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UC12 - 1 ENCONTRO

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IMAGEM UC 12 - 1º ENCONTRO
OS TECIDOS MOLES SUPERFICIAIS | CAPÍTULO 10 JHUL
· Os tecidos moles podem ser observados em todas as radiografias, até mesmo naquelas que tiveram uma grande exposição, vendo-se a chapa sob um foco de luz forte, além da iluminação habitual
· Embora a densidade dos tecidos moles como um todo se aproxime daquela da água, a diferença entre o tecido adiposo e os outros tecidos é suficiente para tomar o tecido adiposo subcutâneo claramente visível às radiografias como uma área mais transparente sob a pele
· O tecido adiposo também faz com que se destaque mais claramente a superfície externa dos músculos 
· Acúmulos localizados de tecido adiposo próximo as articulações auxiliam no reconhecimento de derrames articulares, por se deslocarem a distensão da cápsula articular
· Caso tenha havido um adelgaçamento devido a uma doença , com uma consequente perda de tecido adiposo, as partes moles apresentarão densidade muito homogênea 
· Uma pequena dilatação localizada dos tecidos moles, como uma verruga ou uma pinta em estreito contato com o suporte da chapa ou a mesa de radiografia, pode ocasionar um aumento da densidade com margens nítidas, que pode ser confundido com um processo patológico nos tecidos 
Massa semelhante que estiver situada no interior do abdome não pode ser visibilizada separadamente dos tecidos moles circunvizinhos, de densidade análoga. 
Uma pinta na superfície da parede torácica pode produzir uma densidade arredondada que pode ser confundida com um nódulo no pulmão, e uma lesão semelhante dos tecidos moles da região inferior das costas pode sugerir um cálculo renal ou da vesícula biliar ( Fig. 10.2)
Os mamilos são uma fonte comum de dificuldade de interpretação das radiografias do tórax . Se uma das mamas for pressionada mais firmemente contra o suporte da chapa que a outra , o mamilo de um lado poderá formar uma densidade arredondada de contorno nítido , enquanto o outro não será visível.
A ausência de uma das mamas após a mastectomia radical torna um pulmão mais transparente que o outro 
O contraste entre os tecidos moles pode ser obtido pela injeção de material de contraste ( angiografia), que possibilita a visibilização da luz das artérias dos órgãos sólidos por perfusão ( FIG 10.12)
· A tomografia computadorizada ( TC) demonstra os tecidos moles com maior clareza que as radiografias simples , por revelar claramente o tecido adiposo nos planos fasciais em torno de músculos e estruturas vasculares 
A densidade dessas estruturas é , todavia , semelhante , tornando necessário o uso de meios de contraste para a identificação das estruturas vasculares. 
DOENÇAS DOS MÚSCULOS
MIOSITE OSSIFICANTE A FORMAÇÃO ÓSSEA HETEROTÓPICA 
· A calcificação , com ossificação subsequente , costuma seguir-se a traumatismos nos tecidos moles das extremidades, sendo denominada miosite ossificante traumática 
· A miosite ossificante pode sobrevir após qualquer lesão local suficiente para causar contusões musculares ou uma hemorragia franca no interior deles 
· O reto femoral e o braquial são os dois músculos do corpo mais frequentemente afetado 
· O envolvimento do músculo da coxa é observado , com frequência em atletas 
· Células osteoprogenitoras, que dão origem ao osso heterotópico , são induzidas durante esse período de reparo 
· Clinicamente observam-se no local do eritema , calor, dor e perda da função. O primeiro achado é o edema dos tecidos moles , calcificações periféricas podem tornar-se visíveis como uma sombra indistinta de maior densidadeA massa tem uma estrutura laminada ou zonal, mostrando-se, caracteristicamente mais densamente calcificada em sua periferia que no centro .
A aparência da lesão é intimamente relacionada a sua idade, sendo paralela ao estágio de maturação. 
Em geral , após um período de cerca de seis meses , a ossificação diminui gradualmente de tamanho ; massas menores podem desaparecer totalmente .
Exames de TC poderão ser úteis para demonstrar calcificações periféricas, se as lesões tiverem aparência atípica nas radiografias convencionais. 
