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Apostila - Farmácia Estética - Módulo I - Unidade I - Anatomia, Bioética, Dermatologia Patológica e Distúrbios Estéticos.

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MÓDULO I 
 
UNIDADE I 
Anatomia e fisiologia da pele 
saudável e distúrbios estéticos 
corporais e faciais e bioética, 
biossegurança e primeiros 
socorros aplicados à Farmácia 
Estética. 
 www.inaesp.com.br 
1 
 
SUMÁRIO 
 
ANATOMIA ......................................................................................................................... 3 
Capítulo I - História da anatomia ......................................................................................... 3 
Capítulo II - Definições e divisão ......................................................................................... 8 
Capítulo III- Sistemas ........................................................................................................ 12 
Capítulo IV- SISTEMA VASCULAR .................................................................................. 18 
Capítulo V- Sistema Linfático ............................................................................................ 20 
Capítulo VI - Sistema muscular ......................................................................................... 23 
Capítulo VII- Sistema tegumentar ..................................................................................... 32 
Capítulo VIII- Classificação da pele ................................................................................... 41 
REFERÊNCIA ................................................................................................................... 45 
DERMATOLOGIA PATOLÓGICA E DISTÚRBIOS ESTÉTICOS .................................... 46 
Capítulo I- O diagnóstico dermatológico ........................................................................... 46 
Capítulo II- Lesões elementares ........................................................................................ 48 
Capítulo III- Afecções do folículo piloso - Tricoses ............................................................ 58 
Capítulo IV- Afecções ulcerosas ....................................................................................... 62 
Capítulo V - Tumores benignos da pele ............................................................................ 63 
Capítulo VI- Neoplasias da pele ........................................................................................ 65 
Capítulo VI- Doenças infecciosas ...................................................................................... 71 
Capítulo IX- Identificando problemas estéticos ................................................................. 72 
Capítulo X - Envelhecimento facial .................................................................................... 80 
REFERÊNCIA ................................................................................................................... 89 
BIOÉTICA NA ESTÉTICA ................................................................................................ 91 
Capítulo I – Introdução e história ....................................................................................... 91 
Capítulo II - A bioética e seus fundamentos ...................................................................... 95 
Capítulo III- Termo de consentimento livre e esclarecido .................................................. 97 
Capítulo IV - Leis dos profissionais da estética ............................................................... 101 
Capítulo V- Vigilância Sanitária e Legislação ................................................................ 1498 
Capítulo VI- Primeiros socorros na estética .................................................................... 161 
REFERÊNCIAS ............................................................................................................... 170
 www.inaesp.com.br 
2 
 
APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA 
 
 No decorrer desta Unidade serão abordadas a anatomia e a fisiologia do corpo 
humano com ênfase no sistema tegumentar e seus anexos. Esta unidade é fundamental 
para iniciarmos qualquer tipo de estudo, tratamento ou entendimento de qualquer distúrbio 
estético, saber como ocorre à fisiologia do sistema tegumentar torna-se fundamental na 
escolha do melhor tratamento, ou melhor, cosmético a ser aplicado. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 www.inaesp.com.br 
3 
 
CAPÍTULO I - HISTÓRIA DA ANATOMIA 
 
 Antes de iniciarmos o estudo da anatomia reflitam sempre sofre o que Rokitansky em 
1876 dizia: 
 
“Ao te curvares com a rígida lâmina de teu bisturi sobre o cadáver 
desconhecido, lembra-te que este corpo nasceu do amor de duas almas, 
cresceu embalado pela fé e pela esperança daquela que em seu seio o 
agasalhou. Sorriu e sonhou os mesmos sonhos das crianças e dos jovens. 
Por certo amou e foi amado, esperou e acalentou um amanhã feliz e sentiu 
saudades dos outros que partiram. Agora jaz na fria lousa, sem que por ele 
se tivesse derramado uma lágrima sequer, sem que tivesse uma só prece. 
Seu nome, só Deus sabe. Mas o destino inexorável deu-lhe o poder e a 
grandeza de servir à humanidade. A humanidade que por ele passou 
indiferente”. 
 
Os primeiros estudos sobre anatomia iniciaram em 500 A.C., no sul da Itália pelo 
estudioso Alcméon de Crotona, a primeira dissecção que ele fez foi em animais. Os avanços 
desses estudos acontecerem no século III A.C. em Alexandrita por Herófilo e Erasístrato, 
eles foram os primeiros a realizar uma dissecção em corpo humano, mas em 150 A.C. a 
dissecção em corpo humano foi proibida pela igreja, mas a dissecção em animais seguia 
normal. Galeno no século II D.C. já havia dissecado quase todos os animais, desenvolvendo 
assim uma doutrina de “causa final”, esse sistema teológico requeria que os achados 
fisiológicos fossem confirmados e compreendidos. Com a chegada da guerra os estudos da 
anatomia recomeçaram por razões práticas. A palavra dissecar, também era usada para 
operação cesariana que cada vez eram mais frequentes (PETRUCELLI, 1997). 
Foi em 1460 que Ulrich Boner Der Edelstein pintou a primeira obra literária de 
anatomia, o livro foi publicado por Albrecht Plister. Em 1475 Konrad Megenberg publicou 
outro livro com imagens de gravuras em madeira de animais, o que também representava a 
anatomia (PETRUCELLI, 1997). 
O primeiro livro com ilustrações anatômicas reais foi a coleção de textos de autores 
contemporâneos “Fasciculus Mecidina”, datado de 1941, as ilustrações representação 
partes do corpo humano mostrando os pontos de sangria, mas os desenhos só se tornaram 
mais realistas em sua segunda edição em 1943(Figura 1) (PETRUCELLI, 1997). 
 
 www.inaesp.com.br 
4 
 
Figura 1 – Fasciculus Mecidina. 
 
Fonte: https://images.app.goo.gl/KTN1TkWZXUzUwRdY8 
 
 
No século XV D.C. os artistas renascentistas começaram a se interessar mais pelo 
formato do corpo humano, Leonardo da Vinci, ele foi o primeiro artista a descrever a 
anatomia em suas obras. As ilustrações de Da Vinci eram tão precisas que muitas vezes 
suas anotações tinham tipo fisiológico. Outro artista que foi de grande importância no 
quesito ilustração da anatomia humana foi Michelangelo Buonarotti, ele passou vinte anos 
praticando a dissecção no convento de Santo Espírito em Florença, posteriormente expôs a 
evolução de seus estudos. Jacob Berengario foi o autor da obra “Commentaria super 
anatômica mundini”, obra essa que contém as primeiras ilustrações anatômicas ao 
natural(Figura 2) (FIGUEIRA, 2013). 
 
Figura 2 – Commentaria super anatômica mundini. 
 
Fonte: https://www.christies.com/lotfinder/Lot/berengario-da-carpi-giacomo-c1460-1530-carpi-
commentaria-6011015-details.aspx 
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5 
 
Foi no século XVIII/XIX, que os estudos da anatomia tiveram uma subdivisão, isso 
devido as técnicas operatórias que davam uma maior importância a anatomia topográfica. 
Assim o chamado estudo anatômico clínico de cadáver foi introduzido por Giovan Battista 
Morgani ficou mais segura para o estudode alterações provocadas por patologias, surgindo 
assim a anatomia patológica permitindo grandes descobertas no campo celular por Rudolf 
Virchow e as doenças infecciosas por Pasteur e Koch (FIGUEIRA, 2013). 
Atualmente o estudo da anatomia é submicroscópica, a fisiologia, bioquímica, 
microscopia eletrônica, tudo aplicado as células são as estruturas mais descritas em nível 
molecular. Também temos que lembrar que devido a tomografia computadorizada, raio X, 
tomografia por emissão de positrões, ressonância magnética, é possível estudar a anatomia 
em vivos. 
 
Episódio curioso no estudo da anatomia 
 
Na Grã Bretanha no século XVIII teve um grande centro de estudo de anatomia, ela 
ocupava a catedral de anatomia, como era chamada, e foi comandada pela dinastia dos 
Monro por três gerações, o primeiro foi Alexandre Monro de 1720 a 1758, foi substituído 
pelo seu filho Alexandre Monro segundo que teve um destaque nas obras de anatomia em 
1797, seu sucessor foi seu filho Alexandre Monro terceiro, que por não ter a mesma 
sabedoria dos seus antecessores levou a universidade da anatomia ao declínio. 
Naquela época o ensino paralelo em escolas e cursos privados eram permitidos, por 
isso o estudo da anatomia se destacava entre os cursos extracurriculares, um dos maiores 
professores da época foi Robert Knox médico do exército como cirurgião auxiliar, ele foi 
assistente do Dr. John Barclay que entre 1821 e 1823 publicaram vários trabalhos científicos 
anatômicos, personagens deste episodio que irei destacar. Dr. Knox firmou-se como 
professor de anatomia na escola do Dr. Barclay e suas aulas eram muito concorridas devido 
a demonstração prática de dissecção de cadáveres. Em 1826 Dr. Knox assumiu a direção 
da escola após o falecimento do Dr. Barclay, naquele ano a escola estava com 300 alunos 
matriculados. 
Os cadáveres para realização da dissecção eram conseguidos legalmente, os 
criminosos condenados a pena de morte não podia ter um sepultamento digno em terreno 
santificado da igreja, assim esses corpos eram usados na dissecação do estudo de 
anatomia, mas esse número era insuficiente para prover as necessidades do ensino da 
anatomia. Surgia assim o mercado negro de cadáveres, os quais eram exumados por 
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6 
ladrões de cemitério e vendidos as escolas, mas como não tinham método de conservação 
esses corpos precisavam ser frescos. 
William Hare e William Burke (Figura 3), eram ladrões de cemitério e residiam em 
uma pensão na Inglaterra, o proprietário veio a falecer e William Hare casou-se com a viúva 
Margaret. Em 1827 um dos pensionistas, um idoso faleceu e deixou uma dívida alta na 
pensão, neste momento Hare teve a ideia de vender seu corpo para quitar a dívida da 
pensão, assim junto de Burke simularam o sepultamento e venderam seu corpo para Dr. 
Know por um valor alto para época de 7,1 libras.Com o sucesso da operação lucrativa, 
idealizarão um plano para substituir a venda de cemitério, se tratava em atrair para pensão 
pessoas desamparadas, pedinte de rua, pessoas que se morressem não seriam notados 
pela sociedade. Essa vítima era embriagada e morta por asfixia, pois não deixava vestígio 
da causa da morte, Burke era o responsável pela morte e Hare negociava a venda dos 
corpos. 
 
Figura 3 – Hare e Burke. 
 
