Doenças virais em lagomorfos

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🐰
Doenças virais em lagomorfos
Mixomatose
Introdução
Introduzida intencionalmente na Austrália e França para controlar a 
proliferação de coelhos selvagens. 
Uma das doença infecciosas mais graves em coelhos, domésticos e 
selvagens. 
Diagnóstico clínico difíciel pelas suas diversas formas. 
Prognóstico geralmente fatal, varia de acordo com a patogenicidade, sendo 
frequente formas atenuadas. 
O coelho anão parece menos suscetível a doença do que os de raças 
grandes. 
Etiologia
Poxvírus da família Leporipoxvirus. 
Endemico e de baixo risco em coelhos da América do Sul. 
Muito patogenico, taxa de mortalidade quase 100% quando infecta coelhos 
importados da Europa. 
Alta capacidade infecciosa, um vírion sozinho é capaz de desencadear 
a infecção. 
Alta resistencia ao frio e dessecação, sobrevive vários meses na pele 
ou em escamas. 
Transmissão: 
Indireta: insetos (pulgas e piolhos) ou manipulação do proprietário 
entre coelhos contaminados. 
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Direta: contato com o animal doente ou infectado com um animal sadio. 
Coelhos portadores → reservatórios. 
Epidemiologia 
Forma nodular clássica se desenvolve segundo influencia sazonal 
marcante, principalmente no verão, quando tem mais vetores, praticamente 
não ocorre no inverno. 
A forma respiratória não depende de insetos vetores, manifestação não 
sazonal. 
Sintomas
Forma nodular clássica 
Incubação: 3 a 10 dias. 
Nódulo (mixoma) no ponto de inoculação. 
Edema cefálico. 
Tumefação das palpébras e olhos, com ou sem conjuntivite. 
Generalização da doença → mixomas secundários na face, região 
dorsolombar e extremidades dos membros. 
Edema em orgãos genitais. 
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Forma aguda → curto periodo de incubação, lesões mal delimitadas e 
ulceradas, grave comprometimento dos orgaos genitais. Evolui para 
morte em 1-2 semanas. 
Formas atenuadas → tempo de incubação é mais longo, lesões pouco 
exsudativas e em menor quantidade, taxa de mortalidade menor que 
50%. O animal morre em 20-30 diass. 
Forma específica em coelhos angorás e coelho anão → se manifesta 
após tricotomia, é a forma cutanea com mixomas localizados no dorso, 
poupando face e orelhas (doença das pápulas vermelhas). 
Forma respiratória
Incubação de 1-3 semanas. 
Possível instalação de uma forma latente (induzida por estresse). 
Não se constata mixoma, mas há pequenas lesões cutaneas 
congestas , em forma de máculas, nas orelhas e região genital. 
Tumefação das pálpebras, conjuntivite purulenta e coriza → 
inicialmente discretas mas com o tempo a secreção passa de seros 
para mucopurulenta, em quantidade significativa. 
Forma dificilmente diagnosticada pelos métodos clínicos.
Normalmente é cronica. 
Diagnóstico
Clínico. 
Forma clássica nodula → micomas e edema cefálico. 
Forma cronica respiratória → sintomas menos evidentes. As formas 
atenuadas podem lembrar em quadro de coriza ou de pasteurelose. 
Tratamento
Não há, a maioria dos animais morre. 
Cura espontanea é rara, mas possível. 
Eventualmente podemos recomentar atb para prevenir infecções 
bacterianas secundárias. 
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As chances de cura são maiores em coelhos previamente vacinados. 
Profilaxia
Vírus pouco resistente ao calor e a luz. 
Sensível ao formal e água sanitária. 
Recomendado controle de pulgas e mosquitos vetores. 
A vacinação é efetiva. 
Doença hemorrágica viral (VHD)
Introdução
Calicivírus que provoca hepatite. 
Descrito pela primeira vez na China. 
Altamente patogenico, manifestação aguda da doença, taxa de mortalidade 
próxima a 100%. 
Animais com menos de 2 meses não são acometidos. 
Epidemiologia 
Contaminação horizontal. 
Diretamente por contato entre coelhos ou por fezes. 
Pele contaminada e cadáveres são potenciais. 
Cães que ingerirar cadáveres contaminados podem disseminar o vírus 
pelas fezes e contaminar coelhos. 
O vírus, presente na carne contaminada, não é destruido por 
congelamento. 
Sintomas
Evolução aguda, sintomas podem passar despercebidos, morte súbita. 
Incubação de 24 a 48 horas. 
Inicia com um pico febril, pode se elevar até 41,5 ºC, no dia seguinte uma 
hipotermia de cerca de 38 ºC, seguida de dispneia, isolamento, apatia, 
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estiramento das patas dianteiras, cabeça permanentemente erguida e 
parece estar em sofrimento, morre logo em seguida. 
Em 10% dos cacos nota-se sangue nas narinas e anus. 
Diagnóstico
Clínico, necropsia e exames biológicos.
Necro → a maioria dos orgaos com hemorragia intensa, fígado descorado 
e aumentando de volume. 
Definitivo por imuno-histoquímica → imprints do fígado ou de orgão 
congelado. 
Tratamento
Não há. 
Profilaxia
A vacinação é efetiva.