 CIRURGIAS 
Um osso novo heterotópico pode formar-se após cirurgias em tornos das articulações , especialmente após uma artroplastia total do quadril . esse osso novo pode ser maldefinido inicialmente , mas, com a maturação vem a ter aparência característica de um osso 
QUEIMADURAS 
· Calcificações heterotópicas dos tecidos moles ocorrem em cerca de um quarto dos pacientes com queimaduras graves, tendendo a ser floculadas e ocorrendo mais comumente em crianças que em adultos. 
· Geralmente há alguma regressão espontânea ,a não ser que sejam afetados tecidos adjacentes e circunvizinhos a uma articulação 
LESÕES DA MEDULA ESPINHAL 
· ossificação dos músculos também é encontrada em 30% dos pacientes após uma lesão da medula espinhal ou outra patologia do sistema nervoso central que possa ocasionar uma paralisia. 
· A formação óssea heterotópica se dá, com freqüência, distalmente à lesão medular espinhal, e pode ocasionar a fusão em articulações. 
· A ossificação heterotópica ocorre mais frequentemente em tomo do quadril, embora possa ocorrer em qualquer articulação
· O processo inicia-se de 3 a 4 semanas após a lesão e continua ativamente por dois a três anos, até formar um osso maduro. 
· Quando está madura, as radiografias demonstram folhetos, faixas e placas irregulares de osso 
· A ossificação poderá ocorrer, se a cirurgia for feita , enquanto o processo encontra-se ativo 
LESÕES CRANIOENCEFÁLICAS 
· Os pacientes em coma devido a uma lesão cranioencefálica podem apresentar uma ossificação heterotópica semelhante àquela observada em pacientes com uma lesão da medula espinhal.
MIOSITE OSSIFICANTE PROGRESSIVA 
· É uma doença rara, de causa desconhecida, parecendo ser uma displasia congênita 
· Inicia-se no inicio da infância com o aparecimento de edemas frequentemente dolorosos , principalmente nos músculos do pescoço e das costas 
· Com a remissão desses edemas, evidencia-se uma fibrose difusa, seguida pelo aparecimento de massas ósseas em forma de placas · Progressão lenta 
· Ossificações normais são observadas com frequência 
· Com o tempo placas ósseas irregulares e alongadas são observadas estendendo-se ao longo do maior eixo do músculo afetado 
· Em estágios mais avançados, numerosos músculos ossificam-se extensamente, e as articulações tornam-se praticamente imóveis 
DISTROFIAS MUSCULARES 
· A substituição dos músculos por tecido adiposo nas distrofias musculares acarreta uma aparência bastante característica nas radiografias das extremidades
· Os músculos não diminuem de tamanho de maneira apreciável, mas o extenso acúmulo de tecido adiposo nos feixes musculares remanescentes confere uma aparência finamente estriada ou listrada.
· Nos estágios mais avançados, a maior parte do tecido muscular é substituída por tecido adiposo, e a bainha fascial em tomo do músculo destaca-se claramente como uma fina linha de maior densidade, por ser visibilizada lateralmente
· Um dos subgrupos clínicos é designado como distrofia muscular pseudo-hipertrófica (síndrome de Duchenne), caracterizando-se pelo aumento de certos grupos musculares, geralmente aqueles das panturrilhas e cinturas escapulares
· Além da extensa substituição por tecido adiposo em tal tipo de distrofia, os músculos mostram-se aumentados, única condição em que há a combinação de músculos aumentados, entremeados a tecido adiposo
ATROFIAS MUSCULARES 
· Em pacientes com uma paralisia prolongada de uma ou mais extremidades - incluindo condições, tais como poliomielite lesões medulares espinhais e acidentes vasculares cerebrais os músculos podem conter faixas de tecido adiposo
· Os feixes musculares, são quase que totalmente ausentes nos casos em que a paralisia completa de uma extremidade persiste há algum tempo, e o tecido adiposo subcutâneo constitui a maior parte dos tecidos moles que circundam os ossos.
