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Resumo Alimentos e Alimentação Animal (Veterinária)

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Alimentos e alimentação em Veterinária VET013:
Informações:
Almira Biazon França
AULA 1: APRESENTAÇÃO
· Atividade Avaliativa I – 1ª Prova teórica online (35 pontos);
· Atividade Avaliativa II –2ª Prova teórica online (35 pontos);
· Exercícios avaliativos online (quantidade 3) – cada exercício terá valor de 10 pontos, totalizando 30 pontos;
Prova geralmente 24h disponível, mas depois que abrir tem 2h para terminar;
Exercício pode ser feito pelo google formulário durante uma semana;
AULA 2: CARBOIDRATOS E PROTEÍNAS
Alimentar é diferente de nutrir!
O alimento é toda matéria possível de ser ingerida pelo animal, pode ou não conter nutrientes digestíveis, alimentação é o fornecimento de um alimento ou um conjunto de alimento ao animal;
Nutrição está associada a processos físicos (apreensão e mastigação), químicos (digestão no trato gastrointestinal pelas enzimas produzidas pelo organismo) e biológicos (digestão a partir de microrganismos do trato gastrointestinal) pelo qual o animal assimila o alimento, ele só está sendo nutrido quando sua dieta fornecer a quantidade de nutrientes de que o animal precisa para sua manutenção e produção;
Dieta é a porção ou mistura de alimentos (incluindo água) a serem ingeridos pelo animal em 24h;
· Água, alimentos concentrados e alimentos volumosos são a base da dieta de bovinos de leite, por exemplo;
Alimentos volumosos: forrageira. 
Concentrado é a mistura de ingredientes adicionados a um ou mais alimentos em proporções adequadas, devidamente conhecidos e especificados, destinado a alimentação animal, como os grãos (muitos nutrientes, pouca água) adicionados a minerais, vitaminas, aditivos, óleo;
Ração é a quantidade total de alimentos fornecidos ao animal num período de 24h, desconsiderando a água, 
OBS: Animais onívoros, suínos e aves criados em sistemas convencionais não consomem forragem, então ração e concentrado significam a mesma coisa;
exigência: demanda, quanto de nutrientes que o organismo precisa, depende de qual o objetivo, se o animal é para reprodução, produção, crescimento, mantença);
Bromatos: alimento; Logos: estudo; Bromatologia: estudo dos alimentos;
Animais de interesse zootécnico são animais com interesse de explorar, animais de lazer, de esporte, de criação para corte ou leite;
Nutrientes:
Independente do alimento, ele é constituído por 6 nutrientes:
· Água (inorgânica);
· Proteínas (orgânicas);
· Carboidratos (orgânicos);
· Lipídeos (orgânicos);
· Vitaminas (orgânicas);
· Mineirais (inorgânicos);
A água é a primeira coisa que conseguimos quantificar, o primeiro passo é secar o alimento e obter matéria seca;
Na matéria seca é onde ficam os principais nutrientes e é dividida em:
Matéria orgânica: 
· Proteínas;
· Carboidratos;
· Lipídeos;
· Vitaminas;
Matéria mineral: 
· Macro e micro minerais;
Carboidratos:
Monossacarídeos:
· Apenas 1 molécula;
· Trioses, tetroses, pentoses (ribose, xilose, arabinose), hexoses (glicose, frutose, galactose), heptoses;
Dissacarídeos:
· 2 moléculas;
· Maltose (glicose + glicose), sacarose (glicose + frutose) e lactose (glicose + galactose);
Oligossacarídeos:
· Até 10 moléculas;
· Maltotriose;
Polissacarídeos:
· Mais de 10 moléculas;
· Amido (α1→ 4) que temos enzimas para quebrar (bovinos não produzem essas enzimas) e celulose (β1→4) que apenas bactérias e protozoários produzem enzimas para quebrar (por isso a necessidade da relação simbiótica de bovinos e esses hospedeiros);
A célula vegetal possui carboidratos em sua composição;
A parede celular vegetal é composta por celulose, hemicelulose e pectina (parte branca da laranja), carboidratos mais rígidos, mais difíceis de serem quebrados (ligação do tipo β) e também outra substância, a lignina (formada pelos ácidos p-cumárico e ferrúlico), que fornece muita sustentação e nem os microrganismos conseguem quebrar essa substância, é indigestível e tóxica para eles;
O conteúdo celular vegetal é composto por açúcares e amido, carboidratos solúveis, mais facilmente quebrados, além de outras substâncias;
Conforme crescimento e envelhecimento do vegetal, há maior espessamento da parede celular vegetal em detrimento do conteúdo celular vegetal, folhas mais próximas ao tronco e a base do vegetal são mais velhos, ocorre uma maturação;
As folhas mais novas tem mais conteúdo celular vegetal e menos lignina, detém o maior valor nutricional, os animais preferem consumir as pontas dos vegetais, mais digestíveis e palatáveis;
Carboidratos também podem ser classificados de acordo com sua função no vegetal, em:
Estruturais: os que estão na parede celular vegetal (celulose, hemicelulose, pectina);
Não estruturais: os que não estão na parede celular vegetal (amido e açúcares);
Foi observado que a pectina não tem comportamento semelhante ao da celulose e da hemicelulose, não tem mesma característica nutricional e de digestibilidade, então foi criado uma classificação nutricional de carboidratos que são:
