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apg 09- SNA E SISTEMA LIMBICO

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1. Entender o sistema nervoso autônomo e o sistema límbico (divisão, fisiologia...)
1. Compreender a relação do sistema nervoso autônomo com o sistema límbico.
O diencéfalo é uma região central do cérebro extremamente importante para formação e integralização dessas informações adquiridas a partir da relação com meio externo. Essa região é formada por quatro componentes: tálamo, epitálamo, subtálamo e hipotálamo.
A posição do diencéfalo é exatamente proximal ao mesencéfalo. O diencéfalo está em continuidade com o eixo do tronco cerebral, mas faz uma curva rostral, de modo que chega a ficar quase no eixo longitudinal do cérebro.
O diencéfalo está localizado no meio do cérebro, ventral e caudalmente para o lobo frontal, e envolve a porção inferior do terceiro ventrículo de ambos lados. O tálamo forma a porção superior da terceira parede ventricular, enquanto o hipotálamo constitui sua porção inferior. Em posição dorsal, o diencéfalo é circundado pelo corpo caloso, ventrículos laterais e hemisférios cerebrais.
O teto do terceiro ventrículo é formado pela fina tela coróidea e plexo coroide. A extensão rostral do diencéfalo é delimitada pela lâmina terminal e comissura anterior, enquanto sua extensão caudal é demarcada pela comissura posterior, comissura habenular e corpo pineal (epífise). O forame interventricular de Monro, que conecta o ventrículo lateral com o terceiro ventrículo, é encontrado anterior à porção rostral do tálamo, logo abaixo do joelho do fórnice.
Tálamo
O tálamo ocupa aproximadamente 80% da região diencefálica medial. O termo “tálamo” deriva da palavra grega thalamos, que significa “câmara interna” ou “leito nupcial”. Ele margeia o terceiro ventrículo, em cada lado do cérebro, sendo um grande e ovóide complexo de neurônios, medindo cerca de 3 × 1,5 cm de diâmetro. Este complexo não é um agrupamento uniforme de células, mas sim um conglomerado de numerosos núcleos distintos, cada um com sua função própria e suas conexões aferentes e eferentes específicas. Cada metade do tálamo (esquerdo e direito) é dividida em três regiões principais, por camadas semelhantes a folhas de matéria branca tomando a forma de um Y (lâminas medulares).
Os núcleos anteriores ficam no ângulo do Y, os núcleos ventrolaterais em suas laterais, e os núcleos mediais no centro. Os núcleos ventrolaterais são subdivididos em grupos nucleares ventrais e laterais. Os núcleos ventrais incluem o núcleo ventral anterior (VA), o ventral lateral (VL), o núcleo ventral póstero-lateral (VPL) e o núcleo ventral póstero-medial (VPM).
Os núcleos laterais consistem em um núcleo dorsolateral (LD) e um núcleo póstero-lateral (LP). Em posição ainda mais distal, encontra-se o pulvinar, com os corpos geniculados medial e lateral presos a sua parte inferior. Existem alguns pequenos grupos de neurônios dentro das lâminas medulares internas (os núcleos interlaminares), bem como um complexo celular maior, localizado centralmente, o núcleo centromediano. Lateralmente, a lâmina medular externa separa o tálamo da cápsula interna. O núcleo reticular do tálamo é uma fina camada de células intimamente acopladas a lâmina medular externa.
Conexões do tálamo:
Núcleo ventral póstero-lateral (VPL) e núcleo ventral póstero-medial (VPM). Todas as fibras somatossensoriais ascendem no lemnisco medial, trato espinotalâmico, trato trigeminotalâmico e outras terminam em uma estação de retransmissão no complexo nuclear ventroposterior do tálamo. O núcleo ventral póstero-lateral é a estação de retransmissão para o lemnisco medial, enquanto o núcleo ventral póstero-medial é a estação retransmissora para aferentes trigeminais. Estes núcleos, por sua vez, projetam fibras para áreas circunscritas do córtex somatossensorial. Além disso, as fibras gustativas do núcleo do trato solitário terminam na ponta medial do núcleo ventral póstero-medial, que, por sua vez, projeta-se para a região pós-central sobreposta à ínsula.
