 2 , eles podem ser aplicados na seguinte relação: 𝐼𝑦 = 𝐼′𝑦′ + 𝑑𝑥 2𝐴 Sendo assim: 𝐼′𝑦′ = 𝐼𝑦 − 𝑑𝑥 2𝐴 𝐼′𝑦′ = 𝑏3ℎ 3 − ( 𝑏 2 ) 2 . 𝑏ℎ 𝐼′𝑦′ = 𝑏3ℎ 3 − 𝑏3ℎ 4 𝐼′𝑦′ = (𝑏 3ℎ) ( 1 3 − 1 4 ) x G ^ ^ b o ^ ^ 𝐼′𝑦′ = 𝑏3ℎ 12 Sendo assim : Momento de inércia em relação a x e y: 𝐼𝑥 = 𝑏ℎ3 3 𝐼𝑦 = ℎ𝑏3 3 Momento de inércia em relação aos eixos centrais x’ e y’: 𝐼′𝑥′ = 𝑏ℎ3 12 𝐼′𝑦′ = ℎ𝑏3 12 • Triângulo: •Tipo 1 O momento de inércia Em relação a x: 𝑑𝐼𝑥 = 𝑦 2 𝑑𝐴 𝑑𝐼𝑥 = 𝑦 2 𝑥𝑑𝑦 𝐼𝑥 = ∫ 𝑑𝐼𝑥 𝐴 𝐼𝑥 = ∫ 𝑦 2 𝑥𝑑𝑦 ℎ 0 Como: 𝑦 = ℎ − ℎ 𝑏 𝑥 → 𝑥 = 𝑏 − 𝑏 ℎ 𝑦 Então: 𝐼𝑥 = ∫ 𝑦 2 (𝑏 − 𝑏 ℎ 𝑦) 𝑑𝑦 ℎ 0 𝐼𝑥 = ∫ 𝑦 2 𝑏ℎ − 𝑏𝑦 ℎ 𝑑𝑦 ℎ 0 𝐼𝑥 = ∫ 𝑦 2 𝑏(ℎ − 𝑦) ℎ 𝑑𝑦 ℎ 0 𝐼𝑥 = ( 𝑏𝑦3 3 − 𝑏𝑦4 4ℎ ) |0 ℎ 𝐼𝑥 = [( 𝑏ℎ3 3 ) − ( 𝑏. ℎ4 4ℎ )] − [( 𝑏. 0 3 ) − ( 𝑏. 0 4ℎ )] 𝐼𝑥 = 4ℎ. 𝑏ℎ3 − 3𝑏ℎ4 12ℎ 𝐼𝑥 = 4𝑏ℎ4 − 3𝑏ℎ4 12ℎ 𝐼𝑥 = 𝑏ℎ4 12ℎ 𝐼𝑥 = 𝑏ℎ3 12 Em relação a x’: Como 𝐼𝑥 já foi calculado e se sabe que 𝑑𝑦 = ℎ 3 , pode-se obter a seguinte relação: 𝐼𝑥 = 𝐼′𝑥′ + 𝑑𝑦 2𝐴 Sendo assim: 𝐼′𝑥′ = 𝐼𝑥 − 𝑑𝑦 2𝐴 𝐼′𝑥′ = 𝑏ℎ3 12 − ( ℎ 3 ) 2 . 𝑏ℎ 2 𝐼′𝑥′ = 𝑏ℎ3 12 − 𝑏ℎ3 18 𝐼′𝑥′ = ( 𝑏ℎ3 6 ) ( 1 2 − 1 3 ) 𝐼′𝑥′ = 𝑏ℎ3 36 Em relação a y: Em relação a y: 𝑑𝐼𝑦 = 𝑥 2 𝑑𝐴 𝑑𝐼𝑦 = 𝑥 2 𝑦𝑑𝑥 𝐼 𝑦 = ∫ 𝑑𝐼𝑦 𝐴 𝐼𝑦 = ∫ 𝑥 2 𝑦𝑑𝑥 𝑏 0 Como: 𝑦 = ℎ − ℎ 𝑏 𝑥 → 𝑥 = 𝑏 − 𝑏 ℎ 𝑦 Então: 𝐼𝑦 = ∫ 𝑥 2 (ℎ − ℎ 𝑏 𝑥) 𝑑𝑥 𝑏 0 𝐼𝑦 = ∫ 𝑥 2 ℎ𝑏 − ℎ𝑥 𝑏 𝑑𝑥 𝑏 0 𝐼𝑦 = ∫ 𝑥 2 ℎ(𝑏 − 𝑥) 𝑏 𝑑𝑥 𝑏 0 𝐼𝑦 = ( 𝑥3ℎ 3 − 𝑥4ℎ 4𝑏 ) |0 𝑏 y ^ ^ x h G ^ ^ dA = y dx b o ^ ^ y’ x’ 𝐼𝑦 = [( 𝑏3ℎ 3 ) − ( 𝑏4ℎ 4𝑏 )] − [( ℎ. 0 3 ) − ( ℎ. 0 4𝑏 )] 𝐼𝑦 = 4ℎ𝑏4 − 3ℎ𝑏4 12𝑏 𝐼𝑦 = ℎ𝑏3 12 Em relação a y’: Como 𝐼𝑦 já foi calculado e se sabe que 𝑑𝑥 = 𝑏 3 , eles podem ser aplicados na seguinte relação: 𝐼𝑦 = 𝐼′𝑦′ + 𝑑𝑥 2𝐴 Sendo assim: 𝐼′𝑦′ = 𝐼𝑦 − 𝑑𝑥 2𝐴 𝐼′𝑦′ = ℎ𝑏3 12 − ( 𝑏 3 ) 2 . 𝑏ℎ 2 𝐼′𝑦′= 𝑏3ℎ 12 − 𝑏3ℎ 18 𝐼′𝑦′ = ( 𝑏3ℎ 6 ) ( 1 2 − 1 3 ) 𝐼′𝑦′ = 𝑏3ℎ 36 •Tipo 2 Esses dois tipos de triângulos possuem a mesma área ( 𝑏ℎ 2 ) e a mesma distância 𝑦 ao centróide ( ℎ 3 ) Sendo assim: Momento de inércia em relação a x e y: 𝐼𝑥 = 𝑏ℎ3 12 𝐼𝑦 = ℎ𝑏3 12 Momento de inércia em relação aos eixos x’ e y’: 𝐼′𝑥′ = 𝑏ℎ3 36 𝐼′𝑦′ = ℎ𝑏3 36 • Círculo: Pode-se resolver isso utilizando a relação do momento de inércia polar em relação à origem dos eixos x e y: 𝐼𝑝 = 𝐼𝑥 + 𝐼𝑦 Sabendo que qualquer eixo que passa pelo ponto O é o eixo de simetria, 𝐼𝑥 = 𝐼𝑦. Então primeiramente pode-se calcular o 𝐼𝑝. ∫ 𝑟2 𝑑𝐴 𝑅 0 ∫ 𝑟2 2𝜋𝑟𝑑𝑟 𝑅 0 2𝜋 ∫ 𝑟3𝑑𝑟 𝑅 0 2𝜋 [ 𝑟4 4 ] |0 𝑅 2𝜋 [( 𝑅4 4 ) − ( 0 4 )] 𝜋𝑟4 2 Agora substituindo: 𝐼𝑝 = 𝐼𝑥 + 𝐼𝑦 𝜋𝑟4 2 = 𝐼𝑥 + 𝐼𝑦 Como 𝐼𝑥 = 𝐼𝑦: 𝜋𝑟4 2 = 𝐼𝑥 + 𝐼𝑥 𝜋𝑟4 2 = 2𝐼𝑥 𝐼𝑥 = 𝜋𝑟4 4 Sendo Assim: Momento de inércia em relação a x : 𝐼𝑥 = 𝜋𝑟4 4 Momento de inércia em relação a y: 𝐼𝑦 = 𝜋𝑟4 4 • Elipse: Momento de inércia em relação a x: 𝐼𝑥 = ∫ 𝑦 2 𝑑𝐴 𝐴 𝑥2 𝑎2 + 𝑦2 𝑏2 = 1 𝑥 = 𝑎 𝑏 √𝑏2 − 𝑦2 𝐼𝑥 = ∫ ∫ 𝑦 2 𝑑𝑥𝑑𝑦 𝑥 −𝑥 𝑏 −𝑏 ∫ [𝑦2𝑥]|−𝑥 𝑥 𝑏 −𝑏 𝑑𝑦 ∫ 𝑦2(𝑥 − (−𝑥)𝑑𝑦 𝑏 −𝑏 𝐼𝑥 = ∫ 𝑦 2(2𝑥)𝑑𝑦 𝑏 −𝑏 𝐼𝑥 = ∫ 2𝑦 2 𝑎 𝑏 𝑏 −𝑏 √𝑏2 − 𝑦2 𝑑𝑦 Obs: Obs: 𝑦 = 𝑏𝑠𝑖𝑛𝜃 → 𝑑𝑦 = 𝑏𝑐𝑜𝑠𝜃𝑑𝜃 → 𝑦 = [−𝑏, 𝑏] → 𝜃 = [− 𝜋 2 , 𝜋 2 ] 𝐼𝑥 = ∫ 2(𝑏 𝑠𝑖𝑛𝜃) 2 𝑎 𝑏 √𝑏2 − (𝑏 𝑠𝑖𝑛𝜃)2 𝑏 𝑐𝑜𝑠𝜗𝑑𝜃 𝜋 2 − 𝜋 2 𝐼𝑥 = ∫ 2𝑏 3 a sin2 𝜃 cos2 𝜃𝑑𝜃 𝜋 2 − 𝜋 2 𝐼𝑥 = ∫ 𝑏3𝑎 2 sin2 2𝜃𝑑𝜃 𝜋 2 − 𝜋 2 𝐼𝑥 = 𝑏3𝑎 8 ∫ 1 − 𝑐𝑜𝑠4𝜗 2 𝑑4𝜃 𝜋 2 − 𝜋 2 𝐼𝑥 = 𝑏3𝑎 16 [4𝜃 − 𝑠𝑖𝑛4𝜃]| − 𝜋 2 𝜋 2 𝐼𝑥 = 𝑏3𝑎 16 (( 4𝜋 2 − 𝑠𝑖𝑛4𝜋 2 ) − (− 4𝜋 2 + 𝑠𝑖𝑛4𝜋 2 )) 𝐼𝑥 = 𝑏3𝑎 16 4𝜋 𝐼𝑥 = 𝜋𝑎𝑏3 