Fonte: https://images.app.goo.gl/QCMVwy4m1EiquYbj6 
 
Em 1828 a escola do Dr. Knox teria recebido ao menos 16 corpos, assim sempre 
tinha peças bem conservadas em ótimo estado, os alunos começaram a desconfiar, devido 
a escassez habitual. 
A última vítima foi uma irlandesa, Mary Docherty, simplesmente desapareceu da 
pensão de um dia para o outro, o que levantou suspeita dos outros hospedes, o casal Gray 
encontrou o corpo da vítima escondida embaixo da cama, assim avisaram a polícia, porém 
quando chegaram o corpo já não estava lá mais. 
Alguns vizinhos contaram para polícia que viram dois homens carregando uma caixa 
de madeira, como já tinham suspeitas da escola do Dr. Knox os policiais se dirigiram para o 
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7 
local, onde encontraram a vítima. Hare e Burke foram presos, mas com não tinha provas 
concretas do assassinato, pressionaram Hare que acabou contando toda a verdade e foi 
colocado em liberdade e Burke foi julgado e condenado a forca, antes de ser enforcado ele 
assumiu as mortes, sua execução ocorreu no dia 28 de janeiro de 1829 e foi assistida por 
um multidão de milhares de pessoas, fazia parte da sentença que seu corpo fosse 
publicamente dissecado pelo Prof. Alexandre Monro terceiro, o que foi feito. Devido o 
tumulto que se formou parte de sua pele foi roubada, tempos depois foi encontrado livros 
encadernados com sua pele, um desses livros está exposto no museu de anatomia de 
Edimburgo junto de seu esqueleto (Figura 4). 
 
Figura 4 – Livro com pele de Burke. 
 
Fonte: http://oaprendizverde.com.br/2017/06/21/serial-killers-william-burke-william-hare-assassinatos-
em-west-port/ 
 
 
Já Dr. Knox não conseguiram comprovar sua culpa, mas seu curso teve uma evasão 
grande dos alunos, em 1831 sentindo-se constrangido deixou a universidade assim como o 
cargo de conservador do museu e mudou para Londres onde viveu até seus últimos dias. 
Este episódio repercutiu no parlamento britânico em 1832, onde o Anatomy Act 
passou a ser permitido o uso de cadáveres não reclamado por seus familiares para o ensino 
de anatomia, extinguindo assim o mercado negro de venda de corpos. Foi tão significante 
este episódio que teve um marco na língua inglesa com a criação do neologismo burkism e 
do verbo to burk, no sentido de sufocar, matar alguém para vender o cadáver, assassinar 
sem deixar vestígio. 
 
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8 
 
CAPÍTULO II - DEFINIÇÕES E DIVISÃO 
 
Anatomia refere-se ao estudo da estrutura e das relações e das relações entre as 
estruturas. 
 ANATOME = CORTE EM PARTES / CORTAR SEPARANDO 
Fisiologia refere-se à função das partes do corpo e como elas trabalham 
(PHYSIS+LÓGOS+IA) (NETTER, 2015). 
A função nunca é separada completamente da estrutura, por isso sempre 
estudamos a anatomia em conjunto da fisiologia humana. Cada estrutura designa 
uma função, exemplo os ossos do crânio estão unidos firmemente para proteger o 
encéfalo (NETTER, 2015). 
Somos formações a partir (Figura 5): 
 Átomo Menor unidade de matéria 
 Molécula União de 2 ou mais moléculas 
 Célula União de moléculas (unidade básica, estrutural e funcional) 
 Tecido União de células (conjuntivo, epitelial, muscular e nervoso) 
 Órgão União de 2 ou mais tipos de tecidos diferentes 
 Sistema União de alguns órgãos que tem mesma função 
 Corpo humano União de todos os sistemas orgânicos 
(NETTER, 2015) 
 
Figura 5 – Formação do organismo humano. 
 
Fonte: https://images.app.goo.gl/xrEH5V8dvGaVwKw7A 
 
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9 
Podemos ainda dividir a anatomia macroscópica em: 
 
 Anatomia sistemática ou descritiva: estuda de modo analítico, ou seja, 
separadamente em várias estruturas dos sistemas, como por exemplo: esqueleto, 
musculo etc. 
 Anatomia topográfica ou regional: estuda de modo sintético, reúne 
elementos diferentes e une todos em uma relação só 
 Anatomia de superfície ou do vivo: estuda a compreensão da semiologia 
clínica 
 Anatomia funcional:estuda segmentos funcionais do corpo humano 
 Anatomia aplicada: conhecimento anatômico para as atividades clínica, 
cirúrgica e artísticas 
 Anatomia radiológica: estuda o corpo usando as propriedades do raio X 
 Anatomia comparada: estuda a anatomia de diferentes espécies animais 
com particular enfoque aodesenvolvimento ontogenético e filogenético dos diferentes 
órgãos. 
(NETTER, 2015) 
 
 
Divisão do corpo humano 
 
1) Cabeça (pescoço). 
2) Tronco. 
a) Tórax. 
b) Abdome. 
3) Membros. 
a) Superiores. 
i. ombros (raiz). 
ii. Braços. 
iii. Antebraços. 
iv. Mãos. 
b) Inferiores. 
i. quadril (raiz). 
ii. Coxas. 
iii. Pernas.www.inaesp.com.br 
10 
iv. pés. (NETTER, 2015) 
 
Posição anatômica 
 
A posição anatômica consiste em uma convenção internacional de descrições do 
corpo humano, onde o corpo esteja posicionado em uma posição 
específica, chamada de posição anatômica. 
É considerado posição anatômica quando o indivíduo está: 
 
 Posição ereta 
 Posição ortostática 
 Face voltada para frente 
 Membros superiores estendidos paralelos ao tronco 
com as palmas das mãos voltada para frente 
 Membros inferiores unidos, com dedos dos pés 
voltado para frente. (NETTER, 2015) 
 
Planos de Inscrição 
 
Planos de inscrição ou planos de delimitação, são planos tangentes a superfície do 
corpo. Temos os seguintes planos: 
 Ventral ou anterior => plano vertical tangente ao ventre 
 Dorsal ou posterior => plano vertical tangente ao dorso 
 Lateral direito => plano vertical tangente ao lado do 
corpo 
 Lateral esquerdo => plano vertical tangente ao lado do corpo 
 Cranial ou superior => plano horizontal tangente à cabeça 
 Podal ou inferior => plano horizontal tangente à planta dos pés 
(NETTER, 2015) 
 
Planos de secção 
 
A partir do plano de inscrição temos determinado os planos de secção; unindo o 
centro de dois planos de inscrição obtemos: 
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11 
 Plano sagital => corta o corpo no sentido antero posterior, possui esse nome porque passa 
exatamente na sutura sagital do crânio. Determina lado 
direito e esquerdo 
 Plano coronal => corta o corpo lateralmente, de uma 
orelha a outra. Determina se uma estrutura é 
anterior ou posterior. 
 Plano transversal => corta o corpo transversalmente, 
também é chamado de plano axial. Através desse plano 
podemos dizer se uma estrutura é superior ou inferior 
(NETTER, 2015) 
 
Termos e situações 
 
Existem alguns termos que devemos conhecer: 
 Estruturas superficiais são aquelas contidas no tegumento 
 Estruturas profundas estão abaixo do tegumento. 
 Mediano: situada exatamente ao longo do plano de secção 
mediano. 
 Médio: quando as estruturas estão alinhadas na direção 
craniocaudal ou ântero-dorsal. 
 Intermédio: quando as estruturas estão em alinhamento látero-
lateral. 
 Proximal e Distal. esses termos são usados para comparar a 
distância de pelo menos duas estruturas. 
 Proximal: estrutura que se encontra mais próxima do tronco. 
 Distal: estrutura que se encontra mais distante do tronco. 
 
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12 
 
CAPÍTULO III - SISTEMAS 
 
Os principais sistemas são: 
 Esquelético (Figura 6). 
o Principais funções: sustentação, movimento e proteção. 
o Principais componentes: ossos e articulações 
 
Figura 6 – Sistema Esquelético 
 
Fonte: https://images.app.goo.gl/dr26TZAN2cLz5nC5A 
 
 Muscular (Figura 7) 
o Principais funções: sustentação e movimento. 
o Principais componentes: músculos e tendões. 
 
Figura 7 – Sistema muscular. 
 
Fonte: https://images.app.goo.gl/S24kbza3qR2ps6sR7 
 www.inaesp.com.br 
13 
 Tegumentar (Figura 8) 
o Principais funções: proteção, controle da temperatura. 
o Principais componentes: pele (epiderme e derme) e tecido subcutâneo (hipoderme). 
 
Figura 8 – Sistema tegumentar 
 
Fonte: https://images.app.goo.gl/iLAdEf5gW3XtvGL68 
 
 Nervoso (Figura 9) 
o Principais funções: perceber e identificar as condições ambientais externas, bem como as 
condições reinantes dentro do próprio corpo e elaborar respostas que adaptem a essas 
condições. 
o Função Sensorial, Integrativa e Motora. 
o Principais componentes: Sistema Nervoso Central (encéfalo e medula) e Sistema Nervoso 
Periférico. 
 
Figura 9 – Sistema nervoso 
 
Fonte: https://images.app.goo.gl/SMj1SH2Cn6FiaLbZ8 
 
 
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14 
 Endócrino (Figura 10) 
o Principais funções: junto com o sistema nervoso, promove a manutenção do equilíbrio do 
organismo (homeostase), por meio do controle das funções biológicas. 
o Principais componentes: Pineal ou Epífise, Hipófise (Pituitária), Tireóide e Paratireóide 
(abaixo da laringe) , Supra-renais (superior aos rins), Pâncreas, Ovários e Testículos. 
 
Figura 10 – Sistema endócrino. 
 
Fonte: https://images.app.goo.gl/Xc7WAc6guFuiJZnz8 
 
 Circulatório (Figura 11) 
o Principais funções: transporte de O2, nutrientes, hormônios para as células e remoção de 
produtos indesejáveis; defesa do organismo 
o Principais componentes: coração, vasos (artérias, veias e capilares). 
 
Figura 11 – Sistema circulatório 
 
Fonte: https://images.app.goo.gl/8gxHeHCUAJUKeAYJA 
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15 
 Respiratório (Figura 12) 
o Principais funções: trocas gasosas (captação de O2 – remoção de CO2). 
o Principais componentes: cavidades (ou fossas) nasais, faringe, laringe, traqueia (que se 
ramifica nos brônquios), alvéolos e pulmões. 
 
Figura 12 – Sistema respiratório. 
 