Corpos geniculados medial e lateral
Os corpos geniculados medial e lateral também estão entre os núcleos específicos do tálamo. O trato óptico termina no corpo geniculado lateral, que retransmite impulsos visuais em distribuição retinotópica para o córtex visual, por meio da radiação óptica. Os impulsos auditivos são transportados do lemnisco lateral ao corpo geniculado medial e retransmitido, por meio da radiação auditiva, para o córtex auditivo (giros temporais transversos) no lobo temporal.
DIENCÉFALO 
O diencéfalo, a terceira das quatro partes principais do encéfalo quando seguimos da direção caudal para a rostral, forma a parte central do prosencéfalo e é circundado pelos hemisférios cerebrais. O diencéfalo consiste praticamente em três estruturas pareadas: o tálamo, o hipotálamo e o epitálamo, que margeiam o terceiro ventrículo e são constituídas principalmente de substância cinzenta. Tálamo O tálamo é uma estrutura oval que corresponde a até 80% do diencéfalo e forma as paredes superolaterais do terceiro ventrículo. Normalmente os tálamos direito e esquerdo são unidos por uma conexão pequena na linha média, a aderência intertalâmica. O tálamo contém cerca de uma dúzia de núcleos importantes, cada um deles enviando axônios para determinada parte do córtex cerebral. Uma lâmina em forma de Y composta de substância branca, a lâmina medular, divide os núcleos do tálamo em três grupos: grupo anterior, grupo mediano e grande grupo lateral. Os impulsos aferentes de todos os sentidos conscientes, exceto o olfato, convergem no tálamo e comunicam-se por sinapses em pelo menos um de seus núcleos. Por exemplo: -O núcleo ventral posterolateral age como estação retransmissora das informações sensitivas que sobem para as áreas sensitivas primárias do córtex cerebral. -O corpo geniculado medial recebe estímulos auditivos e os transmite ao córtex auditivo.
-O corpo geniculado lateral recebe estímulos visuais e os transmite ao córtex visual. Os estímulos sensitivos não são o único tipo de informação retransmitida através do tálamo. Qualquer parte do encéfalo que se comunique com o córtex cerebral precisa retransmitir seus sinais através de um núcleo do tálamo. O tálamo, portanto, pode ser considerado o “portal” do córtex cerebral. O tálamo não só retransmite as informações para o córtex cerebral, mas também processa essas informações à medida que as retransmite. Os núcleos do tálamo organizam e depois amplificam ou “suavizam” os sinais encaminhados para o córtex cerebral. Existem alguns pequenos grupos de neurônios dentro das lâminas medulares internas (os núcleos interlaminares), bem como um complexo celular maior, localizado centralmente, o núcleo centromediano. Lateralmente, a lâmina medular externa separa o tálamo da cápsula interna. O núcleo reticular do tálamo é uma fina camada de células intimamente acopladas a lâmina medular externa. Hipotálamo O hipotálamo (“abaixo do tálamo”) é a parte inferior do diencéfalo e forma as paredes inferolaterais do terceiro ventrículo. Na face inferior do encéfalo, o hipotálamo está situado entre o quiasma óptico (ponto de cruzamento dos nervos cranianos II, os nervos ópticos) e a margem posterior dos corpos mamilares (mamilar = “pequena mama”), protuberâncias arredondadas que se projetam no assoalho do hipotálamo. No lado inferior do hipotálamo, projeta-se a hipófise. O hipotálamo, como o tálamo, contém cerca de uma dúzia de núcleos cerebrais de substância cinzenta. Funcionalmente, o hipotálamo é o principal centro de controle visceral do corpo, regulando muitas atividades dos órgãos viscerais. Suas funções incluem: -Controle da divisão autônoma do sistema nervoso. Lembre-se de que o SNA é composto de neurônios motores periféricos que regulam a contração do músculo liso e do músculo cardíaco, além da secreção das glândulas. O hipotálamo é uma das principais regiões do encéfalo relacionadas à regulação do neurônios autônomos. Ao fazê-lo, o hipotálamo regula a frequência