4 Momento de Inércia em relação a y: 𝐼𝑦 = ∫ 𝑥 2 𝑑𝐴 𝐴 𝑥2 𝑎2 + 𝑦2 𝑏2 = 1 𝑥 = 𝑎 𝑏 √𝑏2 − 𝑦2 𝐼𝑦 = ∫ ∫ 𝑥 2 𝑑𝑥𝑑𝑦 𝑥 −𝑥 𝑏 −𝑏 Obs: ∫ [ 1 3 𝑥3] |−𝑥 𝑥 𝑏 −𝑏 𝑑𝑦 ∫ ( 1 3 𝑥3 − (− 1 3 𝑥3)) 𝑑𝑦 𝑏 −𝑏 𝐼𝑥 = ∫ 2 3 𝑥3𝑑𝑦 𝑏 −𝑏 𝐼𝑦 = ∫ 2𝑎3 3𝑏3 (√𝑏2 − 𝑦2) 𝑏 −𝑏 3 𝑑𝑦 𝑦 = 𝑏𝑠𝑖𝑛𝜃 → 𝑑𝑦 = 𝑏𝑐𝑜𝑠𝜃𝑑𝜃 → 𝑦 = [−𝑏, 𝑏] → 𝜃 = [− 𝜋 2 , 𝜋 2 ] 𝐼𝑦 = ∫ 2𝑎3 3𝑏3 (√𝑏2 − (𝑏 𝑠𝑖𝑛𝜃)2) 3 𝑏 𝑐𝑜𝑠𝜗𝑑𝜃 𝜋 2 − 𝜋 2 𝐼𝑥 = ∫ 2𝑎3𝑏 3 cos4 𝜃𝑑𝜃 𝜋 2 − 𝜋 2 𝐼𝑦 = 2𝑎3𝑏 3 [ 1 32 (12𝜃 + 8𝑠𝑖𝑛2𝜃 + 𝑠𝑖𝑛4𝜃)] | − 𝜋 2 𝜋 2 𝐼𝑦 = 𝑎3𝑏 48 ((12 𝜋 2 + 8 sin 2𝜋 4 + sin 4𝜋 2 ) − (12 (− 𝜋 2 ) + 8𝑠𝑖𝑛 (− 2𝜋 2 ) + 𝑠𝑖𝑛 (− 4𝜋 2 ))) 𝐼𝑦 = 𝑎3𝑏 48 (12𝜋) 𝐼𝑦 = 𝜋𝑎3𝑏 4 Sendo assim: Momento de inércia em relação a x : 𝐼𝑥 = 𝜋𝑎𝑏3 4 Obs: Momento de inércia em relação a y: 𝐼𝑦 = 𝜋𝑎3𝑏 4 Grupo 3: Estefani Linhares, Felipe Cardoso, João Paulo Araújo, Luiz Felipe, Matheus Gerard, Pedro Bastos, Phelipe Martins, Renato Garcia Welignton Neves. 3. MOMENTO POLAR DE INERCIA 3.1. INTRODUÇÃO O momento polar de inércia é uma quantidade usada para prever a capacidade de um objeto de resistir à torção, em objetos (ou segmentos de objetos) com uma seção transversal circular invariável e sem empenamento significativo ou deformação fora do plano. É usado para calcular a torção de um objeto submetido a um torque. É análogo ao momento de inércia da área, que caracteriza a capacidade de um objeto de resistir à flexão e é necessário para calcular o deslocamento. Quanto maior o momento polar de inércia, menos o feixe se torcerá, quando submetido a um determinado torque. O momento polar de inércia não deve ser confundido com o momento de inércia, que caracteriza a aceleração angular de um objeto devido a um torque. 3.2. DEFINIÇÃO Um esquema mostrando como o momento polar de inércia é calculado para uma forma arbitrária em torno de um eixo , onde é a distância radial ao elemento . Embora tenha se tornado comum encontrar o termo momentos de inércia usado para descrever os segundos momentos de área polar e planar , isso é principalmente uma construção de campos de engenharia. O termo momento de inércia, dentro dos campos da física e da matemática, é estritamente o momento de inércia de massa, ou segundo momento de massa, usado para descrever a resistência de um objeto maciço ao movimento rotacional, não sua resistência à deformação torcional. Enquanto os segundos momentos de inércia polar e planar são integrados sobre todos os elementos infinitesimais de uma determinada área em alguma seção transversal bidimensional, o momento de inércia de massa é integrado sobre todos os elementos infinitesimais de massa em um espaço tridimensional ocupado por um objeto. Simplificando, os segundos momentos de inércia polar e planar são uma indicação de rigidez, e o momento de inércia de massa é a resistência ao movimento rotacional de um objeto massivo. J x = o momento polar de inércia em torno do eixo x dA = uma área elementar r = a distância radial ao elemento dA do eixo x O momento polar da área aparece nas fórmulas que descrevem a tensão de torção e o deslocamento angular. • Tensão de torção: onde T é o torque, r é o raio e J x é o momento polar da área. Em um eixo