 Fonte: https://images.app.goo.gl/wZBwvknzDqtPDj3C8 
 
 Digestivo (Figura 13) 
o Principais funções: realiza a digestão: quebra de alimentos, absorção dos componentes 
nutritivos e eliminação de substâncias indesejáveis). 
o Principais componentes: boca (língua, dentes etc.), faringe, esôfago, estômago, intestino 
delgado, intestino grosso, reto e ânus. Possui glândulas anexas: glândulas salivares, fígado 
e pâncreas 
 
Figura 13 – Sistema digestivo. 
 
Fonte: https://images.app.goo.gl/Ddqw9kg28PsaNadSA 
 
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16 
 Urinário (Figura 14) 
o Principais funções: excreção de substâncias tóxicas, o equilíbrio hídrico e o controle de íons. 
o Principais componentes: dois rins, dois ureteres, bexiga e uretra. 
 
Figura 14 – Sistema urinário. 
 
Fonte: https://images.app.goo.gl/3AMWf78FwB8um81b6 
 
 Genial masculino (Figura 14) 
o Principais funções: reprodução. 
o Principais componentes: bolsa escrotal, testículos, epidídimos, canais deferentes, uretra, 
vesículas seminais, próstata e pênis. 
o 
Figura 14 – Sistema genital masculino. 
 
Fonte: https://images.app.goo.gl/y1Tq2igF8QoWibNw9 26/01/21 
 
 
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17 
 Genital feminino. (Figura 15) 
o Principais funções: reprodução. 
o Principais componentes: ovários, trompas, útero e vagina. 
Figura 15 – Sistema genital feminino 
 
Fonte: https://images.app.goo.gl/6MPzfhHhzw8J1jQ48 (NETTER, 2015) 
 
Nesta apostila será abordada o enfoque do sistema vascular, muscular e sistema 
tegumentar, visto que o foco é estético. 
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18 
 
CAPÍTULO IV- SISTEMA VASCULAR 
 
 
A função básica deste sistema é ofertar nutrição e oxigenação para todas as células. 
Ele transporta material nutritivo que foi absorvido pela digestão e o oxigênio da 
respiração para todas as células, ao mesmo tempo que recolhe os resíduos metabólicos 
levando até seu local de excreção. 
Formado pelo coração, vasos, sangue e linfa é um sistema do tipo fechado, ou seja, 
que não tem comunicação com meio externo. 
 
 Coração: órgão responsável pelo bombeamento e 
oxigenação do sangue, trata-se de um músculo, oco, 
situado na porção mediastinal da cavidade torácica, entre 
o osso esterno e a coluna vertebral, abraçado pelos 
pulmões e acima dodiafragma. Está disposto 
obliquamente e seu ápice mais inclinado para o lado 
esquerdo do plano mediano, conforme visualizamos. O 
ápice do coração,situado na região inferior, é mais lateral, enquanto a base é medial. Na 
base do coração estão os grandes vasos que chegam e saem deste órgão (SOBOTTA, 
2008). 
 Vasos Sanguíneos: compostos por artérias, veias e capilares. As artérias são tubos 
cilindróides e elásticos que conduzem o sangue oxigenado do coração para as demais 
estruturas corpóreas, artérias têm uma elasticidade que se adapta à demanda de fluxo 
sanguíneo e permite o controle dos níveis pressóricos. Quanto mais distantes do coração 
menos calibrosas estas estruturas se apresentam. As veias são estruturas cilíndricas 
responsáveis por recolher o sangue que sofreu trocas gasosas com os tecidos do corpo de 
voltaao coração. As válvulas ao receberem um impulso que direciona o sangue no sentido 
do coração, abrem-se permitindo que o sangue circule livremente. Quando o impulso 
termina a tendência natural seria que o sangue retornasse no sentido oposto à trajetória do 
coração. Porém, as válvulas impedem que isto ocorra, fechando-se, formando uma estrutura 
similar a uma bolsa que impede o retorno do sangue. Ao ocorrer um novo impulso este 
sangue continua seu percurso e isto ocorre até que este líquido atinja o coração (SOBOTTA, 
2008). 
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19 
 Grandes Vasos do Coração: a distribuição do sangue para o corpo ocorre através dos 
grandes vasos situados na base do coração. No átrio direito chegam às veias cavas, inferior 
e superior trazendo sangue do corpo para o coração. No átrio esquerdo chegam às veias 
pulmonares, que carregam sangue rico em oxigênio dos pulmões até o coração. O tronco 
pulmonar, formado pelas artérias pulmonares direita e esquerda, sai do ventrículo direito em 
direção aos pulmões, do ventrículo esquerdo, sai a artéria aorta, que leva sangue rico em 
oxigênio para o corpo (SOBOTTA, 2008). 
 Linfa: a composição é praticamente a mesma do sangue, com exceção da existência de 
glóbulos vermelhos, o que faz a linfa ser de coloração transparente. Por ela circulam além 
das impurezas retidas do meio intersticial, proteínas, hormônios, glóbulos brancos e, 
ocasionalmente, dos intestinos ao fígado, nutrientes (moléculas de gordura) (SOBOTTA, 
2008). 
 
Circulação do sangue 
Existem basicamente dois tipos de circulação sanguínea (Figura 16): 
 Pulmonar: o sangue rico em gás carbônico passa do átrio direito para o ventrículo direito e é 
em seguida impulsionado para o tronco pulmonar e 
artérias pulmonares até a rede de capilares dos pulmões (HOHEN, YOCOCHI, LUTJEN-
DRECOL, 2007) 
 Sistêmica: o sangue rico em oxigênio sai dos pulmões pelas veias pulmonares e chega ao 
átrio esquerdo dirigindo-se ao ventrículo direito que o encaminha para a artéria aorta e desta 
para o restante do corpo. Um esquema com os dois tipos de circulação (HOHEN, 
YOCOCHI, LUTJEN-DRECOL, 2007). 
 
Figura 16 – Circulação 
 
Fonte: https://images.app.goo.gl/Rjkfa7UE1swMVQUx9 
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20 
 
CAPÍTULO V- SISTEMA LINFÁTICO 
 
Sistema de drenagem auxiliar do sistema circulatório. Responsável por transportar o 
líquido tecidual do corpo, chamado de linfa. Este sistema é composto 
pelos vasos linfáticos, órgãos linfoides (timo, baço e linfonodos), 
estruturas que funcionam comofiltros do líquido transportado pelos 
vasos. 
A principal relação entre o sistema linfático e o sistema circulatório é 
que grandes moléculas de líquido tecidual têm dificuldade para 
penetrar nos capilares sanguíneos, assim é necessário que os 
capilares linfáticos, mais calibrosos, conseguem realizar esse 
transporte. É importante ressaltar que o sistema linfático tem o 
chamado fundo cego, ou seja, um sistema de uma única direção, 
somente conduz a linfa para a corrente circulatória, não existe via de 
retorno. 
Os troncos linfáticos são: 
 Ducto torácico: se origina na cisterna de quilo, uma dilatação que ocorre na região 
abdominal. Ele recebe a linfa de todo o resto do corpo, e desemboca na junção entre veia 
subclávia esquerda com a veia jugular interna esquerda (Figura 17). 
 Ducto linfático direito: recebe a linfa do membro superior, direito, do lado direito da cabeça, 
do pescoço e do tórax; e acaba na anastomose da veia subclávia direita com a veia jugular 
interna direita (Figura 17). 
 
Figura 17 – Ductos. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Fonte: https://images.app.goo.gl/YKSxWJVMHshR2dcx5 
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21 
 
Antes de passar para o sistema circulatório, a linfa é coletada pelos 
capilareslinfáticos, passando para os vasos linfáticos, chegando à linfa chega aos troncos 
linfáticos, estes, porsua vez, desembocam nas veias mais calibrosas, onde depositam a linfa 
(Figura 18). 
 
Figura 18 – Circulação linfática. 
 
Fonte: https://images.app.goo.gl/Gykvq28jrWb5awow8 
 
 
Estruturas do Sistema Linfático 
 
Iremos explicar aqui os órgãos linfóides os linfonodos, o baço e o timo. 
 Linfonodos: são estruturas de defesa do organismo, evitando 
que substâncias e microrganismos estranhos penetrem na 
corrente sanguínea.Possuem formas e tamanhos variados, 
podem estar isolados, mas apresentam-se geralmente em 
grupos, principalmente na região inguinal, na axila e no 
pescoço. 
 Baço: é o maior órgão do sistema linfóide. Apresenta 
duas faces: a diafragmática (em contato com a região 
inferior do diafragma) e visceral. Na face visceral, 
encontra-se o hilo do baço, uma fenda onde penetram 
nervos e vasos, incluindo a veia esplênica, que tem a 
função de drenar o sangue do baço. 
 
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22 
 Timo: órgão linfoide que apresenta dois lobos, sua função é 
produzir linfócitos. Está situado parcialmente no pescoço e 
no tórax, se estendendo desde a parte inferior da tireoide até 
a quarta cartilagem costal. O timo cresce até o período da 
puberdade, depois passa a se contrair até ser substituído por 
tecido adiposo 
 Tonsilas: são massas pequenas de tecido linfóide 
incluídas na mucosa de revestimento das cavidades 
bucal e faríngea. As tonsilas palatinas (amígdalas) 
estão localizadas na parede póstero-lateral da 
garganta, uma de cada lado. Ambas as tonsilas atuam 
como uma defesa adicional contra invasão bacteriana. 
 
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23 
 
CAPÍTULO VI - SISTEMA MUSCULAR 
 
Sistema muscular trata-se do conjunto de músculos, estima-se que nosso corpo 
tenha 650 músculos e representam 40% a 50% do peso corporal total, a formação de um 
musculo se dá por tecido originado pelo mesoderma.Os músculos possuem forma e 
comprimento variável, são formados por miócitos e que se inserem ao osso através do 
tendão, sua principal característica é a capacidade de contração e relaxamento (GUYTON & 
HALL, 2017). 
Possuímos três tipos de músculos: liso, estriado esquelético e estriado cardíaco. Se 
formos levar em consideração o exercício podemos classificar em voluntário e involuntário 
também. 
 
 Músculo liso: músculo involuntário, o estímulo para a 
contração é mediado pelo sistema nervoso 
vegetativo. Encontrado na parede das vísceras 
tubulares, como por exemplo vasos sanguíneos e 
intestino. 
 
 Músculo estriado cardíaco: tipo especializado de músculo que forma a 
parede do coração, também chamado de miocárdio. 
Controla os batimentos cardíacos, músculo é 
involuntário, como o músculo liso, e é estriado, como o 
músculo esquelético. 
 
