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Manejo nutricional de Coelhos

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Stephanie Lima @tell_lima |Cunicultura e Animais de Biotério 2020.2 
Nutrição de Coelhos 
 
 
 
A alimentação é um processo natural dos 
animais que envolve a busca, a escolha e o 
consumo de um ou vários alimentos, enquanto a 
nutrição é resultado da absorção e da utilização 
dos nutrientes, a nível celular, daquele alimento. 
Para formulação de uma dieta adequada é 
necessário atentar-se a alguns pontos: 
 Considerar o hábito alimentar da espécie; 
 Conhecer as exigências dos animais; 
 Respeitar as necessidades de cada fase; 
 Conhecer a composição dos ingredientes 
da dieta; 
 Aproveitar a capacidade de aproveitamento 
do animal. 
 
Existe uma carência de estudos 
relacionados ao valor nutricional dos 
ingredientes utilizados em rações para coelhos. 
As maiores dificuldades estão na estimativa do 
valor energético. Com isso os valores utilizados 
são extrapolados de outras espécies como 
ruminantes e suínos. 
 
A parede celular dos vegetais é constituída 
por uma combinação de polissacarídeos 
estruturais, como a celulose, hemicelulose e 
pectinas, além de lignina e outros 
polissacarídeos de reserva. Esse conjunto 
altamente heterogêneo da parede celular é 
denominado “fibra”. 
Esse conjunto como componente nutritivo, 
tem importância direta na nutrição de coelhos, 
dado que a sua digestibilidade é muito baixa 
devido ao tempo de passagem e taxa de 
retenção dos alimentos. 
A heterogeneidade desses componentes nos 
alimentos pode ser um fator determinante na 
digestibilidade da fibra, e este fato deve ser 
avaliado antes da inclusão de fontes de fibra em 
dietas para coelhos. 
O fato do coelho 
possuir o aparelho 
digestivo desenvolvido e 
a existência de uma flora 
microbiana ativa resulta 
em uma capacidade alta de aproveitar os 
alimentos grosseiros. 
A fibra é necessária na dieta do coelho para 
facilitar o trabalho mecânico do tubo digestivo 
e, geralmente, deve estar presente entre 12% a 
17%. Teorias mostram que as diarreias teriam 
relação com o baixo conteúdo em fibra presente 
na dieta. 
 
Até os 14 dias de vida os coelhos se 
alimentam exclusivamente de leite materno. 
Entre 14 e 21 dias eles começam a provar os 
alimentos sólidos, mas ainda continuam 
nutricionalmente dependentes do leite. A partir 
dos 21 dias de vida é que esses animais ingerem 
mais sólidos e bebem agua, reduzindo assim a 
ingestão de leite, por esse motivo a água deve 
ter alcance facilitado para o filhote. 
 
 
 
 Volumosos 
Escolha de uma boa forrageira em função do 
teor de proteína e outros nutrientes, 
INTRODUÇÃO 
DETERMINAÇÃO DAS EXIGÊNCIAS 
NUTRIÇÃO DE COELHOS 
ALIMENTOS E INGREDIENTES 
IMPORTANCIA DA FIBRA NA NUTRIÇÃO 
Stephanie Lima @tell_lima |Cunicultura e Animais de Biotério 2020.2 
produção de matéria 
seca, ausência de 
princípios tóxicos, 
palatabilidade, etc. 
- Gramíneas e seus 
fenos: Capins em geral. 
- Leguminosas e seus fenos: Alfafa, soja 
perene, guandu, leucena. 
- Rami, palhadas – até 30%. 
 
 Concentrados energéticos 
 Cereais: 
- Fonte energética mais utilizada; 
- Deve-se atentar aos limites de uso, pois o 
excesso de amido não digerido no intestino 
chega ao ceco e colo, servindo como 
substrato para proliferação de patogênicos; 
- Limite: amido a < 20% da dieta; 
- Fontes: Milho, sorgo, etc. 
 
 Outras fontes: 
- Respeitar limite de amido; 
- Utilização de subprodutos regionais; 
- Fontes: Mandioca, batatas e subprodutos 
como farelos (trigo), etc. 
 
- Glicerina: 
Coproduto da produção do biodiesel; 
Contem ~95% de glicerol; 
Limite de uso de 12% na dieta. 
 