Fibrosos: celulose, hemicelulose + lignina (lenta/baixa digestão, não sofrem digestão e ocupam espaço no rúmen);
Não fibrosos: pectina, amido e açúcares (digestão mais rápida, sendo que o açúcar é solúvel e mais rapidamente digerido, depois amido (polipeptídeo não solúvel) e pectina (comportamento parecido ao do amido, e por estar na parede celular vegetal mas não ter lenta digestão, é um carboidrato não fibroso mas classificada como fibra solúvel, ocupa espaço no rúmen);
Proteínas:
São constituídas por aminoácidos, eles vão se ligando por ligações peptídicas até formar moléculas complexas;
É possível quantificar o total de proteína de um alimento, assim como em cada aminoácido, o que importa nutricionalmente é como essa proteína é formada, seu valor biológico, sua qualidade;
Por exemplo, a farinha de penas tem alto valor proteico, mas qualidade baixa de aminoácidos, que não atende as exigências do organismo, ao contrário da farinha de carne e ossos, que tem melhor perfil de aminoácidos;
Há uma classificação para os aminoácidos, mas deve ser levado em consideração a espécie do animal, sexo, idade e outras características:
Aminoácidos essenciais:
· O organismo não produz ou produz muito pouco, são fornecidos na dieta do animal na quantidade que o organismo exige;
· Lisina;
· Metionina;
· Treonina;
· Triptofano;
· Valina;
· Isoleucina;
· Leucina;
· Histidina;
· Fenilalanina;
· Tirosina;
Aminoácidos não essenciais:
· O organismo sintetiza normalmente;
· Ácido glutâmico;
· Glutamina;
· Cistina;
· Cisteína;
· Glicina;
· Serina;
· Alanina;
· Aspartato;
· Asparagina;
· Arginina;
A tirosina muda a exigência de acordo com a espécie;
Cistina, cisteína e metionina juntas, formam o grupo dos aminoácidos sulfurados, que tem enxofre em sua composição, fundamental pois são demandados em quantidade específicas para a síntese de proteínas;
A lisina também é fundamental para a síntese de proteínas, independente do organismo animal;
Aminoácidos condicionalmente essenciais:
· Depende de alguma fase de vida de determinada espécie;
· Arginina e glutamina são essenciais para leitões, que não produzem a quantidade suficiente na fase de aleitamento;
Aminoácidos exigidos pela espécie animal:
· São essenciais para determinadas espécies;
· Arginina (carne de músculo) é essencial para gatos, aves e peixes, animais de presa;
· Taurina é essencial para gatos;
Aminoácidos limitantes:
· Se o aminoácido limitante não for ofertado na quantidade certa, ele impede a ocorrência da síntese proteica;
· Se existirem dois aminoácidos limitantes, cada animal tem uma ordem de preferência, a lisina é o primeiro aminoácido limitante para suínos, a metionina é o primeiro aminoácido limitante para suínos, e o segundo de cada um, é o inverso;
No caso de ruminantes, o que importa são os microrganismos, então as proteínas são classificadas de acordo com seu comportamento no rúmen:
PDR:
· Proteínas degradadas no rúmen;
· Ela não está no conteúdo celular vegetal, ou não está ligada a lignina, ou é solúvel;
· São quebradas e se dividem em aminoácidos e peptídeos e os microrganismos ruminais o transformam em proteína bacteriana;
PNDR:
· Proteínasque não são digeridas no rúmen, como proteínas ligadas a lignina;
· Depois que os microrganismos ruminais transformam os aminoácidos e peptídeos em proteína bacteriana, conforme o alimento vai passando pelos compartimentos do estômago, muitos microrganismos aderidos ao alimento vão passando juntos e quando chegam no abomaso eles morrem e sofrem ação das enzimas (pepsina e ácido clorídrico) e sofre digestão, os aminoácidos que compõem essas proteínas serão absorvidos pelo organismo do ruminante, então a principal fonte de proteína de um ruminante é a proteína microbiana, os microrganismos;
É necessário formular a ração de acordo com os percentuais de digestibilidade, sua taxa de degradação;
AULA 3:
Lipídeos:
Heterogêneos entre si;
Insolúveis em água, mas solúveis em solventes orgânicos (clorofórmio, benzeno, acetona, octano e éter, que é o usado nas aulas práticas);
Servem de reserva energética (cupim/giba do boi por exemplo);
Cofatores enzimáticos (vitaminas);
Carreadores de elétrons;
Pigmentos para absorção de energia, 
Agentes emulsificantes no trato digestivo;
Hormônios e mensageiros intracelulares;
São isolantes térmicos (animais de clima frio e que hibernam) e mecânicos;
Participam da estrutura da membrana celular (bicamada fosfolipídica);
São os nutrientes mais energéticos, os lipídeos sãos os que fornecem mais energia para o organismo, sua metabolização gera mais energia que os outros, mas não é a principal fonte de energia do organismo (são os carboidratos, glicogênio);
Podem ser classificados como:
Simples:
Não possuem ácido graxos na sua molécula;
Terpenos: lipídeos de cadeia longa, componentes dos pigmentos da clorofila, carotenoides (como betacaroteno), tocoferóis (precursores da vitamina E), ubiquinona (coenzima Q), vitamina K e D2 e componentes dos óleos essenciais como o da laranja (limoneno), das flores (geraniol), do óleo da hortelã (mentol).