 Músculo estriado esquelético: está fixado aos 
ossos, através dos tendões. As contrações 
exercem força nos ossos e então eles se 
movimentam e consequentemente é o 
responsável por diversas atividades, como 
levantar objetos e andar ou correr. São os únicos 
músculos voluntários do corpo. 
Para que haja movimento, os músculos estriados normalmente firmam-se em 
duas extremidades: 
• Origem: imóvel presa à peça óssea que não se desloca. 
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24 
• Inserção: móvel, presa à peça óssea que se desloca. (GUYTON & HALL, 2017). 
 
Quanto à Situação dos músculos temos: 
 Músculos Superficiais ou Cutâneos: são os músculos que se encontram logo abaixo 
da pele, onde devem apresentar no mínimo uma de suas inserções na camada profunda da 
pele. Podemos encontrá-los no crânio e na face, no pescoço e na região hipotênar da mão. 
 Músculos Profundos ou Subaponeuróticos: este grupo de músculos não apresenta 
inserções na camada profunda da pele, insere-se na maioria das vezes nos ossos. Sua 
localização se dá logo abaixo da fáscia superficial. (GUYTON 
& HALL, 2017). 
 
Quanto à Forma do Ventre classificam-se: 
 Músculo Longo: O comprimento predomina sobre a 
largura e permanece constante em todo o músculo. Está 
localizado mais superficialmente e seu comprimento pode 
passar duas ou maisarticulações. Podemos citar como exemplo o 
músculo bíceps braquial. 
 Músculo Largo: o comprimento e a largura se equivalem. 
Este tipo de músculo é encontrado nas paredes das grandes 
cavidades, como tórax e abdome, podemos citar o músculo 
diafragma, o subescapular. 
 Músculo Curto: encontrado nas articulações, seu movimento 
tem pouca amplitude, fato que não exclui sua força e nem 
especialização, podemos citar os músculos da mão. (TOMITA, 2012) 
 
Quanto à Disposição da Fibra Muscular: 
 
 Transverso: perpendicular à linha média e podemos citar como exemplo o músculo 
transverso abdominal. 
 Reto: paralelo à linha média e podemos citar como exemplo o músculo reto 
abdominal. 
 Obliquo: diagonalmente à linha média, exemplo desse músculo temos o oblíquo 
externo. 
 
Quanto à Função: 
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25 
A realização de algum movimento, são envolvidos vários músculos além daquele 
diretamente responsável por ele. São os seguintes: 
 
 Músculo Agonista: agente principal de um movimento, esse músculo se contrai 
ativamente para produzir um movimento desejado. Ex.: músculos flexores dos dedos, 
quando apertamos a mão de uma pessoa. 
 Músculo Antagonista: quando um músculo se opõe ao trabalho de um agonista, 
regulando força e velocidade do movimento. Ex.: músculos extensores dos dedos, não 
deixando apertar com força nem rapidez a mão da pessoa. 
 Músculo Sinergista: músculo que tem função de estabilizar as articulações para que 
não ocorram movimentos indesejáveis durante uma ação normal. Ex.: um dos músculos 
sinergista do movimento de abdução da coxa é o reto femoral. 
 Músculos Fixadores ou Posturais: sua atuação não está diretamente relacionada ao 
movimento, mas sim na fixação de um segmento do corpo para permitir um apoio básico 
nos movimentos executados por outros músculos. (TOMITA, 2012) 
 
Quanto ao tônus muscular: 
 
Quando os músculos se mantêm em um estado de contração parcial, chamamos de 
tônus muscular, que é causado pela estimulação nervosa, e é um processo inconsciente 
que mantém os músculos preparados para entrar em ação. 
 
Principais músculos para estética facial 
 
Os músculos da face são referidos como músculos da expressão facial, têm suas 
origens nos ossos do crânio, alguns se iniciam na fáscia superficial da face. A maioria 
desses músculos se insere na pele da região e a movimentam como se fosse uma 
articulação. Já os músculos do pescoço são localizados em um de dois triângulos (trígonos), 
anterior que são separados do posterior pelo músculo esternocleidomastóide, músculo este 
que se apresenta diagonalmente através damargem lateral do pescoço desde o processo 
mastoide do osso temporal até o ossoesterno e a clavícula. 
Observe a figura 19, correlacionada com os músculos abaixo: 
1- Músculo Occipitofrontal (Ventre frontal) 
a. Origem: pele das sobrancelhas. 
b. Inserção: aponeurose epicrânica. 
c. Inervação: nervo facial (VII). 
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26 
d. Função: responsável por franzir a fronte e elevar as sobrancelhas. 
2- Músculo prócero 
a. Origem: osso nasal e parte superior da cartilagem lateral do nariz. 
b. Inserção: pele parte inferior a fronte, entre as sobrancelha. 
c. Inervação: nervo facial (VII). 
d. Função: responsável por tracionar para baixo o ângulo medial das sobrancelhas, 
produzindo rugas transversais sobre o nariz. 
3- Músculo Corrugador 
a. Origem: extremidade medial do arco supercilia. 
b. Inserção: superfície profunda da pele. 
c. Inervação: ramo temporal e zigomático do nervo facial. 
d. Função: traciona a sobrancelha para baixo e medialmente, produzindo rugas 
verticais na fronte, músculo de expressão de sofrimento. 
4- Músculo orbicular dos olhos 
a. Origem: parte nasal do osso frontal (porção orbital), processo frontal do maxilar, 
crista lacrimal posterior (porção lacrimal) e da superfície anterior e bordas do 
ligamento palpebral medial (porção palpebral). 
b. Inserção: Circunda a órbita, como um esfíncter. 
c. Inervação: ramos temporais e zigomáticas do nervo facial. 
d. Função: Fechamento ativo das pálpebras. 
5- Músculo nasal 
a. Origem: Porção Transversal – Maxila, acima e lateralmente à fossa incisiva. Porção 
Alar – Asa do nariz. Porção Transversal – Dorso do nariz. Porção Alar – Imediações 
do ápice do nariz. 
b. Inervação: Ramos bucais do nervo facial. 
c. Função: Dilatação do nariz. 
6- Músculo levantador do lábio superior e asa do nariz 
a. Origem: processo frontal do maxilar. 
b. Inserção: se divide em dois, um inserido na cartilagem malar maior e outro se 
prolonga no lábio superior. 
c. Inervação: ramos bucais do nervo superior. 
d. Função: dilatar a narina e levantar o lábio superior. 
7- Músculo zigomático menor 
a. Origem: superfície malar do osso zigomático. 
b. Inserção: lábio superior. 
c. Inervação: ramos bucais do nervo facial. 
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27 
d. Função: auxilia na elevação dos lábios e acentua sulca nasolabial. 
 
8- Músculo zigomático maior 
a. Origem: superfície malar do osso zigomático. 
b. Inserção: ângulo da boca. 
c. Inervação: ramos bucais do nervo facial. 
d. Função: traciona o ângulo da boca para trás e para cima (risada). 
9- Músculo risório 
a. Origem: fáscia do masseter. 
b. Inserção: pele no ângulo da boca. 
c. Inervação: ramos mandibular e bucal do nervo facial. 
d. Função: retrai o ângulo da boca lateralmente (riso forçado). 
10- Músculo depressor do lábio inferior 
a. Origem: Linha oblíqua da mandíbula. 
b. Inserção: Tegumento do lábio inferior. 
c. Inervação: Ramos mandibular e bucal do nervo facial. 
d. Função: Repuxa o lábio inferior diretamente para baixo e lateralmente (expressão 
de ironia). 
11- Músculo orbicular dos lábios 
a. Origem: Parte marginal e parte labial. 
b. Inserção: em cima da boca. 
c. Inervação: Ramos bucais do nervo facial. 
d. Função: Fechamento direto dos lábios. 
12- Músculo bucinador 
a. Origem: Superfície externa dos processos alveolares da maxila, acima da 
mandíbula. 
b. Inserção: Ângulo da boca. 
c. Inervação: Ramos bucais do nervo facial. 
d. Função: Deprime e comprime as bochechas contra a mandíbula e maxila. 
Importante para assobiar e soprar. Importante músculo acessório na mastigação. 
13- Músculo platisma 
a. Origem: Fáscia sobre as porções superiores dos músculos peitoral maior e deltóide 
b. Inserção: Limite inferior da mandíbula (fibras mediais); pele, tecidos subcutâneos e 
músculos ao redor da boca. 
c. Inervação: Ramo cervical do nervo facial. 
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d. Função: Depressão da mandíbula, movendo os cantos da boca inferiormente, 
tensiona a pele do pescoço anterior. 
 
Figura 19 – Músculos da face 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Fonte: Profa. Taís A. Menegat 2019 (Adaptado de NETTER, 2015). 
 
Principais músculos para estética corporal 
 
Os músculos do dorso são classificados como intrínsecos ou extrínsecos, com base 
na sua origem embrionária e inervação. Os músculos intrínsecos são profundos e são 
inervados pelos ramos posteriores dos nervos espinais, quanto aos extrínsecos estão 
envolvidos com os movimentos dos membros superiores e da parede torácica, são 
inervados por ramos anteriores e nervos espinais. 
 
Observe a figura 20, correlacionando os números abaixo: 
1- Músculo peitoral maior 
a. Origem: origina-se na metade medial da clavícula e superfície anterior do esterno, 
primeiras sete cartilagens costais e na aponeurose do músculo oblíquo externo do 
abdome. 
b. Inserção: insere-se na parte proximal do úmero mais precisamente na crista do 
tubérculo maior do úmero. 
c. Inervação: inervado pelos nervos peitorais, medial e lateral. 
d. Função: adução, rotação medial e flexão do úmero no ombro. 
 
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2- Músculo diafragma 
a. Origem: origina-se no processo xifoide, face interna das seis últimas costelas e 
vértebras lombares. 
b. Inserção: insere-se no centro tendíneo do diafragma. 
c. Inervação:inervado pelo nervo frênico e seis últimos nervos intercostais 
(propriocepção). 
d. Função: a sua função principal é a inspiratória, diminuindo dessa forma a pressão 
interna da caixa torácica permitindo a entrada do ar nos pulmões, estabilização da 
coluna vertebral e expulsões como o vômito, o parto, a micção e a defecação. 
 
3- Músculo Oblíquo Externo do Abdome 
a. Origem: origina-se na face externa das oito costelas inferiores. 
b. Inserção: insere-se na linha branca e metade anterior da crista ilíaca. 
c. Inervação: inervado pelos ramos anteriores dos seis últimos nervos torácicos espinais. 
d. Função: tem como função comprimir a cavidade abdominal pélvica, auxilia na flexão e 
rotação da coluna vertebral. 
 