circular, a tensão de cisalhamento é máxima na superfície do eixo (já que é onde o torque é máximo): Na maioria das vezes, o problema inverso é resolvido, no qual se resolve para o raio. 3.3. COMPARAÇÃO ENTRE VÁRIOS MOMENTOS DE INÉRCIA PARA UM CILINDRO Momento polar de Inércia d é o diâmetro Momento de Inércia da área Momento de Inércia Tipos de seção transversal, momento polar de inércia 1. Eixo oco Para determinar o momento polar de inércia que usamos; J hollow = R 1 e R o = raio interno e externo do eixo oco. 2. Eixo de Parede Fina Para determinar o momento polar de inércia que usamos J fino = t = espessura do eixo de parede fina. 3. Eixo Circular Sólido Para determinar o momento polar de inércia, usamos a seguinte fórmula; J sólido = R = raio do eixo circular. 3.4. DIFERENÇA ENTRE O MOMENTO DE INÉRCIA E O MOMENTO POLAR DE INÉRCIA Embora o momento de inércia e o momento polar de inércia soem semelhantes, eles são duas quantidades diferentes para medir propriedades diferentes de certos objetos. Veremos algumas diferenças abaixo. Momento de inércia Momento polar de inércia O momento de inércia é usado para medir a capacidade de um objeto de se opor à aceleração angular. É uma medida da capacidade de um objeto de se opor à torção. Sua fórmula é dada como I = r 2 dm É definido como I ou J = r 2 dA É medido em kg m 2 Sua unidade SI é m 4 Depende da massa do corpo. Depende da geometria do corpo. 3.4.1. APLICAÇÃO Se pensarmos em uma viga ou em outro elemento estrutural a interpretação do efeito do momento em cada uma das direções muda. Dois destes momentos são momentos fletores e o terceiro momento é o momento de torção. Podemos concluir que o torque faz um corpo “torcer”. Ou seja, um valor baixo do momento polar de inércia significa que é fácil torcer este corpo; enquanto um valor alto do momento polar de inércia significa que é difícil torcer este corpo. O momento de inércia de área da seção transversal de uma viga, em relação a um eixo que passe pelo seu centro de gravidade, mede a sua rigidez, ou seja a sua resistência à flexão em relação a esse eixo. O módulo de resistência polar de uma superfície é definido através da relação entre o momento de inércia polar da secção, e o comprimento entre o polo e o ponto mais distante da periferia da secção transversal (distânciamáxima). Importância do módulo de resistência polar nos projetos. Utiliza-se o módulo de resistência polar no dimensionamento de elementos submetidos a esforço de torção. Quanto maior o módulo de resistência polar da secção transversal de uma peça, maior a sua resistência à torção. 3.5. MOMENTO POLAR DE INÉRCIA (Jp) Momento polar de inércia (Jp) Como Jp = J, + Jy, para secção circular: Módulo de resistência (Wp) Na secção circular, a distância máxima entre o pala e o ponto mais afastado na periferia é o próprio raio da secção. Tem-se, portanto: Então temos, que: Obtém-se o momento de inércia da secção d, através da subtração entre o momento de inércia do círculo e o momento de inércia do quadrado. Como J, = Jy, conclui-se que: Módulo de resistência: A distância máxima entre o polo mais afastado da periferia é o raio do círculo, portanto: temos então que: 3.5.1. CÁLCULOS - Determinar as expressões de momento polar de inércia (Jp) e o módulo de resistência polar (Wp) Momento polar de inércia Sabe-se que Jp = J, + Jy' o momento de inércia da secção transversal quadrada é o mesmo para o eixo x e para o eixo y, e A distância máxima entre o polo e o ponto mais afastado da periferia da secção transversal quadrada é a metade da sua diagonal. Como rmáx é a hipotenusa de um triângulo retângulos de catetos iguais, pode-se afirmar que: Para poupar o trabalho de calcular integral com a área de cada figura, que geralmente se resumem a cilindros e outras figuras geométricas simples, muitos profissionais utilizam a seguinte tabela: Grupo 4: Danielle Sousa, Gerta Pimenta, Luan Maciel, Lucas Arcangelo, João Victor Gomes, José Hugo Gebara, Matheus Gregorio, Thales Braga e Wemerson de Oliveira. 4. MOMENTO DE GIRAÇÃO 4.1. CONCEITO Define-se raio de giração como sendo a raiz quadrada da relação entre o momento de inércia e a área da superfície. A unidade do raio de giração é o comprimento. O raio de giração é utilizado para o estudo da flambagem. A flambagem, também conhecida como encurvadura, é um fenômeno que ocorre em peças esbeltas, ou seja, peças onde a área de secção transversal é pequena em relação ao seu comprimento, quando submetidas a um esforço de compressão axial. A flambagem acontece quando a peça sofre flexão transversalmente devido à compressão axial. A flambagem é considerada uma instabilidade elástica, assim, a peça pode perder sua estabilidade sem que o material já tenha atingido a sua tensão de escoamento, em geral, leva a uma falha repentina e dramática da estrutura. • FLAMBAGEM 4.2. GRÁFICOS ILUSTRATIVOS E CÁLCULOS DE OBTENÇÃO. Considere uma superfície A com momento de inércia I, em relação ao eixo x. Imaginemos que concentramos essa superfície em uma faixa estreita paralela ao eixo x. Se essa superfície de área A concentrada desse modo tiver o mesmo momento de inércia em relação ao eixo x, a faixa deverá ser colocada a uma distância k, do eixo x, onde kx é definido pela relação Ix = k2x . A. Resolvendo para kx, escrevemos: A distância kx é denominada raio de giração da superfície em relação ao eixo x. Da mesma forma podemos definir os raios de giração do eixo y e do polo 0. Se reescrevermos a equação do momento de inércia polar, em termos de raios de giração, concluímos que: k0 = kx + ky 4.3. APLICAÇÕES REAIS A compreensão do fenômeno de flambagem nos permitirá sua aplicação futura no dimensionamento de elementos estruturais (obtenção da carga limite) sempre que ele sofrer compressão. Barras de treliça, colunas, escoras e outros elementos comprimidos. Há de se frisar que a flambagem é um efeito causado pelas cargas de compressão. A tração tende a retificar as peças (imagine uma corda sendo esticada. Ela fica mais reta quanto mais carga aplicar). A figura 1 representa um grão de um sólido cristalino. Figura 1 – Plano de grão de sólido É basicamente impossível