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Material Complementar 
 
Professor: Bruno César dos Santos 
 
 
Fonte: https://tinyurl.com/y2kk2noe 
 
Prezada aluna e caro estudante! 
 
Meu nome é Bruno César dos Santos e sou professor de Língua Portuguesa há pouco 
mais de vinte anos, em diferentes níveis de ensino e cenários educacionais. Aproveito 
esse pequeno espaço para fazer um desabafo e um convite para reflexão: quase todos 
os dias há alguém dando desculpas esfarrapadas ou tecendo reclamações e 
disseminando impropérios a respeito das complexidades da nossa língua pátria. Se eu 
tivesse um caderninho e anotasse todos esses “queixumes”, eu estaria com tendinite (de 
tanto escrever) e um prejuízo danado! Seriam canetas e folhas completamente 
preenchidas... 
 
 
 
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Se você não entendeu, sendo “poucas e boas”: como é difícil falar corretamente o 
português! Essa é a maior queixa que ouço de muitas pessoas, em diferentes contextos. 
As justificativas são as mais variadas e mais amplas possíveis. Vai desde “a escola não 
ensina direito”, passando pela “complexidade do idioma”, chegando na “falta de leitura” 
e “preguiça” 
 
Por outro lado, é possível encontrar uma enxurrada de livros e manuais gramaticais, sites 
e portais, cursos presenciais e online, aplicativos e tutoriais, e outros tipos de conteúdos 
que tentam atender essa demanda. Neste sentido, o presente material complementar 
não tem o intuito de reinventar a roda: sua proposta reside em retomar alguns pontos 
elementares para que você possa ler e escrever sem medos, em diferentes cenários de 
comunicação, seja um bilhete informativo, como uma resenha ou partes do capítulo 
teórico de um artigo científico. 
 
Assim, apresentamos quatro pontos para auxiliar sua reflexão: o primeiro seria 
“GRAMATIQUÊS E RISQUINHOS: elementos que fazem parte da escrita e 
funcionamento da Língua Portuguesa”. Nele, buscamos retomar alguns aspectos 
gramaticais, como crase, pontuação, acentuação, concordâncias nominal e verbal, entre 
outros. 
 
Em seguida, em “FORMATOS E FORMAS: alguns dos tipos de textos mais utilizados no 
cotidiano”, você vai perceber que existe um termo chamado “tipologia textual”. Ele vai 
mostrar como um texto se apresenta, considerando sua estrutura funcional e linguística, 
o contexto de uso e circulação, os tipos de palavras e elementos de sentido. Traduzindo, 
você vai observar os mais estudados e exigidos nas diferentes provas de vestibular e 
concursos no Brasil, em especial narração, dissertação e descrição. 
 
Na terceira etapa, cujo título seria “OS TEXTOS ACADÊMICOS E SEUS 
PROCEDIMENTOS DE ESCRITA: sugestões para sobrevivência na pilha de livros e 
leituras diárias”, queremos discutir as dificuldades que muitas pessoas enfrentam ao 
adentrar no cotidiano do estudo formal (Educação Básica e Superior). São documentos 
 
 
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escritos como resumos, resenha, relatórios, projetos de pesquisa, pareceres, trabalhos 
de conclusão, etc. E essa batelada de textos assustam – com razão – a muitas pessoas. 
 
Por fim, em “OS ERROS MAIS COMUNS: dicas rápidas e para consulta diária”, 
retomamos um material adaptado e produzido pela equipe de produção de conteúdo da 
Rock Content, destinado para todos aqueles que desejam ser redatores ou produzir 
material digital (vídeos diversos, roteiros documentais e ficcionais, posts em mídias 
sociais, stories, etc.). 
 
São 102 (isso mesmo: cento e dois!) erros comuns que foram listados e que merecem a 
nossa atenção. Alguns deles já foram apresentados ou comentados ao longo das 
atividades aqui apresentadas, pois é melhor “sobrar do que faltar”. 
Não podemos esquecer que foram colocados alguns exercícios para autoestudo, no 
intuito de verificação do conteúdo apresentado. Vamos começar nossos estudos? 
 
 
 
 
 
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Fonte: https://tinyurl.com/y2juqrs5 
 
I) GRAMATIQUÊS E RISQUINHOS: elementos que fazem parte da escrita e 
funcionamento da Língua Portuguesa 
 
Nesta primeira parte, que tal retomar alguns aspectos muito comuns – mas que às vezes 
deixamos de lado – nas variadas situações de comunicação diárias, como: uso da crase, 
pontuação, acentuação, concordâncias nominal e verbal, entre outros. 
 
Os motivos dos nossos deslizes são os mais variados: falta de tempo (ou excesso de 
pressa) para reler o que foi escrito; o (bendito ou maldito?) corretor de texto, com seus 
 
 
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truques e deslizes; o pouco (ou nenhum) contato com textos mais densos, bem 
elaborados e sem equívocos argumentativos... 
 
De qualquer forma, uma coisa é certa: a rápida apresentação (ou revisão) que será aqui 
apresentada serve para você tomar consciência de alguns elementos importantes no 
processo de escrita e leitura diária. Utilize os exercícios para praticar tais estruturas de 
comunicação. 
 
1. Sinais de pontuação: 
 
Para começar a apresentar os sinais de pontuação, apresento um rápido texto, que 
merece ser lido com atenção: 
 
Jonas Camargo era um homem muito rico. Espichou a vida o que pôde. Consultava 
geriatras, praticava esportes, comia com moderação, bebia bons vinhos, namorava 
sempre. Aos cento e poucos anos, caiu e fraturou o fêmur. Na casa de saúde, pegou 
infecção hospitalar. Quando viu que tinha chegado a hora de prestar contas a Deus, 
resolveu acertar as dívidas com os homens. Papel e caneta na mão, escreveu um bilhete-
testamento. Fez a primeira redação. Mas, cuidadoso, deixou a pontuação para depois. 
Sabia que pontos e vírgulas podiam dar interpretações diferentes à mensagem. Eis o 
texto: 
 
Deixo meus bens à minha irmã não a meu sobrinho 
jamais será paga a conta do alfaiate nada aos pobres. 
 
Mal terminou de escrever, Jonas Camargo resolveu descansar. Deitou-se. Deu um 
suspiro e partiu desta pra melhor. Resultado: não teve tempo de pontuar a frase. Para 
quem deixava ele a fortuna? Os quatro concorrentes arregaçaram as mangas. Cada um 
puxou a brasa pra sua sardinha. O sobrinho fez a seguinte pontuação: 
 
 
 
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Deixo meus bens à minha irmã? Não, a meu 
sobrinho. Jamais será paga a conta do alfaiate. Nada 
aos pobres. 
 
A irmã chegou em seguida. Sem pensar duas vezes, pontuou assim o escrito: 
 
Deixo meus bens à minha irmã, não a meu sobrinho. 
Jamais será paga a conta do alfaiate. Nada aos 
pobres. 
 
O alfaiate pediu cópia do original. E, claro, fez o vento soprar a favor dele: 
 
 
Aí, 
chegaram os descamisados. Um deles, sabido, fez esta interpretação: 
 
Deixo meus bens à minha irmã? Não! A meu 
sobrinho? Jamais! Será paga a conta do alfaiate? 
Nada! Aos pobres. 
 
A história vazou. Chegou à Universidade Correios. De lá, ganhou o mundo. O comentário 
é sempre o mesmo: ‘‘E ainda há gente que acha que uma vírgula não faz a menor 
diferença’’. 
 
Deixo meus bens à minha irmã? Não! A meu 
sobrinho? Jamais! Será paga a conta do alfaiate. 
Nada aos pobres. 
 
 
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Fonte: https://tinyurl.com/yxm5zru3 
 
Afinal, para que usamos sinais de pontuação? 
Os sinais de pontuação são usados para estruturar as frases escritas de forma lógica, a 
fim de que elas tenham significado. A pontuação é tão importante na linguagem escrita 
quanto a entonação, os gestos, as pausas e até o tom de voz, são na linguagem oral. 
Bem empregados, os sinais de pontuação são um grande recurso expressivo: 
 
Oh! que doce era aquele sonhar... 
Quem me veio, ai de mim! despertar? 
(Almeida Garret) 
 
Mal colocados, no entanto, eles podem provocar confusão ou até mudar o sentido das 
frases. Veja, 
 
 
 
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Raquel não me respondeu. Quando a procurei, já era tarde. 
Raquel não me respondeu
quando a procurei. Já era tarde. 
 
Sendo assim, seguem algumas das pontuações (e seus usos) reconhecidos na Língua 
Portuguesa: Ponto, Vírgula, Ponto-e-vírgula, Dois-pontos, Interrogação, Exclamação, 
Reticências, Aspas, Travessão, Parênteses. Cada uma delas podem ser usadas 
separadamente ou de forma combinada, de acordo com contexto ou cenário 
comunicativo. 
 
a) Vírgula é obrigatória para assinalar: 
 
 O vocativo onde quer que ele se encontre na frase: 
Exemplo: Joana, vem cá! 
 
 O aposto: 
Exemplo: O Rui, irmão de um amigo meu, está na universidade. 
 
 Expressões de caráter explicativo, como ou seja, isto é...: 
Exemplo: A escola Domingos Rebelo, isto é, a minha escola, situa-se na Av. 
Antero de Quental. 
 
 Complementos circunstanciais de lugar e tempo no início ou meio de uma frase: 
Exemplo: Durante a noite, levantou-se uma grande tempestade. 
 
 O local numa data: 
Exemplo: Ponta Delgada, 3 de Janeiro de 2005. 
 
 Enumerações simples de caráter morfológico: 
Exemplo: Eu fui ao mercado e comprei maçãs, batatas, bananas, cenouras, 
alfaces e couves. 
Sempre que numa frase haja uma enumeração de orações: 
Exemplo: Eles jogavam, elas brincavam, os outros cantavam. 
 
 
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 Orações coordenadas que apresentem sujeitos diferentes: 
Exemplo: Eu vou passear, e tu vais estudar. 
 
 Assinalar orações justapostas: 
Exemplo: No recreio, os rapazes jogavam à bola, as raparigas conversavam, os 
contínuos faziam a limpeza do recinto. 
 
 Quer as conjunções/locuções adversativas, quer as conclusivas sempre que se 
apresentem no meio de uma oração vêm isoladas por vírgulas: 
Exemplo: O Gustavo chegou tarde. Os amigos, no entanto, continuavam à sua 
espera. 
 