LESÕES MUSCULARES 
· A avaliação das lesões musculares pós-traumáticas é, muitas vezes, simples, e os tratamentos conservadores eliminama necessidade da aquisição de imagens
· Em muitos casos, porém, não se pode determinar a extensão da lesão pelo exame físico, porque os grupos musculares agem em conjunto, com compensação por outros músculos do grupo à lesão de um deles
· A aquisição de imagens pode, também, ser útil nos casos em que o exame físico dá margem a dúvida. 
· A RM é o método mais útil para a avaliação da extensão de hemorragias e edemas num músculo ou grupo de músculos
 
· Avulsões parciais e completas dos tendões também podem ser diagnosticadas
· O edema e a hemorragia no músculo lesado e ao seu redor têm sinal aumentado nas imagens T2 ponderadas.
· A RM é, mais comumente, usada na avaliação das lesões dos tecidos moles em torno de articulações
· A ultra-sonografia tem tido um papel cada vez maior na avaliação das lesões dos tecidos moles.
· Uma ruptura de um tendão pode ser diagnosticada pela demonstração de áreas císticas no tendão normalmente de ecogenicidade uniforme, o que é usado mais freqüentemente na avaliação dos tendões da bainha rotatória e do tendão de Aquiles. 
· As más-formações vasculares podem ser avaliadas pela demonstração do fluxo característico.
CALCIFICAÇÃO NOS TECIDOS MOLES 
· Podem ser distróficas, em tecidos necrosados, como em infecções ou tumores; metabólicas, em conseqüência do depósito devido a concentrações anormais de sais de cálcio, como na insuficiência renal crônica ou na doença por depósito de cálcio; ou podem constituir uma ossificação, o que ocorre em alguns tumores condrais dos tecidos
· moles.
CALCIFICAÇÕES ARTERIAIS 
· extremidades é uma observação freqüente nas radiografias de indivíduos de meia-idade ou de idade mais avançada. A arterioesclerose da íntima caracteriza-se patologicamente pela formação de placas ateromatosas na camada íntima espessada das artérias
· As placas ateromatosas podem ou não calcificar-se.
· Quando se calcificam, são vistas como placas irregulares de tamanho variável, de flocos pequenos a áreas maiores de 1 em de comprimento ou mais.
· Quantidade de calcificações visíveis não tem nenhuma relação com a gravidade da oclusão vascular; pode haver uma obstrução total sem calcificação visível
· A arterioesclerose mediai de Monckeberg caracteriza-se pelo depósito de cálcio na média do vaso. 
· Esses depósitos não estreitam a luz do vaso nem interferem no fluxo.
· Os vasos mais comumente afetados são as artérias femoral, poplítea e radial.
· A calcificação ocorre sob a forma de anéis concêntricos finos , a uma curta distância uns dos outros. 
· Eles podem ser completos ou incompletos, mas o processo geralmente é difuso, envolvendo longos segmentos de múltiplos vasos
CALCIFICAÇÕES DAS VEIAS
FLEBÓLITOS 
· Um flebólito é um trombo calcificado numa veia
· São encontrados, com grande freqüência, nas veias pélvicas, e muitos adultos têm alguns deles.
· Ocorrem sob a forma de pequenas sombras calcificadas, redondas ou ligeiramente ovais, de tamanho variável, desde as muito pequenas a outras de até cerca de 0,5 em de diâmetro
· Podem ter densidade homogênea, ser larninados ou ter uma aparência anular.
· Se forem observadas várias pequenas calcificações arredondadas numa área localizada dos tecidos moles, dever-se-á considerar a possibilidade de um hemangioma cavernoso
· Os flebólitos de um hemangioma apresentam, muito freqüentemente, uma aparência anular.
CALCIFICAÇÕES ASSOCIADAS A ESTASE VENOSA 
· Na presença de estase venosa de longa duração, geralmente secundária a varicosidades e tromboses, finas sombras de calcificação em forma de faixas podem ser vistas nos tecidos subcutâneos, as quais geralmente aparecem como faixas duplas paralelas ou com características nitidamente tubulares e ramificadas.
· calcificação, em alguns desses pacientes, assemelha-se muito àquela observada em pacientes portadores de esclerodermia difusa ou dermatomiosite, exceto por se localizar na perna. 