ter um sólido cristalino perfeito, ou seja, os materiais que utilizamos na construção civil estão sujeitos a penetração de impurezas dentro do material. Dois dos principais defeitos no material são chamados de Lacunas (ou vacâncias) e Interstícios. As vacâncias ocorrem, por exemplo, pelo resfriamento rápido de um material, tal como os vidros temperados. O mesmo também ocorre pela formação sob pressão. Em ambos os casos, a velocidade do processo é muito importante para formação de grãos e células unitárias. A vacância nada mais é uma simples ausência na malha, como mostra a figura 2ª, (que não desorganiza o material) ou uma aproximação de outros átomos, figura 2b, (gerando desordem no material). Figura 2a – ausência de átomo / Figura 2b – aproximação de átomos Para ambos, ocorre um desbalanceamento da transmissão de cargas no entorno do defeito cristalino. De forma que no primeiro caso a distribuição se da de forma mais compreensível (Figura 3a), já no segundo de forma mais desorganizada (Figura 3b). Figura 3a – distribuição balanceada / Figura 3b – distribuição desorganizada Assim, as cargas não são mais feitas de forma bem distribuída e balanceada, mas acabam se concentrando ao redor do defeito cristalino, comprimindo o sólido de forma não centrada, e com cargas residuais. Para os defeitos intersticiais, o que ocorre é que um átomo (maior ou menos que o átomo do material) ocupada um espaço que não lhe é natural no grão, também chamamos esse fenômeno de impureza no material. Na impossibilidade da expulsão deste átomo, ele gera uma desordem no plano de distribuição da rede cristalográfica como mostra a figura 4. Figura 4 – caminho das forças em estrutura cristalina com defeito intersticial. Como é perceptível, a distribuição das cargas se torna descentraliza e se acumula ao redor do átomo maior, isso porquê ele possui ligações com mais átomos do que os átomos do próprio material, como mostra a figura 5. Figura 5 – Desbalanceamento das cargas Olhando macroscopicamente, se todos os grãos tiverem defeitos na estrutura, este conceito se expandirá e tornará a distribuição de cargas desordenada e descentralizada ao longo da peça inteira de concreto. A figura 6 mostra um pilar com as cargas centradas e em ordem de forma geral. Figura 6 – pilar exemplo Espera-se que este pilar esteja sob tensões totalmente distribuídas e centradas, esperando que sofra somente tensões no seu comprimento, perdendo altura (encurvando-se) após sofrer uma carga na direção vertical, o que chamamos de flambagem, como mostra a figura 7. Figura 7 – pilar exemplo sob efeito de flambagem Esse fenômeno ocorre justamente pois o material é imperfeito e as cargas não balanceadas não foram combatidas. Somando-se grão-a-grão, totalizam-se em uma carga horizontal equivalente mostrada na figura 8, sem contar com a compressão excêntrica causada também pelo desbalanceamento das tensões. Figura 8 – carregamento desbalanceado resultante. Nem todos os materiais são de origem cristalina, tal como a madeira e o concreto. O aço é cristalino. Mas no concreto