 Assinalar orações subordinadas que se encontrem no princípio de uma frase, ou 
seja, antes da principal ou subordinante: 
Exemplo: Se não tivesse pais, vivia num orfanato. 
 
 A presença das orações coordenadas adversativas, ou seja, qualquer oração coordenada 
adversativa é antecedida por uma vírgula ou outro sinal de pontuação forte: 
Exemplo: Está muito sol, no entanto está frio. 
 
 A vírgula nas intercalações 
Essa tua voz esganiçada, por exemplo, é insuportável. 
E esse teu nariz, se tu queres saber, está além das medidas... 
Ele se julgava um herói, quero dizer, uma espécie de super-homem. 
O rapaz ficou cansado, ou melhor, dormiu sobre os livros... 
Expedito, funcionário preguiçoso, corre o risco de ser demitido. Trabalhou duro, 
prosperou; o vizinho, porém, preguiçoso, imprevidente, fracassou... 
 
b) Ponto-e-Vírgula: 
 
 
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 Em casos e enumeração de itens, ou em caso de uma explicação que contém 
itens, geralmente presentes em livros didáticos, receitas, textos jurídicos, manuais 
de instrução, etc. Exemplos: 
“Deveremos tratar, nesta reunião, dos seguintes assuntos: 
a) cursos a serem oferecidos, no próximo ano, a nossos empregados; 
b) objetivos a serem atingidos; 
c) metodologia de ensino e recursos audiovisuais; 
d) verba necessária” 
 
 Quando acontece a omissão de um verbo, marcada pela vírgula, se houver uma 
pausa antes do sujeito será marcada pelo ponto e vírgula. Exemplos: 
“Na linguagem escrita é o leitor; na fala, o ouvinte.” 
“Nas sociedades anônimas ou limitadas existem problemas: nestas, porque a 
incidência de impostos é maior; naquelas, porque as responsabilidades são 
gerais.” 
 
 No uso excessivo da vírgula em um período longo. Neste caso utiliza-se o ponto 
e vírgula para separar as orações, e a vírgula para demais pausas do meio das 
orações. Exemplo: 
“Às vezes, também a gente tem o consolo de saber que alguma coisa que se disse 
por acaso ajudou alguém a se reconciliar consigo mesmo ou com a sua vida; 
sonhar um pouco, a sentir uma vontade de fazer coisa boa.” (Rubem Braga) 
“A introdução dos computadores pode acarretar duas consequências: uma, de 
natureza econômica, é a redução de custos; a outra, de implicações sociais, é a 
demissão de funcionários.” 
 
 Para marcar pausas entre orações, quando se intercala alguma conjunção entre 
as mesmas. Exemplo: 
Eles sabiam de tudo o que se passava no colégio interno; mas, como já era de se 
esperar, nunca fizeram nada. Esse não é um caso obrigatório. Quero sair mais 
com você; pois um casal precisa ter boas amizades. Amanhã é dia de prova; 
 
 
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porém não comecei a estudar ainda. Ele chegou adiantado, como de costume; 
por isso, presenciou a cena desde o começo. 
 
 Quando não há necessidade gramatical do uso do ponto e vírgula, ele pode ter a 
função textual de acentuar o sentido adversativo da conjunção ou de separar 
orações coordenadas acentuando sentido antitético entre as duas. Exemplo: 
O general não temia o que lhe podia acontecer; os soldados, sempre. Muitos se 
esforçam; poucos conseguem. Uns trabalham; outros descansam. Se dirigir, não 
beba; se beber, não dirija. 
 
c) Travessão: 
 No discurso direto, para indicar a fala da personagem ou a mudança de 
interlocutor nos diálogos. Exemplos: 
– O que é isso, mãe? 
– É o seu presente de aniversário, minha filha. 
 
“- Agora, o melhor - falou Fred, entusiasmado - vem por aí. 
- O quê? - perguntou a garota. 
- A correnteza nos está levando para a ilha.” 
(Ernest Hemingway) 
 
 Para separar expressões ou frases explicativas, intercaladas. Exemplo: 
"E logo me apresentou à mulher, – uma estimável senhora – e à filha." (Machado 
de Assis) 
 
 Para destacar algum elemento no interior da frase, servindo muitas vezes para 
realçar o aposto. Exemplo: 
"Junto do leito meus poetas dormem – O Dante, a Bíblia, Shakespeare e Byron – 
Na mesa confundidos." (Álvares de Azevedo) 
 
 Para substituir o uso de parênteses, vírgulas e dois-pontos, em alguns casos. 
Exemplo: 
 
 
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"Cruel, obscena, egoísta, imoral, indômita, eternamente selvagem, a arte é a 
superioridade humana – acima dos preceitos que se combatem, acima das 
religiões que passam, acima da ciência que se corrige; embriaga como a orgia e 
como o êxtase." (Raul Pompeia). 
 
d) Dois pontos: 
 Anteceder uma citação ou fala de alguém. Exemplo: 
Muito formal, a diretora da firma insistiu:- V. Sa. está praticamente falido, sem 
garantias, não pode solicitar empréstimo... 
 
 Introduzir um esclarecimento ou explicação a respeito de algo já mencionado 
anteriormente. Exemplo: 
Finalmente o esperado pelas crianças: Papai Noel chegou. 
 
 Iniciar uma enumeração. Exemplo: 
Trouxe tudo: bonecas, carrinhos, bolas. 
Calor insuportável: tudo seco, parado e morto. 
 
e) Exclamação e Interrogação: O ponto de exclamação é usado no final de frases 
exclamativas, com a finalidade de indicar estados emocionais, tais como: espanto, 
surpresa, alegria, dor, súplica etc. O ponto de interrogação é usado no final de frases 
interrogativas diretas, com a finalidade de indicar uma pergunta com intenção afirmativa. 
 
No entanto, os escritores, para dar uma impressão de que o interlocutor, além de 
questionar a informação dada, está muito surpreso, usam o ponto de interrogação 
seguido de uma exclamação. E também quando querem dar uma gradação à surpresa, 
colocam até duas exclamações. 
 
f) Reticências: As reticências, representada pela sequência de três pontos (...), é um 
sinal gráfico utilizado na produção de textos e tem como função indicar uma continuação, 
trechos de citações ou quando um discurso ainda não está concluso, por exemplo: No 
congresso, ela falava, falava, falava... 
 
 
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g) Exercícios: 
Use a vírgula onde necessário: 
 
1. Trouxeram-nos laranjas caquis abacaxis mexericas muitas
frutas. 
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2. Gostava de estar com os filhos com a mulher com os amigos. 
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3. Adeus meu amor! Adeus meu amor! Para sempre! 
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4. Ao que tudo indica caro colega vamos ter barulho. 
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5. Machado de Assis um dos maiores nomes da nossa literatura foi tipógrafo. 
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6. No Rio de Janeiro ex-Capital da República reside a intelectualidade brasileira isto é a 
maior parte da intelectualidade brasileira. 
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7. Não era pessoa de beber duas três quatro doses de uísque. 
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8. Efetivamente é o Rio de Janeiro grande reduto de intelectuais. 
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9. Observe por exemplo na música na literatura nas artes plásticas. 
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10. O Rio de Janeiro é efetivamente grande reduto de intelectuais. 
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11. O cavalo sertanejo é esguio sóbrio pequeno rabo compridíssimo crinas grandes. 
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12. Arroz feijão grãos em geral verduras legumes pães doces ovos caipiras e laticínios 
existem à vontade nos entrepostos espalhados pela cidade. 
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13. Certa manhã um ratinho saiu do buraco pela primeira vez. Admirou a luz do sol o 
verdor das árvores a correnteza dos ribeirões a habitação dos homens. 
 
 
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14. Fomos assaltados por um mascarado aliás por dois. 
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15. Filipe saiu dizendo por aí que já foi a Júpiter; não a Plutão! 
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16. Filipe aonde é que você foi? A Plutão! Você está maluco Filipe? 
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17. À noite quase todos os dias íamos tomar água-de-coco na avenida à beira-mar. 
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18. De repente senti que tudo aquilo era ilusão. 
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19. Na praia ao nosso lado duas garotas conversavam sobre novela sobre moda e 
sobretudo sobre rapazes. 
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20. Depois daquela conversa as lágrimas foram então deslizando pelo seu lindo rosto 
uma a uma. 
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Pontue convenientemente este período: 
Se destruíssemos todas as árvores desapareceriam as aves que deleitam a vista e o 
ouvido do homem e destroem os insetos que nos fazem mal secar-se-iam as fontes e os 
rios que matam a sede aos animais e produzem as chuvas estas que fecundam a terra 
refrescam a atmosfera e fazem a planta brotar cessariam por sua vez. 
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2. Crase: 
 
 
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Fonte: https://tinyurl.com/yxmqr3n4 
 
Dá-se o nome de crase (à) à contração entre a preposição "a" e o artigo definido feminino 
singular "a". Os artigos apresentam a propriedade de se contraírem a determinadas 
preposições (ex.: de + o = do; em + uma = numa). 
 
Na contração entre a preposição "a" e o artigo definido "a" a representação da forma "aa" 
é substituída pelo emprego do acento grave sobre um único "a". A esse fenômeno 
chamamos craseamento. 
 
Como regra prática, substitua a palavra antes da qual aparece o a ou as por um 
vocábulo masculino. Se o a ou as se transformarem em ao ou aos, existe crase; do 
contrário, não. São condições básicas para a existência da crase: 
 
a) A Crase é a Fusão da Preposição a com o Artigo Definido Feminino “a” ou “as”: 
 
 
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 João voltou à (a preposição + a artigo feminino) cidade natal. 
 O menino deu o recado à (a preposição + a artigo feminino) mãe. 
 Os documentos foram levados às (a preposição + as artigo feminino plural) 
autoridades. 
 
b) Não existe crase antes de palavra masculina: 
 Vou a pé. 
 Andou a cavalo. 
 Entrou a bordo. 
 Estava vestido a caráter. 
 Era um traje a rigor. 
 Pagamento a prazo. 
 Há uma única exceção, explicada mais diante. 
 
c) Ou seja, a partir dos exemplos apresentados: 
 João voltou à cidade natal. 
 João voltou ao país natal. 
 O menino deu o recado à mãe 
 O menino deu o recado ao pai. 
 Os documentos foram levados às autoridades. 
 Os documentos foram levados aos juízes. 
 Atentas às mudanças, as moças... 
 Atentas aos processos, as moças... 
 Estavam junto à parede. 
 Estavam junto ao muro. 
 
d) Substituir o verbo "ir" pelo verbo pelo verbo "voltar". Se aparecer a expressão 
voltar da, é porque ocorre a crase: 
 Fui à Holanda (Fui para a Holanda); 
 Iremos a Curitiba (Voltaremos de Curitiba) 
 Iremos à Bahia (Voltaremos da Bahia) 
 
 
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e) Não ocorre a crase: 
 Antes de verbo: 
Voltamos a contemplar a lua. 
 