cardíaca e a pressão arterial, a atividade do trato digestório, a secreção das glândulas sudoríferas e das glândulas salivares e muitas outras atividadesviscerais. O hipotálamo exerce controle sobre as funções viscerais retransmitindo suas informações através da substância cinzenta central do mesencéfalo e da formação reticular do tronco encefálico, que então transmitem essas instruções. -Regulação da temperatura corporal. O termostato do corpo está no hipotálamo. Alguns neurônios do hipotálamo monitoram a temperatura do sangue e recebem informações dos termorreceptores periféricos. O hipotálamo inicia os mecanismos corporais de resfriamento ou aquecimento, conforme a necessidade (suor ou tremor, respectivamente). Os centros hipotalâmicos também induzem a febre. -Regulação das sensações de fome e sede. Ao detectar as concentrações de nutrientes e sais no sangue, certos neurônios do hipotálamo medeiam as sensações de fome e sede e, assim, ajudam a manter as concentrações adequadas dessas substâncias. -Regulação dos ciclos de sono-vigília. Agindo com outras regiões do cérebro, o hipotálamo ajuda a regular o fenômeno complexo do sono. O núcleo supraquiasmático é o relógio biológico do corpo, que gera os ritmos circadianos diários e sincroniza-os em resposta à informação escuro/claro, detectada pelo nervo óptico. Em resposta a esses sinais, o núcleo pré-óptico induz o sono. Outros núcleos hipotalâmicos perto do corpo mamilar medeiam o despertar do sono. -Controle do sistema endócrino. O hipotálamo controla a secreção dos hormônios pela hipófise, que, por sua vez, influencia a atividade de muitos outros órgãos endócrinos. -Controle das respostas emocionais. O hipotálamo está situado no centro da parte emocional do cérebro, o sistema límbico. As regiões ligadas ao prazer, à raiva e ao medo localizam-se no hipotálamo. -Controle do comportamento motivacional. O hipotálamo controla o comportamento recompensador. Influencia, por exemplo, a motivação para nos alimentarmos, determinando assim quanto comemos, e também o desejo e o comportamento sexuais. -Formação da memória. O núcleo mamilar (no corpo mamilar) recebe muitos estímulos da estrutura principal de processamento de memória do cérebro, o hipocampo. As lesões do hipotálamo provocam transtornos nas funções viscerais e nas emoções e podem, desse modo, resultar em perda de peso grave ou obesidade, perturbações do sono, desidratação e uma ampla gama de transtornos emocionais. Epitálamo O epitálamo, a terceira e mais dorsal parte do diencéfalo, forma parte do teto do terceiro ventrículo e consiste em um minúsculo grupo de núcleos e um pequeno botão sem par chamado glândula pineal (“em forma de cone de um pinheiro”). Essa glândula, que deriva das células gliais ependimárias, é um órgão secretor de hormônio. Sob a influência do hipotálamo, a glândula pineal secreta o hormônio melatonina, que sinaliza ao corpo a hora de se preparar para a fase noturna do ciclo sono-vigília. Subtálamo O subtálamo é uma parte do diencéfalo que se localiza em posição ventral ao tálamo e lateral ao hipotálamo. Compreende o núcleo subtalâmico, parte do globo pálido e vários contingentes de fibras que o atravessam a caminho do tálamo, incluindo o lemnisco medial, o trato espinotalâmico e trato trigeminotalâmico. Todos estes tratos terminam na região ventroposterior do tálamo. É uma região formada por vários núcleos de substância cinzenta e suas estruturas de substância branca associadas. A substância negra e o núcleo rubro limitam o subtálamo anteriormente e posteriormente. Fibras do trato dentatotalâmico percorrem seu caminho para terminar no núcleo ventro-oral posterior do tálamo. Algumas estruturas mesencefálicas estendem-se até o subtálamo, como o núcleo rubro, a substância negra e a formação reticular, constituindo a chamada zona incerta do subtálamo. O núcleo mais importante é o núcleo subtalâmico, que apresenta conexões essenciais para a regulação da motricidade somática.