temos o que chamamos de porosidade, e a flambagem ocorre a partir do desbalanceamento das cargas devido a este feito. A madeira é fibrosa, e devido a imperfeições da própria fibra, que possuem curvaturas ou direções de crescimento, além de defeitos como nós e falhas de corte. Existem diversos prédios que foram implodidos por erros de cálculo devido as impurezas que haviam no material, um exemplo disso é o prédio Palace II, construído na Barra da Tijuca – Rio de janeiro, que foi implodido no dia 28 de fevereiro de 1998, pois investigaram e descobriram falhas de cálculo assinadas pelo engenheiro responsável. Após alguns desabamentos o prédio foi implodido, para nãodesmoronar e destruir os demais prédios ao redor. Grupo 5: Alan Dantas, Amanda Padrenosso, Fábio Ramalho, Gabriel Ramos, Geisy, Gilberto Almeida, Marcelo de Suckow e Mariani Jeremias. 5. MOMENTO DE INÉRCIA DE SUPERFÍCIES COMPOSTAS 5.1. CONCEITO Consideramos uma superfície composta A, aquela que pode ser dividida em várias superfícies componentes A1, A2, ......An. Como a integral que representa o momento de inércia de A pode ser subdividida em integrais calculadas sobre A1, A2, .......An, o momento de inércia de A em relação a um eixo dado, poderá ser calculado somando-se os momentos de inércia das superfícies A1, A2, .....An, em relação ao mesmo eixo. Portanto, para uma superfície composta, basta calcular o momento de inércia para cada uma das superfícies que a compõem, lembrando que as parcelas de cada superfície na composição do momento de inércia da área total devem ser obtidas utilizando o teorema dos eixos paralelos. O teorema de Steiner ou teorema dos eixos paralelos é um teorema que permite calcular o momento de inércia de um sólido rígido relativo a um eixo de rotação que passa por um ponto O, quando são conhecidos o momento de inércia relativo a um eixo paralelo ao anterior e que passa pelo centro de massa do sólido e a distância entre os eixos. Considerando-se: Icm - denota o momento de inércia do objeto sobre o centro de massa; m - Massa do objeto; d - Distância perpendicular entre os dois eixos. Então o momento de inércia sobre o novo eixo z é dado por: Iz = Icm + md² A regra dos eixos paralelos também se aplica ao segundo momento de área (momento de inércia de área); onde: Iz é o momento de inércia de área através do eixo paralelo; Ix é o momento de inércia de área através do centroide da área; A é a medida de superfície da área; d é a distância do novo eixo z ao centroide da área. A resistência de uma viga em perfil I (360x44) é aumentada ao se anexar uma placa à sua aba superior. Determine o momento de inércia da seção composta em relação a um eixo paralelo à placa passando pelo centroide da seção. Solução: 1- Determinamos a localização do centroide da seção composta em relação a um sistema de coordenadas com origem no centroide C da seção. 