4- Músculo reto abdominal 
a. Origem: origina-se na púbica. 
b. Inserção: insere-se no processo xifóide e cartilagens costais da quinta a sétima 
costelas. 
c. Inervação: inervado pelos ramos anteriores dos sete últimos nervos torácicos. 
d. Função: tem como função comprimir o conteúdo abdominal, flexionar a coluna vertebral 
e tensionar a parede abdominal. 
 
5- Músculo piramidal 
a. Origem: origina-se na fáscia anterior do púbis e sínfise púbica. 
b. Inserção: insere-se no interior da linha Alba. 
c. Inervação: inervado pelo ramo anterior de T12. 
d. Função: tem como função tracionar a linha Alba 
 
6- Músculo Bíceps braquial 
a. Origem: Porção Longa: Tubérculo supra-glenoidal. Porção Curta: Processo Coracóide. 
b. Inserção: Tuberosidade radial. 
c. Inervação: Nervo Musculocutâneo (C5 e C6). 
d. Função: Flexão de Cotovelo / Ombro e Supinação do Antebraço. 
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7- Músculo Tríceps braquial 
a. Origem: Porção Longa: Tubérculo infra-glenoidal. Porção Medial: ½ distal da face 
posterior do úmero (abaixo do sulco radial). Porção Lateral: ½ proximal da face posterior 
do úmero (acima do sulco radial). 
b. Inserção: Olécrano. 
c. Inervação: Nervo Radial (C7 – C8). 
d. Função: Extensão do Cotovelo. 
 
8- Músculo Quadríceps femoral 
a. Origem: Reto femoral: espinha ilíaca anterior da pelve, margem superior do acetábulo 
da pelve. Vasto medial: linha intertrocantérica do fêmur. Vasto lateral: linha áspera, 
trocânter maior do fêmur. Vastos intermédio: lado anterior do fêmur. 
b. Inserção: Tuberosidade da tíbia (todas as cabeças) - forma ligamento patelar. 
c. Inervação: Nervo femoral. 
d. Função: Extensão do joelho, flexão da anca (apenas o reto femoral). 
 
9- Músculo glúteo máximo 
a. Origem: Sacro (porção dorsal), ílio (atrás da linha glútea posterior), fáscia toracolombar 
e ligamento sacrotuberal. 
b. Inserção: Tuberosidade glútea do fémur (fibras caudais) e côndilo lateral da tíbia (fibras 
craniais). 
c. Inervação: Nervo glúteo inferior. 
d. Função: Extensão e rotação externa do fémur, estabilização da articulação do quadril, 
abdução (fibras craniais) e adução (fibras caudais) da coxa. 
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Figura 20 – músculos corporais. 
 
Fonte: Profa. Taís A. Menegat 2019 (Adaptado de NETTER, 2015) 
 
 
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32 
 
CAPÍTULO VII- SISTEMA TEGUMENTAR 
 
Algumas pessoas usam a terminologia “tecido” como sinônimo de pele ou 
tegumento, mas isso é errado, pois tecido é o agrupamento de células semelhantes, que 
executam funções específicas e em comum, e podem ser divididos em tecido epitelial, 
tecido conjuntivo, tecido muscular e tecido nervoso. O correto de se dizer é que a pele ou 
tegumento, é um órgão, composto por um agregado de tecidos, que funcionam em conjunto 
(GUIRRO & GUIRRO, 2006). 
O sistema tegumentar recobre o corpo, tendo a principal função de proteção: contra 
o atrito, a perda de água, a invasão de micro-organismos e a radiação ultravioleta, além de 
ter papel na percepção sensorial (tato, calor, pressão e dor), na síntese de vitamina D, na 
termorregulação, na excreção de íons e na secreção de lipídios protetores. O sistema 
tegumentar é constituído pela pele e seus anexos: pelos, unhas, glândulas sebáceas, 
sudoríparas e mamárias. A pele com uma espessura que varia de 0,5 a 4,0mm e é 
composta de duas camadas distintas: a epiderme e a derme. A pele está sobre o tecido 
subcutâneo ou tecido adiposo (GUIRRO & GUIRRO, 2006). 
 
Epiderme 
 
Tecido avascular, formada por epitélio estratificado, disposto em quatro ou cinco 
camadas, que se ligam firmemente umas nas outras. Sua espessura varia de 0,007 a 
0,12mm, porém resistente (GUIRRO & GUIRRO, 2006).É dividida em cinco camadas 
(Figura 21): 
 Camada Basal: único estrato de células tronco, pela sua atividade mitótica, também é 
chamado de germinativo, em contato direto com a derme, Por causa do grande número de 
células e, portanto, da pressão maior nas faces laterais, as células são colunares. Elas 
começam a sintetizar filamentos intermediários de citoqueratina (tonofilamentos). As células 
estão aderidas à membrana basal por hemidesmossomos e às células vizinhas por 
desmossomos. As células-filhas, os queratinócitos, vão para as camadas superiores 
(GUIRRO & GUIRRO, 2006). É neste local onde encontramos os melanócitos e as células 
de Merkel (mais a frente iremos abordar esse tema). 
 Camada espinhoso: localizada acima da camada basal, as pressõessão mais uniformes, os 
queratinócitos são poliédricos. Eles contêm muitos filamentos de citoqueratina, os quais se 
agrupam em tonofibrilas, que conferem eosinofilia ao citoplasma. Exibem projeções curtas, 
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33 
que estão ligadas por desmossomos às projeções das células adjacentes, o que contribui 
para a resistência da epiderme ao atrito. No espaço entre as células, há o glicocálix, 
substância que serve de meio condutor de substâncias hidrossolúveis do meio externo para 
o interno. Nesse estrato, são mais facilmente vistas as células de Langerhans (GUIRRO & 
GUIRRO, 2006). 
 Camada Granulosa: composta por poucas camadas de células achatadas, os precursores 
da proteína filagrina formam os grânulos de querato-hialina, que são basófilos e não 
envoltos por membrana, função de impermeabilizam as células, como prevenção à perda de 
água (GUIRRO & GUIRRO, 2006). 
 Camada Córnea: composta por células com núcleo bem reduzido ou anucleada, 
queratinizada. Possui em torno de 30 estratos de células achatadas e mortas, semelhantes 
a escamas. Em média, o processo d renovação celular dura de 26 a 28 dias, após, as 
células mortas se desprendem e esfoliam, para que células novas das camadas mais 
profundas as substituam. Assim, a pele encontra-se em constante renovação. Esse estrato 
confere proteção contra o atrito, a invasão de micro-organismos e a perda de água 
(GUIRRO & GUIRRO, 2006). 
 Camada Lúcida: camada extra presente nas regiões palmoplanteres em que a pele é mais 
espessa e nos lábios, se situa entre a camada córnea e a granulosa. Esta camada possui 
células transparentes e achatadas (GUIRRO & GUIRRO, 2006). 
 
Figura 21 – Camadas da epiderme. 
 
Fonte: https://images.app.goo.gl/K989cGkth5R4VqiR6 
 
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34 
 
COMPOSTOS CELULARES EPIDERME 
 
 Melanócito 
o Células arredondadas com longos prolongamentos, 
citoplasma claro e núcleo ovoide. Em vesículas 
membranosas, denominadas melanossomas, oxidam a 
tirosina em 3,4-di-hidroxifenilalanina (DOPA) através da 
enzima tirosinase e transformam a DOPA em melanina 
(do grego melas, negro), um pigmento pardo-amarelado 
a marrom-escuro. Pela fagocitose da extremidade dos 
prolongamentos, os grãos de melanina são introduzidos 
nas células do estrato basal e do estrato espinhoso. A 
melanina concentra-se sobre o núcleo, protegendo o material genético da radiação 
ultravioleta (GUIRRO & GUIRRO, 2006). 
o Quanto ao número de melanócitos encontrado em diferentes fototipos é praticamente o 
mesmo. Entretanto, nos indivíduos de pele clara, a atividade da tirosinase é menor; os 
melanossomas são menos desenvolvidos, e a melanina é rapidamente degradada pela 
atividade lisossômica dos queratinócitos,sendo decomposta antes da célula deixar a parte 
superior do estrato espinhoso. Nos afrodescentes, como os melanossomas são maiores e 
mais estáveis, a camada basal é mais pigmentada e as demais camadas da epiderme, 
inclusive o estrato córneo, contêm melanina (GUIRRO & GUIRRO, 2006). 
 
 Merkel 
o As células de Merkel são semelhantes aos melanócitos ao microscópio de luz, mas são 
mais escassas e, portanto, difíceis de serem 
observadas. Possuem processos curtos, os quais 
podem se ligar aos queratinócitos por 
desmossomos. Contêm um núcleo volumoso, 
filamentos de queratina e vesículas 
neuroendócrinas. Na base da célula, formam 
junções sinápticas com terminações nervosas 
sensitivas. Essas células são receptores táteis 
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35 
(mecanorreceptores) e são abundantes nas pontas dos dedos e na base dos folículos 
pilosos. Ainda não se descreveu uma função exata para essa célula (GUIRRO & GUIRRO, 
2006). 
 
 Langerhans 
o São células apresentadoras de antígenos e originam-
se de precursores da medula óssea. Com HE, elas 
exibem citoplasma claro e núcleo ovoide ou indentado. 
A visualização dos prolongamentos dendríticos é 
possível com a imunocitoquímica ou a impregnação 
pelo cloreto de ouro. Fagocitam e processam os 
antígenos estranhos na pele. Elas apresentam os 
antígenos capturados aos linfócitos T na própria 
epiderme ou nos linfonodos regionais, e os linfócitos 
iniciam a resposta imunológica. As células de 
Langerhans participam das dermatites alérgicas por contato e da rejeição de transplantes 
cutâneos (GUIRRO & GUIRRO, 2006). 
 
DERME 
 
 Principal camada da nossa pele, vista que é nela que encontramos as principais 
células e anexos. O limite entre a epiderme e a derme, é bastante irregular, devido a 
projeções da derme para a epiderme (papilas dérmicas) e de projeções da epiderme para a 
derme (cristas epidérmicas). 
A derme também uma subdivisão: 
 Derme papilar: corresponde às papilas 
dérmicas e é constituída por tecido conjuntivo frouxo. 
Essa camada se estende até pouco abaixo das 
papilas, onde continua a camada reticular. O 
suprimento capilar sanguíneo da camada papilar é 
muito grande. Um grupo de capilares em alça se 
estendem para o interior das cristas, fornecendo 
nutrição para a epiderme e atuando na regulação 
térmica (Junqueira & Carneiro, 2004). 
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36 
 Derme reticular: a maior parte da derme, de tecido conjuntivo denso não modelado. 
As fibras colágenas dispostas em diferentes sentidos conferem resistência ao estiramento. 
Os capilares são raros nessa camada, sendo numerosos somente nos anexos que se 
dirigem para a epiderme. É a camada mais espessa, formada por tecido conjuntivo denso 
(JUNQUEIRA; CARNEIRO, 2004). 
 