Esteróis: derivados do colesterol, como os hormônios testosterona e estrógeno e a vitamina D3;
Complexos:
Apresentam ácido graxos na sua molécula;
Os mais presentes na ração e no organismo dos animais;
Triglicerídeos: são a maneira mais comum de armazenar energia nos organismos vegetais e animais, tem maior importância para suínos e aves (onívoros), são ésteres de três ácidos graxos com o glicerol (carboidrato);
Galactolipídeos: as forrageiras são muito ricas deles, coelhos, ruminantes e equinos (herbívoros) ingerem mais, são formados por um ou dois resíduos de galactose esterificados na posição 3;
Fosfolipídeos: uma molécula de fósforo ligada a um lipídeo, compõe a membrana celular;
O foco é nos ácidos graxos:
Pode apresentar dupla ligação ou tripla (insaturado, óleo) ou não apresentar (saturado, gordura);
Podem ser de cadeia curta, média ou longa;
A síntese da gordura do leite feita na glândula mamária não produz ácidos graxos de cadeia longa, então eles precisam ser ingeridos via alimentação;
Com relação à concentração de ácidos graxos nas forrageiras, segundo Bauchart et al. (1984) gramíneas de clima temperado contêm 1 a 3% de ácidos graxos na matéria seca, sendo sua composição, predominantemente, de ácidos graxos insaturados (em média, 70 a 90%), com prevalência dos ácidos graxos linoleico e α-linolênico. Lopes et al (2011) em compilação dos dados da literatura reportaram o perfil de ácidos graxos de forrageiras tropicais com destaque para os elevados teores de ácido α-linolênico nas gramíneas do gênero Brachiaria e no capim elefante, e as concentrações de ácido linoleico na cana de açúcar e na silagem de milho.
CLA e vacênico são formados no rúmen de ruminantes e estarão na carne e no leite desses animais, são formados pela ação das bactérias que digerem o alimento lá, elas pegam o linoleico por exemplo e adicionar hidrogênio para torna-lo saturado e transformar em esteárico, ácidos graxos insaturados são tóxicos para eles (eles quem?). Se fornecemos pela alimentação muitos ácidos graxos insaturados, como o linoleico, os microrganismos ficam sobrecarregados e eles não conseguem transformar em esteárico. O CLA principalmente, tem características nutricionais muito favoráveis, tem características anti carcinogênicas,
Efeito hipercolesterolêmicos em três ácidos, o láurico, o merístico e o palmítico, aumenta o LDL (colesterol ruim);
Gordura dietética: se quiser aumentar a produção de CLA no leite ou na carne, usar na alimentação o óleo de soja (linoleico) fornece ômega 6, canola (oleico) fornece ômega 9, linhaça (linolênico) fornece ômega 3;
Minerais:
Podem ser classificados em macromineirais e microminerais, mas essa classificação não tem ligação com o tamanho e sim com a exigência nutricional, o que varia entre os animais, mas em geral são:
Macrominerais: são exigidos em quantidades maiores que 100mg/dL, como o cálcio, fósforo, sódio, potássio, magnésio, enxofre e cloro;
Microminerais: são exigidos em quantidades menores que 100mg/Dl, como o cobre, ferro, selênio, manganês, zinco, cobalto, molibdênio, iodo e flúor;
Relação entre exigência e desempenho do animal:
Alguns animais se alimentam exclusivamente forragem, esse alimento pode ter deficiência de certos mineirais, pois os vegetais absorvem os minerais do solo pelas raízes e depende disso. Se tem baixa concentração de fósforo no solo (comum), na forragem tem pouco fósforo e o animal vai ter um déficit de fósforo, é necessário suplementar a alimentação com sal mineral (cloreto de sódio adicionado de outros minerais);
As misturas prontas encontradas comercialmente nem sempre vão atender à exigência nutricional daquele animal, as vezes não vão suprir a exigência e as vezes ultrapassarão a exigência (pode acontecer intoxicação);
Os vegetais possuem baixa exigência de cálcio e o sódio, as vezes a concentração no solo é alta mas os vegetais não absorvem muito pois não precisam, então é comum ter deficiência desses minerais em animais que se alimentam exclusivamente de forragem;
Lei de Liebig/do mínimo: o desenvolvimento de um vegetal é limitado pelo nutriente em falta, mesmo que todos os outros nutrientes estejam em exigência adequada, o primeiro é o nitrogênio (nutriente limitante), ele é usado para síntese proteica, o solo tem baixa concentração de nitrogênio pois é muito solúvel, então ele é lixiviado, em segundo vem o fósforo, depois potássio e enxofre;
Principais minerais:
Cálcio: 99% nos ossos e dentes, baixa concentração nas forrageiras e alta concentração nas leguminosas;
Fósforo: baixa concentração na maior parte do solo do mundo todo, é um dos minerais mais escassos, no vegetal está associado ao ácido fítico (que não é digerido pelos animais não ruminantes, então não é aproveitado), a enzima fitase (produzida por microrganismos) aumenta a biodisponibilidade do fósforo fítico, é comum fornecer essa enzima fitase na alimentação de suínos e aves, pois abaixa a necessidade de suplementar a alimentação com fósforo;
Potássio: animais de pastejo conseguem ficar dentro da exigência nutricional, está mais presente nas oleaginosas e leguminosas, no organismo é usado na bomba de sódio e potássio;
Sódio: vegetais no geral possuem baixa exigência e absorvem pouca quantidade do solo, os produtos de origem animal como farinha de carne e ossos apresentam uma quantidade maior desse mineral;
Cloro: também está em baixa concentração nos produtos de origem vegetal;
Vitaminas:
Um grupo muito heterogêneo de compostos orgânicos;