· Flebólitos são vistos, com freqüência, em associação às placas. É comum uma reação periosteal ondulada regular ao longo da diáfise da tíbia e da fíbula
· As úlceras de estase, freqüentemente presentes, podem ser observadas como defeitos nos tecidos moles, quando se vê a chapa com uma luz bem forte.
CALCIFICAÇÃO DE LINFONODOS 
· Os linfonodos periféricos podem calcificar-se após serem afetados por uma infecção, geralmente tuberculose ou histoplasmose.
· O local mais comum é a cadeia cervical
· sendo o segundo local em freqüência os linfonodos axilares.
· As calcificações são visibilizadas como áreas pontilhadas de densidade cálcica, geralmente múltiplas, que se distribuem ao longo do trajeto das cadeias de linfonodos cervicais ou axilares.
CALCIFICAÇÕES PARASITÁRIAS
CIRTICERCOSE 
· As larvas da tênia do porco (Taenia solium), designadas como Cysticercus cellulosae, podem alojar-se no cérebro, meninges, músculos e outras estruturas, e se encistarem.
· Os parasitas encistados podem calcificar-se o suficiente para serem visibilizados radiograficamente como massas pequenas ou ligeiramente alongadas de um a vários milímetros de diâmetro ou comprimento
· O pequeno tamanho das calcificações e sua ampla disseminação, especialmento no cérebro, meninges e músculos, são muito sugestivos do diagnóstico
DRACUNCULÍASE ( TÊNIA DA GUINÉ ) 
A infestação pela tênia da Guiné pode evidenciar-se nas radiografias, ao ocorrer uma fibrosite ou miosite em tomo de uma tênia fêmea morta que migrou pelos tecidos subcutâneos, antes de pôr os ovos. A tênia pode calcificar-se, especialmente se permanecer profundamente nos tecidos. Ela aparece como uma calcificação longa, em forma de barbante, de até 1 O a 12 em, geralmente nos membros inferiores.
DOENÇA HIDÁTICA 
é causada pela infestação por cistos hidáticos, as formas larvárias de uma tênia equinocócica. Os cistos são geralmente encontrados em órgãos viscerais do tórax e do abdome
Em raros casos, ocorrem nos tecidos moles das extremidades e ten dem a ser pequenos e fragmentados, em contraste com os grandes cistos viscerais. A aparência não é, pois, característica, e as calcificações podem ocorrer em diversos padrões bizarros.
TRIQUINOSE 
Os embriões encistados de Trichinella spiralis são apontados como apresentando calcificação com freqüência, mas o parasita é tão pequeno que não pode ser visto facilmente nas radiografias. Por essa razão, o diagnóstico da triquinose geralmente não pode ser feito por exames radiográficos.
CALCIFICAÇÕES ARTICULARES E PERIARTICULARES
BURSITES E TENDINITES CALCÁREAS 
· São comuns as alterações inflamatórias nos tendões e bolsas, especialmente no ombro, o que acarreta dor e limitação dos movimentos, sendo a causa mais freqüente de incapacidade do ombro.
· Radiograficamente, podem ser identificados depósitos de cálcio nos tendões da bainha rotatória, os quais geralmente ocorrem no tendão do supra-espinhal e são encontrados diretamente acima da tuberosidade maior do úmero
· Depósitos semelhantes nos tendões dos componentes infra-espinhal, subescapular e redondo menor da bainha são mais raros.
· Esses depósitos nos tendões associam-se, com freqüência, à inflamação de uma bolsa sobre jacente daí a designação de bursite ou bursite subacromial.
 
· Não é tão raro serem encontrados depósitos de cálcio em tomo do ombro em pacientes que não têm queixas ou, pelo menos, nenhuma por ocasião do exame
· Além de sua presença no ombro, calcificações de natureza semelhante são, por vezes, encontradas na bolsa trocantérica, sobre jacente ao trocanter maior do fêmur. Elas também são encontradas nos tecidos periarticulares em torno do cotovelo, mão ou punho; em tomo da bolsa pré-patelar do joelho;
DOENÇA POR DEPÓSITO DE HIDROXIAPATIA CÁLCICA
· Esse e outros cristais de fosfato de cálcio relacionados podem ocorrer em associação a alterações tanto periarticulares como intra-articulares, envolvendo uma ou muitas articulações
· Os cristais de hidroxiapatita cálcica são tão pequenos (75 a 250 nm) que não são individualmente visíveis ao microscópio ótico, só em agregados. 