 Outras fontes de carboidratos: 
- Melaços (<3%) 
- Fontes: cana de açúcar 
e beterraba; 
- Palatabilizante utilizado 
com moderação para 
evitar diarreias. 
 
 Óleos e gordura: 
- Alto conteúdo de energia metabolizável; 
- Alta eficiência metabólica da energia; 
- Suprimento de AGE (ácidos graxos 
essenciais); 
- Melhora a resistência do pelet (diminui o 
esfarelamento); 
- Eleva a produção de leite: 5 a 24%; 
- Melhora desempenho das crias; 
- Serve como ferramenta para quando a 
utilização do amido é limitante. 
- Limite: <6% na dieta; 
- Fontes: Óleo, sementes integrais de 
oleaginosa (soja tostada, girassol), sebo. 
 
 
Stephanie Lima @tell_lima |Cunicultura e Animais de Biotério 2020.2 
 Concentrados protéicos 
 Animal e vegetal: 
- Fontes: 
Soja tostada e farelo de soja; 
Girassol e farelo; 
Farelos de amendoim, algodão e carne (baixa 
palatabilidade); 
Lácteos - soro, sobras de leite (rações pré-
desmama). 
 
 Subprodutos 
- Do milho e do trigo: Gérmen de trigo e 
protenose (baixa palatabilidade); 
- Resíduo de cervejaria; 
- Polpa cítrica (até 20%) e polpa de 
beterraba; 
 
 Aditivos 
 AA sintéticos: 
- L-lisina; 
- DL-metionina; 
- Arginina, triptófano e treonina (animais 
jovens). 
 Promotores de crescimento: 
- Antibióticos; 
- Sulfato de cobre (>100ppm); 
- Coccidiostáticos; 
- Ionóforos. 
 Pronióticos (vivos ou esporulados): 
- Aspergillus, bacillus, bacteroides, 
lactobacillus, pediococcus, saccharomyces, 
streptocuccus, etc. 
 Prebióticos 
- Frutoligossacarídeos – inulina; 
- Lactulose – galactose + frutose; 
- Mananoligossacarídeo – leveduras. 
 Simbióticos (pro + prebiótico) 
- Lactulose + Lactobacilos 
- FOS + Bifidobactérias. 
Vantagens: eleva a viabilidade da 
colonização. 
 Ácidos orgânicos: 
- Funções: 
- Reduz o pH gástrico (reduz o 
tamponamento da dieta e inibe o 
crescimento microbiano); 
- Altera a fisiologia da mucosa; 
- Aumenta a secreção pancreática; 
- Utilizado no metabolismo intermediário; 
- Eleva a digestão, absorção e retenção de 
nutrientes. 
- Utilização: Maior frequência em animais 
jovens devido a incidência de desordens 
digestivas. 
- Principais: Fumárico, cítrico, propiônico e 
fórmico. 
 Outros aditivos: 
- Aglutinantes (betonita); 
- Aromatizantes (mascarar odores); 
- Palatabilizantes (preferência por sabores 
adocicados); 
- Antioxidantes (BHT, vitamina E, Se e 
carotenoides). 
Stephanie Lima @tell_lima |Cunicultura e Animais de Biotério 2020.2 
 
 Fornecimento diário: 
- Recria: 80g 
- Reprodução: 
 MACHOS: 30 a 50g 
 FÊMEAS: Até 10 dias de gestação – 30 a 50g 
 1/3 final da gestação – 80g 
 Após parição – 250 a 300g 
 
O manejo alimentar é um ponto de extrema 
importância na exploração de coelhos uma vez 
que, rações equilibradas podem apresentar 
baixos desempenhos, resultantes de um manejo 
inadequado. 
 Comportamento de ingestão 
RITMO DE INGESTÃO 
- Alimentação noturna – habito selvagem 
- Láparos em lactação – Uma mamada ao dia 
com duração média de 2 a 3 minutos; 
- Desmama – inicia aos 21 dias de vida – passa 
de uma mamada ao dia para ingestão continua 
de alimentos sólidos (cerca de 21 – 35 
ingestões/dia); 
- Coelhos de engorda tem um máximo de 
ingestão durante a noite; 
- Fêmeas lactantes (2 picos de alimentação – 1 
após a mamada e outro nas últimas horas do 
dia). 
 
 
 
 
FORNECIMENTO DE RAÇÃO BALANCEADA 
MANEJO ALIMENTAR

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