Compostos celulares da derme 
 
Fibroblastos 
Originam-se das células mesenquimais 
indiferenciadas etem como principal função a 
manutenção da integridade do tecido conjuntivo e 
sintetização dos componentes da matriz 
extracelular, secreção de fatores de crescimentos e 
citocinas que controlam a proliferação 
ediferenciação das células da epiderme (Junqueira & 
Carneiro, 2004). 
Os fibrócitos são células menores do que os 
fibroblastos e possuemum citoplasma acidófilo com 
pouca quantidade de retículo rugoso, durante a cicatrização, podem ser recrutados do 
tecidoadjacente não LESADO, SE REVERTENDO PARA O ESTADO DE FIBROBLASTO E 
REATIVANDO SUACAPACIDADE DE SÍNTESE (JUNQUEIRA; CARNEIRO, 2004). 
 
Mastócitos 
São células globulosas e com citoplasma repleto de 
grânulos contendo histamina e heparina. Atuam nas 
reações imunes e medeiam os processos inflamatórios 
e as reações de hipersensibilidade imediata (Junqueira 
& Carneiro, 2004). 
 
Macrófagos 
São células que possuem características morfológicas 
muito variáveis dependem do seu estado de atividade 
funcional e tecido que habitam. Participam no 
mecanismo de defesa, fagocitando e destruindo 
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37 
restos celulares, microrganismos e elementos inertes que penetrem no organismo. Os 
macrófagos também desempenham um papel fundamental na apresentação de antígenos 
para os linfócitos (JUNQUEIRA; CARNEIRO, 2004). 
 
Plasmócitos 
São células grandes e ovóides, localizam-se dispersos 
por todo tecido conjuntivo, porém estão presentes em 
maior número em áreas sujeitas a entrada de 
microrganismos e proteínas estranhas e nas 
inflamações crônicas. Os plasmócitos são células 
originárias dos linfócitos B e são responsáveis pela 
imunidade humoral (Gartner & Hiatt, 2007). 
 
Leucócitos 
Os leucócitos são glóbulos brancos que circulam na corrente sangüínea, e participam das 
defesas celulares e imunocelulares do organismo. São divididos em dois grupos: 
Granulócitos: núcleo de forma irregular e apresentam no citoplasma grânulos específicos 
três tipos de granulócitos são: neutrófilos, eosinófilos e basófilos 
Agranulócitos: núcleo mais regular e o citoplasma não possuem granulações específicas, 
dois tipos de agranulócitos: os linfócitos e os 
monócitos 
o Quando os tecidos são invadidos por 
microrganismos, substâncias quimiotaxias 
provocam a migração dos leucócitos ao local 
da invasão, logo estas células atravessam 
as paredes dos vasos sanguíneos e entram 
no tecido participando do processo 
inflamatório (JUNQUEIRA; CARNEIRO, 2004). 
 
Componentes fibrosos (MEC) (Figura 22) 
 
Fibras de colágeno 
São fibras sintetizadas por fibroblastos e miofibroblastos, células musculares e várias 
células epiteliais. Principal componente da pele, cartilagem e do osso, os colágenos são as 
proteínas mais abundantes doorganismo, representando 25% da massa protéica. Até o 
momento foram descritos mais de 12 tipos diferentes de colágenos, entretanto, os 
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participantes da pele são os tipos: I, III, IV, V, VI e VII (HARRIS, 2009). 
 
Fibras elásticas 
Responsáveis por fornecer propriedades elásticas à pele, são sintetizadas pelos 
fibroblastos, constituídas por um núcleo central amorfo de elastina. A elastina é a uma 
importante proteína constituinte do chamado sistema elástico da matriz celular. Ela contém 
os aminoácidos desmosina e isodesmosina, que conferem as propriedades de distensão e 
recolhimento elástico das fibras de elastina (JUNQUEIRA; CARNEIRO, 2004). 
Glicosaminoglicana 
Também chamada de glucosaminaglicanos, glicosaminoglicanas ou mucopolissacarídeos, 
elemento incolor, transparente e homogêneo, componente fundamental na Matriz 
extracelular (MEC), nos tecidos conjuntivos, função de hidratação, viscosidade, textura da 
pele (JUNQUEIRA; CARNEIRO, 2004). 
 
Figura 22 – MEC – Matriz extra celular. 
 
 
Fonte: https://images.app.goo.gl/EHXHwTfYGJVBzAs49 
 
 
ANEXOS DA PELE 
 
Glândulas sebáceas 
Localizada no folículo piloso, excretam um produto gorduroso, denominado sebo, cuja 
função é lubrificar o pelo e a superfície da pele. O sebo parece possuir propriedades 
bactericidas (Junqueira & Carneiro, 2004). 
 
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Glândulas sudoríparas 
Desembocam diretamente na pele. A porção secretora está geralmente localizada logo 
abaixo da derme, no tecido subcutâneo. Produzem o suor que tem a função de regular a 
temperatura corpórea (Junqueira & Carneiro, 2004). 
Podem ser classificadas em dois tipos: 
Glândulas sudoríparas écrinas: são aquelas que liberam sua secreção sem que haja perda 
do citoplasma da célula secretora. Elas produzem suor que é composto em sua maior parte 
de água com vários sais, servem para a regulação da temperatura do corpo (Junqueira & 
Carneiro, 2004). 
Glândula sudoríparas apócrinas: eliminam secreção com porções do citoplasma, que 
produzem o suor que contém materiais gordurosos. Estão presentes nas axilas e em volta 
da área genital e sua atividade é a principal causa do odor do suor, devido às bactérias que 
quebram os compostos orgânicos no suor dessas glândulas (Junqueira & Carneiro, 2004).Folículo piloso 
É uma estrutura dérmica tegumentar que é constituída por três invólucros (ou bainhas) 
epiteliais e é capaz de produzir um pelo. No folículo o pelo em fase de crescimento, a 
porção terminal expandida corresponde ao bulbo piloso. Ele é constituído pela papila 
dérmica, de tecido conjuntivo frouxo e, recobrindo-a, pela matriz, de células epidérmicas 
(Junqueira & Carneiro, 2004). 
 
Pelo 
Composto por três partes básicas: a cutícula, o córtex e a medula. A parte mais externa é 
cutícula, que é formada por várias camadas de células sobrepostas sem pigmentos 
parecidas com escamas. Chamamos de haste a parte do pelo que pode ser observada 
externamente, já a raiz é a parte que está situada no interior da pele (Junqueira & Carneiro, 
2004). 
O ciclo capilar pode ser dividido em três fases distintas, crescimento, regressão e repouso. 
A fase de crescimento, também chamada de anágena, é responsável pelo aumento do 
crescimento do pelo e varia de acordo com fatores genéticos. Nessa fase, que é a mais 
longa do ciclo, a matriz está trabalhando continuamente. A fase de regressão, também 
chamada de catágena, caracteriza-se pela involução do folículo piloso (início da atrofia). 
Terminada essa fase, o folículo encontra-se completamente atrofiado (fase de repouso ou 
telógena) e ocorre a queda do pelo. Todo esse processo tem duração de cerca de cinco 
anos (Junqueira & Carneiro, 2004). 
 
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Unha 
São placas córneas formadas por queratina dura que estão fortemente aderidas umas às 
outras. As unhas estão localizadas na superfície dorsal das falanges distais dos dedos do pé 
e da mão. Origina-se de células epiteliais que formam a raiz da unha (Junqueira & Carneiro, 
2004). 
 
Tela subcutânea - Hipoderme 
 
 Tecido conjuntivo frouxo ou adiposo, subjacente a pele, de espessura variável, que é 
ricamente servido de vasos sanguíneos e nervos. As principais funções são regulação de 
temperatura, isolamento térmico, depósito nutricional, proteção mecânica do organismo às 
pressões e traumatismo externo e na motilidade da pele sobre as estruturas subjacentes 
(SAMPAIO; RIVITTI, 2007). 
 A localização e a distribuição da gordura corporal caracterizam dois tipos de 
biocorpo: 
Ginóide: predominantemente no sexo feminino, acúmulo de gordura na parte inferior do 
corpo, glúteos, coxa e quadril (GUIRRO, 2004). 
Andróide: observa-se maior quantidade de células adiposas 
na região abdominal. Esta variação é considerada de alto 
risco, pois possui um acúmulo predominante de células 
gordurosas na região abdominal, o que leva a um aumento 
de risco de doenças cardiovasculares e morte prematura. 
(GUIRRO, 2004). 
O tecido adiposo possui duas camadas de gordura com diferenças 
entre seus lóbulos: 
Tecido adiposo superficial ou areolar: mais superficial, ricamente 
irrigada possui adipócitos globulares e volumosos, local onde todos 
os tratamentos estéticos tem usa ação (GUIRRO, 2004). 
Tecido adiposo profundo ou lamelar: mais profunda e é onde ocorre 
aumento de espessura no ganho de peso, única forma de 
diminuir é fazendo atividade física (GUIRRO, 2004). 
 
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41 
 
CAPÍTULO VIII- CLASSIFICAÇÃO DA PELE 
 
COLORAÇÃO DA PELE 
 
 Depende de alguns fatores como espessura do estrato córneo, pigmento existente, 
vasos sanguíneos, além da melanina. Esta substância se constitui como um polímero 
proteico (GONCHOROSKI; CÔRREA, 2005), 
 A formação do granulo de melanina envolve a hidroxilação do substrato L-tirosina em 
3,4-diidroxifenilalanina (DOPA), liberando a molécula de água, catalisada pela tirosinase 
(sintetizada nos ribossomas e transportada via retículo endoplasmático para o complexo de 
Golgi, de onde se originam vesículas que contêm a enzima). Estas vesículas são chamadas 
pré-melanossomas, no interior deles, a tirosinase produz a melanina a partir da 
tirosina.Quando a vesícula está cheia de melanina, passa a ser chamada melanossoma. A 
melanogênese é a produção de melanossoma dentro dos melanócitos, a partir da tirosinase, 
uma enzima cobre -dependente, o melanócito promove hidroxilação na tirosina, formando o 
DOPA (Figura 23) (SAMPAIO e RIVITTI, 2001). 
 Após a produção, a melanina, que ainda está dentro dos melanossomas, é 
transferida aos queratinócitos adjacentes através dos dendritos presentes nos melanócitos. 
(GONCHOROSKI; CÔRREA, 2005). 
 