Baixa concentração nos alimentos, mas a exigência pelo organismo também é baixa, apesar de fundamentais para o organismo;
Lipossolúveis: insolúveis em água, ADEK;
Hidrossolúveis: solúveis em água, complexo B e C;
Vitamina A: visão (formação da rodopsina e síntese de mucopolissacarídeos, atuam no desenvolvimento do tecido epitelial), pode-se encontrar caroteno (precursor), as fontes dela são o milho e pastagens verdes frescas, o betacaroteno se transforma em vitamina A no intestino delgado. Essa conversão na vaca é pequena, seu leite é mais amarelado, já os bubalinos conseguem transformar com mais eficiência, por isso o leite de búfalaé branco, mas o pensamento de que é mais saudável por isso é errado, pois a mussarela de búfala possui o dobro de gordura a mais do que a mussarela bovina. Sobre a gema do ovo, galinhas caipiras tem gema mais amarela pois tem acesso a pastagens verdes frescas e não tem alta eficiência em transformar betacaroteno em vitamina A, a gordura da carcaça da galinha caipira também é mais amarelada (mas a casca do ovo não é mudada com a alimentação, tem linhagens de galinhas que colocam ovos mais brancos e ovos marrons). Peixes também conseguem ser alterados assim, é o mecanismo usado para vender outros peixes como se fosse salmão;
Vitamina D: hormônio que nos vegetais está na forma de vitamina D2 (ergocalciferol) que também precisa ser ativado, no caso pelos raios UV (ergosterol), tem função de controlar o metabolismo de cálcio e potássio no organismo e promove o crescimento e mineralização de ossos e dentes;
Vitamina E: tocoferol, presente no milho, forragens verdes frescas e farelo de soja na forma de alfa-tocoferol, atua como antioxidante e retarda a rancificação, protegendo as células corporais de substâncias tóxicas formadas pela oxidação de ácidos graxos insaturados;
Vitamina K: atua na coagulação sanguínea, indispensável para a produção de protrombina, está presente nas forragens verdes frescas, feno, milho e farelo de soja, vitamina K1 presente nas plantas verdes, e a vitamina K2 sintetizada pelos microrganismos presentes no rúmen e intestino grosso, então mesmo se não estiver presente na dieta, a exigência será atendida;
Em ruminantes adultos em confinamento, a suplementação exógena consiste basicamente em vitaminas A e E;
Água:
Inorgânica;
As fontes de água para os animais são: de beber, água presente nos alimentos consumidos e água metabólica;
Um capim no verão tem 80 até 90% de sua composição sendo água, as fezes de ruminantes de pastoreio nessa época ficam muito líquidas, algumas linhas de pensamento mostram que não tem necessidade de deixar bebedouros para o animal, apenas na hora da ordenha (mas ela discorda, tem que ter água de qualidade para o animal independente disso);
A necessidade do organismo por água tem diversas influências, como a espécie, tamanho, temperatura do ambiente, ingestão de sal, ingestão de matéria seca, ingestão de proteína para excreção de ureia e incremento calórico, condição fisiológica, se o animal está em lactação ou não, e outros fatores;
Necessário que a água esteja limpa e em temperatura adequada, no calor pode ficar muito quente e no frio pode congelar;
As fezes mais líquidas comprometem o bem estar do animal;
AULA 4: CLASSIFICAÇÃO DOS ALIMENTOS
NRC:
Conselho Nacional de Pesquisas dos EUA (NRC) adotaram a classificação dos alimentos conforme os níveis de energia, fibra e proteína, em alimentos;
Quanto menor a quantidade do NDT, menor a qualidade da forrageira ou mais velha ela é, tem mais fibra;
Alguns alimentos transitam pelas categorias, como a cevada e as diferentes espécies de capim;
1. Volumosos
2. Concentrados energéticos
3. Concentrados proteicos
4. Suplemento mineral
5. Suplemento vitamínico
6. Aditivos
Alimentos volumosos:
O mais correto a se dizer é que são forrageiras;
Alimentos compostos quase totalmente de água;
São alimentos que enchem, ocupam volume no organismo do animal;
Tem teor de fibra bruta (FB) maior que 18% e teor de nutrientes digestíveis totais (NDT) menor que 60%;
Podem ser fornecidos ao animal na forma in natura, chamados de volumosos úmidos/verdes (pasto, capineiras, folhas, ramas, silagens como milho, sorgo, cana de açúcar) ou como volumosos secos (feno, palha, casca de cereais e bagaço de cana);
Gramíneas:
Sementes dispostas em um eixo;
Folhas mais finas e longas;
O tipo C4 são forrageiras de alta eficiência fotossintética e a acelerada velocidade de crescimento, o que proporcionam maior quantidade de fotoassimilados depositados na parede celular vegetal, reduzindo o valor nutritivo dela;
Leguminosas:
Sementes cobertas por uma vagem;
Soja, amendoim, feijão;
Possuem florescência geralmente;
Folhas menos alongadas;
Geralmente possuem menor teor de fibra do que as gramíneas;
Tem nódulos com bactérias fixadoras de nitrogênio, elas fixam ele no solo, então a quantidade de adubo nitrogenado que se precisa inserir naquele solo é baixa;
Tem teor de proteína, cálcio e fósforo maior (mas tem exceções: capim elefante anão curumi tem teor de proteína de 20%);
Volumosos úmidos/verdes:
Pasto: base da alimentação dos ruminantes, é uma forma muito econômica de produção, a forragem é colhida diretamente pelo animal;
O alimento é o pasto, pastagem é a área (com cercas, bebedouros e tudo mais que houver ali);
Pasto de gramíneas:
· Capim marandu ou braquiarão: bovinocultura leiteira, comum em JF, 50% do cultivo no BR, forrageira exigente em questão de água e fertilidade do solo (mas atenção aos parâmetros, o que é exigente?), suceptível a ataque de cigarrinhas, quanto ao ganho de peso e produção de leite gera valores significativos;