 Antes de palavras masculinas: 
Gosto muito de andar a pé. 
Passeamos a cavalo. 
 
 Antes de pronomes de tratamento, exceção feita a senhora, senhorita e dona: 
Dirigiu-se a V.Sa. com aspereza 
Dirigiu-se à Sra. com aspereza. 
 
 Antes de pronomes em geral: 
Não vou a qualquer parte. 
Fiz alusão a esta aluna. 
 
 Em expressões formadas por palavras repetidas: 
Estamos frente a frente 
Estamos cara a cara. 
 
 Quando o "a" vem antes de uma palavra no plural: 
Não falo a pessoas estranhas. 
Restrição ao crédito causa o temor a empresários. 
 
f) Crase Facultativa: 
 Antes de nome próprio feminino: 
Refiro-me à (a) Juliana. 
 
 Antes de pronome possessivo feminino: 
Dirija-se à (a) sua fazenda. 
 
 
 
18 
 
 Depois da preposição até: 
Dirija-se até à (a) porta. 
 
g) Casos Particulares: 
 Casa: Quando a palavra casa é empregada no sentido de lar e não vem 
determinada por nenhum adjunto adnominal, não ocorre a crase. Exemplos: 
Regressaram a casa para almoçar 
Regressaram à casa de seus pais 
 
 Terra: Quando a palavra terra for utilizada para designar chão firme, não ocorre 
crase. Exemplos: 
Regressaram a terra depois de muitos dias. 
Regressaram à terra natal. 
 
h) Ocorre Também a Crase: 
 Na indicação do número de horas: 
Chegamos às nove horas. 
 
 Na expressão à moda de, mesmo que a palavra moda venha oculta: 
Usam sapatos à (moda de) Luís XV. 
 Nas expressões adverbiais femininas, exceto às de instrumento: 
Chegou à tarde (tempo). 
Falou à vontade (modo). 
 
 Nas locuções conjuntivas e prepositivas; à medida que, à força de... 
 
 Há - indica tempo passado: 
Moramos aqui há seis anos 
 
 A - indica tempo futuro e distância: 
Daqui a dois meses, irei à fazenda. 
Moro a três quarteirões da escola. 
 
 
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i) Exercícios: 
1. "O pobre fica ___ meditar, ___ tarde, indiferente ___ que acontece ao seu redor". 
a. à - a - aquilo b. a - a - àquilo
c. a - à - àquilo 
d. à - à - aquilo e. à - à - àquilo 
 
2. "A casa fica ___ direita de quem sobe a rua, __- duas quadras da Avenida 
Central". 
a. à - há b. a - à c. a - há 
d. à - a e. à - à 
 
3. "O grupo obedece ___ comando de um pernambucano, radicado ___ tempos em 
São Paulo, e se exibe diariamente ___ hora do almoço". 
a. o - à - a b. ao - há - à c. ao - a - a 
d. o - há - a e. o - a - a 
 
4. "Nesta oportunidade, volto ___ referir-me ___ problemas já expostos ___ V. Sª 
___ alguns dias". 
a. à - àqueles - a - há b. a - àqueles - a - há 
c. a - aqueles - à - a d. à - àqueles - a - a 
e. a - aqueles - à – há 
 
5. Assinale a frase gramaticalmente correta: 
a. O Papa caminhava à passo firme. 
b. Dirigiu-se ao tribunal disposto à falar ao juiz. 
c. Chegou à noite, precisamente as dez horas. 
d. Esta é a casa à qual me referi ontem às pressas. 
e. Ora aspirava a isto, ora aquilo, ora a nada. 
 
6. O Ministro informou que iria resistir _____ pressões contrárias _____ 
modificações relativas _____ aquisição da casa própria. 
a. às - àquelas _ à b. as - aquelas - a c. às àquelas - a 
 
 
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d. às - aquelas - à e. as - àquelas - à 
 
7. A alusão _____ lembranças da casa materna trazia _____ tona uma vivência 
_____ qual já havia renunciado. 
a. às - a - a b. as - à - há c. as - a - à 
d. às - à - à e. às - a - há 
 
8. Use a chave ao sair ou entrar __________ 20 horas. 
a. após às b. após as 
c. após das d. após a 
e. após à 
 
9. _____ dias não se consegue chegar _____ nenhuma das localidades _____ que 
os socorros se destinam. 
a. Há - à - a b. A - a - a 
c. À - à - a d. Há - a - a 
e. À - a – a 
 
10. Fique _____ vontade; estou _____ seu inteiro dispor para ouvir o que tem 
_____ dizer. 
a. a - à - a b. à - a - a 
c. à - à - a d. à - à - à 
e. a - a - a 
 
11. No tocante _____ empresa _____ que nos propusemos _____ dois meses, 
nada foi possível fazer. 
a. àquela - à - à b. aquela - a - a 
c. àquela - à - há d. aquela - à - à 
e. àquela - a - há 
 
12. Chegou-se _____ conclusão de que a escola também é importante devido 
_____ merenda escolar que é distribuída gratuitamente _____ todas as crianças. 
 
 
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a. à - à - à b. a - à - a 
c. a - à - à d. à - à - a 
e. à - a - a 
 
13. A tese _____ aderimos não é aquela _____ defendêramos no debate sobre os 
resultados da pesquisa. 
a. a qual - que b. a que - que 
c. à que - a que d. a que - a que 
e. a qual a que 
 
14. Em relação _____ mímica, deve-se dizer que ela exerce função paralela 
_____ da linguagem. 
a. a - a b. à - à 
c. a - à d. à - aquela e. a – àquela 
 
15. Foi _____ mais de um século que, numa reunião de escritores, se propôs a 
maldição do cientista que reduzira o arco-íris _____ simples matéria: era uma 
ameaça _____ poesia. 
a. a - a - à b. há - à – a c. há - à - à 
d. a - a - a e. há - a - à 
 
16. A estrela fica _____ uma distância enorme, _____ milhares de anos-luz, e não é 
visível _____ olho nu. 
a. a - à - à b. a - a - a c. à - a - a 
d. à - à - a e. à - a - à 
 
17. Estava __________ na vida, vivia _____ expensas dos amigos. 
a. atoa - as b. a toa - à c. a tôa - às 
d. à toa - às e. à toa - as 
 
18. Estavam _____ apenas quatro dias do início das aulas, mas ele não estava 
disposto _____ retomar os estudos. 
 
 
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a. há - à b. a - a c. à - a 
d. há - a e. a - à 
 
19. Disse _____ ela que não insistisse em amar _____ quem não _____ queria. 
a. a - a - a b. a - a - à c. à - a - a 
d. à - à - à e. a - à - à 
 
20. Quanto _____ suas exigências, recuso-me _____ levá-las _____ sério. 
a. às - à - a b. a - a - a c. as - à - à 
d. à - a - à e. as - a - a 
 
21. Use o acento indicativo de crase, quando necessário. 
Nesta lavanderia não há máquinas de lavar: só se lava a mão. 
_______________________________________________________________ 
Tenho um carro a álcool e um a gasolina. 
_______________________________________________________________ 
Passearemos a pé, e não a cavalo. 
_______________________________________________________________ 
Foi um baile a caráter, a fantasia mesmo. 
_______________________________________________________________ 
Comi um bife a milanesa, e não um a cavalo. 
_______________________________________________________________ 
Os cavaleiros partiram a trote a caminho da fazenda. 
_______________________________________________________________ 
O rapaz usava bigode a Hítler e chapéu a Napoleão. 
_______________________________________________________________ 
Comprei ali, frente a frente, cara a cara com o inimigo. 
_______________________________________________________________ 
Fecharam a sala a chave e a cadeado. 
_______________________________________________________________ 
Virgílio vive a custa da mulher; seu filho vive a sombra e a água fresca. 
_______________________________________________________________ 
 
 
23 
 
A secretária sabe que deve bater isto a máquina, e não fazer a mão. 
_______________________________________________________________ 
Um homem foi ferido a bala, e um outro, morto a tiros. 
_______________________________________________________________ 
 
3. Acentuação: 
A acentuação é um fenômeno que se manifesta tanto na língua falada quanto na escrita. 
No âmbito da fala, marcamos a acentuação das palavras de forma automática, com uma 
sutil elevação da voz. Eventualmente, ocorrem dúvidas quanto à pronúncia que são na 
verdade dúvidas quanto à acentuação de determinada palavra. 
 
Na língua escrita, a acentuação das palavras decorre basicamente da necessidade de 
marcar aqueles vocábulos que, “sem acento, poderiam ser lidos ou interpretados de 
outra forma”. A acentuação gráfica compreende o uso de quatro sinais: -agudo (´); -grave 
(`);-circunflexo (^); -til (~). 
 
a) Proparoxítonas: Todas as palavras que a antepenúltima sílaba é a mais forte são 
acentuadas graficamente. Exército, parágrafo, dúvida, máximo, fôlego, esplêndido, 
público, ótimo, felicíssimo…. 
 
b) Paroxítonas: As palavras em que a penúltima sílaba é a mais forte são acentuadas 
graficamente quando terminadas em: ÃO(s), Ã(s), (ONS), I e U(s), UM (UNS), PS, L, N, 
R, X.. 
 