SISTEMA LÍMBICO
 O sistema límbico é o chamado “cérebro emocional”. Ele é responsável pelo impacto emocional que as ações, os comportamentos e as situações exercem sobre nós (nossos “sentimentos”); ele direciona nossa resposta para essas emoções e atua na criação, no armazenamento e na recuperação das memórias, particularmente as que despertam emoções fortes. Esse sistema funcional consiste em um grupo de estruturas localizadas na face medial de cada hemisfério cerebral e no diencéfalo. No telencéfalo, as estruturas límbicas formam um amplo anel (limbus = faixa de cabeça) que inclui o giro do cíngulo, os núcleos septais, parte do corpo amigdaloide e a formação hipocampal. No diencéfalo, as principais estruturas límbicas são os núcleos do tálamo anteriores e o hipotálamo. O fórnice (“arco”) e outros tratos fibrosos interligam o sistema límbico, que também cobre o rinencéfalo, as porções do córtex que processam sinais olfatórios. Isso explica por que os odores costumam desencadear emoções. Os principais componentes do sistema límbico são descritos a seguir. -O giro do cíngulo (“em forma de cinto”) é a parte do córtex cerebral localizada na posição superior ao corpo caloso. Ele está ligado a outras regiões do córtex cerebral e, através de duas conexões com as regiões sensitivas, medeia a resposta emocional a esses estímulos, como achar os estímulos dolorosos desagradáveis. Suas conexões com o hipotálamo e o córtex pré-frontal geram e controlam as respostas viscerais e emocionais às emoções. A formação hipocampal, localizada no lobo temporal, é formada pelo hipocampo (“cavalo-marinho”) e pelo giro para-hipocampal. Essas regiões codificam, consolidam e depois recuperam as lembranças dos fatos e eventos. A formação hipocampal recebe informações para serem lembradas pelo resto do córtex cerebral; ela processa esses dados e os devolve ao córtex, onde são armazenados como memórias de longo prazo. -O corpo amigdaloide consiste em substância cinzenta subcortical que contém os principais núcleos cerebrais para processar o medo e estimular a resposta simpática conveniente para essa sensibilidade. O corpo amigdaloide também forma as memórias das experiências com base inteiramente em seu impacto emocional, sobretudo as relacionadas ao medo. Se as pessoas forem lembradas dessas experiências mais tarde, o corpo amigdaloide recupera as lembranças e faz que elas revivam a emoção original. Isso é benéfico porque permite que os indivíduos tomem decisões informadas sobre situações difíceis e arriscadas, com base nas lembranças das experiências emocionais pregressas. A hiperatividade no corpo amigdaloide e a disfunção no córtex pré-frontal medial (área de associação límbica) e no hipocampo relacionam-se à resposta exagerada à lembrança desencadeada vivida pelos indivíduos que sofrem de transtorno de estresse pós-traumático (PTSD). O sistema límbico comunica-se com muitas outras regiões do encéfalo. A maior parte da eferência do sistema límbico é retransmitida através do hipotálamo e da formação reticular, que controlam as respostas viscerais. É por isso que as pessoas submetidas a estresse emocional podem sofrer enfermidades viscerais, como pressão arterial elevada e azia. O sistema límbico também interage amplamente com o córtex pré-frontal do cérebro. Desse modo, os sentimentos (mediados pelo cérebro emocional) interagem estreitamente com os pensamentos (mediados pelo cérebro pensante).
1. Analisar o diencéfalo sua anatomia e fisiologia
O SNA é o sistema de neurônios motores que inervam a musculatura lisa, o músculo cardíaco e as glândulas do corpo. Ao controlar esses efetores, o SNA regula as funções viscerais, tais como a frequência cardíaca, a pressão arterial, a digestão e a micção, que são essenciais para manter a estabilidade do ambiente internodo corpo. O SNA é a divisão motora visceral geral da parte periférica do sistema nervoso, sendo diferente da divisão motora somática geral, que inerva os músculos esqueléticos. O sistema sensitivo visceral geral monitora continuamente as atividades dos órgãos viscerais para que os neurônios motores autônomos possam fazer ajustes, conforme a necessidade, que garantam desempenho ideal das funções viscerais. Um terceiro componenteda inervação nervosa, o sistema nervoso entérico, também inerva a musculatura lisa e as glândulas, especificamente no trato digestório. O sistema nervoso entérico regula a atividade do trato digestório e funciona de modo completamente independente do SNC. Os neurônios autônomos para o trato digestório podem influenciar os neurônios entéricos, estimulando ou inibindo sua atividade. Essa influência do SNA age como um “controle de volume” em