· Capim coast cross: desenvolvido nos EUA (condição climática parecida com o BR, se adaptou bem), muito mais exigente que o marandu, folha menor e mais fina, teor de fibra menor então tem NDT mais alto, produtividade baixa, requer um custo mais alto, mais usada para a produção de feno;
· Capim tifton 85: muito parecido com o coast cross por serem do mesmo gênero (Cynodon);
· Capim tanzânia: de maior porte, seu valor nutricional comparado ao marandu é maior, mas acaba sendo um capim mais exigente também, mas sua quantidade de massa por área é maior do que o marandu;
Pasto de leguminosas:
· Mineirão: desenvolvido no norte de MG, folha muito diferente do que uma gramínea, florescência;
· Campo grande: desenvolvido no Mato Grosso do Sul, bovinocultura de corte, teor de proteína maior e FDN menor, nutricionalmente melhor, mas pastejo exclusivo pode causar timpanismo então plantam gramíneas junto ou fazem rotatividade em uma pequena área;
· Alfafa: mais usada no BR para produção de feno;
Capineiras: capim específico para corte, o animal não tem acesso a essa área, tem que ter porte ereto para facilitar a passagem do trator, picar e fornecer ao animal;
Gramíneas mais usadas para isso:
· Capim-elefante: mais tombadas e mais dificultosas para passagem de trator;
· Capiaçu (cultivar do capim-elefante): Embrapa, porte ereto, produção de massa por hectare muito alta;
Folhas e ramas: mais comum em criação de pequenos ruminantes, produções familiares, leguminosas são usadas para esse fim;
Leguminosas mais usadas para isso:
· Guandu: além de alimento é usado como cerca viva, quebra vento;
· Gliricídea: característica nutricional muito boa, ácidos graxos que melhoram muito o perfil do leite de cabra;
Silagens: entendi nada, silo é a estrutura física, a forrageira é guardada em ausência de oxigênio e faz fermentação virando a silagem, perda de nutrientes, bom para guardar alimento por longos períodos (como quando o pasto está ruim, períodos de inverno), aumenta a digestibilidade da porção fibrosa,
Silagens de gramíneas:
· Milho e sorgo;
· Capim;
Volumosos secos:
Feno: desidrata parcialmente, deixa cerca de 20% de umidade do capim apenas, cessa o metabolismo vegetal, reduz vitamina A e E;
Fenos de gramíneas:
· Tifton e coast cross: muito indicados para fenar, folha mais fina favorece a perda de água mais rápido;
Fenos de leguminosas:
· Alfafa: muito comum, folhas se destacam mais fácil e isso é uma desvantagem na fenação (vai perdendo as folhas de dentro do feno);
· Gliricídea;
ALIMENTOS CONCENTRADOS:
Tem teor de FB menor que 18% e teor de NDT maior que 60%;
Concentrados energéticos:
Teor de proteína bruta (PB) menor que 20%;
Concentrados proteicos:
Teor de PB maior que 20%;
Suplemento mineral:
Suplemento vitamínico:
Aditivos:
Grupo muito heterogêneo;
Não fornecem nada ao animal, mas são usados com a intenção de mudar algum aspecto da ração ou melhorar o desempenho do animal;
Pode ser um antioxidante, para aumentar o tempo de prateleira daquele alimento, ou um antibiótico que diminui determinada população no trato gastrointestinal.AULA 5: CONCENTRADOS ENERGÉTICOS
Possuem teor de NDT maior que 60% (rico em energia), teor de fibra bruta menor que 18% e teor de proteína bruta menor que 20%;
Milho: 
O grão de milho é referência na formulação de rações, é a base energética dos concentrados comerciais, para qualquer espécie;
O percentual de alimentos energéticos sempre estará acima do percentual de alimentos proteicos, pois o cálculo da ração é feito de acordo com o teor de proteína bruta que é exigido pelo animal, então alimentos que fornecem mais proteínas são oferecidos em menor percentual;
A planta inteira é uma forragem volumosa, que pode ser oferecida in natura ou ensilada;
O processamento do grão varia, pode ser encontrado o grão de milho, fubá de milho, milho quebrado/quirera/xerém com várias granulometrias. Esse processamento influencia no valor nutritivo, o processamento para virar fubá aumenta a superfície de contato por exemplo, deixando o milho mais exposto a enzimas, aumentando a digestibilidade do amido. Também é muito importante na seletividade, aves são muito seletivas, não pode haver muita diferença entre o tamanho dos grãos. Fezes de bovinos são influenciadas pelo processamento dos grãos também, o grão inteiro de milho se não for rompido inteiro na mastigação, passa direto pelo trato gastrointestinal mesmo sendo um animal ruminante, o pericarpo do grão do milho precisa ser rompido, se isso não acontece, é dinheiro jogado fora, é necessário expor o amido para ação das enzimas e dos microrganismos;
Animais taurinos respondem melhor a alta proporção de grãos na dieta;
O milho como fonte de amido requer cuidados, quando oferecido em excesso e sem uma prévia adaptação do ambiente ruminal, pode levar a uma queda acentuada do ph, levando a um quadro de acidose, que pode levar a outros quadros mais graves, como paraqueratose, laminite, outros distúrbios metabólicos e até óbito. Em excesso para equinos, ocorrerá fermentação por microrganismos no intestino grosso gerando ácido lático, consequente queda do ph do conteúdo e cólica;
O estoque mundial é muito grande, o que é uma vantagem mas pode trazer alguns problemas. É amplamente utilizado na alimentação humana também, o maior produto de milho são os EUA, grande parte de sua produção é destinada a produção de álcool a partir da fermentação do milho. 