 
24 
 
 
c) Monossílabas Tônicas: pá, pé, pó. Guaraná, harém, através, atrás, parabéns, 
ninguém, três, cipó, porém, ilustrá-lo… 
 
d) O hiato sofre acentuação gráfica: baú, baús, saída, saúde, saúva. 
 
e) Novas regras ortográficas (2008) – Acento Agudo: serão retirados os acentos nos 
seguintes casos, que anteriormente eram aceitos: 
 Nos ditongos abertos “ei" e "oi" de palavras paroxítonas, como "assembleia", 
"ideia", "heroica" e "jiboia”(penúltima sílaba). 
 Nas palavras paroxítonas, com "i" e "u" tônicos, quando precedidos de ditongo. 
Exemplos: "feiúra" e "baiúca" passam a ser grafadas "feiura" e "baiuca”. 
 Nas formas verbais que têm o acento tônico na raiz, com "u" tônico precedido de 
"g" ou "q" e seguido de "e" ou "i". Com isso, algumas poucas formas de verbos, 
como averigúe (averiguar), apazigúe (apaziguar) e argúem (arg(ü/u)ir), passam a 
ser grafadas averigue, apazigue, arguem. 
 
f) Novas regras ortográficas (2008) – Acento Diferencial: serão retirados os acentos 
nos seguintes casos, que anteriormente eram aceitos: 
 "pára" (flexão do verbo parar) de "para" (preposição) 
 
 
25 
 
 "péla" (flexão do verbo pelar) de "pela" (combinação da preposição com o artigo) 
 "pólo" (substantivo) de "polo"
(combinação antiga e popular de "por" e"lo") 
 "pélo" (flexão do verbo pelar), "pêlo” (substantivo) e "pelo“ (combinação da 
preposição com o artigo) 
 "pêra" (substantivo - fruta), "péra" (substantivo arcaico - pedra) e "pera“ 
(preposição arcaica) 
 
g) ATENÇÃO, continuam acentuadas: 
 Pôr- verbo Por- preposição; 
 Pôde- passado do verbo Pode- presente do verbo; 
 Fôrma e Forma- facultativo. 
g) Exercícios: 
“O Princípio da Oportunidade”. 
Texto Extraído do Livro “Fênix”, de Daniel Carvalho Luz. 
 
"O que não me destrói, me faz mais forte". (Friedrich Nietzche) 
 
 A história é conhecida, mas vale uma reflexão. “Nossas maiores oportunidades nos 
parecem habilmente disfarçadas em problemas insuperáveis.” Na década de 1970, Lee 
Laccocca era o presidente da Ford Motor Company com uma atuação dinâmica e 
vitoriosa. Ele tinha criado o Mustang, um carro que vendeu mais unidades no seu 
primeiro ano de existência do que qualquer outro carro na história do automóvel. Ele 
tinha levado a Ford a obter lucros em torno de 1 bilhão e 800 milhões de dólares por dois 
anos seguidos. Ganhava cerca de 970.000 dólares por ano e era tratado regiamente. 
Mas vivia à sombra de Henry Ford II, um homem que Laccocca descreve como 
caprichoso e despeitado. Em 13 de Julho de 1978 Henry Ford o despediu. Menos de 
quatro meses depois, Laccocca tornava-se presidente da Chrysler, uma companhia que 
havia anunciado uma perda de 160 milhões de dólares em três trimestres seguidos, o 
pior déficit que ela já tivera. Laccocca achou que a Chrysler não era bem administrada – 
seus trinta e um vice-presidentes estavam trabalhando sozinhos, em vez de trabalharem 
em conjunto. A escassez de petróleo de 1979 agravou os problemas da Chrysler, visto 
que o preço da gasolina dobrou e as vendas de carros grandes caíram rapidamente. Em 
 
 
26 
 
1980, a Chrysler perdeu 1 bilhão e 700 milhões de dólares, a maior perda operacional 
de empresas dos Estados Unidos. Mas Laccocca estava transformando seus obstáculos 
em oportunidades. Primeiro, tinha sido despedido. Depois chegou à presidente de uma 
companhia que a maioria das pessoas pensava estar a caminho da bancarrota. Mas sem 
esses obstáculos, Lee Laccocca nunca teria tido a chance de revelar-se. Ele estava 
decidido a não desistir. Concessões da União, agilização das operações da Chrysler, a 
criação de novos produtos – tudo isso contribuiu para a recuperação da companhia. Em 
1982 a Chrysler conseguiu lucros modestos. Em 1983 obteve os maiores lucros de sua 
história. E, em julho daquele ano, liquidou seu controvertido empréstimo avalizado pelo 
governo – sete anos antes de seu vencimento. A Chrysler introduziu novos modelos que 
entusiasmaram o público americano: o econômico carro-K, conversíveis, e o mini-furgão. 
As ações da companhia subiram de dois para trinta e seis dólares. Seus acionistas 
ganharam dinheiro, bem como renovaram a confiança na empresa. O desafiante slogan 
tornou-se conhecido na nação inteira: "Se você conseguir achar um carro melhor, 
compre-o!" Lee Laccocca chegou a ser um dos mais respeitados líderes empresariais da 
América, e quando sua autobiografia foi publicada em 1984, quebrou todos os recordes 
de vendas de livros. Essas oportunidades não teriam chegado a Lee Laccocca se ele 
não tivesse tido os obstáculos que teve: ser despedido da Ford e enfrentar uma situação 
de quase bancarrota na Chrysler. Nesses obstáculos, ele encontrou suas maiores 
oportunidades. Todo revés traz dentro de si a semente de um avanço equivalente. Cabe 
a nós apenas procurá-lo. 
 
Os acentos gráficos foram retirados do texto, coloque-os e justifique, por meio 
da regra, cada um deles. 
A mais longa caminhada so e possivel passo a passo... 
_______________________________________________________________ 
O mais belo livro do mundo foi escrito letra por letra... 
_______________________________________________________________ 
Os milenios se sucedem, segundo a segundo... 
_______________________________________________________________ 
As mais violentas cachoeiras se formam de pequenas fontes... 
_______________________________________________________________ 
 
 
27 
 
A imponencia do pinheiro e a beleza do ipe começaram ambas na simplicidade das 
sementes... 
_______________________________________________________________ 
Se não fosse a gota, não haveria chuvas... 
_______________________________________________________________ 
O mais singelo ninho se fez de pequenos gravetos... 
_______________________________________________________________ 
E a mais bela construção não se teria efetuado senão a partir do primeiro tijolo... 
_______________________________________________________________ 
As imensas dunas se compõem de minusculos grãos de areia... 
_______________________________________________________________ 
Como ja se refere o adagio popular, nos menores frascos se guardam as melhores 
fragrancias... 
_______________________________________________________________ 
É quase incrivel imaginar que apenas sete notas musicais tenham dado vida à "Aleluia", 
de Hendel... 
_______________________________________________________________ 
O brilhantismo de Einstein e a ternura de Tereza de Calcuta tiveram que estagiar no 
periodo fetal... 
_______________________________________________________________ 
Nem mesmo Jesus, expressão maior de Amor, dispensou a fragilidade do berço... 
_______________________________________________________________ 
... Assim tambem o mundo de paz, de harmonia e de amor com que tanto sonhamos só 
sera construido a partir de Pequenos Gestos de compreensão, solidariedade, respeito, 
ternura, fraternidade, benevolencia, indulgencia e perdão, dia a dia... 
_______________________________________________________________ 
_______________________________________________________________ 
_______________________________________________________________ 
_______________________________________________________________ 
Ninguem pode mudar o mundo... Mas podemos mudar uma pequena parcela dele... 
_______________________________________________________________ 
Esta parcela nos chamamos de "Eu". 
 
 
28 
 
_______________________________________________________________ 
_______________________________________________________________4. 
Concordância Verbal e Nominal: 
A concordância é um processo sintático segundo o qual certas palavras se acomodam, 
na sua forma, às palavras de que dependem. Essa acomodação formal se chama 
“flexão” e se dá quanto ao gênero, número e pessoa. 
 
 Concordância verbal – Regra geral: o verbo concorda com o seu sujeito em 
pessoa e número. Exemplos: 
O aluno saiu da escola. 
 
 Concordância do verbo com o sujeito composto – 1º. Caso: Quando o 
sujeito composto vier anteposto ao verbo, o verbo irá para o plural. 
O milho e a soja subiram de preço. 
 
 Obs.: Quando os núcleos do sujeito forem sinônimos, o verbo poderá ficar no 
singular ou no plural. 
Medo e terror nos acompanha (acompanham) sempre. 
 
 Quando os núcleos do sujeito vierem resumidos por tudo, nada, alguém ou 
ninguém, o verbo ficará no singular. 
Dinheiro, mulheres, bebida, nada o atraía. 
 
 Quando o sujeito for formado por núcleos dispostos em gradação (ascendente ou 
descendente) o verbo ficará no singular ou no plural. 
Uma briga, um vento, o maior furacão não os inquietava (inquietavam). 
 
 Concordância do verbo com o sujeito composto – 2º. Caso: Quando o sujeito 
composto vier posposto ao verbo, o verbo irá para o plural ou concordará apenas 
com o núcleo do sujeito que estiver mais próximo. 
Chegou o pai e a filha. Chegaram o pai e a filha.
29 
 
 Concordância do verbo com o sujeito composto – 3º. Caso: Quando o sujeito 
composto for formado por pessoas gramaticais diferentes, o verbo irá para o plural 
na pessoa que tiver prevalência. 
Eu, tu e ele fizemos o exercício. 
Tu e ele fizestes / fizeram. 
 
 Concordância do verbo com o sujeito composto – 4º. Caso: Quando os 
núcleos do sujeito vierem ligados pela conjunção "ou", o verbo ficará no singular 
se houver ideia de exclusão. Se houver ideia de inclusão o verbo irá para o plural. 
Pedro ou Antônio será o presidente do clube. (Exclusão) 
Laranja ou mamão fazem bem a saúde. (Inclusão) 
 
 Casos Especiais de Concordância Verbal – 1º. Caso: Com a expressão "um 
dos que" o verbo ficará no singular ou no plural. O plural é a construção 
dominante. 
Você é um dos que mais estudam (estuda). 
 
 Casos Especiais de Concordância Verbal – 2º. Caso: Quando o sujeito for 
constituído das expressões "mais de", "menos de", "cerca de" o verbo concordará 
com o numeral que segue as expressões. 
Mais de uma pessoa protestou contra a lei. 
Mais de vinte pessoas protestaram contra a decisão. 
 
Obs.: Com a expressão "mais de um" pode ocorrer o plural: 
Quando o verbo dá idéia de ação recíproca (troca de ações). 
Ex: Mais de uma pessoa de abraçaram. 
 
