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DIABETES MELLITUS (DM II) - triagem e diagnóstico

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Mayara Freitas (PINESC VI) 
DIABETES MELLITUS 
Triagem e diagnóstico 
Conceito 
O Diabetes Melitus é um distúrbio metabólico caracterizado por hiperglicemia persistente, 
decorrente de: 
" Deficiência na produção de insulina 
" Deficiência na ação da insulina 
" Ou ambas 
É uma doença crônica que não possui cura, porém pode é essencial que seja tratada e controlada. 
Etiologia 
Multifatorial e envolve: 
" Fatores genéticos 
" Ambientais 
" Imunológicos 
 
R Ainda não está claro o quanto as complicações crônicas do diabetes são resultantes da 
própria hiperglicemia ou de condições associadas, como: 
" Deficiência de insulina, 
" Excesso de glucagon, 
" Mudanças da osmolaridade, 
" Glicação de proteínas e 
" Alterações lipídicas ou da pressão arterial 
R Vários estudos epidemiológicos sugerem um importante papel do meio ambiente desde os 
períodos iniciais da vida, tanto na fase intrauterina como nos primeiros anos de vida para 
desenvolvimento da diabetes. 
" Importância da orientação no pré-natal e puericultura! 
Epidemiologia 
Aumento da prevalência de DM nas últimas décadas devido a: 
" Rápida urbanização 
" Transição nutricional (alimentos ultra processados) 
" Maior frequência de estilo de vida sedentário 
" Maior frequência de excesso de peso 
" Crescimento e envelhecimento populacional 
" Maior sobrevida dos indivíduos com diabetes 
AH! Estima-se que cerca de 50% dos casos de diabetes em adultos não sejam diagnosticados. 
 IMPORTÂNCIA DA TRIAGEM E MEDICINA PREVENTIVA 
 
Os quais possuem importante papel 
no curso clínico e no aparecimento de 
complicações do diabetes. 
Mayara Freitas (PINESC VI) 
É um importante e crescente problema de saúde para todos os países, independentemente do 
seu grau de desenvolvimento, pois tem um relevante impacto econômico nos países e nos sistemas 
de saúde devido a maior utilização dos serviços de saúde, perda de produtividade e cuidados 
prolongados requeridos para tratar suas complicações crônicas. 
A Organização Mundial da Saúde (OMS) estima que glicemia elevada é o terceiro fator, 
em importância, de causa de mortalidade prematura, superada apenas por pressão arterial 
aumentada e uso de tabaco. 
Já em relação a Mortalidade: 
" Estimar a mortalidade por diabetes apresenta desafios, pois em torno de um terço dos países 
não possuem nenhuma informação sobre mortalidade por diabetes, dessa forma, não temos 
uma noção real da magnitude dessa doença em todo mundo. 
" As estatísticas rotineiras existentes subestimam a mortalidade por essa doença. Nas 
declarações de óbito de indivíduos com diabetes, frequentemente o diabetes é omitido pelo 
fato de serem suas complicações, principalmente as cardiovasculares, as que figuram como 
a causa de óbito. 
" Porém, dados 2015, revelam que aproximadamente 4 milhões de pessoas com idade entre 
20 e 79 anos morreram por diabetes, o equivalente a um óbito a cada 8 segundos. 
Complicações associadas 
As complicações do diabetes são categorizadas como distúrbios microvasculares e 
macrovasculares, que resultam em: 
" Retinopatia, 
" Nefropatia, 
" Neuropatia, 
" Doença coronariana, 
" Doença cerebrovascular e 
" Doença arterial periférica. 
 O diabetes tem sido responsabilizado, entretanto, por contribuir para agravos, direta ou 
indiretamente: 
" Sistema musculoesquelético, 
" Sistema digestório, 
" Função cognitiva e na saúde mental, 
" Além de ser associado a diversos tipos de câncer. 
Classificação etiológica da DM 
 Tipos de diabetes 
(1) DM tipo 1: 
" Tipo 1A: deficiência de insulina por destruição autoimune das células β comprovada por 
exames laboratoriais; 
" Tipo 1B: deficiência de insulina de natureza idiopática. 
(2) DM tipo 2: perda progressiva de secreção insulínica combinada com resistência à insulina – 
90 a 95% de todos os casos de diabetes 
AH! Risco relativo das complicações 
microvasculares nos indivíduos com diabetes é 
em torno de 10 a 20 vezes maior do que nos 
indivíduos sem diabetes, enquanto o risco relativo 
das complicações macrovasculares é de 2 a 4 
vezes maior do que nos indivíduos sem a doença. 
Mayara Freitas (PINESC VI) 
(3) DM gestacional: hiperglicemia de graus variados diagnosticada durante a gestação, na 
ausência de critérios de DM prévio 
(4) Outros tipos de DM: (mais raros) 
" Monogênicos (MODY); 
" Diabetes neonatal; 
" Secundário a endocrinopatias; 
" Secundário a doenças do pâncreas 
exócrino; 
" Secundário a infecções; 
" Secundário a medicamentos. 
DM TIPO 2 
" Possui etiologia complexa e multifatorial, envolvendo componentes genético e ambiental; 
" Geralmente, acomete indivíduos a partir da quarta década de vida; 
" Trata-se de doença poligênica, com forte herança familiar, ainda não completamente 
esclarecida com contribuição significativa de fatores ambientais: 
o Hábitos dietéticos e inatividade física, que contribuem para a obesidade considerados 
principais fatores de risco. 
" Em pelo menos 80 a 90% dos casos, associa-se ao excesso de peso e a outros componentes 
da síndrome metabólica; 
" Na maioria das vezes, a doença é assintomática ou oligossintomática por longo período, 
sendo o diagnóstico realizado por dosagens laboratoriais de rotina ou manifestações das 
complicações crônicas decorrentes da síndrome metabólica 
" Com menor frequência, indivíduos com DM2 apresentam sintomas clássicos de 
hiperglicemia: 
o Poliúria 
o Polidipsia 
o Polifagia e 
o Emagrecimento inexplicado. 
Patogênse 
São muitos fatores endógenos que vão contribuir para o surgimento e manutenção do estão 
hiperglicemiante, pois dentro da célula a glicemia encontra-se baixa: 
 