O elo mais fraco é a alimentação animal, é onde o preço oscila muito, animais que comem exclusivamente ração concentrada ficam desfavorecidos, alguns produtores de frango até descartam todos esses animais quando o preço da ração fica alto, pois não terão lucro. Produtores de leite também sentem muito a oscilação do preço do milho;
Composição: 9% de proteína bruta, 85% de NDT, 0,24% de lisina, 0,17% de metionina;
É recomendado o uso de até 70% na ração de bovinos, suínos e aves.
Sorgo:
Não tem brácteas protegendo as sementes e a posição no eixo também é diferente;
É o quinto cereal de maior importância no mundo;
Pode ser fornecido aos animais na forma de silagem, planta inteira (animal entra na lavoura para comer), forragem, silagem de grão úmido e na forma de grãos úmidos ou secos;
É mais resistente a seca e tem exigência de fertilidade do solo e de água menor que a do milho;
Tem 9% de proteína bruta e 79% de NDT;
Tem um fator anti nutricional mas positiva agronomicamente, tem uma substância chamada tanino, que confere sabor adstringente, o animal tem uma aceitação menor pois tem menor palatibilidade, mas isso é bom no caso de ataque de maritacas por exemplo, que rejeitam esse grão nas lavouras. Alto teor de tanino pode favorecer o perfil dos ácidos graxos do leite, mas em certo limite pode reduzir a digestão da proteína. Tem cultivares com menor teor de tanino;
Dá para fazer até duas colheitas, o milho não, ele morre ali na lavoura depois de colhido;
Tem menor quantidade de vitamina A do que o milho, não é indicado substituir todo o milho da ração concentrada em aves (palidez no ovo) e suínos, mas em vacas pode substituir sem problemas, em suínos é recomendado no máximo 70% nas fases de terminação e lactação e aves é recomendado até 65% da ração e adicionar um pigmento para coloração da carcaça e da gema do ovo;
Trigo:
É um alimento muito nobre, não é dado aos animais pois é caro, o que é dado aos animais é o coproduto da moenda de grãos, o que sobra do processamento;
É uma gramínea com sementes brotegidas por uma bráctea, uma casquinha, o grão farináceo fica dentro dela, o maquinário abre a bráctea e retira o grão farináceo, a farinha de trigo, o que sobra é o farelo (bráctea + resíduos) e ele é dado aos animais, mas mesmo o farelo tem alto custo;
O farelo tem alguns fatores anti nutricionais, tem alto teor de fibra e gordura, a fibra então tem característica hidroscópica, retém muita água, associado a gordura produz efeito laxante, em um animal não ruminante pode causar diarreia, não é recomendado o farelo de trigo de forma exclusiva como base energética para nenhuma espécie;
Ruminantes são herbívoros que estão acostumados a comer forragens com baixo teor de gordura, então os microrganismos do rúmen não estão adaptados a digerir grandes quantidade de lipídeos, então a quantidade de farelo de trigo não deve ultrapassar 5% do extrato etéreo da ração, acima desse percentual começa a ter morte de microrganismos e diminuição da digestão fibrosa;
É mais comum na dieta de equinos, suínos e aves;
Nas fases iniciais do animal, alimentos com fatores anti nutricionais tem o percentual aceitável na ração sempre mais baixo do que quando o animal é um pouco mais crescido. A fase de desmame é de muito estresse, sai de uma dieta líquida para uma dieta que o aparelho gastrointestinal do animal não está acostumado, normalmente já tem diarreia, a imunidade baixa, então nessa fase de transição não é aconselhado o farelo de trigo;
Devido ao alto teor de gordura, pode ocorrer rancificação se armazenado por muito tempo, com alta temperatura e alta umidade;
Aveia:
Alimento muito mais caro, usado na alimentação animal e na alimentação humana;
Possui diferentes formas de ser oferecido, como em grãos, em flocos, forrageira, em forma de feno;
Usado na alimentação de equinos, principalmente animais de alta performance, equinos tem alta sensibilidade no paladar, é comum que nas rações para esses animais tenha aveia e melaço, fica parecendo granola, tem cheiro bom;
É muito usada no sul, como forrageira, alimento volumoso, tem valor nutricional muito bom e se desenvolve muito bem no clima mais frio, o que é economicamente viável;
Sua composição em aminoácidos é muito superior ao milho, mas é gordurosa;
Também é protegido por brácteas;
A tabela de aves e suínos não tem recomendação de aveia;
Arroz:
O coproduto do arroz é oferecido aos animais em forma de xerém, cuim/farelo (casca e resíduo do grão);
A casca tem alto teor de gordura, pode ser encontrado farelo de arroz integral ou desengordurado:
Farelo de arroz integral: 70% de NDT, 13% de PB, 14,15% de EE, pobre em cálcio e rico em fósforo;
Farelo de arroz desengordurado: 24% de FDN (tem fibra de baixa qualidade, perigoso para equinos pois resulta em impactação), 15% de PB, 1,65% de EE;
Casca de arroz é mais usado para cama de aves, é um alimento volumoso, pobre em NDT e rico em silicato e oxalato, causa irritação no trato digestivo;
Mandioca/macaxeira/aipim:
Alimento transitório entre concentrados energéticos e proteicos;
Tem parte aérea rica em proteína (23% de PB), fornecida na forma de matéria verde picada ou conservada em feno ou silagem;
A raiz é rica em amido (2,5% de PB e 60% a 80% de amido), fornecida picada e fresca, raspada e desidratada (o que é fornecido ao animal) ou ensilada;
Resíduo com alto valor nutricional;
Maniva é o caule da mandioca, usado para plantar e formar a próxima lavoura;