2- Aplicamos o Teorema dos Eixos Paralelos para determinar os momentos de inércia do perfil e da placa em relação ao eixo centroidal da seção composta. No caso de figuras conhecidas, já existe uma tabela para cálculo do Ix que é o momento de inércia de área da figura através do centroide da área. Quando trabalhamos no eixo cartesiano com figuras compostas, temos que: 1- Achar o centroide de cada uma das figuras; 2- Calcular o centroide da figura composta; 3- Encontrar o Momento de Inércia tanto em relação ao eixo x, quanto ao eixo y; 4- Para Ix = Ix’ + A*d², consideramos d a distância entre o eixo horizontal que passa pelo centroide da figura menor e o eixo horizontal que passa pelo centroide da figura composta; 5- Para Iy = Iy’ + A*d², consideramos d a distância entre o eixo vertical que passa pelo centroide da figura menor e o eixo vertical que passa pelo centroide da figura composta. Grupo 6: Ana Clara, Corinne Spyrides, Elton Rodrigues, Hugo Gomes, Leonardo Gomes, Leonardo de Souza, Walter Cristovam e Williane Martins. 6. PRODUTO DE INÉRCIA PARA UMA ÁREA Produto de inércia é a propriedade de uma área que é necessária para determinar os momentos de inércia máximo e mínimo. Esses valores máximo e mínimo são propriedades importantes necessárias para projetar membros estruturais e mecânicos como vigas, colunas e eixos. O produto da inércia em relação aos eixos X e Y é definido como: Observe a imagem: Se o elemento de área escolhido tem uma dimensão diferencial em duas dimensões, será necessária uma dupla integração. Normalmente, porém, é mais fácil escolher um elemento tendo uma dimensão diferencial ou espessura em apenas uma direção, possibilitando resolver com uma única integração. Assim como o momento da inércia, o produto de inércia tem unidades de comprimentos elevados à quarta potência. Entretanto, como X e Y podem ser negativos, o produto de inércia pode ser positivo, negativo ou zero, dependendo do local e orientação dos eixos das coordenadas. Quando o eixo X e Y for um eixo de simetria, o produto de inércia para uma área será zero (imagem 10.11). É possível observar na imagem 10.12, cada elemento dA localizado no ponto (X e Y) tem um elemento correspondente dA localizado em (X, - Y). Os produtos de inércia para esses elementos são, respectivamente, xy dA e -xy dA, logo a sobra algébrica ou integração de todos os elementos escolhidos dessa maneira irão se cancelar. Como consequência o produto de inércia para área total será zero. O sinal dependerá do quadrante onde a área está localizada. Como pode-se observar na imagem 10.13, se a área for girada de um quadrante para o outro o sinal de (xy) mudará. 6.1. TEOREMA DOS EIXOS PARALELOS A área sombreada na imagem 10.14 onde X; Y representam um par de eixos. Passando pelo centroide da área enquanto X, Y representam paralelos correspondentes. Como o produto da inércia de dA em relação aos eixos X, Y é ⅆ𝑙 𝑥y= (𝑥 ′ + ⅆ𝑥)(y’ + dy)dA. Então, para toda área: O primeiro termo da direita representa o produto de inércia da área em relação aos eixos que passam pelo centroide Ixy. As integrais no segundo e terceiro termo são iguais a zero, uma vez que momentos da área são tomadas em relação aos eixos que passam pelo centroide e a quarta integral representa a área total