· Por essa razão, o diagnóstico geralmente é presuntivo e baseado nosachados radiográficos.
DOENÇAS POR DEPÓSITO DE PIROFOSFATO DE CÁLCIO
· O principal achado nessa doença é a condrocalcinose- sais de cálcio depositados na cartilagem articular e, mais raramente, nos tecidos periarticulares.
CALCINOSE INTERSTICIAL 
· É uma condição rara em que há depósitos de cálcio localizados ou amplamente disseminados na pele, tecidos subcutâneos,músculos e tendões.
· A calcinose associa-se freqüentemente a doenças do colágeno, escleroderrnia e dermatorniosite
· Pode existir numa forma relativamente assintomática, sem sinal de alguma doença associada.
CALCINOSE UNIVERSAL ( CALCINOSE DIFUSA ) 
· caracteriza-se pela disseminação ampla de finas placas cálcicas de tamanhos variados por todos os tecidos moles, especialmente na camada subcutânea, e ocasionalmente nos músculos e tendões.
· há vários tipos de calcinose difusa.
· Uma forma assintomática já foi relatada, mas é rara. (2) A calcinose difusa associada à escleroderrnia generalizada inclui a síndrome CREST (calcinose, fenômenos de Raynaud, hipomotilidade esofágica, esclerodactilia e télangiectasias) e a síndrome de ThibiergeWeissenbach (calcinose e acrosclerose). (3) A calcinose difusa é associada à dermatomiosite
· Na esclerodermia e na dermatomiosite, a calcificação ocorre sob a forma de placas finas.
· As calcificações aparecem em quatro padrões distintos: massas superficiais, massas profundas, depósitos lineares profundos e um depósito subcutâneo reticular que envolve o tronco
CALCINOSE CIRCUNSCRITA 
· a calcificação ocorre sob a forma de pequenos focos arredondados que têm uma aparência amorfa
· Esses focos são encontrados principalmente nas pontas dos dedos e ao longo das margens das articulações das mãos e pés
· Como ocorre na forma difusa de calcinose, o tipo localizado apresenta vári!ls manifestações clínicas diferentes.
SEM FENÔMENOS CUTÂNEOS OU VASOESPÁSTICOS ASSOCIADOS 
· Essas lesões aparecem mais freqüentemente em pessoas idosas e são mais comuns em mulheres que em homens
· Os focos podem ser numerosos, e alguns deles podem ser suficientemente grandes· para causar edemas visíveis. A ulceração da pele ocorre sobre os acúmulos maiores em alguns desses pacientes, sendo seguida pela extrusão de um material cremoso esbranquiçado e a cura subseqüente.
COM ESCLERODERMIA ASSOCIADA
· A calcinose é comum em pacientes portadores de esclerodermia que afeta os dedos e as mãos
· As calcificações podem aparecer como alguns diminutos nódulos subcutâneos arredondados ou como massas maiores
· redução dos tecidos moles nas pontas dos dedos, de modo que esses dedos passam a ter uma aparência afilada ou quase pontiaguda; 
· e absorção do osso, a qual se inicia nos tufos terminais das falanges distais dos dedos afetados, de modo que os tufos desaparecem e a diáfise das falanges torna-se afilada
· absorção pode estender-se, envolver a diáfise e ser grave o bastante para fazer a maior parte do osso desaparecer ou se fragmentar
CALCINOSE TUMORAL 
· Condição rara, caracterizada pela ocorrência de uma grande massa calcificada, geralmente próxima a uma das articulações maiores, especialmente o quadril
· A característica típica é a presença de grandes massas cálcicas para-articulares multiglobulares
 
· Por ordem decrescente de freqüência, são afetados os quadris,cotovelos, ombros e pés
· Clinicamente, há dor e edema localizado.