Figura 23 – Formação da melanina. 
 
 
Fonte: SAMPAIO e RIVITTI, 2001. 
 
A partir disso são formados dois tipos de grânulos de melanina: 
 Eumelanina: constituem num grupo homogêneo de pigmentos pardos, insolúveis, 
resultantes dapolimerização oxidativa de compostos indólicos derivados da DOPA 
(VIGLIOGLIA, 1991). 
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 Feomelaninas: correspondentes a um grupo heterogêneo de pigmentos 
pardosavermelhados, solúveis em meio alcalino, constituídas por benzotiazidas 
ebenzotiozóis, os quais são derivados da cisteinildopa (VIGLIOGLIA, 1991). 
A quantidade de melanina formada nos melanócitos é geneticamente determinada, 
mas estes podem ser influenciados por fatores hormonais e ambientais, incluindo 
inflamação, idade e exposição a radiação solar.Os hormônios sexuais, estrógenos e 
progesterona promovemhiperpigmentação do rosto, genitais e aréola mamária pelo aumento 
do número demelanócitos ativos, pois estimulam a melanogênese (ICOLETTI et al, 2002). 
 
FOTOTIPO 
 
Em 1976, Fitzpatrick classificou a pele humana em seis tipos de acordo com 
ofototipo e etnia, variando do tipo I (pele mais branca) ao tipo VI (pele negra)(GUIRRO; 
GUIRRO, 2004), conforme apresentado na Tabela 1. 
A cor da pele varia segundo a raça e, no indivíduo, conforme a região do corpo, 
sendo também influenciável pelas condições do meio. A classificação da pele proposta por 
Fritzpatrick tem sido o método utilizado para categorizar a sensibilidade cutânea à radiação 
ultravioleta, mas devemos nos atentar que hoje em dia temos uma missegenação, ou seja, 
não conseguimos ter um fototipo único (YOUN et al, 1997). 
 
Tabela 1 – Fitzpatrick. 
 
Fonte: Guirro e Guirro 2004 
 
 
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43 
 
TIPOS DE PELE 
 
Em 2006 Baumann, propôs uma nova classificação da pele, catalogando a pele 
em 16 categorias, de acordo com quatro características da pele: hidratação,sensibilidade, 
pigmentação e rugas (BAUMANN, 2006). 
 Hidratação: pele seca ou oleosa. 
 Sensibilidade: pele resistente ou sensível. 
 Pigmentação: determina se a pessoa produz ou não grande quantidade de melanina. 
 Firmeza: menos propensa a rugasou se tende a rugas com a idade. 
 
Os dezesseis tipos de pele, segundo Baumann, são: 
1- Oleosa, sensível, não pigmentada e propensa a rugas. 
a. Possui muitos danos causados pela exposição frequente ao sol. 
b. Sinais de danos solares, como envelhecimento precoce (rugas), 
c. Manchas escuras na face e colo, telangiectasias, crises de acne, vermelhidão e queimação 
frequentes na pele. 
2- Oleosa, sensível, não pigmentada e firme. 
a. As características dessa pele formam um ciclo vicioso de erupções, manchas marrons e 
cicatrizes. 
b. Todos com este tipo de pele tendem a apresentar: acne, alergias de pele, manchas escuras 
na face, e pele brilhante. 
3- Oleosa, sensível, pigmentada e propensa a rugas. 
a. Pele clara com pouca pigmentação para se proteger da radiação solar. 
b. Apresentam rubor e rosácea, rugas. 
c. Apresenta com frequência: manchas vermelhas, acne, poros dilatados, telangiectasias, 
dificuldade para se bronzear e queimaduras frequentes e rugas precoce. 
4- Oleosa, sensível, pigmentada e firme. 
a. O maior problema é o rubor facial. 
b. Pele é fina e pode sofrer de rosácea. 
c. Pode apresentar: acne, oleosidade, vermelhidão, manchas vermelhas, descamação, 
irritação a produtos para os cuidados com a pele e queimaduras solares frequentes. 
5- Oleosa, resistente, pigmentada e propensa a rugas. 
a. Oleosidade, poros abertos e manchas escurassempre estarão presentes. 
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b. As rugas vão aparecendo com o processo do envelhecimento. Além disso, sua pele terá: 
crises de acne eventuais, risco aumentado de câncer de pele se sua pele for clara e 
dificuldade para encontrar um protetor solar que não deixe sua pele mais oleosa. 
c. Este tipo de pele suporta produtos mais fortes para o rosto. 
6- Oleosa, resistente, pigmentada e firme. 
a. Pele mais fáceis de lidar. 
b. É bastante comum fototipo alto. 
c. Apresentar: pele com boa viscosidade, manchas escuras, rugas mínimas, crises ocasionais 
de acne e pele que bronzeia com facilidade. 
7- Oleosa, resistente, não pigmentada e propensa a rugas. 
a. Pele complacente, ou seja, fácil de tratar. 
b. Apresentar: eventual oleosidade, acne discreta, dificuldade para se bronzear, pouca 
necessidade de hidratante e sinais precoces de rugas. 
8- Oleosa, resistente, não pigmentada e firme. 
a. Pele radiante, harmônica e que não envelhece. 
b. Apresenta: pele lisa, oleosa, pouca necessidade de hidratante, poucas rugas, poros 
grandes, crises raras de acne, cravos pretos. Previna o câncer de pele cuidando da pele e 
evite exposição solar. 
9- Seca, sensível, pigmentada e propensa a rugas. 
a. Pele sempre está descamativa. 
b. A maioria dos produtos ocasiona coceira, ardência e irritação na pele. 
c. Apresenta: placas descamativas e rosadas na pele, vermelhidão e rubor facial, acne 
ocasionada por uso de produtos, Telangiectasia, hiperpigmentação pós inflamatório, 
suscetibilidade a alergias da pele. 
10- Seca, sensível, pigmentada e firme. 
a. Pele propensa a eczema, ressecamento, acne ocasionada pelo uso de produtos, 
descamação, vermelhidão, coceira e rosácea. 
b. Apresenta: placas de pele espessa e áspera, sensibilidade a fragrâncias, secura por 
detergentes, placas escuras em áreas de exposição solar. 
11- Seca, sensível, não pigmentada e propensa a rugas 
a. Não é um tipo fácil de pele e as condições da pele são imprevisíveis. Um dia a pele está 
bem e no outro, sem explicação, está péssima. 
b. Apresenta: ressecamento, descamação, queimação, rugas, vermelhidão, falta de brilho na 
pele, pele áspera e irritada. 
12- Seca, sensível, não pigmentada e firme. 
a. É o tipo de pele ressecada. 
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b. Pele descamativa, áspera, vermelha e sem brilho, pode ter alergias frequentes a produtos 
cosméticos, sensibilidade a sabonetes e alergias a metais. 
13- Seca, resistente, pigmentada e propensa a rugas. 
a. Neste tipo de pele as rugas são a principal reclamação. 
b. Apresenta: pele seca e descamativa, coceira, pele fina, manchas escuras no rosto, rugas 
precoce, rugas em mãos e alto risco para desenvolver melanoma. 
14- Seca, resistente, pigmentada e firme. 
a. Esta pele tem raríssimos problemas com oleosidade e erupções. A pele vai se tornando 
vagarosamente mais seca com a idade. 
b. Apresenta: sardas ou machas do sol, melasma, prunido e descamação na pele. 
15- Seca, resistente, não pigmentada e propensa a rugas. 
a. Na juventude a pele tem poucas irritações, acnes e erupções, mas na meia idade a pele fica 
delicada, frágil e com sardas ou algumas descolorações. 
b. Apresenta: rugas precoces, problemas de bronzeamento e aumento de ressecamento com a 
idade. 
16- Seca, resistente, não pigmentada e firme. 
a. Na adolescência era o melhor tipo de pele, quase nada de acne, nenhuma oleosidade e sem 
sardas. Ao envelhecer a pele continua com a aparência muito boa, mas um pouco 
ressecada. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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Dermatologia Patológica e Distúrbios Estéticos 
 
 
PONTO DE PARTIDA 
 
No decorrer desta Unidade serão abordados o que você precisa saber sobre 
dermatologia patológica e os principais distúrbios estéticos. Esta unidade é fundamental 
para traçarmos o melhor tratamento para o distúrbio a ser tratado, assim como o 
conhecimento da dermatologia patológica para saber se o paciente poderá ser nosso ou se 
isso será para os médicos. 
 
 
CAPÍTULO I- O DIAGNÓSTICO DERMATOLÓGICO 
 
 
Sempre iniciamos colhendo a história do paciente, seguido do examinar a pele, para 
se ter uma ideia do problema e depois propor perguntas relevantes (VIVIER, 2000). 
Precisamos sempre avaliar o paciente por inteiro, e não somente no local indicado 
por ele. Existem alguns questionamentos que podemos e devemos fazer, como: 
 Está presente há quanto tempo? 
 Ele muda dependendo do local? 
 Como e quando começou? 
 Ele mudou ou contínua como quando começou? 
 Está em outro local do corpo? 
 O que o afeta? 
 Esteve fora de sua cidade de origem atualmente? Se, positivo, onde? 
Também é necessário avaliar fatores como: 
 História pregressa de doenças de pele e correlatas. 
 História familiar. 
 Sintomas associados. 
 Medicamento atual. 
 Ocupação. 
 História social. 
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 Efeito da doença sobre o paciente. 
E finalmente questionar sobre os sintomas: 
 Sente prunido (coceira)? 
 Sente dor? 
 O local está mais sensível? 
 Sente sensação de queimação? (VIVIER, 2000) 
 
 
 
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CAPÍTULO II- LESÕES ELEMENTARES 
 
É de extrema importância o conhecimento das lesões elementares, pois elas são os 
sinais que nortearão nossas condutas. Saber descrever, reconhecer e classificar uma lesão 
de pele é vital para os profissionais da área da estética. Todas as alterações 
dermatológicas podem ser classificadas como lesão primária ou lesões secundárias 
(RAPINI, 2013). 
Podem ser classificados quanto a distribuição: 
 Anulares– dispõem-se em forma de anel. 
 Arciformes – em forma de arcos. 
 Agrupadas – uma ao lado da outra. 
 Lineares – em linha. 
Classificação quanto ao número: 
 Localizadas – lesões que aparecem em uma ou algumas regiões isoladamente. 
 Disseminadas – lesões individualizadas atingindo várias regiões cutâneas. 
 Generalizadas – distribuição difusa e uniforme, atingindo vários segmentos da pele. 
 Universais– comprometimento total da pele, incluindo o couro cabeludo. (RAPINI, 
2013). 
 