 Quando a expressão "mais de um" vêm repetida. 
Ex: Mais de um amigo, mais de um parente estavam presentes. 
 
 Casos Especiais de Concordância Verbal – 3º. Caso: Se o pronome 
interrogativo ou indefinido estiver no singular o verbo só concordará com ele. Se 
 
 
30 
 
esses pronomes estiverem no plural o verbo concordará com ele ou com o 
pronome pessoal. 
Qual de nós? 
Qual de nós viajará? 
Quais de nós viajarão (viajaremos)? 
 
 Casos Especiais de Concordância Verbal – 4º. Caso: Quando o sujeito for um 
coletivo, o verbo ficará no singular. 
A multidão gritava desesperadamente. 
 
Obs.: Quando o coletivo vier seguido de um adjunto no plural, o verbo ficará no 
singular ou poderá ir para o plural. 
Ex: A multidão de torcedores gritava (gritavam) desesperadamente. 
 
 Casos Especiais de Concordância Verbal – 5º. Caso: Quando o sujeito de um 
verbo for pronome relativo "que", o verbo concordará com o antecedente deste 
pronome. 
Sou eu que pago. 
 
 Casos Especiais de Concordância Verbal – 6º. Caso: Quando o sujeito de um 
verbo for um pronome relativo "quem", o verbo concordará com o antecedente ou 
ficará na 3º pessoa do singular concordando com o sujeito quem. 
Sou eu quem paga/pago. 
 
 Casos Especiais de Concordância Verbal – 7º. Caso: Quando o sujeito for 
formado por nome próprio que só tem plural, não antecipado de artigo, o verbo 
ficará no singular; se o nome próprio vier antecipado de artigo o verbo irá para o 
plural. 
Minas Gerais possui grandes fazendas. 
Os Estados Unidos são uma nação poderosa. 
 
 
 
31 
 
 Casos Especiais de Concordância Verbal – 8º. Caso: Os verbos impessoais 
ficam sempre na 3º pessoa do singular. 
Faz 5 anos... 
Havia crianças na fila. 
 
Também fica na 3º pessoa de singular o verbo auxiliar que se põe junto a um 
verbo impessoal formando uma locução verbal. 
Ex: Deve haver crianças na fila. 
 
O verbo existir não é impessoal. 
Ex: Existiam crianças na fila. 
Devem existir crianças na fila. (O verbo auxiliar de um verbo pessoal concordará 
com o sujeito). 
 
 Casos Especiais de Concordância Verbal – 9º. Caso: Com os verbos "dar", 
"bater", "soar" se aparecer o sujeito "relógio" a concordância se fará com ele; se 
não aparecer com o sujeito "relógio" a concordância se fará com o número de 
horas. 
O relógio deu cinco horas. 
Deram cinco horas no relógio da matriz. 
 
 Casos Especiais de Concordância Verbal – 10º. Caso: Quando o sujeito for 
formado por um pronome de tratamento o verbo irá sempre para 3º pessoa. 
Vossa Excelência leu meus relatórios? 
 
 Casos Especiais de Concordância Verbal – 11º. Caso: Quando "se" funcionar 
como partícula apassivadora o verbo concordará normalmente com o sujeito da 
oração. 
Pintou-se o carro. 
 Alugam-se casas. 
 
 
 
32 
 
 Casos Especiais de Concordância Verbal – 12º. Caso: Quando o "se" funcionar 
como Índice de Indeterminação do Sujeito o verbo ficará sempre na 3º pessoa do 
singular. 
Precisa-se de secretária. 
Vive-se bem aqui. 
 
 Casos Especiais de Concordância Verbal – 13º. Caso: O verbo parecer, 
seguido de infinitivo admite duas construções: 
 Flexiona-se o verbo parecer e não se flexiona o infinitivo. 
 Flexiona-se o infinitivo e não flexiona-se o verbo parecer. 
Os prédios parecem cair. 
Os prédios parece caírem. 
 
 Exercícios: Reconheça as respostas corretas. (Pode haver mais de uma resposta 
correta para cada exercício). 
 
1. Os Estados Unidos não ____________ com a decisão tomada. (concordou/ 
concordaram) 
2. __________ colchões velhos. (Reforma-se/reformam- se) 
3. Mais de um aluno __________ à aula inaugural. (faltou/faltaram) 
4. Mais de um aluno se_______ após o resultado dos exames. (abraçou/ abraçaram) 
5. Uma junta de médicos ______ o paciente. (atendeu/atenderam) 
6. Paulinho foi um dos que ____________o segredo. (revelou/revelaram) 
7. Sou uma pessoa que não _____________em bruxarias. (acredita/acredito) 
8. Fui eu que ________________ o trabalho. (fiz/fez) 
9. Não fui eu quem________ o trabalho. (fez/fiz) 
10. Nesta época do ano, os Andes __________ com muita neve. (fica/ficam) 
11. Será que já _________________ três horas? (deu/ deram) 
12. Já____________ meia-noite e meia. (é/são) 
13. _________ quase uma hora da madrugada. (é/são) 
14. Cada um dos acionistas _________ muito dinheiro. (recebeu/ receberam) 
15. _____________ três horas que ela saiu. (faz/fazem) 
 
 
33 
 
16. _____________ as canetas no chão. (caiu/caíram) 
17. Duas guerras ______________ neste século. (houve/houveram) 
18. Noventa por cento dos brasileiros ________ a medida. (aprovou/aprovaram) 
19. Fomos nós quem _____________ a despesa. (pagou/pagamos) 
20. _______________ cinco horas o relógio da igreja. (deu/deram) 
21. Tenham calma, que ainda não ______cinco horas. (deu/deram) 
22. Mais de duas pessoas ______________ no acidente. (morreu/morreram) 
23. O dono disso tudo aí ainda _____________ eu. (sou/é) 
24. __________ três minutos para as dez horas. (falta/faltam) 
25. ______ exatamente duas horas e trinta minutos. (é/são) 
26. Mil reais ____________ muito dinheiro naquela época. (era/eram) 
27. Ele ou eu ____________ com ela. (casará/casarei) 
28. Dinheiro, conforto, luxo, nada para ele ________valor. (tinha/tinham) 
29. O autor ou os autores do crime _________ pena máxima. (cumprirá/cumprirão) 
30. Cada um dos jornalistas ____________ coisas diferentes. (disse/disseram) 
31. Cada um de nós ___________ responsável pelo que fazemos. (é/somos) 
32. Nenhum de nós __________ pouco este ano. (ganhou/ ganharam) 
33. O pessoal da fábrica somente_____________ barulho. (fez/fizeram) 
34. O quarto, a sala, o apartamento, o edifício ___________ (ruiu/ruíram) 
35. Cada colega, cada professor, cada pessoa me _________. 
(incentivava/incentivavam) 
36. A decência e a honestidade _____________ aqui. (impera/imperam) 
37. Grande parte das atrizes _____________ nesta peça. (aparece/aparecem) 
38. Sou um homem que ________. (acredito/ acredita) 
39. Hoje sou eu quem _____________ tudo. (pago/ paga) 
40. Um bando de aves _____________ na árvore. (pousou/pousaram) 
41. Noventa por cento dos alunos__________ aprovação. (conseguiu/conseguiram) 
42. _________ dez anos que saí da escola. (faz/ fazem) 
43. ________ Vossa Excelência os protestos de nossa estima. (receba/recebei)
44. ___________ alguns distúrbios durante o comício. (houve/ houveram) 
45. Os Estados Unidos são um dos países que mais __________ pela liberdade. (luta/ 
lutam) 
 
 
34 
 
46. Aqui não se ______________ serviços gratuitamente. (presta/prestam) 
47. _____________ ainda alguns minutos para o término do jogo. (resta/restam) 
48. Cada um de vocês __________ um pacote. (leva/levam) 
49. Ana foi uma das moças que mais me __________. (agradou/ agradaram) 
50. Sempre fui um estudante que ___________ muito. (estudei/ estudou) 
51. Um bando de estudantes ___________uma batucada infernal. (fazia/faziam) 
52. Vossa Senhoria __________ passando bem. (está/ estais) 
53. A baronesa é uma das pessoas que mais________ de nós. (desconfia/ desconfiam) 
54. ________apartamentos em lugar aprazível. (aluga-se/alugam- se) 
55. Ela com a sua turma _________ a multidão. (catequizou/ catequizaram) 
56. Ele ou tu_______________ nosso paraninfo. (será/serás) 
57. Dois terços do pescado _____________ (estragou/ estragaram) 
58. __________ coisas que não compreendiam. (havia/ haviam) 
59. As casas, as fábricas, as ruas, tudo _________ poluição. (parecia/ pareciam) 
60. Uma ou outra roupa lhe ______ muito bem. (fica/ficam) 
61. O calor ou o frio excessivo ________ temperaturas nocivas aos doentes. (era/eram) 
62. Vinte e quatro horas não _________ muito tempo. (é/são) 
63. Os Lusíadas ______ Camões. (imortalizou/ imortalizaram) 
64. Cada uma das mulheres ________uma heroína no baile. 
(representava/representavam) 
65. Nenhum dos rapazes__________ aqui. (permaneceu/permaneceram) 
66. Fui o último que________ em casa. (entrou/ entrei) 
67. Pai e filho_________ diariamente. (discutia/ discutiam) 
68. Uma e outra moça _____________ a cena. (presenciou/ presenciaram) 
69.________ três meses que não a vejo. (faz/fazem) 
_______________________________________________________________5. 
Preposição é a palavra invariável que liga dois termos entre si, estabelecendo que o 
segundo depende do primeiro, ou seja, que o segundo (termo regido) é complemento ou 
adjunto do primeiro (termo regente). As preposições podem ser: essenciais ou 
acidentais. 
 Essenciais são as que funcionam sempre como preposições. 
 
 
35 
 
Exemplos: a, ante, após, até, com, contra, de, desde, em, entre, para, perante, 
por, sem, sob, sobre, trás. 
 Acidentais são as que passaram a funcionar como preposições, mas são 
provenientes de outras classes gramaticais (verbos, adjetivos, advérbios). 
Exemplos: conforme, consoante, segundo, durante, mediante, como, salvo, fora. 
 