Tem um fator anti nutricional, ácido cianídrico (HCN) é tóxico para humanos e animais, está presente nas cascas e raízes inteiras da mandioca brava. O princípio tóxico é devido a presença de linamarina e lotaustralina, que sofrem hidrólise sob ação de ácidos e enzimas, e libera acetona, açúcar e o ácidocianídrico. O consumo de alimentos com esse alto teor pode resultar em efeitos neurológicos crônicos, bócio e até óbito. Esses danos podem ser evitados com a desidratação da mandioca, fervura, ensilagem ou fermentação, torrefação, maceração ou a combinação desses processos. Um prato típico do pará que usa a maniva e demora quase uma semana de cozimento, é a maniçoba;
Em vacas de leite em lactação e equinos, pode substituir 100% o milho;
AULA 6: REVISÃO DE PROVA
Aula usada para revisão da prova e dúvidas;
AULA 7: CONCENTRADOS PROTEICOS
NDT maior que 60%;
PB maior que 20%;
Os componentes proteicos são o de maior custo;
Soja:
Alimento energético de referência;
Planta leguminosa oleaginosa, com semente protegida por uma vagem;
Alto teor de lipídeos, tem que ter atenção na alimentação de ruminantes;
Tem alta disponibilidade;
Alta produção mundial, principalmente para produção de óleo, de consumo humano ou para produção de combustíveis;
Alimento nobre;
Na alimentação animal são usados o grão ou farelo;
Para extração do óleo, o grão é prensado, e o que resta é uma casquinha úmida, que é seca e forma o farelo;
O teor de PB é maior no farelo do que no grão, o farelo é padronizado, o grão varia;
O fator antinutricional é a sojina, é um fator antitripsina, quando o animal ingere essa substância, ela impede a secreção e a atuação;
A maioria dos fatores antitnutricionais é inativado com o calor da produção do farelo;
Em ruminantes, o farelo de soja não é recomendado ultrapassar 5% de EE;
Algodão:
Caroço de algodão é usado na alimentação animal, assim como o farelo, a flor do algodão é uma fibra, usada na produção têxtil;
É uma oleaginosa, com alto teor de gordura;
Também é extraído o óleo, usado muito em alimentações gourmet;
A fibra que envolve o caroço é de baixa qualidade;
Dois fatores antinutricionais, o gossipol e os ácidos graxos ciclopropenoides, presentes em toda a planta, mas mais concentrados no caroço, ambos causam problemas reprodutivos, no macho causa problema na motilidade da cauda do espermatozoide e nas fêmeas causa problema de ovulação, nos folículos, e os ciclopropenoides além disso, deixa gemas avermelhadas em aves poedeiras, o consumidor costuma rejeitar. Não é recomendado para alimentação de machos reprodutores;
O caroço é prensado, extraído o óleo e a casquinha é prensada, virando farelo, como é aquecido, o farelo não possui fatores antinutricionais;
No ambiente ruminal, até determinada quantidade, os microrganismos conseguem metabolizar os fatores antinutricionais;
No Brasil, as maiores produções estão no centro-oeste, é onde estão presentes os maiores confinamentos de bovino de corte, então uma coisa ajuda a outra, tem custo muito menor do que o farelo de soja, facilita manejo, logística;
Amendoim:
Os amendoins são colhidos contaminados naturalmente por microtoxinas formadas por fungos, a vagem fica enterrada no solo. Se for armazenado em um ambiente úmido, piora isso, então é necessário cuidado com a alimentação dos animais com amendoim;
É uma oleaginosa, também é extraído o óleo, aquecendo e formando o farelo de amendoim, acabam os fatores antinutricionais;
É um alimento com alto teor de carboidrato também;
Girassol:
Oleaginosa;
Óleo de girassol é muito comum para consumo humano;
O farelo de girassol é vendido comumente em pellets;
Fator antinutricional, tem inibidor de tripsina no duodeno;
O girassol é pobre em lisina, é um aminoácido essencial, o principal ligado a síntese proteica;
É mais usada para psitacídeos e roedores;
Ureia:
Não tem proteína, é nitrogênio, carbono e oxigênio;
Nos ruminantes, tem potencial de formar proteína microbiana;
Se der ureia para um animal não ruminante, não acontece nada, vai para o intestino delgado e nem sofre absorção;
É rica em nitrogênio, que é o principal participante da síntese de aminoácidos;
É sintetizada a partir da amônia e do gás carbônico, sob temperatura e pressão elevadas;
É um composto sólido, cristalino, branco, sabor amargo, cortante, solúvel em água e álcool, higroscópica (absorve muita água);
Tem ureia pecuária, ureia agrícola, ureia automotiva;
NNP: nitrogênio não proteico;
Método Kjeldahl na análise de proteínas é o principal método para quantificar nitrogênio na verdade. Tem uma etapa de digestão (alimento digerido em ácido sulfúrico, desprende o nitrogênio e ele fica livre), uma de destilação (aquece, é volatilizado, condensado e captado numa solução de ácido bórico) e uma de titulação (quantifica com ácido clorídrico e usa o fator de correção para saber não quanto de proteína tem, mas sim de nitrogênio);
Larga disponibilidade nacional;
Custo reduzido se comparado com outras fontes de nitrogênio;
Boa aceitação pelo animal, quando seus limites de ingestão máximo são respeitados, no ambiente ruminal ela se transforma em amônia, excesso de amônia é neurotóxica, pode levar a óbito;
Pode ser fornecida junto com sal mineral (sal proteinado) ou na ração concentrada com sal mineral, o sódio limita o consumo, o animal não conseguirá ingerir grandes quantidades dessa ureia;