 
LESÕES PRIMÁRIAS 
 
Toda lesão que inclua alterações de cor (máculas), formações sólidas e formações 
líquidas são chamadas de lesões primárias. 
 Mácula: alteração circunscrita na cor da pele com menos de 1 cm de diâmetro e 
plana. Pode ser na cor marrom, azul, vermelha ou, hipopigmentada. Exemplos: 
o Manchas vásculo-sanguíneas: decorrentes da congestão ou pressão vascular ou do 
extravasamento de hemácias. 
o Eritema: caracteriza-se pela cor vermelha, devida à vasodilatação. A mancha 
desaparece quando pressionada, pois, há interrupção da circulação. No eritema, o sangue 
está dentro dos vasos. 
o Eritrodermia: eritema generalizado, crônico, com discreta escamação. 
o Cianose: eritema arroxeado, causado por congestão venosa. 
o Rubor: eritema vivo por congestão arterial. 
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o Exantema: eritema generalizado agudo que perdura alguns dias, podendo ser 
morbiliforme, quando há áreas comprometidas entremeadas por áreas não-comprometidas, 
ou escarlatiforme, quando é difuso e uniforme. 
o Telangiectasia (coperose): lesão filamentar, sinuosa, devida à presença de capilares 
dilatados na derme. Considera-se dilatação dos capilares. 
o Púrpura, petéquia: manchas eritemato-violáceas, de tamanho e forma variados, que, 
quando pressionadas, não desaparecem. Neste caso o sangue está localizado fora dos 
vasos. 
(RAPINI, 2013). 
 
 Formações sólidas: há relevo na pele, o que pode ocorrer por processos 
inflamatórios, infecciosos ou neoplásicos. 
o Pápula: elevação da pele circunscrita da pele com menos de 1cm de diâmetro, 
podendo ser de origem dérmica ou epidérmica. 
o Placa: lesão elevada, inferior a 1 cm, em plataforma achatada. Pode apresentar-se 
como lesão individual ou constituir um aglomerado de pápulas (placa papulosa). 
o Nódulo: massa palpável circunscrita de 1a 3 cm de diâmetro. A lesão pode evoluir a 
partir de uma pápula, as causas são múltiplas, mas a lesão pode ser devida a um infiltrado 
de células benignas, neoplásicas, ceratoacantoma, granuloma ou linfoma. 
o Tumor: circunscrita, elevada ou não, com mais de 3 cm. O termo tumor é mais 
empregado para processos neoplásicos. 
o Vegetação: pápula pedunculada, com superfície irregular e aspecto de couve-flor, 
que sangra com facilidade. 
o Verrucosidade: infecção da pele e membranas mucosas muito comum, por papiloma 
vírus. A incidência é de 10% em jovens. São contagiosas e se disseminam facilmente se 
houver trauma cutâneo sobre elas 
o Urtica: elevação eritematosa, irregular, edematosa, pruriginosa, que dura pouco. 
Pode apresentar-se como placa urticada ou pápula urticariforme. (RAPINI, 2013). 
 
 Formações líquidas: são lesões que contêm líquido no seu interior, o qual pode ser 
serosidade, sangue ou pus. Exemplos: 
o Vesícula:elevação circunscrita, contendo líquido, claro ou não, de até 1 cm de 
diâmetro, lesão elevada. 
o Bolha: elevação circunscrita, contendo líquido claro no interior, de 1 a 3 cm de 
diâmetro. 
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o Pústula: coleção circunscrita de conteúdo líquido e leucócitos que variam de 
tamanho. 
o Abscesso: lesão com menos de 0,5cm de diâmetro contendo líquido amarelo que se 
encontra infectado. Acima de 0,5 descreve-se como abscesso. 
o Herpes (vesícula): infecção comum mucocutânea contagiosa, causada pelo 
herpesvirus hominis, acomete frequentemente, lábios, narinas, genitais. As lesões começam 
com um formigamento, seguido de lesões que progridem rapidamente de mácula /pápula/ 
vesículas. 
o Herpes zoster: é um doloroso comprometimento do nervo cutâneo resultante da 
reativação do vírus varicela zoster latente. O vírus permanece latente na raiz dorsal ou 
gânglio do nervo craniano após o paciente se recuperar de varicela e existir anticorpos no 
soro. A reativação do vírus é puramente pessoal. 
 
 Neuralgia pós herpética: ocorre principalmente na velhice e persiste após 
desaparecimento da lesão ativa. 
 
 Paralisia pós herpética: paralisia de um membro superior ou inferior, geralmente 
temporária. 
o Molusco contagioso: pápula translúcida, com umbilicação central, localizada em 
qualquer região da pele, principalmente na área genital. É bastante comum nas crianças, 
que normalmente apresentam dezenas de lesões. As crianças atópicas, com pele mais 
seca, são mais susceptíveis. O tratamento consiste em curetar a lesão ou eliminá-la por 
eletrocoagulação ou congelamento (crioterapia). (RAPINI, 2013). 
o 
 Lesões pigmentares: Provocadas por excesso ou falta de pigmentos, como: 
o Excesso ou falta de hemoglobina: petéquia, víbice, equimose, hematoma. 
 
 Hematoma: coleção de sangue, que ocorre em geral em decorrência de um 
sangramento ativo, e causa na maioria das vezes um abaulamento no local. Em função do 
tamanho, deve ser removido ou não. Quando houver a necessidade de ser removido, isto 
em geral é realizado no centro cirúrgico, como uma nova cirurgia, em geral simples. 
 
 Equimose é o sangramento que ocorre e penetra nos tecidos, ficando uma mancha 
roxa no local, pode ser em decorrência de uma pancada ou de uma cirurgia ou de um 
procedimento minimamente invasivo. Ele desaparece sozinho ao longo dos dias. 
o Excesso ou falta de melanina: podemos três tipos: 
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 Acromia: ausência total de melanina, dá origem a manchas completamente brancas. 
 Hipocromia: a diminuição da melanina dá origem a manchas mais claras. 
 Hipercromia: aumento da melanina, produz manchas acastanhadas. 
o Manchas relacionadas a pigmentos anormais à pele (bilirrubina, carotenos etc.) 
o Manchas relacionadas a pigmentos estranhos ao organismo (ouro, prata, arsênico, 
corantes etc.). (BORGES e SCORAZA, 2016) 
 
 Discromias: podem ser locais ou generalizadas, qualquer alteração na cor da pele. 
Os principais são: 
o Hipocromia: diminuição da produção da melanina, melanócito está presente, mas 
apresenta mau funcionamento. Exemplo: 
 Pitiríase alba: tamanhos variados, com limites mal definidos, assintomáticas, 
localizadas principalmente nos braços e no rosto. É considerada grau mínimo de dermatite 
atópica, estando associada à desidratação da pele. 
 Pitiríase versicolor: micose superficial da pele que provoca máculas hipocrômicas 
arredondadas (0,5 a 1 cm), isoladas ou confluentes, sem prurido, com descamação fina, 
situadas no pescoço, no tronco, nos braços e raramente, no rosto e nas pernas. 
o Acromia: ausência de melanina e de melanócito. Exemplos: 
 Vitiligo: Geralmente bilateral e simétrica, etiologia desconhecida, ocorre em qualquer 
idade, sexo e raça. Frequência de 1% na população mundial, atinge qualquer parte do 
corpo, em qualquer idade. As manchas são totalmente brancas, de tamanhos variados, e 
não apresentam sintomatologia. Os pelos da região também sofrem despigmentação. As 
lesões se instalam geralmente ao redor de orifícios, em proeminências ósseas e nas áreas 
intertriginosas. Alguns fatores precipitantes para essa doença são: estresse físico e 
emocional, traumas mecânicos e substâncias. 
 Albinismo: distúrbio autossômico recessivo do metabolismo da tirosinase que resulta 
na falência da produção de melanina. O albinismo é hereditário e pode ser de dois tipos: 
 tirosinase-negativo: a síntese de melanina está bloqueada devido à ausência de 
tirosinase; a produção de melanina é nula; 
 tirosinase-positivo, há pequena produção de melanina nas áreas expostas, formando 
sardas. 
 Acromia Residual: alguns despigmentantes são citotóxicos e destroem o melanócito, 
gerando várias manchas brancas e pequenas em forma de “confete” na face. Não existe 
tratamento. Sem melanócito, sem melanina, sem cor. A acromia, causada por traumatismos 
mecânicos ou pós-inflamatórios, praticamente não tem solução até o momento, já que o 
local ficou branco após a cicatrização, e os melanócitos daquela região foram destruídos. 
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 Leucodermia solar: também chamada hipomelanose gutata idiopática, compõe-se de 
pequenas manchas acrômicas múltiplas (3 a 5 mm), arredondadas, localizadas 
preferencialmente nos braços e nas pernas. Embora a causa não esteja totalmente definida, 
é considerada sinal de envelhecimento cutâneo. 
 Hanseníase: popularmente chamada de lepra, doença infecta contagiosa e de 
evolução lenta, que se manifesta principalmente através de sinais e sintomas 
dermatoneurológicos, ou seja, lesões na pele e nos nervos periféricos principalmente nos 
olhos, mãos e pés. Os nervos faciais, radial, ulnar, mediano, fibular comum e tibial posterior 
são os mais acometidos pela doença. Causada pelo Mycobacterium leprae, ou bacilo de 
Hansen. Formas Clínicas: 
 Formas Paucibacilares (PB - não contagiantes): Hanseníase Tuberculóide e 
Hanseníase Indeterminada. Casos com até cinco lesões de pele e ou apenas um tronco 
nervoso comprometido 
 Formas Multibacilares (MB - contagiantes): Hanseníase Dimorfa e Hanseníase 
Virchowiana. Casos com mais de cinco lesões de pele e ou mais de um tronco nervoso 
acometido. A baciloscopia positiva classifica o caso como Multibacilares, 
independentemente do número de lesões. (ARAÚJO, 1994). (BORGES e SCORAZA, 2016) 
 
o Hipercromia: aumento na produção de melanina, melanócito produz além do que 
deveria. Podem ser hereditárias, congênitas, adquiridas e associadas a outras doenças. 
Exemplo: 
 Efélides: pequenas máculas vermelhas ou marrom-claras, puntiformes, isto é de 
limites precisos que são promovidas pela exposição ao sol e podem desaparecer durante o 
inverno. Elasnormalmente acometem a face, aos braços, e ao dorso. 
 Melanodermia difusa: Escurecimento difuso da pele ou das mucosas. Deve ser 
sempre investigado pelo especialista, pois pode significar distúrbios endócrinos ou 
metabólicos. 
 HIPI - Hiperpigmentaçãopós inflamatório: Constitui-se em

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