_______________________________________________________________6. 
Verbos 
Indicam qualquer processo dinâmico: o que depende da vontade do homem (ex.: 
guerrear) e o que não depende (ex.: chover); o que se passa em seu mundo interior (ex.: 
sonhar) e o que acontece no mundo exterior (ex.: navegar). A ação contida no processo 
pode dirigir-se a um alvo, pode precisar de um elemento pelo qual se desenvolva, pode 
ter um destino. 
 
Em: Eu acendi 
A ação contida em acender exige um alvo, pois quem acende, acende ALGUMA COISA. 
Eu acendi A LENHA 
 
Em: Enviara poucas cartas AOS PAIS 
O processo de enviar pede um destino, indicado por AOS PAIS. 
 
Quando a ação requer um alvo, um elemento, um destino, sob o ponto de vista da sintaxe 
ocorrem verbos que exigem complemento, denominados Verbos Transitivos 
 
 
 
 
 
36 
 
Lembrando que Sintaxe: parte da gramática que estuda a disposição das palavras na 
frase e das frases no discurso. 
 
Método Prático de Reconhecimento: Para determinar a ocorrência de Verbo Transitivo 
Direto, basta perguntar o quê? ou quem? Depois do verbo. Com esse procedimento, 
verifica-se a presença do complemento e a ausência de preposição. 
“...paralisem O QUÊ? os negócios, ...” 
“...paralisem QUEM? os negócios, ...” 
 VTD OD 
“...paralisem os negócios, ...” 
 
 
Verbo Transitivo Indireto: exige preposição, ligando-se indiretamente ao seu 
complemento denominado Objeto Indireto. 
 
Para determinar a ocorrência de Verbo Transitivo Indireto, basta perguntar (preposição) 
QUÊ? Ou (preposição) QUEM? depois do verbo, procedimento esse que evidencia a 
preposição e o complemento. 
 
 
Verbo Transitivo Direto e Indireto: esse tipo de verbo exige Objeto Direto e Objeto 
Indireto ao mesmo tempo. 
 
 
37 
 
 
 
 
 
 
 
Muitos verbos podem expressar uma ação que não requer um alvo, um elemento ou um 
destino. O processo dinâmico concentra-se no próprio ser, transita com ele. Sob o ponto 
de vista da sintaxe, esses verbos não exigem complemento e denominam-se Verbos 
Intransitivos: 
 
 
 
São considerados intransitivos: 
 
 
38 
 
• Verbos que indicam movimento: ir, vir, partir, voltar, chegar, entrar, etc. 
• Verbos que indicam ação: brincar, nadar, ajoelhar, lutar, etc 
• Verbos que indicam fenômenos da natureza: amanhecer,anoitecer, chover, 
trovejar, nevar, ventar, etc. 
• Verbos que indicam fenômenos naturais: adormecer, dormir, acordar, nascer, 
crescer, viver, morrer, etc. 
• Verbos que indicam situação: estar, ficar, permanecer, etc 
 
7. Regência é a relação de dependência que existe entre os termos de uma frase. Assim 
uma palavra que não tenha sentido completo (termo regente) é complementada por uma 
ou mais palavras (termo regido). 
 
 
 
 
39 
 
 
1. (FCC-Adaptada) ... que consomem 46% de toda a gasolina do planeta ... 
O mesmo tipo de complemento exigido pelo verbo grifado acima está na frase: 
a) ... o mundo sofre com a falta de capacidade de refino moderno ... 
b) ... e outros adjacentes na Bacia de Santos vem em ótima hora ... 
c) Outra oportunidade reside em investimentos maciços em capacidade de refino. 
d) ... mas esta é uma tendência que se vem espalhando como fogo em palha. 
e) ... para gerar produtos de alto valor ambiental. 
 
2. (FCC-Adaptada) Quem acompanhou a trajetória do Programa Nacional do Álcool... 
O verbo que exige o mesmo tipo de complemento que o do grifado acima está na frase: 
a) ... ninguém apostava no seu êxito imediato ... 
b) ... com que ele não contava em experiências anteriores do uso do álcool ... 
c) ... sabe de seus altos e baixos. 
d) ... provocaram a queda das vendas desses veículos... 
e) ... que se tornaram residuais. 
 
3. (UNIP) Quando repeti isto, pela terceira vez, pensei no seminário, mas como se 
pensa em perigo que passou, um mal abortado, um pesadelo extinto; todos os meus 
nervos me disseram que homens não são padres. (Machado de Assis) 
Na frase acima, os verbos destacados são: 
a) Transitivo direto – transitivo indireto – intransitivo 
b) Transitivo direto – transitivo direto – transitivo direto 
c) Transitivo indireto – intransitivo – transitivo direto 
d) Intransitivo – intransitivo – intransitivo 
e) Intransitivo – transitivo direto – transitivo direto 
 
4. (UCMG-Adaptada) 
1. “A vergonha foi enorme.” – transitivo direto e indireto 
2. “Procura insistentemente perturbar-me a memória.” – transitivo direto 
3. “Fiquei, durante as férias, no sítio de meus avós.” – de ligação 
4. “Para conseguir o prêmio, Mário reconheceu-nos imediatamente.” – transitivo direto 
 
 
40 
 
5. “Ela nos encontrará, portanto é só fazer o pedido.” – transitivo direto 
 
A classificação dos verbos sublinhados, quanto à predicação, foi feita 
corretamente apenas em: 
a) 1, 3 e 4 
b) 2, 4 e 5 
c) 1, 2, e 5 
d) 2, 3,4 e 5 
e) 1, 2 e 3 
 
5. (FCMSCSP) Observe as seguintes frases: 
I – Pedro pagou os tomates. 
II – Pedro pagou os feirantes. 
III – Pedro pagou os tomates ao feirante. 
a) Estão corretas
apenas a I e a II, pois o verbo PAGAR é transitivo direto. 
b) A II está errada, porque, quando PAGAR tem por objeto um nome de pessoa é 
transitivo indireto (o certo seria “ao feirante”) 
c) Apenas a I está correta. 
d) A frase II é a única correta e PAGAR é transitivo direto nesta frase. 
e) Todas as frases estão construídas conforme as regras de regência do verbo 
PAGAR. 
 
6. (PUC-MG) Considerando que verbo transitivo direto requer complemento verbal 
chamado objeto direto, assinale a alternativa em que esse termo ocorre: 
a) O tostão é regateado com cerimônia. 
b) Como viverei sem ti, meu bem? 
c) Vamos... – disse Jesuíno. 
d) Eram todos irmãos, felizmente. 
e) E vão fazendo telhados. 
 
7. (IFB) A análise da transitividade verbal não deve ser feita isoladamente, mas sim 
de acordo com o texto. O mesmo verbo pode estar empregado ora 
 
 
41 
 
intransitivamente, ora transitivamente, ora com objeto direto, ora com objeto 
indireto. Dessa forma, indique a alternativa INCORRETA: 
a) Perdoai sempre. (verbo intransitivo) 
b) Perdoai as ofensas. (verbo transitivo direto) 
c) Perdoais aos inimigos. (verbo transitivo indireto) 
d) Por que sonhas, ó jovem poeta? (verbo transitivo direto) 
e) Sonhei um sonho guinholesco. (verbo transitivo direto) 
 
8. (UFV) Dependendo do contexto, um verbo normalmente intransitivo pode tornar-
se transitivo. Assinale a alternativa em que ocorre um exemplo: 
a) “Ponha intenções de quermesse em seus olhos…” 
b) “…sorria lírios para quem passe debaixo da janela.” 
c) ” beba licor de contos de fadas…” 
d) “Ande como se o chão estivesse repleto de sons…” 
e) “… e do céu descesse uma névoa de borboletas…” 
 
9. (Mackenzie) (…) “Do Pantanal, corra até Bonito, onde um mundo de águas 
cristalinas faz tudo parecer um imenso aquário.” (O Estado de São Paulo) Assinale 
a alternativa que apresenta a correta classificação dos verbos do período acima, 
quanto à sua predicação. 
a) intransitivo – transitivo direto – de ligação 
b) transitivo indireto – transitivo direto – de ligação 
c) intransitivo – transitivo direto – transitivo direto 
d) transitivo indireto – transitivo direto – transitivo direto 
e) intransitivo – intransitivo – intransitivo 
 
10. (FGV-2003) Assinale a alternativa em que, pelo menos, um verbo esteja sendo 
usado como transitivo direto. 
a) Dependeu o coveiro de alguém que rezasse. 
b) Oremos, irmãos! 
c) Chega o primeiro raio da manhã. 
 
 
42 
 
d) Loureiro escolheu-nos como padrinhos. 
e) Contava com o auxílio de Marina para cuidar do evento. 
 
11. (FGV) Em cada uma das alternativas abaixo, está sublinhado um termo iniciado 
por preposição. Assinale a alternativa em que esse termo não é objeto indireto. 
a) O rapaz aludiu às histórias passadas, quando nossa bela Eugênia ainda era 
praticamente uma criança. 
b) Quando voltei da Romênia, o Brasil todo assistia à novela da Globo, todos os dias. 
c) Quem disse a Joaquina que as batatas deveriam cozer-se devagar? 
d) Com a aterrissagem, o aviador logo transmitiu ao público a melhor das impressões. 
e) Foi fiel à lei durante todos os anos que passou nos Açores. 
 
 
12. (FAAP) OLHOS DE RESSACA 
"Enfim, chegou a hora da encomendação e da partida. Sancha quis despedir-se do 
marido, e o desespero daquele lance consternou a todos. Muitos homens choravam 
também, as mulheres todas. Só Capitu, amparando a viúva, parecia vencer-se a si 
mesma. Consolava a outra, queria arrancá-la dali. A confusão era geral. No meio dela, 
Capitu olhou alguns instantes para o cadáver tão fixa, tão apaixonadamente fixa, que 
não admira lhe saltassem algumas lágrimas poucas e caladas... As minhas cessaram 
logo. Fiquei a ver as dela; Capitu enxugou-as depressa, olhando a furto para a gente que 
estava na sala. Redobrou de carícias para a amiga, e quis levá-la; mas o cadáver parece 
que a retinha também. Momentos houve que os olhos de Capitu fitaram o defunto, quais 
os da viúva, sem o pranto nem palavras desta, mas grandes e abertos, como a vaga do 
mar lá fora, como se quisesse tragar também o nadador da manhã." (Machado de Assis) 
 
Só um destes verbos é transitivo direto, ao lado do qual aparece o objeto direto: 
a) chegou a hora da encomendação. 
b) a confusão era geral. 
c) lhe saltassem algumas lágrimas. 
d) Capitu enxugou-as. 
e) as minhas cessaram logo. 
 
