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Práticas de Violência Contra Crianças ciclo 3

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RENATA PEREIRA PEDRASSANI 
8083944 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
VIOLÊNCIA CONTRA CRIANÇAS 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
SÃO MIGUEL DO GUAPORÉ - RO 
2021 
 
 
 Trabalho apresentado ao Centro 
Universitário Claretiano para a disciplina Práticas 
de Violência Contra Crianças, ministrada pelo 
Tutora Lilian Paula Degobbi Bergamo. 
 
 
Práticas de Violência Contra Crianças 
Com base nos estudos realizados, entende-se que o modelo Ecosistêmico explica os 
maus-tratos como vindos de diferentes níveis ecológicos, que são os macrosistema, 
exosistema, microssistema e desenvolvimento ontogenético. No macrosistema 
compreende-se crenças sociais e valores culturais da sociedade em que a família está 
envolvida; o exosistema diz sobre as condições de vida de alguns membros não tão 
próximos da família que influenciam de algum modo; microssistema refere-se a vida 
familiar, o entorno onde a criança é criada e o desenvolvimento ontogenético é o 
individual de cada membro da família. Cada caso de abuso se enquadra em pelo menos 
um desses fatores ecológicos. O modelo Transacional é um segundo modelo proposto 
por Cicchetti e Rizley em 1981, que diz que os maus-tratos dependem da presença ou 
ausência dos fatores de proteção; sendo fatores de risco, aqueles que aumentam as 
probabilidades de maus-tratos e fatores de proteção, aqueles que diminuem essa 
probabilidade. 
No que se trata dos fatores de risco relacionados aos abusos físicos; (Black, Heyman, & 
Slep, 2001; Milner & Chilamkurti, 1991 apud BÉRGAMO, L. P. D.; BAZON, M. R. Abuso 
Físico infantil: avaliando fatores de risco psicológicos em cuidadores notificados. pg.257) 
diz que: 
“No nível do microssistema haveria variáveis ligadas às características psicológicas e comportamentais dos 
membros da família que, em conjunto com outras, atuariam para compor o risco e a emergência da 
problemática. Dentro disso, em meio a uma gama de variáveis, as investigações destacam, para o abuso 
físico, as seguintes variáveis: percepções e atribuições negativas em relação ao comportamento da criança, 
expectativas irrealistas quanto às capacidades/comportamento da criança, pouca flexibilidade em entender 
o seu comportamento e pouca capacidade de selecionar estratégias adequadas de manejo, baixa 
autoestima e força do ego, altos níveis de angústia e depressão, infelicidade, queixas somáticas, 
sentimentos de incompetência, tendência à desordem/raiva, impulsividade, implementação de estratégias 
duras de disciplina”. 
Portanto, conclui-se que quando se trata de abusos físicos, esses estão mais presentes 
no nível de microssistema sendo praticado por pais, responsáveis ou cuidadores tendo 
variadas razões, entre essas razões, até distúrbios psicológicos. 
Quanto aos fatores de risco relativos à negligência destacam no plano sociodemográfico 
famílias com muitas crianças vindas de gestações não planejadas e que muitas vezes 
sobrevivem com alguma renda que vem de benefícios sociais, com isso privam as 
crianças e adolescentes e de usufruírem de direitos básicos, também se observa fatores 
psicológicos, onde, segundo BAZON, M. R.; AVILA DE MELLO, I. L. M.;BERGAMO, L. P. 
D.; FALEIROS, J. M. Negligência infantil: estudo comparativo do nível socioeconômico, 
estresse parental e apoio social. pg.73 “os cuidadores apresentariam uma autoestima menos 
elevada e uma maior impulsividade, sendo diagnosticados mais frequentemente pelo uso abusivo de álcool 
e outras drogas e, em termos psicossociais, viveriam mais intensamente uma falta de apoio social e se 
ressentiriam mais de estresse associado à vida cotidiana, incluindo aí o decorrente do cuidado da criança”. 
A negligência está ligada principalmente ao nível do microssistema, mas não se descarta 
a responsabilidade do macrosistema e exosistema. 
Já os fatores de riscos relativos ao abuso sexual, segundo BORGES, J. L.; DELL’ AGLIO, 
D. D. Abuso Sexual Infantil: Indicadores de Risco e Consequências no Desenvolvimento 
de Crianças. Revista Interamericana de Psicología/Interamerican Journal of Psychology - 
v. 42, Num. 3, ano 2008 pg.528: 
“Foi observada a presença de indicadores de risco nas famílias (intergeracionalidade, doença mental dos 
pais e uso de álcool e drogas) e de uma variedade de sintomas emocionais e comportamentais nas 
meninas, incluindo o Transtorno de Estresse Pós Traumático (TEPT). Conclui-se que o ASI está associado a 
severas consequências no desenvolvimento, necessitando intervenção psicológica às vítimas e suas 
famílias.” 
Posto isto, verifica-se que os fatores de risco para o abuso sexual infantil são variados e 
podem estar presentes em qualquer ambiente, incluindo o próprio lar onde a criança vive, 
o que piora a situação é que depois que acontece o abuso sexual, o mesmo pode ser um 
fator de risco para diversos outros problemas que a criança pode vir a desenvolver 
advindas de sequelas deixadas pelo trauma. 
 
Referências: 
Apostila; Curso Maus-tratos ou Violência Contra Crianças. disponível na aba material na 
Sala de Aula Virtual (SAV) Claretiano; disciplina Práticas de Violência Contra Crianças. 
 
BAZON, M. R.; AVILA DE MELLO, I. L. M.; BERGAMO, L. P. D.; FALEIROS, J. M. 
Negligência infantil: estudo comparativo do nível socioeconômico, estresse parental e 
apoio social. Temas em Psicologia - 2010, v. 18, n. 1, 71 – 84 
Disponível em: http://pepsic.bvsalud.org/pdf/tp/v18n1/v18n1a07.pdf. 
 
BÉRGAMO, L. P. D.; BAZON, M. R. Abuso Físico infantil: avaliando fatores de risco 
psicológicos em cuidadores notificados. Psicologia: Reflexão e Crítica, 25 (2), 256- 264. 
Disponível em: http://www.scielo.br/pdf/prc/v25n2/a07v25n2. 
 
BORGES, J. L.; DELL’ AGLIO, D. D. Abuso Sexual Infantil: Indicadores de Risco e 
Consequências no Desenvolvimento de Crianças. Revista Interamericana de 
http://pepsic.bvsalud.org/pdf/tp/v18n1/v18n1a07.pdf
http://www.scielo.br/pdf/prc/v25n2/a07v25n2
Psicología/Interamerican Journal of Psychology - v. 42, Num. 3 pp. 528-536,2008. 
Disponível em: http://pepsic.bvsalud.org/pdf/rip/v42n3/v42n3a13.pdf. 
 
FALEIROS, J. M. Estudo da prevalência de maus-tratos em crianças matriculadas de 1ª a 
4ª série do ensino fundamental em escolas da rede pública e particular da cidade de 
Ribeirão Preto. Dissertação de Mestrado. Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras de 
Ribeirão Preto, 2006 Disponível em: 
http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/59/59137/tde-18122006-173405/ptbr.php. 
 
Comentário do professor 
Olá 
O trabalho está correto e muito bem elaborado! 
Abraços 
 
 
 
 
 
 
 
 
http://pepsic.bvsalud.org/pdf/rip/v42n3/v42n3a13.pdf
http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/59/59137/tde-18122006-173405/ptbr.php

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