vez de uma chave “liga/desliga”. A unidade motora comparável no SNA inclui uma cadeia de dois neurônios motores. A primeira dessas cadeias chama-se neurônio pré-ganglionar. O corpo celular desse neurônio está situado no SNC. Seu axônio, o axônio pré-ganglionar (também chamado de fibra pré-ganglionar), comunica-se por sinapse com o segundo neurônio motor, o neurônio pós-ganglionar, em um gânglio autônomo periférico. O axônio pós-ganglionar (ou fibra pós-ganglionar) estende-se até os órgãos viscerais. Em termos funcionais, o neurônio pré-ganglionar sinaliza o neurônio pós-ganglionar, que então estimula a contração muscular ou secreção glandular no órgão efetor. Os axônios pré-ganglionares são fibras delgadas e pouco mielinizadas, enquanto os pós-ganglionares são ainda mais delgados e não mielinizados (amielínicos). Consequentemente, os impulsos são conduzidos pelo SNA com uma velocidade menor do que a do sistema motor somático. É importante enfatizar que os gânglios autônomos são gânglios motores que contêm corpos celulares de neurônios motores. Diferentes dos gânglios da raiz dorsal, eles não são gânglios sensitivos. Partes da divisão autônoma do sistema nervoso O SNA possui duas partes: simpática e parassimpática , que possuem cadeias de dois neurônios motores que inervam basicamente os mesmos órgãos viscerais, mas que provocam efeitos opostos; uma divisão estimula algum músculo liso a contrair ou uma glândula a secretar; a outra divisão inibe a ação. A parte simpática mobiliza o corpo durante as situações extremas, como de medo, de exercício ou de raiva. A parte parassimpática habilita o corpo a relaxar, trabalhando para conservar a energia corporal. Em outras palavras, a parte parassimpática controla as funções de manutenção de rotina e a parte simpática torna-se mais ativa quando é necessário um esforço metabólico extra. O equilíbrio entre as duas partes mantém os sistemas corporais funcionando sem problemas. A parte simpática é responsável pela resposta de lutar ou fugir. Sua atividade é evidente durante o exercício pesado, a emoção ou em emergências. O coração acelerado, as pupilas dilatadas e a pele fria e suada são sinais de que a parte simpática foi mobilizada. Tudo isso nos ajuda a responder às situações de perigo: o aumento da frequência cardíaca fornece mais sangue e oxigênio para os músculos esqueléticos utilizados para lutar ou fugir; a dilatação das pupilas deixa entrar mais luz para obter uma visão mais clara; e a pele fria indica que o sangue está sendo desviado da pele para os órgãos mais vitais, como o cérebro. Além disso, os pequenos tubos de ar nos pulmões (bronquíolos) dilatam, aumentando a captação de oxigênio, o consumo de oxigênio pelas células do corpo aumenta e o fígado libera mais açúcar no sangue para suprir as crescentes necessidades de energia das células. Desse modo, os “motores do corpo são acelerados” para a atividade vigorosa. As funções temporariamente não essenciais, como a digestão e a motilidade do trato urinário, são inibidas: quando você está correndo para pegar o último ônibus para casa, a digestão do almoço pode esperar. A parte simpática também inerva o músculo liso nas paredes dos vasos sanguíneos. O estímulo simpático para os vasos sanguíneos que atendem os músculos esqueléticos aumenta, fazendo que o músculo liso dos vasos relaxe. Esses vasos dilatam, levando mais sangue para os músculos ativos. Ao mesmo tempo, o maior estímulo simpático para o músculo liso em outros vasos sanguíneos estimula a contração, produzindo vasoconstrição. Esse estreitamento do diâmetro do vaso força o coração a trabalhar com mais intensidade para bombear o sangue pelo circuito vascular. Em consequência, a atividade simpática provoca aumento da pressão arterial durante a emoção e o estresse. Ao contrário da parte simpática, a parte parassimpática é mais ativa quando estamos em repouso. Essa parte é voltada para a conservação da energia corporal e para o direcionamento das atividades vitais de “manutenção”, como a digestão e a eliminação de fezes e urina. As palavras-chave a serem lembradas são “descansar e digerir”. A função parassimpática é mais bem ilustrada por uma pessoa que esteja relaxando lendo um jornal, após uma refeição. As frequências cardíaca e respiratória estão em níveis baixos normais e o trato gastrintestinal está digerindo o alimento. As pupilas estão constritas, já que o olho foca na visão de perto. À medida que você explorar em detalhes as partes simpática e parassimpática, descobrirá que seus efeitos em cada órgão visceral são fáceis de aprender se você lembrar apenas das relações lutar ou fugir (simpática) ou descansar e digerir (parassimpática). Além disso, existe uma ação contrária dinâmica entre as duas partes, de modo que elas equilibram uma à outra nos momentos em que uma pessoa não está nem altamente excitada nem completamente em repouso. Além dessas diferenças funcionais, existem diferenças anatômicas e bioquímicas entre as partes simpática e parassimpática. 