 
43 
 
 
13. (ITA) 
OS CÃES 
- Lutar. Podes escachá-los ou não; o essencial* é que lutes. Vida é luta. Vida sem luta* 
é um mar morto no centro do organismo universal. DAÍ A POUCO demos COM UMA 
BRIGA de cães; fato que AOS OLHOS DE UM HOMEM VULGAR não teria valor, 
Quincas Borba fez-me parar e observar os cães. Eram dois. Notou que ao pé deles* 
estava um osso, MOTIVO DA GUERRA, e não deixou de chamar a minha atenção para 
a circunstância de que o osso não tinha carne. Um simples osso nu. Os cães mordiam-
se*, rosnavam, COM O FUROR NOS OLHOS... Quincas Borba meteu a bengala 
DEBAIXO DO BRAÇO, e parecia em êxtase. 
- Que belo que isto é! dizia ele de quando em quando. Quis arrancá-lo dali, mas não 
pude; ele estava arraigado AO CHÃO, e só continuou A ANDAR, quando a briga cessou* 
INTEIRAMENTE, e um dos cães, MORDIDO e vencido, foi levar a sua fome A OUTRA 
PARTE. Notei que ficara sinceramente ALEGRE, posto* contivesse a ALEGRIA, 
segundo convinha a um grande filósofo. Fez-me observar a beleza do espetáculo, 
relembrou o objeto da luta, concluiu que os cães tinham fome; mas a privação do 
alimento era nada para os efeitos gerais da filosofia. Nem deixou de recordar que em 
algumas partes do globo o espetáculo é mais grandioso: as criaturas humanas é que 
disputam aos cães os ossos e outros manjares menos APETECÍVEIS; luta que se 
complica muito, porque entra em ação a inteligência do homem, com todo o acúmulo de 
sagacidade que lhe deram os séculos etc. 
 
Quanto à predicação, os verbos "mordiam, cessou, disputam" classificam-se, no 
texto, respectivamente como: 
a) t. direto e indireto, transitivo, t. direto. 
b) t. direto e indireto, intransitivo, t. direto. 
c) transitivo, ligação, t. direto e indireto 
d) t. direto, intransitivo, t. direto e indireto. 
e) intransitivo, intransitivo, transitivo. 
 
 
 
 
44 
 
_______________________________________________________________ 
II) FORMATOS E FORMAS: alguns dos tipos de textos mais utilizados no cotidiano 
 
Os textos são classificados, de acordo com suas características, em determinados tipos, 
que variam conforme a predominância da existência de figuras ou de ideias abstratas. 
 
O termo tipologia textual designa uma sequência definida pela natureza linguística de 
sua composição, ou seja, está relacionado com questões estruturais da língua, 
determinadas por aspectos lexicais, sintáticos, relações lógicas e tempo verbal. 
Objetivamente, dizemos que o tipo textual é a forma como o texto apresenta-se. 
 
Podem variar entre cinco e nove tipos, contudo, os mais estudados e exigidos nas 
diferentes provas de vestibular e concursos no Brasil são a narração, a dissertação, a 
descrição, a injunção e a exposição. Veja as principais características dos três primeiros 
(narração, descrição e dissertação). 
 
 a) Descrição: Descrever é mostrar com palavras, ao leitor, seres, cenas, 
paisagens e objetos que os olhos veem, é, pois, pintar com a linguagem um 
quadro, cujas cores devem ganhar vida sob a forma de palavras, tornando a 
realidade sempre mais expressiva. 
 
Podemos obter tudo isto se o aluno ou o escritor, por esforço próprio, colorir as 
pessoas, os objetos, o ambiente com visão nova, transformando o familiar em 
incomum e o incomum em familiar, despertando a emoção experimentada
ao 
completá-los. 
 
Uma boa descrição não é aquela em que se retrata o objeto visto no momento, 
mas a que alerta e estimula as mais variadas sensações: tato, olfato, visão, 
audição, gosto, forma, cor e movimento que permitem a impressão global. 
 
Descrição de um Publicitário: Futebol é bola na rede. Festa. Grito de gol. Não 
só. Não mais. No Brasil de hoje, futebol é a reunião da família, a redenção da 
 
 
45 
 
Pátria, a união dos povos. Futebol é saúde, amizade, solidariedade, saber vencer. 
Futebol é arte, cultura, educação. Futebol é balé, samba, capoeira. Futebol é fonte 
de riqueza. Futebol é competição leal. 
 
Enciclopédia e Dicionário Koogan/Houaiss: Desporto no qual 22 jogadores, 
divididos em dois conjuntos, se esforçam por fazer entrar uma bola de couro na 
baliza do conjunto contrário, sem intervenção das mãos. (As primeiras regras 
foram elaboradas em 1860). 
 
Modelo de Descrição: “Luzes de tons pálidos incidem sobre o cinza dos prédios. 
Nos bares, bocas cansadas conversam, mastigam e bebem em volta das mesas. 
Nas ruas, pedestres apressados se atropelam. O trânsito caminha lento e 
nervoso. Eis São Paulo às sete da noite.” 
 
 b) Dissertação: Tipo de texto opinativo em que ideias são desenvolvidas por meio 
de estratégias argumentativas. Sua maior finalidade é conquistar a adesão do 
leitor aos argumentos apresentados. Os gêneros que se apropriam da estrutura 
dissertativa são: ensaio, carta argumentativa, dissertação, editorial etc. 
 
Argumentação: Ao dissertar sobre um tema, a primeira providência deve ser a 
pergunta “por quê”? Ao iniciar sua reflexão sobre o tema proposto e sobre uma 
possível resposta para a questão, procure recordar-se do que já leu ou ouviu a 
respeito dele. O ideal é que você obtenha duas ou três respostas para a questão 
formulada, tais respostas são os argumentos encontrados para o tema. 
Tema: “O mundo moderno caminha para a sua própria destruição”. 
Por quê? 
1. Tem havido inúmeros conflitos internacionais. 
2. O meio ambiente encontra-se ameaçado por sério desequilíbrio ecológico. 
3. Permanece o perigo de uma catástrofe nuclear. 
 
As respostas 1,2 e 3 são argumentos para a defesa do tema. 
 
 
 
46 
 
Assim, o Primeiro Parágrafo Seria: 
O mundo moderno caminha para sua própria destruição, pois tem havido 
inúmeros conflitos internacionais, o meio ambiente encontra-se ameaçado por 
sério desequilíbrio ecológico e, além do mais, permanece o perigo de uma 
catástrofe nuclear. 
 
Observe que entre o tema e os argumentos existem palavras que ligam as partes 
da Introdução. São essas palavras que vão dar Coesão (clareza) ao tema e seus 
argumentos. 
 
Após a Introdução (apresentação do tema e dos argumentos) é necessário 
desenvolver os argumentos, nos próximos parágrafos. Na Introdução havia três 
argumentos para o tema, portanto cada argumento será desenvolvido em um 
parágrafo específico. Para desenvolver o argumento, escreva tudo o que souber 
sobre o fato. 
 
Exemplo: 
Nestas últimas décadas temos assistido, com certa preocupação, aos inúmeros 
conflitos internacionais que se sucedem. Muitos trazem na memória a triste 
lembrança das guerras do Vietnã e da Coréia, as quais provocaram grande 
extermínio. Em nossos dias, testemunhamos conflitos na América Central que, 
envolvendo as grandes potências internacionais, poderiam conduzir-nos a um 
confronto mundial de proporções incalculáveis. 
 
Como você pode perceber, às vezes é bom usar exemplos (grifo) para comprovar 
as afirmações. Próximo parágrafo, outro argumento: 
 
Outra ameaça constante é o desequilíbrio ecológico, provocado pela ambição 
desmedida de alguns, que promovem desmatamentos desordenados e poluem 
as águas dos rios. Tais atitudes contribuem para que o meio ambiente, em virtude 
de tantas agressões, acabe por se transformar em um local inabitável. 
 
 
 
47 
 
Observe o termo em destaque, ele ajuda a ligação com o parágrafo anterior - 
coesão textual. 
 
Último Parágrafo: 
 
Além disso, enfrentamos sério perigo relativo à utilização da energia atômica. 
Quer pelos acidentes que já ocorreram e podem acontecer novamente nas usinas 
nucleares, quer por um eventual confronto em uma guerra mundial, dificilmente 
poderíamos sobreviver diante do poder avassalador desses sofisticados 
armamentos. 
 
Observe o Grifo Novamente. 
O último parágrafo é a CONCLUSÃO, construído pela expressão inicial 
conclusiva(1), seguida de uma reafirmação do tema(2), uma proposta de 
solução(3) e um comentário sobre os fatos mencionados(4). 
 
Em virtude dos fatos mencionados(1), somos levados a acreditar na possibilidade 
de estarmos a caminho do nosso próprio extermínio(2). É necessário que 
instituições internacionais atuem decisivamente sobre os responsáveis pelos 
conflitos, a fim de solucioná-los; o homem deve sofrer pressão constante para 
aprender a respeitar o meio-ambiente; bem como as nações que fazem testes 
nucleares deveriam sofrer penalidades de mercado(3). Enfim, é preciso 
mobilizações para que possamos sobreviver às adversidades constantes e 
construir um mundo que, por ser pacífico, será mais facilmente habitado pelas 
gerações vindouras(4). 
 
 c) O que Você Não Deve Fazer em uma Dissertação 
Jamais use gírias em sua dissertação. 
Ex.: Muita gente e até a polícia tentam fazer alguma coisa para acabar com as 
drogas, mas muitos caras, a maioria gente da pesada, se negam a deixar de curtir 
seu baratinho... 
 
 
 
48 
 
Não utilize provérbios ou ditos populares. 
Ex.: Afinal, já dizia meu avô: Dize-me com quem andas, que eu te direi quem és. 
 
Não use “eu acho, eu penso...”, nem conte fatos de sua vida particular. 
 
Não utilize sua dissertação para propagar doutrinas religiosas. 
Ex.: Para combater esta contínua ameaça, só há uma solução: Jesus Cristo. 
 