· A condição é benigna, mas costuma recidivar após a remoção cirúrgica.
· Os achados radiográficos são aqueles de massa de cálcio redonda ou oval, bem-circunscrita, que pode ser lobulada
· Ela aparece nos tecidos moles periarticulares e consiste em múltiplas opacidades menores separadas por linhas radiotransparentes que constituem septos de tecido fibroso
FORMAS DIVERSAS DE CALCIFICAÇÃO DOS TECIDOS MOLES
CALCIFICAÇÕES SUBCUTÂNEAS E INTRAMUSCULARES NOS PACIENTES EM TERAPIA COM GLUCONATO DE CÁLCIO.· Uma reação tecidual ocorre ao administrar-se gluconato de cálcio por via intramuscular a lactentes, ou quando este extravasa durante aplicações endovenosas, ocasionando uma calcificação amorfa e indistinta nos músculos e tecidos subcutâneos, a qual não é produzida pelo cálcio administrado, porque, inicialmente, não estão presentes achados radiográficos
· Ocorrem eritema e induração dos tecidos, causando massa dura que começa a calcificar-se em alguns dias e depois toma-se visível radiograficamente
· Ulceração e extrusão do cálcio podem ocorrer, caso sejam administradas doses elevadas por via subcutânea.
· Também podem ser observadas calcificações nos vasos na área do extravasamento
SÍNDROME DE EHLERS-DANLOS 
· uma rara causa de calcificações subcutâneas disseminadas.
· Caracteriza-se por hiperelasticidade e fragilidade extraordinárias da pele e dos vasos sanguíneos, hipermobilidade das articulações, pseudotumores sobre as proeminências ósseas e nódulos subcutâneos móveis disseminados
· Os nódulos subcutâneos podem calcificar-se; aparecem como densidades arredondadas discretas, geralmente de forma anular, com uma zona central de transparência que varia de 2 a 10 mm de diâmetro.
· Outros achados incluem diversàs deformidades torácicas, entre as quais a escoliose, cifose, peito escavado e subluxação das articulações estenoclaviculares.
CALCIFICAÇÕES EM TUMORES 
· A calcificação geralmente ocorre devido a um deficiente suprimento sanguíneo, com a necrose subsequente no interior de uma neoplasia sólida de crescimento demorado.
· Os depósitos de cálcio podem ser vistos mais comumente nos lipomas, lipossarcomas, fibrossarcomas e sarcomas sinoviais
· Calcificações condrais são vistas nos condromas paraosteais
GASES NOS TECIDOS MOLES
· pode ser reconhecido facilmente às radiografias devido à extrema radiotransparência do gás em comparação à opacidade dos tecidos moles circundantes.
· Dois tipos principais de gases podem ser encontrados nos tecidos moles. 
· Um deles é o ar que pode ter penetrado por uma ferida ou um procedimento cirúrgico. 
· O outro é o gás que se forma em consequência da ação de bactérias anaeróbicas.
ENFISEMA SUBCUTÂNEO · Pequenas bolhas ou faixas de ar são vistas, com freqüência, na região de feridas em tecidos moles de natureza penetrante. As sombras de ar podem persistir por algumas horas ou mais após a lesão, mas geralmente desaparecem depois de um ou dois dias.
· Após procedimentos cirúrgicos torácicos, um enfisema subcutâneo em volume razoavelmente grande pode ocorrer por vários dias.
· A ruptura traumática da traquéia, da laringe ou do esôfago também pode ocasionar enfisema subcutâneo.
GANGRENA GASOSA· A infecção por organismos produtores de gás pode acarretar a visibilização radiográfica de bolhas ou faixas de gás nos tecidos subcutâneos ou nos tecidos mais profundos, o que pode ocorrer após lesões penetrantes, por esmagamento ou procedimentos cirúrgicos
· O organismo mais freqüentemente encontrado é o Bacillus welchii ,(Clostridium perfringens).