1. As duas divisões originam-se em regiões diferentes do SNC. A parte simpática também pode ser chamada divisão toracolombar, já que suas fibras emergem das partes torácica e lombar superior da medula espinal. A parte parassimpática também pode ser chamada parte craniossacral, pois suas fibras emergem do encéfalo (parte craniana) e da medula espinal sacral (parte sacral). 2. As vias simpáticas possuem axônios pós-ganglionares longos, enquanto os axônios pós-ganglionares das vias parassimpáticas são comparativamente curtos. Todos os gânglios simpáticos situam-se perto da medula espinal e da coluna vertebral; os axônios pós-ganglionares estendem-se desses gânglios e seguem para seus órgãos-alvo. Os gânglios parassimpáticos ficam longe do SNC, dentro ou perto dos órgãos inervados; portanto, os axônios pós-ganglionares são bem curtos. 3. As fibras simpáticas ramificam-se profusamente, ao contrário das fibras parassimpáticas. Essa ramificação ampla permite que cada neurônio simpático influencie uma série de órgãos viscerais diferentes, habilitando muitos órgãos a se mobilizarem simultaneamente durante a resposta de lutar ou fugir. Na realidade, a tradução literal de simpática, “vivenciada em conjunto”, reflete a mobilização que ela produz no corpo inteiro. Os efeitos parassimpáticos, por outro lado, são mais localizados e discretos. 4. A principal diferença bioquímica entre as duas partes do SNA envolve o neurotransmissor liberado pelos axônios pós-ganglionares. Na parte simpática, a maioria dos axônios pós-ganglionares libera norepinefrina (também chamada noradrenalina); essas fibras chamam-se adrenérgicas. O neurotransmissor pós-ganglionar na parte parassimpática é a acetilcolina (ACh); essas fibras chamam-se colinérgicas. Os terminais axonais pré-ganglionares de ambas as divisões sempre são colinérgicos (liberam ACh). Controle pelo tronco encefálico e pela medula espinal A formação reticular do tronco encefálico parece exercer a influência mais direta sobre as funções autônomas. Os centros no bulbo regulam a frequência cardíaca (centros cardíacos), o diâmetro dos vasos sanguíneos (centro vasomotor) e muitas atividades digestórias. Além disso, a substância cinzenta central (periaquedutal) do mesencéfalo controla muitas funções autônomas, especialmente a resposta simpática de medo durante um acontecimento ameaçador. O controle das funções autônomas no nível da medula espinal envolve os reflexos viscerais espinais. No entanto, repare que embora os reflexos de defecação e micções sejam integrados pela medula espinal, eles estão sujeitos à inibição consciente pelocérebro. Isso permite o controle consciente sobre quando e onde eliminar os resíduos. Controle pelo hipotálamo e pelo corpo amigdaloide O principal centro de integração do SNA é o hipotálamo. Em geral, as partes medial e anterior do hipotálamo dirigem as funções parassimpáticas, enquanto as partes lateral e posterior dirigem as funções simpáticas. Esses centros hipotalâmicos influenciam os neurônios autônomos pré-ganglionares na medula espinal e no encéfalo, ambos através de conexões diretas e retransmissões na formação reticular e na substância cinzenta periaquedutal. É através do SNA que o hipotálamo controla a atividade cardíaca, a pressão arterial, a temperatura corporal e as funções digestórias. Lembre-se de que o corpo amigdaloide é a principal região límbica das emoções, incluindo o medo. Por meio da comunicação com o hipotálamo e a substância cinzenta periaquedutal, o corpo amigdaloide estimula a atividade simpática, especialmente o comportamento relacionado ao medo aprendido previamente. Controle pelo córtex cerebral Embora antes se acreditasse que o SNA não estava sujeito ao controle voluntário pelo córtex cerebral, as pessoas conseguem exercer algum controle consciente sobre algumas funções autônomas ao desenvolverem o controle sobre seus pensamentos e emoções. Por exemplo, as sensações de extrema tranquilidade atingidas durante a meditação estão associadas à influência do córtex cerebral sobre os centros parassimpáticos no hipotálamo via várias estruturas límbicas. A ativação simpática voluntária pode ocorrer quando as pessoas decidem se lembrar de uma experiência assustadora; nesse caso o córtex cerebral age através do corpo amigdaloide.

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