Jamais analise os temas propostos movidos por emoções exageradas. 
Ex.: Os noticiários apresentam-nos todos os dias crimes bárbaros cometidos por 
verdadeiros animais, que deveriam ser exterminados, um a um, pela sua 
perversidade sem fim. 
 
• Não utilize exemplos contando fatos ocorridos com terceiros, que não 
sejam de domínio público. 
Ex.: O filho de minha vizinha, Dona Laura, trabalhava em uma dessas plataformas. 
 
Evite as abreviações. 
Ex.: O ministro c/ seus assessores saíram da sala de reunião. 
 
Procure não inovar, por sua conta, o alfabeto da língua portuguesa. 
Ex.: Há letras ilegíveis. 
 
Não dê conselhos, propor uma solução é bem diferente de aconselhar. 
Ex.: Você deve pensar mais no que faz. Exercite para melhorar sua saúde. 
 
Um exemplo de texto/tema: a qualidade de vida nas regiões rurais é, em alguns 
aspectos, superior à da zona urbana; 
Por quê? 
• R1: no campo inexiste a agitação das grandes metrópoles; 
• R2: há maiores possibilidades de se obterem alimentos adequados; 
 
 
49 
 
• R3: as pessoas dispõem de maior tempo para estabelecer relações humanas 
mais profundas e duradouras. 
 
Qualidade de Vida na Cidade e no Campo 
É de conhecimento geral que (TEMA) a qualidade de vida nas regiões rurais é, 
em alguns aspectos, superior à da zona urbana, (R1) porque no campo inexiste a 
agitação das grandes metrópoles, (R2) há maiores possibilidades de se obterem 
alimentos adequados e, além do mais, (R3) as pessoas dispõem de maior tempo 
para estabelecer relações humanas mais profundas e duradouras. 
 
(R1) porque no campo inexiste a agitação das grandes metrópoles. 
Ninguém desconhece que o ritmo de trabalho de uma metrópole é intenso. O 
espírito de concorrência, a busca de se obter uma melhor qualificação 
profissional,
enfim, a conquista de novos espaços lança o ambiente urbano em 
meio a um turbilhão de constantes solicitações. Esse ritmo excessivamente 
intenso torna a vida bastante agitada, ao contrário do que se poderia dizer sobre 
os moradores da zona rural. 
 
(R2) há maiores possibilidades de se obterem alimentos adequados 
Por outro lado, nas áreas campestres há maior qualidade de alimentos saudáveis. 
Em contrapartida, o homem da cidade costuma receber gêneros alimentícios 
colhidos antes do tempo de maturação, para garantir maior durabilidade durante 
o período de transporte e comercialização. 
 
(R3) as pessoas dispõem de maior tempo para estabelecer relações 
humanas mais profundas e duradouras. 
Ainda convém lembrar a maneira como as pessoas se relacionam nas zonas 
rurais. Ela difere da convivência habitual estabelecida pelos habitantes 
metropolitanos. Os moradores das grandes cidades, pelos fatos já expostos, de 
pouco tempo dispõem para alimentar relações humanas mais profundas. 
 
 
 
50 
 
Por isso tudo, entendemos que a zona rural proporciona a seus habitantes 
maiores possibilidades de viver com tranqüilidade. Esperamos que o homem 
metropolitano pratique hábitos saudáveis, como fazer exercícios, caminhar, 
alimentar-se com muita verdura e legume, fazer amigos e desfrutar com da 
companhia da família. Então, as dificuldades que afligem os habitantes devem 
ser compensadas com atividades prazerosas para que consiga desfrutar de uma 
vida com alguma qualidade. 
 
Proposta de Solução 
Esperamos que o homem metropolitano pratique hábitos saudáveis, como fazer 
exercícios, caminhar, alimentar-se com muita verdura e legume, fazer amigos e 
desfrutar com da companhia da família. 
 
 d) Texto narrativo é contar um ou mais fatos que ocorreram com determinadas 
personagens, em local e tempo definidos. Por outras palavras é contar uma 
história, que pode ser real ou imaginária. 
 
Quando for redigir uma história, a primeira decisão a ser tomada é se o narrador 
será um personagem ou não. Tanto é possível contar uma história que ocorreu 
com outras pessoas como narrar fatos acontecidos com o narrador. Essa decisão 
determinará o tipo de narrador a ser utilizado na sua composição. 
 
1. Narrador de 1ª pessoa (eu / nós): é aquele que participa da ação, ou seja, 
que se inclui na narrativa. Trata-se do narrador personagem. 
 
Exemplo: Andava pela rua quando de repente tropecei num pacote embrulhado 
em jornais. Agarrei-o vagarosamente, abri-o e vi,surpreso, que lá havia uma 
grande quantia em dinheiro. 
 
2. Narrador de 3ª pessoa (ele / eles): é aquele que não participa da ação, ou 
seja, não se inclui na narrativa. Temos então o narrador-observador. 
 
 
 
51 
 
Exemplo: João andava pela rua quando de repente tropeçou num pacote 
embrulhado em jornais. Agarrou-o vagarosamente, abriu-o e viu, surpreso, que lá 
havia uma grande quantia em dinheiro. 
 
Observação: Em textos que apresentam o narrador de 1.ª pessoa, ele não precisa 
ser necessariamente a personagem principal; pode ser somente alguém que, 
estando no local dos acontecimentos, os presenciou. 
 
Exemplo: Estava parado na entrada do estacionamento, quando vi, a meu 
lado, um rapaz que caminhava lentamente pela rua. Ele tropeçou num pacote 
embrulhado em jornais. Observei que ele o agarrou com todo o cuidado, abriu-o 
e viu, surpreso, que lá havia uma grande quantia em dinheiro. 
 
Elementos da Narração: Depois de escolher o tipo de narrador que vai utilizar, é 
necessário ainda conhecer os elementos básicos de qualquer narração. Todo o 
texto narrativo conta um FATO que se passa em determinado TEMPO e LUGAR. 
A narração só existe na medida em que há ação; esta ação é praticada pelos 
PERSONAGENS. 
 
Um fato, em geral, acontece por uma determinada CAUSA e desenrola-se 
envolvendo certas circunstâncias que o caracterizam. É necessário, portanto, 
mencionar o MODO como tudo aconteceu detalhadamente, isto é, de que maneira 
o fato ocorreu. Um acontecimento pode provocar CONSEQUÊNCIAS, as quais 
devem ser observadas. Assim, os elementos básicos do texto narrativo são: 
 
1. Fato (o que se vai narrar); 
2. Tempo (quando o fato ocorreu); 
3. Lugar (onde o fato se deu); 
4. Personagens (quem participou do ocorrido ou o observou); 
5. Causa (motivo que determinou a ocorrência); 
6. Modo (como se deu o fato); 
7. Consequências. 
 
 
52 
 
 
Uma vez conhecidos esses elementos, resta saber como organizá-los para 
elaborar uma narração. Dependendo do fato a ser narrado, há inúmeras formas 
de dispô-los. 
 
Esquema de Narração 
1º Parágrafo: explicar que fato será narrado; determinar o tempo e o lugar - 
INTRODUÇÃO 
2º Parágrafo: causa do fato e apresentação das personagens - 
DESENVOLVIMENTO 
3º Parágrafo: modo como tudo aconteceu (detalhadamente). 
4º Parágrafo: consequências do fato – CONCLUSÃO 
 
 e) Exercícios: Leia o texto “Como morrer mais cedo em São Paulo”, de Gilberto 
Dimenstein, retire um tema e escreva um texto dissertativo, usando o esquema 
abaixo. 
Esquema de Dissertação 
1º parágrafo: Introdução 
Tema + argumento 1 + argumento 2+ argumento 3 
2º / 3º/ 4º parágrafos: Desenvolvimento 
2º parágrafo: desenvolvimento do argumento 1 
3º parágrafo: desenvolvimento do argumento 2 
4º parágrafo: desenvolvimento do argumento 3 
5º parágrafo: Conclusão 
Expressão inicial + reafirmação do TEMA + observação final 
 
Como Morrer Mais Cedo em São Paulo – Texto de Gilberto Dimenstein 
 
CHEFE DO LABORATÓRIO DE POLUIÇÃO DA USP , integrante do comitê científico da 
Faculdade de Saúde Pública da Universidade Harvard e professor titular de patologia, Paulo 
Saldiva chegou ao topo de sua carreira, mas sente-se um médico frustrado: “Faço diagnósticos, 
mas não consigo curar”, lamenta. 
 
 
53 
 
 
Ele e seu grupo de 30 pesquisadores da USP diagnosticam que, por dia, na cidade de São 
Paulo, a poluição mata prematuramente 12 pessoas e produz 200 vítimas de pneumonia, infarto 
do miocárdio, asma, otite, entre outras doenças. É o suficiente para reduzir em um ano a 
expectativa de vida do paulistano. 
 
As invisíveis partículas que saem dos escapamentos dos automóveis mataram, em 2007, o 
dobro- isso mesmo, caro leitor, o dobro - do que os assassinatos. Se imaginarmos um estádio 
superlotado do Morumbi, teremos uma idéia do que representam anualmente as 200 pessoas 
que todos os dias adoecem por causa da poluição. 
A frustração de Saldiva é que, apesar de seu diagnóstico baseado em pesquisas científicas, a 
poluição aumenta e mata cada vez mais gente, mas não gera tanta mobilização como a 
violência, a maior preocupação dos paulistanos. 
 
As duas últimas semanas serviram para aumentar a frustração de Saldiva -um médico que, 
para dar o exemplo, se locomove pela cidade montado em uma bicicleta. De 2006 a 2007, 
como noticiou a Folha, aumentou em 54% o número de vezes em que a qualidade do ar estava 
imprópria. Nesse mesmo período, a taxa de homicídios na cidade de São Paulo caiu 22%. 
Desde 1990, a redução foi de 73%. 
 
Nas duas últimas semanas, foram noticiados recordes de congestionamento, inclusive em 
períodos razoavelmente sossegados para os padrões locais. “Não vemos os políticos dispostos 
a enfrentar os donos de automóveis”, critica o médico. Politicamente, isso é explicável. 
 
Convivem na cidade 11 milhões de habitantes e 6 milhões de automóveis, 800 dos quais 
licenciados a cada 24 horas. Não é necessário ser um matemático para ver que a imensa 
maioria dos eleitores está motorizada. 
 
São agradados, no geral, com pontes, viadutos, alargamento de ruas e avenidas, levados à 
ilusão

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