· Não é possível distinguir o gás formado por bactérias anaeróbicas do ar que foi introduzido de fora, e, por isso, o diagnóstico da gangrena gasosa não pode ser feito com base em evidências radiográficas durante seu estágio inicial
· Na gangrena diabética que envolve o pé, é comum encontrar pequenas bolhas de gás na região do tecido gangrenado e, ocasionalmente, até mais extensamente por todos os tecidos moles do pé ou na parte distal da perna
TUMORES DOS TECIDOS MOLES
RM DOS TUMORES DOS TECIDOS MOLES 
· RM é a técnica de escolha para a avaliação das neoplasias dos tecidos moles devido ao seu superior contraste dos tecidos moles, capacidade de aquisição de imagens em múltiplos planos e ausência de artefatos por endurecimento do feixe, como aqueles encontrados na TC
· Muitos tumores têm um sinal de baixa intensidade nas imagens ponderadas em T1, mas um sinal de elevada intensidade nas imagens ponderadas em T2
· Os tumores benignos tendem a ter intensidade de sinal homogênea, são bem-definidos, não invadem ossos nem envolvem feixes neurovasculares, bem como não apresentam um edema circundante
· As lesões malignas geralmente são o contrário· As margens de muitas lesões malignas são irregulares, embora algumas sejam bem-marginadas.
· As margens irregulares podem ser causadas por uma inflamação, e não por extensão maligna.
· Muitos tumores que envolvem os tecidos moles periféricos do corpo não causam sinais radiográficos além de um aumento difuso da densidade.
· diagnóstico do tipo do tumor pode ser difícil ou impossível, mas a diferenciação entre um tumor e uma inflamação e entre tumores benignos e malignos deve constituir o objetivo do estudo das massas de tecido mole. 
· Características, tais como a densidade relativa, homogeneidade, a presença de calcificações ou ossificação, a interface entre um tumor e os tecidos adjacentes, alterações nos ossos ou tecidos moles adjacentes, e a rapidez de crescimento podem ajudar no diagnóstico diferencial.
· A TC é mais útil, especialmente nos lipomas , mas o exame definitivo para a avaliação das massas de tecido mole é a RM
CISTOS BURSAIS E GâNGLIOS CÍSTICOS 
· Qualquer bolsa adjacente a uma articulação pode ser distendida por líquido e vir a apresentar a aparência de massa cística, o que é particularmente comum na bolsa pré-patelar do joelho e na bolsa do olécrano, sobrejacente ao processo do olécrano ulnar.
· A bursite do olécrano é uma complicação freqüente da gota.
· A bolsa distendida faz saliência na pelve e aparece como massa que desloca tanto o reto como a bexiga. Bolsas semelhantes, grandes e distendidas por líquido, podem ser encontradas próximo a outras grandes articulações na artrite reumatóide. 
· Tais bolsas distendidas raramente apresentam calcificações.
· Os gânglions císticos formam-se adjacentes a bainhas ou articulações, sendo geralmente encontrados em áreas periarticulares, especialmente o punho. 
· Costumam ser encontrados em adultos jovens e são assintomáticos.
· Tais lesões podem mudar de tamanho ou resolver-se espontaneamente, sendo facilmente detectadas tanto pela ultra-sonografia como pela RM.
LIPOMAS E LIPOSSARCOMAS
· Os lipomas maiores, mais profundos, geralmente podem ser identificados sem dificuldade devido à transparência do tecido adiposo em comparação com os músculos.
· Somente quando o lipoma é pequeno e superficialmente localizado, tal achado é ausente
· Depósitos de cálcio são ocasionalmente encontrados num lipoma.
· A calcificação ocorre após uma necrose isquêmica na parte central da massa tumoral. 
· Na RM, a intensidade do sinal de um lipoma é a mesma do tecido adiposo subcutâneo, elevada tanto nas imagens ponderadas em Tl como em T2
· Os lipossarcomas ocasionam achados radiográficos semelhantes aos de seus correspondentes benignos, exceto pela indefinição dos limites da massa e porque pode haver a extensão irregular do material adiposo ao músculo adjacente
· Os lipossarcomas tendem a ocorrer em planos intermusculares profundos ou periarticulares, em contraste com os lipomas benignos, mais superficiais. Calcificações no interior do tumor são um pouco mais comuns que nos lipomas

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