Um carboidrato altamente solúvel é a sacarose, cana-de-açúcar oferecida junto com a ureia, fornece energia, em pequenas e médias propriedades de bovino de leite, a cana é um alimento volumoso que está disponível no inverno, época que o capim está de péssima qualidade, mas todo dia deve ser cortada e picada, depois fornecida no cocho, as vezes não é viável dependendo do rebanho, e o manejo de um canavial não é tão fácil;
Dentre os aminoácidos essenciais, a metionina é um dos principais aminoácidos essenciais para os microrganismos ruminais, é um aminoácido sulfurado, assim como a cistina e a cisteína. Para estimular a produção desses aminoácidos sulfurados é recomendado o fornecimento de fontes de enxofre, a mais utilizada é o sulfato de amônio. Essa mistura da ureia e do sulfato de amônio deve ser dissolvida em água;
A pesagem da cana para adequação das porcentagens adequadas para o animal precisa ser feita todos os dias, pois a porcentagem de matéria seca se altera;
AULA 8: ALIMENTOS ALTERNATIVOS
Os alimentos alternativos tem objetivo de reduzir os custos de produção;
Resíduos de indústrias são uma opção alimentícia de baixo custo;
Evita o desperdício e o descarte inadequado;
Farelos eram alimentos alternativos, que passaram a ser alimentos usuais;	
Tem característica regional, então não é tão recomendado de modo abrangente;
A composição química é muito heterogênea, então dificulta tabelar, recomendar;
Pode ter agentes contaminantes ou fatores antinutricionais;
Polpa cítrica (energético):
É o bagaço da laranja;
Antes era fornecida moída, mas a parte 
A polpa cítrica é rica em pectina, rica em carboidrato estrutural, não é considerada fibrosa, tem degradação mais lenta, é uma fibra solúvel (intermediária);
Alto teor de energia;
Funciona bem como substituinte do milho;
Quando transportado, há maior custo, esses alimentos tem validade muito curta, muito peso em água, então pode ser feito um processo de secagem com cal virgem, com grandes quantidades de dioxina, que é uma substância danosa para o animal e para os humanos que se alimentarem desses animais. Teve um surto no Reino Unido anos atrás com leite e queijo exportado do Brasil com altos níveis de dioxina. A contaminação com dioxina pode vir indiretamente também de gases de indústrias;
É comum polpa cítrica armazenada em pellets;
Óleo de soja (energético):
Assim como o óleo de palma, óleo de linhaça, óleo de girassol;
Ele é mais energético do que o milho;
É altamente palatável;
Diminui a poeira da ração;
As vezes ficam mais pastosas e tem pontos positivos;
Um animal do terço final da gestação, tem capacidade volumétrica reduzida, o bezerro ocupa espaço, e é quando o animal tem mais demanda de energia (amamentação também), então é a maior fase de recomendação do uso de óleos. Se não, o animal começa a fazer lipólise e entra em estado de cetose, balanço energético negativo (consome menos do que gasta de energia);
Resíduo úmido de cervejaria (proteico):
AULA 9: ADITIVOS
Fornecer nutrientes não é o objetivo, mas podefornecer;
Aditivos são substâncias, microrganismos ou produto formulado, adicionados intencionalmente;
Sua finalidade é melhorar as características da alimentação do animal ou os produtos de origem animal gerados por ele;
Instrução Normativa nº 13 de 2004 do MAPA;
São divididos em cinco categorias, mas um mesmo nutriente pode entrar em mais de uma delas:
Tecnológicos:
Objetivo de melhorar o aspecto da mistura da ração concentrada;
Aumentar tempo de prateleira (conservantes);
Inibir processos oxidativos (antioxidantes);
Leite em pó, emulsificante, espessantes;
Adsorventes e aglomerantes;
Estabilizantes;
Sensoriais:
Altera o aspecto da ração, ficando mais atraente ao animal;
Equinos e leitões são muito sensíves ao paladar, normal acrescentar melaço;
Corantes (geralmente rações de pets boas não tem cores, rações coloridas são de baixa qualidade);
Pigmentos tem intenção de alterar a gordura corporal do animal, como na gema do ovo, relacionado com a concentração de carotenoides, vitamina A. No caso de peixes tem inteção de alterar a cor da carne;
Aromatizantes;
Palatibilizantes;
Nutricionais:
Para manter ou melhorar as propriedades nutricionais do produto;
Vitaminas, oligoelementos ou seus compostos (microminerais orgânicos), aminoácidos sintéticos, ureia;
Zootécnicos:
Relacionado a produtividade, substâncias usadas para melhorar o desempenho dos animais;
Anticcocidianos:
Fitase disponibiliza mais fósforo, requerendo menor suplementação;
Alfa-amilase muito usada no desmame dos leitões;
Dentro dos aditivos zootécnicos, tem as classes dos:
Equilibradores de flora natural, os probióticos (Bacillus natto, Ruminobacter amylophilum), os prebióticos (mananoligossacarídeo MOS na parede celular de levedura e frutoligossacarídeo FOS), simbióticos (probióticos + prebióticos) e acidificantes (ácido butírico, elimina a população de patógenos que são ruins para os microrganismos);
Melhoradores de desempenho, como os antibióticos ionóforos, que são produtos da fermentação de várias espécies de Streptomyces sp – Monensina, Lasalocida, Narasina e Salinomicina. Interagem no sentido de modificar a população microbiana do rúmen, selecionando as bactérias gram negativas (que são resistentes aos antibióticos ionóforos), produtoras de ácido propiônico e inibindo o crescimento das bactéria gram positivas, as maiores produtoras de ácido acético, butírico e láctico;

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