A, com isso o resultado é: Deve-se notar a semelhança entre essa equação e o teorema dos eixos paralelos para os momentos de inércia. Particularmente, é importante que os sinais algébricos para dx e dy seguem mantidos com a aplicação da equação. O teorema dos eixos paralelos encontra uma importante aplicação na determinação do produto de inércia de uma área composta em relação a um par de eixos x, y. EXEMPLO 1: Determine o produto da inércia Ixy, do triângulo Mostrado na imagem 10.15 a: Solução I: Um elemento infinitesimal com largura dx (figura 10.15b) tem área dA=y dx. O produto da inércia de elemento em relação aos eixos x, y é determinado utilizando-se m relação ao teorema dos eixos paralelos. Onde (x, y) localizam o centroide do elemento ou origem dos eixos x’, y’. Como dlxy=0 devido á simetria e como �̃� = 𝑥 𝑒 �̃� = y/2 temos: Integrando em relação a x, de x=0 a x = b, obtemos: Solução II: O elemento infinitesimal com largura dy (imagem 10.15c) e área dA =(b-x) dy pode também ser utilizado. O centroíde está localizado no ponto �̃� =x+(b-x) /2=(b+x) /2 e 𝑦̃=y, então o produto de inércia do elemento é: Integrando em relação a y, de y=0 a y=h, obtemos: Calcule o produto de inércia da seção reta da viga mostrada na Figura 10.16a em relação aos eixos que passam pelo centroide x, y. Solução: Como no Exemplo 10.16, a seção reta pode ser considerada a composição das três áreas retangulares A, B e D (Figura 10.16b). As coordenadas para o centroide de cada um desses retângulos são mostradas na figura. Devido a simetria, o produto de inércia de cada retângulo é zero em relação a cada par de eixo x’, y’ que passa pelo seu centroide. Consequentemente, a aplicação do teorema dos eixos paralelos para cada um dos retângulos fornece: O produto de inércia da seção reta da viga é, portanto: Referências: https://cursos.unisanta.br/quimica/private/mom_inercia.pdf#:~:text=O%20momento%20de%20In% C3%A9rcia%20de%20uma%20Figura%20plana%2C,quadrado%20entre%20os%20eixos%2C%20pela% 20%C3%A1rea%20da%20figura. https://www.passeidireto.com/arquivo/68452827/fundamentos-de-fisica-volume-1-mecanica-9- edicao-halliday-resnick-e-walker https://edisciplinas.usp.br/pluginfile.php/4302521/mod_resource/content/1/Ap%C3%AAndice%20A.pdf https://www.ufjf.br/mac015/files/2015/02/slides_unidade3.pdf https://www.researchgate.net/publication/313874157_Estudo_de_Centroides_e_Momentos_de_In ercia/link/58ac5154aca27206d9bfa252/download http://sideway.to/internet/users/sideblog/default.asp?tno=18102012 https://byjus.com/jee/polar-moment-of- inertia/#:~:text=Differences%20Between%20Moment%20Of%20Inertia%20and%20Polar%20Momen t,Depends%20on%20the%20geometry%20of%20the%20body.%20 https://www.chemeurope.com/en/encyclopedia/Polar_moment_of_inertia.html https://pt.wikipedia.org/wiki/Momento_polar_de_in%C3%A9rcia https://www.passeidireto.com/arquivo/75759296/mecanica-tecnica-e-resistencia-dos-materiais- sarkis-melconian https://www.ecivilnet.com/dicionario/o-que-e-raio-de-giracao.html BEER, Ferdinand P.; DEWOLF T. 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