Mayara Freitas (PINESC VI) 
Fatores de risco 
" História familiar da doença, 
" Avançar da idade, 
" Obesidade, 
" Sedentarismo, 
" Diagnóstico prévio de pré-diabetes ou diabetes mellitus gestacional (DMG) e 
" Presença de componentes da síndrome metabólica, tais como hipertensão arterial e 
dislipidemia. 
Triagem 
O diagnóstico do diabetes começa com uma triagem (screening), que é o conjunto de 
técnicas utilizadas para diagnosticar uma doença, antes que os sintomas ou sinais se manifestem. 
Assim, é possível se antecipar e pensar em medidas preventivas e, principalmente, mudanças no 
estilo de vida. 
Indicação para rastreamento de DM2 em indivíduos assintomáticos 
Idade > 45 anos: 
" A cada 3 a 5 anos 
Idade < 45 anos; em indivíduos com sobrepeso ou obesidade e que apresentem mais um fator 
de risco para DM dentre os seguintes: 
" Pré-diabetes; 
" História familiar de DM (parente de primeiro grau); 
" Raça/etnia de alto risco para DM (negros, hispânicos ou índios Pima); 
" Mulheres com diagnóstico prévio de DMG; 
" História de doença cardiovascular; 
" Hipertensão arterial; 
" HDL-c < 35 mg/dL e/ou triglicérides > 250 mg/dL; 
" Síndrome de ovários policísticos; 
" Sedentarismo; 
" Acantose nigricans. 
FINDRISK 
" Desde 2017, a Associação Americana de Diabetes (ADA) vem propondo questionário de risco 
para DM2 na sua diretriz, que leva em consideração idade, sexo, história prévia de DMG ou 
hipertensão arterial, história familiar de DM2 e nível de atividade física. 
" Uma pontuação é dada para cada fator de risco, sendo: 
• Score ≥ 5 associado a risco aumentado para DM2 
 
 Faz orientações ao paciente 
" Trata-se de instrumento de rastreamento útil, de baixo custo, que pode ser empregado em 
larga escala no âmbito da saúde pública. 
 
Mayara Freitas (PINESC VI) 
 
AH! Atividade física " nesse caso, representa qualquer atividade diária, não necessariamente 
exercício físico, pode ser atividade doméstica, subir escadas, caminhar até o trabalho etc. 
AH! Se o resultado do teste der entre 15-20 " já faz a glicemia capilar na unidade. 
Mayara Freitas (PINESC VI) 
diagnóstico 
Na história natural do DM, alterações fisiopatológicas precedem em muitos anos o diagnóstico 
da doença. 
" A condiçãona qual os valores glicêmicos estão acima dos valores de referência, mas ainda 
abaixo dos valores diagnósticos de DM, denomina-se pré-diabetes. 
" A resistência à insulina já está presente e, na ausência de medidas de combate aos fatores 
de risco modificáveis, ela evolui frequentemente para a doença clinicamente manifesta 
" Na maioria dos casos de pré-diabetes ou diabetes, a condição é assintomática e o 
diagnóstico é feito com base em exames laboratoriais. 
R A confirmação do diagnóstico de DM requer repetição dos exames alterados, em segunda 
amostra de sangue, na ausência de sintomas de hiperglicemia. 
R Pacientes com sintomas clássicos de hiperglicemia (poliúria, polidipsia, polifagia e 
emagrecimento) devem ser submetidos à dosagem de glicemia ao acaso e independente do 
jejum, não havendo necessidade de confirmação por meio de segunda dosagem caso se 
verifique glicemia aleatória ≥ 200 mg/dL. 
Exames laboratoriais 
" Glicemia em jejum – jejum calórico mínimo de 8h e máximo 13h. 
" Teste oral de tolerância a glicose (TOTG) – 2h após ingesta de 75g de glicose. 
" Hemoglobina glicada (HbA1c) - média de glicose sanguínea dos últimos 3 meses 
• É o exame padrão ouro pra acompanhamento/seguimento do paciente já 
diagnosticado. 
" Glicemia ao acaso- sem jejum 
Critérios Laboratoriais para diagnóstico de DM adotados pela SBD 
 
EM RESUMO: 
(1) 2 amostras de glicemia em jejum acima de 126mg/dL " confirma diagnóstico 
a. Se a primeira já vier acima de 126, fazer glicemia de jejum novamente ou 
hemoglobina glicada. Nesse caso, o mais indicado é NÃO FAZER TOTG. 
(2) Glicemia de jejum alterada (menor que 126mg/dL) " solicita TOTG 
(3) Glicemia de Jejum alterada + HbA1c alterada " confirma diagnóstico 
AH! Glicemia de Jejum alterada + HbA1c normal " pode ter sido pela alimentação inadequada do 
dia anterior ou tempo de jejum inadequado.

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